ARQUITETURA e inclusão social Centro de Convivência de Idosos em Uberaba-MG.
UNIVERSIDADE DE UBERABA | ARQUITETURA E URBANISMO Trabalho Final de Graduação | Dezembro de 2016.
Andressa Ribeiro Teodoro Barbosa Orientador: Marcel Alessandro Claro
Agradecimentos A minha mãe, minha irmã e meu marido, obrigada por sempre acreditarem na minha capacidade e pela paciência nesses últimos cinco anos. A minha filha, por me fazer querer ser cada dia uma pessoa melhor. Aos meus amigos da arquitetura, obrigada pelo companheirismo nessa jornada. Ao professor Marcel, obrigada por compartilhar os seus conhecimentos e me orientar nessa última etapa da minha graduação.
Dedico esse trabalho a todos nós, para que repensemos sobre a velhice.
Sumário INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 1- IDOSO E SOCIEDADE 1.1- A velhice na sua visão histórica 1.2- O processo de envelhecimento 1.3- O estatuto do idoso 1.4- Institucionalização do idoso 1.5- A arquitetura como instrumento de inclusão do idoso
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CAPÍTULO 2- REFERÊNCIAS PROJETUAIS 2.1- Complexo Social de Alcabideche 2.2- Vila Dignidade
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CAPÍTULO 3- A CIDADE DE UBERABA E SUA RELAÇÃO COM O IDOSO 20 3.1- Uberaba e suas instituições asilares CAPÍTULO 4- O LUGAR 4.1- Escolha da área e justificativa 4.2- Estudo da área 4.3- Mapas do entorno
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CAPÍTULO 5- O PROJETO ARQUITETÔNICO 5.1- Programa de necessidades 5.2- Implantação 5.3- Acessos 5.4-Ergonomia para a terceira idade 5.5-Os módulos 5.6- Varandas 5.7- Templo Ecumênico 5.8- Esportes e Lazer 5.9- Entretenimento 6.0-Saúde e serviços 6.1- Paisagismo e Horta Terapêutica 6.2- Contexto Urbano e Social
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REFERÊNCIAS CONSULTADAS
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Resumo A maioria dos idosos de hoje são ativos, fazem atividades físicas, conversam, saem às compras, consomem, viajam etc. Com esse segmento e com as mudanças do modelo atual de rotina da família brasileira, os cuidados da família com o idoso ficaram comprometidos, o que gerou uma demanda de instituições especializadas em cuidados com a terceira idade. Porém, o modelo que se criou dessas instituições muitas vezes não dá a qualidade de vida necessária, fazendo com que eles se sintam tristes em um ambiente sem atividades, sem vida, e acabam não correspondendo as expectativas do idoso e da própria família. Nesse contexto, pretende-se, através desse trabalho, pesquisar, estudar e detectar as reais necessidades da terceira idade, especificamente em Uberaba, a fim de projetar como objeto final, uma instituição adaptada à terceira idade, considerando seu bem estar, suas atividades necessárias para melhor qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE Arquitetura e interação social; terceira idade; saúde e bem estar na arquitetura; instituições; ILPI; centro de conviência
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Introdução Segundo dados do IBGE, com os avanços da medicina moderna e a possibilidade de maior acesso da população aos serviços de educação e saúde, houve um aumento da expectativa de vida quando comparado à década de 90 (figura 1), além disso, suponha-se que pessoas com mais de 65 anos serão mais de um quarto dos brasileiros em 2060, segundo projeção do IBGE. Nesse contexto, é certo dizer que o brasileiro está vivendo cada vez mais independente e buscando melhor qualidade de vida. Além disso, a população idosa, não só do Brasil, mas também do mundo tende a aumentar drasticamente, isso mostra que os idosos de hoje já não se encaixam mais nos padrões da ‘terceira idade’ que conhecíamos há pouco tempo atrás. Hoje eles são mais independentes, salvo em caso de doenças neurodegenerativas onde a capacidade de locomoção e fala ficam comprometidos, e além do mais a terceira idade atual busca o seu próprio lugar na sociedade. Dessa forma, a sociedade também precisa se adaptar ao idoso que apresenta a necessidade de alguns cuidados especiais e, ao mesmo tempo, age, namora, circula, produz e movimenta a economia. Assim como os idosos mudaram, a rotina da família brasileira também mudou com o passar dos anos. Isso diminuiu o contato da família em relação aos cuidados com o idoso aumentando a necessidade de construir instituições que cumprem esse papel. Essas instituições, ás vezes, não possuem a infraestrutura e os espaços adequados causando frustração nos idosos e deixando-os tristes e apáticos. Nesse contexto, é valido dizer que o modelo tradicional de asilo/casa de repouso já não serve mais para o idoso atual, por isso há a necessidade de oferecer um novo espaço com qualidade para esse novo perfil que está surgindo na terceira idade.
Figura 1: DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE A TERCEIRA IDADE. Fonte: Blog Saúde em Movimento.
Figura 2: PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO IDOSA 2013|2060. Fonte: IBGE- Censo demográfico de 2010.
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O idoso e a sociedade
capítulo 1
No final do século XIX, após o processo de industrialização, a velhice passou a ser vista em muitos países, como alvo da luta de classes, pois a geração mais nova tinha que acompanhar as inovações em nome do processo industrial e a geração mais velha já não conseguia acompanhar o mesmo ritmo de crescimento. Esse tipo de situação ocorreu em lugares mais desenvolvidos, onde as mesmas foram às primeiras sociedades mais envelhecidas em termos populacionais. Para Simone de Beauvoir a questão da velhice sempre decorreu mais de uma luta de classe que de um conflito de gerações com idades e pensamentos diferentes: “No decorrer da história, tal como hoje em dia, a luta de classes determina a maneira pela qual um indivíduo se torna presa da velhice, um abismo separa o velho escravo do velho eupátrida, um antigo operário que recebe uma pensão miserável de um Onassis” (Beauvoir, 1970:14-15);
Em termos históricos, a velhice sempre foi vista como um processo de perdas e certamente são esses pensamentos que fazem a discriminação e exclusão dos mais velhos na sociedade atual. Nesse processo, a experiência dos mais velhos, muitas vezes colocada como importante vínculo sociocultural perde sua importância agora que tudo é conseguido com mais velocidade através dos recursos tecnológicos. A nossa sociedade ainda tem o pensamento associado de tudo que é produtivo é útil e tudo aquilo que não é produtivo é inútil, isso acentua cada vez mais a perda da função social do idoso, por isso há a necessidade de se desmistificar o conceito de velhice, uma vez que ela chegará para todos. O envelhecimento deve ser visto como um processo natural e de ordem biológica, e que mesmo estando idosos, eles ainda tem muito que ensinar as gerações futuras.
