Monografia apresentada à banca examinadora do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, como exigência parcial para a obtenção de título de Bacharel em Design Gráfico sob a orientação dos Professores Luis Porto, Maria Luiza Vallim e Wagner Ortega.
Dedicamos este trabalho primeiramente Deus, pois sem ele não estaríamos aqui. As nossas famílias, amigos, e aos professores que agregaram conhecimento em nossa vidas.
Data de aprovação: / / Banca examinadora:
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André Agradeço a minha mãe minha tia e meus primos pelo amor, incentivo e apoio durante o período escuro que passei no TCC. Aos meus amiguinhos de equipe, que por mais estressante, chatos e insuportáveis que fossem, sem eles não seria possível a realização deste projeto. A professores pela orientação, apoio paciência e confiança e a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação.
Andréia Agradeço aos meus pais, por terem dado força, inteligência, persistência e caráter para fazer escolhas na vida, a minha irmã, pelo companheirismo. Aos colegas de trabalho pela paciência e compreensão num período tão tumultuado. Ao André, Andressa e Bruno pelas risadas, docinhos e por descobrimos o tão sonhado valor do markup em nossas vidas, claro isso quando não estávamos brigando. Aos professores que nos mostraram os caminhos do conhecimento em especial aos orientadores Portos, Malu e Ortega pela paciência e disposição.
Andressa Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado paciência para eu não matar o cara da grafica e nem nenhum dos meus amiguinhos de grupo. Aos meus pais maravilhosos que me ensinaram desde sempre ( não sei se intencionalmente ou acidentalmente ) que se eu não fizer por min não vai ter ninguém que vai fazer, ao meu tio maravilhoso que me levou na gráfica no fim do universo, ao lindo do Weslley por me aguentar nessa fase insuportável de tcc e claro aos meus amiguinhos maravilhosos que eu não aguento mais olhar na cara, André, Andreia e Bruno as vezes eu quero matar vocês ( quase sempre ) mas até que vocês são legalzinhos. Obs: A Andréia lava as roupas antes de usar.
bruno Agradeço primeiramente a Deus, a minha família pelo incentivo e força durante esses anos e principalmente aos meus colegas de grupo Andreia, Andressa e André, pela organização, determinação e empenho pois sem eles nada seria possível. Finalmente gostaria de agradecer também a todos os professores do curso, pois graças a eles tivemos conhecimento para desenvolver o melhor trabalho possível.
“Seja a mudança que você quer ver no mundo.” Mahatma Gandhi.
resumo
ABSTRACT
O projeto foi desenvolvido com o objetivo de elaborar o reposicionamento da marca ONG Banco de Alimentos, que atua como instituição sem fins lucrativos de combate ao desperdício de alimentos. O estúdio A3B busca conhecer, por meio da análise do ambiente de marketing, que envolve desde o componente macro como a situação econômica, os hábitos culturais, o desenvolvimento demográfico e também os componentes do microambiente, com a finalidade de propor uma reestruturação da marca, visando ampliar a visibilidade e a relevância da ONG, além do nível atual de participação na sociedade. A partir dessas análises, foram identificadas forças, fraquezas, ameaças e oportunidades (SWOT) da ONG Banco de Alimentos, o que possibilitou a identificação e compreensão dos problemas de comunicação e visibilidade da ONG a serem desenvolvidos em um projeto de reposicionamento da marca.
The project was developed with the goal of repositioning the brand of Banco de Alimentos NGO, which acts as nonprofit to combat food waste. The A3B studio seeks to know through the analysis of the marketing enviroment surrounding from the macro component as the economic, cultural habits, the democraphic development as well as the microenvironment components, in order to propose a restructuring of the brand aiming to expand the visibility and relevance of the NGO beyond the current level of participation in society. From these analyzes, we identify strongness weakness, oportunities and threats (SWOT) of Banco de Alimentos NGO, which enable the identify and understand of the problems of communication and visibility of the NGO’s to be developed on a brand repositioning project.
Palavras-chave: design, sustentabilidade, banco de alimentos, qualidade de vida, alimentação saudável.
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Key Word: design, sustainability, food bank, quality of life, healthy eating
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SUMÁRIO
Introdução.........................................................................................................................................................16 Problema...........................................................................................................................................................17 Justificativa........................................................................................................................................................18 Objetivo.............................................................................................................................................................18 Metodologia.......................................................................................................................................................19
1 Sustentabilidade …….......................………......…………………………..................................................….....21 1.1 O que é sustentabilidade?...................................................................................22 1.2 Os Desafios da sustentabilidade........................................................................24 1.3 Sustentabilidade ambiental...............................................................................25 1.4 Sustentabilidade social.................................................26 1.5 Desenvolvimento Sustentável.....................................26 1.5.1 Principais estratégias de implementação.................28 1.5.2 Novos produtos.......................................................29 1.6 As políticas e os projetos: Atores sociais e sistema.......30 1.7 O papel das empresas e instituições...............................31 2 Design………............................…………….………………………………........….............35 2.1 O Design no Brasil …......………………....……………………………………..................36 2.2 Design e sustentabilidade ..........................………….............………………................37 2.3 O que é design sustentável ?.…….........…...…………………………………..............38 3 Análise e sintese da pesquisa de campo ...................................................................43 4 Entrevistas................................................................................................................47 5 Banco de Alimentos.........................................................................................................................................53 5.1 O que é a ONG Banco de Alimentos?............................................................................................................54 5.2 A Fundadora da ONG Banco de Alimentos.....................................................................................................55 5.3 Relevância da marca.....................................................................................................................................56 5.4 Como o Banco de Alimentos trabalha?..........................................................................................................57 5.4.1 Doações....................................................................................................................................................58 5.5O desenvolvimento e a produção de alimentos............................................................................................................ 59
60................................................................................................ Reaproveitamento e desperdício mundial de alimentos 5.6 62.....................................................................................................................................................Comunicação atual 5.7 65................................................................................................................................REPOSICIONAMENTO DE MARCA 6 66....................................................................................................................................................Definições de marca 6.1 66..........................................................................................................................Conceito de branding e brand equity 6.2 67................................................................................................................................................Revitalização da marca 6.3 69..................................................................... Identidade corporativa 6.4 70.............................................................................Internet branding 6.5 75........................................................................ STUDIO A3B 7 76.................................................................. Quem somos 7.1 76........................................................................... Missão 7.2 76............................................................................. Visão 7.3 76............................................................................Valores7.4 76.................................................................Personalidade 7.5 77............................................................................Equipe 7.6 78..............................................................................Logotipo 7.7 78....................................Versões do logotipo e aplicações 7.7.1 79...........................................................................Cores 7.7.2 79....................................................................Tipografia 7.7.3 79...................................................................... Papelaria 7.8 83...........................................................................BRIEFING 8 89...............................................................................................................PROJETO GRÁFICO 9 90...........................................................................................................................................................Painel semâtico 9.1 91.....................................................................................................................................................................Logotipo 9.2 91...................................................................................................................................................................... Rafes 9.2.1 92..............................................................................................................................Versões do logotipo e aplicações 9.2.2 93..........................................................................................................................................Restrições de aplicações 9.2.3 93.......................................................................................................................................................................Cores 9.2.4
9.2.5 Tipografia.................................................................................................................................................94 9.3 Elementos do projeto...............................................................94 9.3.1 Paletas de cores..................................................................95 9.3.2 Patterns.......................................................................... ..96 9.3.3 Tipografia complementar.....................................................96 9.4 Aplicações da marca.............................................................96 9.4.1 Papelaria............................................................................97 9.4.2 Furgão refrigerado............................................................97 9.4.3 Mídia digital....................................................................97 9.4.4 Mídia externa................................................................97 9.5 Produtos......................................................................98 9.6 Site.............................................................................98 10 Plano de Marketing.............................................101 10.1 Macro Ambiente...............................................102 10.2 Objetivos específicos do projeto........................105 10.3 Setor de atuação.........................................106 10.3.1 Análise do setor.......................................107 10.4 Público - alvo..........................................107 10.5 Análise Swot ...........................................107 10.6 Definição das estratégias de marketing.....108
108.........................................................................................................................Composto de marketing 10.6.1 109.......................................................................................................................... Viabilização do projeto 10.7 113..............................................................Plano de Comunicação 11 114..........................................................................Campanha 11.1 114.......................................................................Redes sociais 11.2 115......................................................Importância do social mídia 11.2.1 116................................................................................................Site 11.3 120.................................................................................Produtos da marca 11.4 120..................................................................................................Camiseta 11.4.1 121.................................................................................................Ecobag 11.4.2 122.............................................................................Avental 11.4.3 122........................................................................Copos 11.4.4 123.......................................................Mídia institucional 11.5 123...................................................................Furgão 11.5.1 123.......................................................Mídia exterior 11.5.2 124................................................Anúncio editorial 11.5.3 126....................................................Conclusão 128...........................Refêrencias Bibliograficas 132.......................................................Anexos
LISTA DE FIGURAS
página
FIGURA 1: Infográfico FONTE: feito pelos componentes do grupo
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FIGURA 2: Logotipo ONG Banco de Alimentos FONTE: http://www.bancodealimentos.org.br
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FIGURA 3: Avental ONG Banco de Alimentos FONTE: http://www.bancodealimentos.org.br
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FIGURA 4: Avental ONG Banco de Alimentos FONTE: http://www.bancodealimentos.org.br
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FIGURA 5: Site ONG Banco de Alimentos Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 12: Papel Timbrado A3B Criado por integrantes do grupo
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página
FIGURA 24: Papelaria Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 35: Página Loja Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 36: Camiseta Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 14: Logotipo ONG Banco de Alimentos Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 25: Campanha Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 37: Camisetas Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 15: Rafes Logotipo Criado por integrantes do grupo
FIGURA 26: Facebook ONG Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 38: Ecobags Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 16: Versão positiva logo ONG Criado por integrantes do grupo
FIGURA 27: Facebook ONG Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 39: Aventais Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 17: Versão negativa logo ONG Criado por integrantes do grupo
FIGURA 28: Instagram ONG Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 18: Area de proteção Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 40: Copos Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 6: Logotipo A3B Comunicação & Branding 77 Criado por integrantes do grupo
FIGURA 28: WIireframe site Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 19: Redução Logo ONG Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 41: Furgão Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 7: Logotipo A3B Comunicação & Branding 77 Criado por integrantes do grupo
FIGURA 29: Fluxo de Navegação Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 20: Usos incorretos Logo ONG Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 42: Fachada Shopping Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 8: Logotipo A3B Comunicação & Branding 77 Criado por integrantes do grupo
FIGURA 30: Home novo site ONG Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 21: Tipografia Zag Bold na folha Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 43: Divulgação Shopping Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 9: Logotipo A3B Comunicação & Branding 78 Criado por integrantes do grupo
FIGURA 31: Página Campanha Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 22: Elementos de apoio Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 44: Ponto de ônibus Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 10: Logotipo A3B Comunicação & Branding
FIGURA 32: Página Conheça Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 45: Toten Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 23: Patterns Criado por integrantes do grupo
FIGURA 33: Página Colabore Criado por integrantes do grupo FIGURA 34:Página localização Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 46: Anúncio revista Criado por integrantes do grupo
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Criado por integrantes do grupo FIGURA 11: Papel Timbrado A3B
14 Criado por integrantes do grupo
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introdução Atualmente, cerca de 40 mil toneladas de alimentos são desperdiçadas diariamente em todo Brasil. 3,4 milhões de pessoas passam fome no Brasil. Causando prejuízo de R$12 bilhões em alimentos desperdiçados por ano. Para reduzir os efeitos causados por conta deste desperdício, há 16 anos foi criada a ONG Banco de Alimentos com o intuito de promover o acesso à alimentação adequada para pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social, contribuindo para o desenvolvimento sócio-ambiental.
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PROBLEMA Atualmente, atende 42 instituições de caridade, sanando a fome de 21 mil pessoas por dia, por meio de doações de empresas privadas e pessoas físicas. Nestes quase 16 anos desde sua fundação, foram quase 6 mil toneladas de alimentos arrecadados e repassados para as instituições. Apesar de a ONG realizar esse trabalho com eficiência, existe um grande número de pessoas que ainda não conhecem esse trabalho. O intuito é aumentar a visibilidade, por meio do redesign da marca, arrecadando, assim, mais doações.
Há 15 anos a ONG Banco de Alimentos promove cidadania e combate à fome e ao desperdício de alimentos. Mais de cinco toneladas de alimentos já foram doadas. Apesar de a ONG desenvolver esse projeto há um bom tempo ainda existem pessoas que não sabem o que um banco de alimentos faz. Segundo a pesquisa quantitativa aplicada, percebe-se que a cada cinco pessoas quatro não sabem o que é um banco de alimentos. Atualmente a ONG assumiu o compromisso de compra de três furgões Jumper Refrigerados para
a coleta dos alimentos doados, porem há 4 mêses atrás eles perderam a parceria com uma empresa privada que ajudava na compra dos carros e precisam de apoio para tal. A partir disso, nota se que a ONG precisa de um reposicionamento de marca para ganhar visibilidade no mercado, ou seja, por meio do design criar uma conscientização sobre o que é um banco de alimentos.
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justificativa
objetivo
metodologia
Segundo a Organização Mundial da Saúde o ser humano precisa de 6 refeições diárias, sendo elas: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Cerca de 35% da população do mundo vive em situação de insegurança alimentar, sem alimentos em quantidade e qualidade adequados. No mundo, 1,3 bilhões de alimentos são desperdiçados por ano. O Banco de Alimento contribui com a alimentação de 42 instituições cadastradas no projeto, ou seja, mais de 21 mil pessoas são beneficiadas com o projeto
Através do Design revitalizar a comunicação da ONG, gerando assim uma campanha de conscientização do desperdício de alimentos e como os alimentos que não se encaixam no padrão de venda pode mudar a vida de muitas pessoas.
Para a obtenção de dados podem ser empregados três procedimentos: pesquisa bibliográfica, qualitativa e quantitativa. A pesquisa bibliográfica tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição científica que se realizam sobre determinado assunto ou fenômeno. O levantamento bibliográfico é mais amplo do que a pesquisa documental, embora possa ser realizado simultaneamente com a pesquisa de campo e de laboratório (OLIVEIRA, 1999). A pesquisa quantitativa, conforme o próprio ter-
mo indica, significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações para realizar entrevistas pessoais. Já a pesquisa qualitativa tem caráter exploratório, isto é, estimula os entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Mostra aspectos subjetivos e atingem motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira espontânea. É utilizada quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço para a interpretação.
