MODA RIO R E V I S TA
Publicação exclusiva dos associados Moda Rio - SINDIROUPAS / Ano IX - N.º 47
Presidente da Firjan de olho na Moda Criativa Fluminense
EDITORIAL •
Rio, cidade da criação Há tempos a revista Moda Rio vem sinalizando para os leitores que a economia do futuro é a criativa. O bem intangível é cada vez mais valorizado e essencial na indústria de transformação e em todas as áreas. Talento e criatividade deram origem à indústria criativa, uma locomotiva capaz de mudar o comportamento e os valores da sociedade capitalista.
criativa é responsável por algo entre 6% e 8% do PIB, na média. A Inglaterra segue na frente com taxa de crescimento de 8% ao ano, quando o mundo segue em 7%, na média. A Europa cresce a 2,6%. Brasil desponta com 2,5% e o Rio de Janeiro se sobressai entre os estados da federação com 4,1%, referentes ao seu próprio PIB. O Rio é mais criativo e tem recebido incentivo para continuar sendo referência nacional.
Esse segmento que surge com força já é uma realidade e movimenta cerca de US$ 1,8 trilhão por ano, em todo o mundo. Somente no Brasil gerou riquezas na ordem de R$ 381 milhões. Esse valor representou 2,5% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, segundo dados da Firjan, que vem investindo pesado nesse novo segmento intersetorial. A criatividade perpassa todas as áreas, principalmente a arquitetura, moda, design, audiovisual, dentre outras. Não é por menos que esses segmentos serão acolhidos na Casa Firjan, prevista para ser inaugurada em 2014, em Botafogo, com cursos, palestras e eventos.
Sempre antenada às tendências, a Firjan vem investindo alto no poder de criatividade do empreendedor fluminense. Lançou no Fashion Rio o “Cria Rio”, projeto voltado para o segmento moda, de apoio e estímulo à criatividade de micro e pequenos empresários. Os beneficiados pela ação já vêm participando de eventos e mostrando seus produtos, conforme mostra a matéria de capa da Moda Rio. Além de citar o Cria Rio, a revista traz um RX dos investimentos promovidos nos últimos 10 anos, pela Firjan e seus parceiros. São iniciativas que vão desde a promoção de eventos e formação da mão de obra a incentivo à criatividade. Não é novidade que a instituição tem em seu plano estratégico a intenção de investir na criatividade das pessoas, capital humano das pequenas e grandes empresas.
Atento a um movimento internacional, que detectou o potencial da criatividade para gerar riqueza, o Ministério da Cultura tem projeto para incentivar a economia criativa e saltar de 2,5%, registrados em 2012, para 3,5% em 2015, formalizando e apoiando empreendedores nessa área, junto a outros oito ministérios, tornando a cultura um eixo fomentador da criatividade. Esse 1% parece pouco, mas dada a complexidade da economia, isso representa quase que 50% de aumento no faturamento da indústria criativa, que passaria a apresentar cifras acima de R$ 500 milhões. Hoje, tanto na China (uma pedra em nosso sapato) como na Europa e em alguns países da América Latina, a economia
No Rio, empreendedores criativos contam com a Incubadora Rio Criativo, uma iniciativa da Secretaria Estadual de Cultura e o Instituto Gênesis (PUC). O programa possui duas unidades, uma no Centro da capital e outra em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ao todo, a iniciativa já beneficiou 12 mil empresas, nos 92 municípios.
Esta edição é toda dedicada à criatividade alternativa refletida em eventos e inventos, no esforço de levar ao segmento moda a reflexão sobre os novos tempos. Desde a era 400 a.C, quando surgiram filósofos como Platão, o valor das ideias não andava tão em alta, na bolsa do pensamento criativo. Boa leitura! VICTOR MISQUEY
PRESIDENTE DO MODA RIO SINDIROUPAS E MEMBRO CONSELHEIRO DA FIRJAN
REVISTA MODA RIO SINDIROUPAS – 45 ANOS COSTURANDO O FUTURO Avenida Treze de Maio, 13 sala 1707 - Rio de Janeiro-RJ - CEP: 20.003-900 Victor Antônio Misquey - Presidente Nelson Caram Assemany - Vice-Presidente José Pires dos Santos - Segundo Vice-Presidente Laurette Lucas Ferreira - Primeira Secretária Carla Baggio de Carvalho - Segunda Secretária Edmo José Santos Oliveira - Primeiro Tesoureiro Carlos Alberto da Conceição Soares - Segundo Tesoureiro
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Colaboradores: FIRJAN; Jornalista Aline Parrini Senai/Cetict; Silvia de Souza e Ana Maria Andreazza (MKT-Fashion); Foto de capa: Kelly Lima |Equipe Moda Rio: Maria Eunice de Medeiros, Valéria Cristina Mendonça Raymundo, Edneia Roque da Silva Lobo, Estagiária: Bruna Alves | Proibida a reprodução de conteúdo desta revista sem consentimento da diretoria do Moda Rio. Sugestões e informações:(21) 2240-7737 / Fax: (21) 2240-0293 ou pelo site: www.modario-rj.com.br | Jornalista Responsável: André Regly - MTb: 26.932 / RJ - E-mail: anregly@gmail.com | Textos, reportagens e fotos: André Regly | Estagiária: Bruna Alves |Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica: Stella M. Costa - E-mail: stellamcosta@hotmail.com | Revisão: Maisa Aleksandravicius - mayalek@hotmail.com |Comercial/Publicidade: Moda Rio (21) 2240-7737 - E-mail: revista@ modario-rj.com.br - Impressão: Gráfica J. Di Giórgio & CIA LTDA - Tiragem: 3.000 exemplares
