FESTIVAL DE MÚSICA POP SUL-COREANA NO RIO DE JANEIRO
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ANA CAROLINA GUEIROS AZEVEDO UFRJ 2015/1
FESTIVAL DE MÚSICA POP SUL-COREANA NO RIO DE JANEIRO ANA CAROLINA GUEIROS AZEVEDO UFRJ 2015/1 3
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE LETRAS E ARTES ESCOLA DE BELAS ARTES DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS COMUNICAÇÃO VISUAL - DESIGN
TCC - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO VISUAL-DESIGN
NOLJA - K-POP FESTIVAL
FESTIVAL DE MÚSICA POP SUL-COREANA ORIENTAÇÃO MSc. IRENE PEIXOTO
ANA CAROLINA GUEIROS AZEVEDO DRE: 106047815 2015/1
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO COMUNICAÇÃO VISUAL - DESIGN
FESTIVAL DE MÚSICA POP SUL-COREANA NO RIO DE JANEIRO
ANA CAROLINA GUEIROS AZEVEDO UFRJ 2015/1
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AGRADECIMENTOS Agradeço, em primeiro lugar a Deus, que me deu vida, talento e oportunidade para desenvolvê-lo; Aos meus pais, Marlon e Ana, pelo investimento de amor, suor e lágrimas desde o início. Essa vitória também é de vocês! Aos meus professores, que me ensinaram mais que uma profissão, mas me habilitaram na construção do meu futuro. A minha orientadora, Prof. Irene Peixoto, por embarcar nessa viagem comigo. Aos meus pais de coração, Bispo Marcelo e Pra Ana Paula, pelos puxões de orelha, apoio e orações. Aos amigos que apoiaram e contribuiram durante o projeto. E a minha irmã, Ana Julia, que me apresentou o K-Pop. 7
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RESUMO Este trabalho trata do processo de criação da identidade visual de um evento de música pop sul-coreana voltado para o público adolescente e jovem, chamado NOLJA. Aborda também a conceituação baseada na particularidade deste público e do segmento musical que tem pouca divulgação no Brasil na grande mídia e ainda assim encontra aqui um mercado fiel. Além de pesquisar a respeito das características do gênero musical que produz essa aproximação entre culturas completamente distintas. O objetivo deste trabalho é desenvolver a identidade visual do evento utilizando a mesma premissa: unindo as formas do alfabeto coreano com a tipografia latina e suas aplicações nos produtos pertinentes. Como contribuição, espera-se que este trabalho auxilie na divulgação do segmento de mercado do setor audiovisual, ainda pouco explorado. O reconhecimento desta lacuna de mercado e a busca da sua representação gráfica que contemple as necessidades de duas culturas diferentes compõem o cerne deste projeto. Palavras-chave: Design Gráfico, Identidade Visual, K-Pop, música, evento, show, cultura, entretenimento, hibridismo, transnacionalidade, hangul. 9
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ÍNDICE
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Introdução
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Hallyu História Definição Características
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K-Pop Definição História Características Valores Indústria
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Fãs Fandom K-Pop Fandom K-Pop Ocean Sub-Units K-Pop e o Brasil
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Projeto Objetivo Dados Gerais Hangul Naming Peças
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Conclusão 11
Psy apper, dono do hit al Gangnam Style
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INTRODUÇÃO Mas, por que K-Pop? Desde Gangnam Style, de 2012, o K-Pop ganhou uma nova visibilidade. Claro que as ondas mainstream do ocidente do planeta circulam mais as músicas anglofônicas, mas ser o vídeo mais visto da história do YouTube é algo a se considerar. O tom bem humorado do clipe, a batida marcante, com fusão de rap e pop eletrônico e os pequenos versos chiclete em inglês são uma pequena amostra do pop sul-coreano que tem feito fãs em todo o mundo desde os fins dos anos 1990. E, mais do que isso, a mensuração do sucesso pelo número de compartilhamentos e visualizações é prática diária da indústria do K-Pop e é através da internet que o estilo chegou ao Brasil. No entanto, o Korean Pop, ou apenas K-Pop, não vive só do sucesso do rapper Psy, propagador do “estilo de Gangnam”. O K-Pop é um estilo próprio de fazer uma música, um híbrido audiovisual amigável aos gostos ocidentais, mas sem perder a característica do país de origem. E se tornou o principal veículo da Hallyu, a onda cultural coreana nos mais variados países do mundo.
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Boys Over Flowers Personagens principais do drama sul-coreana, de 2009
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Hallyu í•œëĽ˜ First, Hallyu is not just spreading culture out of Korea, but also drawing people in. Kim Ju Young 15
Hallyu
DEFINIÇÃO
HISTÓRIA
Mark Ravina, em seu artigo Introduction: Conceptualizing the Korean Wave, para o setor de estudos asiáticos da Universidade de Emory, nos EUA, definiu a “Onda Coreana” (Hallyu - 한류, em coreano) como
A Onda Coreana consiste principalmente na produção e exportação de cultura popular através de filmes, novelas (conhecidas como K-Dramas ou Dramas ou ainda Doramas), games e música pop (K-Pop).
