1º E Dezem diç ão 1bro 2 3.5012 0€
EXP SURE
Macrofotografia O que é a Macrofotografia? Macro Low Cost
Entrevista ao Fotógrafo
André Boto 14007274
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Índice
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Editorial
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Macrofotografia
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HDR
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Quem somos?
O que é a Macrofotografia? Macro Low Cost O que é o HDR? Como fazer?
600D vs 650D
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Tudo o que precisas
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Exposição
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André Boto
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Vantagens da 600D Vantagens da 650D
Todo o Material que um fotografo precisa
Definição de exposição e como funciona.
Entrevista ao grande fotógrafo André boto
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Editorial
Nesta edição damos particular destaque ao fotógrafo André Boto, um jovem que se tem vindo a destacar, nos últimos anos, no mundo da fotografia digital e da fotomontagem. Vamos também aprofundar os conceitos de Macrofotografia e explicar o que é um HDR. Iremos esclarecer dúvidas sobre o novo modelo da marca Canon e compára-la com o seu modelo antigo. Para ajudar os fotógrafos amadores iremos explicar um pouco o que é a exposição e falar do material que todos os fotógrafos devem ter para ter um bom desempenho. Chefe de Redação Manuel Santos
Macrofotografia A macrofotografia é um género fotográficos que prova de forma inequívoca como os sentidos podem ser excedidos através da técnica fotográfica, revelando pormenores impossíveis de discernir através do nosso olhar, como um grão de pólen numa flor, uma gota de água em queda, os olhos de um insecto ou a textura de um metal enferrujado. Na acepção a macrofotografia é uma das variantes da fotografia close-up, onde a imagem projectada no sensor da câmara fotográfica poderá ter a mesma dimensão do motivo fotografado, apresentando, nesse caso, um rácio de reprodução de I:I Há não muito tempo a macrofotografia era uma actividade complexa, exigindo equipamento especifico e, em alguns casos, adaptações dos motivos. Actualmente, também se pode atingir esse grau
Editor
João Pires Fotógrafo
André Santos Repórter Petra Valente
Canon 600D 1/200 seg. a f/3.4 ISO 100
Canon 600D 1 seg. a f/3.4 ISO 100
de especialização, mas com o despontar da fotografia digital, surgiram muitas câmaras fotográficas compactas com modos macro incrivelmente potentes. De facto, com um investimento financeiro mínimo, a macrofotografia está ao alcance da maioria dos fotógrafos, com diversas camaras compactas a oferecerem distancias mínimas de focagem de apenas um centímetro, Para quem possui uma camara reflex ,a macrofotografia pressupõe o uso de uma objectiva Macros quais serão mais dispendiosas que a maioria das câmaras compactas, mas com a vantagem de possuírem uma melhor qualidade de imagem, um controlo criativo superior e o uso de distâncias entre fotografo e motivos superiores.
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Canon EOS 600D
1/8 seg. a f/3.4
ISO 100 Dist. focal: 50mm
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Macrofotografia Macro Low Cost
Como sabemos que a fotografia pode ser um hobbie bastante caro, a Exposure resolveu apresentar-vos 4 maneiras de fazer macrofotografia a preços acessíveis. Anel de Acoplamento A distância focal da primeira objectiva (maior) dividido pela acoplada (mais pequena) dá o valor da ampliação. Para obter bons resultados ópticos recomendamos a utilização de boas objectivas de distância fixa.
Tubos de Extensão
Colocado entre a objectiva e o corpo permitem focar de mais perto ampliando assim o motivo. Este conjunto é composto por três tubos e os respectivos adaptadores para objectiva e corpo. Os tubos podem ser usados independentemente, aos pares ou juntos para ampliações diferentes. Utilização em modo Manual, não transmite autofocagem nem dados de exposição
Anel inversor
Com este anel transforma qualquer objectiva numa lente macro de grande ampliação com boa qualidade de imagem. Pode ser usado mesmo qualquer objectiva, independentemente de marca e sistema, com autofocagem ou manual.