ARTIGO - Economia criativa •
A moda brasileira e o surgimento de uma Economia Têxtil Criativa Flávio Bruno - consultor pesquisador do SENAI CETIQT As inovações que temos visto serem aportadas para a cadeia têxtil e de confecção global não se restringem mais a “roupas do futuro”. Estão no Youtube, estão nas vendas online de marcas famosas. Pessoas e coisas, como carros BMW, vestem-se de tecidos inteligentes, que respiram, m o n i t o r a m , percebem e respondem a estímulos. Conectam-se, captam, armazenam. Tais inovações não são o futuro. São o presente. O problema é que se não atuarmos rapidamente, o fosso de conhecimentos que se aprofunda entre nossas empresas, suas estratégias e competências e as novas tecnologias – e os novos métodos e técnicas que introduzem – poderá tornar-se intransponível. E com isso, também a qualidade dos serviços deixa de ser promovida e estimulada, agravando os efeitos da desindustrialização. Não se trata apenas das iniciativas empresariais. Toda a rede institucional – o que inclui órgãos governamentais, universidades, institutos de pesquisa, redes de laboratórios, faculdades e centros de ensino técnico – deve ser confrontada, o quanto antes, com os novos problemas introduzidos pelas novas combinações sociotécnicas mais recentes. Produtos inflados de inovações radicais introduzem novos usos e estes, novos comportamentos, novas formas de relacionamento com clientes e com fornecedores que se tornam parceiros da inovação e, consequentemente, da renovação do próprio tecido industrial. O gradual aumento da intensidade tecnológica da produção têxtil, impulsionada pelos avanços científicos dos materiais, tem tornado esta indústria cada vez mais atrativa para outras cadeias produtivas, que premiam os investimentos em P&D daqueles que se orientam para o crescente mercado de têxteis técnicos. No campo das ciências sociais, a valorização da moda de vestuário brasileira expande seus contornos influenciando outros produtos e trazendo talentos para o setor. Engenheiros mecânicos, eletrônicos, de produção e químicos unem-se a administradores, designers, artistas, sociólogos, antropólogos e economistas, todos atraídos por uma indústria cada vez mais eclética, intensiva em conhecimentos tecnológicos e sociais, conciliadora de talentos e potencialmente geradora de empregos qualificados e bem remunerados.
Investindo em novas tecnologias para a produção de inovações ambiental e socialmente responsáveis, a indústria têxtil e de confecção abre o caminho para a criação de serviços especializados. Dessa forma, mesmo perdendo espaço como geradora de mão de obra, torna-se, indiretamente, promovedora de empregos mais qualificados, aumentando sua contribuição para a formação de uma sociedade mais justa e equilibrada. Mesmo sem ser caracterizada como de alta intensidade tecnológica, como muitas indústrias que garantem a riqueza das nações mais desenvolvidas, a indústria responsável da moda, dos fios e dos tecidos inovadores está estabelecendose em um mercado de alto dinamismo, intensivo em novos conhecimentos. Se as inovações tecnológicas ainda não chegaram com a força que adquiriram em outros setores, as inovações sociais fermentam a criatividade dessa indústria com tão ou maior intensidade do que a observada nos demais. A indústria têxtil e de vestuário que emerge em nosso país tem a sua disposição grande riqueza social emergente, gerada pelas mudanças no estilo de vida, na mobilidade social e no comportamento das novas bases de consumidores. As firmas que integrarem conhecimentos vindos de todas as áreas, das artes e da ciência, serão a base de uma vigorosa Economia Criativa. A indústria criativa da moda brasileira está em franco florescimento. Designers e artistas migram de todas as áreas para a cadeia têxtil e de confecção no Brasil, atraídos pela expansão do mercado, que amplia seus domínios e se diversifica com a inserção na sociedade de consumo de novos grupos étnicos. Empresas de marca assumem a responsabilidade pela formação de consumidores conscientes e a imagem do país como berço de iniciativas sustentáveis se dissemina pelo mundo civilizado. Deve-se, no entanto, cuidar para que medidas de atração de negócios, ávidas por resultados econômicos de curto prazo, não pasteurizem e empobreçam os territórios criativos, pela redução de sua diversidade sociocultural e pelo assim inevitável êxodo de talentos criativos de seus nichos de origem. Nas mãos e na inspiração de talentosos novos designers e de novos empreendedores criativos brasileiros estão as tecnologias de futuro de nossa indústria.
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Senai/Cetiqt- Seminário Internacional •
brasileiro tem uma vocação natural à espontaneidade, projeta sua aparência, seu estilo com sensibilidade pessoal e é um consumidor ativo, sabe o que deseja.