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SUSTENTABILiDADE
1.1 O QUE É SUSTENTABILIDADE O conceito de sustentabilidade vem sendo muito difundido pelas mídias e está presente em quase todas as grandes empresas de médio, ou grande porte dos últimos anos. Mas o que é sustentabilidade? Sustentabilidade é a capacidade de utilizar os recursos naturais sem causar grandes impactos ao meio ambiente ou à biosfera, cujos recursos naturais são limitados e a capacidade de absorção da poluição finita. Apesar de parecer um conceito difícil de ser inserido na cultura e na sociedade, as práticas sustentáveis vêm se mostrando cada vez mais populares nas empresas que causam impacto direto ao meio ambiente como a mineração, a extração vegetal e a agricultura em larga escala. A aplicação das práticas sustentáveis nesses empreendimentos vem se revelando economicamente viável e promissor. Em 1992 foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, sediada no Rio de Janeiro, conhecida como RIO-92 ou ECO-92. A Conferência marcou a adoção do conceito de desenvolvimento susten-
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tável, e a criação de programas como a Agen da 21 e a Convenção sobre Mudanças Climáticas. A Agenda 21 foi um plano de ação constituído por princípios para a implementação de um novo padrão de desenvolvimento, baseados na sustentabilidade ambiental, econômica e social. A Convenção sobre Mudanças Climáticas baseava-se em um tratado com países que se comprometeram a estabilizar, por meio de ações conjuntas, o excesso de emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Em 2000, as Nações Unidas convidaram a sociedade civil e governos para definir metas para superar alguns desafios que o planeta enfrentava e convidou todos a se engajarem em prol de oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, as metas a serem atingidas até o ano de 2015 foram as seguintes: Redução da Pobreza, Atingir o ensino básico universal, igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade na infância, melhorar a saúde materna, combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental, estabelecer
uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento Em 1997, foi estabelecido o Protocolo de Quioto, que visa o desenvolvimento de ações para a redução de gases poluentes, principalmente para países altamente industrializados, como Rússia, China e EUA, e colocando em vigor o Mecanismo de Desenvolvimento (MDL) para os países em desenvolvimento. Em 2005 foi publicada uma Avaliação ecossistêmica do Milênio:
“A humanidade está fazendo um verdadeiro saque no banco dos ecossistemas globais, o que pode acarretar um colapso na capacidade do planeta de fornecer bens e serviços ambientais aos seres humanos. Além disso, as alterações feitas nos ecossistemas, especialmente nos últimos cinquenta anos, aumentaram o riso de mudanças abruptas, como, por exemplo, explosão de epidemias, eutrofização de aguas costeiras e mudanças climáticas regionais, induzidas pelo desmatamento. ( Tajiri, Potenza. 2011 Cap 3, p. 21, Habitação Sustentável).”
Com este conceito em mente, muitas empresas vêm adotando cada vez mais o compromisso com o meio ambiente em relação aos seus empreendimentos realizando trabalhos mais econômicos e que garantam um futuro menos impactante ao planeta. As chamadas empresas sustentáveis priorizam não só os trabalhos já realizados como também o incentivo de projetos que visam o bem-estar da população e de seus clientes. Enquanto outras empresas visam o desenvolvimento de produtos sustentáveis que visam o melhor da tecnologia para o bem-estar ambiental. Algumas empresas ganham destaque pelo seu caráter sustentável nas áreas de energia e produtos em geral. Por exemplo, “Perdigão, que utiliza formas alternativas de energia, faz a reutilização 1 de água, entre outras práticas sustentáveis” , assim como a “Natura, que utiliza matérias-primas de fontes renováveis que são extraídas cumprindo as regras da sustentabilidade para a produção de seus cosméticos.”2
1 e 2 -http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/empresas-sustentabilidade-como-levar-desenvolvimeto-sustentavel-para-negocios/
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1.2 Os desafios da sustentabilidade Adotar uma posição sustentável não é tão simples ou fácil como o conceito propõe, durante a primeira parte da era industrial, progresso e desenvolvimento significava a produção continua da tecnologia e mais produtos. No decorrer da era moderna, condicionamos os interesses das pessoas aos da tecnologia, uma ação que vem levando à destruição impensada de culturas tradicionais. Os sinais do crescente aquecimento global vêm se tornando cada vez mais visível, “a climatologia estabeleceu uma provável correlação entre o uso de combustíveis fóssei, e o aquecimento global e a instabilidade climática” 3. ( Edwards, Brian, 2008 pag. 8 O guia básico para sustentabilidade,). Outras intervenções humanas também vêm acelerando o processo de aquecimento global, como o crescente desmatamento de florestas tropicais, a proliferação de aterros sanitários e a utilização excessiva de produtos químicos que afetam diretamente a camada de ozônio, causando profundos impactos para diversas espécies, cujos habitats vêm sendo ameaçado pela elevação do a mar e a desertificação, pelo constante aqueci-
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te aquecimento global. Os desafios da sustentabilidade vêm tomando diversas vertentes em que precisam ser adotadas novas formas de abordagem. De acordo com dados estatísticos do Design Council, AnnualReview 2002: “Trata-se, portanto, de uma questão de design. Oitenta por cento do impacto ambiental de um produto, serviço ou sistema é definido no estágio do design.”Ou seja, quanto mais rápido utilizarmos os recursos do planeta mais rapidamente do que substituímos, as instruções do design são simples: elimine o desperdício dos recursos utilizados para fabricar um produto ou entregar um serviço fechando os ciclos de energia e matéria.”
A transição para uma cultura sustentável requer leveza ao invés de velocidade. Precisamos nos preocupar com a quantidade de material utilizado em diversas atividades do dia a dia e nos custos que elas cobram do meio ambiente. Nossa sociedade atual se baseia na cultura industrializada do século XIX, quando a produção em larga escala
de objetos e serviços vem sendo oferecidos para a população de forma desnecessária e obsoleta em relação a suas reais necessidades - em outras palavras, objetos para posse e não uso. De acordo com John Thackara” O design de serviços sustentáveis ajuda as pessoas que precisa realizar tarefas, conectar-se com outras pessoas e 4 equipamentos como e quando for necessário.” O maior desafio que a sociedade encontra para implantar com sucesso a cultura e ideia de sustentabilidade em nossa sociedade, atualmente, foi moldado pelas tecnologias do século XIX que visavam a velocidade, tempo e dinheiro para desenvolver uma cultura moderna.
1.3 Sustentabilidade ambiental Segundo Michael (2006), a principal preocupação da sustentabilidade da perspectiva ambiental são os impactos das atividades humanas
sobre o meio ambiente. A produção primária, oferecida pela natureza, é a base fundamental sobre a qual se assenta a espécie humana. Percebemos nos textos abaixo na visão de Simões (2012) e Manzini (2008) os seguintes Argumentos. O tema sustentabilidade ambiental a partir de uma racionalidade econômica se transformará brevemente em padrão de mercado, porque o termo não é moda, mas uma maneira de trabalhar. A expressão sustentabilidade ambiental, refere-se às condições sistêmicas a partir das quais as atividades, em escala mundial ou em escala local, não perturbem os ciclos naturais além dos limites de resiliência dos ecossistemas nos quais são baseados e, ao mesmo tempo, não empobreçam o capital natural que será herdado pelas gerações futuras. Sustentabilidade ambiental deve se referir a dois conceitos fundamentais: resiliência e capital natural:
3 Brian Edwards, Brian - O guia básico para sustentabilidade, 2009 pag. 8 4 THACKARA, John. Plano B - O Design e as Alternativas Viáveis em um Mundo Complexo, 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2008, pag 23
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A resiliência de um ecossistema é sua capacidade de tolerar uma atividade que o perturba sem perde irreversivelmente seu equilíbrio. Quando estendido ao planeta inteiro esse conceito introduz a idéia de que o sistema natural sobre o qual a atividade humana está baseada, tem limites de capacidade e recuperação além dos quais um fenômeno irreversível de deterioração terá início. Por outro lado, capital natural são os recursosnão renováveis, que, conjuntamente com a capacidade sistêmica do ambiente de reproduzir recursos renováveis, devem ser levados em conta como um todo. O termo refere-se também à riqueza genética, ou seja, à variedade de espécies habitantes no planeta. Esses fundamentos baseados principalmente em considerações físicas, devem ser complementados por outros, de natureza social e ética, aos quais nos referimos através do termo sustentabilidade social, que abordaremos no próximo capítulo.
1.4 Sustentabilidade social Conforme Michael (2006), na sustentabilidade da perspectiva social a ênfase é dada à presença
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do ser humano na ecosfera. A preocupação maior é com o bem estar humano, a condição humana e os meios utilizados para aumentar a qualidade de vida dessa condição. Acesso a-serviços básicos, água limpa e tratada, ar puro, serviços médicos, proteção, segurança e educação podem estar ou não relacionado com os rendimentos ou a riqueza da sociedade. A sustentabilidade social refere-se a um processo de desenvolvimento que leve a um crescimento es tável com distribuição equitativa de renda, gerando, com isso, a diminuição das atuais diferenças entre os diversos níveis na sociedade e as melhorias das condições de vida das populações. Já para Manzini (2008), a sustentabilidade social refere-se às condições sistêmicas através das quais, seja em escala mundial ou regional, as ati-
1.5 Desenvolvimento sustentável A expressão desenvolvimento sustentável tem
sido redefinida constantemente para com preender crescentes aspectos da vida do planeta conforme Mawhinney (2005). “Desenvolvimento sustentável é aquele que provê as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de prover suas próprias necessidades.” (MAWHINNEY, 2005, p. 11).
Nos dias de hoje, tem sido observado que os antigos argumentos dos ambientalistas, que relacionavam o desenvolvimento sustentável apenas a questões ambientais, foram substituídos por versões mais abrangentes e completas, que levam em consideração os aspectos sociais, econômicos e ambientais da vida. Para Michael (2006) o conceito de desenvolvimento sustentável provém de um relativamente longo processo histórico de reavaliação crítica da relação existente entre a sociedade civil e seu meio natural. O termo desenvolvimento sustentável foi primeiramente discutido pela WorldConservation Union, que afirma que para o desenvolvimento seja sustentável deve-se considerar aspectos referentes às dimensões social e ecológica, bem
como fatores econômicos, dos recursos vivos e não vivos e as vantagens de curto e longo prazo de ações alternativas. Uma sociedade pode ser considerada sustentável quando todos os seus propósitos e intenções podem ser atendidos indefinidamente, fornecendo satisfação ótima para seus membros. O desenvolvimento é sustentável quando o crescimento econômico traz justiça e oportunidades para todos os seres humanos do planeta, sem destruir os recursos naturais finitos e sem ultrapassar a capacidade de carga do sistema. Segundo Marques (2009), quando se fala em consumo sustentável, deve-se também falar em desenvolvimento sustentável. Os princípios da vida sustentável, em decorrência do desenvolvimento sustentável seriam os seguintes: a) Respeito e cuidado dos seres vivos (princípio ético, por excelência); b) Melhoria da qualidade de vida humana – que pressupõe a realização de potenciais, acesso à educação, liberdade política de participação, respeito aos direitos humanos e combate a todas as formas de discriminação e violência;
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c) Conservação e vitalidade da diversidade da Terra – ou seja, conversando e mantendo os sistemas de sustentação da vida: em última análise, a chamada biodiversidade, evitando, destarte, a extinção das espécies vegetais e animais, além do uso sustentável dos recursos renováveis; d) Minimização do esgotamento dos recursos não não renováveis – nesse caso, o petróleo, gás natural; e) Permanência no limite da capacidade de suporte da Terra – isto é, preservando os recursos que não podem ser explorados, conservando os eu podem ser suscetíveis de manejo sustentável; f) Modificação de atitudes e práticas pessoais – ou melhor dizendo, adotando-se ética de vida sustentável, no sentido reexame de valores de cada cidadão, alternado seus padrões de consumo. g) Permissão de proteção pela própria comunidade – incentivos que devem ser dados à própria comunidade organizada, no sentido de não apenas preservar e conversar os recursos naturais, como
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também de influir nas políticas e legislação ambiental.
1.5.1 Principais estratégias de implementação Para Silva (2010), em linhas gerais as propostas estudadas para estratégia de implementação de desenvolvimento sustentável, todas concebem a sustentabilidade social e ambiental no interior de um modelo de desenvolvimento que seja capaz de compatibilizar crescente prosperidade, uso racional dos recursos do planeta e equidade social. A utilização de instrumentos econômicos, a mudança dos padrões de consumo e o pacto global reafirmam o caráter limitado das alternativas propostas para fazer face aos graves dilemas da humanidade no tempo presente. A adoção de mudanças nos padrões de consumo adquire grande expressão nos debates em torno da questão ambiental, tendo em vista o imenso desperdício de recursos naturais que implica o atual modelo, baseado na expansão irrefreada do consumo de materiais descartáveis e
de artigos de luxo. A insustentabilidade do consumo refere-se à extrema polarização no acesso ao mercado e se manifesta no consumo excessivo de uns e na interdição de muitos às condições de satisfazerem suas necessidades elementa-res, como alimentação, saúde, moradia e educação. Neste sentido, especial atenção deve ser dedicada à demanda de recursos naturais, resultante desta tendência, bem como à poluição. Para enfrentar esta problemática, faz-se necessária uma mudança nos padrões de consumo. Atenção especial é conferida aos países em desenvolvimento, aos quais devem: procurar atingir padrões sustentáveis de consumo, garantindo o atendimento das necessidades básicas dos pobres e, ao mesmo tempo evitando padrões insustentáveis.
1.5.2 Novos produtos Para Flores (2012), o fluxo de desenvolvimento sustentável de novos produtos é uma filosofia con cebida para permitir um eficiente e eficaz gerenciamento do projeto e do trabalho de configuração
de produtos complexos, possibilitando assim o desenrolar de todo um sistema auto-sustentável. Entende-se como configuração a composição do produto final de acordo com os desejos especiais dos clientes (fatores de determinação) em que variantes de produto possíveis são preparados, do ponto de vista de construção, de tal forma que podem ser produzidas por meio da combinação, agregação ou modificação, a partir de partes componentes, peças conjuntos e produtos finais, tornando a produção flexível e em quantidade crescentes, a baixo custo e recicláveis. Baseia-se no princípio de que todo o empreendimento tem um período de vida de desenvolvimento e que tal período pode ser fragmentado em várias partes de acordo com a complexidade e urgência de execução do projeto. Em cada etapa, o item atravessa fases distintas, que podem ser: projeto, especificação, custos, documentação, compra, fabricação, testes, integração, homologação e descarte. Desta forma é possível planejar, executar e avaliar a sustentabilidade do processo em pequenos períodos que resultam desta divisão, diminuindo riscos de investimentos, aumentando a confiança
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e a qualidade do empreendimento, assegurando, por sua vez, o cumprimento dos prazos, a redução dos custos e a adequabilidade ao meio. O perigo do esgotamento dos recursos naturais e os prejuízos potenciais ao meio ambiente impulsionaram a comunidade internacional a reiniciar to do desenvolvimento econômico sobre o desenvolvimento social e o meio ambiente. A aplicabilidade do sistema de desenvolvimento sustentável de novos produtos possibilita a coleta de dados e rastreamento dos impactos ambientais ao longo de todo o processo, do ciclo de produtação. Uma organização sustentável deve dedicar-se a proteger a saúde, recursos naturais no contexto global, com a aplicabilidade de verificação constante da qualidade do ar, emissão de águas residuais, descarte e reciclagem de materiais.