“o aumento repentino da visibilidade internacional da cultura coreana, começando no leste asiático nos anos 1990 e continuando mais recentemente nos Estados Unidos, América Latina, Oriente Médio e partes da Europa. A Onda consiste principalmente de duas formas de mídia: séries de TV e música pop (K-Pop), apesar de que filmes e outras formas musicais também são parte do fenômeno. Como a Onda Coreana envolve a exportação da cultura coreana, ela é inerentemente tanto um fenômeno nacional como transnacional.” [tradução minha]
Para Kim Ju Young, autor da tese de doutorado Rethinking Media Flow Under Globalisation – Rising Korean Wave and Korean TV and Film Policy Since 1980s a Hallyu é “um neologismo referente ao aumento da popularidade da cultura Sul Coreana desde o fim dos anos 1990. O termo foi originalmente cunhado por jornalistas de Beijing, China, no meado de 1999, que estavam surpresos com o crescente apetite da China pelas exportações culturais da Coreia do Sul. Eles, consequentemente, referiram-se ao novo fenômeno como Hánliu (韓流, em mandarim), que literalmente significa ‘fluxo da Coreia’”. [tradução minha]
Segundo seu relato, o termo Hanryu (alfabeto coreano romanizado) ou Hallyu (romanização mais comum) tornou-se sinônimo de cultura coreana em outros países asiáticos, pois o fenômeno significa essencialmente espalhar a cultura popular sul-coreana na Ásia afora, reforçando a crescente reputação do país como um centro de indústria cultural na Ásia. E ele vai além, afirmando que a Onda Coreana teve origem na promoção dos produtos culturais feita pelo próprio governo coreano para estrangeiros, desvinculando o fenômeno da Diáspora Coreana (emigração de aproximadamente 7 milhões de coreanos, principalmente para China, Estados Unidos e Japão, principalmente após o fim da colonização japonesa, decorrente do desfecho da 2ª Guerra Mundial, com a rendição do Japão). Em outras palavras, Kim Ju Young salienta a importância da política cultural da Coreia do Sul na divulgação e exportação da cultura. Assunto que veremos mais adiante. 16
CENTROS, PERIFERIAS CULTURAIS & CONTRA-FLUXO
Com o sucesso da indústria fora do país de origem, é importante definir brevemente nesta seção o conceito de centro e periferia cultural. De acordo com várias literaturas sobre globalização da cultura, o centro expande para a periferia, especialmente no que diz respeito ao imperialismo cultural, mas pesquisas recentes (Chadha e Kavoori 2000; Cunningham e Jacka, 1996) argumentam que a periferia colide, responde e hibridiza. [Kim Ju Young]
Sendo exemplos de centros culturais, os EUA, Japão e Inglaterra, por exemplo, a Coreia do Sul estaria na mesma categoria de importância cultural que o Brasil e México: como um sub-centro, que tem grande mercado doméstico, e é bem sucedido na exportação. No caso de Brasil e México, podemos citar as novelas, como produto que atinge muitos países, latinos ou não. Uma forma de entender esse contra-fluxo é o que podemos ver hoje na música pop brasileira, com o sucesso dos artistas de sertanejo universitário no mercado doméstico e estrangeiro, com grandes investimentos de imagem e produção e a fusão cada vez maior de estilos musicais. Vide Gusttavo Lima no hit “Balada” mais conhecido pelos versos-chiclete Tche tcherere tche tche, que alcançou posições nas paradas europeias e o mega-hit de 2012, “Ai Se Eu Te Pego”, de Michel Teló, que foi o 6º single mais vendido do mundo, naquele ano, com mais de 7 milhões de cópias. ORIGEM DA ONDA COREANA
A indústria cultural coreana aproveitou-se da Crise dos Tigres Asiáticos, em 1997, para alcançar novos mercados. E no mesmo ano, desfrutou do sucesso da transmissão do k-drama What Is Love All About, na CCTV, a TV estatal chinesa, e da veiculação de dance music em Beijing.
Hallyu SuperJunior cantando Ai Se Eu Te Pego (em português), na turnê Super Show 5, em São Paulo, em 2013
No início dos anos 2000, as artistas da música pop coreanas chegavam ao topo das paradas chinesas, ultrapassando vendas dos gigantes ocidentais do pop do momento, como Backstreet Boys e Britney Spears. E no Japão, a versão coreana de Spears, a cantora BoA estreava no topo do Oricon Chart (a parada musical oficial japonesa).
E foi assim, que em 2001, com a iniciativa do Ministério da Cultura e do Turismo da Coreia, que os artistas pop gravaram um álbum em mandarim. Tal acontecimento originou a matéria “Hanryu Syndrome”, do jornal China Daily, onde foi publicado pela primeira vez o termo Hallyu.
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Hallyu
A cantora BoA
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Hallyu
CARACTERÍSTICAS O DIFERENCIAL
Wonder Girls em foto de divulgação do single “Nobody”, sucesso na Billboard, em 2009
Mark Ravina cita em seu artigo a frase do ensaio de Eun-Young Jung, Transnational Korea: A Critical Assessment of the Korean Wave in Asia and the United States, que a Onda Coreana pode não ser tão autenticamente coreana como as pessoas podem imaginar. Jung argumenta que é um fenômeno transnacional e híbrido e que envolve a combinação de elementos locais e estrangeiros em múltiplos níveis [tradução minha] Como vimos, a Hallyu teve êxito primeiramente, com os doramas, em países de proximidade cultural [RAVINA, 2009 e YOUNG, 2007], a saber: China e Japão. Ravina explica que os dramas coreanos não apenas imitaram, mas se apropriaram e transformaram os dramas japoneses, de tal forma que os doramas juvenis coreanos hoje são populares no leste asiático, incluindo no Japão. No entanto, segundo pesquisa de Ravina, sem a proximidade cultural, “pegar essa Onda” torna-se mais difícil. Mas, seu estudo conseguiu identificar uma característica comum a diferentes mercados consumidores da cultura pop sul-coreana: a sensualidade sem sexualidade ou a sexualidade casta, presente nos dramas e no K-Pop. De acordo com entrevistas feitas para sua pesquisa, tanto fãs do Peru como de Hong Kong apreciam esta característica, em detrimento dos dramas japoneses, que já mostram cenas sexuais. Os doramas coreanos baseiam-se principalmente na sugestão de sentimentos profundos através de olhares e pequenos gestos. Nos EUA também, em 2009, o sucesso da turnê do girlgroup Wonder Girls, uma espécie de The Supremes, versão teen na abertura dos shows da boyband americana Jonas Brothers também reforçou esse caráter. Pois, na época, os artistas americanos eram contratados da Disney, já conhecida por sua imagem casta, bem como os cantores eram participantes do movimento WAIT, usando alianças de castidade, apelidados de anéis de pureza.
para entrar no mercado americano obteve resultados mistos. Artistas veteranos do K-Pop, como a cantora BoA e o cantor Rain, não tiveram a resposta esperada. O chamado “conceito sexy” não reverteu como o esperado para BoA e Rain foi tachado como cópia de Justin Timberlake. Isto nos leva a um traço cultural coreano que difere muito do padrão de pensamento ocidental - a cópia. Kim Ju Young diz que a indústria cultural coreana se beneficiou na imitação do sistema de Hollywood, desenvolvendo um híbrido cultural tanto em termos de conteúdo como modelo de negócio. No entanto, ao mesmo tempo que isto causa identificação, esbarra em algumas barreiras culturais e históricas, como a questão racial nos EUA. Em que há resistência para rappers brancos americanos, e também foi vista para asiáticos que fazem a chamada música de negro. Mas, num apanhado geral, a Hallyu consegue entrar em número maior de mercados, incluindo o conservador Oriente Médio, devido a esta sexualidade casta, que constitui possivelmente o seu diferencial do modelo americano e japonês.
