Áreas Verdes e Espaço de Lazer: Proposta de Parque Urbano para a Zona Norte de Ribeirão Preto

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ÁREAS VERDES E ESPAÇO DE LAZER PROPOSTA DE PARQUE URBANO PARA A ZONA NORTE DE RIBEIRÃO PRETO

ANDREZA STELLA BERTOLLAZZI 2017


CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA ARQUITETURA E URBANISMO

ÁREAS VERDES E ESPAÇO DE LAZER: PROPOSTA DE PARQUE URBANO PARA A ZONA NORTE DE RIBEIRÃO PRETO.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Moura Lacerda, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Rosa Farias

RIBEIRÃO PRETO 2017


RESUMO Este trabalho final de graduação tem como objetivo principal desenvolver uma proposta de parque urbano em um vazio na zona Norte de Ribeirão Preto. A idéia principal apoia-se em trazer para a população local e da vizinhança atividades de lazer, cultura e esporte. Valorizando o espaço e seu entorno. Todo o processo tem como finalidade construir um espaço aberto voltado ao público, potencializando o perfil ecológico, recreativo e educacional, valorizando a região e gerando beneficios para a população.

ABSTRACT This final graduation project has as main goal to develop a urban park in a empty space in north zone of Ribeirão Preto. The head purpose is to give the local population and neighborhood leisure, culture and sport activities. Bringing value to the space and its surroundings. The entire process aims to build an open space aimed to the population, enhancing the ecological, recreational and educational profile, valuing the area and gendering benefits for the population.


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a meus pais. Nelson Antonio Bertollazzi e Eliana Stella Bertollazzi, por todo suporte, incentivo e amor durante os anos de graduação.


AGRADECIMENTO A Deus, por ter me permitido a realização deste sonho. À minha família, por todo o incentivo e suporte, principalmente meus pais e minha irmã, que sempre acreditaram em mim. Aos meus amigos, por toda a paciencia e incentivo, principlamente aos amigos de curso, pela troca de experiencia e pelos anos vividos. A todos os professores, principalmente a minha orientadora Rosa Farias, por toda sabedoria e conhecimento durante a elaboração deste trabalho.


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SUMÁRIO

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1. INTRODUÇÃO 2. QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA 3. ÁREA DE INTERVENÇÃO 3.1 Breve histórico da área de intervenção 3.2 Delimitaçao do objeto de intervenção 3.3 Uso do solo 3.3.1 Legislação uso do solo e legislação COMAR 3.4 Ocupação do solo 3.5 Mapa Equipamentos 3.5.1 Parques em Ribeirão Preto 3.5.2 Equipamentos Urbanos 3.6 Hierarquia Física e Funcional 3.6.1 Hierarquias Físicas 3.6.2 Hierarquia Funcional 3.6.3 Topografia 3.7 Perfil sócio-economico dos moradores do entorno.

4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 4.1 Parque de La Villete- Paris, França. 4.2 Parque da Juventude, SP. 4.3 Parque Villa Lobos, SP.

5. PROJETO 5.1 Estudo Preliminar 5.1.1 Diretrizes 5.1.2 Primeiros Estudos 5.1.3 Zoneamento 5.1.4 Plano de Massa 5.1.5 Programa de Necessidades 5.2 Anteprojeto 5.2.1 Conceito e Partido 5.2.2 Memorial 5.2.3 Implantação 5.2.4 Cortes 5.2.5 Proposta Paisagística 5.2.6 Espécies Sugeridas 5.2.7 Detalhamento 5.2.8 Mobiliário 5.2.9 Perspectivas 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


12 Neste trabalho aborda-se o tema Parque Urbano englobando as áreas verdes, espaços públicos e de lazer, suas definições, e a necessidade da transformação das áreas verdes em Parques Urbanos. De acordo com Loboda; Angelis (2002) o processo de urbanização das cidades trouxe reflexos negativos para a qualidade de vida dos moradores dos grandes centros urbanos, a urbanização descontrolada trás vários problemas para a sociedade, como a produção de lixo, aumento da temperatura, poluição, etc., sendo assim, surgi à necessidade de áreas verdes e por consequência áreas de lazer. Porém as áreas verdes não acompanham o crescimento da população, ou seja, as áreas urbanas aumentam e as áreas verdes diminuem provocando um desequilíbrio ambiental.

1. INTRODUÇÃO

Bartaline (1996) conceitua parque urbano como: Um grande espaço aberto público, que ocupa uma área de pelo menos um quarteirão urbano, normalmente vários, localizado em torno de acidentes naturais, por exemplo, ravinas córregos, etc.., fazendo divisa com diversos bairros”; os limites principais de um parque urbano são ruas, sua organização espacial (paisagem) apresenta um “equilíbrio entre áreas pavimentadas e ambiências naturais”. O parque urbano pode abrigar “ o uso informal, de passagem, caminhos secundários de pedestres, esportes recreativos, centros comunitários, festivais, playgrounds, piscinas, etc. (BARTALINI, 1996, p.14) Caporusso, D. & Matias, L.F.(2008) Apud Lima et al. (1994) argumentam que: o termo área verde é mais abrangente e deve admitir: Área verde: onde há o predomínio de vegetação arbórea. Devem ser consideradas as praças, os jardins públicos e os parques urbanos, além dos canteiros centrais e trevos de vias públicas, que tem apenas funções estéticas e ecológicas. Para os mesmos autores parque urbano são áreas verdes, maiores que as praças e jardins, com função ecológica, estética e de lazer. Scalise (2009) diz que: O espaço livre é aqui entendido como todo espaço nas áreas urbanas e em seu entorno, não coberto por edifícios. A amplitude que se pretende diz respeito ao espaço e não somente ao solo e a água, não cobertos por edifícios; também diz respeito aos espaços que estão ao redor, na auréola da urbanização, e não somente internos, entre tecidos urbanos. (SCALIE, 2009, p. 22)

Scalise (2002) relata que a criação de parques é função dos municípios e estes surgem em virtude da necessidade de se equilibrar a urbanização e o meio ambiente. Segundo Morero (2007) [...] apesar do conhecimento acadêmico da importância das áreas verdes urbanas, há uma tendência de se “economizar espaços para o lazer”, principalmente nas zonas urbanas mais pobres e, como consequência, pode-se causar a deterioração da qualidade de vida dos habitantes. (MORERO, 2007, p. 19 -30) De acordo com Vieira (2004) no Brasil as áreas verdes aparecem como uma exibição do desenho paisagístico e das características locais podemos citar como exemplo: os jardins botânicos do Rio de Janeiro, de Porto alegre, Brasília e São Paulo. Porém é importante citar os problemas que ocorrem para se manter esses parques, pois muitas vezes a administração desses espaços não é realizada de forma correta. Este fato ocorre em virtude da falta de verba adequada e falta de interesse da administração dos municípios. Essa má administração acarreta a degradação das áreas do parque e também do seu entorno. Para Mendonça (1994), a falta de planejamento no desenvolvimento urbano das cidades brasileiras criou ambientes urbanos degredados, este fato ocorre por falta de interesse do poder público para a criação e efetivação de ferramentas para combater a decadência da qualidade de vida nos centros urbanos. Ciente com o não aproveitamento do potencial de áreas verdes pelo município, acredita-se ser importante abordar o tema implantação de Parque Urbano com o intuito de alertar o poder público e assim tentar reverter a atual situação. Para isso, será proposto mostrar como é importante a reutilização e a implantação de áreas verdes nos grandes centros urbanos. Acreditase que através deste trabalho de pesquisa possamos evidenciar que a implantação de parques urbanos só trás benefícios as cidades. Justifica-se também a proposta através de estudos sobre a necessidade e importância de espaços públicos voltados para o lazer da população, contribuindo para o alívio dos problemas urbanos e através do histórico das revitalizações patrimoniais.