Marcus Carvalho Fonseca, diretor do Senai/Cetiqt
Senai/Cetiqt discute comportamento e consumo para um Brasil apto a deslanchar Empresários, estudantes, jornalistas, presidentes e diretores de instituições de fomento à moda e de outros segmentos e pesquisadores estiveram reunidos no 7º Seminário Internacional de Comportamento e Consumo, no Centro de Convenções Bolsa do Rio, sob o tema “O Brasil e o Futuro”, promovido pelo Senai/Cetiqt. O encontro somou 280 pessoas e aconteceu na última quinzena de outubro (17). O diretor da instituição, Marcus Carvalho Fonseca, anunciou que a partir dessa edição, o Seminário Internacional acontecerá em quatro localidades. Depois do Rio, autoridades e palestrantes foram para Belo Horizonte (23), Blumenau (25) e Fortaleza (28). O evento não acontecerá mais somente na cidade maravilhosa, como de praxe. O carismático e veterano palestrante do evento, o italiano Francesco Morace, da Universidade de Milão, que participou de todas as edições, abriu a sessão de reflexões falando sobre “consumo e comportamento” – assunto exaustivamente abordado em todos os eventos pensantes do segmento. Ele dissertou (em português) sobre “quem são e o que querem os novos consumidores e de que forma estão se comportando as empresas”. Para ele, o 4
Segundo Francesco, as empresas precisam se relacionar mais de perto com os valores e a cultura local – colocando em prática conceitos globais. Tendem a fornecer produtos e serviços com gratificações sensoriais, contendo o DNA da cultura nacional e/ou regional, para satisfazer desejos e necessidades imediatas. Os produtos precisam emitir sentimentos, sensações. Há de ter valores comerciais e gratuitos, simultaneamente. As empresas tendem a unir o marketing com o projeto ético. O discurso estará cada vez mais alinhado ao comportamento da empresa, com a comprovação de que a fala publicitária é verdadeira, honesta. No novo paradigma do consumo, o indivíduo já está no centro. O “eu” é o mais importante. O novo marketing estimula a participação do consumidor em todas as instâncias possíveis, até na produção, compartilhando conhecimento e aderindo às novas formas de interagir. Há necessidade de compartilhamento confiável, reciprocidade das relações e foco na sustentabilidade cultural, social e não apenas ecológica. São paradigmas acompanhados da especialidade somada à capacidade de atender bem e emitir informações locais, mais próximas à realidade de vida do público. Francesco Morace citou Brunello Cucinelli, que trabalha o conceito de utopia visto diariamente na prática. “Exclusividade, luxo no processo de produção, distinção, honestidade, como promover visita de consumidores fiéis, e seguidores, ao local de produção, onde há participação de lucro para o trabalhador. O produto passa a agregar substâncias de valores e atrair o consumo consciente”. Citou como exemplo a “Copa Rocca”, que é uma mostra concretizada da realidade sociocultural de inclusão, projetada para o valor do produto, onde as ideias são compartilhadas. Segundo Marcos Cavalcante, do Centro de Referência em Inteligência Empresarial da UFRJ, que abordou tema voltado à criatividade, inovação e sustentabilidade, quanto mais se compartilhar ideias, mais ricas as empresas se tornam. Lamentou, no entanto, que as pessoas ainda estão apegadas ao sigilo da informação, das boas ideias. “Ainda não dá para compartilhar bens materiais, mas quanto mais ideias se disseminam, mais surgem. Por isso, a importância das redes sociais, hoje. Não estamos vivendo uma nova era, estamos mudando a era em que vivemos”, completou. Para Marcos Cavalcante, na nova lógica de mercado não há espaço para ideias que deram certo e permanecem imutáveis. “Fazer a coisa certa o tempo todo leva ao fracasso. Temos que estar reinventando constantemente”, disse.
Senai/Cetiqt- Seminário Internacional •
Francesco Morace, da universidade de Milão
A PhD em Antropologia, Letícia Veloso, e o PhD em Economia, Marcelo Neri, refletiram sobre as percepções da classe C e sua ascensão econômica e social, e chegaram a um consenso: a nova classe média brasileira é definida pelo trabalho e não pelo que consome. Segundo Marcelo Neri, a nova classe média possui mais mulheres com um ou dois filhos e que desejam mais escolaridade e espaço no mercado de trabalho. “Está sendo deixada para trás a família grande e sem planejamento”, explica.
mesmo com os benefícios dos avanços das classes, o brasileiro ainda encontra dificuldades: os serviços públicos não avançaram. Por isso, há problemas de infraestrutura, saúde, educação e muitos outros.
Com base em pesquisas, apresentou dados que mostram que o Brasil aparece atrás somente dos Estados Unidos (EUA) em questão de distribuição de renda. Em todos os segmentos, porém, desde miséria, pobreza, classe média, classe média alta à elite, o país ultrapassa alguns. “Os brasileiros pobres estão na mesma linha estatística que os mais pobres na Índia e China, mas os mais ricos estão acima dos mais ricos da Rússia, chegando perto dos ricos dos EUA”, afirma o economista, que entende que a distribuição de renda brasileira é paralela à mundial, sendo que a desigualdade no mundo está caindo.
As empresas estão mais focadas em atrair esse tipo de consumidor, que agora possui mais renda e mais responsabilidade na hora da compra, apesar de ainda haver um alto índice de endividamento. Isto faz com que empreendedores se aproximem de seus consumidores e tentem entender os perfis dessa classe econômica.
Deste modo, Marcelo Neri acredita, ainda com base em pesquisas, que de 2009 a 2014 a classe C terá crescido 19.31%. Em contrapartida, o economista explica que
Marcos Cavalcante, do Centro de Referência em Inteligência Empresarial da UFRJ
Letícia Veloso explicou que dentro desse grupo, há diferentes outros grupos sociais. A partir do ponto de vista de diversas pessoas pesquisadas, fica evidente que a nova classe média vem se diversificando nas formas de consumo.
Diego Vaz, gerente de operações da empresa Pinheiro Têxtil, assistiu a todas as palestras. Garantiu que estará mais atento e tentará decifrar o perfil de seu consumidor. “É mesmo preciso sair da rotina e pesquisar sobre quem vai comprar o seu produto. Eu digo para os meus vendedores Diego Vaz, gerente de visitarem as indústrias operações da empresa para saber de que Pinheiro Têxtil elas precisam. Nós queremos vender o produto certo. Somos muito cautelosos quanto a isso e estarei mais atento ainda”, garante, acrescentando que a empresa abriu um canal no Youtube, para fazer mostras dos produtos para aqueles que desejam mais informações sem sair de onde estão, e passou a explorar as redes sociais, também. O momento é outro e quem não acompanhar as novas tendências ficará de fora do progresso. REVISTA MODA RIO SETEMBRO | OUTUBRO | 2013 REVISTA MODA RIO SETEMBRO | OUTUBRO | 2013
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tocantins •
Estilistas e modelos após desfile
SENAI CETIQT vai ao I Congresso da Indústria Tocantinense Por Aline Parrini De 2 a 4 de outubro, o SENAI CETIQT marcou presença no I Congresso da Indústria Tocantinense, em Palmas, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins e pelo SEBRAE. Com um desfile inovador e cheio de movimento, o SENAI CETIQT encerrou o dia de abertura sob os aplausos de uma plateia de mais de 500 pessoas. O desfile-espetáculo apresentou 27 peças femininas representando a iconografia do estado de Tocantins. Os looks foram idealizados por ex-alunos da instituição, trabalhando símbolos culturais e naturais como o coco babaçu, o capim dourado e as aves do cerrado. Na apresentação, foram utilizados tecidos para cenografia, projeções e intervenções de bailarinos. Nove ex-alunos, hoje figurinistas, designers de moda e tecnólogos em produção de vestuário, apresentaram looks conceituais e comerciais. Tudo sob o comando de Guido Conrado, Ney Madeira, Danielle Joia, Sérgio Sudsilowsky, Francisco Rocha e outros profissionais do SENAI CETIQT que organizaram e produziram o desfile, em apenas três meses, mas com muita criatividade. “Na verdade, estamos lançando nove profissionais no mercado. São ex-alunos que têm identidade própria, um 6
Estande do Senai/Cetiqt no evento
traço próprio, interpretando Tocantins por meio do olhar deles”, declarou o coordenador de moda do SENAI CETIQT, Sérgio Sudsilowsky . O SENAI CETIQT também esteve presente com uma vitrine tecnológica – um estande ateliê – desenvolvendo atividades de costura, criação de croquis por profissionais, estampas em camisetas e bolsas – feitas na hora – entre outras ações. No espaço também foi realizado levantamento antropométrico por meio do Body Scanner – scanner humano que realiza mais de cem medidas em corpos por minuto. Segundo a diretora regional do SENAI-TO, Raimunda Tavares, as ações realizadas em rede são de suma importância. “A parceria com o SENAI CETIQT agregou e enriqueceu muito o nosso trabalho. Se esta ação não fosse realizada em conjunto, talvez não pudéssemos mostrar para o público do evento o que o SENAI realmente faz”, afirmou a diretora. Para o diretor-executivo do SENAI CETIQT, Marcus Fonseca, a parceria com o regional Tocantins foi mais uma ação em rede pelo desenvolvimento da indústria brasileira.