Ainda no ramo da música, a “sexualização” da imagem de artistas de K-Pop 19
Hallyu Rain Foto de divulgação do single “Love Song”, de 2010.
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Kpop 케이팝 The idea of what K-pop is continues to change. Ted Kim, CEO da Mnet America 21
Kpop
DEFINIÇÃO
HISTÓRICO
K-Pop (케이팝, Romanização: kei-pap) é a música pop feita na Coreia do Sul. As variantes do estilo são denominadas desta maneira, sendo J-Pop, o pop japonês e C-Pop, pop chinês, por exemplo.
O k-pop tem suas raízes no final do século XIX, com a chegada dos missionários americanos à península coreana, difundindo a música gospel e folk americana e britânica, cantada em coreano. Este estilo é conhecido como changga.
O termo é usado para definir a música pop moderna da Coreia do Sul, criada a partir da década de 1990. Compreende estilos como dance-pop, pop ballad, eletrônico, rock, metal, hip-hop e R&B. Além do pop tradicional, possui subgêneros - bubblegum pop, dance-pop, operatic pop, power pop, synthpop, space age pop, Sunshine pop e teen pop.
Kim Sisters com Dean Martin”, na década de 1960 (por Chick Sponder via Wikimedia Commons)
Visando principalmente o mercado adolescente e jovem, é um ramo em franca expansão, dentro e fora do país de origem, chegando inclusive a ser definido pela revista Time, em 2012, como “A Maior Exportação da Coreia do Sul” e garantindo ao país, a definição da revista The Economist como “maior trendsetter da Ásia”.
No início do século XX, com a colonização japonesa, a changga se popularizou como expressão de desagrado dos coreanos frente à opressão nipônica. Na década de 1920, foi gravado o primeiro álbum de música popular coreana, de Park Chae-seon e Lee Ryuk-saek. Na mesma época, o compositor japonês Masao Koga misturou a música tradicional coreana ao gospel, dando origem ao Trot. O trot se tornou muito popular, ao ponto de idol groups (como são chamados os grupos voltados ao público jovem), como Super Junior, resgartarem o estilo no século 21. Com o fim da 2ª Guerra e a divisão do país, a presença das forças militares americanas é determinante no desenvolvimento musical da Coreia do Sul. Os cantores e compositores locais começam a ser influenciados pela estrutura das músicas dos EUA, bem como se apresentam em bares para as tropas. Nos anos 1960, a indústria fonográfica começa a crescer, acompanhando a economia nacional. As influências estrangeiras continuam a moldar a cultura pop coreana, com o surgimento da primeira banda de rock, após o sucesso dos Beatles, em 1962 e do lançamento do álbum do The Kim Sisters - girl group análogo às The Supremes -, nos EUA.
Mas, foi nos anos 1990 que aconteceu a virada para o K-Pop que conhecemos hoje. A experimentação de estilos do grupo Seo Taiji & Boys, com letras de rap e batidas de New Jack Swing, em 1992, transformou o entretenimento na Coreia do Sul. Atribui-se as suas performances também o formato dos novos idol groups, com o rodízio de múltiplos cantores (자리 바꿈, Jari ba’ggum) e formações de dança ( 안무, Anmu). Em 1995, surgiu a agência SM Entertainment, fundada por Lee Soo Man. Junto à YG Entertainment (fundada por Yang Hyun-suk, ex-integrante do Seo Taiji & Boys) e JYP Entertainment, temos as empresas chamadas de “The Big Three” do pop sul coreano. Elas são gravadoras e agências dos seus artistas, formando e promovendo seus grupos e cantores. 22
Super Junior -T sub-unit do grupo Super Junior, especializada no estilo tradicional da música popular coreana, o Trot. Capa do álbum “Rokkugo”, de 2007
2010 – A SM Entertainment promove o show SM Town, em Los Angeles e Paris. 2011 – Acontece o United Cube Concert, da empresa Cube Entertainment, em São Paulo, Brasil, marcando a chegada do K-Pop à América Latina.
Devido à crise nos Tigres Asiáticos, em 1997, o k-pop buscou se expandir para novos mercados, como relatado na parte anterior desta monografia, com o lançamento de álbuns de artistas coreanos em chinês. No século XXI, ferramentas da web como o YouTube, proporcionaram a difusão em massa, porém mensurável do K-Pop para países que não tivessem proximidade cultural com a Coreia do Sul. E desta forma, o gênero teve notoriedade fora da Ásia. Como nos exemplos abaixo: 2009 – O single “Nobody”, da banda feminina Wonder Girls chega ao US Billboard Hot 100, e o vídeo no YouTube passa das 50 milhões de visualizações.
2012 – O cantor Psy lança “Gangnam Style”, que se torna o vídeo mais visto da história do YouTube. 2013 - O grupo Super Junior faz a maior turnê de K-Pop na América Latina, com seu Super Show 5 passando em São Paulo, Buenos Aires, Santiago e Lima.
Seo Taiji & Boys sucesso no início dos anos 1990, foi o grupo que abriu o caminho para o K-Pop atual. À direita, Yang Hyun-suk, fundador e CEO da YG Entertainment, a maior agência de artistas da atualidade.