outras áreas da ciência, cita como exemplo a análise sistêmica feita em ecologia, mas, afirma que o ambiente urbano tem necessidade de uma intervenção planejada já que, a falta deste planejamento leva a perca de qualidade de vida. Paiva e Gonçalves relatam que: a ecologia mudou a maneira de o homem perceber o meio ambiente urbano. Assim, a paisagem dentro deum novo conceito passa ser avaliada como uma interação de fatores envolvendo os valores ecológicos fundamentais para a qualidade de vida. (PAIVA; GONÇALVES, 2002, p.14-17)

No aspecto ambiental podemos também citar a absorvição da radiação ultravioleta, dióxido de carbono, a redução do impacto da água da chuva. Sendo assim, se pode afirmar que os parques urbanos além de permitirem um contato com a natureza permitem também um ambiente mais saudável, funcionando como “respiração” do tecido urbano. Deste modo, o trabalho tem o objetivo de realizar um projeto de parque para a zona norte de Ribeirão Preto, SP abordando as formas de adequação do espaço público, apresentando definições, conceitos, conhecimentos útil, projetos estruturais, estéticos e ambientais. Analisar ainda as metodologias de avaliações e as normas utilizadas para a implantação dos parques. Para isso será realizado: a) um levantamento bibliográfico e documental sobre Parques Urbanos; b) Levantamento das legislações, que devem ser analisadas para elaboração de projetos e implantação de parques na cidade de Ribeirão Preto/SP. A metodologia utilizada será através de um processo paralelo entre pesquisa literária, artigos, pesquisas em banco de dados do IBGE, aplicação de questionários e o desenvolvimento de um projeto de Parque Urbano na zona Norte da cidade de Ribeirão Preto/SP. Na pesquisa efetuada sobre o tema ficou conhecida à importância e a necessidade de se ter “Parque Urbano”, assim como a inter-relação entre o processo de construção e a evolução da urbe, a partir da revitalização do ambiente urbano.

De acordo com Nucci (2001) é dificultoso o estudo e o planejamento do meio ambiente urbano quando este estudo é feito através de

Imagem 01- Foto da área de intervenção


14 O século XX é conhecido como o período da solidificação da arquitetura paisagística brasileira. Macedo (2010) leciona que a ação de planejar uma área livre, transforma-se instrumento de trabalho de arquitetos que passam a produzir vários espaços públicos e privados, esses profissionais passam a mostrar através de suas obras o desinteresse pelas influencias europeias e passam a introduzir uma natureza nacionalista, com particularidades tropicais e com uma personalidade própria. E Sendo assim, o lazer segundo Scocuglia (2009) adquiriu posição científica e a concordância de função urbana. Porém somente nas duas ultimas décadas do século XX a construção de Parques Públicos começou a aguçar o interesse dos políticos em virtude do crescimento continuo da urbanização no país. A partir daí os parques urbanos passaram a ser projetados nas cidades de médios e grandes portes e administrados pelos governos estaduais e municipais. Costa (2010) evidência que a maioria dos centros urbanos tem um plano diretor, que é ferramenta usada para direcionar a quantidade e a qualidade dos parques nas áreas urbanas, mas também argumenta que: “[…] concepções e visões abrangentes e estratégias apropriadas, que venham a combinar o desenvolvimento a gestão desses espaços com as políticas mais globais para o desenvolvimento urbano [...]”, podem também corroborar para direcionar a qualidade e a quantidade de parques urbanos.

2. QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA

Simultaneamente a história dos parques vem tendo mudanças em suas características que ao longo dos anos passaram inserir novos elementos específicos de cada época. Para Macedo (2010), a arquitetura paisagística pode ser identificada por três grandes linhas: a Linha Eclética, a Moderna e a Linha Contemporânea. a) Linha Eclética - aborda a área livre com uma visão romântica. Ex: jardins de palácios, campos bucólicos, etc. b) Linha Moderna – (1930 a 1940) tinha como característica o desprezo a qualquer referência do passado, adotando uma postura nacionalista, valorizando a vegetação nativa. Foram incorporadas aos parques: playgrounds, áreas de lazer para famílias, quadras poliesportivas; atividades culturais como: museus, anfiteatros, bibliotecas e teatros. Ex, Calçadão da Praia de Copacabana no Rio de Janeiro (RJ) e Bosque João Paulo II em Curitiba (PR), Parque do Flamengo

c) Linha Contemporânea - a partir de 1970, apresenta novas posições de nível ecológico e assim aparecem novos métodos para áreas livres. Nesses parques a linha eclética passa a ser reincorporada. Exemplo: Praça Itália (1990), o Parque das Pedreiras (1989) e o Jardim Botânico (1991), ambos em Curitiba. Dias (2005) argumenta que as cidades dos séculos XX são conhecidas pelo aparecimento de lugares novos, direcionados ao divertimento e recreação. Segundo este autor, no início do século XXI através dos espaços climatizados, como shoppings, museus e hipermercados, procura-se gerar espaços públicos, ligados ao novo método de consumo. Em opinião contrária, Scocuglia (2009) relata que o parque do século XXI busca reproduzir as condições naturais dentro das paisagens urbanas, modificando estas áreas e as transformando em áreas sociáveis e de união com a natureza. O parque urbano nos dias atuais vem incorporando novas características em seus usos e nas formas de planejamento. Hoje se fala muito em parques sustentáveis onde a maior preocupação e é transformar os centros urbanos em cidades mais equilibradas e ecologicamente. Nas ultimas décadas como já foi citado anteriormente à preocupação com a qualidade de vida vem aumentando e por consequência a necessidade de se criar espaços (parques urbanos) que possam trazer uma melhor qualidade de vida para os moradores dessas cidades. Porém, é notório que as áreas escolhidas para este fim na maioria das vezes são áreas que ao seu entorno possuem uma população de renda média e alta, ocorrendo assim um processo de contradições urbanas, uma vez que o investimento público em bens de consumo coletivos não visa à grande massa de trabalhadores. Para Botelho (2003), a cidade de São Paulo, é um exemplo deste desequilíbrio não só em relação ao espaço, mas à disponibilidade de tempo livre para usufruto do lazer.

Silvestre (1998) relata que; por envolver os diversos conflitos travados na arena sociopolítica, a problemática ambiental instiga a análise dos efeitos da sociedade sobre a natureza e o produto dessa relação. Conforme salienta Rodrigues: Os problemas ecológicos parecem, à primeira vista, referir-se apenas às relações homem-natureza e não às relações dos homens entre si. É preciso, assim, ter cuidado para não ocultar a existência e as contradições de classes sociais para compreender a problemática ambiental em sua complexidade, pois os problemas ambientais dizem respeito às formas como o homem em sociedade apropriase da natureza. (RODRIGUES, 1998, p.8) De acordo com Silvestre a efervescência que ganha o mundo, e especialmente o Brasil, após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano (Estocolmo, 1972), e, sobretudo, após a CNUMAD - Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992), vem assegurar o discurso dominante, embora camuflado pela noção vaga de que é necessário preservar; de que o poder público e as comunidades locais, portanto em âmbito municipal, devem criar formas de promover o desenvolvimento com base na capacidade de o meio ambiente se “regenerar”. Esta noção, disseminada pelo Relatório Nosso Futuro Comum (1991, p. 46), constitui marco importante para explicitar a emergência, ou retomada, do discurso ambiental no espaço urbano e, consequentemente, para o surgimento de parques urbanos. Diante do exposto conclui-se que apesar das mudanças ocorridas e da valorização da qualidade de vida, os grandes centros urbanos brasileiros são carentes de áreas verdes e principalmente a população de baixa renda que moram em favelas e nas periferias das cidades, estas são esquecidas.

