CENTRO DE GINECOLOGIA NATURAL DO RECIFE APRESENTA:
Antigos saberes, novos olhares... Prfª Berta Brunet Recife, 03 Dez.2019 Poço da Panela
Que mulher é essa? “A mulher se vê hoje despida de todo conhecimento sobre sua fertilidade e sexualidade; não é capaz de se reconhecer, de se dar prazer e, muito menos, de se curar.”*
*Pabla Pérez San Martín
O que é Ginecologia Natural? •
Medicina integrativa(Slow Medicine), alia sabedoria popular a conhecimento científico.
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Ginecologia autônoma, partilha conhecimento, autoexame ginecológico.
Slow Medicine • •
Tempo Individualização
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Autonomia e autocuidado Reconhece a capacidade inata que temos para cura Conceito positivo de saúde (Medicina quântica) Prevenção Qualidade de vida (a arte de não intervir, de observar)
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Medicina Integrativa (normativa + complementar)
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De que forma a Ginecologia Natural atua? • • •
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Resgatando a natureza cíclica das mulheres (patologias do ciclo). Ritualizando a iniciação da vida, a cada novo ciclo. Propondo entendimento profundo do ciclo menstrual, avaliado em suas nuances físicas, psiquícas, energéticas e espirituais (autogestão da saude). Empregando formas seguras e eficazes de contracepção não hormonal (método sintotérmico, camisinha, diafragma, DIUs...). Uso ginecológico da fitoterapia, aromaterapia, Ayurvédica, Acupuntura...
Contracepção não hormonal • • • • •
Direito de escolha é da mulher. Direito de ser plena e devidamente informada para uma escolha consciente. Informação essencial para essa escolha é a eficácia “real” de cada método. Sempre haverá gravidezes não pretendidas e abortos provocados porque nenhum MAC é perfeito. Nós podemos dar uma grande contribuição para reduzilos, se conseguirmos aumentar a aceitação de MAC de alta eficácia real.
Contracepção não hormonal Vantagens: • Permite autoconhecimento e gestão da saúde. • Livre de repercussões sistêmicas atreladas ao uso de hormônios sintéticos. • Categoria de risco: 1. (critérios de elegibilidade).
Desvantagens: • • • •
Longa curva de aprendizado (6m a 1ano). Abstinência sexual periódica. Médico dependente. Diminuição da sensibilidade no ato sexual.
Taxa de gravidez durante primeiro ano de uso do MAC
Nossa natureza cĂclica...
Percepções de fertilidade:
Método sinto térmico
Método observacional do ciclo menstrual, praticado de forma majoritariamente autônoma pelas mulheres, que alia sinais, sintomas e controle de temperatura basal, a fim de inferir sobre fertilidade e infertilidade. Avalia: muco, temperatura basal e colo uterino. Método seguro, inócuo e de alta eficácia (I.pearl entre 0 a 1)* *ref 1. ARBEITS GRUPPE N.F.P. Leitfafen zur natürlichen Familienplanung, 1987. 2. FRANK, P., RAITH, E. Natürliche Familienplanung. Berlin, Heidelberg. Springer, 1986.
Percepções de fertilidade:
Muco •
É geralmente o primeiro sinal a se alterar na mudança de período fértil para infértil.
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Sinal de fácil observação, salvo em situações especiais.
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Permite uma avaliação indireta do colo uterino.
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Sentir, apalpar e ver.
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Diferenciar muco (conteúdo vaginal) de corrimento.
Percepções de fertilidade:
Temperatura
1. Sinal de análise objetiva. 2. Medir a temperatura basal (ao despertar matinal). 3. Usar termômetro de precisão. 4. Onde medir: •
Retal: 3min
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Vaginal: 5min
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Oral: mínimo 5min
Percepções de fertilidade:
Temperatura
5. O que pode alterar a temperatura basal?
• Mudança na hora de dormir • Sono noturno pertubado ou curto • Mudança de termômetro • Stress, sobrecarga psíquica, agitação • Trabalho noturno • Mudança de ambiente • Mudança na forma de medir a temperatura • Uso de bebidas alcoólicas, drogas ou medicamentos • Jantar muito tarde, se não for hábito.
Percepções de fertilidade:
Colo Uterino •
Sinal de mais difícil avaliação
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Muito útil quando a avaliação do muco cervical for difícil ou limitada.
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Como sinal isolado, a autopalpação do colo não pode ser usada para detectar período fértil.
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Começar a avaliação logo após a menstruação.
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Assumir posições semi-inclinadas, em pé, de cócoras, sentada ou deitada.