Rio Fashion Day •
Carioca firma mais um evento de moda, o RIO FASHION DAY A moda sacudiu a Zona Norte do Rio. Depois da segunda edição do Circuito Moda Carioca – que reuniu mais de 40 marcas com produtos a preço de fábrica, em São Cristóvão, com música, mesas redondas e gastronomia –, no dia 12 de outubro, foi a vez da Tijuca se vestir em alto estilo. O América Futebol Clube recebeu o Rio Fashion Day, evento que levou ao tijucano mais de 45 marcas de diversos segmentos. Cerca de mil pessoas puderam escolher entre moda feminina, masculina, íntima, calçados, acessórios, moda fitness e praia, além de curtirem muita música, arte, sorteios e degustarem os tradicionais quitutes da gastronomia popular. O evento também agradou aos amantes de tecnologia, cinema e séries com as marcas M&M e Pop Nerd. A primeira expôs cases para iPhone e a segunda mostrou moda, artesanato e acessórios alternativos, para nerds, cults e hipsters. Nessa segunda edição, que contou com um público de 500 pessoas, o Rio Fashion Day atendeu às expectativas, como sempre declaram os organizadores. “Apesar do feriado, que acreditamos tenha atrapalhado um pouco, gostamos muito do resultado final. As vendas foram muito boas também para todos os expositores”, afirma Gustavo Libonati, organizador do evento, já com o pensamento no próximo.
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Firjan monta nove unidades do Senai Moda em menos de 15 anos e há 10 investe em moda criativa Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan | Foto: Antonio Batalha
Há pouco mais de 10 anos a Firjan iniciou no estado do Rio uma cruzada de recuperação em um dos setores da economia que mais emprega e gera renda: o segmento moda. Desde então, a instituição vem se mobilizando, somando esforços e investindo na transformação, capacitação e especialização de profissionais, com ênfase no estímulo à criatividade e qualidade da produção. Somente em escolas do SENAI, de 2008 a 2013, calculase um gasto de quase R$ 4 milhões na montagem de nove unidades para formação e especialização de mão de obra, sem contabilizar os custos de funcionamento e manutenção. Segundo o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, os resultados dos investimentos feitos pela instituição e parceiros são refletidos em expressivos resultados na balança de exportação, nos últimos 10 anos. “A última pesquisa mostra que de 2003 a 2013 houve um crescimento de 31% nas exportações. Saímos de US$ 17 milhões para US$ 22 milhões em 2012. Hoje, somos o terceiro maior exportador nacional. Os principais importadores são Estados Unidos, com 34%, França com 9% e Portugal com 7%. O fato de focarmos na indústria criativa nos permitiu, ainda, saltar de US$ 29 o kg do vestuário, para US$ 65. Esse resultado é 38% superior à média nacional e vem crescendo cada vez mais”, ressalta Eduardo Eugênio, garantindo que o setor pode esperar a continuidade do mesmo ritmo de apoio e investimento, em seu novo mandato frente à instituição. “Esse é o segmento da economia que mais apoio recebe hoje, dentro da Firjan”, garante. Em busca de uma espécie de RX das iniciativas voltadas para o setor, a Revista Moda Rio apurou os principais investimentos e ações da Firjan. A maioria deles é 8
coordenada pelo Senai Moda e Design. A instituição ainda não tem dados estatísticos sobre o crescimento do setor nos municípios em que atua com mais presença, onde apoia os polos, mas já está trabalhando na apuração de dados. Enquanto isso, seguem as investidas. Eduardo Eugênio cita o mais recente e promissor projeto da Federação, uma iniciativa de empresários, segundo o presidente. É o Cria Rio. “Esse projeto foi lançado agora, no Fashion Rio Outono/Inverno 2014,” conta, acrescentando que empresários ligados ao Cria Rio já participaram de eventos como o Minas Trend e o Circuito de Moda Carioca, esse ano. Conforme explica o presidente, as principais ações da instituição passam pelo apoio aos micro e pequenos confeccionistas, estilistas e pelo fortalecimento dos setores de transformação que têm como foco a criatividade, por meio de projetos inteligentes. Hoje são cerda de 10, alguns elaborados e executados pelo próprio SENAI Moda e Design. Entre eles destacam-se: - Missões Empresariais Internacionais – A iniciativa consiste em promover gratuitamente viagens estratégicas a centros de moda no exterior. Empresários sindicalistas, que doam parte de seu tempo aos ideais do segmento industrial, embarcam com objetivo de visitar as grandes feiras, escolas e indústrias de moda, assim como pontos culturais relevantes. O passeio profissional acontece uma vez por ano e os turistas do conhecimento são acompanhados de uma equipe especializada do SENAI Moda. Nos últimos quatro anos, as Missões tiveram como destino Paris (2010), Berlim/ Paris (2011), Milão (2012) e Turquia (2013). Apurar: Para onde e quando será a viagem de 2014 da MISSÃO? - Apoio e produção de eventos – Em um recente resumo
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Missão visita a Feira who´s next em Paris
