100 anos de paixão

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Agradecimento

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Sumário Agradecimento .............................................................................................................................. 2 10 à 1912 - Um começo difícil ....................................................................................................... 5 Miguel Bataglia, o primeiro presidente ........................................................................................ 6 1913 à 1939 - Três décadas de glórias .......................................................................................... 8 1914 - NOVATO E VENCEDOR ....................................................................................................... 9 1916 - A VOLTA DO INVICTO ....................................................................................................... 10 1922 - UM TÍTULO POR 100 ANOS .............................................................................................. 11 1930 - O DONO DA DÉCADA........................................................................................................ 12 1937 - CAMPEÃO PROFISSIONAL ................................................................................................ 13 1939 - TRI EM TEMPO DE GUERRA ............................................................................................. 14 1940 à 1954 - O Campeão dos Campeões .................................................................................. 15 1941 - GANHANDO NO PACAEMBU ............................................................................................ 16 1944 - FÉ NOS VETERANOS ......................................................................................................... 17 1951 - 11 HOMENS, 103 GOLS .................................................................................................... 18 1952 - FESTA EM DOSE DUPLA .................................................................................................... 19 1954 - OUTRA GLÓRIA CENTENÁRIA ........................................................................................... 20 1955 à 1976 - Triste jejum........................................................................................................... 21 1955 - ÚLTIMO GRANDE FEITO ................................................................................................... 21 1957 - O REI DOS INVICTOS ......................................................................................................... 22 1960 - EM BUSCA DE UM PELÉ.................................................................................................... 23 1961 - O ANO DO......................................................................................................................... 25 1966 - COM DITÃO, NAIR E MANÉ .............................................................................................. 27 1957 – fim do tabu maldito ......................................................................................................... 28 1969 - ESPERANÇA PASSAGEIRA ................................................................................................. 29 1971 - A ALEGRIA DO POVO ........................................................................................................ 30 1973 - FELIZ CARNAVAL, FIEL! ..................................................................................................... 31 1976 - O MARACANÃ É NOSSO ................................................................................................... 32 1977 - O COMEÇO DO DESABAFO ............................................................................................... 33 1978 - A VOLTA DOS BONS TEMPOS ........................................................................................... 35 1979 - CHORA, PALMEIRAS ......................................................................................................... 36 1982 - VIRADA PARA A HISTÓRIA ................................................................................................ 37 1982 - VITÓRIA DA DEMOCRACIA ............................................................................................... 39 1983 - BIS PARA A LIBERDADE..................................................................................................... 39 3


1984 - ESTES QUASE FORAM TRI................................................................................................. 40 1987 - RENASCIDO DAS CINZAS .................................................................................................. 41 1990 à 2005 - Anos dourados...................................................................................................... 42 1990 - A FIEL TOMA CONTA DO BRASIL ...................................................................................... 44 1994 - ATALHO DA LIBERTADORES ............................................................................................. 45 1995 - REIS DA COPA DO BRASIL ................................................................................................. 47 1999 - TEU PRESENTE, UMA LIÇÃO ............................................................................................. 49 2000 - CAMPEÃO DO MUNDO .................................................................................................... 51 2001 - NOVA VÍTIMA CAIPIRA ..................................................................................................... 52 2002 - COM DIREITO A BIS .......................................................................................................... 55 2004 - QUASE REBAIXADO .......................................................................................................... 58 2005 - SALVE "EL TIMÓN" ........................................................................................................... 58 Em 2006 a 2008 a volta por cima ................................................................................................ 59 2007: Fim da parceria, crise e rebaixamento, ............................................................................. 60 2009 - O Ano Fenomenal............................................................................................................. 62

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10 a 1912 - Um começo difícil No dia 6 de agosto de 1910. Porto de Southompton, Inglaterra. Embarcava para o Brasil uma delegação de futebolistas britânicos, na maioria estudantes de famosas universidades, como Oxford e Cambridge. Era o Corinthians Team. Vinha ao Brasil a convite do Fluminense F. C., do Rio de Janeiro, para uma série de jogos. No dia 21 do mesmo mês, desembarcavam na Capital Federal. Depois dos jogos na Capital, vieram para São Paulo, para outros três jogos: A. A. Palmeiras, C. A. Paulistano e São Paulo Athletic. O Corinthians Inglês O escudo do Corinthians Team No primeiro jogo, 31 de agosto, contra o A. A. Palmeiras, um belo futebol e vitória por 2 a 0. Foi nesse dia que começou a nascer o Corinthians Paulista. O Corinthians Team enfrenta a A.A. das Palmeiras A rapaziada do bairro do Bom Retiro, que assistiram ao jogo, ficaram impressionados com a atuação do time inglês, e passaram a “sonhar” com a fundação de um clube tão bom ou melhor que aquele. Marcaram uma reunião para aquela mesma noite, após o jantar. Na hora marcada, compareceram ao local indicado (Rua dos Imigrantes, hoje José Paulino) para concretizar a ideia, Antônio Pereira, Joaquim Ambrósio, Anselmo Corrêa, Carlos Silva e Rafael Perrone. Passaram então a discutir a fundação do novo clube à luz de um lampião a gás. Como esses rapazes eram apenas cinco, resolveram marcar uma reunião para o dia seguinte, 1º de setembro de 1910, convidando para a mesma, outros rapazes do bairro. Esses cinco representantes, dominados pelo grande entusiasmo, puseram a trabalhar. Espalharam a ideia por todo o bairro, fazendo inúmeros convites para a reunião. No dia combinado, os cinco rapazes voltaram com mais oito importantes personagens: Alexandre Magnami, Felipe Aversa Valente, Miguel Sottile, João da Silva, Salvador Lopomo, João Morino, César Nunez e Miguel Bataglia (que seria o primeiro presidente). A ideia foi estudada em todos os detalhes. Tudo acertado. O clube estava fundado. Mas, e o nome? Vários foram sugeridos entre os presentes. Entre eles o de Santos Dumont, Corinthians Brasileiro, Corinthians Bandeirantes, etc. -_ “Peço um aparte “disse então Joaquim Ambrósio, que até o momento se mantinha calado”“. “na minha opinião e de meus quatro companheiros que vimos o jogo de ontem, o time deve chamar-se Sport Club Corinthians Paulista, como uma homenagem ao Corinthians inglês que nos visita” _ concluiu o apartente. O nome foi aprovado por todos. “Já que o nome foi resolvido, vamos agora escolher a cor do uniforme” _ falou um dos presentes. Antes do fim da reunião, Miguel Bataglia profetizou: “O Corinthians será o time do povo e o povo é quem vai fazer o Corinthians”.

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Miguel Bataglia, o primeiro presidente.

O clube estava formado, o nome já havia sido escolhido. Faltava o campo. Porém, para aqueles rapazes cheios de entusiasmo, nada era difícil. Voltaram então suas visitas para um terreno situado nos fundos de um lenheiro, ali mesmo no Bom Retiro, onde hoje se encontram localizadas as ruas Ribeiro de Lima, Prates e José Paulino. Esse terreno foi alugado. Pagariam 30 mil réis por mês! Não era pouco para um clube que acabava de ser fundado. Mas aqueles jovens cheios de vontade saberiam como arcar com aquela responsabilidade. Depois de comprar uma bola, que na época era caríssima, e fazer o primeiro treino, o Corinthians marcou o primeiro jogo, contra a União da Lapa, que na época era o bicho-papão da várzea paulistana. O jogo foi marcado para o dia 10 de setembro de 1910. A primeira equipe do Timão jogou assim: Valente, Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João de Silva, Jorge Campbell, Luiz Fabi, César Nunes e Joaquim Ambrósio. O Corinthians perdeu por 1 a 0. Uma derrota com sabor de vitória. Animado com o seu primeiro jogo oficial, o Corinthians marcou um novo amistoso. No dia 14 de setembro, o clube desafiou o Estrela Polar, temível time da várzea. Mesmo jogando contra uma forte equipe, o Corinthians não se intimidou e ganhou o jogo por 2 a 0. Luiz Fabi foi o homem que marcou o primeiro gol da história do Corinthians. O segundo gol foi marcado por Jorge Campbell. Aos poucos, o Timão passou a ficar popular e ser um dos grandes da várzea paulistana. Assim, o clube se viu na obrigação de crescer cada vez mais. Faltava, então, se filiar na Apea (Associação Paulistana de Esportes Atléticos) ou na Liga Paulista. Em 1912, apenas os clubes da elite faziam parte dessas associações do futebol paulista. Do lado da Apea estavam grandes como o Paulistano, A. A. Palmeiras, o Mackenzie e o Ipiranga. Já do lado da Liga Paulista faziam parte Americano, Germânico e Internacional. O Corinthians pleiteava uma vaga junto à Liga, mas os inimigos do Timão estavam dispostos a não deixar o clube ingressar na divisão principal. Inúmeros obstáculos foram colocados à frente da gente corintiana no intuito de desanimá-la. Mas a gente alvinegra insistia com todas as suas forças. De nada adiantaram a ideia de querer acabar, de uma vez, com a persistência dos alvinegros. Idealizaram, então, uma eliminatória, certos de que o Corinthians não passaria por ela. Puseram dois grandes times adversários: Minas Gerais F. C. e São Paulo Sport Club.

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E esses dois times foram indicados para enfrentar o Corinthians, numa eliminatória bem preparada para acabar de uma só vez, com as pretensões do Timão, pois ninguém, a não ser os próprios corintianos, acreditava nas possibilidades sequer de uma vitória do Corinthians. Foi tal a pressão e a guerra de nervos, que os próprios corintianos passaram a temer a histórica eliminatória. Houve um sorteio para se ver qual seria o primeiro adversário do Timão. Quis a sorte que enfrentasse o Minas Gerais. Os inimigos do Corinthians sorriam satisfeitos e afirmavam que o Minas eliminaria o quadro dos operários, impondo-lhes uma surra inesquecível. A seguir, caberia ao Minas jogar com o São Paulo, já na festa de confraternização pela eliminação do clube corintiano. Quando o Corinthians entrou em campo para a batalha contra o Minas Gerais, estavam com os nervos a flor da pele, cansados de ouvirem tamanha humilhação. Começou o jogo. A torcida estava em suspense. No começo, só deu Minas, mas depois, o Corinthians começou a se impor e não demorou para tomar conta do jogo. Todo o time passou a funcionar como uma máquina, fazendo surgir um gol espetacular, nos pés de Joaquim Rodrigues, que fez o povo corintiano vibrar. Aquele 1 a 0 permaneceu até o final do jogo, para desespero de todos os inimigos do time do povo. Não fosse o nervosismo dos corintianos, teriam ganhado de muito mais. Mas isso é o de menos, o que interessava era a vitória. Um passo já havia dado. Faltava o outro. Ganhar do São Paulo Sport Club, era uma tarefa difícil, mas não impossível. Era a grande batalha que iria decidir toda a sorte corintiana. Uma vitória seria a realização de um sonho. Diante do ambiente que se criara em torno dessa partida, da responsabilidade que ela representava para ambos os lados, os dirigentes, os torcedores e os jogadores são-paulinos acabaram ficando com medo. O jogo foi iniciado sob grande nervosismo das torcidas. Logo aos primeiros minutos, os corintianos passaram a demonstrar possuir mais categoria técnica e uma equipe superior. Surgiu o gol do Corinthians! Fabi foi o seu autor. Delírio dos alvinegros! Surgiu o segundo! Novamente Fabi! Começava então a grande festa do Timão. O terceiro gol não se fez esperar. Péres foi quem marcou desta vez! Antes de a partida terminar, o Corinthians fez a bola dormir no fundo da rede mais uma vez! Campanella era o herói! Logo depois, o juiz apitava o fim do jogo, para delírio da torcida corintiana presente. Os jogadores choravam nos braços da torcida. Foi assim que o Corinthians entrou na Liga Paulista de futebol. Estávamos, então, em 1912.