Fole de Extensão
O fole de extensão permite aumentar a distância entre a objectiva e o CCD das câmaras, aumentando assim a ampliação do assunto. É um conceito semelhante ao mover o projector para mais longe da tela, para assim aumentar o tamanho da projecção. É aconselhavel utilizar os foles, numa câmara montada num tripé para uma maior estabilidade e facilidade de uso, o que lhe permite ajustar de forma constante e harmoniosa a distância entre a câmara e o assunto.
HDR
Muitas vezes a gama dinâmica de uma cena – ou seja, a diferença entre as zonas de sombra e de altas luzes – é impossível de ser registada pelo sensor de uma câmara fotográfica digital, criando zonas sub ou sobreexpostas numa imagem. Uma das formas de combater esta limitação é o uso de filtros de densidade neutra em gradiente, especialmente indicados para fotografia de paisagem, bloqueando as zonas mais luminosas com a parte escura do filtro (tipicamente o céu) e deixando que as zonas menos luminosas sejam registadas através da parte transparente (normalmente o solo). Todavia, existem situações em que as características deste filtros se tornam restritivas, nomeadamente pelo facto de possuírem uma zona de transição rectilínea e uniforme, que não se adnata a discrepâncias luminosas dispersas de forma heterogéneas pela cena – como acontece em algumas paisagens, exteriores e interiores de edifícios, entre outras. Nestes casos, para conseguir registar uma gama dinâmica acima da capacidade do sensor e mais próxima aptidão do olho humano, a única solução a recorrer à técnica de HDR (High Dynamic Range, ou seja, Alta Gama Dinâmica).
9 Esta técnica combina fotografias com diferentes exposições – no mínimo três, tipicamente separadas por intervalos de dois stops – para construir uma imagem com uma elevada gama dinâmica, apresentando detalhes em zonas de sombras e altas luzes que seriam impossíveis de registar por uma câmara fotográfica.
No âmbito fotográfico, esta técnica pode ser usada com diversos propósitos. Uma via é a criação de imagens fotorrealistas, isto é, próximas do que o olho humano consegue ver, mas com uma sensação fotográfica “tradicional”, no sentido em que não é expectável que uma imagem mostre zonas perfeitamente iluminadas quando o olho humano as vê como sendo escuras. Outra via é o surrealismo, onde a gama dinâmica é levada ao extremo, apresentando cores, tons ou halos de luz que jamais seriam vistos pelo olho humano ou registados fotograficamente através de métodos “tradicionais”.
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HDR
Imagem Subexposta
Imagem Subexposta Uma foto está subexposta quando uma quantidade insuficiente de luz entrou na câmera pelas lentes. Quando isso acontece vários pontos da imagem ficam pretos: sem informação nenhuma de cor ou luminosidade.
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Imagem “correcta”
HDR
Imagem Sobreexposta
Imagem Sobreexposta Uma foto está sobreexposta quando muita luz entrou na câmera. Quando isso acontece vários pontos da imagem ficam “estourados”: brancos e sem informação nenhuma de cor ou luminosidade.
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600D VS 650D
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Canon EOS 600D
Canon EOS 650D
Quatro Motivos para Canon EOS 600D
Dez Motivos para Canon EOS 650D
CÂMERA •Foco automático mais rápido no video devido ao foco automático com deteção de fase ao gravar video. •Muito melhor qualidade de gravação de vídeo (1080p @30fps) FÍSICO •Um pouco mais leve (570g) •Um pouquinho mais estreito (99,5mm)
GRAVANDO Tem microfone estéreo
CÂMERA •Evidentemente Mais pontos de foco do tipo cruzado •Claramente sensibilidade máxima de luz ( 25.600ISO) •Consideravelmente É mais rápido a fotografar em alta resolução com AF -em formato JPE ( 5fps) •Tem foco automático contínuo durante a gravação de videos •Tem função HDR (alta faixa dinâmica) FÍSICO •Um tanto mais fino (78,8mm) •Tem tela sensível ao toque CONECTIVIDADE •Tem GPS •Tem entrada de microfone
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Tudo o que precisas Canon EOS 650D - 669 €
Máquina fotográfica excelente para quem quer começar a tirar fotografias profissionais. Filma em Full HD, o que faz com que está câmera seja 2 em 1.
