REABILITAÇÃO DO CENTRO DE MOGI DAS CRUZES MOGI DAS CRUZES
I
2014
REABILITAÇÃO DO CENTRO DE MOGI DAS CRUZES Andressa Gonçalves Strefezza I
RGM
I
254743
Universidade Braz Cubas Graduação em Arquitetura e Urbanismo - FAU-UBC Trabalho Final de Graduação Orientadores: Prof° Esp. Ricardo H Lú Profª M.ª Miriam Escobar Mogi das Cruzes
I
Dezembro 2014
AGRADECIMENTOS
À minha família pelo apoio incondicional dado ao meu sonho desde criança que hoje realizo com muita felicidade e certeza de que é a profissão que escolhi para toda vida. Aos meus mestres que sempre foram fonte de inspiração, sabedoria e incentivo criativo, em especial ao Professor Júlio Strelec pela grande ajuda nos cinco anos de FAU, à Professora Miriam Escobar pelas palavras encorajadoras e norteadoras em todo processo de criação, e ao meu orientador Professor Ricardo Lú, pela orientação, estímulo e aos desafios impostos que mudaram irreversivelmente minha formação. À equipe da Formatto Arquitetura e Construção pelas oportunidades e experiências valiosas em todos os campos da vida, e inclusive por algo muito valioso, o tempo. Aos meus amigos da universidade por todo caminho trilhado até aqui e pelo crescimento pessoal e profissional que conquistamos juntos, em especial à Myleni Hamada e Patrícia Norma, minhas fiéis companheiras. À paciência que todos tiveram comigo, principalmente à minha grande amiga Ane Madureira e ao meu grande amor Victor Forte, a quem serei eternamente grata pelo apoio e amizade incondicional. E à grande Mogi das Cruzes, que me proporcionou experiências e ensinamentos que eu não teria aprendido em nenhum outro lugar do mundo.
REABILITAÇÃO
“Processo de gestão de ações integradas, públicas e privadas, de recuperação e reutilização do acervo edificado em áreas já consolidadas da cidade, compreendendo os espaços e edificações ociosas, vazias, abandonadas, subutilizadas e insalubres, a melhoria dos espaços e serviços públicos, da acessibilidade e dos equipamentos comunitários na direção do repovoamento e utilização de forma multiclassista.“
Livro Planejamento Territorial Urbano e Política Fundiária Ministério das Cidades. 2004.
ÍNDICE A CIDADE – MOGI DAS CRUZES
02
ANÁLISES
26
ANÁLISES DE MOBILIDADE
46
A PROPOSTA
50
DETALHAMENTO
81
PROJETO PONTUAL – CINE ODEON
95
REFERÊNCIAS
117
BIBLIOGRAFIA
123
A CIDADE - MOGI DAS CRUZES
AE
MOGI DAS CRUZES
A procura de ouro, o bandeirante Braz Cubas, no ano de 1560, embrenha-se pelas matas às margens do Rio Anhembi (hoje Rio Tietê), e descobre assim o território mogiano. Mas o fundador do povoado Vila Sant‘Anna de Mogi Mirim é Gaspar Vaz, que em 1611 abre o primeiro caminho de acesso de São Paulo à Mogi, com a data oficial de 1° de Setembro. 5
O território mogiano desde sua fundação passou por um processo de desmembramento, sendo dividido (cronologicamente) nas cidades de Jacareí, Santa Isabel, Salesópolis, Guararema, Poá, Suzano, Itaquaquecetuba e sua última em 1964, Biritiba Mirim, consolidando seu território desse ano até atualmente.
LINHA DO TEMPO COM MAPEAMENTO DOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS
N
SEM ESCALA
6
CRESCIMENTO DA ÁREA URBANIZADA
1953
1965
1968
1975
1979
1982
1- Nível regional O inchaço da grande São Paulo faz com que a mancha urbana se expanda além de suas regiões metropolitanas. A cidade de Mogi das Cruzes está no eixo desse crescimento sediando empreendimentos comerciais e industriais, e consequentemente uma súbita elevação no âmbito habitacional. Com a finalidade de acolher essas novas atividades, é necessário a elaboração de um planejamento que auxilie o crescimento da cidade acompanhada por um desenvolvimento urbano.
2- Nível local O centro de Mogi das Cruzes cresceu de forma rápida e desordenada, onde o sistema viário não comporta a dinâmica da cidade contemporânea. A proposta do trabalho de conclusão então trata-se de um estudo que relaciona diretamente a reabilitação de um tecido muito consolidado, não só nos aspectos das formas, mas também na criação de um desenho urbano que contemple a mobilidade através do desenho universal e na criação de espaço de convívio qualificados e humanizados.
7
Evolução do centro de Mogi das Cruzes
Mogi das Cruzes – 1939 Fonte: Memórias fotográficas de Mogi das Cruzes
CRESCIMENTO DA MALHA URBANA NA AE
1901
1984
O crescimento dá-se de forma radial, a partir do centro. No mesmo, as mudanças que ocorreram foram aberturas e fechamentos de vias. A ocupação já iniciou encostando um trecho das construções na via do trem.
1995 9
2014
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SEM ESCALA
Planta de Mogi das Cruzes Fonte: Isaac Grimberg
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MOGI DAS CRUZES EM DADOS
Área: 721 km² IDH 2010: 0,783 (alto) Densidade demográfica: 544,12 hab/km² Ano de fundação: 1611 População: 414.907 População residente- homens: 188.857 (senso 2010) População residente- mulheres: 198.922 (senso 2010)
Crescimento da população nos últimos 13 anos: 25,8% Grau de urbanização (2010): 92,14% Índice de envelhecimento: 50,65% Unidades básicas de saúde municipal: 50(UBS, Clínicas especializadas, Unidades 24h, AACD e Santa Casa) Unidade de Saúde do Governo do Estado: 3 (Hospital Luzia, Dr Arnaldo e AME)
INDICADORES DE HABITAÇÃO
2000
2010
% da população em domicílios com água encanada % da população em domicílios com energia elétrica % da população em domicílios com coleta de lixo
95,07 99,71 97,08
97,44 99,92 99,08
EVOLUÇÃO- TRATAMENTO DE ESGOTO EM MOGI Período 2000 2008 2009 2011 2012 2013 11
Esgoto coletado 78% 87% 89% 90% 92% 93%
Esgoto tratado 5% 28% 43% 44% 46% 53%
Mogi das Cruzes – 2013 Fonte: Memórias fotográficas de Mogi das Cruzes
AÇÕES DE MOBILIDADE URBANA EXECUTADAS PELA PREFEITURA O Programa Avança Mogi prevê um investimento total de R$ 1 bilhão em obras para Mogi das Cruzes, mesmo valor do orçamento municipal previsto para o ano de 2014, nas áreas como infraestrutura, educação e saúde. Na minha proposta de reabilitação, uma das diretrizes é a troca do modal “trem” para o “VLT”, com isso algumas das ações previstas como o viaduto Cav Nami Jafet e a passagem subterrânea da Sacadura Cabral não precisarão ser executados.
Reforma das estações pela CPTM
Passagem subterrânea Praça Sacadura Cabral
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Corredor de transporte coletivo leste/oeste
Viaduto Cav Nami Jafet
AÇÕES ESTRUTURANTES: RENOVAÇÃO E ACESSIBILIDADE URBANA DO CENTRO Alargamento da Rua Olegário Paiva
Praça de acesso ao Terminal Central (já executado)
Alargamento das calçadas da Rua Prof° Flaviano de Melo
Alargamento das calçadas da Rua Prof° Flaviano de Melo
Implantação do coletor tronco – Rio Ipiranga
Já sobre as obras estruturadoras no centro, tomei partida do alargamento da Olegário Paiva, Professor Flaviano de Melo (e das seções tipo da Barão de Jaceguai e Dr Ricardo Vilela) para minha estratégia de mobilidade central. 14
PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO
Mapa 2 – anéis perimetrais.
Mapa 1- pólos geradores externos.
Mapa 3 – pólos geradores internos.