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1913 a 1939 - Três décadas de glórias

Depois de ingressar na Liga Paulista com suas próprias forças, o Corinthians entra em 1913 para disputar seu primeiro Campeonato Paulista. A participação do clube não é das melhores. A campanha começou em 20 de abril, com uma derrota por 3 a 1 para a Germânia, no Parque Antárctica. Pior ainda foi o terceiro jogo, um mês depois, contra o Americano: derrota por 7 a 1. A primeira vitória só ocorreu no dia 7 de setembro: 2 a 0 em cima do Germânia, gols de Amílcar e Joaquim. Em oitos jogos, o Timão venceu apenas um, empatou quatro e perdeu três, terminando na quarta colocação, num torneio disputado por cinco times. Em 1914, quatro anos depois de sua fundação, o Timão ganha seu primeiro título.

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1914 - NOVATO E VENCEDOR Paulista de Futebol já no ano seguinte. E invicto, com 7 vitórias e 1 empate em 8 jogos. O escudo da época, bem diferente do atual, trazia apenas as letras S, C e P. (Em pé) Fúlvio, Casemiro do Amaral e Casemiro González. (Agachados) Police, Bianco e César. (Sentados) Aristides, Peres, Amílcar, Dias e Neco. Neste mesmo ano, o Corinthians realizou o seu primeiro jogo internacional. No dia 15 de agosto, no Parque Antárctica, enfrentou o Torino, da Itália, que venceu o amistoso por 3 a 0. Em 1915, por divergências políticas, o Corinthians saiu da Liga Paulista e não disputou nenhum campeonato. Como não conseguiu se filiar à Apea em tempo, o clube acabou disputando amistosos. E mostrando sua força: em 1º de maio, enfrentou o A. A. Palmeiras (não confundir com o atual Palmeiras) e venceu por 3 a 0, no antigo campo do Velódromo, na Rua da Consolação. Os gols do Corinthians foram de Neco, Aparício e Américo. As vitórias em amistosos se sucediam: 5 a 0 sobre os Wanderers, 4 a 1 sobre o Ideal Club, 2 a 0 em cima do Guarani... O prestígio do Corinthians só aumentava, mas ele não podia disputar nenhum campeonato. Por isso, o campeão de 1914 emprestou seus jogadores para outros clubes da Apea, para que eles não ficassem muito tempo parados. Neco, Casemiro, César e Bianco foram para o Mackenzie; Bororó, Aparício, Fúlvio, Péres e Amílcar saíram para o Ipiranga e Police, para o Wanderers. Em 1916, o Corinthians volta a participar do Campeonato Paulista. E ganha novamente.

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1916 - A VOLTA DO INVICTO De olho em uma vaga no campeonato da Associação Paulista de Esportes Atléticos - que dava mais prestígio na época, o Corinthians rompeu com a Liga Paulista de Futebol. E acabou não disputando nenhum dos dois campeonatos em 1915. Quando voltou à Liga, em 1916, foi para ganhar o título, e novamente sem derrota: venceram todos os 7 jogos. (Da esquerda para a direita) Américo, Peres, Amílcar, Aparício, Neco, Police, Bianco, César Nunes, Fúlvio, Sebastião e Casemiro González. Com a unificação das ligas paulistas, o alvinegro disputou o Campeonato Paulista de 17 contra todos os grandes times: Paulistano, Palestra Itália, Santos, Internacional, Mackenzie, Ipiranga, A. A. das Palmeiras e São Bento. Era um dos favoritos, mas logo numa das primeiras rodadas foi surpreendido por um clube jovem: o Palestra Itália, que venceu por 3 a 0. Era o início de uma grande rivalidade. O Corinthians terminaria o campeonato daquele ano apenas em quarto. Nos dois anos seguintes, o Corinthians fez boas campanhas no Paulistão, mas não conseguiu o título. Em 1918, perdeu por um ponto para o Paulistano, num campeonato estragado pela epidemia de gripe espanhola, que interrompeu a competição por dois meses. Em 1919, não só o Corinthians não conseguiu o título, como ficou só em terceiro lugar, atrás do Palestra. O consolo foi ter vencido o rival por 1 a 0, no Parque Antárctica. A única coisa de boa naquele ano foi o título do primeiro Torneio Início, que era disputado em um só dia, em partidas eliminatórias que duram poucos minutos. Caso o jogo terminasse empatado, o time que tivesse mais escanteios a favor, ganhava a partida. Nos anos de 1920 e 21 o Timão obteve campanhas boas, mas nenhum título. O único jogo que merece destaque neste período foi contra o Santos, válido pelo Campeonato Paulista. Foi à vitória por maior diferença de gols da história do Timão: 11 a 0, no dia 11 de julho de 1920. Nos três anos seguintes, o Timão reinou absoluto e conquistou o seu primeiro tricampeonato paulista.

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1922 - UM TÍTULO POR 100 ANOS No ano do primeiro Centenário da Independência do Brasil, o time sagra-se campeão jogando pela primeira vez contra Palestra Itália (hoje Palmeiras) e Paulistano (cujos sócios fundaram o atual São Paulo). Na Final, já com o novo escudo no peito, uma vitória sobre o Paulistano (2 x 0) assegurou a conquista. Outra chance daquela os rivais só terá em 2022. (Da esquerda para a direita) Mário, Peres, Amílcar, Rafael, Del Debbio, Gelindo, Neco, Ciasca, Tatu, Gambarotta e Rodrigues. Depois do tri, entre 1925 e 27, nada de títulos. Desses anos, o que o Timão guarda de melhor é a aquisição de um terreno no Parque São Jorge, de 45 mil m², comprado por intermédio de seu presidente, Ernesto Cassano, por 750 contos de réis, em 1926. Mas tudo bem. Se o Timão ficou três anos no jejum, nos próximos três repetiu o feito anterior e faturou o segundo tricampeonato paulista.

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1930 - O DONO DA DÉCADA Com o Campeonato Paulista de 1930, o Corinthians fecha a década com dois tricampeonatos e seis títulos em dez disputados. Neco, o primeiro ídolo, despede-se do time titular, depois de dezessete anos e oito campeonatos conquistados, e ganha uma estátua no Parque São Jorge. Filó, Del Debbio, Rato e De Maria vão para a Lazio e o Corinthians entra em crise técnica. (Em pé) Tuffy, Nerino, Grané, Guimarães, Del Debbio e Munhoz. (Agachados) Filó, Neco, Peres, Rato e De Maria. Com a saída dos principais craques do tri, o Corinthians sofreu um abalo e demorou para se reerguer. Em 1931, Tuffy parou de jogar. Foram para a Itália Rato, De Maria, Del Debbio e Filó, o primeiro brasileiro a ser campeão do mundo, quando venceu a Copa de 1934, com a seleção italiana. Com o time desmantelado, o Corinthians teve dificuldades para se renovar. Foi sexto colocado em 1931, quinto em 1932, quarto em 1933 e 1934, terceiro em 1935. A renovação do elenco foi inevitável. Com uma nova geração, o clube alvinegro voltou a se fortalecer, chegando à decisão de 1936, contra o Palestra. Perdeu, mas mostraram novos e bons nomes, como Jaú, Jango, Brandão, Lopes, Teleco. Além disso, Filó e Rato voltaram ao clube. Com essa nova safra, o Timão conseguiu um feito, até hoje inigualável: o terceiro tricampeonato paulista.

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1937 - CAMPEÃO PROFISSIONAL Pela primeira vez desde a chegada do profissionalismo ao Brasil, em 1933, o Corinthians fica com a taça. Destaques para o zagueiro Jaú (que, vendido ao Vasco, jogaria a Copa do Mundo de 1938 pela Seleção) e para o artilheiro Teleco, autor do gol da vitória contra o Palestra Itália, no Parque Antártica, que praticamente garantiu a conquista. (Da esquerda para a direita) José I, Jaú, Brandão, Teleco, Munhoz, Carlito, Carlos, Jango, Daniel, Carlinhos e Filó.

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1939 - TRI EM TEMPO DE GUERRA Na Europa, começava a Segunda Guerra Mundial. Em São Paulo, o Corinthians chegava ao seu terceiro tri (feito que nenhum outro clube do Estado conseguiu igualar até hoje). O bi, invicto, havia sido conquistado com um gol suspeito de Carlito, com a mão, contra o São Paulo. Mas a conquista de 1939 não deixou dúvidas: em 20 jogos, foram 17 vitórias. (Da esquerda para a direita) Joel, Lopes, Jango, Sebastião, Carlos, Carlinhos, Teleco, Joane, Brandão, Munhoz e Servílio

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1940 a 1954 - O Campeão dos Campeões Em 1940, o Corinthians ficou longe do sonhado tetra campeonato paulista: ficou em quarto lugar, sete pontos atrás do campeão Palestra. A melhor recordação daquele ano foi a participação na inauguração do Pacaembu, o maior estádio do país na época. O Corinthians venceu o Atlético-MG por 4 a 2, numa rodada dupla em que o Palestra Itália também venceu o Coritiba por 6 a 2. Recuperando-se do mau campeonato do ano anterior, o Corinthians consegue fazer novamente uma campanha brilhante em 1941 e chega ao 12º título paulista da sua história. O quarto em cinco anos.

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1941 - GANHANDO NO PACAEMBU A âncora e os remos já faziam parte do escudo do clube, em homenagem aos esportes aquáticos. E o Corinthians é campeão pela primeira vez no palco favorito da Fiel, inaugurado apenas um ano antes. O time, que jogava por música, só não levantou a taça invicto por uma derrota na última rodada para o Palestra. Esperaria dez anos para repetir o feito. (Em pé) Jango, Dino, Chico Preto, Brandão, Ciro, Agostinho e o técnico Del Debbio. (Agachados) Tite, Servílio, Teleco, Joane e Milani. A outra glória foi ter vencido o Troféu Quinela de Ouro, realizado em março. O torneio era uma espécie de Rio- São Paulo e contava com os cinco principais clubes dos dois estados: Corinthians, Palestra Itália, São Paulo, Flamengo e Fluminense. Com três vitórias e um empate, o alvinegro conseguiu o valioso título. Com a saída de grandes craques como Teleco e Brandão, o Corinthians foi se enfraquecendo e aos poucos viu-se inferior aos seus dois maiores inimigos até então: Palestra e São Paulo. De 1942 a 1950, o Timão fica sem conquistar o Paulistão e ainda vê o Palestra ganhar três títulos e o São Paulo cinco. O timão amargou cinco vice-campeonatos, nesse, relativamente pequeno, mas incômodo jejum de nove anos. Em 1942 e 1943, o Corinthians fez boas campanhas nos campeonatos, chegando a vencer quinze dos vinte jogos que disputou. Mas acabava sempre perdendo na reta final. Em 1943, nem mesmo contando com os dois artilheiros do campeonato, Hércules, com 19 gols, e Milani, com 18, o Corinthians não teve como segurar o São Paulo. Nos anos seguintes, a mesma história foi se repetindo. A torcida começou a cobrar dos torcida era Servilio. Artilheiro do Paulistão durante três anos seguidos, 1945, 46 e 47, o diretores do clube uma renovação no elenco. Um dos poucos que escapavam das críticas da atacante baiano jogou no Corinthians durante dez anos e marcou 190 gols em 350 partidas.

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1944 - FÉ NOS VETERANOS O clube entrava para seu terceiro ano sem títulos. O jeito era apelar para veteranos, como o zagueiro Domingos da Guia (ex-Flamengo) e o ponta-esquerda Hércules (ex-Fluminense). Ambos estiveram na Copa de 1938, mas não conseguiram ajudar o Timão: aquela equipe foi apenas a terceira colocada, atrás de Palmeiras e São Paulo. O jejum duraria mais sete anos. (Em pé) General, Domingos da Guia, Bino, Brandão, Begliomini e Dino. (Agachados) Augusto, Servílio, Milani, Nandinho e Hércules Em 1948, Servilio deixou o Corinthians, que terminou na modesta quarta colocação no campeonato. Como consolo para a torcida que já estava sete anos sem comemorar um título paulista, começou a dar certo a contratação de Baltazar, ex-Jabaquara de Santos. Naquele ano, o atacante marcou 12 gols e se firmou como o principal nome do ataque alvinegro. Tanto que, na fraca campanha de 1949, ele foi o único a se destacar, marcando 17 gols. Luizinho, de 19 anos, disputa o seu primeiro campeonato e começa a chamar a atenção da crônica esportiva. Os anos 50 parecem ter feito o Corinthians acordar e voltar a ser um time vencedor. Com o ataque formado por Cláudio (o Gerente) Baltazar, Luizinho e Mário, o alvinegro virou uma máquina de fazer gols e dar espetáculos. No começo do ano, em fevereiro, o Timão conquistou o Torneio Rio- São Paulo. Nos dois anos seguintes, o Timão também só deu alegrias à sua torcida e conquistou o bicampeonato paulista, em 51 e 52.