1.6 As políticas e os projetos: Atores Sociais e Sistema A busca pela sustentabilidade implica definir um cenário e colocar em ação as melhores estratégias
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para atingi-lo. No debate sobre as políticas ambientais, tal modo de proceder muitas vezes é indicado com a expressão backcasting, que se entende por: a) Estabelecer um objetivo de médio, longo prazo aonde se quer chegar. b) Olhar para traz – desse ponto do futuro, para os dias atuais, a fim de especificar os passos, isto é, os tempos, os modos e os instrumentos que teriam de ser efetivados para atingi-lo. As politicas baseadas em backcasting são, assim atividades projetuais ou de desenvolvimento de projetos, pois comportam uma subjetividade que se daria a partir dos objetivos e que se esforçaria par alcança-los. Dessa perspectiva, é legitimo perguntar quem poderia exprimir a necessária ação, atividade projetual, ou desenvolvimento, e como poderia. fazê-lo. A sustentabilidade não vai ser obtida com soluções tendenciosas e tecnocráticas, mas sim com a interação de diversos pontos de vista e de racionalidades diversas. (MANZINI & VEZZOLI,2011)
1.7 O papel das empresas e das instituições As empresas são os atores sociais que, dentro do sistema de produção e consumo, detêm os maiores recursos em termos de conhecimento, de organização e de capacidade de tomar iniciativa. Elas têm, portanto, um papel central na promoção da sua transformação em direção à sustentabilidade. Mas a possibilidade que elas têm de desempenhar tal papel deve necessariamente ser confrontada com o tema da competividade. Para as empresas, cada escolha operativa favorável ao ambiente só pode ocorrer com a condição de não prejudicar a sua competitividade. E, ainda, para que as empresas possam verdadeiramente agir como agentes da sustentabilidade, utilizando, portanto da melhor forma, os recursos de que dispõem. É necessário que a orientação das suas atividades em direção á sustentabilidade seja traduzida em um aumento significativo de sua competividade. O contexto o operativo das empresas é, em grande parte, determinado pelas instituições públicas. E, especificamente, pela capacidade
que as instituições públicas tenham de orientar a inovação em direção a soluções mais sustentáveis e à criação de relações entre as empresas, que são, ao mesmo tempo, relações de colaboração e de competição operativas para s empresas, de maneira que, mesmo perseguindo dia após dia a a competitividade, coloquem em ação escolhas organizacionais, produtivas e de mercado que as posicionem em direção à sustentabilidade. Em outras palavras, é necessário ativar um círculo virtuoso entre o papel das empresas e os das instituições públicas, através do qual o terreno da competição se desloque progressivamente em direção a condições operativas cada vez mais próximas de uma sustentabilidade de fato. Tal círculo virtuoso pode ser assim sintetizado: a) As políticas das instituições públicas devem promover um contexto favorável para fazer com que as empresas possam competir pela busca e, ao mesmo tempo induzir aplicação de soluções inovadoras mais sustentáveis do que as praticadas até então; b) Ao difundir-se, a inovação ambiental praticada pelas empresas mais competitivas tende de fato a gerar novos pa drões de referência (isto é, mo
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dos de operar que tendem a tornar-se norma, se já no âmbito da oferta seja no da procura); c) A geração desse novos padrões de referência transformam de fato o contexto em que as em presas operam, gerando os pré-requisitos para a definição de políticas públicas novas e mais avançadas; d) O contexto, uma vez transformado por essas políticas públicas, torna-se o novo termo e potencial da competição entre as empresas. (MANZINI & VE ZZOLI, 2011)
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2 dESIGN
2.1 O Design no Brasil No início do século XX, os avanços tecnológicos facilitaram muito a impressão de imagens, inclusive as coloridas e cresceu o uso de ilustrações, devido à viabilidade de reproduzir originalmente desenhos feitos em papel. Na década de 1920, com a chegada do offset, a fotografia começa a ganhar espaço e suceder a hegemonia da ilustração principalmente nas mídias de grande difusão. Após a Segunda Guerra Mundial, ela se torna protagonista da linguagem gráfica e se consolida como sistema hegemônico de imagens impressas. Muitos foram os fatores que influenciaram nesse processo. Entre eles o entendimento do registro fotográfico como imagem fiel da realidade, pois satisfazia a demanda de um público cada vez exigente pelo realismo. Outro fator foi o avanço tecnológico que obrigou cada vez mais revistas e jornais a colocar a informação fotográfica em primeiro plano para não parecerem antiquadas aos olhos dos leitores. Nos anos 50 e 60, surgiram as primeiras escolas responsáveis pela formação de designers como como, por exemplo, a Escola Superior de Dese-
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nho Industrial (ESDI). Nesse mesmo período, surgiu também a primeira associação de profissionais de design — a Associação Brasileira de Desenhistas Industriais (ABDI). Durante essa época ocorre uma grande explosão criativa, influenciada pelo desembarque do design modernista no Brasil. Cada vez mais a produção global do design gráfico cresce e diversifica-se, tanto nas mídias de massa, como no setor empresarial e no campo da cultura. Já nas décadas de 70 e 80, o estímulo às exportações criou um terreno fértil para a expansão do design no país. A indústria começou a se interessar pelo assunto e surgiram, assim, os primeiros núcleos de apoio à inserção do tema no setor produtivo. O setor design passou a ser ampliado: multiplicaram os escritórios e departamentos internos voltados para o design nas indústrias. Na mesma época surgiram projetos de regulamentação da profissão; tiveram início novas associações e muitos eventos já ocorriam. A partir dos anos 90 a revolução digital teve impacto imediato no design gráfico, principalmente em relação ao uso de computadores pessoais. Uma das consequências é a disseminação de
softwares de design gráfico. A partir de 2000, a percepção da importância e a cultura do design passaram a ser mais disseminados na sociedade em geral. Atualmente, percebem-se uma conjunção de investimentos em políticas públicas de incentivo ao design, o surgimento de diversos concursos, exposições, livros, associações de classe, revistas especializadas, faculdades e cursos técnicos, os quais chegam a ter reconhecimento do design nacional em várias premiações internacionais.
ma positiva e não como algo imposto, obrigatório. Essa transformação deve ser entendida por todos como uma melhoria de vida. Se hoje o papel dos políticos e das instituições é gerar um ambiente favorável a sustentabilidade já para o designers e empresas implica a capacidade de idealizar orientações estratégicas possibilitando atividades e critérios que sustentem tão prática sustentável. Para considerar a criação de um projeto sustentável seguem passos a serem considerados:
2.2 Design e sustentabilidade
a) Mudar a perspectiva: mudar o foco nos processos ou seja nas atividades que são realizadas, pensar como ela pode se tornar sustentável por exemplo de atividade: atividade carro igual a mover-se pela cidade, atividade maquina de lavar, lavar roupa.
Segundo Manzini (2008) a mudança para se chegar à sustentabilidade será um processo de aprendizagem social no qual os seres deveram apreender gradualmente, a viver melhor consumindo menos e reestabelecendo a qualidade do ambiente, ou seja, do ecossistema global e dos contextos locais onde vivem. Será necessário diminuir o consumo dos recursos ambientais ou renovar e ainda encontrar uma maneira de se recompor os danos não ambiente físico e social. Esse processo devera ser de for-
b) Imaginar soluções alternativas: organizar diferentes formas para se aplicar em produtos e serviços de forma organizada os envolvidos no processo devem buscar resultados positivos a serem obtidos.
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c) Avaliar e comparar várias soluções alternativas: encontrar de forma adequada um conjunto de critérios para avaliar as alternativas identificadas nos quesitos convivência econômica, social e ambiental.
d) Desenvolver as soluções mais adequadas: implementar um processo que contenha dois importantes pontos: promover convergência ou seja um processo que descreva o comportamento de uma função a medida que o seu argumento é determinado entre as empresas e os envolvidos na realização da solução escolhida. e) Pensar em termos de soluções: pensar em formas de descartar os componentes e ou materiais usados no processo do projeto, no olhar social e ambiental esse ponto é muito importante. Conforme Manzini (2008) transformações de produtos devem ser orientados a soluções e ter um acompanhamento, pois nem sempre apenas a orientação é garantia para se ter sustentabilidade muito se depende das escolhas do design e como elas são adotadas.
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2.3 O que é design sustentável?
site BDEXPERT.COM é:
O consumo da sociedade atual resulta em um enorme impacto ambiental ao planeta Terra. Segundo a Revista EA - Educação Ambiental em Ação, o consumo excessivo é apontado como o maior responsável pelo aumento da degradação do meio ambiente. Quando se faz uma extração de recursos naturais mais do que se deveria, e isso não é revertido de alguma maneira, o resultado pode e está sendo catastrófico, por exemplo, as mudanças climáticas drásticas, o aumento do do nível do mar, chuvas ácidas e terremos. Estas tragédias estão se tornando cada vez mais frequentes. Para reverter essa situação, surgiu o Design Sustentável, que é o aglomerado de ferramentas, estratégias e conceitos que visam soluções para os problemas propostos sem esgotar o planeta / minimizando os efeitos, isto consiste em três pilares: Socialmente Equitativo, Ecologicamente Benéfico e Economicamente Viável. Sustentável é um termo originado do latim sustentare, que significa sustentar, defender, conservar e cuidar. O conceito de Design Sustentável segundo o
“O design sustentável, por sua vez, tem uma abordagem holística desde a extração de matéria prima até descarte, em um contexto industrial de produção massiva com uso de alta tecnologia nos processos ou materiais”
Usar o Design como ferramenta para projetar serviços ou produtos é defendida por especialistas e estudiosos da área que se preocupam com a sustentabilidade e por todos os que defendem o meio ambiente. Algumas vezes, o Design Sustentável é con fundido, ou interpretado como EcoDesign. O EcoDesign é constituído das seguintes diretrizes: ao realizar um projeto, você escolher as matérias primas que vão causar menos impacto ambiental, fontes de energias naturais, produtos com uma durabilidade maior e reaproveitamento após sua vida útil. Ambos possuem propósitos parecidos, entretanto suas aplicações, metodologias e conceitos os fazem ser diferentes. Existe uma gama infinita de fatores que são considerados na hora do projeto sustentável, como a forma que o produto é pensado, criado
e projetado; a embalagem deste; o transporte; a forma como o produto vai chegar na casa do consumidor; a venda; como será feita a reciclagem; descarte ou reutilização da embalagem usada, sempre tentando produzir o menor número de resíduos possíveis. O Ápice dessa visão ampla é a preocupação com as pessoas que fazem parte desse ciclo, o processo de criação, o transporte, a venda do produto. Afinal, esses serão os responsáveis pelo impacto ambiental, além de terem grande influência sobre o rumo de todos os processos do ciclo. Segundo Birkeland a importância dos designers nesse processo é: Segundo Birkeland (2002), os designers são potenciais agentes de mudança, as suas decisões podem impedir, alertar, orientar ou influenciar as decisões futuras dos outros. Os designers reconhecem que a inovação e a criatividade são ferramentas determinantes para conseguir descobertas e mudanças significativas nos produtos, sendo por isso candidatos óbvios para lidar com o ecodesign (Lofthouse et al., 1999). Para Burall (1996), o design tem o potencial para desempenhar um valioso papel no desenvolvimento de uma nova cultura sustentável.(MUÑOZ, 2009 p.2).
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O Design Sustentável busca que todos se conscientizem de que tudo é um ciclo infinito de uso, onde tudo que é criado hoje, pode e deve ser reutilizado amanhã, que desde o processo de criação, tudo deve ser pensado até depois do fim de sua vida útil, possibilitando seu retorno ao ciclo, tornando, assim, o mais rotativo possível.
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ANÁLISE DE CAMPO
3.1 Análise da Pesquisa A pesquisa de campo foi realizada a partir de dados obtidos, utilizando a ferramenta de pesquisa Google forms, no período de 17/09/2015 a 23/09/0015, totalizando uma semana. A divulgação do questionário quantitativo foi realizada via rede social e redes móveis, como Twitter e Whatsapp e outras formas de comunicação digital, e aberta ao público para que qualquer indivíduo tivesse a possibilidade de responder. No total, foram coletadas 101 respostas. Os dados obtidos pela pesquisa quantitativa ajudaram a identificar e delimitar melhor o público da ONG para que a elaboração das perguntas qualitativas fosse direcionada para a obtenção de dados mais eficientes e precisos. Os resultados majoritários indicaram que a grande maioria eram mulheres de 18 a 25 anos. A grande concentração das pessoas moram na Zona Sul e que o grande percentual ganha entre 1 e 2 salários mínimos e possuem ensino superior cursando. Os resultados identificaram a falta do conhecimento sobre ONG Banco de Alimentos, possibi-
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litando criar uma nova estratégia de comunicação e posicionamento de marca. Na pesquisa qualitativa, foi realizada uma entrevista com a responsável do setor de eventos da ONG Banco de Alimentos, para, assim, obter informações sobre como eles realizam o projeto, o que leva a ONG Banco de Alimentos a fazer esse trabalho e quais pessoas doam mais, físicas ou empresas. Foi aplicada a mesma pesquisa com outra ONG que também trabalha em prol ao acesso de alimentação adequada, o Prato Cheio, respondida pela gerente Geral. Ver perguntas e respostas no capítulo 4.
faixa etária
faixa salarial
conhece um banco de alimentos
80%
20%
não
sim
sexo grau de escolaridade
conhece a ong banco de alimentos 86% NÃO
14% SIM
FIGURA 1: Infográfico FONTE: feito pelos componentes do grupo
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4
entrevistas
4 ENTREVISTAS O combate ao desperdício de alimentos não é uma preocupação exclusiva da ONG Banco de Alimentes, outras ONGs também realizam projetos semelhantes. Dentre as principais, estão: a Prato Cheio e a Mesa Brasil, do SESC. Ambas desenvolvem o conceito de colheita urbana, ou seja, arrecadam alimentos que seriam desperdiçados e distribuem para instituições. Por mais que sejam marcas que atuam no mesmo projeto, não podem ser consideradas marcas concorrentes, pois segundo pesquisa qualidade realizada com a Banco de Alimentos e a Prato cheio, ambas trabalham em prol do acesso à alimentação adequada das pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social e, por muitas vezes, dividem parte das arrecadações. Seguem abaixo as pesquisas realizadas com a ONG Banco de Alimentos e Prato Cheio respectivamente: Entrevista realizada via e-mail no dia 07 de outubro de 2015 com a nutricionista e responsável por eventos na ONG Banco de Alimentos.
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Qual o diferencial do Banco de Alimentos? Qual benefício? R- É uma instituição que se preocupa com a diminuição da fome no mundo e também busca combater o desperdício alimentar. Diferencia-se em relação ao suporte que dá às instituições que atende, proporcionando conhecimento aos seus funcionários. Além de fornecer conhecimento ao público em geral, a partir de palestras e oficinas. O que leva o Banco de Alimentos a realizar esse projeto? R-Nossas ações procuram tratar, em conjunto, o problema da fome, ou melhor, das várias fomes, na sua origem, isto é, na forma em que a nossa sociedade está organizada e no grau de consciência dos indivíduos que a compõe. Trata-se de uma ideia única por praticar a sustentabilidade e envolver não só as questões nutricionais, como também a responsabilidade social, econômica e até política, visando uma mudança efetiva de nível de desenvolvimento econômico e social. O Banco de Alimentos só atende SP? R-Sim.