A VELHICE NA SUA VISÃO HISTÓRICA Centro de Convivência para Idosos em Uberaba
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capítulo 1 O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO O envelhecimento é um processo natural pelo qual a maioria dos indivíduos passará. Esta é a fase da vida em que o organismo humano passa por diversas e significativas modificações. Em sua pesquisa Machado (MACHADO, 2010.pág. 593) afirma que o envelhecimento nada mais é do que um processo dinâmico, progressivo e inevitável, com ritmo e características específicas que variam de cada pessoa. Seguindo o mesmo raciocínio, Costa (COSTA, 1998.pág 26) reafirmou que a velhice é um processo evolutivo que acontece a partir no nascimento do indivíduo até o momento de sua morte. Com essas afirmações é possível dizer que envelhecer é uma etapa pelo qual obrigatoriamente todo ser humano deve passar em um processo constante de modificações do corpo. Nesse processo de envelhecimento, o idoso apresenta características de mudanças que podem ser observadas em seu organismo como o aparecimento de doenças crônicas degenerativas, alterações biológicas e físicas, mudanças no equilíbrio corporal e mental, etc. Com o surgimento dessas mudanças físicas e mentais, o cuidado com o idoso precisa ser tratado de uma forma especifica. A família então se torna a referência dos cuidados com os idosos. Quando no envelhecimento há a ausência do papel da família, o idoso é abordado pela solidão e não há outra alternativa do que a institucionalização, mesmo que exista vários estudos que comprovem que essa institucionalização do idoso não seja ideal, existem situações extremas em que isto se faz necessário, e muitas vezes, tem sido o meio pelo qual a pessoa idosa irá se estabelecer definitivamente. “O asilo é, basicamente, uma instituição burocrática, cuja hierarquia deriva da posição que cada um ocupa dentro dela. Os idosos ou os que estão na condição de internos são tratados como objetos sobre os quais é exercido o trabalho de mantê-los vivos e razoavelmente confortáveis enquanto a morte – sua perspectiva óbvia, iminente e inevitável – não os vêm colher definitivamente” Souza (2006, p.2).
Souza nos mostra que a institucionalização do idoso passa a ser a parte do processo de envelhecimento e o mesmo é responsável em acolher o idoso tentando oferecer aquilo que a sociedade não lhe oferece mais, a inclusão. Neste caso fica evidente que este processo pode trazer sofrimento para os internos, pois pensam que o asilo é a sua última escolha. Para que os efeitos da institucionalização sejam amenizados no psicológico do idoso é preciso que a instituição ofereça recursos importantes como atividades, lazer, passeio, alimentação e assistência de profissionais capacitados. A questão é que são poucos os casos onde esses espaços conseguem oferecer tudo isso, e muitos deles, quando oferecem, são muito caros, fugindo da realidade da maioria dos idosos que são aposentados com salário mínimo, e as vezes a família também não possui recursos necessários para oferecer melhor qualidade de vida para o idoso.
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O ESTATUTO DO IDOSO
repasse de verbas públicas, se governamental.
O Estatuto do idoso prevê a proteção legal específica para as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. De acordo com Estatuto, é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária.
Prado e Petrilli fizeram um estudo em 2002, que mostrou que as pessoas que vão morar em uma instituição se tornam membro de uma nova comunidade que geralmente vivenciam uma radical ruptura de seus vínculos relacionais afetivos, convivendo cotidianamente com pessoas que não possuam qualquer vínculo afetivo.
Ainda de acordo com o Estatuto, o envelhecimento é definido como um direito e a sua proteção um direito social, sendo obrigação do estado à garantia de proteção e saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. Além disso , no art. 4ª do Estatuto, está escrito que nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. O estatuto fortalece a valorização que devemos ter com os idosos, sempre nos atentando que eles já foram jovens e forneceram sua contribuição para nossa sociedade e que seus direitos são garantidos por lei, apesar de muitos não terem conhecimento e acreditarem que as pessoas que têm mais idade não necessitam de apoio, pois já fizeram sua parte e devem se retirar para que outros ocupem seu lugar.
INSTITUCIONALIZAÇÃO DO IDOSO De acordo com o Ministério da Saúde, omente possui o consentimento para o funcionamento de instituições àqueles que estão inscritos junto ao órgão competente da vigilância sanitária e aos conselhos de idosos. Em caso do descumprimento das determinações da lei, tais entidades são sujeitas a penas, desde advertências até o fechamento delas, e advertência à proibição de atendimento, passando por multa e suspensão parcial ou total do
Independentemente da qualidade da instituição, ocorre normalmente o afastamento da vida "normal". Assim, os idosos precisam se adaptar e aceitar várias normas e regulamentos, e por isso precisam de acompanhamento psicológico para fazer com que eles possam se adaptar bem a esse processo. Tantos os asilos, hotéis e casas geriátricas atuais, têm como principal foco apenas o tratamento médico do idoso, achando que se a saúde está bem a mente corresponderá ao corpo. E na verdade isso não é o suficiente. Nas instituições privadas, chamadas como casas geriátricas ou hotel-residência, os idosos são tratados de forma mais individual e possuem uma dieta própria e adequada, atividades recreativas, acompanhamento psicológico e etc. Entretanto, seu custo mensal é muito elevado, selecionando uma pequena parcela da população que pode arcar com esses custos e excluindo os demais que também merecem atendimento de qualidade. Já nos asilos públicos, onde se encaixa a maioria dos idosos, o tratamento não se realiza do mesmo modo. Além da maioria dos asilos públicos não possuir um número de profissionais qualificados para a prestação dos serviços, a dieta oferecida muitas vezes não é correta e individual, não há espaços como pátios ou jardins para a realização de atividades recreativas. Isso mostra o atraso em relação aos espaços propostos pelos asilos para a terceira idade no setor público. É preciso mudar os padrões de asilos que existem para que a terceira idade faça parte da sociedade e que as atividades desenvolvidas dentro de uma instituição possam contribuir para um Centro de Convivência para Idosos em Uberaba
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bom funcionamento do corpo e da mente do idoso. Para isso, estão surgindo outros termos que diferem os asilos das demais instituições asilares. Um desses termos são as instituições de longa permanência, mais conhecidas como ILPI (Instituição de Longa Permanência) e Centros de Convivência dos Idosos. A ILPI e os centros de convivência são definidos como instituições governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinada a domicilio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, onde o tratamento médico não constitui elemento principal desse atendimento. Nesses locais há atividades de lazer e recreação melhorando o convívio e capacidade mental de cada idoso.