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1951 - 11 HOMENS, 103 GOLS Foram dez anos de espera por um novo título. Mas, quando ele veio, foi em grande estilo. Pela primeira vez no futebol brasileiro, um time ultrapassava a marca dos 100 gols em um campeonato oficial. O Santos, em 1927, bateu nos 100. O Timão de Cláudio, Luizinho, Baltazar, Carbone e Mário (o ataque titular) fez 103 em apenas 28 jogos. (Da esquerda para a direita) Cabeção, Baltazar, Touguinha, Jackson, Lorena, Murilo, Idário, Carbone, Julião, Luizinho, Cláudio e o técnico José Castelli (Rato).

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1952 - FESTA EM DOSE DUPLA A base do time do bi paulista, em 1952, era a mesma, incluindo os ídolos Cláudio, Luizinho e Baltazar. Na defesa, porém, havia uma diferença fundamental: o goleiro Gilmar, futuro bicampeão mundial pela Seleção Brasileira, vindo do Jabaquara de Santos. Ele ajudou a garantir uma conquista tranquila, com 25 vitórias em 30 jogos. (Em pé) Gilmar, Idário, Olavo, Goiano, Homero e Roberto. (Agachados) Cláudio, Luizinho, Baltazar, Rafael e Souzinha Além de festejar o bicampeonato paulista, a torcida corintiana teve pelo menos mais dois bons motivos para ficar feliz da vida com o time. No início do ano, o Corinthians conquistou em definitivo a posse da Taça São Paulo, que era o troféu oferecido pela Federação Paulista de Futebol para o vencedor de um triangular entre os três primeiros colocados de cada campeonato do ano anterior. Como já havia vencido o torneio em 1942, 43, 47 e 48, a conquista de 1952 acabou fazendo com que a Taça ficasse de vez no Parque São Jorge. Afinal, quem conseguisse ganhá-la por três vezes seguidas ou cinco alternadas, ficaria com a posse definitiva. Em abril de 1952, o Corinthians saiu do Brasil pela primeira vez e foi excursionar na Europa para fazer uma série de amistosos. Como não poderia deixar de ser, o Timão voltou do exterior com uma campanha memorável: Em 16 partidas, o alvinegro ganhou 15 e perdeu apenas uma, justamente na estreia, contra o Besiktas, da Turquia, por 1 a 0. Em 1953, mais um título, o do Torneio Rio-São Paulo. Com a condição de campeão nacional (afinal, o Rio- São Paulo dava status ao vencedor), o Corinthians é convidado a participar de um torneio internacional de clubes, na Venezuela, onde é campeão e recebido com festa na volta ao Brasil. O ano seguinte, 1954, foi um dos mais importantes da história do Timão. O time ganhou tudo o que disputou: o Rio São Paulo e o Campeonato Paulista.

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1954 - OUTRA GLÓRIA CENTENÁRIA Assim como em 1922, todos queriam o campeonato de 1954. Era o ano de um outro centenário, o quarto desde a fundação da cidade de São Paulo. O Corinthians o conquistou com a base do bi de 1951/52 (Baltazar, que não jogou a última partida, não aparece na foto). O título, muito comemorado, foi o último até 1977. (Da esquerda para a direita) Gilmar, Rafael, Goiano, Homero, Idário, Alan, Nonô, Roberto, Simão, Luizinho, Cláudio e o técnico Oswaldo Brandão.

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1955 a 1976 - Triste jejum Após a espetacular conquista do título de 1954, a torcida não poderia imaginar que o clube entraria na pior fase de sua história. Mas apesar disso, o Corinthians teve um retrospecto considerado bom no primeiro dos 22 anos de jejum. Mais pelo que fez no final de 1955, já que no início dele, o Corinthians ficou na última colocação do Rio-São Paulo, que havia ganhado nos dois anos anteriores.

1955 - ÚLTIMO GRANDE FEITO A vitória na Final do Torneio Internacional Charles Miller (2 x 1 contra o Benfica, de Portugal, no Pacaembu, em julho de 1955) encerra o período de conquistas mais significativas do clube. A base daquela equipe, feita em casa, ganhou, além dos campeonatos paulistas e internacionais, três Torneios Rio-São Paulo, em 1950, 1953 e 1954. (Em pé) Idário, Homero, Julião, Olavo, Roberto e Gilmar. (Agachados) Cláudio, Luizinho, Baltazar, Rafael e Nelsinho. A fraca campanha no torneio, nove jogos, uma vitória e cinco derrotas, não teve explicação lógica e deixou os torcedores preocupados. Porém, um torneio amistoso realizado após o Rio-São Paulo acabou trazendo a paz de volta ao alvinegro. A Taça Charles Miller, que contava com a presença de Palmeiras, Flamengo, Américo do Rio, Peñarol e Benfica, foi conquistada com muito brio. No ano seguinte, a única lembrança positiva do Timão é o atacante Paulo, artilheiro do Torneio de Classificação do Paulistão, com 19 gols. O ano de 1957 acaba dando apenas uma felicidade para o Timão. Em uma partida contra o Santos, em novembro, o clube conquista a posse definitiva da Taça dos Invictos, um troféu oferecido pelo jornal “A Gazeta Esportiva” ao time que ficasse mais tempo invicto no Paulistão.

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1957 - O REI DOS INVICTOS Foram 25 jogos sem derrota até o empate em 3 x 3, contra o Santos, no último minuto de um jogo dramático. O feito valeu a posse definitiva da Taça dos Invictos, oferecida pelo jornal A Gazeta Esportiva. Mas o time, que liderou o Paulistão de ponta a ponta, acabou derrotado por Santos e São Paulo nas duas rodadas finais. E perdeu o campeonato. (Em pé) Alfredo, Idário, Oreco, Walmir, Olavo e Gilmar. (Agachados) Cláudio, Luizinho, Paulo, Rafael e Boquita. Com a saída dos principais atacantes do time, Carbone, Cláudio e Baltazar, a equipe viu-se obrigada a passar por uma reformulação. Porém, sem dinheiro em caixa e com poucas revelações vinda dos juniores, o Corinthians acabou se enfraquecendo. Os três goleadores encerraram a carreira e deram lugar para jovens como Índio Zague e Roberto Bataglia. Com exceção de Sague, que foi artilheiro do time em 1958 e 1959, os outros atacantes não conseguiam marcar os gols que os antigos ídolos faziam. Assim, o Corinthians, em 1958, ficou em terceiro, tanto no paulista, quanto no Rio-São Paulo. Apesar de ter feito 93 gols no Campeonato Paulista, o Timão não impressionou. Afinal, a grande sensação do torneio era o Santos, de Pelé, que marcou 123 gols Em 1959, Vicente Matheus assume a presidência pela primeira vez e começa fazendo mudanças. A primeira delas é colocar o técnico Sílvio Pirillo no comando da equipe. Em campo, porém, o alvinegro continua na mesma. Com um elenco limitado, termina o Rio-São Paulo em penúltimo, enquanto que no Paulistão fica apenas com o quinto lugar. Os maus resultados acabaram trazendo conflitos para o Parque São Jorge. O técnico Sílvio Perillo se desentendeu com Luizinho e o atacante decidiu sair do clube, indo para o Juventus. Logo depois, o treinador perdeu o cargo. Em seu lugar entrou Alfredo Ramos, e em seguida Jim Lopes. Todos, no entanto, passaram e não deixaram boas lembranças. Em 1960, o Corinthians fez uma campanha modesta no Rio-São Paulo. Terminou na terceira colocação. A mesma do Campeonato Paulista, onde ficou atrás de Santos e Portuguesa.

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1960 - EM BUSCA DE UM PELÉ Quando o já presidente Vicente Matheus tirou 6,5 milhões de cruzeiros do próprio bolso para trazer o atacante Almir, do Vasco, tinha um único objetivo: equilibrar a hegemonia do futebol paulista com Pelé. Mas, no Parque São Jorge, Almir - considerado o "Pelé branco" da época, um jogador com a mesma fama de indisciplinado de Edmundo - jogou pouco. (Em pé) Oreco, Olavo, Ari Clemente, Benedito, Egídio e Gilmar. (Agachados) Lanzoninho, Almir, Higino, Rafael e Evanir No começo de 1961, o Corinthians fez um amistoso contra o Flamengo, no Parque São Jorge, para inaugurar o sistema de iluminação de seu estádio. A goleada dada por 7 a 2 impessionou e deu ânimo para que a equipe buscar o título que não conquistava havia sete anos. Mas, passada a festa contra os cariocas, o alvinegro voltou à estaca zero. Os reforços que chegaram do Flamengo, Espanhol, Manoelzinho, Ferreira e Beirute, não convenceram e ainda fizeram com que o Corinthians virasse motivo de risos. “Faz-me rir”, nome de uma canção de sucesso cantada por Edith Veiga, virou o apelido do time. O folclórico Vicente Matheus, que assumiu a presidência do clube em 1959, começou fazendo de tudo para tentar tirar o Corinthians do jejum de títulos. Em uma tentativa desesperada, comprou o passe do atacante Almir Pernambuquinho, do Vasco, por cerca de 7 milhões de cruzeiros, uma fortuna na época. Muitos dizem que o cartola tirou o dinheiro do próprio bolso para trazer o jogador. Conhecido por sua fama de indisciplinado, o craque causou ciúmes no elenco, devido ao seu alto salário. Almir acabou não jogando bem e foi vendido no ano seguinte para o Boca Juniors, da Argentina. Justamente em sua estreia por lá, fez dois gols em cima do Corinthians, na goleada de 5 a 0 no estádio La Bombonera, em Buenos Aires. Matheus, que veio da Espanha em 1914 aos 6 anos, voltou a presidir o clube mais sete vezes: 1972, 1973, 1975, 1977, 1979, 1987 e 1989. Nesse período, conquistou dois dos mais importantes títulos do Timão: o Paulistão de 1977 e o inédito Brasileiro em 1990. Casado com Marlene Matheus, que também presidiu o clube, de 1991 a 1993, Vicente ficou marcado por suas frases, umas verdadeiras, outras, pura lenda: _ “O Sócrates é invendável e imprestável.”. _ “Quem sai na chuva é para se queimar”. O ex-presidente morreu em 1997, de câncer, aos 88 anos. Com os constantes fracassos, os torcedores adversários cantavam o “Faz-me rir’ a cada jogo do Corinthians”.

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O time do "Faz-me rir". Em pé: Oreco, Valmir, Jaime, Sidnei, Ari Clemente e Gilmar. Agachados: Miranda, Abib, Joaquizinho, Da Silva e Neves. Para piorar ainda mais a situação, o time perdeu por 7 a 0 para a Portuguesa e terminou o Campeonato Paulista de 1961 na Sexta colocação.