Canon Grip - 140€ Ideal para pessoas que tiram bastantes fotos. Este Grip leva até duas baterias Canon ou 8 pilhas AA. Vai ser algo imprescindível se quiser fotografar em grandes viagens.
Mochila Multiusos - 85€ Mochila de fotografia com vários compartimentos para guardar câmera, objectivas e filtros
Tripé - 115€ O tripé é uma peça essencial na vida de qualquer fotógrafo. Apenas com eles se conseguem realizar a maior parte das técnicas de fotografia.
Disparador Phottix - 40€ Com este disparador vais conseguir controlar por completo a sua câmera. E até programa-la para disparos no futuro
Fitros Cokin - 40€ cada Filtros para ajudar na captura de zonas com excesso de luz.
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Canon EOS 600D
60 seg. a f/3.4
ISO 800 Dist. focal: 50mm
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Exposição
A exposição depende de três variáveis essenciais – abertura do diafragma, velocidade do obturador e sensibilidade ISO. Todas elas são absolutamente interdependes, no sentido me que se uma variar, então, para manter uma mesma exposição (isto é, registar a mesma quantidade de luz, pelo menos uma das variáveis restante também terá de variar. A forma como este jogo de interdependência se desenrola é mais facilmente percebido através da analogia que se segue
Assim imagine-se um copo vazio (sensor) que precisa de ser enchido ate ao topo com agua (luz) proveniente de uma torneira. Seguindo esta comparação quando se abre a torneira de uma forma a esta ficar a pingar (abertura pequena) demora bastante tempo até o copo ficar cheio (velocidade de obturação lenta, ou seja, um tempo de exposição
19 longo). Inversamente, quando se abre a torneira até ao seu máximo (abertura grande), o copo fica cheio num breve instante (velocidade de obturação rápida, isto, um tempo de exposição curto).
Percebe-se, assim que, que existem várias formas de encher um copo (de fazer um fotografia) com água (luz), controlando a abertura da torneira (abertura do diafragma) e o tempo que a torneira permanece aberta (velocidade do obturador). De facto, considerando apenas a quantidade de luz registada, diferentes combinações entre estas variáveis conduzem ao mesmo resultado – ou seja, uma clara relação de reciprocidade, quanto menor for a abertura, mais longa terá de ser a exposição; e quanto maior for a abertura, mais curta terá de ser a exposição
Continuando a analogia, resta apenas uma variável por explicar: o tamanho do copo. Neste sentido, mantendo a abertura e a velocidade fixas, um copo pequeno (sensibilidade ISO elevada) fica cheio muito mais depressa do que um copo grande (sensibilidade ISO baixa). Também aqui se percebe que para atingir um mesmo objectivo, o de encher o copo, uma variação no seu tamanho terá um impacto na abertura da torneira (mantendo a velocidade fixa, encher um copo grande requer uma abertura maior do que se este pequeno, e vice-versa) e/ou o tempo que a torneira fica aberta (mantendo a abertura fixa, encher um copo pequeno é mais rápido do que se este fosse grande, e vice-versa.
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André Boto
De onde surgiu a sua paixão Sempre tive também uma grande pela fotografia? ligação ao desenho à vista e a A minha paixão pela fotografia foi algo que nasceu há não muito tempo, sendo um passo na minha formação artística. Desde sempre tive uma forte ligação às artes e todos os meus estudos foram nessa área, as artes. Fiz a licenciatura em Artes Decorativas na Escola Superior de Educação de Beja e já nesta altura o Surrealismo me despertava a atenção. Vejo-me como qualquer pessoa normal que se fascina pelo imaginário. Sempre me atraíram os temas ligados ao sonho e tudo aquilo que apenas cabe na nossa imaginação mas que não podemos ver no mundo real, um ideal partilhado pelo Surrealismo. Desta forma, três das minhas maiores fontes de inspiração nada têm a ver com fotografia, são eles: M.C.Escher (com as suas metamorfoses de formas e mundos impossíveis) e depois René Magritte e Salvador Dalí com as suas ilusões e contradições. Foi nesta altura que me comecei a dedicar à fotografia, embora ainda não numa corrente Surrealista.
fotografia inicialmente era por mim usada para congelar a realidade para que depois a pudesse representar desenhando. A fotografia começou para mim cmo começa para a maioria das pessoas, sendo uma forma de retratar o já existente de forma crua e sem recurso a grande pós-produção.