Como é a rotina de doação? Todos os dias? Por semana? R-A doação é feita diariamente, buscando atender às necessidades das instituições. Quem doa mais, pessoas físicas ou os parceiros (empresas)? R-A maior parte das doações são provenientes empresas, são excedentes de produção ou comercialização, produtos que perderam o poder de venda mas estão próprios para o consumo. Qual a relação do Banco de Alimentos com outras ONG’s do mesmo segmento? R-Temos uma relação de parceria estreita, dividindo doações e nos ajudando em prol do mesmo objetivo comum. Quantas toneladas de alimentos o Banco de Alimentos arrecadou em 2013 e 2014? R- 2013: 312.715,04 2014: 433.175,62 * Os dados de 2015 são de janeiro a agosto.
Entrevista realizada no dia 20 de outubro de 2015 com a gerente geral da ONG Prato Cheio. Qual a estratégia da marca para impactar o público? R-Promover a divulgação de informações econômicas e educacionais sobre o tema. Qual o diferencial da Prato Cheio? R-Acompanhamento diário de nutricionistas na entidades beneficiadas e qualificação profissional das cozinheiras. Qual benefício? R-Evitar o desperdício e completar a alimentação de pessoas que necessitam de alimentos e não têm acesso. O que leva a Prato Cheio a fazer esse projeto? R-Cumprir sua missão que é promover o acesso à alimentação adequada para pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social, através do combate ao desperdício de alimentos e da educação nutricional, contribuindo para o desenvolvimento socioambiental.
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A Prato Cheio só atende SP? R-Somente.
R-2013: 185 Toneladas 2014: 130 toneladas
Como é a rotina de doação? R-Motorista passa no ponto de coleta seleciona os alimentos e distribui nas entidades.
Qual a diferença entre Colheita Urbana e Bancos de Alimentos e em qual a Prato Cheio atua? R-A Colheita urbana tem como base a coleta de alimentos frescos de forma segura e seu posterior repasse, o banco de alimentos é um espaço físico onde são recebidos alimentos próprios para o consumo, mas que seriam desperdiçados em feiras, hortas, supermercados, Centrais de Abastecimento de Alimentos – as CEASAs, entre outros. A atuação da Prato Cheio está baseada no Programa Colheita Urbana, rciantes.
Todos os dias? Por semana? R-De segunda a sábado. A prato cheio busca os parceiros? R-Sim. Quem doa mais, pessoas físicas ou os parceiros (empresas)? R-A doação de alimentos é exclusiva para comerciantes. Qual a relação da Prato Cheio com outras ONG’s do mesmo segmento? R-Boa relação, quando há uma super doação elas são compartilhadas. Quantas toneladas de alimentos a prato cheio arrecadou em 2013 e 2014?
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BANCO DE ALIMENTOS
5.1 O que é a ONG Banco de Alimentos ? A ONG Banco de Alimentos foi fundada em 1998 a partir da pioneira iniciativa da economista Luciana C. Quintão. O Banco de Alimentos é uma associação civil que tem como objetivo minimizar os efeitos da fome e combater o desperdício de alimentos, permitindo, assim, que cada vez mais pessoas tenham acesso a alimentos básicos e de qualidade, em uma quantidade que seja suficiente para uma alimentação equilibrada e saudável. Todos os alimentos distribuídos são excedentes de comercializações, em perfeito estado para o consumo. A distribuição complementa a alimentação de todas as pessoas que são ajudadas pelas 42 instituições cadastradas no projeto, totalizando mais de 21 mil pessoas beneficiadas. A iniciativa representa a forma de um ciclo sustentável. São arrecadados os alimentos excedentes de produção e comercialização, diminui-se o acúmulo de lixo orgânico e o desperdício de alimentos para o consumo próprio, sendo assim complementam a alimentação de milhares de pessoas em situação de risco alimentar e social.
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Desta forma, há um favorecimento à inclusão social destes indivíduos por meios de estímulo ao desenvolvimento psicomotor e melhoria da saúde. Isso porque, além da ONG visar uma alimentação balanceada por meio de utilização de ações profiláticas e educativas voltadas às comunidades atendidas, eles só beneficiam instituições que possuem em seu programa ações de inclusão social. As ações procuram tratar em conjunto o problema da fome, das várias fomes, na sua origem, isto é, na forma em que a sociedade está organizada e no grau de consciência dos indivíduos que a compõe. A ONG acredita que todo ser humano é co-criador da realidade, e, portando cabe a nós mesmos promover a mudança que queremos ver no mundo. Trata-se de uma ideia única por ser sustentável em diversos quesitos, envolvendo questões de responsabilidade ambiental, social, nutricional e econômica. TITULAÇÕES UTILIDADE PÚBLICA FEDERAL, processo MJ nº 08015.013719/2002-23. Portaria nº 46 de 30 de 30 de Janeiro de 2003, publicada no DOU de
31/01/2003. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, protocolizada sob o nº 71010.008311/2008-10. Portaria nº 454 de 12 de julho de 2012. UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL, sob decreto nº 49.140/2008. CERTIFICADO DOS DIREITOS HUMANOS nº 70, sob decreto nº 45.655/02. CERTIFICADO DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL “COMAS”, sob certificado de inscrição nº 1361/2008.
5.2 a fundadora da ong banco de alimentos A fundadora e presidente Luciana Chinaglia Quintão nasceu no Rio de Janeiro, cursou Economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, é pós graduada pela Faculdade Federal do Rio de Janeiro em Administração. Estudou Antroposofia se formando em Biografia
Humana no período de 1997 e 2004. Mudou-se para São Paulo em 1998, e foi 1998 que fundou a ONG Banco de Alimento com recursos próprios. “O meu trabalho nasceu pelas minhas experiências, vivências e observações que me levaram à consciência de que somos responsáveis por tudo que está à nossa volta. Somos nós mesmos que, através de nossos atos, criamos a realidade dentro da nossa casa, dentro dos nossos relacionamentos, da nossa comunidade, cidade, país, continente e planeta. Somos todos um, tudo e todos estão relacionados. Não se trata mais só de mim ou você ou daquele outro: é a humanidade como um todo que está em questão. Ninguém deve mais se abster de sua responsabilidade individual de procurar entender e agir em relação à sua parte no processo de construção do ser humano pleno, da preservação da natureza e da vida. No meu entender, estamos vivendo num limiar. É uma época de tomada de consciência. É a quantidade e a qualidade das pessoas que tomarem consciência que darão a chance ao mundo de subsistir em paz dentro de um planeta preservado. Hoje em dia, não ter esta percepção já significa pactuar, mesmo que passivamente, com toda a destruição dos seres humanos e da natureza que vemos todos os dias. É uma questão
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de escolha, do amor pela vida”. Luciana C. Quintão (http://www.bancodealimentos.org.br/conheca-banco-de-alimentos/nossaequipe/) acesso em 13/09/15)
5.3 Relevância da marca Atualmente, o Banco de Alimentos é uma das principais ONGS do segmento de combate à fome e o desperdício de alimentos. De janeiro de 1999 até julho de 2015, o Banco de Alimentos recebeu 5.961.484,32 quilos de alimentos, assistidas pelas 42 instituições cadastradas no projeto, beneficiando mais de 21 mil pessoas, segundo dados da própria ONG. Em agosto de 2015, o Banco de Alimentos conquistou a ‘’Salva de Prata, premiação máxima do Prêmio Betinho de Democracia e Cidadania 2015, promovida pela Câmara Municipal de São Paulo. Este prêmio é concedido a organizações não governamentais que atuam em prol da cidadania, combate a fome, miséria e exclusão social. Nesses quase 17 anos de existência da ONG, foram inúmeras matérias e entrevistas concedidas aos mais diversos canais e portais online.
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Quando se busca sobre ‘’colheita urbana’’ ou ‘’combate ao desperdício de alimentos’’ na internet, quase todos os resultados levam ao site do Banco de Alimentos, mostrando o grau de importância e relevância que a mesma possui neste segmento.
5.4 Como o Banco de Alimentos trabalha ? A ONG Banco de Alimentos trabalha de três formas distintas e interligadas: a) Minimizando os efeitos da fome e combatendo o desperdício de alimentos por meio da colheita urbana; b) Promovendo ações educativas e profiláticas voltadas às comunidades atendidas, em convênio com faculdades de nutrição; c) Expandindo ações e conhecimentos para fora das áreas onde existe o problema concreto da fome, atingindo a sociedade como um todo, no sentido de promover uma mudança de padrão cultural, incentivando a ação certa para o fim da cultura do desperdício e para a promoção da ci-
dadania consciente. A ONG realiza esse trabalho como forma de retroalimentar as demais ações e conseguir alimentar mais de 21 mil pessoas todos os dias, então os orçamentos são feitos de acordo com necessidade e possibilidade de cada cliente. Não possui um local fixo para estas ações, eles contam com muitos parceiros que no caso de o contratante não tiver espaço, a ONG arruma e levar toda uma estrutura para atender da melhor forma possível. A ONG Trabalha com duas ações para que o trabalho de distribuição de alimentos e conscientização do desperdício trabalhem juntas. Colheita Urbana e Ação de conscientização do desperdício. 1ª Ação – Colheita Urbana A “Colheita Urbana” visa arrecadação e distribuição de alimentos que seriam desperdiçados, mas estão próprios para o consumo, para instituições sociais. É a ligação entre aqueles que dispõem de alimentos excedentes e as institu-ições sociais que trabalham com segmentos carentes da população. O lema é buscar onde sobra para entregar onde falta, ou seja, nós arrecadamos excedentes
de comercialização e/ou produção em sacolões, hortifrútis, supermercados, indústrias alimentícias, de panificação, doadores rurais do cinturão verde de São Paulo, entre outros locais, onde exista o desperdício. E direcionamos estes alimentos, que ainda estão próprios para o consumo, às pessoas de diferentes faixas etárias, institucionalizadas nas entidades atendidas na grande São Paulo. desperdício trabalhem juntas. Colheita Urbana e Ação de conscientização do desperdício. Desta forma a ONG facilita a ação social de empresas (de produção e distribuição) para colaborar com trabalhos e projetos sociais e combater o desperdício de alimentos, reduzindo, assim, o número de pessoas que passam fome no país. Além de contribuirmos para a preservação do meio ambiente, pois o lixo orgânico não tratado causa danos irreparáveis. A ONG faz a ponte entre onde sobra e onde falta alimento, ou seja, eles recolhem alimentos que ainda estão seguros para o consumo, mas perderam o valor de venda e que seriam jogados no lixo, e distribuem para instituições que necessitam destes alimentos para atender uma população em risco social e alimentar. Os motoristas da ONG passam arrecadando ali-
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mentos nos doadores e entregando nas instituições diariamente. Nada é estocado, ou seja, tudo o que é doado é repassado para fazer parte da alimentação das instituições atendidas no mesmo dia, facilitando o uso das doações e diminuindo o desperdício de alimentos. Desde Janeiro de 1999 até 2014, o Banco de Alimentos arrecadou na Grande São Paulo 5.719.11,52 quilos de alimentos, base para 53.400.163 de refeições complementadas, beneficiando mais de 21 mil pessoas (entre crianças, jovens, adultos e idosos) por dia, evitando um grande desperdício na Grande São Paulo. 2ª Ação de Conscientização Com intuito de fazer com que os alimentos doados sejam aproveitados da maneira mais eficiente possível, a ONG ministra oficinas culinárias mensalmente às instituições atendidas. Nos encontros mensais representantes das instituições são convidados a participar de uma palestra sobre temas diversos relacionados à alimentação e nutrição, seguida por uma dinâmica oficina de preparo de alimentos saudáveis e sustentáveis com foco no aproveitamento integral
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dos alimentos. Esses representantes serão multiplicadores da informação na instituição e em sua comunidade. Dessa forma a ONG garante que o alimento doado se torne uma refeição balanceada aos institucionalizados, além de ensinar formas sustentáveis de preparar as receitas.
5.4.1 Doações A ONG arrecada doações por diversos meios, sendo eles: a) Carros da Alegria – A ONG tinha uma grande parceria com uma empresa privada, mas infelizmente perdeu essa parceria e agora arrecada doações para pagar os furgões que buscam os alimentos. b) Campanha 9 Você Pode - Pessoa física ou jurídica pode doar valores múltiplos de R$ 9,00. c) Doação Única – Para a pessoa que quer doar uma única vez, qualquer valor. d) Parcerias corporativas - Eles mantêm diversas parcerias com empresa. Ver o anexo X.
e) Voluntários – Quaisquer pessoas que queira ser voluntário da ONG é só preencher um cadastro no site com os dados e esperar o retorno.
h) Doação de alimentos – Basta preencher um cadastro no site dizendo quais alimentos e a validade, que os carros da ONG vão retirar o alimento.
f) Nota Fiscal Paulista – Uma das mais novas campanhas é a NOTA FISCAL PAULISTA. A ONG está cadastrada na Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social – SEADS – sob no. 6774/2009, e pode se beneficiar dos créditos de ICMS gerados pelas Notas Fiscais doadas. Basta somente que consigamos angariar notas fiscais sem a identificação do CPF ou CNPJ. Eles mobilizam clientes a doarem suas notas fiscais, sem CPF. A ação seria através do site ou aplicativo instalado no seu celular, onde as notas do mês anterior seriam revertidas em doações para a ONG Banco de Alimentos. Ver anexo X de empresas parceiras.
i) Oficina de Ideias - A ONG tem uma loja no complexo shopping Tatuapé onde são ministrados palestras e cursos de reaproveitamento a R$ 1,00 e são vendidos os produtos da ONG, como camisetas, livros, aventais e etc.
g) Urna Nota Fiscal - A ONG possui urnas para as pessoas depositarem as notas fiscai. Caso tenha interesse a ONG deixa uma urna no seu estabelecimento para que os clientes possam doar as notas fiscais.
5.5 O desenvolvimento e a produção de alimentos Os alimentos são essenciais para a saúde dos indivíduos e das comunidades. Para sobreviver, o homem tem necessidade de alimentos e água, em quantidade suficiente para supri-lo dos nutrientes essenciais. A fim de preservar sua saúde, é necessário também que os produtos alimentícios consumidos sejam de qualidade, de forma a evitar doenças transmitidas por alimentos. A educação voltada para as questões que envolvem os alimentos, desenvolvida por meio de campanhas educativas ou ações de ensino for-
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mal, pode contribuir para a melhor qualidade de vida das populações. Por sua vez, os alimentos, ou a sua produção e comercialização, representam um fator estratégico do ponto de vista econômico, sobretudo para países como o Brasil, que possui um extenso território com diversidade climática e propício ao desenvolvimento de agricultura e pecuária bastante variadas. A principal consequência para a sociedade, causada pelo desenvolvimento industrial, foi a migração do homem do campo para a cidade, em busca de melhores oportunidades. Dois fatos ocorreram com essa migração. Primeiro o aumento da concentração de pessoas nas áreas urbanas e segundo a crescente demanda por alimentos. O impacto inevitável resultou no crescimento da cadeira alimentar e em todas as implicações decorrentes, principalmente as relacionadas com a segurança alimentar (GERMANO, 2009).
