Pequeno esboรงo introdutรณrio da Carta aos Gรกlatas
Andrezinho rupereta 10/11/2014
“Os falsos mestres travestidos de “ungidos” de Deus, escravizam as consciências fracas, colocam pesados fardos sobre os ombros dos outros, mas eles mesmos se entregam a uma desavergonhada licenciosidade. São hipócritas. São lobos, e não pastores do rebanho”. Hernandes Dias Lopes Um breve esboço da Carta aos Gálatas. 1. 2. 3. 4. 5.
Saudação e destinatários. (Gl. 1-5) O motivo e seu testemunho pessoal. (Gl. 1.6 – 2.21) A doutrina explicada. (Gl. 3 – 4) A doutrina aplicada. (Gl. 5 – 6.10) Conclusão. (Gl. 6.11 – 18)
Contexto. Lucas ao escrever o livro de Atos de uma forma perspicaz mostra a ação do Espírito Santo ao conduzir sua igreja na proclamação do evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Aparentemente Lucas dividiu sua obra em três partes: a) Atos 1 – 9 Lucas mostra o evangelho sendo divulgado aos judeus. b) Atos 10 – 24 Lucas mostra o evangelho sendo divulgado entre os gentios. c) Atos 25 – 28 Lucas mostra o evangelho sendo divulgado em Roma a capital do império e o centro do mundo naquela época. Lucas registrou em seu livro Atos dos Apóstolos o chamado de Paulo e Barnabé este chamado visava levar o evangelho para aqueles que não eram judeus e não eram herdeiros das promessas feitas a Israel ao serem enviados pela igreja de Antioquia da Síria inicia-se a segunda fase registrada no livro de Atos “o evangelho será divulgado entre os gentios”. O ano é 46 D.C neste ano Paulo e Barnabé são separados para levar o evangelho aos gentios e nesta primeira viagem missionaria eles irão chegar na região sul da Galácia (Atos 13 – 14) juntos com seu auxiliar João [Marco] o trabalho nesta região cobrirá um período de dois anos 46 – 48 D.C. Nesta região eles apresentaram o evangelho tanto para os judeus como para os gentios. De Atália navegaram de volta a Antioquia, onde tinham sido recomendados à graça de Deus para a missão que agora haviam completado. Chegando ali, reuniram a igreja e relataram tudo o que
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Deus tinha feito por meio deles e como abrira a porta da fé aos gentios. (At. 14.26 – 27) Ano 49 uma controvérsia surge em Antioquia da Síria (Atos 15) “Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos: "Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos". Isso levou Paulo e Barnabé a uma grande contenda e discussão com eles. Assim, Paulo e Barnabé foram designados, juntamente com outros, para irem a Jerusalém tratar dessa questão com os apóstolos e com os presbíteros. A igreja os enviou e, ao passarem pela Fenícia e por Samaria, contaram como os gentios tinham se convertido; essas notícias alegravam muito a todos os irmãos. Chegando a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros, a quem relataram tudo o que Deus tinha feito por meio deles. Então se levantaram alguns do partido religioso dos fariseus que haviam crido e disseram: "É necessário circuncidá-los e exigir deles que obedeçam à lei de Moisés". (At. 15.1 – 5) Talvez esta controvérsia tenha chego na Galácia por meio dos judaizantes “os falsos irmãos” (Gl. 1.7) e esta é a maior preocupação de Paulo. Estes homens estão atacando sua autoridade apostólica e a mensagem central do evangelho aquilo que é denominado como o coração do evangelho a justificação pela fé. A Epístola aos Gálatas na história da igreja. A Carta aos Gálatas teve um papel fundamental na história da igreja. Ao lado de Romanos, essa missiva [epístola] é um dos esteios [apoios] da gloriosa doutrina da justificação pela fé. Foi pela descoberta de seu bendito conteúdo que Lutero deflagrou a Reforma no século 16. Para Lutero, durante a Reforma, Gálatas foi a fortaleza de onde, entrincheirado, ele combateu a violência e todos os erros da Roma papal. Foi pela leitura do prefácio dessa carta, escrito por Lutero, que João Wesley teve sua genuína experiência de conversão depois de vários anos nas lides da pregação. Wesley ficou tão empolgado com o comentário de Lutero sobre essa epístola que chegou a dizer que era o principal livro da literatura universal.6
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Lutero a considerava o melhor dos livros da Bíblia. Essa carta tem sido chamada “o grito de guerra da Reforma”. 1 (Hernandes) O que é a justificação pela fé? A obra efetuada por Jesus é suficiente para nos trazer de volta a presença de Deus ou precisamos acrescentar algo a ela? Definição: A justificação pela fé não irá lidar com aquilo que você fez ou faz, ela irá lidar com aquilo que Deus diz e fez. A justificação lidará com a declaração que Deus faz a seu respeito atribuindo a você a justiça de Jesus Cristo. (Andrezinho rupereta) Justificação é um termo legal ou jurídico, extraído da linguagem forense. O contrário de justificação é condenação. Os dois são pronunciamentos de um juiz. Dentro do contexto cristão, eles são veredictos escatológicos alternativos que Deus, como juiz, poderá anunciar no dia do juízo. Portanto, quando Deus justifica pecadores hoje, está antecipando o seu próprio julgamento final, trazendo até o presente o que de fato faz parte dos “últimos dias”. (John Stott) A justificação pode ser definida como “o ato divino de perdoar gratuitamente os pecados dos ímpios e de atribuir-lhes justiça, por sua graça, mediante a fé em Cristo, com base não em suas próprias obras, mas na justiça representativa, redentora, propiciatória e vicária do sangue derramado por Jesus Cristo em favor deles”. (J.I.Packer) “Condenar não é meramente punir, mas sim declarar o acusado culpado ou digno de castigo; e justificação não é meramente liberar desse castigo, mas declarar que o castigo não pode ser aplicado com justiça. Perdão e justificação são, portanto, essencialmente distintos. O primeiro (perdão) é a absolvição do castigo, o outro (justificação) é uma declaração de que não existe nenhuma base para a aplicação do castigo”. (Charles Hodge) “A justificação pela graça, recebida pela fé somente, é “o resumo de toda a doutrina cristã”, “o artigo pelo qual a igreja se mantém ou cai”
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Lopes, Hernandes Dias – Comentários Expositivos Hagnos; “Gálatas, a carta da liberdade cristã” – São Paulo; Editora Hagnos; 2011.
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e que “nada neste artigo pode ser abandonado ou transigido, mesmo no céu e na terra, e as coisas temporais devem ser destruídas”. (Franklin Ferreira citando M.Lutero) Conclusão: A alguns que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: "Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho’. "Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’. "Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado". Lucas 18. 9 – 14.
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