Percepções de fertilidade:
Colo Uterino Avaliar: • • •
Posição Consistência Abertura
Sinais e sintomas de fertilidade Sinais e sintomas maiores: •
Muco cervical abundante, fluido e filante(clara de ovo).
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Elevação da temperatura basal (sinal tardio).
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Colo amolecido, pequena abertura no oce, alto (cerca de 2 a 3cm mais alto na pequena bacia) e centralizado.
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Dor ovulatória (antecede a elevação de temperatura basal em média dois dias).
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Sangramento intermenstrual (spotting).
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Sintomas mamários (fase lútea).
Sinais e sintomas de fertilidade Sinais e sintomas menores: • • • • • • • • •
Edema de vulva Acne Prurido Oleosidade capilar Náuseas Meteorismo e constipação Diarréia e polaciúria Instabilidade de emocional Aumento da libido
Sinais e sintomas de infertilidade • Muco cervical: escasso, espesso, grosso, grumoso, sem elasticidade (nata de leite). • Temperatura: fase de temperatura basal elevada (fase lútea). A elevação da temperatura indica que não pode mais ocorrer ovulação. • Colo uterino: colo mais baixo, posterior e endurecido.
Período fértil Regra geral: • Começa 7 dias antes do dia em que foi determinado como 1º dos dias com a primeira medição mais alta. • Segunda semana do ciclo (risco começa no 6º dia) até 3 dias (72h) após a ovulação = 12 dias. Ovulação: • 2 a 3 dias antes da 1ª medição de T mais alta, até o dia da 2ª medição mais elevada. Espermatozóides: • Capacidade de fecundação por 3 dias.
Período infértil Pós-ovulatório: • Regra geral: 3 dias após a ovulação Começa: 1. NA NOITE DO 3º DIA APÓS O ÁPICE DO SINTOMA MUCO. Ou 2. NA NOITE DO 3º DIA DE T ELEVADA. Valendo o que aparecer por último.
Período infértil:
Pré-ovulatório Pré-requisitos 1. No ciclo anterior deve ter existido uma elevação da temperatura de no mínimo 03 medições mais altas provando a ovulação. 2. Só se pode admitir dias inférteis no início do ciclo se a mulher ainda não estiver se sentindo úmida. O primeiro dia fértil pós menstruação será aquele em que ela pela primeira vez sentiu ou observou muco.
Período infértil:
Pré-ovulatório Regra geral: •
Primeiros 5 dias do ciclo
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Último dia infértil = 1º dos dias com t ↑ - 8. (No mínimo 12 curvas de temperatura)
E quando não ciclamos? Patologias do ciclo Percepções da GN
Patologias do ciclo MENSTRUAÇÃO
SIM
OVULAÇÃO
NÃO
PATOLOGIAS DO CICLO
HORMONAL
SIM
TEMPO DE EXPOSIÇÃO
Patologias do ciclo Tensão Pré-menstrual (TPM) e Dismenorréia: • Nossa natureza cíclica...
Nossa natureza cíclica…
Patologias do ciclo Irregularidade menstrual (cíclica) e Sídrome dos ovários policísicos (SOP): • • • •
Há ovulação? Anovulação crônica Aprisionada em que arquétipo? Energia vital e crescimento cístico.
Patologias do ciclo Hemorragia uterina disfuncional •
Úteros que “choram...”
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Arcabouços de ancestralidade e memórias
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Altar para o endométrio renascer e morrer a cada novo ciclo
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Integração entre fertilidade e poder de gerar vida
Patologias do ciclo Endometriose • “E toda noite a serpente lhe devorava uma parte…”* • Negações do feminino: embrutecimento- “A doença da mulher profissional.” • Úteros que precisam dançar. • Resposta inflamatória difusa não imuno-mediada. • Alimentação e prática esportiva. *Paulo Amarante: O homem e a serpente
Endometriose “ Em algum momento da minha história, acreditei que eu era menos importante; que ser mulher era desvantagem; senti raiva de ter que menstruar, enquanto que os homens não tinham esse incômodo. Em algum momento quis algo, mas me foi dito: ‘isso não é pra menina´. Em algum momento condenei meu corpo por sua aparente fragilidade; odiei ter nascido mulher e carregar o estigma do pecado; achei mais vantagoso ser homem, cuidar do que ser cuidada, neguei meu feminino. Sou o feminino que vc negou e agora quer compreensão e carinho!” Texto autoral: Paula Matias
Patologias do ciclo Climatério •
Ainda somos cíclicas?
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Quando a energia vital diminui e os ovários “esfriam”, findando a função reprodutiva, o que sobra dessa mulher?
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Energia vital canalizada para fertilidade (criatividade)atividades manuais, artesanais.
GratidĂŁo!