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1961 - O ANO DO "Faz-me Rir" era o título de uma canção romântica que, no início dos anos 60, fez sucesso na voz da cantora Edith Veiga. E virou, também, o apelido do time que perdeu 7 dos 11 primeiros jogos do Campeonato Paulista de 1961. E aquele Corinthians não era tão ruim assim. Contava com dois campeões do mundo (Gilmar e Oreco) e terminou em sexto. (Em pé) Oreco, Valmir, Jaime, Sídnei, Ari Clemente e Gilmar. (Agachados) Miranda, Abib, Joaquinzinho, Da Silva e Neves Cansado das gozações e da má administração, o goleiro Gilmar dos Santos Neves decide sair do Corinthians. O presidente Wadih Helu, eleito no início do ano, não conseguiu segurá-lo, já que o Santos ofereceu 10 milhões de cruzeiros, uma fortuna para a época. No ano seguinte, em 1962, o Corinthians começou mal e quase acabou numa boa. Após perder por 3 a 0 para o Palmeiras e ser eliminado do Rio-São Paulo, o Timão se reforçou com os atacantes Nei e Silva e conseguiu se sair bem no Paulistão. Com 18 vitórias em 30 jogos, alvinegro ficou em segundo lugar, atrás apenas do tricampeão Santos. Silva, com 29 gols, e Nei, com 17, deram um pouco de esperança para a torcida. Ainda nesse campeonato, uma partida decisiva contra o peixe, no Parque São Jorge, bateu o recorde de público no estádio (27.384 pagantes). O Santos venceu por 2 a 1. Em 1963, o Corinthians seguia em boa fase, mas ainda bem abaixo do Santos. No Rio-São Paulo, o Timão venceu todos os jogos contra os cariocas, mas perdeu três clássicos, contra o Santos, São Paulo e Palmeiras, e viu o peixe ser campeão. Quando o time parecia dar sinais de melhora, veio o Campeonato Paulista, e uma série de fracassos. Os maus resultados fizeram com que a diretoria trocasse três vezes o técnico durante a competição. O primeiro, Fleitas Solich, caiu e deu lugar a Rato, que chegava para treinar o Timão pela 11ª vez. Um recorde. Com um time muito jovem, Rato não conseguiu ser melhor e também acabou sendo demitido. Silva brigou com o diretor de futebol, Elmo Franchini, e foi afastado do time. O último técnico, Del Debbio, não teve como evitar o fracasso. Resultado: o Corinthians fez sua pior campanha em Campeonatos Paulistas, terminando na 11ª colocação. Em 30 jogos, o alvinegro perdeu 11 e ganhou somente 10. Em 1964, com o retorno de Silva e de Luizinho, e a chegada de Flávio, o Timão volta a ter uma equipe competitiva. Disputando o Paulistão palmo a palmo com o Santos, o clube fez a sua torcida vibrar naquele ano, que já era o décimo de fila.

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O atacante Flávio, um dos melhores artilheiros da história do futebol brasileiro, acabou na segunda colocação entre os goleadores com 22 gols, atrás somente de Pelé. E disputa entre os dois alvinegros era tão intensa que em uma partida na Vila Belmiro, os torcedores acabaram superlotando o estádio e causando um tumulto. No dia 20 de setembro, cerca de cem pessoas ficam feridas no estádio, obrigando o juiz Armando Marques a suspender a partida, que marcou o recorde de público do estádio. O jogo foi recomeçado no dia 30, só que dessa vez no Pacaembu, e terminou empatado em 1 a 1. Para desespero dos corintianos, nas últimas rodadas o time caiu de produção. O técnico Osvaldo Brandão assume de novo. Porém, em sua reestreia como técnico, a equipe perdeu a chance de ser campeã, ao ser goleada pelo Santos, na Vila Belmiro, por 7 a 4. Depois de brilhar nas categorias de base do clube, o meia Rivelino ganhou a chance de ser titular com Brandão. Em sua estreia, no início de 1965, o time ganha do Santa Cruz por 3 a 1, e Riva marca o seu primeiro gol como profissional. O Corinthians também venceu o Náutico, o Sport e o São Paulo e faturou um torneio amistoso na capital pernambucana. Para fortalecer o time, o presidente Wadih Helu contratou o meia Dino Sani e o goleiro Marcial. Com esses reforços, o Timão fica em terceiro no Paulista, e Flávio termina como vice artilheiro do campeonato, com 30 gols. Rivelino logo ganhou o apelido de “Garoto do Parque”. Em novembro, o Corinthians foi convidado pela CBD, Confederação Brasileira de Desportos, para representar a Seleção Brasileira em um amistoso na Inglaterra. Formado por Marcial, Galhardo (Jair Marinho), Eduardo, Clóvis e Edson; Dino Sani e Rivelino; Marcos, Flávio, Nei e Geraldo (Gilson Porto), o Timão perdeu por 2 x 0 para o Arsenal, mas voltou orgulhoso com a homenagem. Timão virou Brasil. O Corinthians vestiu a camisa da Seleção Brasileira no dia 16 de novembro de 1965, em Londres, contra o Arsenal. Vinha de uma temperatura de 30 graus e de um clássico contra o Santos de Pelé (derrota por 4 x 2), apenas 48 horas antes. Jogando com 3 graus abaixo de zero, o time resistiu bem durante o primeiro tempo. Mas acabou perdendo por 2 x 0. Em pé: Oswaldo Brandão (técnico), Marcial, Clóvis, Maciel, Galhardo, Édson, Dino SAni, Edurado e Heitor. Agachados: Jair Marinho, Nei, Rivellino, Marcos, Flávio, Geraldo, José e Gilson Porto. Para tentar pôr fim ao jejum, o Corinthians começou o ano de 1966 fazendo uma contratação bombástica: o bicampeão mundial Garrincha, ex-Botafogo. Garrincha com a camisa do Timão: Jogou pouco e não obteve sucesso.

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1966 - COM DITÃO, NAIR E MANÉ. "Vocês vão ver como é Ditão, Nair e Mané", dizia a manchete de A Gazeta Esportiva, chamando o público para a estreia de Garrincha no Corinthians, contra o Vasco, no Pacaembu. Ditão e Nair até jogaram por mais tempo. Mas Mané, já em fim de carreira, faria só 13 partidas e 2 gols com a camisa do Timão. Naquele dia (2/3), deu Vasco: 3 x 0. (Em pé) Jair Marinho, Édson, Galhardo, Ditão, Dino Sani e Heitor. (Agachados) Garrincha, Nair, Flávio, Tales e Gílson Porto. Porém, com 33 anos, e muito mal fisicamente, a chegada do velho Mané não entusiasmou os torcedores por muito tempo. Em sua estreia, no Torneio Rio-São Paulo, Garrincha não jogou nada e ainda teve que assistir ao Corinthians perder para o Vasco, por 3 a 0, no Pacaembu, no dia 2 de março. No final daquele mês, devido à Copa do Mundo, a CBD resolveu encerrar o Rio-São Paulo. Com isso, quatro clubes que estavam empatados na primeira colocação com 11 pontos foram declarados campeões. O Corinthians, que pelo critério de desempate, era o quarto colocado, atrás de Botafogo, Santos e Vasco, nem comemorou aquele que seria o título que poderia dar um fim ao jejum. No Campeonato Paulista de 66, já sob o comando do técnico Zezé Moreira, Garrincha faz os seus últimos jogos pelo alvinegro. Mané disputou mais quatro jogos. O último deles no dia 23 de novembro na vitória de 1 a 0 em cima da Prudentina. No total, o atacante fez 13 jogos e marcou dois gols em um ano de Corinthians. Quase: no dia 15 de dezembro, o Timão quase quebrou o tabu de nove anos sem vencer o Santos. A partida estava 1 a 1, quando Nair, do Corinthians, perdeu um pênalti a dois minutos do final. Em 1967, o Corinthians contrata o técnico Lula, que dirigia o Santos havia 14 anos. No Paulistão, o time fica em terceiro lugar e o atacante Flávio, com 21 gols, terminou como principal artilheiro. No primeiro Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Robertão), precursor do Campeonato Brasileiro, o Corinthians faz uma boa campanha e termina na terceira colocação. No Campeonato Paulista de 1968, o Timão entrou com todo o gás para finalmente acabar com o jejum de 13 anos sem títulos.

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1957 – fim do tabu maldito Entre 1957 e 1968, o Corinthians passou onze anos e 22 jogos sem ganhar uma única vez do Santos - e, por extensão, de Pelé. O impossível aconteceu em uma noite de 6 de março, com um inesquecível 2 x 0 (um gol de Flávio e outro de Paulo Borges). Do time acima, apenas o lateral Louro (que, aqui, substitui Osvaldo Cunha) não estava em campo. (Em pé) Louro, Luís Carlos, Ditão, Diogo, Édson e Maciel. (Agachados) Buião, Paulo Borges, Flávio, Rivelino e Eduardo. No dia 6 de março, o Pacaembu foi palco de uma das partidas mais emocionantes da história do clube. Até aquela data, o Corinthians já estava 11 anos e 22 partidas sem ganhar do Santos. Um tabu que vinha desde os 3 a 3 em 1957, quando o Timão conquistou a Taça dos Invictos e jogou pela primeira vez contra o Rei Pelé. Mas dessa vez não teve pra ninguém. Contando com os novos reforços Paulo Borges, Bulão e Eduardo, além do técnico Lula, o Corinthians entrou em campo determinado e pronto para passar pelo difícil, até então imbatível, Santos de Pelé. No primeiro tempo, o jogo terminou empatado. O grande destaque foi o zagueiro Luis Carlos, que fez uma marcação implacável no Rei. No segundo tempo, o Corinthians começa pressionando e Rivelino chuta uma bola na trave. Logo depois, aos 13 minutos, Paulo Borges faz 1 a 0, após uma tabela com Flávio. Melhor em campo, o Timão segue firme em busca do objetivo. Aos 31 minutos, Rivelino lança Flávio, que aproveita a chance e aumenta: 2 a 0. Depois disso, o time só esperou o juiz encerrar para poder comemorar. Fim do tabu. A torcida invadiu o campo e carregou os heróis como se eles tivessem conquistado um título. O fim do tabu Em pé: Louro, Luís Carlos, Ditão, Diogo, Édson e Maciel. Agachados: Buião, Paulo Borges, Flávio, Rivellino e Eduardo. Dois meses depois dessa histórica vitória, o Corinthians teve que amargar o trauma de chegar e morrer na praia. O time outra vez realizou uma boa campanha, mas no final do Paulistão, perdeu o título para o Santos. Em 1969, o time se reforçou com Aldo, Miranda, Suingue e Ivair e começou a brilhar no Paulistão. Mas após a morte do ponta-esquerda Eduardo, num acidente de carro que também morreu um outro jogador corintiano, Lidu, o time desanimou, perdeu a liderança e depois o título para o Santos. No segundo semestre, o Timão deslanchou e chegou ao quadrangular final do Robertão. Só que, para tristeza da torcida, especialmente a recém-criada Gaviões da Fiel, o time perdeu para o Cruzeiro na última rodada e desperdiçou a oportunidade de ser campeão.

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1969 - ESPERANÇA PASSAGEIRA Fazia quinze anos que o campeonato não vinha. O Corinthians começou o Paulistão a todo vapor, com 12 vitórias em 15 jogos, inclusive nos clássicos com São Paulo, Palmeiras, Santos e Portuguesa. Mas um acidente automobilístico matou o lateral Lidu e o ponta-esquerda Eduardo, traumatizando o resto do time e adiando o sonho da redenção. (Em pé) Ditão, Luís Carlos, Dirceu Alves, Pedro Rodrigues, Lidu e Lula. (Agachados) Paulo Borges, Tales, Benê, Rivelino e Eduardo No ano seguinte, o alvinegro contratou o lateral-direito Zé Maria e o atacante Mirandinha. Mas o péssimo rendimento no ano fez com que o clube entrasse em crise. Wadih Helu perdeu as eleições em 1971 e o time passa por dificuldades financeiras.

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1971 - A ALEGRIA DO POVO Em tempos de vacas magras, qualquer conquista era comemorada como um título mundial. Isso aconteceu em 1971, com o Torneio do Povo. Um quadrangular que reunia Flamengo, Atlético Mineiro, Internacional e o próprio Corinthians, os times mais populares do país. Na Final contra o Inter, no Mineirão, o Timão ganhou com um gol de falta de Rivelino. (Em pé) Zé Maria, Luís Carlos, Benê, Ditão, Tião e Ado. (Agachados) Pedrinho, Lindóia, Paulo Borges, Rivelino e Aladim. No ano seguinte, o presidente Miguel Martinez foi destituído, e Vicente Matheus voltou a presidir o clube. Em campo, o Timão acabou novamente em quarto lugar no Campeonato Brasileiro e no Paulistão. Em 1973, apenas o treinador mudou: Lustrich assumiu no lugar de Duque.