De acordo com Moraes (2001, p. 10 -11), o meio ambiente, no contexto da ideologia neoliberal, é pautado após a década de 1970 pelos organismos supranacionais, como a ONU, que passaram a promover e disseminar discursos que visam explicitar a preocupação com as riquezas naturais do planeta. Imagem 02- Foto da linha férrea existente na área


16 3.1 BREVE HISTÓRICO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO A implantação das lavouras de café na cidade de Ribeirão Preto, foi o que consolidou economicamente a cidade e gerou uma expansão urbana, responsável por urbanizar toda a cidade. Em 1883, a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro vem para Ribeirão Preto, Imagem 07- Início da urbanização na região da Mogiana. Fonte: Google. e traz consigo todo o avanço do qual a Imagem 06- Início da urbanização na região da Mogiana. Fonte: Google. cidade necessitava, além de também servir A zona norte da cidade, começou a ser povoada na época pelos trabalhadores que não para o transporte de imigrantes italianos, tinham condições de pagar o preço da terra que era cobrado nas demais regiões. Com isso, japoneses, alemães para a demanda de mão desde o início, caracterizou-se por ser uma área de população de menor renda e poder. A de obra e escoamento da produção agrícola. estrada de ferro Mogiana, foi de extrema importância para a cidade e para a zona norte, por ter sido o principal elemento que trouxe melhoria e desenvolvimento. Foi através dela que os De 1940 a 1960 Ribeirão Preto é marcado avanços econômicos e urbanos e sociais foram realizados. pela expansão e setorização. É nesse período que a cidade começa a se setorizar através das diversas classes sociais, onde o setor 3.2 DELIMITAÇÃO DO OBJETO DE INTERVENÇÃO de comércio e serviço ficou voltado para a população de menor renda, e a de maior passou a ser atendida em outros setores. (CALIL JUNIOR, 2003, p.108 a p.110).

3. ÁREA DE INTERVENÇÃO

Imagem 03- Plantação de Café em Ribeirão Preto, 1911. Fonte: site RP, Brasil Magazine.

Imagem 08- Localização da área de intervenção na cidade de Ribeirão Preto com demarcação dos bairros do entorno. Fonte: Google 2017.

Imagem 04- Plantação de Café em Ribeirão Preto, 1911. Fonte: site RP, Brasil Magazine.

Imagem 05- Início da urbanização na região da Mogiana. Fonte: Google.

A área de intervenção está localizada na Zona Norte da cidade de Ribeirão Preto, mas especificamente, entre os bairros Quintino Facci I e II, Vila Elisa, Parque Industrial Tanquinho e Chácara Pedro de Carvalho, todos indicados no mapa acima. Das principais avenidas de acesso aos bairros, a via Norte é a mais utlizada, com 7km de extensão. A escolha do local do projeto de implantação de um parque urbano, ocorreu em virtude da observação do local e a verificação da necessidade de melhorar a paisagem urbana, criar área de lazer e esporte, melhorar a qualidade de vida dos moradores do entorno; criar espaços culturais e visar a melhoria de acessibilidade e mobilidade. A Região Norte é a mais carente em áreas verdes. O índice de domicílios urbanos sem árvores no entorno chega a 63,3%. A melhor cobertura verde está nas áreas urbanas do Sudeste, onde apenas 26,5% das residências não têm árvores por perto. O levantamento leva em conta apenas as árvores existentes no entorno dos domicílios e não considera as que ficam, por exemplo, em jardins internos. O IBGE divulgou que a carência de área verde é bem mais acentuadapróximo aos domicílios pobres, ou seja, nas moradias com uma renda per capita de um quarto do salário mínimo, sendo que 42, 3% não possuem árvore no entorno. Segundo o IBGE em domicílios com renda de mais de dois salários mínimos o indice cai para 21,5%. De acordo com o IBGE A melhor taxa de arborização está nos pequenos municípios de até 20 mil habitantes, onde 29,4% dos domicílios não têm árvores plantados ao redor. O pior desempenho é das cidades médias com população de 100 mil a 200 mil habitantes: 34,6% das residências não têm árvores no entorno.


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3.3 USO DO SOLO

Devido à proximidade com o aeroporto da cidade, Leite Lopes, a área também está sob legislação do COMAR (Comando Aéreo Regional da Aeronáutica) e por isso deve obedecer a algumas restrições de edificação. Empreendimentos a serem construídos na área de aproximação/ decolagem, tem que ter seus projetos submetidos ao COMAR, para não afetar nas manobras das aeronaves e na operação dos equipamentos de auxílio à navegação. O nível da pista do aeroporto de Ribeirão Preto se encontra na cota 550m, a partir da cota 590m, o projeto deve pedir autorização do COMAR. Se o desnível do terreno for para baixo (o terreno está abaixo do nível da pista do aeroporto) a edificação / projeto poderá ter a altura até a cota 590m.

Ao Norte, Leste e Oeste da área, são bairros com predominância de uso residencial. São caracterizadas por possuir habitações de perfil socioeconômico mais baixo, e isso reflete na habitação de pequeno e simples porte. No contorno da Avenida Costa e Silva e Avenida Brasil, o uso é mais voltado para serviços em geral, que atende a população de fora dos bairros e ao redor. Tornam-se referencia e polo atrativo para este tipo de serviço que é prestado. A grande maioria são oficinas mecânicas, lojas de automóveis e de matérias para construção. Em geral, são grandes galpões. A Oeste da área fica o bairro Chácara Pedro Correa de Carvalho, um dos assentamentos ilegais mais próximo da área de intervenção.

Mapa 03- Demonstra a proximidade da área com a pista do aeroporto da cidade. Fonte: COMAR.

Mapa 01- Uso do solo. Fonte: Carelli, Lívia 2015.

3.4 OCUPAÇÃO DO SOLO Mapa 02- Mapa de macrozoneamento com as diferentes zonas de urbanização existentes dentro da área de intervenção. Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto e Gestão Ambiental, 2006.

3.3.1 LEGISLAÇÃO USO DO SOLO E LEGISLAÇÃO COMAR

A Lei Municipal 2157/07 de Ribeirão Preto regulamenta a criação de APU nas áreas especiais da cidade de Ribeirão Preto/SP, conforme descrito - estabelecer normas e condições para o parcelamento, uso e ocupação do solo no Município de Ribeirão Preto, de observância obrigatória por parte dos agentes públicos e privados; III - prover a cidade com áreas para implantação de equipamentos comunitários, notadamente os da área de educação e saúde, conforme disposto na Constituição Federal.