A cidade de Mogi das Cruzes é o encontro dos pólos geradores de tráfego: -São Paulo, Itaquaquecetuba, Arujá, Santa Isabel, Guararema, Rio de Janeiro, Biritiba Mirim, Bertioga, Santos e Suzano. (mapa1). A cidade possui anéis perimetrais para melhorar o fluxo (mapa 2), mas longe do centro, dessa forma, não desafoga o tráfego no mesmo. Seu centro abriga os pólos geradores "internos“ à cidade: -Av Francisco Ferreira Lopes/ Est das Varinhas, Av Japão, R. Dr. Deodato Wetheimer/ Mogi Bertioga, R São João/Mogi Salesópolis, Av João XXIII, Av Francisco Rodrigues Filho, Av Antonio de Almeida/ Av Lothar W Hoehne, Mogi-Dutra/ Cabo Diogo Oliver (mapa 3). 15
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CENTRO HISTÓRICO
O centro histórico mogiano possui uma legislação específica no perímetro envoltório das Igrejas do Carmo, o órgão responsável pela legislação é o COMPHAP. A aprovação de projetos de construção, reforma ou demolição na Área Envoltória das Igrejas do Carmo de Mogi das Cruzes, deverá ser requerida nos órgãos: COMPHAP (Municipal), CONDEPHAAT (Estadual) e IPHAN (Nacional), sendo posteriormente encaminhadas a Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo - SMPU, para emissão de Alvará.
MAPA DE DELIMITAÇÃO DO CENTRO
Área Envoltória de Tombamento das Igrejas do Carmo - Decreto Municipal n.º 701/1979 - Lei Municipal n.º 2.683/1982 - Área de Regime Específico. Artigo 1º - O gabarito de 7 (sete) metros de altura máxima, exigido na Área Envoltória de Tombamento das Igrejas do Carmo, deverá ser respeitado e estendido também a todas as edificações inseridas na REP – Área submetida a Regime Específico de Proteção Cultural e Paisagística, delimitada pela Lei Municipal nº 2.683/82.
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MAPA DE DELIMITAÇÃO DO CENTRO
LEGENDA ÁREA ENVOLTÓRIA DO BEM TOMBADO DO CONJUNTO DAS IGREJAS DO CARMO CENTRO HISTÓRICO DE MC – LARGO DO CARMO ZEIU-1 – CENTRO HISTÓRICO E CENTRO TRADICIONAL ZEIU-2 – CENTRO CÍVICO
FOTO: Largo do Carmo FONTE: Da autora
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ÓRGÃO DE PRESERVAÇÃO DE PATRIMÔNIO
COMPHAP O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico Cultural, Artistico e Paisagístico de Mogi das Cruzes (COMPHAP) foi criado em 2003 como um órgão regulamentador e fiscalizador do patrimônio histórico da cidade. Uma das atribuições do COMPHAP é definir a política municipal de defesa e proteção do patrimônio cultural e natural, compreendendo o histórico, artístico, paisagístico, ambiental, arquitetônico, arqueológico, arquivístico, antropológico e genético do Município conforme trata o inciso I, do artigo 2º da Lei Municipal nº 5.500/2003 – Lei de Criação do COMPHAP.
IPHAN O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístoco Nacional (IPHAN) tem como missão promover e coordenar o processo de preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro para fortalecer identidades, garantir o direito à memória e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país.
Condephaat O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) tem a função de proteger, valorizar e divulgar o patrimônio cultural no Estado de São Paulo. Nessa categoria se encaixam bens móveis, imóveis, edificações, monumentos, bairros, núcleos históricos, áreas naturais, bens imateriais, dentre outros. 19
*VER LINHA DO TEMPO E MAPA DOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS
FOTO: Casarรฃo Neoclรกssico FONTE: Da autora
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PLANO DIRETOR
Art 15. VIII - assegurar a utilização adequada das áreas ociosas e a produção de habitação de interesse social, promovendo o aproveitamento por meio de política tributária.
Art 33. XIII
– criação de pólos comunitários de cultura, como depositórios de história, da construção da memória dos próprios território e de produção e consumo de bens culturais, com a instalação de equipamentos culturais, tais como: teatro, biblioteca, cinema, museu, sala de exposições, centro de cultura popular, casa do artesão, entre outros.
Art 45. I – Elaborar e implementar o Plano Municipal de turismo, visando a identificação no território de imóveis, áreas e percursos prioritários para o desenvolvimento do turismo.
Art 61. II – Prever o planejamento de espaços públicos e da paisagem urbana por meio de uma
ordenação, distribuição, revitalização, conservação e preservação do patrimônio cultural e ambiental, com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes.rt
Art 64. I – promover a melhoria contínua de mobilidade urbana, por meio do desenvolvimento de
ações de transporte, trânsito e acessibilidade. II – melhorar e tornar mais homogênea a acessibilidade no território municipal priorizando os pedestres. III – proporcionar maior segurança e conforto aos deslocamentos de pessoas e bens, com redução dos tempos e custos V – tornar o sistema de transporte coletivo um provedor eficaz e democrático de mobilidade e acessibilidade urbana.
Art 65. XIV –
adotar medidas visando a redução dos impactos degradantes do trânsito sobre os bens nas áreas de interesse de preservação do patrimônio histórico, artístico, cultural, arquitetônico, arqueológico, paisagístico e natural do município, priorizando o centro histórico e o tradicional.
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Art 67. II – prever alargamento da Rua Olegário Paiva, no trecho entre a Rua Major Pinheiro Franco e a Rua Barão de Jaceguai.
Art 101. XVIII
– Polo de Centralidade e Transporte Complexo Sacadura Cabral, compreendendo a remodelação do sistema viário local, sua integração à Estação Ferroviária de Mogi das Cruzes, a transposição sobre a linha férrea exclusiva para pedestres e a requalificação urbanística do entorno. XIX - Polo de Centralidade e Transporte Complexo Estudantes, compreendendo a integração entre a Estação Ferroviária Estudantes e o Terminal Rodoviário Municipal Geraldo Scavone, a transposição sobre a linha férrea exclusiva para pedestres e a requalificação urbanística do entorno.
Art 111 – Para a fluidez do sistema de trânsito da Macrozona Urbana Consolidada da
Conurbação Principal haverá a necessidade de intervenções no espaço para a complementação do sistema viário principal, dando continuidade à malha existente como forma de descongestionamento de determinadas regiões.
Art 129. III – viabilizar a implantação de projetos e ações visando a qualificação urbana a ao
melhor aproveitamento da infraestrutura urbana instalada dos equipamentos públicos, culturais e lazer, por deter as áreas do centro histórico e do centro tradicional. IV – induzir, por meio da aplicação dos instrumentos urbanísticos, a ocupação e ou utilização dos imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados. VII – preservar o traçado original das ruas, especialmente no centro histórico, controlando o tráfego de transportes e estimulando o uso dos passeios públicos. VIII – incentivar programas e ações de qualificação e requalificação urbanística para as áreas do centro histórico e centro tradicional, garantindo a ampliação e melhoria da acessibilidade a esses espaços por todos os cidadãos, especialmente para as pessoas portadoras de necessidades especiais. XI – promover a implementação de sistema de ciclovia, de forma a alcançar toda a Macrozona.
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ÁREA DE ESTUDO (A.E) A problemática que envolve a questão da mobilidade de Mogi das Cruzes, com maior ênfase nos espaços públicos do centro. Inicialmente foi traçado um perímetro abrangendo as duas estações de trem: Mogi das Cruzes e Estudantes, o centro histórico e cívico, que configura a região da fundação da cidade e sua expansão ao longo da linha férrea. No decorrer dos estudos e análises realizados, ficou evidente a necessidade de ampliar o perímetro que envolve a área central, visando uma nova estrutura de circulação viária que pudesse desafogar o núcleo urbano.
AE perímetro final – 123,80 ha
23
Sem escala Foto de base: google maps
N
AE perímetro inicial – 107,5 ha Sem escala
N
24
ANÁLISES
MAPA DE CIRCULAÇÕES
1- Pedonal (domínio do território) 2- Trem 3- Automóvel (era da industrialização)
1- Pedonal: A gêneses dos largos e alargamentos, coincidentes com adros, denotam uma vida pública da comunidade da época colonial. Seriam esses espaços mais públicos que os atuais?