A ARQUITETURA COMO INSTRUMENTO DE INCLUSÃO DO IDOSO NA SOCIEDADE ATUAL Estudos revelam (Goldman, 2006, Kachar, 2003 e Veras, 2003) que o mundo se encontra em um processo de transição sobre a velhice e por esse motivo se tem como preocupação organizar políticas públicas para se adequar o novo perfil demográfico da população. A nossa sociedade se encontra em um processo de redefinição de costumes, compor tamentos que conseqüentemente vem mudando o ‘pensamento’ da sociedade sobre a velhice. Seguindo essa evolução, é preciso questionar como acomodar a terceira idade em termos de espaços de modo digno, confortável e seguro, considerando a restrição de renda, os preconceitos da sociedade e a falta de estruturas projetadas para essa finalidade. Nesse caso, a arquitetura pode funcionar como o instrumento social de inclusão dessa nova classe à sociedade, para que a mesma não se sinta 'fora dos padrões'. Ao propor espaços ergonômicos, acessos que podem facilitar ou restringir o contato com a população local, paisagismo, espaço de atividades etc., a arquitetura trabalha como elemento que resgata o contato com o idoso com a família ou com a comunidade local. 10
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Figura 3:IDOSOS. Fonte: Imprensa Oeste.
Figura 4: IDOSOS EM GRUPO. Fonte: Universidade Federal de Goiás.
capítulo 1
ReferĂŞncias Projetuais
capítulo 2
COMPLEXO SOCIAL DE ALCABIDECHE FICHA TÉCNICA Arquitetos: Guedes Cruz Architectos Localização: Alcabideche, Portugal. Autores: José Guedes Cruz, César Marques, Marco Martinez Marinho. Área: 9956.0 m² Ano do projeto: 2012
Edifício central
Moradias (módulos)
Figura 6: PERSPECTIVA DO MÓDULO. Fonte: ArchDaily
Módulos (moradias)
Edifício central
Figura 5: VISTA SUPERIOR DO COMPLEXO Fonte: ArchDaily
Localizado em Alcabideche (Portugal), esse projeto se destaca por usar como referência a modulação para funcionar como moradia para terceira idade. O Complexo abrange cerca de 64 moradias, distribuídas ao longo do terreno, como uma malha retangular. No centro do terreno e cercado pelas moradias se encontra um edifício central onde acontecem todas as atividades médicas e de lazer de todo o complexo. O projeto se destaca pela modulação associada ao uso da tecnologia para conforto e segurança dos moradores. 12
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Figura 7:IMPLANTAÇÃO Fonte: Archdaily
Figura 8: CROQUI IMPLANTAÇÃO Fonte: ArchDaily
Figura 10: PERSPECTIVA NOTURNA Fonte: Grande Arquitetura
Figura 9:CORTES Fonte: ArchDaily
Referências Projetuais
No centro do terreno está o edifício principal onde se encontra as atividades ambulatoriais para os idosos, espaços para os idosos acamados e atividades de lazer de todo o complexo. Assim, todos os caminhos do complexo foram dispostos de forma estratégica para dar fácil acesso ao edifício central. Os caminhos são alternados entre jardins, espaços de descanso e hortas comunitárias.
Figura 11: PERSPECTIVA DIURNA Fonte: Grande Arquitetura
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capítulo 2
capítulo 2
As moradias foram projetadas em módulos de 7,5x7,5m com o intuito de abrigar um idoso por módulo. Os módulos foram construídos em concreto aparente e possuem um quarto com TV, uma cozinha e um banheiro sendo todo o módulo acessível para cadeirante e demais limitações da terceira
VISTA FRONTAL PLANTA BAIXA
VISTA LATERAL ESQUERDA
Figura 15: MÓDULO Fonte: ArchDaily
VISTA LATERAL DIREITA
Figura 12: MÓDULOS Fonte: ArchDaily
Figura 16: PERSPECTIVA Fonte: ArchDaily
Figura 13 e 14: COMPLEXO SOCIAL DE ALCABIDECHE Fonte: ArchDaily
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Durante a noite e em caso de urgência, os moradores do complexo podem ativar um dispositivo de alarme onde a luz da cobertura dos módulos se acende, avisando a central. Nesse momento a cor da cobertura que predomina o branco durante o dia se transforma na cor vermelha. A mesma cobertura também possui um sistema que acende alternadamente no fim do dia, em grupos de dez módulos, iluminando de forma irregular e sutil os caminhos do complexo.
Referências Projetuais
A cobertura de cada módulo é feito de um tipo de acrílico (PEXIGLASS) que pode ser aquecido sem que sua cor e qualidade sejam alteradas, além de poder sofrer exposição prolongada a umidade ou imersão total em água, isso em nada altera suas propriedades mecânicas e físicas. A mesma cobertura foi associada a técnicas de ventilação tanto no inverno quanto no verão podendo sentir mudanças significativas durante o dia e a noite.
Figura 17: COMPLEXO SOCIAL DE ALCABIDECHE Fonte: ArchDaily.
Durante o dia, devido a resistência do material, a cobertura funciona como um refletor, não deixando que calor penetre na casa, mantendo-a em temperatura agradável durante todo o dia.
DIA
Ilustração da insolação na cobertura durante o dia
Figura 19: ESQUEMA DE ILUMINAÇÃO DIURNA. Fonte: ArchDaily. Figura 18: ESQUEMA DE ILUMINAÇÃO NOTURNA Fonte: ArchDaily.
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capítulo 2
Durante o verão, o vão de abertura entre a cobertura e o módulo promove a ventilação facilitando a entrada e saída do ar pela cobertura.
Uma crítica a esse projeto é o uso de cores sólidas e neutras, o que faz o ambiente parecer apático e sem vida, onde a princípio, demonstra uma situação contrária ao que é necessário para receber a terceira idade. A falta de preocupação com o paisagismo também se mostra falha o que diminui o contato do idoso com a vegetação, que vai muito além de embelezamento, e que segundo pesquisas, pode contribuir com um bom funcionamento mental e até no tratamento de doenças. A vegetação nesses tipos de instituições tem funções terapêuticas.