5.6 Reaproveitamento e desperdício de alimentos 60
Atualmente, o consumo e desperdício irresponsável dos alimentos produzidos e consumidos pela população mundial vêm gerando uma escassez de alimentos e a uma degradação ao meio ambiente. “O desperdício de alimentos responde por emissões de 3,3 gigas toneladas de dióxido de carbono e por um consumo de água equivalente a três vezes o volume do Lago Genebra, intensificando os danos à biodiversidade causados pelo cultivo de uma única cultura.” (http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fao-associa-desperdicio-a-escassez-de-alimentos,164417e).
Um terço de todos os alimentos produzidos hoje no mundo é desperdiçado, de acordo com a FAO, sigla em inglês para Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Segundo a FAO, a crescente população mundial poderia ser alimentada se um terço dos alimentos produzidos não fosse desperdiçado. Atualmente 795 milhões de pessoas passam fome no mundo inteiro, sendo que os países africanos ainda são os que mais sofrem com a escassez de alimentos, provocada
principalmente pelo manuseio após colheita. A atividade agrícola na América Latina é a mais ineficiente em comparação com outras regiões do mundo, enquanto os consumidores da Europa e da América do Norte foram apontados como os que mais desperdiçam alimentos. A Ásia industrializada é a região que mais contribui para o desperdício de alimentos e a emissão de carbono, envolvendo a produção de itens não consumidos. A Europa responde por 16% de cada, enquanto América do Norte e Oceania representam 9% de cada. A entidade informou que a agricultura é responsável por cerca de um terço do desperdício de alimen tos e os consumidores são culpados por quase 40% do excesso de emissões de carbono, de acordo com relatórios da FAO¹. 54% dos alimentos que vão parar no lixo são perdidos ainda durante o processo de produção, no manuseio e armazenamento após a colheita. Os outros 46% são desperdiçados nas etapas de distribuição e consumo. Não apenas trazendo preocupações ambientais, o desperdício de
alimentos e práticas de produção inapropriada vêm gerando perdas financeiras enormes. Cerca de US$ 750 bilhões são gastos anualmente, estima a Organização. O Brasil está entre os maiores produtores agrícolas do mundo. Estima-se que haja uma perda de pelo menos 26,3 milhões de toneladas de alimentos por ano, dos quais os mais altos níveis de desperdício de alimentos ocorrem no preparo e armazenamento em domicílio, restaurantes e cozinhas industriais. Esses números não contabilizam as perdas referentes à colheita, o que o torna um dos maiores países que contribuem para o desperdício de alimentos. Segundo engenheiro agrônomo da Embrapa Indústria de Alimentos, Murilo Freire: “O desperdício ocorre quando o alimento produzido é jogado fora, ou seja, ele não chega a quem necessita, é o caso dos frutos feios, que não são padronizados nem têm um apelo de venda comercial elevado, mas têm as proteínas, vitaminas e sais minerais de um
1http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fao-associa-desperdicio-a-escassez-de-alimentos,164417e
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produto normal. Esse é o desperdício. São alimentos produzidos, mas não usados” (http://agenciabrasil. ebc.com.br/economia/noticia/2015-04/domingo-editada-fao-quer-reduzir-perdas-de-alimentos-no-brasil).
O total de toneladas de alimentos desperdiçados pelo Brasil anualmente seria suficiente para alimentar cerca de 35 milhões de pessoas. São aproxidamente R$ 12 bilhões em alimentos jogados no lixo por ano o que daria para alimentar cerca de 30 milhões de pessoas.
páginas do site são dessa forma, o que não gera um fluxo de navegação agradável ao usuário. FIGURA 2: Logotipo ONG Banco de Alimentos FONTE: http://www.bancodealimentos.org.br
b) Produtos loja online: no site são comercializados alguns modelos de camisetas. O tênis e os óculos fazem menção às cores e à textura da melancia, mas, de maneira geral, não representam a essência e o trabalho da ONG.
5.7 Comunicação Atual a) Logotipo: hoje há problemas de padrão de aplicação da marca. O logotipo atual, a melancia se sobressai com relação à tipografia, se ele for reduzido à melancia ira permanecer maior e não teremos leitura na sua tipografia e na tagline: Invista nessa ideia, evite o desperdício.
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FIGURA 4: Avental ONG Banco de Alimentos FONTE: http://www.bancodealimentos.org.br
FIGURA 3: Logotipo ONG Banco de Alimentos FONTE: http://www.bancodealimentos.org.br
C) Site: no site atual, o logo é aplicado em sua forma reduzida dificultando sua leitura. No menu principal, situado na parte superior da página têm algumas informações de navegação, logo abaixo no segundo menu de navegação, ficam as informações de: Transparência, Nossa equipe, Impressa, Desperdício de alimentos, Oficina de ideias e Contato, ao lado direito e ao lado inferior da página essas infor mações são repetidas, que levam a um mesmo destino. De maneira geral as
FIGURA 5: Site ONG Banco de Alimentos FONTE: http://www.bancodealimentos.org.br
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REPOSICIONAMENTO DE MARCA
6.1 Definições de marca A marca possui três propósitos: o primeiro, o que é: nome, termo, signo, símbolo ou design; o segundo, sua função, ou para o que serve: identificar e distinguir, descrevendo e dando significado; o terceiro, os resultados: diferenciá-la para que o consumidor e demais públicos tenham uma razão para preferi-la em relação a suas concorrentes. A marca pode ainda ser composta por nomes, palavras, expressões, monogramas, emblemas, figuras, desenhos, rótulos. Pode ser nominal, emblemática ou figurativa, única ou combinada. Mas não se limita apenas a isso: a marca sintetiza as características, atributos correspondentes a promessas de benefícios e ainda por associações primárias e secundarias de produtos, serviços, locais, personagens, entre outros. A administração de marcas está gradualmente sendo popularizada como branding. Branding pode ser entendido como o processo de gestão da marca em suas relações com o consumidor e demais públicos de uma empresa, fortalecendo-a e valorizando-a como um diferencial competitivo (TAVARES, 2008).
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6.2 Conceito de branding e brand equity Usando como raiz a palavra inglesa para marca, brand, chega-se facilmente ao conceito de branding. Segundo Sampaio (2002), a palavra em si designa tanto o conceito de marca quanto o de gestão de marcas. Com o aumento da importância do conceito de marca e de gestão de marcas que aconteceu nos últimos anos, alguns autores passaram a empregar a mesma expressão para designar as tarefas voltadas para os processos de desenvolvimento, criação, lançamento, fortalecimento, reciclagem e expansão de marcas (SAMPAIO, 2002). “Branding é o conjunto de ações ligadas à administração das marca. São ações que, tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas além da sua natureza econômica, passando a fazer parte da cultura, e influenciar a vida das pessoas. Ações com a capacidade de simplificar e enriquecer nossas vias num mundo cada vez mais confuso e complexo.” (MARTINS, 2006, p. 08).
O brand equity é um conjunto de ativos e passivos ligados a uma marca, seu nome e seu símbolo, que se somam ou subtraem do valor proporcionado por um produto ou serviço para uma empresa ou para os consumidores dela. Para que certos ativos e passivos determinem o brand equity, eles devem estar ligados ao nome ou símbolo da marca. Se o nome da marca ou seu símbolo for mudado, alguns, ou todos ao ativos ou passivos poderão ser afetados, e mesmo perdidos, embora parte deles possam ser desviados para um novo nome e símbolo. Os ativos e passivos nos quais o brand equity se baseiam vão diferir de contexto a contexto. Contudo, podem, de forma prática, ser agrupados em categorias: a) Lealdade à marca; b) Conhecimento do nome; c) Qualidade percebida; d) Associações à marca em acréscimo à qualidade percebida; e) Outros ativos do proprietário da marca – patentes, trademarks, relações com os canais de distribuição etc. (AAKER,1998).
6.3 Revitalização da marca O que fazer se o brand equity da marca estagnou? No processo para revitalizar uma marca o alvo não deve ser apenas gerar níveis de vendas mas será necessário planejar melhorias freqüentes para o aumento da qualidade percebida pelo público, ou seja mudança de associações em uma base de consumidores ou aumento de lealdade. O processo de revitalização de uma marca é menos arriscada que lançar uma nova marca, pois pode custar dezenas de milhões e que tem maior possibilidade de não alcançar o êxito do que ser bem-sucedida. Segundo Martins (2006) não existe um tempo seja determinado para se fazer um repocisionamento na marca ou qualquer alteração na identidade visual. A revitalização de uma a marca pode ser conseqüência de fatores internos ou externos que estão ligados à empresa. Os fatores internos podem estar ligados a mudanças e na diversificação do negocio ou seja se houver alguma mudança de estratégia ou uma fusão entre empresas, será necessário rever o posicionamento atual, outro ponto pode
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ser o fato de quando não existi um profissional ou um setor que faça a auditoria e aplicações da identidade, assim a marca fica em unidade e consistência. Já os fatores externos estão ligados no que se diz respeito ao mercado e as mudanças constantes que acontecem novos concorrentes aparecerem ou lançamento de serviços e produtos novos podem influenciar no atual posicionamento da marca, será necessário encontrar estratégias para entregar um diferencial ou plano de comunicação para combater tais ações externas que são incontroláveis (MARTINS, 2006). Segue abaixo detalhamento dos fatores: a) Fatores internos Amadorismo: como citado anteriormente a falta de um setor ou profissional para desempenhar o papel de guardião da marca faz toda a diferença, as primeiras identidades visuais das marcas eram criadas pelos donos ou pelos próprios profissionais internos, sem passar pelas mãos de um designer ou profissional qualificado. Esse nome é a chamado de “marca caseira”. Então no momento que elas alcançam visiblidade no mercado e visibilidade na percepção do consumidor as
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empresas tendem a repensar na credibilidade e que ela pode passar a partir disso. O problema encontrado pelas empresas passam a ser de problemas técnicos como as legibilidade a falta de refinamento no logo e peças, a dificuldade de aplicar as mesmas, redução limitada e máxima entre outros. b) Fatores externos Reposicionamento: É necessário mudar a percepção dos consumidores com relação a marca ou seja suas associações e aumento de interesse com relação a concorrência devem ser levados em consideração. O reposicionamento de uma marca está ligado aos fatores mercadológicos ou mudanças no ambiente econômico, no comportamento do consumidor, nas tendências entre outros. O deve ser levado como uma regra uma imposição reposicionar a marca diante a esses pontos, mas sua mudança pode reforçar essas mudanças no ambiente. Estética ultrapassada: Quando uma marca se encontra envelhecida ou seja foi criada a um bom tempo o que tinha relevância na época como formas e tipografias em um determinado momento pode não fazer mais
sentido, por estar envelhecida perante ao mercado e aos concorrentes, então se faz necessário pensar uma estratégia uma mudança para manter a marca forte no mercado e então entrar em declínio.
6.4 Identidade Corporativa Segundo Martins (2006) O nome de uma marca pode parecer exclusivo, mas de fato ele só existe se representado por sinal gráfico, tipografia que possa ser percebido e reconhecido pelos consumidores. Tanto em relação a serviço como em produto ou pelos investimentos massivos em comunicação em algum momento a marca ganha destaque e relevância e passa ser reconhecida. O ponto é que todas as empresas precisam dar aos consumidores sinais gráficos que garantam um sentimento de propriedade ou referência. Os sinais de identificação de uma empresa para outra não são iguais, elas criam caraterísticas para se diferenciar. Tecnologia, prestígio, qualidade, sobriedade, qualidade, masculino, feminino são alguns exemplos e postas sobre as empresas, produtos ou serviços que podem ser re-
veladas ou escondidas pela identidade gráfica. Porém, a identidade corporativa de uma empresa não se prende a um nome, logo, elementos gráficos, tudo deve estar unificado para assim formar o que chamamos de identidade corporativa: ética, responsabilidade social e ecológica, dentre outros valores e fatores. Os serviços, produtos o atendimento pessoas e e produção fazer parte do sistema de comunicação que é percebido pelos consumidores em experiência com a marca isso pode faze-lo escolher sim ou não a marca. Quando uma marca é levada a enfrentar uma situação de crise elas são frequentemente levadas agravarem seus enganos, por exemplo, estendendo a marca, realizando mudanças plásticas nas embalagens ou logotipos, deixar de lado a estratégia do negocio ou produto e serviço. A identidade corporativa pode ser expressa no nome, símbolo, cor dos quais as organizações se utilizam para se diferenciarem entre si mesma ou sua diferença com direção às necessidade dos seus públicos. Apesar do branding ser importante para as marcas ainda são raras as empresas que conseguem se diferenciar materialmente perante aos concor-
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rentes. Muitas empresas perceberam a complexidade do branding no entanto elas se encontram na encruzilhada na parte de transformação primeiro focam no estético da marca. É um posso importante, porém é necessário pensar como a marca quer ser vista perante ao mercado com o transformar a história dessa marca e recoloca-la na frente da competitividade (MARTINS, 2006).