2- Trem: Os trabalhos da Cia SP & RJ foi iniciado em 31 de Março de 1873, a Ferrovia, com trem de carga, cortava onde atualmente é a
Zona Leste, um dos principais articuladores dessa Estrada foi o Dr. Salvador José Corrêa, membro influente da sociedade na época, fazendo com que ela cortasse boa parte do território mogiano além do próprio Centro de Mogi das Cruzes, delineando assim fortemente o traçado. Em 6 de Novembro de 1875, era inaugurado o primeiro trecho pela Cia SP & RJ, entre São Paulo e Mogi das Cruzes, o trem inaugural partiu da Estação do Norte, às 10:10h da manhã e chegou a Mogi ao meio-dia. Em Setembro de 1911, após vários ofícios do Prefeito de Mogi das Cruzes para com o Diretor da Central do Brasil, o Dr Paulo Frontin, foi comunicado que, “a título de experiência”, faria correr um Trem de Subúrbio, saindo de Mogi pela manhã e regressando de São Paulo à tarde. Em 1912 o serviço se expandia: Passaram a correr dois trens diários saindo dos extremos, um pela manhã e outro à tarde, e pouco depois Paulo de Frontin ainda mandaria adicionar mais um trem durante o dia, totalizando 3 trens saindo de Mogi, e 3 trens saindo de São Paulo. No início de 1913, passaram a ser 4 trens saindo de cada extremidade, em Julho passou a 6 trens suburbanos saindo de cada extremidade diariamente.
3- Automóvel: O crescimento da população mogiana combinado com o crescimento da frota de veículos não surtiu efeitos positivos no centro histórico da cidade. As ruas antigas não tiveram nenhuma adaptação para melhoria da mobilidade urbana, ocasionando num trânsito caótico. A cidade ainda não possui um anel eficiente para deslocar o fluxo de veículos das ruas apertadas do centro. O mapa ao lado mostra a situação viária da AE. 27
MAPA DE CIRCULAÇÕES 0
50
100
200
N
VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LOCAL CALÇADÃO
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MAPA DE CHEIOS E VAZIOS
A A.E tem um tecido muito consolidado e de poucas áreas vazias no centro, como pode-se observar pelo mapa de cheio/vazio, como elas estão distribuídas. A maior parte das grandes áreas vazias são estacionamentos. Uma das premissas da intervenção é dar um novo uso para essas áreas, e centralizar os bolsões de estacionamentos em alguns pontos estratégicos. O objetivo é usar essas áreas vazias e subutilizadas para as intervenções construtivas. Pelo levantamento dos vazios foi possível identificar pontos de interesse, eles se localizam nos lugares de grandes vazios, e a partir desses foi feito uma filtragem, para ver a viabilidade de intervenção, resultando nos pontos chaves das intervenções centrais da proposta.
MAPA DE CHEIOS E VAZIOS 0
50
100
CHEIO VAZIO PONTOS DE INTERESSE
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200
N
30
MAPA DE USO DO SOLO
MAPA DE GABARITO DE ALTURA
0 50 100
200
N
0 50 100
200
N
COMERCIAL MISTO RESIDENCIAL INSTITUCIONAL
1 A 2 PAVIMENTOS 3 A 13 PAVIMENTOS ACIMA DE 14 PAVIMENTOS
SERVIÇO ÁREAS VERDES
31
O uso do solo na área central é bem diversificado, sendo o misto seu predominante. Observa-se muito a edificação de dois pavimentos onde o térreo é comércio e o superior é serviço.
O gabarito de altura no centro de Mogi das Cruzes é na maior parte de edificações com dois pavimentos. Salvo alguns edifícios com sua construção mais recente.
Há uma grande área institucional onde encontra-se o centro cívico com a Prefeitura, Câmara, Fórum, Previdência Social, Bombeiro, Terminais Rodoviário e de Trem, e Universidades.
Esse gabarito valoriza a Serra do Itapeti, que é o ponto norteador da cidade.
MAPA DE USO E OCUPAÇÃO - ZONAS
-ZC-1 – Zona Comercial e de Serviços Central -ZMR – Zona Mista Residencial -ZR- 4 – Zona Residencial Predominante de Alta Densidade -ZR- 5 – Zona Residencial Predominante de Densidade Demográfica Alta -ZI- 1 – Zona Institucional 1 - Área Envoltória das Igrejas do Carmo de Mogi das Cruzes
A.E.
O uso predominante da área de estudo é o ZC-1, ele permite o uso residencial, serviços, comercial, institucional e especial. Sobre os índices urbanísticos: taxa de ocupação 80%, coeficiente de aproveitamento 6, taxa de elevação 6, recuo frontal 2m, não é obrigatório o recuo laterais e fundos. 32
CRUZAMENTOS E CONFLITOS
MAPA DE LOCALIZAÇÃO 0 50
Os cruzamentos e conflitos estão concentrados nas vias arteriais e coletoras. Pelo mapa percebe-se que há um grande atrito entre fluxo de pedestre e de veículos.
A razão desse problema é a falta de infraestrutura em mobiliário urbano. As calçadas são pequenas, não conseguindo passar duas pessoas ao mesmo tempo, nos locais que possui postes e lixeira, não passa nenhum pedestre. Além disso as vias não possuem muitas faixas de travessia para pedestres e não há inexistência de acessibilidade.
33
100
200
N
1 2
3 3
4
5 6
7
8 10 14
9 13
12
11
18
15 17
16
19
20
21 34
MAPA DE EQUIPAMENTOS NA AE
MAPA DE LOCALIZAÇÃO 0 50
1- Estação Ferroviária Mogi das Cruzes 2- Terminal Central 3- Calçadão 4- Mercadão 5- E E Coronel Almeida 6- Teatro Vasquez 7- Santa Casa de Misericórdia 8- Bombeiros 9- Previdência Social 10- Prefeitura e Semae 11- Câmara dos Deputados 12- Fórum 13- Terminal Rod. E Parque Municipal 14- Estação Ferroviária Estudantes 15- Terminal Rodoviário 16- Universidade de Mogi das Cruzes 17- Mogi Shopping
35
100
200
N
2
1
3
4
5 6
7 9
8
10
12 13
11 15 16
17
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MAPA DO SISTEMA HÍDRICO E ÁREAS VERDES
TIETÊ
MAPA DO SISTEMA HÍDRICO
MAPA DE ÁREAS VERDES 0 50
100
200
N
Mogi das Cruzes fica no compartimento hidrográfico do Alto Tietê-Cabeceiras, aproximadamente a 50 quilômetros da nascente do Rio Tietê, no município de Salesópolis. O divisor de águas é a Serra do Itapeti, que abriga afluentes das Bacias do Paraíba do Sul e do Rio Tietê, também é cortada pelo compartimento hidrográfico pertencente à Bacia do Itapanhaú. A malha urbana da cidade desenvolve-se às margens de extensas áreas de várzeas, que cortam Mogi de Leste a Oeste. A AE é cortada no limite leste pelo córrego Lava Pés, e no limite oeste pelo córrego Ipiranga. As áreas verdes são esparsas, sendo praças em sua maioria. 37
FOTO: Manifestação cultural na Praça da Marisa(nome popula), pela liberdade de expressão cultural. FONTE: Da autora
38
MAPA DE PERMANÊNCIA MAPA DE PERMANÊNCIA DIURNO
MAPA DE PERMANÊNCIA NOTURNO O centro de Mogi das Cruzes sofre com o efeito pêndulo, durante o dia a concentração maior de pessoas fica no centro, onde há a maior gama de comércio e de serviços; e durante a noite as universidades tornam-se ímãs e formam o foco de concentração noturna. Como consequência as ruas do centro ficam vazias, abrindo espaço para criminalidade e prostituição.
39
ÁREAS DE ESTACIONAMENTOS E ÁREAS SUBUTILIZADAS
0 50
100
200
N
ESTACIONAMENTOS LOTES SUBUTILIZADOS
Esse levantamento traz as áreas de estacionamento e de lotes subutilizados da AE, os mesmos serão remanejados para atividades que exerçam função urbana. Lotes subutilizados se definem como lotes onde o coeficiente de aproveitamento não atingir o mínimo definido para o mesmo na zona em que se situam. Nesse levantamento também se enquadram as residências abandonadas.