Figura 20: ESQUEMA DE VENTILAÇÃO NO VERÃO Fonte: ArchDaily
Já durante o inverno, o módulo conta com o piso aquecido devido as placas solares do complexo, e também a cobertura funciona como acumulador de ar quente mantendo o interior do módulo aquecido durante todo o inverno.
Figura 22: PERSPECTIVA Fonte: ArchDaily.
Figura 21: ESQUEMA DE AQUECIMENTO NO INVERNO Fonte: ArchDaily.
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Figura 23: VISTA FRONTAL DO MÓDULO Fonte: ArchDaily.
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FICHA TÉCNICA Arquitetos: Aflalo e Gasperini Arquitetos Associados Localização: Avaré, São Paulo. Ano do projeto: 2011 Localizado em Avaré, interior de São Paulo, a Vila Dignidade foi projetado pelo escritório Aflalo e Gasperini a fim de resgatar a convivência social de idosos autossuficientes que moravam na cidade. No total, são 24 idosos no município que moram dentro da vila. O projeto foi pensado buscando um desenho universal para a acessibilidade, de modo que o mesmo poderia ser construído em outros municípios também.
Leituras Projetuais
VILA DIGNIDADE
O sistema do projeto funciona em sistema de vilas para promover a reintegração do idoso na sua vida social. No total são 24 moradias dispostas de forma geminadas que dão acesso as áreas comuns. O projeto se destaca por ser um projeto pequeno e singelo mas que ao mesmo tempo, consegue trazer conforto e inclusão para os idosos no bairro local. A implantação do projeto se dá pelas casas geminadas que circulam as áreas comuns formando pátios internos onde se encontram as mesas de xadrez, os equipamentos de ginástica e a área de descanso. (FIGURAS X). Além disso perto da entrada da vila dignidade se encontra um salão onde são feitas as refeições diárias, além de outras atividades como crochê, artesanato, bingos e etc.
Figura 23: ESQUEMA IMPLANTAÇÃO Fonte: Acervo Pessoal.
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capítulo 2
Figura 24, 25 e 26: VILA DIGNIDADE Fonte: Prefeitura de Avaré
Dentro das residências, o mobiliário foi projetado atender quesitos de mobilidade, segurança e acessibilidade da terceira idade. Com sala e cozinha conjugadas (FIGURAS 24,25 e 26), o projeto é singelo mas garante espaço para poder receber visitas de familiares e dos vizinhos. Todas as portas do quarto se abrem para o quintal onde cada morador pode cuidar do seu próprio jardim. Para a segurança os moradores, dentro das casas ao lado dos interruptores, possuem uma campainha caso algum idoso precisa ser socorrido com emergência.
Figura 27: ESQUEMA CASA Fonte: Acervo Pessoal
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Figura 28:PÁTIO Fonte: Prefeitura de Avaré.
A cidade de Uberaba e sua relação com o idoso
capítulo 3 UBERABA E SUAS INSTITUIÇÕES ASILARES O início da institucionalização de idosos na cidade de Uberaba, certamente começou com a construção do asilo São Vicente de Paulo. Tratase de uma instituição sem fins lucrativos que foi fundada em 20 de junho de 1902 pelos irmãos vicentinos. Era um grupo de franceses e seguidores do catolicismo, com o objetivo de proporcionar solidariedade e amor ao próximo. No início, as instalações eram simples, mas com o tempo o asilo foi ganhando credibilidade junto à população, que começou a colaborar com doações e voluntariado. Nenhum órgão público ajuda o asilo, ele é mantido por doações e por atividades realizadas pelos próprios administradores do asilo para a arrecadação de dinheiro. Com mais de 100 anos de história, o asilo atualmente atende 54 idosos de Uberaba e possui uma estrutura mais preparada para atender os idosos, quando comparados às demais instituições em Uberaba.
Figura 29 e 30: ASILO SÃO VICENTE (1930)| ASILO SÃO VICENTE 2015 Fonte: Blog Giselda Campos.
Outro asilo conhecido em Uberaba é o asilo Santo Antônio (fundado em 8 de setembro de 1912), completou 103 e já atendeu mais de 2500 idosos ao longo desses anos e atualmente conta com 64 idosos morando no local. No início, o asilo Santo Antônio trabalhava apenas com moradores de rua, e com o tempo, viu a necessidade de abrigar idosos, pois estes também precisavam de cuidados especiais. Muitas pessoas que trabalharam no asilo no início de sua fundação hoje recebem os cuidados de outras pessoas no próprio local.
O asilo São Vicente de Paulo e o Asilo Santo Antônio são as únicas instituições de idosos que se tem registrado documentos sobre sua fundação, as demais, foram surgindo com o tempo e com as necessidades. Atualmente Uberaba conta com sete instituições asilares que são mantidas por doações e/ou por ajuda da Prefeitura Municipal de Uberaba, elas abrigam um total de 284 idosos, segundo a tabela abaixo e dados fornecidos pelo site da Prefeitura de Uberaba. Em visitas realizadas, foi possível perceber que as instituições existentes em Uberaba não comportam a demanda da população idosa de Uberaba. Muitos dos asilos estão com sua capacidade máxima o que acaba comprometendo a qualidade dos serviços oferecidos dentro da instituição.
Figura 33: TABELA RELAÇÃO DE IDOSOS EM UBERABA-MG Fonte: Acervo pessoal. Figura 31 e 32: ASILO SANTO ANTÔNIO 1945| ASILO SANTO ANTÔNIO 2013 Fonte: Blog Giselda Campos
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INSTITUIÇÕES ASILARES DE UBERABA-MG
Figura 34:MAPA COM DEMAIS INSTITUIÇÕES ASILARES UBERABA Fonte: Google Earth
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O LUGAR
capítulo 4 ESCOLHA DA ÁREA E JUSTIFICATIVA Á área escolhida encontra-se na Rua Maria Aparecida O. Ribeiro no bairro Conjunto Manoel Mendes, mais precisamente do lado esquerdo do terminal Rodoviário Leste da Leopoldino de Oliveira sentido bairro-centro. O lote foi escolhido por se tratar de uma área abandonada pelo poder público, que antes tinham o propósito de fazer uma praça para os moradores, mais que hoje se encontra sem nenhum uso. Outro motivo da escolha da área foi a fácil localização, devido estar localizada a poucos minutos do centro, e por se tratar de uma área inserida em um bairro residencial, onde o projeto prevê a interação da comunidade com o instituto que será inserido. Figura 36: ESQUEMA FLUXOS Fonte: Acervo Pessoal.