de atividades realizado pela Firjan aparecem sete dos vários eventos promovidos ou apoiados pela instituição. Eles dão a dimensão do quanto a Firjan tem atuado nessa área. Na fileira da frente aparece o Fashion Rio com o Salão de Negócios, que acontece desde 2002, com duas edições por ano. De acordo com Eduardo Eugênio, são destinados cerca de R$ 8 milhões por edição de cada semana de moda. O levantamento da Firjan traz uma estimativa que conta 600 desfiles de grifes nacionais, acompanhados por 70 mil visitantes por edição. O Salão registra, por sua vez, uma média de 250 expositores, mil compradores, 25 mil visitantes e a presença de pelo menos 13 Arranjos Produtivos Locais (os polos de moda, formados por pequenas e micro empresas que recebem suporte para participar dos eventos). Recentemente, essa feira de moda, uma das maiores e mais importantes do país, passou às mãos da iniciativa privada. No entanto, ainda tem o apoio, co-financiamento e coordenação da Firjan, do conselho de moda e, futuramente, do fórum da moda, que está sendo resgatado e em breve assumirá função de destaque e importância na condução e elaboração desse e de outros eventos do segmento. “No início do ano 2000, um grupo de empresários nos procurou e argumentou que o Rio estava fora do foco da moda e estava perdendo sua tradição de força criativa. Então, criamos o Fashion Rio e depois a
feira de negócios, hoje chamada de Bossa Nova”, lembra Eduardo Eugênio. Na sequência dos eventos promovidos pela instituição, e agora com a força do SENAI Moda, vem a FEVEST, feira de lingerie de Nova Friburgo e adjacências, projeto tocado junto com o sindicato local. Com realização anual, desde 2004, é totalmente patrocinada pela Firjan, com apoio de parceiros como SEBRAE e governo do estado. Os valores investidos não foram revelados. O desfile mais quente do inverno foi matéria de capa da Moda Rio do bimestre passado e pode ser encontrada no site www.modario-rj. com.br. Entre os eventos da instituição consta também a feira “Costura Rio”, destinada aos confeccionistas, com objetivo de trazer novidades em máquinas, equipamentos e softwares (tecnologia). A feira acontece em Petrópolis e o evento se tornou objeto de lei municipal. A primeira edição foi em setembro de 2013. Mobilizou 26 expositores e 2.500 participantes. Outra nova investida é o Giro Grupo de Estudos, que consiste em um seminário para empresários e especialistas refletirem sobre assuntos de mercado. Em 2012, o tema foi “Sustentabilidade” e agora em 2013 discutiram sobre “Os espaços urbanos”. Já o Giro SENAI Moda e Design, uma das ações mais aguardadas por micro e pequenos empresários e estudantes de moda e comportamento,
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acontece duas vezes por ano. É quando uma equipe de estilistas e pesquisadores da Firjan traz de suas viagens de pesquisa informações sobre tendências, comportamento e confirmações da estação anterior (o que permanece ou não nas vitrines e ruas) e lança o Caderno Perfil/Dossiê de Tendências. Ao todo, o balanço da instituição registra 85 palestras promovidas nos polos de moda do estado, desde 2008. Segundo o presidente do Moda Rio, a revista da instituição sempre cobre o Giro SENAI, por entender que as informações são de suma importância para o setor, principalmente para os pequenos empresários. “Não adianta pesquisar tendência, cartela de cores pela internet. Há necessidade de se fazer uma leitura crítica e analítica dessas informações. E a equipe da Firjan faz isso e muito mais”, encerra Victor Misquey. A Firjan construiu, no decorrer de uma década, uma invejosa cartela de fomento à moda. A lista é extensa. Para citar as duas mais novas iniciativas, Ana Torres, coordenadora de moda da instituição, aponta o Cria Rio, que leva as pequenas grifes para expor em eventos de moda, e a inauguração de uma nova unidade para formação e capacitação em Nova Friburgo. Ao todo o SENAI mantém nove escolas de moda distribuídas estado afora. Petrópolis (2008), Valença (2010), Nova Friburgo (2011), Barra Mansa (2012), São Gonçalo (2012), Teresópolis (2013), Itaperuna (2013) e mais o Espaço da Moda Íntima Friburgo (2013/2014) – uma escola que ocupa uma área de mais de 2 mil m², Feira de Moda íntima de Nova Friburgo – FEVEST
Missão visita Instituto de Moda na Turquia 10
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Equipe do Senai Moda e Design - Gente que compartilha conhecimento
único espaço destinado a atender de forma integrada às necessidades do segmento de moda no Estado do Rio de Janeiro, oferecendo exposições, palestras, workshops, oficinas, cursos, consultorias, acervo literário e apoio a compradores. Juntas, todas as unidades somam um custo de montagem de R$ 4 milhões.
Um foi de Gestão Empresarial (IEL/Coppe) e o outro aconteceu por meio do projeto Master, com oficinas promovidas pela rede Design de Moda Nacional, uma espécie de combo com tudo o que é necessário saber para se abrir e gerir uma confecção.