ESTACIONAMENTOS - QUANTIDADE DE VAGAS REMOVIDAS: 973 VAGAS LOTES SUBUTILIZADOS: 12 LOTES
40
FRAGILIDADES
-ruptura do tecido urbano pela linha do trem -passagem em nível da via (pedestres e automóveis) com a linha férrea -anéis perimetrais insuficientes para desafogamento do centro -vias dos centros não suportam mais o tráfego imposto -nós problemáticos (rotatória do Habib's, estação de Mogi, calçadão) -ponto de encontro de vários pólos geradores de tráfego -calçadas com dimensões pequenas (não permite a vivência na calçada e desfavorece as relações interpessoais -falta de acessibilidade -falta de mobiliário urbano (as ruas só possuem algumas lixeiras e postes de iluminação para automóveis -enchentes na área do terminal central (ocasionadas pela cheia do Rio Ipiranga) -tecido consolidado desapropriação
-centro vazio a noite -prostituição 41
não
possui
muitas
áreas
para
intervenção
sem
42
POTENCIALIDADE
-elemento “Serra do Itapeti" como norteador e visual da paisagem -a linha do trem consolidada permite uma intervenção no modal, incentivando seu uso -sendo um ponto de encontro de vários pólos geradores de tráfego, por ter suas vias já saturadas e nós mal resolvidos, justifica-se a criação de um novo anel perimetral -a falta de mobiliário urbano e de acessibilidade legitimam o projeto -havendo ociosidade noturna do centro, é possível implantar novas atividades (para revitalizar a vida noturna) -há vida central durante o dia, se há potencial para atividades diurnas, falta apenas um incentivo para vida noturna -alguns vazios nos miolos das quadras permitem intervenções urbanas (como indicado no mapa de cheioxvazio) -os córregos da área juntamente com os pontos de alagamento possibilitam um novo tratamento ao elemento água, visando uma permeabilidade maior da cidade com o rio, e Consequentemente a diminuição das enchentes 43
44
ANÁLISE DE MOBILIDADE
ANÁLISE PARA TOMADA DE DECISÃO O trem, na cidade de Mogi das Cruzes, não funciona somente como transporte público, sua instalação forma uma barreira visual e física na cidade no sentido norte/sul. Além disso, a capacidade do trem é de 20.000 a 50.000 passageiros/hora, no trecho localizado na cidade, o trem leva cera de 26.400 passageiros/dia, sendo assim, o modal fica ocioso, uma vez que não se é utilizado em toda sua capacidade. Para constatar se esse é o modal necessário para a cidade e solucionar o rompimento do tecido, faz-se necessário a análise de mobilidade. 1- ALTERNATIVA: VLT, trem, BRT, metro 2- ANÁLISES DAS FALHAS CRÍTICAS: Trem: já possui esses modal, mas é pouco utilizado; possui poucas estações. VLT: precisaria comprar veículos novos e construir novas estações. BRT: precisa de toda infraestrutura, e a cidade possui poucos corredores exclusivos de ônibus. 3 – ANÁLISE PRELIMINAR: Trem: já está instalado. Desempenho: não é muito utilizado pois a sua capacidade é muito maior que a demanda de passageiros, ou seja fica ocioso na maior parte do tempo (fora os horários de pico). VLT: pode usar o trilho existente, precisa comprar os veículos, precisa construir novas estações e adaptar as antigas. Desempenho: não ficará ocioso pois o número suporta a demanda de passageiros; com mais estações aumenta o incentivo aos empreendimentos ao logo da linha pela fácil mobilidade, o que desenvolve os bairros. BRT: precisa instalar faixas exclusivas para ônibus, plataformas propícias aos veículos e comprar novos veículos. Desempenho: leva passageiros onde o trem não alcança (periferia). 4- LISTA CURTA: Trem, VLT, BRT 5- ANÁLISE DETALHADA (vide próxima folha). 47
5- Anรกlise detalhada
48
A PROPOSTA
CONCEITUAÇÃO DA PROPOSTA
JUNHO/2014
SETEMBRO/2014
No decorrer das pesquisas e estudos na área em conjunto com conceitos de referência em urbanismo, houve a necessidade de algumas mudanças da proposta inicial, e o amadurecimento do traçado e das propostas. A última, fechada em setembro de 2014, foi o ponto de partida dos desenhos urbanísticos.
52
PROPOSTA URBANÍSTICA
1 – Substituição do modal trem para VLT 2- Criação de mais estações de VLT (de 500 a 500m) 3- Abertura da via principal – corredor leste/oeste , dando continuidade à via arterial. 4- Mudança para estação intermodal Mogi das Cruzes e Estudantes 5- Abertura do Córrego Ipiranga na Estação de Mogi das Cruzes 6- Remoção dos estacionamentos em nível e lotes subutilizados do centro (área de estudos) e remanejá-los para abrigar residências, comércios e serviços(remanejamento dos locais desapropriados para a abertura da via principal). Localização: onde há mais residências, o remanejamento será para comércio, e onde há mais comércio o remanejamento será para residência. 7- aumento de vias exclusivas para pedestre, duas vias exclusivas para transporte coletivo e 10 vias de traffic calm. As demais vias do centro será remanejada para abrigas apenas uma pista de rolagem e a metragem da outra será dividida para o aumento das calçadas e mobiliário urbano. 8- Elevação das travessias dos pedestres. 9- Alargamento da R Braz Cubas e mudança para dois sentidos, para interligação dos corredores leste/oeste. 10- Rota de ciclovia 11- Vagas para intervenção de cidade criativa 12- Intervenções chaves: Terminais intermodais, galeria corporativa, galeria de arte a céu aberto, feira livre 24h, galpão-CIARTE,cine Odeon, revitalização da galeria conjunta com o hotel Binder, casa de taipa de pilão, edifício multifuncional combinado com habitações estudantis 13- Eixo da memória (rota histórica) pedonal com paginação diferenciada que liga os edifícios históricos; 53
Setorização da proposta 1- eixo Educacional 2- Eixo Funcional 3- Eixo memória – imagem 4- Eixo educacional e lazer 5- Eixo de lazer como apoio às universidades 6- Eixo educacional superior
N
CROQUI SEM ESCALA
N
6 5
CÉSAR DE SOUZA
4 3 2
1
CROQUI SEM ESCALA
N
SUZANO
N
54
PROPOSTA VIÁRIA
0 50 100
200
PROPOSTA CICLOVIA
N
VLT VIA ARTERIAL TRAFFIC CALM VIA EXCLUSIVA PARA TRANSPORTE COLETIVO
55
0 50 100
200
CICLOVIA
N
PROPOSTA PEDONAL
INTERVENÇÕES ÂNCORAS
12 11 10 6 2 1
3
9
4
0 50 100
0 50 100
200
N
VIA EXCLUSIVA PARA PEDESTRES
5
8 7
200
N
1- ESTAÇÃO INTERMODAL M. CRUZES 2- CASAS SUSTENTÁVEIS 3- CINE ODEON 4- REVITALIZAÇÃO DE GALERIA 5- FEIRA 24H JUNTO AO MERCADÃO, E REVITALIZAÇÃO DO MESMO 6- CIARTE 7- GALERIA CORPORATIVA 8- REVITALIZAÇÃO DO LRGO DO CARMO 9- REVITALIZAÇÃO DO LGO BOM JESUS 10- GALERIA SUBTERRÂNEA 11- TERMINAL INTERMODAL ESTUDANTES 12- EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL
56
PROPOSTA GERAL
63
EIXO EDUCACIONAL E FUNCIONAL
5 4
EIXO 1 E 2 SEM ESCALA
N
3
2
9
7
6
8
1 10
11
1- Escola existente 2- Córrego Ipiranga aflorado com parque e deck 3- Academia-parque 4- Casas sustentáveis 5- Vagas em nível 6- Ponto de ônibus “quem lê viaja 7- Estação VLT Mogi das Cruzes 8- Ponto de táxi 9- Food Truck 10- Vagas em nível 11- Terminal rodoviário Central 0 10
30
50
N
LEGENDA LASTRO CICLOVIA ÁREA VERDE PASSEIO EIXO DA MEMÓRIA
65
EIXO DA MEMÓRIA E EDUCACIONAL
3
1
2
10
8
9
9
1
11
7
66
6
RUA MESTRO ANTONIO MARMORA FILHO
RUA ENG CAIO T G BRANDÃO
5
EIXO 3 E 4 SEM ESCALA
N
4
13
15 13
14
0 10
30
50
N
LEGENDA 1- Vagas em nível 2- Concha acústica do conjunto CIARTE 3- CIARTE (relocado) 4- Praça da 3º Idade 5- Feira gourmet 6- Lojas 7- Praça Osvaldo Cruz (com posto policial e pontos de ônibus)
8- Cine Odeon 9- Início do eixo da memória (caminho) 10- Estação VLT Odeon 11- Food Truck 12- Escola existente relocada 13- Escola existente relocada 14- Praça infantil (conectada ao hospital infantil existente) 15- Praça seca
LASTRO CICLOVIA ÁREA VERDE PASSEIO EIXO DA MEMÓRIA
* Eixo da memória continua com as intervenções centrais.