A área de intervenção se encontra no meio de duas zonas de urbanização. A ZUR- Zona de urbanização restrita, que são áreas frágeis e vulneráveis a ocupação intensa, correspondente a área de afloramento. E a ZUP- Zona de urbanização preferencial, áreas dotadas de infraestrutura e condições geomorfológicas propícias para a urbanização. Nota-se que há algumas restrições para a área, principalmente por estar próxima ao aeroporto e a um fundo de vale. Porém, ainda assim, não restringe a implantação de um parque urbano, como é o caso que será projetado.

com o aeroporto Leite Lopes, o que a classifica, ainda segundo a Lei Complementar, como uma Zona de Urbanização Restrita – (ZUR), e que portanto, fica proibido ultrapassar o gabarito básico. A partir da análise das edificações, é possível concluir que elas são em geral térreas e sua maioria são residências de pequeno e simples porte. Na parte mais internas dos bairros que circundam a área, existem algumas edificações de dois pavimentos, mas em poucas quantidades, a grande maioria ainda são habitações térreas. Existem também alguns comércios de escala do bairro, como padaria, açougue, lojas e etc.

Grupo de imagens 01- Fotos de residências existentes nos bairros do entorno. Fonte: Google.

Próximo às avenidas, existem galpões de comercio e/ou serviço e de armazenamento, que na maioria das vezes, possuem pé direito alto, chegando até 7/8 metros de altura. É possível notar uma grande quantidade de vazios urbanos na área. Terrenos sem uso e aproveitamento, o que favorece a apropriação irregular, e o descarte de lixos e materiais variados, degradando a qualidade de vida dos moradores.

Grupo de imagens 02- Fotos de comércios existentes no entorno. Fonte: Google.

Mapa 04- Ucupação do solo. Fonte: Carelli, Lívia 2015.

LEGENDA:

Obedecendo a lei de Usos e Ocupação do Solo-Lei Complementar 2157/07 | Lei Complementar nº 2157 de 08 de janeiro de 2007, o gabarito máximo é de 10 (dez) metros de altura para todas as edificações novas ou a reformar. Essa exigência ocorre devido a proximidade

Conclui-se que o entorno da área de intervenção é um território bastante adensado, o que causa uma desqualificação ambiental relacionado à insolação e ventilação por falta dos afastamentos necessários, já que em geral, as edificações ocupam todo o lote, e foram feitas sem seguir nenhuma regulamentação.


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19 3.5.2 EQUIPAMENTOS URBANOS

3.5 MAPAS DE EQUIPAMENTOS 3.5.1 Parques em Ribeirão Preto

A carta alerta para a mudança da legislação Florestal e os prejuízos que esta mudança trará à biodiversidade através da redução de espécies da flora e fauna, o desequilíbrio do clima, a saúde pública em virtude do crescimento de doenças devido ao desconforto climático, a baixa umidade doar, e a invasão de vetores de microrganismo patogênicos. A carta aborda também sobre a inércia do poder público em desapropriar os imóveis rurais que não cumprem a função ambiental, conforme autoriza a CF/88. Esta carta reivindica que seja mantida a legislação ambiental e a proteção a biodiversidade a aos ambientes naturais; a recuperação ambiental das áreas de preservação e de reserva legal; um programa de adequação dos pequenos produtores rurais e assentamentos; o estímulo a policultura, agricultura orgânica, a implantação de agroflorestas; assistência técnica para o manejo ambiental, etc. A carta trás como não aceitável a submissão do princípio democrático e o retrocesso na proteção ambiental.

Mapa 07- Fonte: Carelli Livia, 2015.

Segundo Kandratavicius (2017), diretora da Associação Cultural e Ecológica Pau-Brasil. “A zona norte é totalmente desprovida de áreas e parques no sentido de arborização. Até existem terrenos reservados para isso, mas muitos não passam de terrenos.” A área possui alguns equipamentos urbanos voltados para os cidadãos. Existem duas creches voltadas a atender crianças de 0 à 6 anos. Porém são particulares, o que dificulta muito para as famílias que possuem certa dificuldade financeira. As escolas atendem três tipos de faixas etárias: escola infantil e escola de primeiro e segundo grau, todas são publicas sendo municipal e estadual. Elas possuem um alto indicie de procura e muitas vezes o numero de vagas não são suficiente para atender a todos. Os equipamentos de saúde existente são a UBDS Quintino II, UBS Alexander Fleming Simioni e UBS Mário Ribeiro de Araújo Valentina Figueiredo. Todos esses abertos 24h por dia e atendem a população de todo o entorno, mas não são suficientes para o atendimento geral da comunidade.

Mapa 05- Fonte: Carelli Lívia, 2015.

3.6 HIERARQUIA FÍSICA E FUNCIONAL 3.6.1 HIERARQUIA FÍSICA Lei nº 1.616 de 19 de Janeiro de 2004 Institui o código do meio ambiente, dispõe sobre o sistema municipal de administração da qualidade, proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente, e uso adequado dos recursos naturais - sima, os instrumentos da política ambiental e estabelece normas gerais para a administração da qualidade ambiental do município de Ribeirão Preto. (BRASIL, Lei 1.616, 19/01/04)

Segundo Gomes (2009), em Ribeirão Preto, os parques não se encontram bem distribuídos ao longo da malha urbana, de forma que favoreça seu uso por todas as parcelas da população. Na maioria dos casos não dispõem da infraestrutura necessária ao seu uso. São classificados como semi-implantados pela Prefeitura, mas não oferecem condições mínimas de uso, como é o caso do Parque Ecológico Ribeirão, localizado na zona Leste. Essa má distribuição fica evidente quando fazemos análises nas zonas que não são tão atrativas do ponto de vista especulativo, principalmente na zona norte. É uma zona com carência de equipamentos urbanos, e principalmente do porte de parque público. Segundo Gomes (2009), verificou-se na cidade, que os imóveis próximos aos parques

Prefeito Luiz Roberto Jábali e Dr. Luís Carlos Raya apresentam preços mais elevados do que outros imóveis localizados no mesmo bairro, proporcionando renda diferencial elevada, confirmando então, que os parques representam uma forma de valorização imobiliária e contribui no aumento das desigualdades sócio espaciais. O mapa acima, retirado do estudo feito por Gomes na cidade, mostra a pequena quantidade de parques urbanos existentes na malha da cidade, e, além disso, a má distribuição destes. Fica evidente que a zona norte é a área mais carente de equipamentos públicos e parques. A Carta Ambiental redigida em 29 de Janeiro de 2010 em Ribeirão Preto é um ato de defesa do código Florestal e aderiram esta carta 122 instituições. Esta carta aborda a tentativa de desmonte da legislação ambiental brasileira no Congresso Nacional, em prejuízo do povo e para benefício de interesses coorporativos. A carta relata a grandeza dos desastres ambientais que são causados pela combinação das mudanças climáticas, pobreza, expansão devastadora do agronegócio, pressão da especulação imobiliária e o descumprimento da legislação protetiva ambiental.

A maioria das ruas dos bairros é tranquila, por serem vias locais que dão acesso aos lotes residenciais.

REGIÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

I- VIAS ARTERIAIS Vias expressas Implantada A implantar II- VIAS PRINCIPAIS Avenidas Implantadas A implantar III- VIAS SECUNDÁRIAS Vias de distribuição e coletora Implantadas Área de intervenção

Mapa 06- Carta Ambiental abrangendo a região da área de intervenção Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.

Mapa 08- Plano Viário. Fonte: Carelli Livia, 2015.

O mapa acima representa o plano viário proposto no Plano Diretor da cidade de Ribeirão Preto, na gestão de 2007. Na época, a maior parte das vias já estavam consolidadas, e portanto no geral, o mapa representa a realidade existente na área. As vias que estão no mapa demarcadas como a serem construídas, que passam por dentro da área, continuam a não existir, porém deve-se levar em conta a possível implantação destas. Existem duas propostas que passariam por dentro da área, sendo uma via expressa e uma avenida.