O balanço Firjan fecha sua mostra com o Despertar Como a necessidade para a Moda, projeto de formação ainda voltado para estimular persiste, e tende crianças interessadas a aumentar, foram no mundo da moda. criadas unidades Em novembro, móveis para atender às haverá uma ação demandas. Consiste em em comunidades duas scânias equipadas pacificadas. As com maquinários atividades iniciaram modernos de em 2008 e até agora confecção de vestuário aconteceram quatro e uma de calçados. vezes e contemplaram Outras duas estão 350 crianças. sendo montadas para No estado do Rio entrar em atividade. de Janeiro, a Cadeia Como se não bastasse, Modelo de sala de aula do Senai Moda há programas de Produtiva da Moda é Educação Profissional, a segunda maior entre que destinam vagas para qualificação profissional, via as indústrias criativas: são 61.368 empregados, atrás encaminhamento pelos sindicados regionais de todo o apenas do segmento Arquitetura. Na região Centroestado. Desde 2009, cerca de 10 mil matrículas foram Norte, a cadeia produtiva da Moda é a maior, com realizadas, sendo 6.700 em cursos gratuitos. mais do que o dobro dos profissionais da Arquitetura: são 12 mil contra 5 mil respectivamente. Entre as Para fechar, sem citar todas as iniciativas, também há principais atividades econômicas da cadeia produtiva o Programa de Capacitação Empresarial (IEL/Coppe), da região, destaca-se a das costureiras, que conta com gratuito. Os primeiros cursos aconteceram em 2013. aproximadamente 8 mil profissionais.
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Circuito Moda Carioca •
Empresários tomam susto com o “boom” de compradores O relógio marcava meio dia, quando os portões do Museu Militar Conde de Linhares foram abertos. Entre uma exposta artilharia pesada (tanques de guerra, metralhadoras antiaéreas, canhões...), empresários se assustaram com a marcha de visitantes ávidos por consumir seus produtos. Em instantes, as pessoas lotaram as dependências do museu. A cena é do II Circuito de Moda Carioca, que aconteceu entre 4 e 6 de outubro, em São Cristóvão. A investida movimentou algo em torno de R$ 1,5 milhão e atraiu aproximadamente 15 mil pessoas, segundo estimativas da AAPOSTA, produtora do evento .
mais do que o esperado. “Trouxe peças da coleção passada e peças que estão saindo agora das vitrines”, com média de 51% de desconto ou mais.
BeTo Neves e Cleber de Oliveira em frente ao estande da Complexo B
Ainda que com muita “fé em São Jorge”, Belo Lima e Cleber Henrique de Oliveira também não esperavam tamanho movimento no estande da Complexo B, mesmo sendo a segunda vez que participaram do evento. “A aglutinação estimula o consumo. Vendemos bastante. Acho importantíssimo promover um evento como esse, que reúne gastronomia, moda e cultura. É uma forma de redescobrir um outro Rio de Janeiro que vai além da Lapa, da Zona Sul e de Santa Teresa”, diz Beto Neves, estilista e proprietário da Complexo B.
Vestidos Joana João, de R$189,90 por R$93,90.
Estande lotado “Tomei um susto quando vi um monte de gente chegando e lotando o estande. Eu havia trazido apenas uma vendedora e uma quantidade de peças que logo percebi que não seria o suficiente. Tive que convocar mais duas ajudantes e buscar mais caixas de roupas, mas fiquei até com medo de abri-las, por conta do tumulto. O movimento foi muito bom! Vendemos em um dia o mesmo volume que uma loja vende em uma semana, afirmou André Luiz Santos, supervisor da marca infantil Joana João, que desenvolveu uma coleção apenas para o evento e vendeu muito 12
procura pela grife LiaLou, que anda vestindo a personagem Patrícia Mileto (Maria Casadevall) da novela das oito, ‘Amor à Vida’, disse Letícia Vieira, do Senai Moda, ao lado de Andrea Tieko, responsável pelo estande.
Letícia Vieira Keiper, do Senai Moda e Andrea Tieko, da LiaLou, que expôs no espaço Cria Rio
Empresários de outras regiões também participaram do evento, por meio do Cria Rio, projeto do Senai Moda, setor da Firjan que fomenta o segmento. Estiveram presentes cinco marcas do Rio, de Bom Jardim, Barra Mansa e Nova Friburgo. “Todas as marcas estão vendendo bem, mas há bastante
Jandira Barone veste Tristar, enquanto vende suas peças
Jandira Barone, que faz parte da diretoria do Moda Rio Sindiroupas, proprietária da marca Tristar, também precisou buscar mais peças e ajudantes, para dar conta do sucesso do evento e de sua grife de jeans. Jandira é proprietária também de uma confecção e atende as principais marcas do Rio e participa ativamente das ações do Polo de Moda e do Sindiroupas. É uma idealista. Quando é para criticar, não se contém, mas quando reconhece mérito, esbanja elogios. “O evento foi um sucesso de público e de crítica! O mercado reclama das vendas, mas quando os valores dos produtos são justos, as vendas acontecem. No último dia todos os empresários estavam felizes da vida com as vendas. Alguns diziam
Circuito Moda Carioca •
já ter garantido o Natal! Gostaria muito que tivesse outra edição em dezembro, vendi bastante. O próximo teria que ser em um espaço muito maior. Já tem uma enorme procura por estandes. O museu é maravilhoso, oferece uma infra maravilhosa, e tem uma ótima relação com a AAposta, mas há necessidade de um local mais amplo”, sugere Jandira, que lamentou, apenas, não ter tido tempo para curtir os shows musicais e as palestras sobre moda e comportamento que aconteceram durante o evento.
Da esquerda para a direita: Luiza Kropf, estilista e uma das sócias da Marry Me, Ellen Machado, supervisora da Maria Bonita e Maria Bonita Extra, Paulo Saliba, sócio da Equatore e Marina Lopes, estilista e sócia da Izola.
A supervisora de vendas Ellen Machado corria de um lado para o outro, para atender clientes da Maria Bonita e Maria Bonita Extra, marcas elitizadas que também mais por conta do tumulto”, disse. Mãe e filho ainda visitaram a exposição bateram recorde de público. permanente do Museu Militar, tomaram a van rumo ao Museu de Astronomia e foram almoçar na Barraca da Chiquita, no Pavilhão de São Cristóvão. A empresária nordestina foi uma das apoiadoras do evento.