67
EIXO DA MEMÓRIA
EIXO 3 E 4 SEM ESCALA
- Intervenções centrais 16- Caminho do eixo da memória 17- Ligação do eixo com o calçadão existente 18 – Feira livre 24h 19- Traffic calm 20- Galeria de arte a céu aberto (atrás do museu dos expedicionários) 21 – Ligação entre o Largo Bo m Jesus e o Largo do Carmo 22 - Galeria Corporatiiva 23- Ligação com o Beco do Sapo (Beco já existente)
0 10 30 50
N
LEGENDA
68
VIA EXCLUSIVA PARA PEDESTRES TRAFFIC CALM ÁREA VERDE VIA LOCAL EIXO DA MEMÓRIA EDIFÍCIOS TOMBADOS EDIFÍCIOS HISTÓRICOS MONUMENTOS
N
16
16
20
21 18
16
16
19
17
22
23
69
EIXO DE APOIO CULTURAL E EDUCACIONAL SUPERIOR
AV PREF CARLOS FERREIRA LOPES
3
1
4 5
2 1
9 7
1
8
70
4 10
EIXO 5 E 6 SEM ESCALA
N
6
12 11
1- Vagas em nível 2- Praça de exposição 3- Bar Café 4- Feira subterrânea 5- Estação Rodoviária Geraldo Scavone 6- Edifício comercial com moradias estudantis 7- Estação VLT Buraco do Padre 8- Praça marquise (seca) 9- Estação Estudantes 10- Terminal Rodoviário Estudantes 11- Estação VLT Mogi Shopping 12- Bicicletário externo
0 10
30
50
N
LEGENDA LASTRO CICLOVIA ÁREA VERDE PASSEIO EIXO DA MEMÓRIA
71
PROPOSTA PARA O VIÁRIO DO CENTRO HISTÓRICO Nas ruas centrais, haverá a diminuição das faixas de rolagem e retirada total dos estacionamentos nas vias, incentivando o transporte coletivo. Com a diminuição das faixas, a metragem resultante será acrescentada nas calçadas, reforçando a prioridade aos pedestres, e em alguns pontos terá ciclofaixa.
FAIXA DE ROLAGEM 7m
FAIXA DE ROLAGEM 7m
VAGA 2,5m
FAIXA DE ROLAGEM 7m
VAGA 2,5m
PROPOSTA
ATUAL
VAGA 2,5m
PASSEIO CICLO2m FAIXA 2,5m
FAIXA DE ROLAGEM 6m
PASSEIO 2m
Dantas – trecho entre as ruas Cândido Vieira e Dr Deodato.
72
PASSEIO CICLO- FAIXA DE 2m FAIXA ROLAGEM 2,5m 3,5m
PASSEIO 2m
PASSEIO 2,5m
CICLOFAIXA 3m
FAIXA DE ROLAGEM 6m
PASSEIO 2,5m
R. Senador
R. Cap. Manoel Caetano –
R. Antonio Cândido Vieira – trecho entre as
Remoção da faixa de estacionamento, diminuição da largura da faixa de rolagem para 6m (para diminuição de velocidade). Criação de ciclofaixa e aumento do passeio público.
Diminuição da faixa de rolagem para uma. Criação de ciclofaixa e aumento do passeio público.
Remoção das faixas de estacionamento, diminuição da largura da faixa de rolagem para 6m (para diminuição de velocidade). Criação de ciclofaixa e aumento do passeio público.
trecho entre as ruas Rangel Pestana e Sen. Dantas.
ruas Cândido Vieira e Sem. Dantas.
Algumas ruas farão parte do Eixo da Memória, elas terão suas faixas removidas para uso exclusivo de pedestres.
VAGA 2,5m
FAIXA DE ROLAGEM 3,5m
VAGA 2,5m
FAIXA DE ROLAGEM 7m
ATUAL
FAIXA DE ROLAGEM 7m
CALÇADÃO 9m
CALÇADÃO 12,5m
PROPOSTA
CALÇADÃO 10m
R. Dr Deodato Wertheimer –
R. Dr Correa – trecho entre as ruas
R. Cel Souza Franco – trecho entre as
Remoção das faixas de rolagem e ampliação do passeio público, formando um calçadão.
Remoção das faixas de rolagem e estacionamento e ampliação do passeio público, formando um calçadão.
Remoção das faixas de rolagem e estacionamento e ampliação do passeio público, formando um calçadão.
trecho entre as ruas Dr Ricardo Vilela e José Bonifácio.
Rangel Pestana e José Bonifácio.
ruas Dr Deodato e Olegário Paiva.
73
PROPOSTA PARA O VIÁRIO DO CENTRO HISTÓRICO
CORTE ESQUEMÁTICO DA TRANSPOSIÇÃO VLT/ PASSEIO PÚBLICO SEM ESCALA
VAGA 2,5m
FAIXA DE ROLAGEM 3,5m
ATUAL
FAIXA DE ROLAGEM 7m
VLT (LASTRO) FAIXA DE TRANSP. COLETIVO 6m
PASSEIO 2m
FAIXA DE TRANSP. COLETIVO 6m
PASSEIO
PASSEIO 2m
CORTE ESQUEMÁTICO DO VIÁRIO SEM ESCALA
R. Ricardo Vilela – trecho
R. Barão de Jaceguai –
Diminuição da faixa de rolagem para 6m, e exclusividade da mesma para transporte coletivo.
Remoção das faixas de rolagem e estacionamento, com remanejamento da área para faixa de rolagem de 6m, e exclusividade da mesma para transporte coletivo.
entre as ruas Braz Cubas e Olegário Paiva.
74
PASSEIO 2m
trecho entre as ruas Braz Cubas e Olegário Paiva.
PASSEIO
CICLOFAIXA
POSTE SEPARATÓRIO DA CICLOFAIXA
PROPOSTA
PASSEIO 2m
VEGETAÇÃO
FAIXA DE ROLAGEM
PASSEIO
CORTE DO VIÁRIO PRINCIPAL
BB AA’
EIXO DA MEMÓRIA
CORTE AA SEM ESCALA
CORTE BB
SEM ESCALA
75
ESTACIONAMENTOS SUBTERRÂNEOS
Os estacionamentos foram projetados em pontos estratégicos para equipamentos específicos (mesmo sendo públicos), o ponto chave da proposta é incentivar o uso do transporte público, sendo assim, a quantidade de vagas locadas nos novos estacionamentos são de número inferior ao retirado. Os estacionamentos 1 e 2 são para uso público, o 1 tem conexão direta com o Cine Odeon e o Ciarte (intervenções arquitetônicas) e o 3 com o terminal intermodal Estudantes.
CIARTE
A quantidade de vagas removidas dos estacionamentos centrais foram de 973, e a quantidade relocada é de 638, sendo assim, há uma diferença de 335 vagas a menos.