Terminal de Ônibus Urbano Limite do terreno escolhido Avenida Niza Marques Guaritá Avenida Nossa Senhora do Desterro Rua João Bento Carvalho Rua Comendador Nilton Val Ribeiro Rua Maria Aparecida Oliveira Ribeiro Rua Aderbal Silveira Polveiro Figura 35: CIDADE DE UBERABA Fonte: Google Earth.
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capítulo 4 24
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Figuras 36 á 44: FOTOS DA ÁREA Fonte:magens retiradas do Google Earth e acervo pessoal.
ESTUDO DA ÁREA Vias As vias no entorno do lote são apenas coletoras e locais segundo o Plano Diretor da Cidade de Uberaba, conseqüentemente tornando o trânsito no entorno mais calmo e com pouco fluxo de carros.
Via Coletora Via Local
Principais acessos a área Os principais acessos á área se dão por duas avenidas importantes para a cidade de Uberaba, são elas: Avenida Nossa Senhora do Desterro e pela Avenida Niza Marques Guaritá (continuação da Leopoldino de Oliveira). Isso torna o local de fácil acesso além de proporcionar uma referência para o local.
Acesso pela Avenida Niza Marques Guaritá Acesso pela Avenida Nossa Senhora do Desterro
Insolação O conforto térmico é um atributo necessário em cada projeto e a radiação solar é uma de suas importantes variáveis, influindo no ganho de calor da arquitetura, além de promover iluminação natural. O estudo da melhor orientação das fachadas em função do clima local se faz de grande importância, dispensando na maioria dos casos o uso de dispositivos artificiais para iluminação e condicionamento. Assim, podemos perceber as orientações das fachadas e aplicar esses estudos no projeto. Figura 45 á 47: ESQUEMA DA ÁREA Fonte: Acervo Pessoal
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capítulo 4 Vegetação pré existente No terreno, há árvores que variam de pequeno a grande porte e que se encontram no entorno de toda a quadra. Dentro do lote não há praticamente nenhuma árvore, apenas gramíneas. Como diretriz do projeto, a proposta é preservar toda a vegetação pré-existente e inserir um projeto paisagístico aliado com o arquitetônico dentro do lote.
Legislação (Plano diretor de Uberaba)
Figura 48 á 52: FOTOS DA ÁREA Fonte: Acervo Pessoal.
Segundo o Plano Diretor da Cidade de Uberaba a área está localizada dentro da Macrozona de Estruturação Urbana, mais especificamente na Zona Residencial 2. Neste local estão permitidos usos residenciais, comerciais, serviços e indústria de pequeno porte, se restringindo apenas para indústrias de grande porte. A taxa de ocupação máxima é de 70%, os números de pavimentos máximos permitido são de quatro pavimentos e o coeficiente de aproveitamento é 3.
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MAPAS DO ENTORNO Associações Área escolhida Orfanato Casa de Apoio Religioso Escola Clube Asilo
Figura 53: MAPA DE EQUIPAMENTOS Fonte: Acervo pessoal
Institucional Uso misto Comércio ou serviços Habitação Vazios Figura 54: MAPA DE USO E OCUPAÇÃO Fonte: Acervo Pessoal
Nos mapas podemos ver que há poucos espaços vazios no entorno da quadra escolhida. Isso se deve ao fato de ser uma área predominantemente residencial, apesar de ter vários tipos de comércio e serviços nas avenidas centrais. Como o projeto prevê a interação da comunidade com o os idosos, a escolha da área foi ideal, por ser um terreno grande e ao mesmo tempo tempo inserido em uma área densamente ocupada por residências. Além disso, é importante destacar os tipos de equipamentos no entorno que se restringe apenas em escola, igreja, associações, clube, asilo, todas de uso predominantemente residencial também. Figura 55:MAPA FIGURA E FUNDO Fonte: Acervo Pessoal Centro de Convivência para Idosos em Uberaba
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O Projeto
Programa de necessidades Para a definição do programa, foram levadas em consideração as visitas feitas em outras instituições (asilos, casa lar) e questionários aplicados para os moradores desses locais, além de pesquisas para a inserção de demais recursos e atividades que o local necessitará. O programa foi divido em cinco categorias que se subdividem, formando grupos de atividades relacionados de forma a facilitar as definições espaciais.
Capítulo 5
O PROJETO ARQUITETÔNICO
Área das moradias A área de moradias está relacionada as atividades pessoais de casa morador. Esses espaços foram pensados visando responder as expectativas dos idosos com relação a velhice, trazendo conforto e paz, sem perder o convívio com as pessoas.
Área Comum de Entretenimento
Área da Saúde A área da saúde está ligada a todas as atividades relacionadas a manutenção da saúde e do bem estar dos idosos do instituto, sendo elas: consultas de rotina com acompanhamento médico, atendimentos de primeiros-socorros, consultas com psicólogos, nutricionista, fisioterapeutas, vacinação periódica, além de acompanhamento de assistente social para consultas mais especializadas e deslocamento para outros hospital, caso necessário.
A área de entretenimento está relacionada ao entretenimento para os idosos e os moradores da comunidade, onde haverá biblioteca, oficina de informática, oficina de crochê e artesanato, podendo facilitar a geração de renda para o complexo onde os idosos possam trabalhar, ensinar e se sentir atuantes na sociedade.
Área de Esportes e Lazer Á área de esportes está ligada a manutenção de atividade física, ginástica, hidroginástica, dança de salão e demais atividades. O projeto visa fazer com que os idosos possam trabalhar como professores ou atuar com alunos, e que toda a comunidade também possa participar dessas atividades.