2014 - Uma edição especial do tradicional programa musical de TV, Music Bank, é filmado no Rio de Janeiro, no HSBC Arena. 2015 - O grupo Girls Generation atinge a marca de 4 vídeos com mais de 100 milhões de visualizações no YouTube. 23
Kpop
CARACTERÍSTICAS HIBRIDISMO, TRANSNACIONALIDADE E AUGMENTED ENTERTAINMENT Ao analisar algo que não conhecemos, o nosso cérebro automaticamente procura um padrão ou um template próximo, parecido com aquilo que estamos obervando, para que possamos categorizar este novo item.Com o k-pop, esta é a reação natural dos novos ouvintes, seja para absorver ou rejeitar o produto (como no caso do cantor Rain, citado acima). Porém, podemos traçar algumas características que tornam o k-pop único. Estilisticamente, o K-Pop é melhor descrito como uma cultura popular integrada sui generis - um entretenimento de seu própria classe. É um mosaico que mistura contação de histórias, música, dança de grupo, performance corporal e fashion show. Em termos de convenções musicais e performáticas, ele se utiliza do hip hop, euro techno, grunge, pop e rap, simultaneamente incorporando coreografias, acrobacias e representação de passarela contemporâneos. Linguisticamente, ele rotineiramente fusiona coreano com palavras em inglês, introduz neologismos e jargões baseados na linguagem de aparelhos móveis e ocasionalmente, faz uma interjeição com alguma onomatopeia japonesa ou chinesa. (...) Para o governo e o povo sul-coreano, o K-pop e seus ídolos representativos são discutivelmente os bens nacionais mais valiosos. (...) Dada a magnitude dos efeitos de crescimento de marca que os ídolos de K-Pop trazem ao país, eles podem ser considerados agentes involuntários que facilitam a fusão entre entretenimento e diplomacia cultural sul-coreana.
Sorry Sorry Sorry Sorry Naega naega naega meonjeo Nege nege nege ppajyeo Ppajyeo ppajyeo beoryeo Baby Shawty Shawty Shawty Shawty Nuni busyeo busyeo busyeo Sumi makhyeo makhyeo makhyeo Naega michyeo michyeo Baby A performance acompanha o efeito chiclete da música, com coreografias pensadas para serem aprendidas pelos fãs. Além disso, elas possibilitam a troca de cantores e rappers, dentre os normalmente numerosos membros dos grupo, bem como ilustram a letra da música, com gestos e passos bem trabalhados de forma a traduzir os versos. Ainda usando o exemplo de Sorry Sorry, do Super Junior, a coreografia do repetitivo refrão supracitado é feita com as mãos unidas, um gesto coreano que representa pedido de desculpas.
JungBong Choi e Roald Maliangkay, em “K-Pop – The International Rise of the Korean Music Industry”
NA MÚSICA Jeff Benjamin, da revista musical Rolling Stone, definiu o gênero como a “fusão de gêneros, com canto e rap, enfatizando a performance e visuais fortes.” As barreiras linguísticas são quebradas com hooks eficientes que são memorizados facilmente, e muitos deles são cantados em inglês ou com trechos simples e repetitivos em coreano, como por exemplo, Sorry Sorry, do Super Junior, single de 2009: 24
Super Junior no clipe Sorry, Sorry e sua coreografia (2009).
NA IMAGEM O K-Pop tem por característica mais marcante o hibridismo e os valores transnacionais. Seja na musicalidade ou na imagem, a sensação constante de estar experimentando algo conhecido e ao mesmo tempo exótico, estranho, mas familiar. O hibridismo se encontra desde a produção das músicas e vídeos, com equipes de múltiplas nacionalidades, bem como na escolha de alguns artistas estrangeiros para seu casting. A saber temos a canadense, com ascendência taiwanesa Amber e a chinesa Victoria, no girl group f(x), o chinês Zhoumi e o canandense Henry Lau, do Super Junior-M e o americano-tailandês Nichkhun, do grupo 2PM, sem mencionar a apelidada “china-line”, do grupo EXO-M, a sub-unit do EXO que canta em mandarim. Falaremos de sub-units mais adiante. Fora a identificação cultural que as múltiplas nacionalidades causam, o que facilita a aceitação em novos mercados, temos também o padrão de beleza coreano, que privilegia ironicamente uma imagem “menos coreana”. No livro, Korean Masculinities and Transcultural Consumption, de Sung Jung, há um capítulo específico sobre sobre a criação da imagem dos K-idols masculinos. Eles são chamados de Chogukjeok boys, traduzido como garotos transnacionais, para demonstrar a tendência de reter uma característica nacional enquanto a organiza como parte da figuração transcultural. O autor ilustra a definição do conceito dessa imagem Chogukjeok com a citação do cantor Rain, de uma entrevista para G.H. Lee, em janeiro de 2010, sobre como ele deve trabalhar sua imagem para o público:
Este quesito é principalmente visto no padrão de beleza e comportamento dos k-idols. O padrão físico de beleza é o mesmo tanto para homens quanto mulheres e inclui características físicas “ocidentais”. A saber: olhos grandes, queixo delineado e mais acentuado (v-line) em contraposição ao rosto redondo, nariz reto, com o osso nasal mais aparente (diferente do nariz chato característico dos asiáticos), além de ter pernas longas, ser magro e alto, com uma pele sem defeitos. No caso dos homens, é desejável um chocolate abs, como eles chamam a abdômen “tanquinho” e para as mulheres, um corpo com uma s-line (curvas dos seios e glúteos, vista da lateral) e x-line (diferença entre medidas do busto, cintura e quadril, vista de frente) definida, bem como o 11 abs, abdômen trabalhado de forma a mostrar os sulcos lateriais ao umbigo, formando o número 11.
Kpop
É importante notar que diferentemente do ocidente, onde vemos variadas etnias, há de fato um único padrão a ser seguido. E essas características suavizam a aparência dos k-idols, de forma que ambos, tanto homens, quanto mulheres, parecem jovens, clean, saudáveis, sensuais e ao mesmo tempo, fofos. Essa imagem “fofa” dos idols é vista desde os grupos notadamente criados com esse intento, como o Super Junior, SHINee e Girls Generation, como nos chamados beastly-idols - categoria de grupo masculino, iniciada pela boyband 2PM, cuja imagem é mais masculina, caracterizada tanto pelas performances impetuosas e acrobáticas, como pela exposição dos corpos bem esculpidos. Se nas apresentações, os beastly-idols são masculinos e durões, nos programas de variedades, na TV, eles mostram sua “verdadeira personalidade” gentil, sensível e jovial. Para compreender melhor, visualizaremos a seguir, o perfil resumido dos artistas escolhidos para este trabalho.