2
S
D
1 D S
S
D
0 10
CINE ODEON
30
50
N
LEGENDA ACESSO AO ESTACIONAMENTO ACESSO ÀS EDIFICAÇÕES CIRCULAÇÃO VERTICAL (ACESSO AO TÉRREO) ILUMINAÇÃO ZENITAL
76
LOCALIZAÇÃO DOS ESTACIONAMENTOS N SEM ESCALA
EST. ROD. GERALDO SCAVONE
3
ESTACIONAMENTO 1
152 VAGAS (SENDO 13 VAGAS PNE)
ESTACIONAMENTO 2
S
305 VAGAS (SENDO 24 VAGAS PNE)
ESTACIONAMENTO 3
181 VAGAS (SENDO 31 PNE)
TOTAL DE VAGAS: 638 VAGAS
D
D
0
10
30
50
N
S
TERMINAL ROD. ESTUDANTES
77
IMPLANTAÇÃO TIPO PARA O TRECHO MOGI DAS CRUZES - SUZANO
SUZANO
A substituição do trem pelo modal VLT dá-se a partir da estação de Suzano, sendo assim, a partir desse trecho será alterado a tipologia de implantação. Os muros serão removidos, abrindo a linha (ainda sobre o lastro) com vegetação, calçada e ciclovia.
IMPLANTAÇÃO TIPO 0 10
30
Ao lado segue o padrão a ser implantado. LEGENDA
78
LASTRO CICLOVIA ÁREA VERDE PASSEIO
50
N
79
DETALHAMENTO
DETALHAMENTO DE QUADRA
1
3
82
2
0
10
30
50
N
83
DETALHAMENTO DA QUADRA 1
1
RUA AMÉRICO RODRIGUES
2 3
4
5
6
11 12
7
13 9 8
10
14
RUA NOVA
84
PERSPECTIVA DAS TRAVESSIAS – CICLISTAS, PEDESTRES E VEÍCULOS SEM ESCALA
0
10
30
50
N
1- Travessias de pedestres em nível 2- Entrada para o estacionamento subterrâneo 3- Vaga criativa 4- Saída do estacionamento subterrâneo 5- Vegetação mais alta 6- Paginação diferenciada para atenção ao pedestres sobre a passagem do VLT 7- Iluminação zenital para o estacionamento subterrâneo 8- Piso tátil com diferenciação do piso de atenção e o piso de caminho 9- Acesso ao estacionamento subterrâneo 10- Paginação diferenciada para atenção aos pedestres e ciclistas 11- Lastro do VLT 12- Gramínea 13- Paginação diferenciada para os bancos (estar) 14- Ciclovia (no nível da rua)
85
DETALHAMENTO DA QUADRA 2
RUA NOVA
4 3 8
2 1
9
7
5 6 10
12
11
13 21
20 18
14 15
19
86
16
17
RUA NOVA
RUA NAVAJAS
CORTE ESQUEMÁTICO DA ESTAÇÃO DE VLT SEM ESCALA
0
22
23
24 25
26
10
30
50
N
1- Travessias de pedestres em nível 2- Entrada para o estacionamento subterrâneo 3- Vaga criativa 4- Saída do estacionamento subterrâneo 5- Vegetação mais alta 6- Paginação diferenciada para os bancos (estar) 7- Acesso ao estacionamento subterrâneo 8- Paginação diferenciada para atenção aos pedestres e ciclistas 9- Ponto de ônibus QUEM LÊ VIAJA 10- Entrada/Saída para a estação de VLT 11- Plataforma 12- Box de comércio 13- Banca de Jornal 14- Sanitários 15- Entrada/Saída para a estação de VLT 16- Bilheteria 17- Bicicletário 18- Acesso ao mirante 19- Piso tátil com diferenciação do piso de atenção e o piso de caminho 20- Espelho d’água 21- Paginação diferenciada para atenção ao pedestres sobre a passagem do VLT 22- Iluminação zenital para o estacionamento subterrâneo 23- Gramínea 24- Banco bicicletário 25- Ciclovia (no nível da rua) 26- Lastro do VLT
87
DETALHAMENTO DA QUADRA 3
0
10
30
50
N
1- Travessias de pedestres em nível 2- Vegetação mais alta 3- Piso tátil com diferenciação do piso de atenção e o piso de caminho 4- Gramínea 5- Banco bibicletário 6- Paginação diferenciada para atenção ao pedestres com a empena de projeção 7- Paginação do caminho da mémória 8- Cine Odeon
88
RUA NOVA
1
5
RUA CEL. MOREIRA DA GLÓRIA
8 4 3 2
7 6
89
EIXO EDUCACIONAL 1 E FUNCIONAL
MOBILIÁRIO URBANO
LUMINÁRIA
3,50
3,80
0,50
1,10
2,30 LIXEIRA
EIXO DA MEMÓRIA E EDUCACIONAL 2
Para o design das luminárias, que são em conjunto com as lixeiras, e os bancos foi desenvolvido um padrão para cada eixo de acordo com suas atividades, que seguem sempre o mesmo conceito.
3,50
3,80
0,10
LUMINÁRIA
O EIXO EDUCACIONAL 1 E FUNCIONAL possui o design com linhas mais angulares pois as mesmas remetem ao minimalismo e funcionalidade da forma.
LIXEIRA
O EIXO DA MEMÓRIA E EDUCACIONAL 2 é um espaço mais lúdico, portanto seu design é com curvaturas que aludem à Serra do Itapeti e ao Rio Tietê (norteadores do crescimento da cidade).
90
LUMINÁRIA
3,80 2,20
1,90
3,60
1,15 0,50
LUMINÁRIAS
O EIXO EDUCACIONAL SUPERIOR E DE APOIO CULTURAL é um lugar de maior aglomeração noturna, sendo assim possui mais área de iluminação. Seu design é uma junção dos outro eixos, juntando a área funcional e lúdica que é presente nas universidades.
EIXO EDUCACIONAL SUPERIOR E DE APOIO CULTURAL
LIXEIRA
EIXO EDUCACIONAL 1 E FUNCIONAL 3,50
0,70
1,20
0,50
0,50
0,70
-Banco de madeira com estrutura em aço inoxidável - Encosto angular para duas pessoas
EIXO DA MEMÓRIA E EDUCACIONAL 2 3,50
0,70
1,20
0,50
0,50
0,70
-Banco de madeira com estrutura em aço inoxidável - Encosto angular para duas pessoas
EIXO EDUCACIONAL SUPERIOR E DE APOIO CULTURAL
0,70
1,20
0,50
0,50
duas
BANCO BICICLETÁRIO
0,60
4,00
0,80
para
BANCOS
-Banco de concreto - Encosto angular pessoas
0,70
3,50
91
MOBILIÁRIO URBANO O ponto de ônibus “QUEM LÊ VIAJA” está locado em pontos estratégicos pelo centro, o conceito é o de biblioteca itinerante, a pessoa pega o livro e o devolve em outro ponto, dessa forma há rotatividade do acervo, além disso o mesmo é aberto para receber doação de livros. Seu design é em alusão às curvas da Serra do Itapeti e ao Rio Tietê. A curvatura da cobertura faz a água pluvial ir para a estrutura central, essa captação vai para um reservatório que em conjunto com outros captadores, irrigam as áreas verdes de seu setor.
A VAGA CRIATIVA segue o conceito de cidade criativa, onde as pessoas tomam as vagas dos automóveis e ocupam de diversas formas. Nesse caso a vaga já está reservada aos pedestres, o desenho é uma opção de ocupação, com caixotes de madeira, uns formam bancos, e outros formam floreiras.
10,00
20,00
QUEM LÊ VIAJA
2,00
VAGA CRIATIVA
92
0,70
3,30
3,00
2,25
ELEVAÇÃO PONTO QUEM LÊ VIAJA SEM ESCALA
0,90
0,70
PERSPECTIVA PONTO QUEM LÊ VIAJA SEM ESCALA
1,50
93
PROJETO PONTUAL CINE ODEON
MOGI CULTURAL
A cidade é palco de diversas manifestações culturais, e com o incentivo da Prefeitura as mesmas estão crescendo e alcançando um lugar cada vez maior na cidade e na vida do cidadão. A Secretaria de Cultura possui quatro projetos, o Pirimpimpim, Canarinhos do Itapety, Tenda Cultural, Pontos de Cultura e o Diálogo Aberto. Além desses projetos, a cidade possui várias manifestações culturais.