6.5 Internet Branding Para Martins (2006), desde que a população brasileira começou a se interessar por internet já foram criados mais de 500 mil websites para um público de quase quinze milhões de internautas, das classes A e B, situadas principalmente dos grandes centros do país. As primeiras “páginas” de internet foram os “sites institucionais”, eles representam o portfólio em papel, contando a história da empresa, o currículo dos colaboradores e ou donos, apresentação dos produtos, serviços. Porém, mesmo com um mercado em constante evolução existe ainda no Brasil a cultura de que os
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websites são veículos de mídia, úteis apenas para divulgar a imagem e currículo das empresas. Internet não é apenas mais um canal, pois é uma oportunidade de reinventar e reposicionar empresas e assim dada a sua base de criação de relacionamento com os consumidores. A indústria como um todo esta cada vez mais interessada em usar o marketing para relacionamento, ou marketing customizado assim fazer anúncios. (MARTINS,2006) Para se criar um website é necessário executar os mesmos procedimentos que se é adotado o quando se pensa em criar nomes, produtos, embalagens. Segue abaixo passos para a construção de um site: a) Passo um: ao se iniciar o processo de criação de um site deve se pensar em todas as possíveis formas de comunica-lo. Deve-se levar em consideração que ele não pode ser um “portfólio eletrônico” e mostrar apenas a melhores coisas que a marca já fez. Ele deve ser posicionar como um website de criação. Deve-se observar a concorrência e entender como ele se comunica, de forma geral as empresas estão enterradas em mostrar apenas cases e tentar parecer moderna bem distante do que o visitante e pesquisador
procura. O primeiro objetivo é apresentar o site como um serviço ao público, entregando as pesquisas, experiências e conhecimentos sobre o tema procurado. b) Passo dois: pra se criar a uma plataforma de branding é muito importante que os visitantes percebessem que por mais que estejam em um meio de comunicação digital eles se sintam atendidos por pessoas. Muito importante que seja visível e percebido que o site possui um responsável, um técnico, que se expõe através de ideias, sem receio de inspirar eficiência. c) Passo três: após a escolha de posicionamento se inicia a construção técnica do site, com raf’s, rascunhos do projeto do qual deverá ser de fácil compreensão dos visitantes, proporcionando um fluxo de navegação rápido e de fácil entendimento aos usuários, sem conter informações repetidas. d) Passo quatro: a construção do site começa com o posicionamento da marca segundo os raf’s e o roteiro que já foi embelecido. Todos os serviços devem ser descritos e explicados em
cada página do site e em cada link que se clica, conforme a navegação do usurário, assim ele pode conhecer um pouco mais sobre o assunto se for do seu interesse. Facilitar e melhorar o tempo de experiência de navegação do usuário é um ponto importante do projeto. e) Passo cinco: no que se diz a respeito a arquitetura e texto da página deve-se ter calma e cuidado. Deve-se prever as reações dos usuários na navegação de cada página e de cada serviço descrito, o intuito é que ele conheça o serviço e vá pesquisando mais sobre a marca vá levando a outra página e assim por diante. f) Passo seis: é necessário ter arquivos de alta qualidade e resolução, para encaixar nos espaços reservados e correspondestes estudados nos rascunhos, cada serviço deve ser escrito conforme planejamento inicial. As páginas devem seguir um padrão de identidade gráfica, assim como na papelaria e outros elementos gráficos existentes da marca, mantendo as unidade. g) Passo sete: ao final do posicionamento da marca,
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produtos e serviços o material deve ser entre gue a equipe de produção de web para refinar o processo incluindo efeitos digitais e se for o caso animações com flash, não se pode exagerar no efeito, pois pode retardar o carregamento da página (MARTINS,2006).
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STUDIO A3B
Somos o Studio A3B, especializado em Branding e reposicionamento da Marca. Nossos serviços são: Branding, criação e desenvolvimento de Hotsite, aplicativos, campanhas publicitárias, reposicionamento de Marca, sempre visando qualidade e inovação em nossos projetos.
7.2 missão Nossa missão é ser reconhecido como o melhor Studio, quando se pensa em criação, desenvolvimento e reposicionamento de Marca.
7.3 visão Nossa visão é ganhar o primeiro Leo no festival de Cannes Lion, por meio de soluções inovadoras e criativas, nos próximos cinco anos.
7.4 valores Os Valores valores do Studio A3B são:
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a) Sustentabilidade b) Transparência c) Criatividade
estudos dos melhores meios, veículos, volumes, formatos e posições para veicular as mensagens publicitárias.
7.5 personalidade
7.7 logotipo
A personalidade do Studio A3B é: a) Jovem b) Criativa c) Dinâmica d) Despojada
FIGURA 7: Logotipo A3B Comunicação & Branding Criado por integrantes do grupo
7.6 equipe Atendimento: Bruno Schiavinato, responsável pela ligação entre cliente e agência, por trazer todas as informações (briefing) do cliente. Planejamento: Andréia Marcolino, responsável pelos planos de Marketing, Comunicação e Financeiro. Criação: André Maimoni, responsável pela elaboração das ideias das campanhas (anúncios impressos, filmes para televisão, etc). Mídia: Andressa Caroline, responsável por pelo
FIGURA 6: Logotipo A3B Comunicação & Branding Criado por integrantes do grupo
a) Área de proteção: para garantir uma boa leitura e que nenhum outro elemento invada o logo, foi criada uma margem de segurança. A medida da margem é de 1cm de distância do logo, esse tamanho varia de acordo com a proporção do logo.
b) Redução do logotipo: a redução máxima do logotipo para que se obtenha uma boa visualização sem perder a identidade é de 2,956x2,08 cm. Nessa medida, o logo não perde a visibilidade.
2,08cm
7.1 Quem somos
2,096cm FIGURA 8: Logotipo A3B Comunicação & Branding Criado por integrantes do grupo
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7.7.1 Versões do logotipo e aplicações
b) Versão positiva: aplicada em fundos muito coloridos para manter a identidade visual da marca.
7.7.2 Cores As cores do logo são: laranja e amarelo. Laranja é uma cor exótica e penetrante e o amarelo que representa o otimismo, o ouro (HELLER,2000). Ou seja, o Studio A3B almeja criar e desenvolver campanhas que sejam penetrantes para conquistar o ouro nas premiações.
a) Versões de aplicações: o logotipo possui duas versões, preto com azul e preto com vermelho. Dependendo do projeto e do background serão aplicadas essas versões.
FIGURA 10: Logotipo A3B Comunicação & Branding Criado por integrantes do grupo
c) Versão negativa: aplicada em fundos escuros.
C M Y K
0 21 100 0
R 255 G 201 B 6 #FFC906
C M Y K
6 75 90 0
R 228 G 99 B 51
7.7.3 Tipografia FIGURA 9: Logotipo A3B Comunicação & Branding Criado por integrantes do grupo
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A base do logo foi construiída com a fonte Bebas Neue Regular. Foi usado o número 3 para criar a letra A e letra B.
7.8 PAPELARIA a) Papel timbrado
#E46333
FIGURA 12: Papel Timbrado A3B Criado por integrantes do grupo
FIGURA 11: Logotipo A3B Comunicação & Branding Criado por integrantes do grupo
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b) Cart達o de visitas
FIGURA 13: Cart達o de visita A3B Criado por integrantes do grupo
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8 briefing
Briefing em uma frase
Público
O que precisamos fazer ?
Praça | Cidade
Reposicionar a marca ONG Banco de Alimentos, para ganhar mais visibilidade.
Mulheres de 18 a 25 anos. Zona Sul.
Criar nova comunicação e campanha fazendo com que a ONG fique mais conhecida.
São Paulo Capital.
Histórico de outras campanhas |produtos da marca Logo atual da ONG Banco de Alimentos se baseia em uma melancia assim como demais peças e produtos, possuem as cores do logo.
Objetivo e metas de comunicação Fazer com que as pessoas escolham a ONG Banco de Alimentos para fazer doações e empresas se tornem parceiros.
Diferenciais| porque acreditar no argumento? A ONG Banco de Alimentos se preocupa com a diminuição da fome no mundo e também busca combater o desperdício alimentar. Diferencia-se em relação ao suporte que dá para as instituições em que atende, proporcionando conhecimento aos seus funcionários.
Quais peças devem ser criadas ? - Novo Logotipo - Campanha - Site - Peças para mídia online - Peças para mídia externa - Novo layout nos produtos existentes e criar novos produtos.
Investimento R$ 120.000,00
Período de veiculação Período da Campanha A partir de janeiro de 2016.
Informações importantes ou adicionais A comunicação criada deve ter espaço reservado para as empresas que apoiaram a campanha.
FIGURA 14: Logotipo ONG Banco de Alimentos e Avental FONTE: http://www.bancodealimentos.org.br
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PROJETO GRテ:ICO
9.1 Painel semântico
9.2 logotipo A construção do logotipo é baseada nos conceitos do painel semântico. Atitude e colaboração estão nas curvas da fonte, que representam o trajeto de retirar os alimentos que são doados e entregar às instituições. A folha aplicada na letra “o” é para dar consistência ao projeto. Ela representa a sustentabilidade e que a ONG defende que tudo pode ser 100% reaproveitado. As cores representam alimentos saudáveis: frutas, legumes e verduras.
Refere-se a uma espécie de quadro de referências visuais para determinar aspectos do projeto, tais como cores, formas, texturas e conceitos.
FIGURA 16: Logotipo ONG Banco de Alimentos Criado por integrantes do grupo
9.2.1 rafes FIGURA 17: Rafes Logotipo Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 15: Painel Semântico Criado por integrantes do grupo
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9.2.2 Versões do logotipo e aplicações
c) Geometria Orgânica
a) Versão positiva: aplicada em fundos coloridos para manter a identidade visual da marca.
d) Ampliação e redução: não há um limite máximo de ampliação, desde que seja o arquivo em vetor para não ficar pixelado. Já a redução limita-se a 4,35x1,5 cm para que tenha uma boa leitura, mesmo reduzido, caso ultrapasse essa medida, o logo perdera leitura. 1,5cm 4,35cm
FIGURA 18: Versão positiva logo ONG Criado por integrantes do grupo
b) Versão negativa: aplicada em fundos escuros.
d) Área de proteção: São estabelecidas as relações de proporção entre o quadrado de dimensão “X” com as demais formas, o que facilita a aplicação manual. Onde “X” é a dimensão de uma vez a letra “a” que é utilizada para encontrar os valores para delimitar a área de segurança.
FIGURA 21: Redução Logo ONG Criado por integrantes do grupo
9.2.3 Restrições de aplicações São proibidas quaisquer alterações nas cores institucionais, inclinação e/ou distorção que possam afetar a o logo.
FIGURA 22: Usos incorretos Logo ONG Criado por integrantes do grupo FIGURA 19: Versão negativa logo ONG Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 20: Area de proteção Criado por integrantes do grupo
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9.2.4 Cores
9.2.5 Tipografia
Para o desenvolvimento do logo foram utilizadas duas cores, sendo elas laranja e verde, ambas com variações, ou seja, foi utilizado dois tons de laranja, que é uma cor penetrante, e dois tons de verde que significam esperança e fertilidade.
A fonte aplicada no logo é a fonte Zag, que não é densa e nem estreita, transmite equilíbrio.
C M Y K
0 30 72 0
C M Y K
7 85 100 1
R 220 G 75 B 37
C M Y K
50 0 100 36
R 94 G 139 B 41
C M Y K
50 0 100 0
R 140 G 198 B 62 #8CC63E
R 252 G 285 B 95
cia ao projeto. A curva da folha também é utilizada como elemento de apoio. A folha do logopode ser usada para assinar campanhas ou aplicação em alguma peça, a cor varia de acordo com a paleta de cores.
Exemplo:
#FC95F
A folha cortada na horizontal é usada para aplicar fotos e ficar com a forma do elemento. #DC4B25
A curva da folha cortada na parte inferior é para aplicação de patterns para ser usada em campanhas e peças.
FIGURA 23: Tipografia Zag Bold na folha Criado por integrantes do grupo
por Fontfabric, Svetoslav Simov. #5E8B29
9.3 ELEMENTOS DO PROJETO O principal elemento gráfico de apoio é a folha usada no logo. A folha é usada para dar consistên-
FIGURA 24: Elementos de apoio Criado por integrantes do grupo
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9.3.1 Paletas de cores
9.3.2 Patterns
9.3.3 Tipografia complementar
A paleta de cores foi desenvolvida com base nas frutas e legumes, deixando a paleta alegre para fazer menção à felicidade das pessoas que são beneficiadas pela ONG. Possui duas versões: a clara e a escura, as mesmas cores, porém, com dois tons para haver variedade de opções.
Os patterns foram desenvolvidos a partir da paleta de cores com combinações com frutas. As frutas utilizadas foram: melancia, banana, uva, abacate e laranja. Deixando, assim, a comunicação da ONG mais viva.
Em todo o projeto utilizamos mais 3 tipografias, sendo elas:
C M Y K
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75 100 0 0
C M Y K
90 30 95 30
C M Y K
90 30 95 30
C M Y K
C M Y K
0 75 100 0
C M Y K
0 100 100 0
C M Y K
47 75 0 0
C M Y K
50 0 100 0
R 241 G 101 B 33
R 237 G 28 B 36
R 146 G 91 B 165
R 140 G 198 B 62
#F16521
#ED1C24
#25BA5
#8CC63E
Helvetica 35 thin ABCDEFGHIJKLMOPQRSTUWYXZ 0123456789 por: Linotype
0 0 100 0
R 101 G 44 B 11
R 0 G 103 B 56
R 0 G 103 B 56
R 255 G 241 B 0
#652c90
#006738
#006738
#FFF100
C M Y K
42 0 20 0
C M Y K
2 0 62 0
C M Y K
0 35 85 0
C M Y K
Helvetica Neue ABCDEFGHIJKLMOPQRSTUWYXZ 0123456789 por: Linotype
0 82 53 0
R 144 G 211 B 208
R 253 G 242 B 129
R 251 G 175 B 63
R 240 G 86 B 98
#90D3DO
#FDF281
#FBAF3F
#F05662
Bebas Neue ABCDEFGHIJKLMOPQRSTUWYXZ 0123456789 POR: por Ryoich Tsunekawa, Dharma Type Foundry
9.4 APLICAÇÕES DA MARCA Exemplos de aplicações da marca ONG Banco de Alimentos. FIGURA 25: Patterns Criado por integrantes do grupo
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9.4.1 Papelaria Os produtos utilizados na papelaria serão os cartões de visita, papéis timbrados, envelopes, CD’S, canetas, protetores de tela.
Para aumentar o conhecimento da marca, os furgões que fazem as coletas e entregas dos alimentos doados terão a aplicação de adesivos em toda sua estrutura. Ver imagens no capítulo 11.
9.4.3 Mídia digital Esta mídia será totalmente reformulada na nova comunicação, que consistirá no novo layout do site (com uma linguagem “one page”, que facilita a experiência de navegação), do aplicativo (ficará mais prático e com melhor navegação), maior interatividade nas redes sócias – Facebook, Twitter e Instagram. Ver imagens no capítulo 11.
9.4.4 Mídia externa FIGURA 26: Papelaria Criado por integrantes do grupo
9.4.2 Furgão refrigerado 98
Será realizada por meio da contribuição de parceiros da ONG, que poderão participar mediante cotas de patrocínio, desde as que possuem mais visibilidade, até as mais simples. As mídias que serão utilizadas serão os outdoors, abrigos de ônibus e totens luminosos em pontos estratégicos.
Ver imagens no capítulo 11.
9.5 PRODUTOS Para ajudar na manutenção da marca da ONG, será reformulado o layout dos produtos comercializados na loja online, que está localizada no site. Os produtos vendidos serão camisetas, aventais, ecobags, e copos acrílicos com canudo e todos terão a identidade da marca com layout proveniente dos patterns. Ver imagens no capítulo 11.
9.6 SITE
a) Home: a página principal, onde ficarão as principais informações da ONG e o menu de navegação. b) Conheça: página que explica como a ONG trabalha. c) Colabore: página que explica as formas que podem ser realizadas as doações e como se tornar voluntário. d) Loja online: página com os produtos que a ONG vende para ajudar nas arrecadações de doações. e) Contato: página com as informações de localização e contato e como o usuário podeenviar dúvidas em relação ao trabalho da ONG.