Francisca Alda, a Chiquita, colaborou com o coquetel de abertura do evento. “O pessoal do polo de moda sempre vem me prestigiar, aqui no restaurante, comer uma carne de sol. Eu só Carla Costa e Nicolas Destefanio quis retribuir o carinho,” rumo ao Museu de Astronomia diz Chiquita, apresentando Os shows ficaram por conta das cordialmente um cardápio farto, com cantoras Julia Bosco e Anna Ratto. 10% de desconto para os visitantes da O público também aproveitou feira de moda, em seu estabelecimento. para conhecer pontos turísticos e Participaram do Circuito as marcas
Maria Bonita, Maria Bonita Extra, Leeloo, Complexo B, Joana João, Forester, Equatore, Izola, Indistripe, Tristar, VYX Ipanema, Arte do Surf, Arte Girls, Inbits, Alda Oliveira, Ora Bolas, Litori, Bessie, Gajah, M.AP, Mimos e Acessórios, Gaúcha Rio, Caroline Rossato, Dados e Dadinhos, Molusco, Eloah Rio, TST RIO, Wagner Marquette, Lia Lou, Bossa Nova, Ciranda de Pano, MBex, Spariam, Tai Dai, Marry Me, Celi Grachê, Win, Orb, Segredos Aromatizantes, Maria Fia, Eneida França, Bê de Maria, Patuá, além da consultoria Cool Weaving, do Instituto Rogério Santini, do Instituto Milano de Moda e da Caçula. A próxima edição do evento está programada para abril de 2014, seguindo a troca de coleções, de acordo com o calendário da moda brasileira.
gastronômicos do Bairro Imperial. Uma van da Caçula transportava o público para locais como a Quinta da Boa Vista, a Feira de São Cristóvão (Adegão Português, Cidade do Porto, Barraca da Chiquita e Casa do Sardo) e o Museu de Astronomia, entre outros pontos. Batava entrar na van e informar o destino.
A estilista Carla Costa, acompanhada de seu filho Nicolas Costa Destefanio, comprou três camisas na Complexo B e uma camisa e uma bermuda na Joana João. “Gastei cerca de R$200. Se fosse comprar nas lojas, gastaria uns R$500, pelo menos. Não comprei
Chiquita recebe em sua “casa” os visitantes da feira de moda REVISTA MODA RIO SETEMBRO | OUTUBRO | 2013
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oBONS caraNEGÓCIOS fasihon •
BOLSA DE BONS NEGÓCIOS MODARIO - SINDROUPAS
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COMPRA E VENDA
OFERTAS DE SERVIÇOs EM FACÇÃO
BOLSA DE EMPREGO
7526 – ATENÇÃO – Empresa tem interesse na compra de saldos de tecidos, retalhos, aviamentos e roupas com pequenos defeitos etc. Pagamento à vista.
7428 - Disponibiliza de serviços de tecelagem em malharia para todos os tipos de malha: m/malha, Piquet, moletom, helanca, sanfonados, também retilínea golas e acabamentos; (lisos,listrados e personalizados).
7876 – MODELISTA – Residente em Campo Grande, habilidade em modelagem feminina em geral.
7744 – Confecção feminina - fabricamos blazers, Spencer, calças, bermudas e saias. Faccionamos os mesmos produtos, desenvolvemos modelos exclusivos mediante certa quantidade de peças.
7883 – RECEPCIONISTA – Residente em Bonsucesso, cursos de informática: XP, Word 2000, Power point 2000, Excel 2000 e internet.
7830 – ATENÇÃO – VENDEM-SE - Ponta de estoque, blusas, conjuntos, calças etc. (sem defeitos). 7863 – ATENÇÃO – VENDEM-SE – Confecção em Olaria vende máquinas retas, overloque e colaret, seminovas. 7920 – ATENÇÃO – VENDEM-SE – Diversas Maquinas Indústrias (Caseadeira completa, Pregar Botão Completa, Colaret, Bainha invisível malha e tecido, overloque 3 fios e Diversas Reta. 7929 - ATENÇÃO – A Empresa Jan & Loreto, fábrica de roupas femininas especializada em alfaiataria está à venda. Com 33 anos no mercado e conhecida pela qualidade de seus tecidos e roupas, a empresa possui um maquinário completo e moderno. Será passado adiante máquinas de fusionar entretela, máquinas comuns, de costura reta, overlocks, de corte e passadoria moderna a vapor. A empresa fica em Inhaúma. Interessados devem entrar em contato por meio dos telefones 2270-6883 e 2560-2777, ou pelo e-mail janloreto@terra.com.br
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Oferta de Peças para Facção
7798 – Indústria do ramo têxtil oferece serviço de estamparia. Somos equipados com o que há de mais moderno, desde a relação dos quadros até a produção em máquina de carrossel automatizada ou através de mesas corridas. 7887 – Empresa deseja pegar serviços de sunga e biquíni (lycra), blusa (malha), tudo em alta e média qualidade. 7901 – Empresa deseja pegar serviços: T-shirt malha, regata, camisetas promocionais, baby look e casaco em moletom. 7908 – Empresas deseja pegar serviços do vestuário feminino 7917 – Empresas deseja pegar serviços peças básicas de jeans
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BOLSA DE EMPREGO
cONTINUAÇÃO
7881 – RECEPCIONISTA – Residente em São João de Meriti gostariam de uma oportunidade.
7884 – AUX. DE SECRETARIA Residente na Vila da Penha, gostaria de uma oportunidade. 7885 – ESTILISTA - Residente no Lins de Vasconcelos, com experiência. 7886 – MECÃNICO DE MÁQUINA DE COSTURA – Residente em Duque de Caxias, experiência em máquina de costura, especialmente camisaria feminina e masculina. 7888 – SERVIÇOS GERAIS - Residente em Anchieta. 7889 – AUX. ADMINISTRATIVO/ RECEPCIONISTA – Residente em Brás de Pina. 7890 – SERVIÇOS GERAIS – Residente em Miguel Couto. 7891 – CORTADOR/RISCADOR – Residente em São João de Meriti, com 25 anos de experiência em todo tipo de tecidos, podendo exercer também como encarregado de corte e ampliador. 7892
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AUX.ADMINISTRATIVO Residente no Estácio.