[Agora posso dizer que] conteúdo cultural pode ser mais poderoso que armas e espadas... Depois de viajar ao redor do mundo, eu percebi que “o mundo é grande e tem muito a se fazer”como no título do livro de Kim Woo-Jung, o ex-presidente do grupo Dae-Woo. Então, veio a minha mente que eu deveria me tornar um poderoso produto cultural que pode representar a marca made in Korea no mercado cultural global... Eu também percebi que o mais coreanizado não é necessariamente o mais globalizado. Representar coisas mais coreanizadas, com frequência, é razão para fracasso. Então, a melhor solução que encontrei é a amalgamação entre coreano (asiático) e algo global. 25
Kpop RAIN 비 2002-presente Cube Entertainment Formado pela JYP Entertainment e CEO da J Tune Camp. Ao lado da cantora BoA, é um dos grandes nomes solo, dentro do universo de “super grupos” do K-Pop, dentro e fora da Coreia. Destaca-se no canto, na dança e como ator. Atuou no drama “Full House” e no papel de Taejo Togokhan, do filme de Hollywood, Speed Racer. Fandom oficial The Cloud Cor do fandom Cinza metálico Hits Rainism e Love Song
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Kpop SUPER JUNIOR 슈퍼주니어
2005-presente SM Entertainment Integrantes 14 membros: Leeteuk Heechul Kangin Yesung Sungmin Shindong Siwon Eunhyuk Donghae Ryeowook Kyuhyun Kibum (em hiato) Zhoumi (Super Junior -M) Henry (Super Junior -M) Em 2009, o chinês Hangeng deixou o grupo. Fandom oficial E.L.F – Everlasting Friends Cor oficial Azul safira perolado Sub-units Super Junior-M (Mandarim); Super Junior-T (Trot), Super Junior-H (Happy), Super Junior-KRY (Kyuhyun, Ryeowook e Yesung) e Super Junior D&E (Donghae & Eunhyuk). Solos Kyuhyun, Henry e Zhoumi. Hits Sorry Sorry e Bonamana
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Kpop 2PM 투피엠 2008-presente JYP Entertainment Integrantes 6 membros Jun K Taecyeon Nichkhun Wooyoung Junho Chansung O americano Jay Park saiu do grupo em 2009. Fandom oficial Hottest Cor do fandom Cinza metálico Sub-units Não tem. Já é uma subunit do grupo ONEDay, junto com o grupo 2AM. Solos Jun K Junho Wooyoung. Hits Heartbeat A.D.T.O.Y.
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Kpop F(X) 에프엑스 2009-presente SM Entertainment Integrantes 5 membros Victoria Luna Krystal Amber Sulli Até o fechamento deste trabalho, foi anunciada oficialmente a saída de Sulli. Mas, sem o lançamento de fotos do grupo com a nova formação, foi usado o material com as 5 integrantes. Fandom oficial não tem um nome ainda. Cor official ainda não tem. Sub-units Não tem. Solos Amber Hits Eletric Shock e Rum Pum Pum
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Kpop EXO 엑소 2012-presente SM Entertainment Integrantes 10 membros D.O. Chanyeol TAO Sehun Lay Baekhyun Kai Suho Xiumin Chen. Luhan e Kris deixaram o grupo em 2014. Fandom oficial EXO-L Cor do fandom Prata Sub-units EXO-M (Mandarim) e EXO-K (Korean) Solos Nenhum até agpra Hits Overdose Mama.
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VALORES No artigo, Hallyu across the Desert: K-pop Fandom in Israel and Palestine, Nissim Otmazgin e Irina Lyan, da Hebrew University of Jerusalem reúnem conceituações sobre o apelo dos K-idols (como são chamados os artistas de K-pop); como eles cruzam barreiras culturais, pois eles atendem a necessidades quase universais em termos de imagem e valores. O que o K-pop fez foi preencher um nicho que estava relativamente aberto para performers habilidosos e limpos. (...) O K-pop exemplifica os valores urbanos e suburbanos [suburbanos, no sentido de conservadores] da classe média que busca ser aceito simultaneamente pelos jovens aspirantes a uma vaga na universidade como por seus pais: um mundo que não sugere nada da pobreza ou violência de uma cidade do interior, radicalismo corporal ou sexual ou desvio comportamental e alienação cultural. (...) As constantes afirmações sobre a polidez dos cantores de K-pop “seus rostos bem formados como também seu comportamento gentil” é algo de apelo quase universal, seja para indonésios mulçumanos como peruanos católicos. (Lie 2012, 355)
ordem”, característica que facilmente apela a milhões de jovens nas Américas Central e do Sul, cujos desafios econômicos são abundantes e regimes não democráticos são comuns. A energia positiva do K-pop está a um mundo de distância do introspectivo, exausto e às vezes totalmente deprimente rock, indie e emo anglofônico. “[Os coreanos] dizem: ‘Nós entendemos os seus problemas’”, Messerlin explica, “‘Nós passamos por isso também’”, referindo-se à Guerra da Coreia e a crise econômica, no final dos anos 1990.
Kpop
Com essa adesão e feedback positivo na América Latina, inclusive no Brasil, acontece o último item do Augmented Entertainment, falado por JungBong Choi, no início deste capítulo: a associação entre o prazer do entretenimento e a afeição por outras coisas coreanas, transformando os artistas em instrumentos de Soft Power e, naturalmente, de marketing de outros produtos.