Hoje em dia, a internet é um meio de comunicação eficaz e rápido. Quando é necessário buscar dados e informações sobre uma empresa, o site é o destino de muitos usuários na internet. O novo site da ONG Banco de Alimentos foi reestruturado no formato “one page” (página única), que é um formato que consolida em uma única página o panorama de forma compacta, simplificando a visão dos resultados. O site será composto pelas páginas:
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PLANO DE marketing
10.1 MACRO AMBIENTE A ONG Banco de Alimentos precisa de um reposicionamento de marca para ganhar visibilidade no mercado, ou seja, o design como estratégia e valorização de práticas sustentáveis. Fatores demográficos: Segundo pesquisa realizada pelo IBGE em 2013, divulgada pelo site G11, houve um crescimento no numero de solteiros no pais, cerca de 49,2% em 2013. A pesquisa realizada em 20102 revelou que 10% dos domicílios brasileiros (cerca de 56 milhões), são habitados por apenas uma pessoa. Em São Paulo, estado que detém o maior numero de pessoas morando sozinhas, apresenta índices relativos a 57% mulheres e 43% homens, somando um numero aproximado de 1,2 milhões de pessoas nessa situação. Fatores econômicos: Segundo a pesquisa da empresa de consultoria
Serasa Experian3, o Brasil deixou de ser um país com estrutura econômica triangular, onde a maioria das pessoas concentrava-se na base da pirâmide, e passou a se comportar como um losango, concentrando-se ao centro, devido à ascensão da classe C, que movimentou cerca de 58% do crédito no Brasil em 2013. No período de 2004 a 2010, 32 milhões de pessoas ascenderam à categoria de classes médias de 19,3 milhões saíram da pobreza. A modificação resulta de múltiplos fatores, da estabilização de preços, das mudanças demográficas, da educação e do mercado de trabalho. Estima-se que nos próximos anos, a classe média baixa passará de 49 milhões de pessoas, constado em 2013, para 20 milhões em 2023, uma redução de 59% em 10 anos, além de apontar que, a classe média está mais concentrada na região Sudeste do Brasil, com 43%, seguida do Nordeste (26%), Sul (15%), Centro-Oeste (8%) e Norte (8%). A economia Brasileira cresceu 2,3% em 2013. Em
1 Perfil da população Brasileira. Disponível em: <g1.globo.com/economia/Pnad-resultados-2013/index.html> 2 Estudo mostra Tendencias de mercado e oportunidades de negocios. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Estudo-mostra-tend%C3%AAncias-de-mercado-e-oportunidades-de-neg%C3%B3cios> 3 Pesquisa serasa experian. Disponível em: <http://noticias.serasaexperian.com.br/dados-ineditos-da-serasa-experian-e-datapopular-revelam-faces-da-classe-media-que-movimenta-58-do-credito-e-injeta-r-1-trilhao-na-economia/>
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valores correntes, a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 4,84 trilhões e o PIB per capita atingiu R$24,065. No primeiro Trimestre de 2014, a economia brasileira registrou um avanço de 0,2% em relação aos três meses anteriores, com destaque para o desempenho da agropecuária. Porém, em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o avanço foi menor, de 2,8%. A soma de riquezas produzidas no período chegou a R$1,204 trilhões. Em 2014, o Brasil deve ser manter como a sétima maior economia mundial, segundo as últimas projeções do fundo monetário Internacional (FMI). As indústrias Brasileiras devem produzir US$ 2, 215 trilhões em produtos e serviços até o final deste ano, mantendo-se atrás do Reino Unido (US$2,827 Trilhões) e à frente da Itália (US$2,171 Trilhões4).
garantir café da manhã, almoço e jantar para 39 milhões de pessoas. O desperdício se repete na casa das pessoas. De acordo com o Instituto Akatu, organização não-governamental dedicada a promover o consumo consciente, uma família brasileira desperdiça, em média, 20% dos alimentos que compra no período de uma semana. Em valores, isso representa US$ 1 bilhão, dinheiro suficiente para alimentar 500 mil famílias. Além das pessoas que poderiam ser alimentadas com o que vai para o lixo, desperdiçar significa prejuízo financeiro. Levantamento da Secretaria de Abastecimento e Agricultura do Estado de São Paulo mostra que todos os alimentos não aproveitados ao longo da cadeia produtiva representam 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, um rombo de R$ 17,25 bilhões de reais no faturamento do setor agropecuário5.
Custos do Desperdício: Segundo dados do Serviço Social do Comércio (Sesc), R$ 12 bilhões em alimentos são jogados fora diariamente, uma quantidade suficiente para
Fatores Sociocultural: Cultura de desperdício: De acordo com a FAO – a Agência da Organização das Nações Unidas- que se dedica à Alimentação
4 Crescimento da Agropecuaria. Disponível em: <http://g1.globo.com/globo-news/contacorrente/noticia/2015/03/pib-do-setorde-agropecuaria-tem-crescimento-de-04-em-2014.html> 5 Perda de alimentos. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2015-04/domingo-editada-fao-quer-reduzir-perdas-de-alimentos-no-brasil>
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e à Agricultura - um estudo feito em 2013 apontou que um terço dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçado. Ao passo que milhões de pessoas ao redor do mundo passam fome ou necessidades alimentares mínimas. No caso do Brasil, o desperdício chega a 40 toneladas por dia, conforme dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa. O estudo da FAO mostra que mais da metade dos alimentos desperdiçados são perdidos em uma dessas fases produtivas: na própria produção, na manipulação após a colheita e na armazenagem. O que sobra se perde no processamento, na distribuição e no consumo. Daí conclui-se que quanto mais tarde os produtos são perdidos na cadeia alimentar, maior a consequência danosa para o meio ambiente.6 Isso se evidencia quando se olha o custo inicial da produção: basta somar os custos de processamento, transporte e armazenamento. A Embrapa estima que a quantidade desperdiçada de alimentos por ano no país seja suficiente para saciar a fome de aproximadamente 19 milhões de habitantes. Dezenove milhões de pessoas que poderiam ser
alimentadas diariamente.6 O prejuízo que o desperdício de alimentos representa para o País e para o meio ambiente, não é causado apenas pela falta de estrutura e de incentivos para a agricultura. Que gera perda de 14 milhões de toneladas de alimentos por ano - ou pela falta de informação do consumidor, que joga fora 20% dos alimentos com alto teor nutritivo, que poderiam ser mais bem aproveitados. Existem outros fatores 3 que contribuem com este estado de coisas e acabam estimulando o desperdício de alimentos, como a falta de planejamento e de estrutura para armazenagem e transporte dos produtos agrícolas e a ganância de produtores, atacadistas e comerciantes. Mercados: Distribuição geográfica dos mercados A ONG Banco de Alimentos atende toda a região de São Paulo, que tem aproximadamente 11 milhões de habitantes.
rentes de qualquer moléstia ou doença contraída pelos consumidores finais ou recebedores do alimento devido à sua natureza, tempo de existência, estado ou embalagem do alimento.7 Isso, segundo a proposta, desde que não haja, por parte de pessoa física ou da empresa, má conduta intencional ou negligência grosseira e descumprimento da legislação e regulamentos aplicáveis à fabricação, processamento, preparo, manuseio, conservação, estoque ou transporte dos alimentos. Fatores tecnológicos: E-commerce: A chegada da internet impactou o mercado empresarial8 com o surgimento de diversas “empresas. com”, expandindo o mercado de ações e de novos serviços, estreitando laços de relacionamento com fornecedores, distribuidores, produtores, administradores e todos os integrantes de cadeia produtiva. Em meados de 1995, surgiu o modelo de E-commerce9, que se consolidou em 2001,
Fatores Políticos-Legal:
6 Toneladas de alimentos por dia. Disponível em: <http://www.jornalabcreporter.com.br/#!Brasil-desperdi%C3%A7a-40-toneladas-de-alimentos-por-dia-voc%C3%AA-sabe-como-evitar/c1rto/561eaee10cf2c3576e5e12e9>
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Lei do Bom Samaritano: Atualmente no Brasil vigora uma lei chamada – Lei do Bom Samaritano- que, isenta de responsabilidade civil ou penal o doador de alimentos, em caso de dano ao beneficiário decorrente do consumo, desde que não se caracterize dolo ou negligência. Atualmente, um industrial, produtor ou mesmo restaurante não pode doar alimentos porque, se alguém passar mal, o doador acaba acusado de ser o responsável. De acordo com a Lei, há um salvo conduto para, fazendeiro, sitiantes ou chacareiro, produtor de alimento, processador, distribuidor, atacadista, varejista ou recolhedor de alimento que, de boa-fé, doar produtos alimentícios enlatados ou agrícolas perecíveis ou alimentos preparados a uma sociedade sem fins lucrativos ou entidade beneficente para distribuição aos pobres ou necessitados será responsável em qualquer ação civil baseada na teoria da garantia, negligência ou estrita responsabilidade por delito civil, por danos incorridos decor-
7 Estatuto do bom samaritano. Disponível em: <http://bancodealimentos.org.br/wp-content/uploads/2014/08/ESTATUTO-DO-BOM-SAMARITANO-na-%C3%ADntegra.pdf> 8 Internet: 10 anos que abalaram o mundo. Disponível em: <super.abril.com.br/tecnologia/internet-10-anos-abalaram-mundo-443350.shtml Acesso: 05/04/2015.>
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durante o inicio do século XXI. Junto ao desenvolvimento de E-commerce9, houve o aumento de negócios entre empresas(business to business) devendo chegar em 2014 a R$1,51 trilhão em transações10, oferecendo ganhos no desempenho , redução de custos e otimização nos processos de gerenciamento da informação em práticas transacionais (compra, venda, estoque, logística, etc). A ONG Banco de Alimentos pode explorar este canal para comunicação direta com público-alvo. Fatores Ecológicos: A preocupação com as produções agrícolas do país e a crise hídrica atualmente no Brasil, principalmente no estado de São Paulo, impacta diretamente na vida social das pessoas e das empresas, principalmente, do ramo do agronegócio. A falta de água nos ciclos de plantações fazem as produções das culturas agrícolas serem prejudicadas gradualmente. Isso impacta diretamente na safra, trazendo uma diminuição na produção, gerando um aumen-
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to no preço dos alimentos e consequentemente o consumo e desperdício será menor.
10.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO PROJETO Revitalizar a comunicação da ONG Banco de Alimentos, proporcionando uma melhor comunicação visual e melhor navegabilidade do site,visando atingir um público de pessoas que não conhecem a ONG, interessadas em fazer doações. Atualizar os produtos existentes da marca e lançar dois novos: copos e ecobag, com a nova identidade para doadores que queiram contribuir com a causa do projeto. Divulgar a marca da ONG por meio de campanhas, propagandas e marketing para adquirir novos doadores que possuam uma preocupação com causas sociais.
9 E-Commerce: Um negócio de sucesso. Disponível em: <www.ebitempresa.com.br/artigo-livro-2010.asp Acesso: 05/04/2015.> 10 Transações online B2B devem chegar a R$1,51 trilhões no Brasil. Disponível em: <convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua. exe/start.htm?infoid=36354&sid=5#.VB5lqfldUn.>
10.3 setor de atuação As Organizações Não Governamentais (ONGs) são um fenômeno que teve seu crescimento e sua expansão no Brasil, na década de 80. O que havia anteriormente “eram organizações e entidades independentes,filantrópicas, que não se autodenominavam ONGs” (CAMARGO, 2001, p. 52). Enquanto isso, em outros países da própria América Latina e do chamado “Primeiro Mundo”, as entidades assistenciais demarcavam seu espaço de atuação como ONGs (ibidem). No entanto, no Brasil, só há pouco tempo algumas entidades de cunho assistencial têm se integrado a esta rede. Sendo que as principais ONGs exis tentes não são de cunho assistenciais e filantrópicas. As ONGs caracterizam-se por serem organizações sem fins lucrativos, autônomas, isto é, sem vínculo com o governo, voltadas para o atendimento das necessidades de organizações de organizações de base popular, complementando a ação do Estado. Para viabilização de seus projetos, têm suas ações financiadas por agências de cooperação internacional, programas de incentivo da iniciativa privada, por meios de editais
de projetos de cunho social, recursos federais, além de recursos oriundos da venda de produtos próprios. Contam ainda com trabalho voluntário. Atuam através da promoção social, visando contribuir para um processo de desenvolvimento que supõe transformações estruturais da sociedade. Sua sobrevivência independe de mecanismos de mercado ou da existência de lucro. Para Canton (2002), as ONGs desempenham um papel primordial, pois ligam o cidadão comum a entidades e organizações, tendo como finalidade a participação na solução dos problemas identificados na sociedade. Sua atuação é voltada expressivamente para as áreas da saúde, educação, habitação, onde a maior parte da população é pobre e o Estado nunca teve como diretriz básica atender a estas necessidades. Para a autora, deve-se deixar claro que as ONGs são entidades
10.3.1 Análise do setor Segundo Chiavenato e Sapiro (2004), a análise de setor se refere à investigação, monitoramento e previsões a respeito do setor de negócio da organização. Ao analisar o setor de atuação, a organiza-
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ção precisa ter uma percepção mais definida das oportunidades e ameaças ambientais que podem influenciar seu desempenho competitivo. O setor no qual oBanco de Alimentos se insere é o setor das organizações não governamentais (ONGs). Este setor diferente das organizações capitalistas e não possui concorrentes. Mesmo as ONGs que trabalham no mesmo segmento ou defendendo a mesma causa, não podem ser consideradas concorrentes. São parceiras. Podem e devem unir esforços para capitalizar mais recursos e obter melhores resultados para a causa defendida.
10.4 PÚBLICO-ALVO O público-alvo, identificado da ONG Banco de Alimentos, compõe-se em sua maioria de pessoas do sexo feminino, com a faixa etária entre 18 a 25 anos, residentes do Estado de São Paulo, com maioria localizada na Zona Sul e com ensino superior incompleto.
10.5 ANÁLISE SWOT 108
Os pontos fortes da ONG Banco de Alimentos são os 16 anos de atuação no mercado, no qual atende 42 instituições e beneficia 21 mil pessoas por dia, possui apoio de grandes empresas como Tramontina, Ticket Restaurante, St Marche Supermercados, dentre outros. Está situada em uma localização privilegiada (dentro do Shopping Metrô Tatuapé) e possui três furgões refrigerados para transporte das doações. Os pontos fracos da ONG Banco de Alimentos são a comunicação visual atual, na qual não possui unidade, produtos pouco atrativos, falta divulgação sobre o projeto, o que resulta no grande desconhecimento das pessoas sobre a existência da ONG, o site com fluxo de navegação ruim, a pouca interatividade e manutenção das redes sociais. As ameaças existentes são a possível perda de parceiros, a entrada de outras ONG’s no mercado, podendo gerar uma migração de doações, o fato de os produtos serem perecíveis e poderem estragar durante o trajeto, no caso de algum imprevisto como trânsito ou quebra do veículo, e a atual crise no país, que pode gerar inflação sobre os alimentos, diminuindo, assim, o consumo e compra dos mesmos.
As oportunidades existentes são a possibilidade de atender todo o Brasil e ajudar cada vez mais na conscientização contra o desperdício de alimentos. Adquirir parceiros multinacionais e, assim, ampliar cada vez mais o alcance do projeto da ONG.