Área Religiosa A área religiosa está ligada a religiosidade dos idosos e dos moradores locais, abrangendo todas as religiões com respeito. Centro de Convivência para Idosos em Uberaba
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capítulo 5
Após a definição das áreas foi possível definir cada item integrante de cada área e assim pode-se desenvolver melhor o programa de necessidades, se apresentando da seguinte forma:
ESPORTES Salão de dança
SÁUDE Espera
Recepção
Atendimento médico
Especialidades
Atendimento profissional
Especialidades
Medicação
Técnicos em enfermagem
Coordenação
• 2 Coordenadores
Piscina • 1 Clínico Geral • 1 Geriatra
Academia
• 1 Psicólogas • 1 Nutricionista • 2 Fisioterapeutas
Quadra de esportes (já existente)
D.M.L Banheiros Vaga de Ambulância Depósito de medicamentos Depósito de materiais
Espaço ecumênico
Infraestrutura
• Assentos • Altar
Coordenação
Infraestrutura
Infraestrutura • Copa • • • • •
RELIGIOSO
• • • •
D.M.L Banheiros Depósito de materiais Vestiário
ENTRETENIMENTO Biblioteca
MORADIAS Informática
Módulo
Infraestrutura
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• Máximo de 2 idosos por módulo • • • • •
Banheiros Cozinha Sala Quarto Lavanderia
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• Crochê • Artesanato • Costura
Oficinas
Infraestrutura
• • • •
D.M.L Banheiros Depósito de materiais Vaga de carga e descarga
Atividades
Espera
Triagem
Atendimento médico
SAÚDE
Necessidades
- Lugar confortável para esperar a consulta
Espaço de atendimento com sala de espera
- Balcão de atendimento - Armário - Longarinas
vitais -Aferir Fazersinais a ficha do do paciente e classificar o paciente. depacientes prioridade -estado Orientar de atendimento para a triagem
Sala de atendimento com possibilidade de divisão
- Armário - Maca - Mesa - Cadeira
02 Salas de atendimento
- Armários - Macas - Mesas - Cadeiras
Realizar a consulta médica ao idoso Consultas especializadas • Psicólogo • Nutricionista • Fisioterapeuta Fazer a medicação prescrita pelo médico e fornecer remédios para os idosos
Salas para cada profissional
Sala de atendimento
- Armários - Macas - Mesas - Cadeiras
Trabalhar na coordenação da área de saúde do instituto
Sala de atendimento com possibilidade de divisão
- Armários - Mesas - Cadeiras
Facilitar as refeições dos trabalhadores
01 Sala
Copa
- Bancada - Armário - Mesa - Cadeiras - Fogão
D.M.L
Depósito de materiais de limpeza
Atendimento profissional
Medicação/ Depósito
Coordenação
Local
Quarto
Cozinha
MORADIAS
Espaço
Sala
Lavanderia
D.M.L
Atividades - Proporcionar o bem estar e a realização das demais atividades pessoais de cada idosos refeições --Facilitar Fazer a as ficha do dos idosos. paciente. - Orientar pacientes para a triagem
01 Sala
Espaço Espaço amplo com tratamento acústico
Espaço amplo
Espaço
Atividades
Proporcionar aulas - Fazer a ficha do de dança para os paciente. -idosos. Orientar pacientes para a triagem
Salão de dança
Necessidades -Armários -Aparelhos de ginástica e musculação -bebedouro
Espaço amplo com tratamento acústico
- Proporcionar atividade física aos idosos
Academia
-Armários - Espelho
Espaço amplo com tratamento acústico
ESPORTES
Vestiário
- Armários - Macas - Mesas - Cadeiras
Facilitar a troca de roupa dos usuários Armazenar os materiais utilizados na área de esportes Ex.: bolas, rede, cordas etc.
Depósito de materiais
Local
- Armários - Tanque
RELIGIOSO
01 Feminino 01 Masculino 01 Família
- Armários - Chuveiros
01 Sala
- Armários
Atividades
ESPAÇO ECUMÊNICO
Atender as diferentes religiões, respeitando-as.
Espaço Espaço amplo e aberto
Necessidades -Armários - Cama -Prateleiras - Televisão - Mesas - Cadeiras -Armários -Bancada -Mesa - Cadeira
- Fogão - Geladeira
Local
Biblioteca
- Televisão - Sofá - Poltronas - Armários
Oferecer momentos em coletividade para os idosos.
Espaço amplo
-Lavar roupa - De uso coletivo
Espaço aberto a área externa
- Armários - Tanque
01 Sala
- Armários - Tanque - Maquina de lavar
Depósito de materiais de limpeza
Local
O Projeto
Local
ENTRETE NIMENTO
Informática
Oficinas
Atividades - Proporcionar leituras e pesquisas para a comunidade
Proporcionar aulas -- Fazer a ficha do de informáticas para a paciente. e para os -comunidade Orientar pacientes idosos para a triagem • • •
Crochê Artesanato Corte e Costura
Espaço Espaço amplo com tratamento acústico
Necessidades -Armários - Banheiros -Prateleiras - Mesas - Cadeiras
Espaço amplo com possibilidade de divisão
-Armários - Mesas de computador - Cadeiras - Ar condicionado
Espaço amplo com possibilidade de divisão
-Armários - Mesas de trabalho - Cadeiras - Ar condicionado
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capítulo 5
IMPLANTAÇÃO
ACESSOS
A implantação foi pensada de modo a distribuir os usos sem que uma área atrapalhasse a outra de alguma forma. Para isso se pensou as moradias no centro, como foco do projeto. A área de esportes ficou localizada no mesmo local onde há a quadra esportiva, e ao lado foi colocado a área de entretenimento, pois essa será a área em que tanto os idosos e a comunidade podem passar o dia. O templo ecumênico e a horta foram posicionados na outra o lateral as moradias para que houvesse menos barulho e, conseqüentemente, ter o menor fluxo de pessoas.
Os acessos do projeto foram pensados de modo a facilitar a circulação dos idosos e dos moradores da comunidade. Para a definição dos acessos entre os módulos foi considerado uma malha retangular, e com caminhos de dimensão 2.5, se diferenciando pela paginação de piso e pelos demais caminhos que variam de 1,5m a 2m. Além disso, foram incorporados outros acessos próximo ao templo ecumênico, estacionamento, área de esportes e lazer, já que eles não são apenas de uso exclusivo dos idosos e sim para toda a comunidade. Acessos principais para os módulos Acessos para estacionamento Acessos para o templo ecumênico Acessos secundários para a quadra
Figura 53: ESQUEMA IMPLANTAÇÃO Fonte: Acervo Pessoal.
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Paginação tipo 1 Paginação tipo 2
Sobre as moradias podemos dizer ela tem como objetivo nos proporcionar equilíbrio físico e psíquico, satisfazendo os nossas aspectos funcionais dentro de um espaço arquitetônico. A arquitetura ordena o ambiente humano e controla a relação entre o homem e seu habitat. Assim é possível perceber que o espaço arquitetônico atua como agente de tratamento terapêutico para os moradores. Segundo BENJAMIM (1996), a qualidade de vida de indivíduos e grupos está diretamente ligada a importância do ambiente arquitetônico. Segundo ele, um ambiente arquitetônico pode proporcionar privacidade, independência, conforto etc. Esse estudo mostra a importância da moradia, principalmente para aquelas pessoas que usufruem mais o espaço arquitetônico: os idosos, já que a maioria passa a maior parte do tempo em casa. O objetivo de se projetar um ambiente especifico para idosos é estimular a autonomia que idoso precisa para realizar suas atividades diárias sem precisar de uma segunda pessoa. (salvo em casos em que idoso se encontra acamado). Isso automaticamente faz com que eles se sintam independentes, e úteis para si mesmo. Nesse aspecto, é preciso considerar as relações antropométricas do idoso.