VIAS ARTERIAIS VIAS PRINCIPAIS VIAS SECUNDÁRIAS VIAS LOCAIS ÁREA DE INTERMapa 09- Fonte: Carelli Livia, 2015.

A implantação da Avenida Costa e Silva até a Avenida Magid Simão Trad, só é proposta, devido à praticidade que traria aos usuários com veículos, o que fica evidente que, mais uma vez a cidade é pensada para os automóveis e não para os pedestres. É possível uma rota alternativa pelo prolongamento da via José Benlli que já existe implantada, até Avenida Costa e Silva, tornando-se assim o eixo de ligação desejado pelo Plano Diretor. A outra proposta de via a ser implantada faria a ligação direta da Via Norte com a Costa e Silva, na qual teria grande valor para os moradores da região por facilitar o acesso e o tráfego.

Porém, nos locais onde se concentram um numero maior de comercio e serviço, gera grande movimentação, e na maioria das vezes concentram-se na periferia das grandes e importantes avenidas existentes na área, como a Av. General Euclides de Figueiredo, Av. Vanderlei Tafo, Av. Magid Simão Trad, e a Via Norte. Encontra-se nesta área ruas sem saída, travessas, vielas, grande quantidade de bifurcações ou várias ruas que se encontram em um mesmo ponto. A manutenção é escassa e precária, o que contribui para o asfaltamento e calçamento não serem de grande qualidade, o que também é uma das maiores reclamações dos moradores do entorno.


3.7 CARACTERIZAÇÃO SÓCIOECONÔMICO DO PERFIL DOS MORADORES DO ENTORNO

3.6.1 HIERARQUIA FUNCIONAL

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Perfil Residente- Faixa Etária

A região Norte de Ribeirão Preto é considerada a mais populosa da cidade, com aproximadamente 195.663 habitantes. I- SISTEMA ESTRUTURAL Vias expressas de 2ª categoria Avenidas II- SITEMA DISTRIBUIDOR E COLETOR Vias de distribuição e coletoras ÁREA DE INTERVENÇÃO Mapa 10- PlanoViário. Fonte: Autora 2017

VIAS EXPRESSAS AVENIDAS VIAS COLETORAS VIAS LOCAIS ÁREA DE INTERVENÇÃO Mapa 11- Fonte: Carelli, Livia 2015.

É possível perceber através do mapa que a área No interior dos bairros, existem as de intervenção é cercada por vias expressas e vias coletoras, que são responsáveis avenidas em que ambas são vias de intenso por captar o fluxo das avenidas e fazer fluxo que ligam os bairros que as circundam. a ligação com o interior do bairro. Vias expressas são vias de tráfego direto e acessos espaçados, que podem por meio de marginais dar acesso a áreas fronteiras, que é o caso da Via Norte, principal eixo de ligação da cidade á Zona Norte. Já as avenidas principais são vias que agregam o tráfego local com o tráfego geral e tem como principal função fluir o trânsito como a Avenida Marechal Costa e Silva e Avenida Brasil. Em geral, elas possuem em suas margens, um número significativo de comércio, o que atrai usuários de dentro e fora do bairro.

As vias locais são as mais comuns, interiorizam os bairros e fazem acesso aos lotes residenciais e comerciais. Portanto, faz com que a área esteja localizada em um ponto central e de bastante movimento, com um acesso fácil e de grande fluxo. As vias expressas e as arteriais são as de maiores importância para o fluxo da área, pois são grandes corredores de acesso, tanto aos bairros, como a outras regiões, fazendo as conexões necessárias.

3.6.3 TOPOGRAFIA

Segundo os dados do IBGE do ano de 2010, a maior parte da população dos bairros ao entorno da área de intervenção, são de raça branca, com um total de mais da metade do índice. Porém, segundo também os dados, a somatória dos índices da população negra e parda, chega a quase a outra metade populacional. Com isso, a Zona Norte é a única zona da cidade de Ribeirão Preto, que tem esse grande número de população negra e parda, pois nas outras zonas da cidade, esse índice não chega a representar nem na metade. A faixa etária predominante na área é de jovens, porém na questão escolaridade somente 27% dos moradores da região possuem o ensino fundamental completo. Segundo o Instituto IBGE, a maior parte da população branca da área ganha entre 3 a 10 salários mínimos. Já a população negra e parda, que juntas, somam praticamente a metade dos residentes, não ganham mais de 5 salários mínimo. No caso da negra, chega a 3 salários mínimos, o que evidencia a zona Norte da cidade ser uma das mais pobres e carentes. O valor do salário por raça é dado levando em conta a realidade do município, e não a setorização em si. É possível notar que o bairro precisa de melhorias, desde infraestrutura até segurança pública, e um forte apelo por investimentos na área de educação e lazer de jovens e adultos. Nota-se que 27% das famílias não possuem casa própria, 24% moram em locais cedidos ou invadidos, que não possuem saneamento básico e infraestrutura mínima para garantir a subsistência digna do ser humano.

Abaixo seguem gráficos que corroboram com o texto acima:

20 a 25 anos 25 a 50 anos 51 a 65 anos Outras idades Fonte: IBGE censo 2010 Gráfico 02- Percentual relativo à faixa etária dos moradores da zona norte do entorno da área de intervenção.

População Residente- Escolaridade

ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO ENSINO FUNDAMENTAL INCOMPLETO ENSINO MÉDIO COMPLETO ENSINO MÉDIO INCOMPLETO ENSINO TÉCNICO OU SUPERIOR NÃO ALFABETIZADO NÃO INFORMOU Fonte: Pesquisa Social realizada na zona norte pela assistente social Cláudia Granado Bastos, 2012. Gráfico 03 – gráfico do percentual de escolaridade dos moradores da área.

População Residente: Renda- Cor ou Raça

1/2 a 5 1/2 a 3 3 a 10 Fonte: IBGE censo 2010 Gráfico 04 – gráfico de percentual relativo à renda, através da raça dos moradores da zona norte do entorno da área de intervenção.

População Residente- Principais problemas do bairro INFRAESTRUTURA LAZER SEGURANÇA SAÚDE NÃO INFORMOU OUTROS NÃO INFORMOU Fonte: Pesquisa Social realizada na zona norte pela assistente social Cláudia Granado Bastos, 2012. Gráfico 05 – gráfico elaborado a partir de questionamento feito com moradores da área, sobre as principais problemáticas existentes.

Tipo de Moradia da População Habitante Mapa 12- Mapa topográfico da área de intervenção. Fonte: Autoral 2017

A área de intervenção abrange uma grande quantidade de curvas de níveis. Na área central, as curvas de níveis são mais próximas e com grandes desníveis de altura, já nas periféricas as curvas são mais espaçadas tornando a área mais plana e os declives menos acentuados, criando platôs. Portanto, a área pode ser considerada plana em sua maioria, sem grandes diferenças de alturas.

ALUGADA CEDIDA PRÓPRIA INVADIDA OUTROS Fonte: IBGE censo 2010 Gráfico 01- Percentual relativo à raça dos moradores da zona norte do entorno da área de intervenção

Fonte: Pesquisa Social realizada na zona norte pela assistente social Cláudia Granado Bastos, 2012. Gráfico 06 – gráfico elaborado a partir de questionamento feito com moradores da área, sobre os tipos de moradia.