Uma segunda conceituação enfatiza a alta qualidade do K-pop: bons cantores, dança apurada, beleza e performances de primeira linha. Esta visão do K-pop, no entanto, deve ser vista como parte da globalização da indústria cultural mundial e o advento das redes sociais como mídia de acesso e compartilhamento de conteúdo cultural. (Oh e Park 2012) Na América Latina, esses valores também são bem recebidos, como visto no artigo da revista TIME Forget Politics, Let’s Dance: Why K-Pop Is a Latin American Smash, de Anjani Trivedi, publicado em 1º de agosto de 2013 (4 meses após a maior turnê de K-pop na América Latina, do grupo Super Junior). Este nicho - uma amalgamação de entretenimento espetacular e otimismo implacável - repercute com os adolescentes das nações sul-americanas. Os valores que essas estrelas representam são quase confucianos, diz o Prof. Patrick Messerlin, um economista francês que tem produzido uma análise econômica do K-pop e que anteriormente, neste ano, compareceu a um fórum cultural em Seul sobre globalização da música. Em sua pesquisa, Messerlin descobriu que o “Os artistas de K-pop transmitem um senso de modéstia e moderação” e que “insistem em trabalhar duro e aprender mais” durante suas aparições públicas, algo que os artistas pop ocidentais não fazem. A música deles representa o “um novo e colorido e alegre começo” e não “uma velha
Girls Generation União do padrão de beleza sul-coreano e popularidade do grupo à força dos seus eletroeletrônicos, no comercial de TV 3D da LG.
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Kpop
INDÚSTRIA O K-Pop é uma indústria e é administrado como tal. As agências que citadas anteriormente, SM, JYP e YG Entertainment formam o chamado “Big Three”, o trio das maiores empresas do ramo e, com poder econômico tal que suas ações estão na bolsa de valores da Coreia do Sul. Lee Soo Man, fundador da SM Entertainment, inspirado pelo sucesso do grupo Seo Taiji & Boys, foi o responsável pela industrialização do processo de lançamento de novos artistas, a partir do fim dos anos 1990, com o treinamento de novos artistas, tanto em canto, dança, atuação, como em aprendizado de outros idiomas para alcançar novos mercados.
CICLO PROMOCIONAL O lançamento de um grupo novo requer estudo de público e imagem, para elaboração de um conceito novo, que vai nortear a personalidade do grupo, bem como as ações promocionais. O mesmo vale para o lançamento de um novo álbum de um grupo já veterano. É necessária uma “reinvenção” da imagem do grupo, mostrando uma nova faceta, mas entregando o que seu público deseja. Esta reinvenção vai desde o estilo musical até o estilo das roupas, cabelos, design do álbum e produtos do fã-clube oficial.
The Big Three Da esquerda para a direita: Lee Soo Man, da SM Entertainment (Girls Generation, Super Junior, f(x), EXO, H.O.T.); Yang Hyun-suk, da YG Entertainment (Big Bang, Psy, 2NE1) e
Para ilustrar, colocaremos como exemplo o ciclo promocional do álbum Nº 5, do grupo 2PM, lançado no último dia 15 de junho de 2015. A música de trabalho do álbum foi a faixa “My House” e o conceito foi desenvolvido com todos os símbolos e fotos relacionados à ideia de casa. Em contraposição com o conceito do álbum anterior, “Go Crazy”, de 2014, foi uma mudança bem drástica, mas foi um retorno a um local de conforto para os fãs do grupo, que demonstram mais adesão ao “mature concept” em vez do visual louco e ultracolorido do ciclo anterior.
J.Y. Park, da JYP Entertainment (2AM, 2PM, Miss A, Wonder Girls, Got7)
TRAINEES & PLANO DE CARREIRA As agências de artistas são responsáveis por todo o processo: desde a escolha do casting até o lançamento deles no mercado. Isso funciona através do sistema de trainees. Cada jovem interessado em ingressar na carreira de idol, deve se submeter a uma audição que selecionará aqueles que serão treinados pela empresa. Os trainees recebem aulas de canto, dança, atuação, modelo, apresentação de programa de rádio e TV, bem como aprendem outros idiomas: inglês, japonês e chinês são os 32
mais frequentes. Sempre visando atingir o maior número de pessoas. Os trainees começam bem novos, por volta dos 9 ou 10 anos de idade e, sem deixar a escola, são treinados ao longo de anos até debutarem oficialmente. Vale ressaltar que a preocupação com os estudos permanece ao longo da vida profissional do idol, que mesmo atingindo o estrelado, se gradua na faculdade, com pós-graduação e até mestrado. E a vida de um k-idol é como a de um funcionário de uma empresa. Além de vestir a camisa de sua companhia, eles tem um plano de carreira: desde o estagiário (trainee) até fazer parte do conselho da direção.
O lançamento dos produtos segue uma ordem: fotos teaser (individuais e de grupo), teasers do videoclipe e vídeo com prévia das faixas do CD. Esses itens preparam o caminho para o lançamento do clipe com o 1º single de trabalho, álbum digital e físico que ocorre simultaneamente. A partir daí, o artista começa o período de apresentação da música de trabalho nos programas musicais (Music Core, Music Bank, Inkigayo, The Show etc), onde cada cenário também é montado de forma a expandir o universo do conceito proposto no ciclo. Cada programa musical recebe um cenário diferente, porque já é previsto o compartilhamento dos vídeos na internet e a imagem é cuidada para se renovar a cada apresentação.
“Nº5” (2015)
Kpop
De cima para baixo, em sentido horário: cena do teaser do videoclipe, cena do videoclipe, cenário do programa de TV Music Bank, foto teaser de grupo, capas do álbum (versão Day e Night) e foto teaser individual, já mostrando prévia da arte do álbum.
“Go Crazy” (2014) De cima para baixo, em sentido horário: Foto teaser, álbum aberto (com photobook, sacola com photocards de brinde), capa do CD, programa musical e cena do videoclipe.