Conte-nos um pouco do seu trajecto profissional
No início de 2008 parti para Lisboa rumo à Oficina da Imagem, onde realizei o curso de Fotografia Avançada, e considero que este foi um marco de mudança na minha vida e na minha forma de trabalhar, pois foi após este curso que compreendi ser possível tornar realidade o meu sonho ainda recente de me dedicar à fotografia a tempo inteiro. E assim foi, no ano seguinte, também na Oficina da Imagem, realizei o curso de Fotografia Conceptual idealizado pelo Professor Carlos Marques e comecei a trabalhar profissionalmente na área da fotografia de produto e a desenvolver os meus projectos de autor.
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Neste momento contínuo a seguir essa linha de trabalho, trabalhando como freelancer, ora desenvolvendo os meus projectos de autor (como o projecto Surrealismo) ora respondendo a encomendas específicas de empresas para determinado tipo de trabalho.
Porque é que decidiu dedicar-se mais à área do surrealismo?
A forte simpatia pela corrente surrealista surgiu (como já disse anteriormente) numa fase em que ainda não me dedicava à fotografia, e aconteceu de uma forma natural. Como “ser humano” também eu senti curiosidade pelo imaginário. Os sonhos, os mitos, todas aquelas coisas que o homem não tem a verdadeira noção da dimensão, existência ou funcionamento. No fundo foi uma forte necessidade de estudar e executar algo que lançasse muitos “porquês” nas pessoas. Também em termos visuais, e não só conceptuais, acho interessante a corrente surrealista, é um conceito que no fundo todos nós procuramos, os nossos próprios limites, fazer/ representar algo para além daquilo que no mundo real seria possível acontecer, mais que não seja existe em nós essa curiosidade natural.
É isto que eu sinto e é esse o motivo pelo qual tento representar sonhos, ao contrário do típico artista conceptual que tenta chegar ao espectador pelo choque e impacto negativo. O meu objectivo é criar algo positivo que possa causar nas pessoas sensações agradáveis (embora de alguma surpresa por vezes) tentando fugir da sempre muito falada crise e dos aspectos negativos que nos entram em casa todos os dias pela TV.
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André Boto Quais os sentimentos que ten-
aceite (muito lentamente) torna-se ta transmitir ao público através mais difícil a sua difusão e aceitação. O preconceito que a fotografia é um das suas fotos? meio de reprodução em série tamPenso que para todos os tipos de bém impede em muito que esta trabalho fotográfico é necessário seja vista como um meio artístico. transmitir algo ao espectador, pois Por último, o que seria a sua a fotografia é uma forma de comunicação, de poesia. Há que juntar vida sem fotografia? da melhor forma todos os elementos que constituem/condicionam a Não sei o que seria a minha vida sem nossa futura imagem para que esta fotografia, é algo que nem quero cumpra com todos os objectivos, imaginar pois o meu grande objectal como o poeta faz com as pala- tivo é a fotografia. Desde que comvras para chegar ao poema final. ecei a pensar em termos de objectiNo meu trabalho e principalmente vos profissionais para a minha vida, a no Projecto Surrealismo tento deix- única área em que me via a exercer ar o espectador sonhar, não dando era precisamente esta, a fotografia. (propositadamente) títulos. Uma Daí que seja complicado pensar numa vez que a interpretação é algo em outra actividade profissional que não muito dependente das experiên- esta, que é a que me realiza. cias vividas por cada indivíduo, isso poderia impedir ou dificultar o espectador de sonhar livremente.
O que acha da fotografia em Portugal?
Acredito que a fotografia em Portugal está viva, o mais difícil é mostra-la e fazer com que esta seja vista, principalmente para quem está a começar. Não faz parte da cultura portuguesa ir a museus ou exposições, e uma vez que no campo das artes a fotografia só agora começa a ser
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