-Pirimpimpim: as companhias teatrais de Mogi oferecem uma peça teatral infantil gratuita aos alunos das redes pública e particular de ensino. - Canarinhos do Itapety: o projeto é voltado a crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, advindos de bairros periféricos, criando oportunidades para a inclusão e estimulando a prática dos princípios educativos, morais, éticos e culturais, utilizando a música como principal meio desta transformação. -Tenda Cultural: tem o objetivo de democratizar e descentralizar as ações culturais, oferecendo diversas atividades e apresentações de experientes artistas mogianos e artistas da própria comunidade. - Pontos de Cultura: para estimular a cultura, as entidades sem fins lucrativos de âmbito cultural podem se inscrever no site da Prefeitura e depois de uma análise, a mesma pode vir receber ajuda financeira para seus projetos. -Diálogo Aberto: são reuniões públicas onde a população expõe e discute projetos ligados à cultura.
96
Teatro Experimental Mogiano
97
TRAJETÓRIA DO CINEMA EM MOGI DAS CRUZES
O auge do cinema foi entre 1940 e 1970, onde chegou a comportar cinco estabelecimentos funcionando simultaneamente: o Cine Parque, o Cine Odeon, o Cine Urupema, o Cine Avenida e o Cine Vera Cruz. O cinema influenciava o ritmo de vida mogiana, por trás das sessões havia a escolha da roupa, a passagem na bilheteria, o filme e as paqueras na saída. Como não havia outros entreterimentos, todas as atenções eram voltadas o cinema, além disso, era o lugar onde os casais poderiam ir passear, claro que com a companhia de um familiar, mas durante o filme haveria o escurinho da privacidade. A praça do cinema tinha uma hierarquia, sempre as pessoas com poder aquisitivo maior e mais populares ficavam no centro e os demais lugares era conforme a hierarquia aquisitiva. 98
A decadência começa em 1975 por uma série de motivos, o maior foi a popularização da TV a cores; mas também houve uma inviabilização dos passeios aos cinemas pois houve a urbanização da cidade mas os mesmos continuaram no centro, então as pessoas precisavam utilizar ônibus para ir, o que nem sempre era viável à população. Como consequência da urbanização, ocorreu uma mudança de hábito, antes as pessoas saíam a noite sem receio, mas depois, com o aumento da violência e a falta de iluminação das ruas, as pessoas não queriam sair mais,
LINHA DO TEMPO
1890
1906
1936
1947
1953
Theatro Recreio Dramático
Cine Rio Branco
Cine Odeon
Cine Avenida
Cine Vera Cruz
1903
1911
1947
1975
Teatro Vasques
Cine Parque
Cine Urupema
Decadência
99
CINE ODEON
CIARTE
Edifício do Cine Odeon está presente onde foi construído inicialmente o Cine Carlos Gomes, e depois o Cine Rio Branco. Em 1936 o antigo prédio foi demolido e construiu-se o Cine Odeon, de autoria de Faustino F. de Souza. No ano de 1956, suas instalações gerai s sofreram reformas para modernização do sistema.
Sua sala de espera era amai s rica e luxuosa da cidade. O programa arquitetônico compreende o pavimento térreo com o hall social, bilheteria, sala de espera, platéia, sanitários, palco e área; o pavimento superior com o hall social, salão para danças, bar, sanitários, cabine de projeção e o balcão. A sala de espetáculos compor tava 760 espectadores. A planta tem um sentido longitudinal alongado, tendo um balcão no pavimento superior o acompanhando. O pavimento térreo se divide em: recepção, platéia e palco; e o pavimento superior em salão de danças, técnica e ainda o balcão. A fachada tem um estilo arquitetônico ar t déco, com espírito futurista, que para a época significa grandes mudanças na tecnologia, e na economia; suas composições são prismáticas e escalonadas com terminações curvas, sendo o edifício simétrico.
O cinema fecha em 1994, e em 2007 abriga o CIARTE (Centro de Cidadania e Arte, fundada em 2005). O local funciona como pólo irradiador de atividades educativas para idosos, portadores de deficiência física e crianças e adolescentes em situação de risco social, com os projetos Agente Jovem, Canarinhos do Itapety, Banda Boigy, Orquestra Sinfônica Jovem Minha Terra Mogi, CECIM (Centro de Convivência do Idoso de Mogi), AMDF Digital, entre outros. Hoje ele acolhe eventos municipais, exposições, capacitações, mostras culturais e reuniões com as equipes dos projetos municipais e segmentos culturais 100
FOTO: Fachada do Cine Odeon. FONTE: Marcos Perrin
FOTO: Fachada do CIARTE. FONTE: da autora
101
CINEMA EM MOGI DAS CRUZES
A cidade atualmente tem apenas um cinema no Mogi Shopping, mas promove cursos e eventos para estimular essa arte, como podemos ver nos artigos ao lado. Também sente-se a necessidade de cinema pela população como mostrada na página acima, que por meio do facebook e twitter fomentam e demonstram a indignação por um cinema melhor (o cinema do Mogi Shopping ficou fechado de 2012 q 2014 para reforma).
102
103
CINE ODEON
O projeto do Cine Odeon aflorou nos estudos feitos do centro e da identidade cultural mogiana, a cidade possui uma cultura marcante e que pede não só um cinema (que uma época marcou a vida da cidade) mas um centro de irradiação dessa arte, onde a população poderia aprender e disseminar mais a mesma. O cinema possui três salas de exibição internas, e três espaços externos gramados para sessões ao ar livre. A praça Osvaldo Cruz é a principal platéia. O partido é manter a fachada antiga e fazer uma releitura das antigas caixas de filme, utilizando como ponto de partida as angulações da ABNT.
104
PROGRAMA DE NECESSIDADES Térreo -sala de exibição com 168 lugares (8 PNE) -sala de exibição com 178 lugares (8 PNE) – com mezanino -Bilheteria -sanitários -café com pipoca Mezanino -Café - acesso ao mezanino da sala 2 Subsolo 1 -3 salas de aula -administração -videoteca -exposição Subsolo 2 -6 salas de aula -sala experimental com depósito aberto de filmes -computadores -exposição -café com pipoca -bilheteria -sanitários -sala de exibição com 83 lugares (sendo 6 PNE)
0
10
30
LEGENDA 1- Área de exibição externa 2- Cine Odeon 3- Caminho do Eixo da Memória 4- Vagas em nível 5- Ponto de ônibus 6- Posto Policial 7- Espelho d’água 8- Piso tátil 9- Ponto “Quem lê viaja”
50
N
4
3 0,0
2
1 0,0
5
0,0
1
6 7
9 8
105
1
CINE ODEON Pavimento Térreo
0,0
3
D
No térreo é feita a continuação da paginação do Eixo da Memória (em azul claro), chamando as pessoas à entrarem e fundir o conceito de externo/interno, tornando o edifício permeável.
2
5
As setas vermelhas mostram os acessos ao edifício. 4
0,90
6 1,50
7
0
5
10
15
8
N
LEGENDA
106
1- Espelho d’água com iluminação zenital 2- Acesso ao subsolo 3- Elevadores 4- Espelho d’água 5-Sala de exibição com 178 lugares (8 PNE) – com mezanino 6- Sala de exibição com 168 lugares (8 PNE) 7- Sanitários 8- Acesso ao mezanino 9- Bilheteria 10- Café com pipoca
0,0
9 10
CINE ODEON Pavimento Mezanino
O mezanino é uma opção de espera dos filmes e um lugar reservado para tomar um café, e sua decoração lembrará o glamour dos anos de ouro das salas de cinema.
1
2 0
5
10
N
6,15
LEGENDA 1- Acesso ao mezanino da sala 2 2- Acesso pela escada e elevador 3-Café com pipoca
3
107
CINE ODEON Pavimento Subsolo 1
O subsolo 1 é a entrada para os bastidores do mundo do cinema, nele possui salas de aula, videoteca e área de exposição. Esse piso é o intermediário do térreo com o acesso do estacionamento subterrâneo do subsolo 2.