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Kpop Outro dado importante, é que a indústria do K-pop é focada no fã e não na personalidade do artista. Por isso as imagens são transitórias, são cíclicas. E os membros de um grupo são treinados para exercer funções em um conjunto que dê certo. A saber: vocal líder, vocal principal, vocal de apoio, rapper líder, rapper de apoio, dançarino líder, dançarino principal, dançarino de apoio, visual, maknae e líder do grupo. Num grupo pequeno, para os padrões coreanos, como o 2PM, podemos ver todas as funções acumuladas numa mesma pessoa, sendo: um vocalista líder, (que é o líder da banda), dois vocalistas principais (um é o dançarino líder, o outro dançarino principal), um rapper líder, o visual (o rosto do grupo, o mais bonito, que também é vocal de apoio) e o maknae (caçula, que é rapper de apoio e dançarino de apoio). Os membros exercem essas funções como funcionários numa linha de produção. E as preferências dos fãs em relação às personalidades dos integrantes vai sendo trabalhada através das vestimentas, atuação nas performances e aparições em variety shows, na TV. A partir da fanbase construída e distribuída entre os membros, é possível elaborar produtos que estimulem mais ainda as preferências e o desejo de colecionar itens. O nível mais básico destes produtos são os photocards que vem como brinde dentro dos álbuns comprados. Cada CD vem com normalmente 1 photocard de um membro apenas, para que fã procure uma forma de colecionar os demais. Mas há também as coleções de álbuns em edições especiais, que tem uma capa para cada integrante do grupo ou até mesmo todo o encarte dedicado a ele. No exemplo ao lado, vemos o álbum EXODUS, do grupo EXO. Como o grupo se divide em EXO-K e EXO-M, para lançar as versões coreanas e chinesas das músicas, respectivamente, o projeto deste álbum foi pensado para ser colecionável em ambas as versões. Há 10 membros no grupo e 20 embalagens diferentes - 10 na versão coreana (prata) e 10 para a chinesa (dourada). Cada uma com a capa e encarte de um membro, além dos cartões postais e photocards sortidos.
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Fãs 팬 Cultura é um campo que conduz intensa transmissão de lealdade. Amor por uma parte é propenso a cultivar o amor pelo todo com o tempo. JungBong Choi, em “Loyalty Transmission and Cultural Enlisting of K-Pop in Latin America”
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Fãs K-Pop Ocean Foto dos ELF, Everlasting Friends - os fãs do grupo Super Junior, reconhecíveis pelos lightsticks azuis, (a cor oficial do fandom) que brilham durante todo o show do grupo, demonstrando a lealdade e organização dos admiradores asiáticos.
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FANDOM Não é só no K-Pop que o termo fandom é conhecido e empregado. É um neologismo da cultura pop, que consiste da amálgama das palavras fan (fã, em inglês) e da terminação dom, de kingdom (reino, em inglês), designando então a noção de “reino dos fãs”.
Os fãs também criam novos materiais, os chamados fanmade ou fanac (fan activities), sem necessariamente ter o objetivo de gerar lucro, mas que acabam expandindo o universo, isto é, a relação dentro do fandom e com o ídolo, não no sentido real, mas na manifestação física de objetos que representam este afeto e admiração. Os que se profissionalizam no ramo, chegam a colocar lojas virtuais no ar, transformando seus sites em empresas e fontes confiáveis de informações.
Portanto, o fandom é o conjunto de fãs que se reúnem virtual e/ou pessoalmente para troca de informações sobre o objeto de admiração, bem como para relacionamento entre estas pessoas baseado neste interesse em comum. A diferença entre fandom e fã-clube é que o fandom é formado por fã-clubes. Fã-clubes são subunidades de um fandom. O fandom é a manifestação geral do público que admira determinada pessoa ou coisa. Pegando emprestada uma comparação comum entre fandom e religião: os fandoms são as religiões – os dogmas máximos - e os fã-clubes são as denominações religiosas ou facções (rivais ou não).
Na área de artes visuais, temos as fanarts (desenhos, memes, motion graphics, histórias em quadrinhos, trailers, pôsteres, estampas de camisetas etc). E fanfictions, na área de escrita, com enredos fictícios de aventura, universo alternativo e, mais comumente, de enlace amoroso com o ídolo ou entre personagens favoritos, os chamados shipping (neologismo derivado de relationship, em que os fãs fazem pares ou casais entre seus personagens favoritos ou ídolos, independente de gênero ou opção sexual dos mesmos, criando os OTPs – One True Pairings, nos casos dos casais de maior afeição do shipper, em questão).
Os fandoms podem ser de músicos, seriados, filmes, novelas, livros, jogos, histórias em quadrinhos, mangás, animes e outras manifestações da cultura pop no entretenimento, bem como podem ser baseados em subunidades desses mesmos produtos. Por exemplo: no fandom dedicado à série de livros britânica Harry Potter, há manifestações de “sub-fandoms” para os personagens favoritos, vistas através de páginas da rede social Tumblr dedicadas específicas para eles. A primeira manifestação de um fandom data do século XIX, com a demonstração pública de luto dos fãs de Sherlock Holmes, após a “morte” no personagem, na história de 1893. Ocasionando, inclusive, a escrita das primeiras fan fictions entre 1897 e 1902.
As reuniões de fandoms são feitas através de eventos combinados pela internet: encontros e convenções montadas pelos fã-clubes ou até mesmo por produtoras (como é o caso da Comic Com, de San Diego, nos EUA, onde são feitos os maiores lançamentos de quadrinhos, filmes e do ano). Entre os eventos feitos por fãs, temos os encontros de fã-clubes, com gincanas, trocas de materiais, cosplays, covers, concursos de música e dança, apresentação de bandas e jogos role-play e até mesmo esportes fictícios, com os campeonatos internacionais de quadribol, para os fãs de Harry Potter.
FAN ACTIVITIES Além disso, os fandoms criam não só microblogs, como no caso do Tumblr e Twitter ou blogs e sites, criam páginas e grupos de Facebook, perfis virtuais fictícios dos seus ídolos em redes sociais (sejam eles reais ou não, vide o Twitter do @lordvoldemort7), eventos online para celebrar acontecimentos importantes ao fandom (como subir uma hashtag no Twitter, em homenagem ao aniversário do ídolo ou algum lançamento de produto – filme, álbum) e fóruns de discussão. É principalmente através desses meios de comunicação que se pode mensurar o tamanho e a força de um determinado fandom.