O Projeto
ERGONOMIA PARA A TERCEIRA IDADE
De acordo com NEUFFERT, é preciso considerar o uso de bengala, o espaço de cadeiras de rodas e as medidas mínimas de deslocamento. Assim cada espaço dentro da moradia precisa ser projetado seguindo as dimensões mínimas exigidas para circulação e área de manobra dos equipamentos. Assim como mostra as figuras x y.
Figura 54 á 57: DIMENSÃO E MANOBRA DE EQUIPAMENTOS Fonte:: Blog Antônio Moser
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capítulo 5
OS MÓDULOS Os módulos foram projetados buscando um desenho simples e que fosse suficiente para satisfazer as necessidades do idoso. Cada módulo é composto de um quarto (para até duas pessoas), um banheiro adaptado, sala, cozinha e lavanderia. Alguns cômodos possuem especificações mais definidas para que possa trazer mais conforto para os idosos. Por exemplo, nos dormitórios, as atividades que nele se executam são: dormir, ver televisão, descansar, ler, ouvir música, bordar ou tricotar e escrever. Assim o dormitório deve ser amplo, porém de uma forma que o idoso não passe o dia todo ali. Se possível, o quarto deve ser voltado para alguma paisagem para melhor contribui com o tratamento terapêutico. Já nos banheiros, é preciso que haja barras de apoio para auxiliar o idoso no banho, na transferência do sanitário para cadeira de rodas ou para o chuveiro, seja sozinho ou orientado por alguém. O banheiro deve ter espaço suficiente de circulação para cadeira de rodas, possibilitando raio de giro dentro desse espaço. Nas demais áreas da residência são preferíveis manter as alturas das tomadas e apagadores considerando a pessoa na cadeira de rodas. Assim evita-se também que o idoso que não usa cadeira de rodas se abaixe prejudicando a coluna. Os armários devem estar posicionados entre 0,4m e 1,4m para facilitar a movimentação do idoso. Com o desenvolvimento da proposta, os módulos foram adaptados para a ergonomia do idoso, facilitando para aqueles que vivem em uma cadeira de rodas, estão acamados ou necessitam da ajudar do andador para se locomover.
MÓDULO 2 Sala e Cozinha Lavanderia MÓDULO 1
Varanda Banheiro Quarto
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Ângela Martins e Helena Brandão (2007) mostram em sua pesquisa que as varandas são resultados de uma variedade cultural vinda de muitos países e desde o período colonial e que, apesar do tempo, o seu significado para as moradias brasileiras se perduram até hoje. Dependendo do desenho arquitetônico que ela leva, pode ser considerada como um local de convívio, descanso, contemplação, convívio e um espaço de transição entre o público e o privado. A varanda é lugar de encontro com o outro, onde se recebe a família, onde se recebe os filhos que moram longe, onde os netos vão brincar, onde se descansa depois do almoço de domingo. Para a terceira idade, esses conceitos de varanda são ainda mais fortes, pois muitos deles cresceram ou construíram sua família em fazendas e casarões que possuíam varandas que circundavam toda a casa.
O Projeto
VARANDAS
Por isso no projeto foi pensado que cada casa possuísse a sua varanda e que as mesmas se configurassem de uma forma que facilitasse o convívio com o vizinho. Os idosos poderão usar suas varandas para descansar, namorar, fazer crochê e conversar uns com os outros. Os módulos estão dispostos no lote seguindo uma malha regular para o alinhamento dos mesmos e criando, ao mesmo tempo, espaços entre as casas compostos por jardins e as varandas . No total o instituto terá a capacidade para abrigar 54 idosos. Circulação Seguindo essa ideia dos conjuntos de varandas, criou-se uma dinâmica entre os espaços, permitindo que os idosos caminhem, onde uma visada é sempre diferente da outra, um caminho é sempre diferente do outro, fazendo com o espaço seja mais interessante para caminhadas e contemplação.
Varanda
Encontro das varandas
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capítulo 5
TEMPLO ECUMÊNICO Quando se fala hoje que algo é ecumênico, seu significado quer abranger a toda espécie humana, em sentido universal. Esta universalidade engloba pelo menos as dimensões GEOGRÁFICAS, CULTURAIS, POLÍTICAS, SOCIAL E RACIAL. Em seu significado especificamente religioso, o termo ecumênico veio a representar a unidade da igreja de Cristo que vai além das diferenças geográficas, culturais e políticas entre as diversas igrejas. A terceira idade possui uma religiosidade muito forte, e com isso, é preciso dar esse espaço para eles, de orar, rezar, contemplar e se sentir 'conectados' com suas crenças religiosas para que as mesmas não se percam no tempo e no estilo de vida que muitos idosos vivem. A escolha de ser um templo ecumênico vem da neutralidade de qualquer religião sobre o espaço, sobretudo sendo um lugar que ofereça harmonia, tranquilidade, lucidez, introspecção, iluminação, paz, bem estar e novas percepções. O templo ecumênico foi projetado buscando formas simples, cores suaves, além de estar associado a elementos como a natureza, a água, elementos de luz e sombra. A sua localização foi colocada distante da área de esportes e lazer justamente para que não haja interferência do barulho nas atividades a ser realizadas no templo, além da paginação de piso ser diferente nos acessos principais dos módulos e do templo.
Desenho Arquitetônico
Visada Paginação 1 Espelho d’agua Acessos Principais 36
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FIGURAS E ESQUEMAS FEITAS PELA AUTORA.
O Projeto
ESPORTES E LAZER
PISCINA ACADEMIA OFICINAS SALÃO DE DANÇA
A Área de esportes será projetada para fazer com que os idosos e a comunidade local possam interagir frequentemente, com os idosos ministrando as aulas para as crianças e adolescentes, ou participando das aulas ministradas por voluntários da comunidade. O espaço além de funcionar como elemento chave da integração do idoso e da sociedade poderá também gerar renda para a manutenção do centro de convivência.