24 4.1 PARC DE LA VILLETE, PARIS-FRANÇA O parque La Villete, é um parque urbano, localizado na 211 Avenue Jean Jaurès, 75019 Paris, France. É o maior parque da cidade. O parque famoso pelo seus Folies Vermelhos, que chamam a atenção pela cor e pelo alinhamento na malha urbana, possui mais de um quilômetro de comprimento e setecentos metros de largura. O projeto foi elaborado pelo Arquiteto Bernard Tschumi, para um concurso internacional de revitalização de terrenos abandonados em 1982 e 1983, onde o projeto do parque La Villette foi escolhido entre mais de 470 propostas.O parque foi imaginado como um espaço para atividade e interação, que evocasse uma sensação de liberdade numa organização sobreposta que daria pontos de referência aos visitantes.

Imagem 09- Imagem satélite mostrando a implantação do parque na cidade. Fonte: Google.

Imagem 10- Esquema do parque. Fonte: http://www.archdaily.com.br/ br/01.160419/classicos-da-arquitetura-parc-de-la-villette-bernard-tschumi.

Imagem 11- Esquematização do projeto do parque e seus elementos. Fonte: http://www.archdaily.com.br/classicos-da-arquitetura-parc-de-la-villet-bernardtschumi.

1 - Linhas: este sistema se encarrega do movimento dos corpos no projeto. Através destas linhas (retas e curvas) que atravessam o espaço, se pode controlar a velocidade com a qual os usuários percorrem o espaço. 2- Pontos: o centro de atividades, são aqueles lugares dispostos em retas sobrepostas, nos quais se alteram os usos. São fantasmas no espaço ao redor dos quais se desenvolvem atividades. Distribuem-se a cada 120 metros. 3 - Superfícies: estes espaços se convertem na somatória de jardins temáticos e demais atividades que se desenvolvem ao redor das linhas

4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS

Grupo de imagens 03- de Folies, com diferentes usos. Fonte: https://lavillette.com/

La Villet é um parque referencial por ser considerado um jardim à céu aberto, pelos seus jardins dispostos em vários espaços, criando ambientes ao longo dos caminhos. E também pelas instalações de diversos equipamentos culturais em todo o espaço do parque, o que torna atrativo para usuários que querem algum tipo de atividade ou somente uma caminhada ao longo de uma área verde de qualidade.


4.2 PARQUE DA JUVENTUDE

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25 4.3 PARQUE VILLA LOBOS, SP.

Localizado no bairro de Alto dos Pinheiros, na região Oeste da Capital, o parque Villa-Lobos é uma das melhores opções de lazer ao ar livre da cidade. O parque, que abrange uma área de 732 mil m², possui ciclovia, quadras, campos de futebol, “playground” e bosque com espécies de Mata Atlântica. A área de lazer inclui ainda aparelhos para ginástica, pista de cooper, tabelas de “street basketball” e um anfiteatro aberto com 750 lugares, sanitários adaptados para deficientes físicos e lanchonete. Estima-se que durante a semana cerca de 5 mil pessoas passem a cada dia pelo Parque. Aos finais de semana recebe cerca de 20 mil visitantes e aos feriados 30 mil.

Imagem 14- Foto do parque. Fonte: Google 2017

Imagem 12- Planta do parque. Fonte: http://purarquitetura.arq.br/

O Parque da Juventude mudou a paisagem da Zona Norte de São Paulo desde 2003, ao substituir o Complexo Penitenciário Carandiru por uma área de lazer e entretenimento ao ar livre. Possui ampla área verde, instalações para práticas de esporte, áreas de lazer e entretenimento para pessoas de todas as idades, espaço canino e espaço aberto para shows e eventos. O espaço abriga a Biblioteca de São Paulo, com mais de 35 mil títulos, e o Acessa São Paulo, programa de inclusão digital do Governo do Estado. No local, foram mantidos referenciais históricos da época do Carandiru.

Imagem 15- Foto da entrada do parque. Fonte: Google 2017

O Parque Villa-Lobos foi um dos primeiros da cidade a ser adequado à acessibilidade de pessoas com necessidades especiais. A grande área plana e os caminhos praticamente nivelados tornam mais fácil o deslocamento de pessoas. Alguns dos brinquedos de madeira nos parquinhos também foram elaborados para garantir a acessibilidade, como uma caixa de areia e uma casinha na montanha, que permitem acesso por pessoas em cadeiras de rodas. O Villa-Lobos também conta com um telefone público para os deficientes auditivos. Com a intenção de permitir que os visitantes do parque Villa-Lobos possam aproveitar mais a sombra e outros benefícios da vegetação, foi criada a trilha “Vai pela Sombra”. A trilha é feita de pedriscos e percorre os principais bosques do parque. Uma boa opção para quem faz caminhada ou corre, pois reduz o impacto nas articulações.

O Parque é composto de três grandes espaços (cada um deles correspondendo a uma das três fases de implantação): o primeiro, a Área Esportiva, é de caráter recreativo-esportivo, com quadras poliesportivas, espaços para prática de skate e patins, pistas de cooper, entre outros. Denominado Área Central, é de caráter recreativo-contemplativo, com trilhas, caminhos ajardinados, passarelas, entre outros elementos que remetem mais à ideia tradicional do “parque”. Finalmente, o terceiro, a Área Institucional, é de caráter cultural, onde estão localizadas as Etecs (Escolas Técnicas), que oferecem cursos regulares de enfermagem, informática, música, canto, entre outros. Aí também se encontra a Biblioteca de São Paulo, de responsabilidade da Secretaria da Cultura.

A 1ª Cia. do 23º Batalhão da Polícia Militar estava, desde 1999, no parque Villa-Lobos em local provisório, nas instalações do antigo canteiro de obras. A atual gestão da SMA viabilizou uma nova sede permanente para o efetivo de 160 homens da Polícia Militar. O espaço contém sala de atendimento, minianfiteatro, cozinha e vestiário. Os visitantes do parque Villa-Lobos têm o privilégio de andar próximo aos pássaros ao conhecer o “Circuito das Árvores”. A passarela elevada, construída com madeira de reflorestamento, chega até 3,5 metros de altura e 120 metros de extensão. Espécies de árvores e aves são identificadas ao longo do caminho, que possui acesso para portadores de mobilidade reduzida. Os visitantes do parque Villa-Lobos poderão acompanhar de perto as belezas das orquídeas com a inauguração do Orquidário Ruth Cardoso, que leva o nome da antropóloga como uma homenagem à ex-primeira dama.

A construção de um parque cultural no local do Carandiru foi considerada um ato simbólico por parte do Governo do Estado no sentido de livrar o local do estigma de violência. Durante a apresentação da proposta do projeto, no entanto, houve diversas críticas de especialistas em planejamento urbano e em políticas públicas no tocante ao papel que o parque terá no processo de especulação imobiliária da região.

A Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL) é um lugar singular. Além de oferecer livros para empréstimo e ambientes para estudo, como toda biblioteca, a BVL é também uma experiência diferente em leitura, lazer, aprendizado e diversão. Ocupando área de quatro mil metros quadrados dentro do Parque Villa-Lobos, zona oeste da capital paulistana, a BVL monta, todos os meses, programação cultural diversificada, que reúne atividades de interesse para todos os públicos. Acontecem contação de histórias, mediação de leitura, cursos, oficinas, apresentações teatrais e musicais, exposições, saraus e encontros com escritores. Um ponto forte nessa referência a ser levado para meu projeto é a acessibilidade para pessoas com necessidades especiais, áreas planas e caminhos praticamente nivelados.

Imagem 13- Maquete eletrônica com os dois pavilhões originais.

O parque da juventude é uma grande referência para o projeto pela forma como os espaços são compostos (área esportiva, área recreativo-contemplativo e área institucional), e pela forma que ele muda a paisagem da cidade.