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7893 – SERVIÇOS GERAIS – Residente na Lapa.
7609 – T-shirts em meia-malha e baby look em ribana.
7643 – AMPLIADOR DE MODELAGEM – Residente em Ramos, tem curso de audaces.
7444 – Camisa, blazer, Spencer e calça, todos em tecido misto.
7801 – GERENTE INDUSTRIAL – Residente no Rocha, com experiência.
7894 – MODELISTA – Residente na Pavuna, com 20 anos de experiência no ramo de linha feminina, podendo trabalhar com free lancer.
7445 – T-shirt ½ malha, casaco em moletom e microfibra, shorts e bermudão em microfibra e bermudão em brim em alta qualidade.
7831 – GERENTE DE PCP – Residente em Campo Grande, com experiência.
7895 - DESIGNER DE MODA – Residente na Tijuca.
7724 – Calças, blazer e saia em jeans tudo em alta qualidade. 7866 – Roupas para ginástica e sungas em alta qualidade 7867 – Casacos, calça e bermuda em microfibra. 14
7552 – CORTADOR AMPLICADOR – Candidato residente em São João Meriti com experiência em corte a 20 anos, oferece seus serviços. 7855 – AUX. CRÉDITO E COBRANÇA/ AUX. ADMINISTRATIVO – Residente na Pavuna. 7874 – RECEPCIONISTA – Residente em Olaria.
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Notas e Retalhos •
NOTAS E RETALHOS Com Bruna Alves R$ 50 milhões em modernização até 2016 Durante a Reunião de Conselho e Plenária da ABIT, realizada no SENAI/CETIQT), no final de setembro, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges, afirmou que o governo analisa a possibilidade de criar um novo e diferenciado regime tributário para o setor têxtil e de confecção. Já o diretor-executivo do SENAI CETIQT, Marcus Fonseca, anunciou investimento de R$50 milhões na instituição nos próximos dois anos, em planos de ampliação das plantaspiloto e dos laboratórios e em projetos de Educação Profissional, Tecnologia, Conhecimento e Inovação. O presidente do Moda Rio, Victor Misquey, esteve presente e vem se reunindo com especialistas do Cetiqt para formatar um projeto de capacitação gratuita para seus associados e colaboradores, nas fábricas.
Pós-graduação em Jornalismo de Moda na Faculdade CCAA: curso inédito no Brasil O curso, inédito no Brasil, pretende mostrar todas as ferramentas necessárias para a compreensão da indústria da moda a partir do olhar da Comunicação. Aprofundamento nas peculiaridades do texto de moda, nos editoriais e na cobertura de desfiles, até a compreensão da análise e da crítica de moda. A carga horária será de 383 horas e o início das aulas em 5 de abril de 2014. Acesse www.faculdadeccaa.com.br ou ligue para 2156-5000 e tire suas dúvidas.
Presidente do Moda Rio, Victor Misquey e o Presidente da ABIT, Aguinaldo Diniz Filho
TNG prepara linha infantil e ainda busca investidor A varejista de moda TNG traçou um plano para acelerar sua expansão em 2014 não apenas com abertura de lojas. A partir da entrada no segmento infantil, a companhia pretende ganhar espaço no canal atacadista. Em paralelo, contratou a Bain & Company para elaborar um projeto de aumento das vendas por metro quadrado em suas lojas próprias. Hoje, são 175 pontos.
Ensaios sobre moda, arte e globalização cultural Nesta obra, a socióloga Diana Crane expõe o que se poderia chamar de “ciclo de vida” dos mais notáveis produtos da indústria do vestuário. Aborda como nascem, amadurecem e desaparecem as criações dos estilistas e designers. Recorrendo a teorias consagradas sobre produção, difusão e valorização cultural, contribui para a compreensão de alguns dos mecanismos que regulam a economia simbólica no campo das atividades ligadas à moda. De Diana Crane, Editora Senac.
Estudar a moda: corpos, vestuários, estratégias Este livro é um material de referência indispensável para quem quer fazer moda de maneira diferenciada: entendendo a relação do homem com a indumentária, conhecendo os processos produtivos de empresas do setor, aprendendo as diferenças entre uma grife orientada para o produto e uma grife orientada para o mercado. De Paolo Sorcinell, Alberto Malfitano e Giampaolo Proni, Editora Senac.
CCBB Informa Até seis de janeiro, de quinta a domingo, às 21h e com entrada franca, a mostra Virei Viral propõe olhares múltiplos sobre a cultura de criação e compartilhamento de conteúdos – intensificada em tempos de tecnologias digitais – abordando novos protagonistas, novos circuitos e novas linguagens. Palestras: especialistas abordam temas relevantes em cultura de rede e em tecnologias digitais. Teatro II: verificar horários e programação no site www. vireiviral.com.br e no www.facebook. com/Virei-Viral. REVISTA MODA RIO SETEMBRO | OUTUBRO | 2013
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* Ligações gratuitas de telefone fixo no estado do Rio. ** Custo de ligação local.
NOME DESTA SEÇÃO •
Para o setor da moda fazer bonito nas passarelas do Brasil e do mundo, o Sistema FIRJAN apoia eventos como o Fashion Rio, oferece diversas consultorias, cursos de qualificação e ainda conta com o SENAI Moda Design, o centro de inteligência em moda e design do Sistema FIRJAN. Mas para o setor da moda se desenvolver cada vez mais, é fundamental a sua participação. Por isso, o Sistema FIRJAN conta com o Movimento Sindical FIRJAN, que aproxima a sua empresa do seu sindicato patronal e oferece uma gama de serviços e vantagens exclusivas. Filie-se ao seu sindicato patronal e contribua para que o setor da moda fique cada vez mais forte. Conheça os benefícios de se associar ao Movimento Sindical FIRJAN: movimentosindical@firjan.org.br | 0800 0231 231* | 4002 0231**
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