Figura 58 á 60: FOTOS DA ÁREA Fonte:: Acervo Pessoal
Acessos Principais Arquibancada
O projeto prevê a reforma da quadra já existente no local com cobertura nova, e modificação do nível da quadra atual, ela será coloca 1metro abaixo do nível da calçada, restringindo os fluxos. A quadra de esportes também poderá ser utilizada para eventos contribuindo para a interação entre as pessoas do bairro. As demais atividades como academia, aulas de informática, aulas de crochê e artesanato, dança de salão etc. serão realizadas em um espaço construído ao lado da quadra já existente, formando um pavilhão compondo todas as atividades de entretenimento e também, a construção de toda a infra-estrutura que atenderá essa área. FIGURAS E ESQUEMAS FEITAS PELA AUTORA. Centro de Convivência para Idosos em Uberaba
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capítulo 5
ENTRETENIMENTO A área de entretenimento, assim como a de esportes, busca relacionar algumas atividades de lazer para os idosos e a comunidade em geral. A construção de oficinas (crochê, artesananto, corte e costura) , salas de informática, espaço de leitura, podem proporcionar a interação das pessoas e proporcionar ao idoso uma oportunidade de emprego e de aprendizado. SALÃO DE DANÇA CIRCULAÇÃO VERTICAL BANHEIROS DEPÓSITO (PISCINA E QUADRA) ACADEMIA CIRCULAÇÃO HORIZONTAL OFICINAS E ESPAÇO DE LEITURA
PAVIMENTO TÉRREO
FIGURAS E ESQUEMAS FEITAS PELA AUTORA.
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PAVIMENTO 1º Centro de Convivência para Idosos em Uberaba
No centro de convivência terá módulos também para a saúde, contando com vários profissionais de diferentes áreas para atuar no tratamento e prevenção de doenças comuns a terceira idade, além de contribuir para o bom funcionamento mental dos moradores. O atendimento é exclusivo para os idosos, salvo em casos de primeiros socorros para a população local. Além de tratamento médico, o posto local contará com psicólogo, fisioterapeutas, e assistente social que vai fazer a coordenação da relação entre familiares e idosos da melhor forma possível, sempre visando o bem estar do idoso, e coordenar também a transferência dos idosos para hospitais mais especializados (caso necessário) para consultas e tratamentos em especialidades mais especificas. Além do tratamento médico, terá uma unidade da farmácia popular e uma central de segurança. Os módulos da saúde e serviços estão disposto no centro do complexo, e contam com estacionamento próximo, além da vaga de ambulância (essa pode percorrer os caminhos principais do centro em caso de necessidade).
O Projeto
SAÚDE E SERVIÇOS
MÓDULO 4 MÓDULO 3 Salas: Médicos Psicólogo Fisioterapeuta Assistente Social Central de segurança Copa dos Funcionários Farmácia Popular Lavanderia Copa dos funcionários Vaga de ambulância Estacionamento
MÓDULO 5
FIGURAS E ESQUEMAS FEITAS PELA AUTORA.
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capítulo 5
PAISAGISMO E HORTA TERAPÊUTICA Além dos ganhos materiais na qualidade do uso do espaço, como salubridade e conforto físico, o projeto propõe um paisagismo que leva em conta o fator psicológico que as possibilidades de paisagem agradável aos olhos oferecem. Com as disposições dos módulos, as varandas e a criação dos jardins entre eles, permite o diálogo das casas com a área externa oferecendo sensações de liberdade e de bem estar. Na terceira idade, muitos deles nasceram a mais de 60 anos atrás, onde o contato das pessoas com o campo era mais comum, e provavelmente foi onde a maioria deles passaram a infância, e o projeto também busca um pouco disso, proporcionar mais contato do idoso com o campo, além de propor o mesmo tipo de sensação para a comunidade local.
Figura 61: IDOSO NA COLHEITA Fonte: Dreamstime
Por isso haverá uma horta, onde os idosos possam cuidar pessoalmente do desenvolvimento das plantas e assim poderão criar vínculos com a vegetação, resgatando memórias passadas, o que fazem desse cuidado uma terapia, melhorando a qualidade de vida e bem estar. O paisagismo também funcionará como delimitador de fluxos na arquitetura, direcionando os caminhos dos pedestres. BANHEIROS DEPÓSITO TANQUES
TALUDE (DELIMITAÇÃO DA HORTA) ÁREA DE PLANTIO LAVATÓRIO\DEPÓSITO\BANHEIRO ACESSO Á HORTA
FIGURAS E ESQUEMAS FEITAS PELA AUTORA.
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O Projeto
CONTEXTO URBANO E SOCIAL O projeto propõe a criação de uma creche para crianças de 1 a 6 anos em um terreno ao lado do instituto. Os idosos poderão trabalhar nessa creche ajudando no trabalho com as crianças, e os voluntários podem também levar as crianças para o instituto com intuito de fazer aulas de educação física, visitas aos idosos menos capacitados, aulas na biblioteca, aulas de informática etc. Para melhorar o acesso entre a creche e o instituto, o projeto prevê fazer com que a Rua Comendador Nilton Val Ribeiro seja transformada em uma rua com velocidade reduzida e de apenas uma faixa, assim a população terá mais espaço para feiras, eventos, quermesses e apresentações. O fluxo de veículos não será comprometido. A atividade de interação entre crianças e idosos propicia o desenvolvimento de ambas as partes através da realização de boas ações. Os momentos com os idosos são de alegria e carinhos, pois todos percebem, do seu jeito, o que está acontecendo ali. Uma criança chama a atenção por lembrar um neto, faz bater a saudade dos filhos quando eram crianças etc.
RUA COM VELOCIDADE REDUZIDA CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES
O objetivo desta iniciativa é passar para as crianças o respeito que devem ter por todas as pessoas, principalmente os idosos, sabendo que o tempo passa e que todos, muito provavelmente, passarão por esta etapa. Dá também a noção de o quão é importante valorizar os pais, avós e demais pessoas. Também valorizam a percepção sobre o nosso comportamento e modo de ser, que vai refletir em todos que estão a redor quando a velhice chegar, podendo contar com uma mão amiga, uma palavra de auxílio, que nesta fase faz toda a diferença.
ESPAÇO PARA FEIRAS LOTE PARA CONSTRUÇÃO DA CRECHE BANCOS
FIGURAS E ESQUEMAS FEITAS PELA AUTORA. Centro de Convivência para Idosos em Uberaba
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Referências
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ARQUITETURA e inclusão social Centro de Convivênvia de Idosos em Uberaba-MG
ARQUITETURA E URBANISMO Andressa Ribeiro Teodoro Barbosa Dezembro de 2016