28 5.1 ESTUDO PRELIMINAR

5.1.2 PRIMEIROS ESTUDOS

5.1.1 DIRETRIZES

As diretrizes projetuais conduzem a elaboração do projeto, envolvidas no espaço urbano como acessibilidade, mobilidade e sustentabilidade, e depois mais tarde na elaboração do programa de necessidades.

Melhoria na qualidade de vida - Criação de espaços para convívio e contemplação - Criação de espaços para lazer, educação e atividade física Melhoria na qualidade ambiental - Arborização, melhorando o clima - Espaços Verdes - Melhoria da ventilação com espaços abertos

Imagem 16- Estudo inicial da locação dos equipamentos. Fonte: Autora 2017.

Iluminação - Postes com lâmpadas modernas de baixo consumo e alta eficiência - Maior quantidade e melhor distribuição de iluminação, inibindo o uso indiscriminado do parque. Transporte - Incentivo para uso de bicicleta e outros meio de locomoção - Criação de vias alternativas - Melhoria na circulação do entorno da área

5. PROJETO

Acessibilidade - Calçadas e caminhos mais largos, assim mais acessíveis - Piso tátil - Rampas

Imagem 17- Estudo de circulação do parque e ajuste de alguns Equipamentos e distribuição do verde. Fonte: Autora 2017.

5.1.3 ZONEAMENTO

Incentivo a atividade física - Implantação de quadras poliesportivas - Espaço para recreação infantil - Implantação pista de caminhada - Implantação de um ginásio de esportes Paisagem Urbana - Implantação de áreas contemplativa - Implantação de árvores e vegetação - Diversificação da paisagem urbana - Adequação do mobiliário

SETOR I- CULTURAL - ATIVIDADES CULTURAIS - BIBLIOTECA - SALA DE CURSOS

SETOR IV- ESPORTE E LAZER - QUADRAS POLIESPORTIVAS - GINÁSIO DE ESPORTES - PLAYGROUND

SETOR II- LAZER - CONTEMPLAÇÃO

S/ ESCALA

SETOR III- LAZER - ÁREA DE PERMANÊNCIA - LAGO -SANITÁRIOS PRINCIPAIS - RESTAURANTE

Imagem 18- Estudo do plano de massa com os equipamentos definidos e a possível localização deles. Fonte: Autora 2017

No estudo de zonemanto, o parque foi dividido em quatro setores de acordo com as atividades a serem implantadas em cada um deles.


30

29

5.1.4 PLANO DE MASSA

5.2 ANTEPROJETO 5.2 .1 CONCEITO E PARTIDO O conceito do projeto parte da discussão voltada a integração com o entorno e na melhoria da qualidade de vida da população, além de criar uma nova paisagem urbana para a região da Zona Norte. A área de intervenção junto com o entorno, apresentam diversos aspectos a serem levados em consideração para a qualidde do projeto final. Exemplo disso é a altimetria e suas variações, a ventilação, direção solar, e a posição relativa ao Norte. Com base nesses levantamentos, os partidos foram sendo definidos. E com isso, é pensado também no volume, altura e na distribuição dos equipamentos dos setores, para que haja uma qualidade ambiental para o parque.

S/ ESCALA

O plano de massa possibilitou o ajuste e a localização dos equipamentos a serem implantados, e a definição e distribuição da vegetação e dos caminhos do parque.

Imagem 19- Estudo do plano de massa com os equipamentos definidos e a possível localização deles. Fonte: Autora 2017

5.1.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Com um total de aproximadamente 800 mil m², o parque fica localizado na Zona Norte de Ribeirão Preto e suas principais vias de acesso são Costa e Silva e via Norte. A distribuição do projeto foi feita a partir de estudos da área, da necessidade do entorno e sua população. Na linha férrea, grande marco da área, foi instalado um bonde o qual, percorre por toda a extensão dela, tendo seus pontos de parada espalhados pelo parque, onde os usuários embarcam e desembarcam. Os caminhos foram distribuídos de maneira que se integre com o entorno e tenha ligação por toda a extensão do parque. São diferenciados pelo tipo de piso, que serão blocos intertravados na cor grafite no interior do parque e, cimento pintado em vermelho no contorno total, onde foi implantada a pista de corrida com ciclo, as quais fazem conexão do entorno com o parque.

Após os estudos da área e as necessidades, as problemáticas levantadas e as pesquisas consultadas, foi estabelecido um plano de necessidades do parque, com os elementos necessários. 1- ESTACIONAMENTO Bolsão destinado para os veículos dos usuários. Comporta 184 carros. 2- ALIMENTAÇÃO -Restaurante -Praça de Alimentação -Módulo Princial de Sanitário

5

5.2.2 MEMORIAL

3- SETOR LAZER CONTEMPLATIVO -Deck com Pontos de Iluminação e mobiliários -Lago -Gramado 4- CULTURAL - 1Biblioteca Digital - 4 Salas de Cursos - 1 anfiteatro - Espaço para shows 5- LAZER ATIVO - 1 Playground - 1 Módulo de Sanitários 6- LAZER ATIVO - 4 Quadras poliesportivas 7- ESPORTE - 1 Ginásio de Esportes

Os equipamentos de esporte se concentram próximos do Ginásio, existente, para criar um complexo de atividades físicas. As quadras poliesportivas foram dispostas na vertical, próximas às vegetações de grande porte que fazem sombreamento e as protegem do sol, para que não atrapalhe seus usuários, impedindo-os de usar o espaço, são 6 quadras com dimensão de 30x70m. Também nesse setor, foi implantado um playground. Os sanitários são dispostos nas lajes espalhadas pelo parque, sendo o principal, na laje em que abriga também o restaurante. Os setores são conectados por caminhos curvos, que fazem ligação uns aos outros. Ao encontro deles, foi projetada uma área para atividades culturais, com edifícios que contam com biblioteca digital, salas de cursos, anfiteatro, espaços para shows e palestras. O teto desses edifícios são verdes, foram dispostos na topografia de modo que as pessoas possam circular e permanecer sobre eles como extensão das gramas. Na maior área do parque, foram distribuídas as áreas de permanência com mobiliários e lajes para usos variados. Nessa área, também foi implantado um lago, com uma ponte de madeira sobre uma parte dele e um espaço deck próximo a ele, para que os usuários possam permanecer num local de tranquilidade e relaxamento. Com relação à vegetação, as espécies trabalhadas no parque se adequam ao clima e solo do local onde serão inseridas. As massas vegetativas de médio porte, são os ypês, amarelo e branco. E de grande porte, cedro, paineira e jatobá. Para as forrações, foram utilizadas a grama amendoim, adequada ao projeto, pois é uma espécie resistente ao pisoteio. Tais instalações proporcionam um ambiente de relaxamento, onde as pessoas podem fazer piqueniques ao ar livre, deitar-se sobre a grama, brincar com seus animais, entre outras atividades. Ou seja, é uma área livre, apta a todos os usos; culturais, esportivo e de lazer.