0
5
10
15
N
LEGENDA 1-Iluminação zenital do espelho d’água 2- Acesso do térreo 3- Área de exposição 4- ponte de acesso 5- Sala 1 – roteiro 6- Sala 2 – direção 7- Sala 3 – curso de férias e data show 8- Administração 9- Área de estudo 10- Videoteca 11- Acesso ao depósito aberto de filmes (o depósito começa no subsolo 2)
108
1
2 3
4
5
9
6
7
11 11
8
109
CINE ODEON Pavimento Subsolo 2
Esse pavimento tem a ligação com o estacionamento subsolo da proposta geral, sendo a segunda entrada do cinema. É o piso onde há irradiação da arte, possui a maior parte de salas de aula e a sala de exibição experimental, onde os alunos aprendem na prática o processo da exibição. Para uma dinâmica maior, as salas possuem portas de vidros (de correr) que se abrem e as conectam.
0
5
10
15
N
LEGENDA 1-Acesso ao estacionamento subterrâneo 2- Bilheteria 3- Café com pipoca 4- Elevadores 5- Sanitários 6- Sala de exibição 3 com 83 lugares (sendo 6 PNE), que também é uma sala de aula prática, com palco e dimensões da área de projeção maior) 7- Sala experimental com depósito aberto de filmes 8- Área de exibição
110
9- Sala 4 – montagem e edição 10- Sala 5 – operação de câmera e áudio 11- Sala 6 – maquiagem 12- Sala 7 – fotografia 13- Sala 8- figurino 14- Sala 9 – cenário 15- Área de computadores para pesquisas e mesas para estudos
1
2
3
4
5 9
10 6
11
12 8
7
13
14
15
111
CORTE AA
SEM ESCALA
112
ELEVAÇÃO FRONTAL
SEM ESCALA
113
PERSPECTIVAS
114
115
REFERÊNCIAS
ESTUDOS DE CASO - URBANISMO VLT- PORTO MARAVILHA DIRETRIZES GERAIS DO PROJETO Tecnológico: Sistema de alimentação elétrica sem catenária Validação Voluntária: impossibilidade de construção de estações fechadas ao longo do trajeto - fechamento previsto apenas nas 4 estações de integração com outro modal (Rodoviária, Central do Brasil, Barcas e Aeroporto Santos Dumont) Compatibilização de interfaces dos diferentes modais de transporte com o VLT Design do Veículo, das Estações e dos Pontos de Parada com ênfase especial à inserção urbanística.
PARÂMETROS OPERACIONAIS DO VEÍCULO -Comprimento na ordem de 44m -Bitola de 1,435mm -Piso 100% rebaixado e altura máxima de 35cm -Plataformas de pontos de parada com 45m de extensão e altura de 35cm, parcial ou totalmente cobertas, com distância média de 350m entre eles -Bidirecional -Capacidade de 400 passageiros -Ar Condicionado e portas em ambos os lados -Sistema de alimentação elétrica sem catenária
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PLAZA FOCH- QUITO A cidade de Quito foi a primeira declarada como patrimônio histórico da humanidade dia 18 de setembro de 1978 pela Unesco, dado seu estilo colonial no centro histórico, que é o mais imponente de toda América do Sul. Na década de 80 a cidade cresceu e começou a aflorar a consciência turística. O centro histórico abriga museus, igrejas, conventos, teatros e centros culturais, com opções de arte colonial, pré colombiana, republicana e contemporânea. A cidade também possui rotas turísticas pela cidade, guiadas por temas. Facilitando o passeio, possui o quito tour bus, que passa pelas rotas e dá explicações sobre as atrações, funcionando de dia e de noite. Para atrações noturnas Quito possui além de bares e restaurantes, excursões por igrejas e conventos, teatros, concertos, exibições itinerantes em praças. O maior movimento noturno é a PLAZA FOCH e suas ruas próximas. Ela se encontra no centro do bairro Mariscal (também conhecido com "a zona"), e é ponto de encontro das festas e diversões. o bairro abriu lojas, albergues e pubs. Os pontos positivos da intervenção:
Na praça ficam restaurantes, bares e um hotel de luxo. O lugar abriga vários estilos musicais e gastronômicos, o que atrai todos os tipos de turistas.
A proposta conseguiu manter o movimento durante o dia todo, com isso o lugar é mais seguro e vivo. Além de trazer para a cidade o turismo ( ingessão de investimentos) constante.
Os pontos negativos da intervenção:
FLIP - PARATY
Tendo o turismo como carro forte, a cidade tem a intervenção direta e constante de turistas, abrindo mão da tranquilidade noturna.
Paraty é uma cidade interligada à água historicamente, a cidade ficou isolada durante 119 anos até a construção da Rio-Santos, o que ocasionou na preservação de recursos naturais e uma cultura mesclada com a intelectualidade dos anos 60 e 70, dando a singularidade à cultura paratiense. A cidade por si só é um atrativo turístico, e acentuando isso criou a FLIP (Festa Literária Internacional) , que beneficia a raiz da cultura, e é conhecida como um dos principais festivais literários do mundo. Nos cinco dias de festa, a FLIP realiza cerca de 200 eventos, que incluem debates, shows, exposições, oficinas, exibições de filmes e apresentações de escolas, entre outros, distribuídos em FLIP, programação principal, flipmais, flipzona e flipinha. O arquiteto Mauro Munhoz fez um projeto urbanístico que visa deslocar a feira do centro à beira-mar, com o intuito de desafogar o centro e deixá-lo para intervenções mais locais.
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ESTUDOS DE CASO – PROJETO ESPAÇO ITAÚ DE CINEMA É uma iniciativa do Itaú onde o projeto é requalificar os antigos cinemas Unibanco, e esses espaços serão chamados de espaço Itaú de cinema. Serão no total nove espaços com mais de cinquenta salas de projeção em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Curitiba e Porto Alegre.
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO SEM ESCALA
ACADEMIA INTERNACIONAL DE CINEMA (AIC) A Academia Internacional de Cinema (AIC) abriu no ano de 2004 em Curitiba, PR, oferecendo cursos livres na área de audiovisual além de curso de 2 anos de formação em cinema, oficinas especializadas e cursos de férias. Em janeiro de 2006, a AIC transferiu sua sede para São Paulo, SP, e em 2014, ao completar 10 anos, anunciou a abertura de uma unidade no Rio de Janeiro, RJ, prevista para início de 2015. Passam pela AIC mais de 1200 alunos por ano, que desde a sua fundação produziram mais de 2000 filmes. CURSOS: FORMAÇÃO PROFISSIONAL; FORMAÇÃO LIVRE; CINEMA; DOCUMENTÁRIO; DIREÇÃO; ROTEIRO; FOTOGRAFIA; ARTE; PÓS-PRODUÇÃO; SOM; PRODUÇÃO; TEÓRICOS; CURSOS DE FÉRIAS; LITERATURA.
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LATIN AMERICAN FILM INSTITUTE
A escola fica em Higienópolis – SP, em sua infraestrutura possui salas de aulas e estúdios modernos, equipamentos de última geração,dois teatros profissionais, salas para estudo, estúdio de áudio, filmoteca e biblioteca especializada,. • Equipamento de última geração para gravação de seus filmes, incluindo as fantásticas câmeras Sony NEX FS700, câmeras Canon HDSLR com os principais acessórios disponíveis (followfocus, shoulderrig, lentes, mattebox etc.), grua com cabeça remota, trilho, dolly, múltiplos microfones, tripés e mais! • Ilhas de Edição modernas (plataformas MAC e PC) • Um Teatro modular com palco, estrutura de som, luz e capacidade para 80 pessoas • Ampla sala de aula/estúdio para até 70 alunos • Sala de estudos/reuniões para alunos (nosso “lounge” de convivência!) • Estrutura completa para projeção de filmes incluindo tela de 6m X 3m ! • Biblioteca especializada e filmoteca Além do Teatro principal do Latin American Film Institute (localizado em Higienópolis, São Paulo), nossos alunos ainda tem a oportunidade de explorar a estrutura do teatro “Arca de Noé”. Em formato de uma arca, o Teatro, com capacidade para até 300 pessoas está convenientemente localizado do lado da Secretaria da Cultura de Osasco e do Circo Escola Picadeiro, propiciando um ambiente artístico ativo e convidativo aos alunos e platéia
CURSOS: Curso Completo de Cinema Digital ; Produção para cinema; Roteiro; Cinematografia, Câmera e Áudio; Direção para Cinema; Montagem e Edição para Cinema;
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Ilustração: Juliana Russo
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
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