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1973 - FELIZ CARNAVAL, FIEL! Laudo Natel era o governador (são-paulino) do Estado de São Paulo naquele 1973. E também o nome de uma taça, espécie de aperitivo para o Campeonato Paulista, que era disputada por clubes da capital e do interior. Foi conquistada pelo Corinthians vencendo o Palmeiras por 2 x 1, de virada, em um sábado de Carnaval. Festa completa para a torcida alvinegra. (Em pé) Zé Maria, Vágner, Ado, Tião, Luís Carlos e Miranda. (Agachados) Vaguinho, Lance, Mirandinha, Rivelino e Marco Antônio. Em 1974, depois de eliminar o São Paulo nas semifinais do Paulistão, o Corinthians conseguiu chegar a final do campeonato e teve a chance de acabar com o jejum que durava 20 anos. Na final contra o Palmeiras, a torcida lotou o Morumbi e já dava como certa a vitória. Porém o rival estragou a festa ao ganhar por 1 a 0, gol de Ronaldo. Desesperados, os diretores do Corinthians culparam Rivelino pela perda do título e acabaram vendendo o craque para o Fluminense. Em 1975, o time não vai bem e chega em sexto no Brasileirão e quarto no Paulista. Enquanto isso, Rivelino era campeão carioca pelo Flu. Após ter ficado em 11º no Paulistão, o Corinthians depositou todas as suas forças no Campeonato Brasileiro de 1976. Classificado entre os quatro primeiros, o Timão foi para o Rio de Janeiro fazer a semifinal contra o Fluminense.

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1976 - O MARACANÃ É NOSSO Setenta mil fiéis estavam no Rio para ver o Corinthians jogar a Semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976, contra o Fluminense, no Maracanã. Depois do 1 x 1 no tempo normal, vitória nos pênaltis, por 4 x 1. No domingo seguinte, em Porto Alegre, a mesma equipe perderia a Final para o Internacional. Mas voltaria com um inédito vice-campeonato nacional. (Em pé) Zé Maria, Tobias, Moisés, Zé Eduardo, Givanildo e Wladimir. (Agachados) Vaguinho, Neca, Geraldão, Ruço e Romeu. No dia 5 de dezembro, mais de 70 mil torcedores corintianos foram ao Maracanã prestigiar o time. Nunca nenhuma torcida havia feito isso. A partida ficou lembrada como a “Invasão da Fiel Torcida”. Foi o maior deslocamento de pessoas no mundo por um evento esportivo de todos os tempos. Em campo, o Corinthians teve que se desdobrar para superar, nos pênaltis, o forte Fluminense de Rivelino, depois do empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. Mas conseguiu: 4 a 1 nos pênaltis! A euforia tomou conta dos corintianos. Debaixo de muita chuva, o Timão conseguiu eliminar. O Fluminense de Rivelino, um feito histórico.

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1977 - O COMEÇO DO DESABAFO Três meses antes do triunfo final contra a Ponte Preta, o povão corintiano começava a desabafar com o título do Segundo Turno (Taça Governador do Estado). A conquista veio do jeito que o torcedor mais gosta: com vitória, na Final, sobre o Palmeiras (1 x 0). Palhinha, o craque que estaria ausente na Final contra a Ponte, marcou presença naquela noite. (Em pé) Zé Maria, Tobias, Ruço, Moisés, Ademir e Cláudio Mineiro. (Agachados) Vaguinho, Basílio, Palhinha, Geraldão e Edu. A festa só não foi maior porque o time perdeu a final para o Inter uma semana depois, ao perder por 1 a 0. Ainda não fora daquela vez. 1977 a 1989 - O fim do jejum e a Democracia Corintiana Depois da invasão do Maracanã e de fazer a final do Campeonato Brasileiro com o Internacional, o Corinthians entra embalado em 1977 e disposto a acabar com o jejum de 23 anos. No começo do ano, a equipe do Parque São Jorge faz sua primeira participação em Taças Libertadores da América. Com a condição de segundo melhor time do país, o alvinegro classificou-se para um grupo com Internacional, de Porto Alegre e os equatorianos Nacional e Deportivo Cuenca. Logo na estreia da competição, o Corinthians vem com mudanças na equipe. O técnico, chamado de burro pela torcida depois da derrota por 3 a 0, para o Guarani, no Pacaembu, é demitido. Em seu lugar, entra, pela terceira vez, Osvaldo Brandão, o mesmo que deu o último título ao Corinthians em 1954. Na sua estréia, dia 4 de abril, 80 mil pessoas foram ao Morumbi ver o empate em 1 a 1 contra o Inter. Os jogos seguintes, na Libertadores, porém, não foram tão bons para o técnico. No equador, derrotas por 2 a 1. Em Porto Alegre, outro fracasso: 1 a 0 Internacional. Com isso, o time apenas cumpriu tabela na competição, após vencer os dois jogos restantes no Pacaembu. Eliminado logo de cara em sua primeira competição internacional oficial, o Corinthians passou a disputar toda a sua energia no Paulistão. O resultado todo mundo sabe: o Timão faturou o Paulistão e quebrou o incômodo jejum de 23 anos. Encerrada a festa do título, o Corinthians segue em busca de um novo objetivo: vencer um campeonato nacional. Após chegar perto em 1976, o time, com o status de campeão paulista, entra no Brasileirão de 1977 atrás dessa meta. Nas duas primeiras fases, o timão se dá bem e passa sem dificuldades. 33


Mas, quando chega a terceira fase, pega um grupo forte, com Flamengo, Vasco, Santos e Londrina e é eliminado. Em 1978, a paz estava de volta ao Parque São Jorge. O Corinthians parte agora para o crescimento. Apesar de não trazer o bicampeonato estadual, o time fecha o ano com uma grande recordação: a contratação do meia Sócrates, revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto.

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1978 - A VOLTA DOS BONS TEMPOS

Vencido o trauma da falta de conquistas, o Corinthians entra em 1978 com um time reforçado por Sócrates, Amaral e Biro-Biro. Ganha o Primeiro Turno do Paulistão (Taça Cidade de São Paulo) dando show de bola nos adversários. Mas, vencido pelas vaidades pessoais de parte do elenco, pára por aí - o título daquele ano ficou com o Santos. (Em pé) Jairo, Zé Maria, Taborda, Amaral, Zé Eduardo e Romeu. (Agachados) Píter, Palhinha, Sócrates, Biro-Biro e Wladimir. O doutor estreia pelo Timão no dia 20 de agosto, num jogo contra o Santos que levou mais de 100 mil pessoas ao Morumbi e terminou 1 a 1. Mas é no ano seguinte que Sócrates dá a primeira alegria para a torcida alvinegra. Depois que clube desistiu de participar do desorganizado Campeonato Brasileiro, a conquista do título paulista passou a ser uma obrigação. Com um time cheio de estrelas, como Zé Maria, Amaral, Wladimir, Sócrates e Palhinha, o Corinthians era um dos favoritos naquele campeonato. Mesmo assim, teve que batalhar, e muito, para chegar até a final, onde novamente enfrentou a Ponte e venceu de novo.

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1979 - CHORA PALMEIRAS O Paulistão de 1979 teve três turnos e, em todos, o Palmeiras foi o melhor. Uma pendência no tapetão, porém, adiou a decisão para fevereiro de 1980. Tempo suficiente para o Timão se entrosar e o Verdão de Telê Santana perder o ritmo. Um empate e uma vitória contra o arquiinimigo levaram o Corinthians à decisão e ao título, de novo contra a Ponte Preta. (Em pé) Jairo, Zé Maria, Mauro, Amaral, Caçapava e Romeu. (Agachados) Píter, Palhinha, Sócrates, Biro-Biro e Wladimir. Nos anos seguintes, o alvinegro realizou campanhas apenas regulares no Paulistão, sendo 4º colocado em 1980 e apenas 8º em 1981. No Brasileirão, chegou a ir bem em 80, quando ficou em 5º, porém, despencou em 81 com a 26ª colocação, a pior em toda a história do clube. Com a entrada do novo presidente, Waldemar Pires, no lugar de Vicente Matheus, o Corinthians muda completamente sua estrutura. O diretor, Adílson Monteiro Alves, apoia o grupo de jogadores, liderado por Sócrates, e inicia o projeto da Democracia Corintiana. A ideia visava unir o elenco e fazer com que ele tivesse o direito de livre expressão. Apesar das pressões internas e externas (o país vivia os estertores da ditadura militar), a iniciativa obteve êxito. Primeiro, quando o time conseguiu sair da Taça de Prata do Campeonato Brasileiro e chegou à quarta de final na Taça de Ouro, no mesmo ano.

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1982 - VIRADA PARA A HISTÓRIA No início de 1982, o Corinthians disputava a Taça de Prata. Meses depois, chegava às Semifinais da de Ouro, a Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro. O regulamento, maroto, permitia tamanha esquisitice. Mas houve, também, uma boa dose de futebol bem jogado e amor à camisa. O feito, inédito, jamais foi igualado por outro clube brasileiro. (Em pé) César, Zé Maria, Wágner Basílio, Gomes, Paulinho e Wladimir. (Agachados) Eduardo, Sócrates, Casagrande, Zenon e Biro-Biro.

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1982 - VITÓRIA DA DEMOCRACIA Em dezembro, um time solidário, liderado pela genialidade de Sócrates e impulsionado pelos gols do garoto Casagrande, sagrava-se campeão paulista. O segredo chamava-se Democracia Corintiana, movimento que, bem ao gosto do clima de abertura política da época, pregava uma maior participação dos jogadores nas decisões do clube. Mas a maior conquista da Democracia Corintiana foi a conquista do bicampeonato paulista, derrotando o São Paulo, na final, dois anos seguidos.

1983 - BIS PARA A LIBERDADE Havia quem fosse contra, como o recém-contratado goleiro Leão e o volante Biro-Biro. Apesar das críticas, no entanto, a Democracia liderada por Wladimir, Sócrates e Casagrande repetiu o sucesso no ano seguinte, dando um bicampeonato estadual ao clube depois de 31 anos. As duas decisões foram ganhas em cima do São Paulo. (Em pé) Leão, Sócrates, Casagrande, Eduardo Amorim, Biro-Biro e Zenon. (Agachados) Mauro, Alfinete, Paulinho, Juninho e Wladimir. Em 1984, Sócrates foi vendido para a Fiorentina, da Itália, por 1,5 milhões. A venda marca o fim de uma era no clube. Com dinheiro em caixa, o Timão monta uma verdadeira seleção. Chegam ao Parque São Jorge o atacante João Paulo, ex-Santos, o meia Arthurzinho, o lateral-direito Edson, o goleiro Carlos, o volante Dunga e o atacante Lima. No Brasileirão, o time vai bem até a fase semifinal, onde o Timão sente falta do doutor Sócrates. No Paulistão, faz uma boa campanha, mas perde e chance de ser tri ao perder a final para o Santos por 1 a 0, gol de Serginho Chulapa. Com o fim da Democracia, o Corinthians volta a ser uma equipe normal, porém, desunida. O presidente Waldemar Pires, antes de perder as eleições, traz o atacante Serginho, carrasco na final do Paulistão de 1984, e o zagueiro Hugo De León, por US$ 1,7 milhões. Uma quantia recorde na época para o futebol brasileiro.