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5.2.4 CORTES

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7

6

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PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

5.2.3 IMPLANTAÇÃO

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ESCALA 1/2000 2 1

ESCALA 1/5000

LEGENDA:

2- SETOR DE ALIMENTAÇÃO RESTAURANTE SANITÁRIOS PRINCIPAIS 3- SETOR CULTURAL 1 BIBLIOTECA DIGITAL

4- SETOR LAZER CONTEMPLATIVO Deck com mobiliários

CICLOVIA E PISTA DE CORRIDA

5-SETOR ESPORTE 6 QUADRAS POLIESPORTIVAS

ESTAÇÕES DE PARA DO BONDE

6- PLAYGROUND 1 MÓDULO DE SANITÁRIO

LAGO COM PONTE

LINHA DE TRAJETO DO BONDE PARA LOCOMOÇÃO PASSEIO PEDESTRE ÁREAS DE PERMANÊNCIA E LAJES PARA USOS VARIADOS

7-GINÁSIO DE ESPORTE

PRODUCED BY AN AUTODESK EDUCATIONAL PRODUCT

1- ESTACIONAMENTO Bolsão destinado aos veículos dos usuários. Comporta 184 carros.


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33

5.2.6 ESPÉCIES SUGERIDAS

5.2.5 PROPOSTA PAISAGÍSTICA O projeto de paisagismo é muito importante para o parque, pois a arborização é o principal item utilizado em um espaço público, além de proporcionar sombra, ambientes de descanso, favorece a paisagem da cidade. Os espaços verdes que compõe a imagem da cidade são necessários para transmitir bem estar a população, e para propor bem estar no projeto, foi utilizado as informações disponíveis na cartilha: Vamos arborizar Ribeirão Preto, realizada pela Secretaria do Meio Ambiente e a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.

Para as escolhas das espécies foram utilizadas as planilhas de arborizações ideais para a cidade de Ribeirão Preto que contam com 140 espécies com diferentes tamanhos e floração, disponível na cartilha Vamos Arborizar Ribeirão Preto, páginas 19 á 22.

YPÊ AMARELO Nome Cienttífico: Tabebuia caraiba Floração: Agosto – Setembro Porte: Médio Indicação: Calçadas, avenidas, praças e parques Altura: até 30 metros

YPÊ BRANCO Nome Cienttífico: Tabebuia roseoalba Floração: Agosto – Outubro Porte: Médio Indicação: Calçadas, avenidas, praças e parques Altura: até 30 metros

PAINEIRA Nome Cienttífico: Chorisia speciosa Floração: Março – Maio Porte: Grande Indicação: Praças e parques Altura: até 30 metros

S/ ESCALA

ÁRVORES

CEDRO Nome Cienttífico: Cedrella fissilis Floração: Agosto – Setembro Porte: Grande Indicação: Praças e parques Altura: de 20 a 35 metros

PISOS E REVESTIMENTOS YPÊ AMARELO Tabebuia Caaraiba PAINEIRA Chorisia Speciosa

YPÊ BRANCO abebuia Roseo-alba

PAVIMENTAÇÃO CONCRETO PINTADO

PISO INTERTRAVADO GRAFITE JATOBÁ Hymenaea Courbari

GRAMADOS- GRAMA AMENDOIM

JATOBÁ Nome Cienttífico: Hymenaea courbaril Floração: Outubro – Dezembro Porte: Grande Indicação: Praças e parques Altura: de 15 a 20 metros

CEDRO Cedrella Fissilis GRAMA AMENDOIM Nome Cienttífico: Arachis repens Floração: Ano todo Porte: Pequeno Indicação: Calçadas, avenidas, parques e praças Altura: de 10 a 20 cm Resistente ao pisoteio


5.2.7 DETALHAMENTO

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35 5.2.8 MOBILIÁRIOS

O parque busca uma linguagem própria, a maioria dos mobiliários buscam fugir do tradicional.

GINÁSIO DE ESPORTE Edifício com 9m de pé direito destinado a práticas esportivas e torneios de jogos. Dimensão: 67,5x42m.

ESTAÇÃO DE PARADA DOS BONDES Ponto de embarque e desembarque para os usuários, com módulo de sanitário.

PLAYGROUND Brinquedos dispostos próximo ao módulo de sanitário e mobiliários.

BICICLETÁRIO QUE SERVE TAMBÉM COMO BANCO.

BANCO

4 QUADRAS POLIESPORTIVAS COM DIMENSÃO DE 30x70 As quadras serão fechadas com telas de arame, prevenindo que acidentes ocorra com as bolas. LIXEIRAS RECICLÁVEIS.

LAZER CONTEMPLATIVO Deck de madeira com ripas tratadas com mobiliários para contemplação dos usuários

RESTAURANTE E SANITÁRIOS PRINCIPAIS Mesas dispostas para integração dos usuários.

BANCOS MODULARES DISPOSTOS NO ENCONTRO DOS CAMINHOS.

POSTE DE ILUMINAÇÃO.

ÁREA DE PERMANÊNCIA Lajes e mobiliários para usos

BANCOS COM VEGETAÇÃO.


5.2.9 PERSPECTIVAS

38

37


40

O projeto do parque teve por base uma proposta de intervenção em um vazio urbano. Por sua vez, o conceito principal objetivou a requalificação da áre, através deste, abrangendo diversas atividades de recreação para a população. O projeto teve como pretenção proporcionar atividades para a população local, valorizando a área e região. A intervenção sugerida pelo projeto nasceu do desejo de se criar espaços de convívio, lazer e atvidades diárias próximos a natureza.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS


42

BARTALINI, Vladimir. Os Parques Públicos Municipais em São Paulo. Paisagem e Ambiente 9. São Paulo: FAUUSP, 1996. BOTELHO, Isaura. Os equipamentos culturais na cidade de São Paulo: um desafio para a gestão pública. Revista Espaço e Debates. São Paulo: NERU, v.23, n.43-44, jan/dez, 2003. BRASIL, Lei 1.616, 19/01/04. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/21651464/lc-n-1616-de-19-de-janeiro-de-2004-do-municipio-do-ribeirao-preto. Acesso 03/04/2017. CARELLI, Lívia Maria Esteves. Parque Urbano. Trabalho Final de Graduação sob orientação da Professora Arquiteta Rosa Farias, Ribeirão Preto 2015. CARNEIRO, Ana Rita S. O Projeto, as Funções e o Uso dos Parques Urbanos em Recife. Paisagem e Ambiente 10. São Paulo: FAUUSP, 1997. CAPORUSO, D. B. & MATIAS, L. F. Revista REVSBAU, Piracicaba – SP, v.6, n.3, p.172-188, 2008. CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO – CNUMAD. Agenda 21. São Paulo: Secretaria de Estado do Meio Ambiente. 1997. COSTA, C. S. Áreas Verdes: um elemento chave para a sustentabilidade urbana. A abordagem do projeto Greenkeys. Arquitextos, São Paulo, 11.126, Vitruvius, nov 2010. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.126/3672>. Acesso em: 29/03/2017. DIAS, Fabiano. O desafio do espaço público nas cidades do século XXI. Arquitextos, São Paulo, 06.601, Vitruvius, jun 2005. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/ revistas/read/arquitextos/06.061/453.Acesso 29/03/2017 FRANCO, Maria Assunção R. Desenho Ambiental. São Paulo: Annablume,1997. GOMES, Marco Antônio Silvestre. Parques Urbanos de Ribeirão Preto-SP: Na produção do espaço, o espetáculo da natureza. Campinas-são Paulo, 2009. Disponível: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000469526. Acessado em 10/03/2017. KLIASS, Rosa G. Os Parques Urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini,1993. LYNCH, Kevin. A Imagem da Cidade. São Paulo: Martins Fontes,1985. MACEDO, Silvio Soares; SAKATA, Francine Gramacho. Parques urbanos no Brasil. São Paulo, Edusp, 2010. MENDONÇA, F.A. O clima e o planejamento urbano de cidades de porte médio e pequeno. Proposição metodológica para estudo e sua aplicação à cidade de Londrina, PR, 1994.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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