10.6 DEFINIÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING 10.6.1 Composto de marketing Produto: Os novos produtos da ONG Banco de Alimentos serão inspirados na nova comunicação, as camisetas e os aventais serão totalmente reformulados em seu layout, material em algodão. Serão lançados dois novos produtos: os copos e ecobags, que possuirão cinco modelos diferentes de acordo com a nova identidade. Os copos possuirão tampa e canudo e serão produzidos em plástico resistente. Já as ecobags serão feitas de material ecologicamente correto, podendo ser adquiridos na loja física localizada no Shopping Metrô Tatuapé e também na loja online localizada no site
e com entrega para todo o Brasil. Outros produtos já existentes na ONG e que não sofrerão modificação no seu formato serão as palestras e workshops oferecidos. Praça: A ONG possui uma loja física dentro do Shopping Metro Tatuapé, localizado na Zona Leste da cidade de São Paulo. Os produtos estarão disponíveis para a venda direta. O público poderá ir até a loja do shopping para adquirir os produtos, de acordo com o modelo desejado. Preço: Os preços dos produtos da ONG Banco de Alimentos serão: R$ 1,00(workshop), R$ 9,90 (copos), R$ 29,90 (ecobags), R$ 35,90 (aventais); R$ 49,90 (camisetas). No caso de compras pela loja online, o frete ficará por conta do comprador. Não haverá nenhum tipo de desconto nos produtos. Promoção: Na nova comunicação da ONG para promover os novos produtos, estarão presentes o novo site, as redes sociais (maior interação com o público através do trabalho de um social media), as mídias externas como totens, abrigos de ônibus, adesivação no furgão e criação de nova campanha para impulsionar o conhecimento da marca: #EUFAÇOAMINHAPARTE
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10.7 VIABILIZAÇÃO DO PROJETO Identidade Visual Logotipo R$ 6.268,42 Site R$ 7.313,15 Adesivo de Veículos R$ 2.089,47 Layout Mídias Sociais R$ 1.880,52 Subtotal: R$ 17.551,56 Papelaria Cartão de visita R$ 1.044,74 Folder R$ 1.253,68 Papel Timbrado R$ 626,84 CD Personalizado R$ 417,89 Envelope R$ 417,89 Subtotal: R$ 3.761,05 Produtos Ecobags R$ 1.462,63 Copos Personalizados R$ 1.462,63 Aventais R$ 1.253,68 Camisetas R$ 2.089,47 Subtotal: R$ 6.268,41
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Mídias Layout abrigo de ônibus R$ 2.077,60 Layout Toten R$ 2.077,60 Layout Shopping R$ 2.077,60 Layout Metro R$ 1.662,08 Layout anúncio revista R$ 1.662,08 Subtotal: R$ 6.268,41 Total Identidade Visual: R$ 37.137,99 Terceiros Social mídia R$ 7.632,00 Programador Site R$ 795,00 Total terceiros: R$ 8.427,00 Fornecedores 10 Abrigos de ônibus durante 1 semana = R$ 19.938,00 8 Painéis no Shopping durante 1 mês = R$ 23.408,00 1 Toten + 1 midia no metro durante 2 semanas = R$ 14.088,00 1 Anúncio de Revista = R$ 13.450,00 Total fornecedores: R$ 70.884,00 Valor Total do projeto R$ 116.448,99
Para o desenvolvimento total do projeto foram gastos aproximadamente R$116.448,99. Sendo que R$37.137,99 foram gastos em mão de obra da agencia A3B, R$ 8.427,00 em serviços terceirizados com o programador do novo site e o social media. O restante do valor (cerca de R$70.844,00) foram gastos em mídia externa para promover a ONG. Para tornar viável o projeto e conseguir a verba necessária para realiza-lo, foi implantado o sistema de cotas de patrocínio. Patrocínio é o pagamento em dinheiro ou em permuta por um estabelecimento, empresa ou pessoa a uma entidade sem fins lucrativos em troca da divulgação ou propaganda do seu estabelecimento, O plano de cotas de patrocínio terá duas fases na campanha sendo: seus produtos ou outro benefício. 1° Fase: Mês inicial da Campanha Cota1- R$ 17.000,00. Divulgação do nome do patrocinador em: redes sociais + site + mídia exterior + anúncio em revista. Sendo necessário fechar com quatro parceiros essa cota para totalizar o valor de R$ 68.000,00. Cota 2 - R$ 8.500,00. Divulgação do nome do pa-
trocinador em: redes sociais + site + anúncio em revista, sendo que a aplicação do logo na cota 2 será 50% do tamanho da cota 1. Será necessário fechar com seis parceiros essa cota para totalizar o valor de R$ 51.000,00. 2° Fase: Manutenção da Campanha Cota1- R$ 15.500,00. Divulgação do nome do patrocinador em: redes sociais + site + mídia exterior + anúncio em revista. Sendo necessário fechar com três parceiros essa cota para totalizar o valor de R$ 46.500,00 Cota 2 - R$ 8.400,00. Divulgação do nome do patrocinador em: redes sociais + site + anúncio em revista, sendo que a aplicação do logo na cota 2 será 50% do tamanho da cota 1. Será necessário fechar com quatro parceiros essa cota para totalizar o valor de R$ 33.600,00. Seus produtos ou outro benefício. A proposta será apresentada para os atuais parceiros da ONG Banco de Alimentos, exemplo: Tramontina, Ticket e Supermercado St Marche entre outros. O parceiro que fechar a manutenção para os 12 meses terá 2 anúncios de revista bonificado. A bonificação será negociada com o veiculo, por ter fechado um pacote anual.
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plano de comuNICação
11.1 Campanha A Campanha principal na nova proposta do reposicionamento de marca é #EUFAÇOAMINHAPARTE, que consiste na conscientização de que se cada um fizer a sua parte, seja doando alimentos ou valor em dinheiro é possível garantir a alimentação das pessoas que são beneficiadas pelas 42 instituições que a ONG Banco de Alimentos ajuda. A intenção da nova campanha é atingir o público que não conhece a ONG e assim proporcionar cada vez mais o acesso a alimentação adequada para as pessoas menos favorecidas.
ciais reformuladas. As contas do Twitter, Instagram e Facebook passarão por um processo de reformulação no layout e também na forma de interação com o público. As redes sociais contaram com um social media para desenvolver este projeto juntamente com a campanha #façoaminhaparte. A proposta é que tenha maior interação da ONG com o público e assim poder aumentar cada vez mais sua visibilidade e consequentemente aumentar também o número de doações. Facebook:
11.2.1 Importância do social media
Twitter:
FIGURA 29: Facebook ONG Criado por integrantes do grupo
Instagram:
FIGURA 27: Campanha Criado por integrantes do grupo
11.2 Redes sociais
FIGURA 28: Facebook ONG Criado por integrantes do grupo
A ONG Banco de Alimentos terá suas mídias so-
A disseminação de informação através da internet tem aumentado a cada dia no mundo globalizado. As redes sociais são os sites mais acessados em diversos países, incluindo o Brasil no ranking com maior número de usuários. De acordo com estatísticas, 75% dos acessos diários são provenientes de sites como Facebook , Twitter e Instagram. A cada dia se concretiza a importância das mídias sociais como estratégia para manter o contato da empresa com seus consumidores. Muitas delas possuem fanpages e perfis com conteúdos, fotos, notícias sobre a empresa, mas na grande maioria, não possuem um padrão e profissionalismo para desenvolvimento destes conteúdos. Pensando em expandir mercados e fidelizar clientes com suas ações no mundo digital, muitas empresas começaram a repensar melhor o orçamento neste setor. Surgiu então um novo tipo de profissional, o ‘’social mídia’’, capaz de adequar a linguagem desejada ao canal e ao público e também à proposta da marca. Este precisa estar sempre preparado para posicionar a marcar através das respostas imediatas.
FIGURA 30: Instagram ONG Criado por integrantes do grupo
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Ao contrario do que muita gente pensa, as mídias sociais não são gratuitas, muito pelo contrario, demandam de investimento em dinheiro e tempo, com muito acompanhamento dos resultados. Este profissional, não pode ser apenas uma pessoa que gosta de internet ou de passe muito tempo no Facebook, pois precisa lidar com um canal direto com o consumidor. Um bom ‘social media’ precisa passar por um processo de estudo e aprendizagem sobre posicionamento de mercado, ter postura profissional, criatividade para buscar conteúdos, jogo de cintura, rapidez para situações de risco, entre outras habilidades.
visão dos resultados. O site será composto pelas páginas: Home
Conheça
Doação de alimentos
Doar Nota Fiscal Paulistana
ColaboreL
Seja um Voluntario
Carro da Alegria
oja
Doação Única
Contato
Uma Nota Fiscal
Cadastro
Cadastro
Login
Pagamento
11.3 Site Hoje em dia, a internet é um meio de comunicação eficaz e rápido. Quando é necessário buscar dados e informações sobre uma empresa, o site é o destino de muitos usuários na internet. O novo site da ONG Banco de Alimentos foi reestruturado no formato “one page” (página única), que é um formato que consolida em uma única página o panorama de forma compacta, simplificando a
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FIGURA 32: Fluxo de Navegação Criado por integrantes do grupo
FIGURA 33: Home novo site ONG Criado por integrantes do grupo FIGURA 31: WIireframe site Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 34: Página Campanha Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 35: Página Conheça Criado por integrantes do grupo
FIGURA 36: Página Colabore Criado por integrantes do grupo
FIGURA 37:Página localização Criado por integrantes do grupo
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11.4 Produtos da marca Para ajudar na manutenção da marca da ONG, será reformulado o layout dos produtos comercializados na loja online, que está localizada no site. Os produtos vendido serão camisetas, aventais, ecobags, e copos acrílicos com canudos - e todos terão a identidade da marca com layout proveniente dos patterns.
11.4.1 Camisetas FIGURA 39: Camisetas Criado por integrantes do grupo
11.4.2 Ecobag’s
FIGURA 38: Página Loja Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 40: Ecobags Criado por integrantes do grupo
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11.5 Mídia institucional
11.4.3 Avental
11.5.2 Mídia exterior
Será realizada por meio da contribuição de parceiros da ONG, que poderão participar mediante cotas de patrocínio, desde as que possuem mais visibilidade, até as mais simples. As mídias que serão utilizadas serão os outdoors, abrigos de ônibus e totens luminosos em pontos estratégicos. Para aumentar o conhecimento da marca, os furgões que fazem as coletas e entregas dos alimentos doados terão a aplicação de adesivos em toda sua estrutura.
11.5.1 Furgão FIGURA 41: Aventais Criado por integrantes do grupo
11.4.4 Copos
FIGURA 42: Copos Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 43: Furgão Criado por integrantes do grupo
FIGURA 44: Fachada Shopping Criado por integrantes do grupo
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FIGURA 47: Toten Criado por integrantes do grupo FIGURA 45: Divulgação Shopping Criado por integrantes do grupo
FIGURA 46: Ponto de ônibus Criado por integrantes do grupo
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11.5.3 Anúncio editorial
FIGURA 48: Anúncio revista Criado por integrantes do grupo
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conclusão Nem sempre uma empresa que está há muito tempo no mercado possui conhecimento geral do público. Um exemplo disso é a ONG Banco de Alimentos, organização não governamental que está desde 1999 promovendo o combate ao desperdício de alimentos. Sem unidade em sua comunicação, a ONG não consegue divulgar adequadamente o projeto que realiza. Ainda hoje muitas pessoas ainda não sabem o que a ONG Banco de Alimentos faz, muitos acreditam que é alimento proveniente do lixo. Por isso foi necessário um reposicionamento de marca para melhorar a estrutura de comunicação da ONG. A marca possui três propósitos, o primeiro é o nome, o segundo é a função e o terceiro é diferenciá-la para que o consumidor possa preferi-la em relação a seus concorrentes. Para atingir o propósito de reposicionamento de marca o logo foi readequado de acordo com
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os conceitos do painel semântico. Diante disso foi desenvolvida uma nova identidade visual. O site foi identificado como a peça que possuía problemas de fluxo de navegação e legibilidade. Por isso, foi totalmente reestruturado para o formato one page para melhorar a experiência do usuário. Os produtos que a ONG já comercializava tiveram alterações em seu layout e também houve a criação de novos produtos para aumentar as opções disponíveis no site e na loja física. Foi criado o sistema de cotas para ajudar na viabilização do projeto para a divulgação da ONG por meio de mídias externas. Por fim, o projeto resultou em uma comunicação eficaz e unificada, auxiliando na aquisição de novos parceiros e assim aumentar o número de doações para ajudar cada vez mais as pessoas em situação de vulnerabilidade e de risco social
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ANEXOS Anexo X PARCEIROS INVESTIDORES SOCIAS: Radio Estadão FM Eldorado Fm. Reserva Cultural St Marche Supermecado Ticket Restaurante Bank of America Merril Lynch Syngenta Tramontina COLABORADORES Printec Comunicação Multisolution Repense Rihappy APOIADORES Universidade São Camilo
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PARCEIROS Hello Food Yum KFC Roupa Divertida.com.br
PARCEIROS DE NOTA FISCAL PAULISTA Grupo Yum KFC Airin Alfredo Calçados Allbags Auto Posto Duqu Barmirê Cafeteria Star West Cocoroco, Dinamico Doce Café,Easys Empada Brasil Equus Hamburgueria Capital HPS Multi Coisas IFCO JFMF Comercio Líquido Luana Davidsohn Cupcakes Luma Veterinária Mangiare Gastronomia Mazzali Munik Oficina de Agosto Padaria Santa Marcela Ponto 30 Portal das Perdizes Questo Caffe Santo Papel Shopping Iguatemi
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Regio café Cachaça e Cia La Bomb Taler Vom Eisen Berachesrus Luperpper Toda Lady Akkar Pop Up Quem disse Berenice Casa do Bebe O Carioca Bar Grill Chilli Beans MB Informática Vito Mara Mello Tuca Modas Ledux Pâtisseríe
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DOADORES DE ALIMENTOS Ajinomoto Alcides Fuzita ARIZTA (FSB Foods) Atento Associação Amigos da Praça Victor Civita Banco CEAGESP de Alimentos Bar do André Benedito Gishifu Boa Massa
Central Foods CEVA Logística Claudio Makoto Kikuti Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo (CRMV-SP) Danone Edson Prado Edson Suenaga Ferrero do Brasil Flavio Yazawa Galeria dos Pães Gikovate Habib’s Hiroshi Shintate Instituto Via de Acesso Jedal Redentor José Rodrigues Lares Ledux Pâtisseríe Leonardo Itiro Luana Davidsohn Confeitaria Luis Morishita Maná Frutas Martin Brower Massuki Okada Menegon Alimentos Meu Kit Lanche MPM Salgados N. Disnel Paulo Shintate Pernambucanas Solidária
Pizzicato Polengel Qualiprime Sener Setepla SESC Mesa Brasil Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo (Sciesp) Sonda Supermercados Special Food Sportiva – Liga Jurídica St. Marché Stevan Wirthmann TECAM Tipsy Cake Tok Take Wickbold
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