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1984 - ESTES QUASE FORAM TRI O Corinthians disputou um Campeonato Paulista cheio de altos e baixos em 1984, mas chegou à última rodada precisando de uma vitória simples contra o Santos para realizar um sonho de 45 anos: o tricampeonato paulista. Só que deu Peixe (1 x 0, gol de Serginho Chulapa) e a festa, mais uma vez, teve de ser adiada. (Em pé) Carlos, Zenon, Lima, Arturzinho, Eduardo e Dunga. (Agachados) Biro-Biro, Wágner Basílio, Wladimir, Juninho e Édson. O ex-beque do Grêmio, no entanto, não corresponde, e o clube passa por um momento difícil. O novo presidente, Roberto Pasqua, vê o Timão ser eliminado cedo no Campeonato Brasileiro e não ficar entre os quatro primeiros no Paulistão. Em 1986, Pasqua, muito criticado, resolve dar uma cara nova à equipe, contratando jovens, como Wilson Mano, Edvaldo, Cacau e Cristóvão. Além deles, chega também o experiente Valdir Peres para disputar uma posição com o goleiro Carlos, titular da Seleção Brasileira na Copa do México, em 1986. Pouco entrosado, o Timão perde para o Palmeiras nas semifinais do Paulistão e cai diante do América, do Rio de Janeiro, nas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro. O atacante Casagrande, cansado das críticas, resolve deixar o país e parte para a Europa, onde vai defender o Porto, de Portugal. O ano de 1987 começa com o retorno do presidente Vicente Matheus, que havia dirigido o clube pela última vez em 1981. Assim que entrou. O dirigente fez uma contratação de peso: o meia Jorginho, ex-jogador do Palmeiras. Porém, para desespero da torcida, ele era o único reforço para aquela temporada. Começou, então, o Campeonato Paulista e a equipe fez uma de suas piores campanhas em todos os tempos. No primeiro turno, em 19 partidas, o time venceu apenas quatro, empatou seis e perdeu nove, ficando assim na penúltima colocação, com 14 pontos ganhos. Nesse período, três técnicos passaram pelo Timão: Jorge Vieira, Basílio e Formiga. Na última rodada do trágico primeiro turno, o Timão enfrentou a Ponte Preta, no Pacaembu. Curiosamente, após um gato preto ter cruzado o gramado do estádio, o Corinthians melhorou, venceu a partida por 3 a 0 e partiu para uma incrível virada. Após essa partida contra a macaca, o Corinthians engrenou e arrancou no campeonato. Contando com o mesmo elenco e jogando contra as mesma equipes, o Timão chegou à liderança, venceu 13 jogos, empatou cinco e perdeu apenas um, para o São Bento, quando já estava classificado para as semifinais. Ali, jogou contra o Santos e aplicou uma goleada de 5 a 1, com quatro gols do atacante Edmar, artilheiro da competição com 19 gols. Na final contra o São Paulo, então campeão brasileiro, o Corinthians acabou parando. Mas o mais importante para a Fiel foi que o clube soube reagir e sair da lama. Na decisão, mesmo perdendo o título, a torcida saiu cantando. 40


1987 - RENASCIDO DAS CINZAS No final do Primeiro Turno, o Corinthians era o penúltimo colocado, à frente apenas do Novorizontino. Mas, no Segundo, o que parecia impossível aconteceu. O time ganhou 13 dos 19 jogos disputados e, de candidato a rebaixado, foi para a Final contra o São Paulo, perdendo um jogo (2 x 1) e empatando o outro (0 x 0). (Em pé) Waldir Peres, Mauro, Biro-Biro, Dida, Édson e Wílson Mano. (Agachados) Jorginho, Eduardo, Edmar, Éverton e João Paulo. Quando tudo parecia ter voltado ao normal, chegou a Copa União e, com ela, mais um vexame. O time terminou na última colocação entre os 16 participantes e conseguiu apenas duas vitórias em toda a competição. Mas em 1988, o time voltaria a seu time vencedor, conquistando o Paulistão. No ano seguinte, Vicente Matheus assume novamente. Apesar de reforçado, o time treinado pelo ex-jogador Palhinha não correspondeu às expectativas no Paulistão. Para tentar solucionar o problema, Matheus trouxe o experiente técnico Ênio Andrade. Com ele, o Timão reagiu e chegou até as semifinais do Paulistão, mas perdeu para o São José e caiu fora das finais. Descontente com o rendimento de Neto, a diretoria do Palmeiras propôs ao Corinthians uma troca: dar o passe do meia, mais o lateral Denys, pelos dos alvinegros Ribamar e Edson, lateraldireito. Sem pensar duas vezes, o Timão realiza o negócio. Denys, como já se esperava, não fez nada de bom. Neto, porém, compensou a transação sozinho. Na Copa do Brasil, fez uma partida fantástica contra o Flamengo, no Pacaembu. O Corinthians havia perdido o primeiro jogo por 2 a 0, no Maracanã, e precisava de uma vitória por dois ou mais gols de diferença em São Paulo. Liderado pelo meia, autor de dois gols, o Timão chegou a fazer 4 a 1, mas tomou o castigo a dois minutos do final. A derrota, porém, não desanimou a equipe. No Campeonato Brasileiro, o alvinegro fez uma boa campanha e chegou em 6º lugar.

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1990 a 2005 - Anos dourados No ano de 1990, o Corinthians ficou 34 partidas sem perder no Paulistão, mas deixou escapar a chance de fazer a final ao ser eliminado pelo Bragantino. Com o mesmo time, o Corinthians foi para o Brasileirão com remotas chances de fazer um bom papel. E a estréia comprovou isso: derrotas para o Grêmio, 3 a 0, e Cruzeiro, 1 a 0, em casa. Vicente Matheus novamente trocou a comissão técnica. Zé Maria saiu e deu lugar a Nelsinho Batista, vice-campeão paulista pelo Novorizontino naquele ano. Pronto. O time ganhou nova cara e, com raça, chegou ao título brasileiro de 1990, o primeiro do clube.

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1990 - A FIEL TOMA CONTA DO BRASIL A primeira conquista nacional do clube veio em dois jogos finais contra o São Paulo, ambos vencidos por 1 x 0. Antes disso, porém, Neto - o "eterno xodó da Fiel" - havia se encarregado de dizimar os adversários, um a um, com suas venenosas cobranças de falta. Na decisão, a festa foi toda do talismã Tupãzinho, o homem do gol do título. O primeiro e inesquecível campeonato brasileiro do Timão. (Em pé) Giba, Jacenir, Marcelo, Guinei, Márcio e Ronaldo. (Agachados) Fabinho, Wílson Mano, Tupãzinho, Neto e Mauro. Campeão Brasileiro, o Corinthians partia para uma missão maior: conquista a América e, talvez, o mundo. No primeiro semestre de 1991, o Timão manteve a equipe em três competições simultaneamente: o Brasileirão, a Copa do Brasil, e, a mais importante, a Libertadores da América. No começo, o alvinegro obtém alguns bons resultados. Porém, com o acúmulo de jogos decisivos, o Corinthians acabou se dando mal. Primeiro na Copa do Brasil. Depois de eliminar o ABC e Cruzeiro, o time pára no Grêmio, nas quartas-de-final. Depois, é a vez de cair na Libertadores. Após passar pela primeira fase, num grupo formado por Flamengo e os uruguaios Nacional e Bella Vista, o Corinthians é eliminado pelo Boca Juniors, da Argentina. Por fim, no Brasileirão, a equipe termina no quinto lugar na primeira fase, fica fora das finais e perde a chance do bicampeonato nacional. Com a eliminação, Nelsinho cai e Cilinho assume. No Paulistão, o time realiza uma boa campanha, mas perde afinal para o São Paulo. Em 1992, depois de montar um time caro, com Edu Manga, Nílson, Nelsinho e Henrique, o Corinthians só decepcionou e não terminou nem entre os quatro primeiros no paulista. Já no ano seguinte, em 1993, o time consegue armar uma boa equipe, novamente com o técnico Nelsinho, mas perde duas finais para o rival Palmeiras, no Paulistão e no Rio-São Paulo. Para o Brasileirão, o Corinthians se reforça com Rivaldo, Válber e Leto, do Mogi-Mirim. Ficaram conhecido como o “Carrossel Caipira”. Sob o comando de Mário Sérgio, faz uma ótima campanha. Mas por uma derrota, para o Vitória, deixa de fazer a final contra o Palmeiras. Em 1994, com Carlos Alberto Silva como técnico é apenas o terceiro no Paulistão e ainda perde o meia Rivaldo, que vai para o Palmeiras. No Brasileirão, reforçado com Marcelinho, Casagrande, Branco, Souza e Célio Silva, o Timão chega à final, mas perde outra vez para o Palmeiras.

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1994 - ATALHO DA LIBERTADORES Podia parecer pouco, mas foi à conquista da Taça Bandeirante, torneio disputado por clubes paulistas na época da Copa do Mundo, que garantiu a vaga do Corinthians na Copa do Brasil de 1995. No ano seguinte, o clube paparia também aquele título, classificando-se para a Taça Libertadores da América de 1996. (Em pé) Elias, Gralak, Wílson Mano, Henrique, Zé Elias e Ronaldo. (Agachados) Viola, Marques, Ezequiel, Marcelinho e Souza Mas 95 foi diferente. Com o time mais entrosado, O Timão ganha dois títulos e se vinga do Palmeiras no Paulistão.

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1995 - REIS DA COPA DO BRASIL A foto acima é da noite da Final contra o Grêmio, em Porto Alegre, quando só o empate bastava. Mesmo assim, o Timão ganhou de 1 x 0, gol de Marcelinho. No caminho desta campanha invicta, a maior vítima foi o Vasco, que, nas Semifinais, caiu no Pacaembu por 5 x 0. Estava aberto o caminho para a terceira participação corintiana na Libertadores. (Em pé) André Santos, Bernardo, Célio Silva, Henrique, Zé Elias e Ronaldo. (Agachados) Souza, Silvinho, Marques, Viola e Marcelinho. Em 1996, o Corinthians contrata o atacante Edmundo, do Flamengo, para tentar conquistar a Taça Libertadores. No começo, o Animal chegou até a fazer boas apresentações com a camisa do clube, como na vitória por 5 a 0 no São Paulo, pelo Paulistão. Além dele, o time contava apenas com o talento de Marcelinho, que fez um dos gols mais bonitos de sua carreira, na Vila Belmiro. O meia recebeu de Tupãzinho, deu um chapéu de letra num zagueiro e completou de primeira, no alto do gol do santista Edinho. Esse gol mereceu uma placa do rei Pelé. O começo do ano foi péssimo. No Campeonato Paulista, apenas a quarta colocação. Na Copa do Brasil, eliminado pelo Cruzeiro. Na Libertadores, é eliminado pelo Grêmio, que foi o campeão. Edmundo briga com a diretoria e vai para o Vasco. Para completar, o time de Valdyr Espinosa termina na modesta 12ª colocação no Brasileirão. De bom, só a conquista do troféu Ramón de Carranza, na Espanha. Com a entrada do novo patrocinador, (Banco Excel), no começo de 1997, o Timão consegue formar uma equipe milionária. Chegam para reforçar o time craques como Túlio, Antônio Carlos, Donizete e André. No Paulistão, a equipe, treinado por Nelsinho Batista, não encontrou adversários e chega fácil ao título. Para o Campeonato Brasileiro, Túlio e Marcelinho saem da equipe, mas chegam Rincón e Edílson. Apesar disto, o time vai mal das pernas e acaba sendo até ameaçado de rebaixamento. O técnico Nelsinho cai, assim como seu substituto, Joel Santana. Apenas nas duas últimas rodadas, com o técnico Candinho, é que o time se safa do vexame, vencendo o Flamengo por 1 a 0 e o Goiás por 2 a 0, em Goiânia. Para apagar a má campanha do Brasileirão do ano anterior, o time entra em 1998 contratando o técnico Wanderley Luxemburgo, o volante Vampeta, o zagueiro Gamarra e recebe de volta Marcelinho, comprado do Valência pela Federação Paulista de Futebol. O goleiro Ronaldo, descontente com o atual momento, deixa o clube após dez anos. Entra Nei. No Paulistão, depois de ficar 13 jogos invictos, o Corinthians perde a chance de ser campeão invicto ao perder a final para o São Paulo, por 3 a 1.

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Antes de disputar o Campeonato Brasileiro, o Timão participou da recém inaugurada Copa Mercosul. Foi simplesmente de doer: o pior time da copa, o lanterninha, com apenas uma vitória e um empate em seis jogos na primeira fase. Para disputar o Brasileirão, o Corinthians contou praticamente com a mesma equipe. Apenas Souza e Célio Silva deixam o time. E foi sensacional, liderando de ponta a ponta, até a conquista do título. O ano de 1999 começou também com um novo projeto Tóquio corintiano. Mas o clube perdeu o treinador, Wanderley Luxemburgo, convidado para treinar a Seleção Brasileira, e demorou a se acertar. Assumiu o cargo o auxiliar de Luxemburgo, Oswaldo de Oliveira. Em sua primeira experiência como treinador, Oswaldinho teve que enfrentar muitas críticas. Foi substituído por Evaristo de Macedo, que durou pouco tempo. Caiu e voltou Oswaldinho, que dessa vez se firmou. Sua estreia foi justamente na segunda partida entre Corinthians e Palmeiras pelas quartas-de-final da Libertadores. O primeiro jogo, o Palmeiras venceu por 2 a 0. Para continuar vivo, o Corinthians tinha que ganhar pela mesma diferença de gols para levar a decisão para os pênaltis. E foi o que aconteceu, com o placar de 2 a 0 para o Corinthians. Nos pênaltis, Dinei e Vampeta erram suas cobranças e perdem a classificação para o Palmeiras. E o inédito título novamente não veio. Bastava agora o Paulista, já que também tinha sido eliminado na Copa do Brasil pelo Juventude, que viria a ser o campeão. E a conquista veio, em uma final contra o Palmeiras. O Corinthians entra no segundo semestre para disputar dois campeonatos: a segunda edição da Copa Mercosul e o Campeonato Brasileiro. Na Copa Mercosul, só consegue a classificação para as quartas-de-final através de um sorteio contra o Boca Juniors (ambos empataram em tudo na primeira fase). Nas quartas, pega o San Lorenzo, da Argentina. O Timão perde os dois jogos e se despede da competição. No Brasileirão, vai com força total para tentar o tricampeonato. Foi o time que mais fez contratações: foram contratados o goleiro Dida, os zagueiros Nenê e João Carlos, o lateral César Prates, o volante Marcos Senna, o meia Luiz Mário e o artilheiro Luizão. Com um time desses, o título veio fácil (com umas doses de sofrimento, é claro), chegando ao tricampeonato. Foi o primeira vez que o Timão conquistou o Paulistão e o Brasileirão no mesmo ano.

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1999 - TEU PRESENTE, UMA LIÇÃO. O time atual manteve a base do Campeonato Brasileiro. E começou o ano sonhando alto, com as conquistas da Libertadores e do Mundial Interclubes, em Tóquio. Enfrenta contusões, problemas financeiros e de relacionamento dentro do elenco. Mas todo corintiano sabe: para o seu time, nada é impossível. (Em pé) Nei, Gamarra, Rincón, Batata, Vampeta e Silvinho. (Agachados) Fernando Baiano, Ricardinho, Índio, Marcelinho e Edílson. O Corinthians entrou no ano 2000 com um único objetivo: conquistar o primeiro Mundial Interclube da FIFA. Com sede no Brasil, foi realizado com os campeões de todos os continentes. E o Corinthians conquista o mundo, de maneira sofrida, e se torna o primeiro (e até o final de 2005, único) campeão mundial reconhecido pela entidade máxima do futebol.

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2000 - CAMPEÃO DO MUNDO A FIFA organizou em 2000 o primeiro Mundial de Clubes, e o Corinthians levou a taça ao derrotar o Vasco nos pênaltis em pleno Maracanã. Clubes badalados como Real Madrid e Manchester United participaram da competição realizada no Brasil. A Fiel pode finalmente sentir o gosto do que é ser campeão do mundo. Em pé: Dida, Kléber, Fábio Luciano, Vampeta, Rincón e Adílson. Agachados: Luizão, Índio, Ricardinho, Marcelinho Carioca e Edílson. Depois dessa grande conquista, o Corinthians termina mal o 1º semestre. Na Copa do Brasil, escala os reservas em função da Libertadores e é eliminado pelo Botafogo-RJ. No Paulistão, é eliminado pelo São Paulo na semifinal. Mas a grande tragédia foi à desclassificação na Libertadores, na semifinal. Como no ano anterior, o Palmeiras eliminou o Timão novamente nos pênaltis. O primeiro jogo foi um dos mais emocionantes jogos entre os dois times. Placar final: 4 a 3 para o Corinthians. No segundo jogo, o Corinthians começa perdendo, vira o jogo, mas permite uma nova virada, agora do Palmeiras: 3 a 2. Nos pênaltis, deu Palmeiras: 5 a 4. Marcelinho, o 6º maior artilheiro da história do clube com mais 177 gols, foi o responsável pela cobrança desperdiçada pelo Corinthians. O sonho de conquistar a América estava acabado, pelo menos naquele ano... No segundo semestre, o timão foi muito mal e não conseguiu um bom desempenho na Copa MERCOSUL (o que não é nenhuma novidade). No Campeonato Brasileiro, que se chamou Copa João Havelange devido às “novidades” que os homens que comandam o futebol adoram inventar, o Corinthians também não teve um desempenho e teve que tomar cuidado para não ser rebaixado. Disputando estes dois campeonatos, o Corinthians bateu um recorde. Pena que negativo. O time conseguiu a proeza de ficar 13 jogos seguidos sem ganhar. Foram 3 empates e 10 derrotas. Nestas 10 derrotas seguidas, o timão perdeu para o Atlético-PR, Portuguesa, Bahia, Guarani, Olímpia do Paraguai, Fluminense, Sport, Internacional, Cruzeiro e Juventude. Neste meio tempo, o Corinthians mudou várias vezes de técnico. Entrou Vadão, Everisto de Macedo, porém ambos caíram e entrou Darío Pererira. E com esse entra-e-sai, o Corinthians terminou o ano e não venceu... O principal objetivo do Corinthians no começo do ano foi, no mínimo, inusitado: vencer uma partida urgentemente. O time já estava a 13 jogos sem ganhar e isto estava deixando jogadores e torcedores desesperados. O primeiro jogo do Corinthians no ano foi contra o Botafogo no Rio, no dia 17 de janeiro, num jogo válido pelo Torneio Rio - São Paulo. O resultado foi decepcionante: 3 a 3. No Paulistão, o Corinthians estreou contra o Rio Branco de Americana, no dia 21 de janeiro. Jogando no Pacaembu, o Timão apenas empatou em 3 a 3 e perdeu nos pênaltis (as partidas terminadas empatadas no paulistão iam para os pênaltis e o time que vencesse somava mais um ponto) e não conseguiu a vitória tão desejada, aumentando para 15 os jogos sem vitória.

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O próximo jogo foi contra o Flamengo, pelo Rio – São Paulo. O corintiano, no fundo de seu íntimo, sabia que aquela noite seria diferente. E foi. Num dos jogos mais emocionantes da história do “clássico das multidões”, o Corinthians venceu o Flamengo e quebrou um dos mais incômodos jejuns de sua história. A partir daí, o Corinthians teve altos e baixos. No torneio Rio – São Paulo não conseguiu a classificação para as semifinais. Agora, restava apenas o Paulistão. O Corinthians começou terrível o Campeonato Paulista. Depois do empate frente ao Rio Branco, o time perdeu para a Ponte Preta e Portuguesa Santista. Só foi ganhar na quarta rodada, na estreia de Wanderley Luxemburgo no banco corintiano, substituindo Darío Pereira. E justamente contra o Palmeiras. O Timão mostrou raça e conseguiu uma bela vitória por 2 a 1. Depois disso foi só alegria, que culminou com a conquista do título.

2001 - NOVA VÍTIMA CAIPIRA O Corinthians conquistou o título paulista de 2001 derrotando por duas vezes o Botafogo de Ribeirão Preto na decisão, mostrando que diante dos clubes do Interior, mostra toda a sua grandeza, como fez nas finais dos Campeonatos Paulistas de 1977, contra a Ponte Preta, e de 1988, diante do Guarani Em pé: Rogério, Scheidt, Fábio Luciano, Gléguer, João Carlos, Batata, André, Kléber, Gallo e Maurício. Agachados: Andrezinho, Marcos Senna, Gil, Ricardinho, Marcelinho, Índio, Neto e Ewerthon. Paralelamente ao Paulistão, o Corinthians também disputava a Copa do Brasil, onde também estava se dando bem. Na primeira fase, derrotou o Joinville por 3 a 1 fora de casa e eliminou a partida de volta, já que na 1ª e 2ª fase o time visitante que ganhar por dois de diferença, não precisa jogar o jogo de volta. Na segunda fase, O Timão enfrentou o Goiânia fora de casa e ganhou por apenas 1 a 0, resultado que nação eliminou o jogo de volta, que foi vencido pelo Corinthians por 3 a 1. Nas oitavas, o Corinthians enfrentou o Flamengo do Piauí. Com duas belas vitórias (8 a 1 e 3 a 0), o Corinthians seguiu em frente para pegar o Atlético Paranaense. O primeiro jogo, no Pacaembu, o Corinthians não jogou um bom futebol e apenas empatou em 0 a 0. No segundo jogo, na Arena da Baixada, todos esperavam uma vitória do time paranaense. Porém, a raça corintiana falou mais alto e o Timão venceu por 1 a 0. Na semifinal, o Corinthians enfrentou a Ponte preta e não teve trabalho. Com duas vitórias (2 a 0 e 3 a 0), o Corinthians vai a sua segunda final da Copa do Brasil, contra o mesmo Grêmio que perdeu em 1995. O primeiro jogo, no Estádio Olímpico, o Corinthians conseguiu um bom empate em 2 a 2, apesar de estar vencendo o jogo por 2 a 0. A segunda partida, disputada no Morumbi, o Grêmio foi superior e venceu por 3 a 1. Com essa derrota, o Corinthians perdeu a melhor oportunidade de se classificar para a Taça Libertadores da América. Agora, iria ter que vencer a Copa dos Campeões, disputada no Nordeste (onde conseguiu uma vaga pelo título paulista). 52


Porém, o Corinthians não foi bem nesta competição e foi eliminado pelo Coritiba em duas derrotas. Ainda não fora daquela vez. Além disso, o timão perdeu o meia Marcelinho, que foi dispensado do clube depois de discussões com jogadores e o técnico Luxemburgo. No segundo semestre, o Corinthians não foi bem no Campeonato Brasileiro e ficou na zona intermediaria de classificação. Já na Copa MERCOSUL, o Timão começou bem e chegou às semifinais. Entretanto, o time foi eliminado pelo San Lorenzo, da Argentina, e não conseguiu ganhar seu primeiro título sul-americano. Em 2002, devido a mudanças no calendário futebolístico brasileiro, o Campeonato Paulista deixou de ser a principal competição. No lugar, ficou o Torneio Rio-São Paulo, que além dos 4 grandes de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo) e do Rio (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco), contou com a participação de mais cinco equipes paulistas (Portuguesa, Ponte Preta, Guarani, São Caetano e Jundiaí) e três cariocas (América, Americano e Bangu). O último paulista e carioca cairiam para O Campeonato Paulista e Campeonato Carioca, respectivamente. Antes de começar os campeonatos, Luxemburgo é demitido e no seu lugar entra o técnico tetra campeão pela Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira. {{E com uma tática perfeita, onde o time tocava a bola calmamente, de pé em pé, até chegar ao gol, o Timão conquista dois campeonatos, no intervalo de três dias: o} Torneio Rio-São Paulo e a} Copa do Brasil.

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2002 - COM DIREITO A BIS Foram dois títulos em menos de uma semana. No domingo, o Corinthians conquistou a última edição do Torneio Rio-São Paulo superando o São Paulo na decisão. Na quarta-feira, ganhou a Copa do Brasil pela segunda vez vencendo o Brasiliense na disputa pelo título. Este pôster vale por dois. Dida, Batata, Otacílio, Fabinho, Ânderson,Vampeta, Fábio Luciano, Doni, Rogério, Fabrício e Kléber (em pé). Santiago, Ângelo, Renato, Gil, Ricardinho, Leandro e Deivid (agachados). Para terminar o 1° semestre, o time ainda disputaria o inédito Supercampeonato Paulista, envolvendo o campeão paulista (Ituano e os 3 melhores paulistas na primeira fase do Rio-São Paulo (Corinthians, Palmeiras e São Paulo)). O Torneio já começava na semifinal. O adversário do Corinthians foi o Ituano. Com uma derrota (2 a 0) e uma vitória por 3 a 2, o Corinthians perdeu no saldo de gols e deu adeus a competição. Mas isso não tirou a alegria dos torcedores, que ainda comemoravam a dupla conquista, que não é sempre que acontece. O Corinthians entra no segundo semestre para disputar duas competições: A Copa dos Campeões (torneio que dava uma vaga na Libertadores) e o Brasileirão. Na Copa dos Campeões, o Timão cai em um grupo com Fluminense, Paysandu e Náutico. Empata com Paysandu e Náutico e perde para o Flu, dando adeus à competição. No Brasileiro, o Corinthians fez uma boa campanha e chegou em terceiro lugar na primeira fase, atrás apenas de São Caetano e São Paulo. Nas oitavas de final, o Timão enfrentou o Atlético MG. (Venceu as duas partidas 9com diretio a um 6 a 2 em pleno Mineirão) e seguiu em frente, para enfrentar o Fluminense na semifinal. O primeiro jogo foi no Rio e o Timão voltou de lá com uma derrota: 1 a 0. Mas o troco seria dado no Pacaembu. Jogando um futebol que só o Corinthians sabe jogar, o time venceu por 3 a 2, depois de começar perdendo e virar para 3 a 1. Estávamos em mais uma final de Brasileiro, onde o time pegou o Santos. Com duas derrotas (2 a 0 e 3 a 2), o Timão deixa escapar o tetra... Mas tudo bem, não temos do que reclamar desse ano que foi um dos melhores da história. O ano de 2003 veio pra confirmar a hegemonia corintiana no estado, com a conquista do 25º título paulista, um recorde absoluto. Mas o time deu uma grande decepção: a eliminação, novamente, da Libertadores, onde o Timão perdeu para o River Plate os dois jogos. O Brasileirão de 2003 começou com uma mudança radical: pontos corridos. O Timão não foi muito bem e não fez uma boa campanha. O campeão foi o Cruzeiro. O ano de 2004 não foi muito bom para o Corinthians. No Paulista, fez uma campanha pífia. Na última rodada, para escapar do rebaixamento, o Timão tinha que ganhar da Portuguesa 55


Santista, no Pacaembu. Se perdesse, o São Paulo teria que ganhar o jogo. E foi o que aconteceu. O Timão perdeu o jogo, mas graças à vitória do São Paulo, permaneceu na primeira divisão.

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2004 - QUASE REBAIXADO Este time não foi bem. Por pouco o nosso futebol não vai para a segunda divisão. Com ações fortes e ousadas da Diretoria daria, no ano seguinte, à volta por cima. Ânderson, Rincón, Marquinhos, Fabinho, Rogério e Fábio Costa (em pé). Julinho, Gil, Samir, Régis Pitbull e Adrianinho (agachados). No Brasileiro, mais uma vez o time não faz uma boa campanha e veem o Santos se tornar bicampeão. Antes de terminar o ano, o Timão assina uma parceria com um fundo de investimento inglês, a MSI. Assim que chega, o parceiro, comandado por Kia Jorabichian, faz uma contratação bombástica, que prometia antes de assinar o contrato: Carlitos Teves, ídolo argentino, artilheiro das Olímpiadas de 2004, pela Argentina, que foi a campeã. Junto com Carlitos, chegaram outras "estrelas": o zagueiro, também argentino, Sebá, Carlos Alberto (ex Fluminense), Roger, Gustavo Nery e Marcelo Mattos. Além desses, o time contratou o jogador Mascherano, do River Plate, que, apesar de já contratado, só iria vir ao Timão no meio do ano. No Paulistão de 2005, disputado em pontos corridos, o time sentiu o não entrosamento e chegou em segundo lugar, atrás do São Paulo. Mas todo mundo sabia que esse time iria dar trabalho no futuro. Foi o que aconteceu no Brasileirão onde o Corinthians foi pela 4º vez campeão.

2005 - SALVE "EL TIMÓN" A parceria com a MSI promoveu diversas contratações no clube. Com os dólares investidos, chegaram o atacante Tevez, o zagueiro Sebá Domínguez e até o técnico Daniel Passarella ("que durou pouco"). Além deles, foram repatriados Carlos Alberto, Gustavo Nery e Roger. Fábio Costa, Ânderson, Sebá Dominguez, Édson e Wendell (em pé). Gil, Carlos Alberto, Jô, Fininho, Carlitos Tevez e Rosinei (agachados).

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Em 2006 a 2008 a volta por cima Em 2006, o objetivo maior do Corinthians era a conquista inédita da Copa Libertadores da América. No mês de março, o técnico Antônio Lopes pediu demissão, e em seu lugar assumiu interinamente o assistente Ademar Braga, sendo efetivado após algumas vitórias. Na Taça Libertadores, o Corinthians conseguiu se classificar como primeiro em seu grupo e enfrentou o River Plate da Argentina nas oitavas-de-final. Na partida de volta, no Pacaembu, o Corinthians acabaria, como em 2003, eliminado da competição pelo clube argentino. Revoltados, muitos torcedores tiveram um grave enfrentamento com a polícia dentro do próprio Estádio do Pacaembu na tentativa de invadir o campo de jogo, provocando o encerramento antecipado da partida. No dia 14 de maio, Ademar Braga foi substituído por Geninho, que iniciou sua segunda passagem pelo clube. Porém uma série de derrotas consecutivas, que deixariam o time na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro de 2006, fizeram com que o mesmo fosse demitido. Para o seu lugar, foi contratado o ex-goleiro Emerson Leão, que defendeu o clube na década de 1980. Coincidindo com a chegada de Leão, os principais jogadores do elenco saíram do clube repentinamente. No restante do ano, a equipe não alcançou bons resultados, e no começo de 2007 as saídas foram inúmeras. Com a parceira MSI em conflito com o clube, o dinheiro para investimento em jogadores caros ficou descartado. Com isso, foram contratados jogadores pouco conhecidos. No Campeonato Paulista de 2007, a equipe começou bem, mas a partir da quarta rodada caiu de rendimento além de vários jogadores saírem do clube. Com isso, houve uma queda considerável de rendimento, o que provocou a demissão Emerson Leão. Para as últimas partidas do estadual e até uma da Copa do Brasil, o técnico interino José Augusto foi designado. Após isso, o Corinthians contratou o técnico Paulo César Carpeggiani. [42] Com ele, foram contratados vários atletas do Bragantino, equipe semifinalista do Campeonato Paulista, e recebeu de volta o emprestado Gustavo Nery, além de fechar contrato com o experiente volante Vampeta.

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2007: Fim da parceria, crise e rebaixamento,

Em 24 de julho, o Conselho Deliberativo corintiano votou de forma unânime pelo fim do acordo com a MSI, que deveria durar até 1º de dezembro de 2014. Na semana seguinte o presidente Alberto Dualib e seu vice Nesi Cury pediram afastamento da presidência por 60 dias, antes da assembléia do dia 7 de agosto que viria a decidir o afastamento por tempo indeterminado de ambos. Com isso, um dos vice-presidentes, Clodomil Orsi, assumiu interinamente a presidência corintiana. No final do mês seguinte, Paulo César Carpeggiani deixou o cargo de técnico do Corinthians. O cargo foi assumido por José Augusto, treinador nas categorias de base corintianas. Zé Augusto comandou a equipe no Brasileirão até a derrota contra o Palmeiras, em setembro, quando foi substituído por Nelsinho Baptista. Ainda nesse mês, Alberto Dualib renunciou definitivamente à presidência do Corinthians, após sofrer pressão da diretoria para deixar o cargo ao ser acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Após isso, foi aberto o processo para novas eleições, realizadas em 9 de outubro. A vitória foi de Andrés Sanchez, ex-aliado de Dualib e da MSI. Durante as últimas 9 rodadas do Brasileiro de 2007, o Corinthians esteve ameaçado pelo descenso à Série B. Com o fim do Campeonato, em 2 de dezembro Série B do Campeonato Brasileiro. Em contraste, a equipe Sub-17 conseguiu seu terceiro título do Campeonato Paulista, completando uma série de 56 partidas sem derrota. De 2007, mesmo empatando com o Grêmio, o clube terminou a competição na 17ª colocação, sendo rebaixado à. 2008: O Ano da Superação, após o rebaixamento em 2007, o Corinthians se prepara para um ano de mudanças e transformações. A começar pela direção, com as saídas de Alberto Dualib e Nesi Cury do clube e a contratação do diretor técnico de futebol, o ex-jogador Antônio Carlos, que já teve uma passagem pelo clube em 1997 onde foi Campeão Paulista. A presidência provisória do time ficou nas mãos de Andrés Sanchez, que tempos depois seria eleito presidente do clube, ao lado de seu vice de futebol Mario Gobbi Filho.

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Com um lema de "Renovação e Transparência", Andrés Sanchez deu uma nova cara ao clube. Projetos de marketing, como camisas comemorativas, computadores e celulares, inexistentes em outras diretorias foram criados e bem adoradores pela Fiel. A primeira mudança do time em campo foi a contratação de um novo técnico, o que já se especulava ainda no ano passado, onde muitos diziam que mesmo que o clube escapasse do rebaixamento, o então técnico Nelsinho Baptista não ficaria no comando do clube. O escolhido foi Mano Menezes, que já havia conseguido o título da 2ª divisão em 2005 com o Grêmio. Após um pacotão de contratações e uma lista enorme de dispensas, o destaque ficou pela permanência de Felipe, ídolo da equipe ano passado mesmo com o rebaixamento. Om um elenco ainda recente, o Corinthians conseguiu ficar em 5º lugar no Campeonato Paulista e chegar a final da Copa do Brasil. Destaques para a estreia do Paulistão com oito novos jogadores, e que mesmo assim consegui vencer o Guarani por 3 a 0, e as oitavas-de-final da Copa do Brasil, onde após perdeu o primeiro jogo para o Goiás por 3 a 1 a torcida lotou o Morumbi no jogo da volta, e a equipe se classificou com uma goleada de 4 a 0, onde torcedores e jogadores revidaram as provocações de um dirigente do Goiás, que disse que iria "chupar uvas roxas", após o jogo, em alusão ao 3º uniforme do Corinthians, que era da cor roxa. No Brasileiro da série B, o time estreou contra o CRB, no Pacaembu e venceu por 3 a 2. Durante toda a competição, a torcida mostrou o seu apoio ao time do coração, lotando os estádios por onde o Timão jogava, dentro ou fora de São Paulo, e criando "hits" que ficaram famosos inspirados em grandes cantores como Roberto Carlos, e Tim Maia. A equipe se classificou muito antes do esperado na 32ª rodada após vencer o Ceará por 2 a 0, (a 6 jogos do fim da competição e 11 pontos do segundo colocado). Dois jogos depois, contra o Criciúma o time venceu por 2 a 0, e conquistou o título. Fiel torcida comemora a volta a elite do futebol! Em 9 de Dezembro de 2008, o presidente Andrés Sanchez afirmou que o clube estava contratando Ronaldo "Fenômeno". Em 12 de Dezembro, a diretoria organizou uma festa pela chegada do Fenômeno no clube com a presença da torcida no Estádio Alfredo Schürig. O contrato só viria a ser assinado em 17 de Dezembro com a presença da diretoria e da imprensa.

Ronaldo o maior artilheiro das copas, 3 vezes melhor do mundo é apresentado no Corinthians

Com a base montada e alguns reforços, o Corinthians vem com forte time determinado a disputar títulos de todos os campeonatos que disputar e com uma missão classificar para libertadores para disputa la no ano do Centenário.

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2009 - O Ano Fenomenal No ano de 2009 tinha tudo para ser apenas o ano do retorno a Série A, mas está sendo, além disso. Antes de sua reestreia no Campeonato Brasileiro da Série A, disputou o Campeonato Paulista, sagrando-se campeão de forma invicta, com o Fenômeno Ronaldo sendo eleito o melhor jogador da competição. Ainda em 2009, o Corinthians conquista a Copa do Brasil ao empatar com o Internacional no Estádio Beira-Rio por 2 a 2 (no jogo de ida o Corinthians havia vencido por 2 a 0). Além do título, o Corinthians garante uma vaga na Copa Libertadores da América de 2010. 2010: Obsessão pela "Libertadores" e Ano do "Centenário" No ano de 2010, o Corinthians contrata grandes jogadores para a disputa da Libertadores 2010 (título tão esperado no Parque São Jorge), tais como Tcheco, Iarley, Danilo e a maior Roberto Carlos considerado o maior lateral, o Corinthians também investiu em novos jogadores como Ralf, Moacir e Leandro Castán. O Timão também ira contar com o "maior ídolo" Marcelinho Carioca, mais apenas amistosos Marcelinho ira jogar, logo ele se tornara o embaixador do Clube no ano do "Centenário do Corinthians”.

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