Fãs
Flashmob Flashmobs são eventos que mostram a força e união dos fãs na internet através da viralização e mídia expontânea. Pois são organizadas danças, no caso do K-Pop, e pessoas se encontram em algum local público de ampla visilbilidade para executá-la e filmá-la com fins de postar nas redes sociais até que chegue ao conhecimento do ídolo e empresas responsáveis por comunicá-los, na esperança de atraí-los para uma visita ao país. E simultaneamente, divulgam o seu artista favorito nas ruas de seu país, impactando os traseuntes, que também filmam, fotografam e compartilham.
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Fãs
K-POP FANDOM No universo K-Pop, vemos todas esta características. Com a diferença que as agências dos artistas têm atenção redobrada quanto às atividades dos fãs. Monitorando atividades online e reações aos produtos lançados, bem como os gostos dos fãs em relação aos idols.
FANSERVICE Isto pode ser observado no comportamento dos membros dos grupos de K-Pop. Em entrevistas, programas de variedades e principalmente nos shows, eles exercem uma função específica no grupo que vai além do canto, dança, rap ou liderança do grupo. Cada membro têm um papel ou um personagem específico que atende a demanda emocional do fandom. São criados estereótipos em cima das personalidades dos cantores, que funcionam como headcanons (espécie de dogmas máximos) do kgroups. Como por exemplo, no grupo Super Junior, o vocalista Kyuhyun é apelidado de “evil-maknae” – o caçula malvado. A sua característica pessoal de ter uma língua afiada e críticas ácidas sobre os colegas de banda lhe renderam entrevistas e brincadeiras em programas de TV que serviriam apenas para reforçar este traço. Não se pretende com isto, afirmar que as personalidades dos k-idols são trabalhadas para serem unidimensionais, mas a sua tridimensionalidade é mensurável e a exposição é criteriosa. Proibição de Namoro Há esta proibição de namoro na JYP, no entanto… a partir do debut até os 3 anos após o debut, eles não podem ter um relacionamento e não podem ter encontros com seus amigos. Eles têm apenas que praticar e viver a vida, mas depois dos 3 anos, eles já se estabeleceram, e a proibição de namorar acabará. JY Park (via Twitter)
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E, por questões culturais e/ou por razões de marketing, as agências também não tornam públicas nem os relacionamentos amorosos, nem as opções sexuais dos artistas. Mantendo, assim, intacta a fantasia dos fãs. Outro tipo de fanservice, são os eventos exclusivos que as agências promovem, como fanmeetings, hi-touch, fansign e free hugs. Todos eles visam encontrar os fãs e ter contato com eles, mas com níveis diferentes de aproximação e duração. Fanmeetings são eventos grandes como shows, pois envolvem um grande número de fãs que vão assistir gincanas entre os integrantes da banda. Hi-touch são encontros rápidos em que os fãs e ídolos fazem o gesto do “hi-five” para se cumprimentar. E os fansigns são encontros de autógrafo. Como bons funcionários, os artistas tentam ao máximo serem sempre polidos e atenciosos com os fãs, pois eles sabem que a posição deles está garantida enquanto tiverem seu público fiel. Pois a concorrência é grande e novos debuts de grupos e solistas acontecem várias vezes ao ano. A já mencionada humildade em seus discursos permanece, até por razões culturais. Na Coreia, há um apreço muito grande pelo trabalho duro e demontrar empenho e vontade de melhorar são sempre bem recebidos, assim como a harmonia entre o grupo. Num conceito geral, o fanservice nada mais é que a resposta dos ídolos aos fãs, tanto no contato direto, quanto eventos mediados, e também na interação entre os membros e seu comportamento na TV e nos palcos. ToHeart Dupla em evento de Hi Touch
Outro ponto importante da atenção aos sentimentos dos fãs é a aparente proibição de que os artistas namorem ou tornem seus relacionamentos públicos. O cantor e CEO da JYP Entertainment, J.Y. Park, comunicou recentemente que seus artistas são proibidos de namorar até 3 anos após o debut e estão livres para se relacionarem depois de se tornarem nomes estabelecidos no cenário musical.
MUITOS IDIOMAS E UMA MESMA LÍNGUA Em termos menos subjetivos, os idols, como produtos transnacionais da cultura pop sul-coreana, também são preparados para agradar os fãs de fora da Coreia. Durante sua fase trainee, além das competências de canto, dança, rap, atuação e etc, eles aprendem línguas estrangeiras, principalmente, japonês, mandarim e inglês. Na intenção de cativar o público estrangeiro, os artistas, no decorrer de suas carreiras, gravam singles e até álbuns inteiros em alguma língua estrangeira. Em performances no exterior, os cantores aprendem a falar expressões locais para se comunicar com o público ao vivo. Temos como exemplos de sucesso fora da Coreia, a cantora BoA, que ficou no topo do Oricon Chart (Japão), a boyband TVXQ! ou DBSK (outra pronúncia do acrônimo Dong Bang Shin Ki), que é o artista coreano de maior vendagem no Japão e o grupo masculino 2PM, que 3 dos seus 7 full albums são japoneses. Há discussões se K-Pop cantado em japonês se configuraria como J-Pop, por exemplo, mas esta discussão não cabe nesta monografia, visto que estamos tratando do K-Pop cruzando barreiras nacionais, absorvendo e reagindo às influências estrangeiras sob seu próprio ponto de vista como nação e produzindo produtos híbridos. Os fãs internacionais, por sua vez, aderem à cultura dos ídolos ao adotar termos em coreano no seu vocabulário cotidiano, como jargões do meio k-pop, expressando em diversas situações suas preferências. Oppa – Termo popularizado não só pelo verso “Oppa Gangnam Style”, mas é a forma de as meninas chamarem os rapazes mais velhos, com quem têm certo nível de proximidade. Significa literalmente “irmão mais velho”. E não é apenas um jeito carinhoso, mas é primeiramente uma expressão de hierarquia social. Pois, na Coreia do Sul, a linguagem muda de acordo com a faixa etária a que se dirige. Para pessoas mais velhas, usa-se a norma formal da língua e, para as mais novas (chamadas dongsaeng) ou da mesma idade (chingu, significando “amigo”), a norma coloquial, mudando tanto a linguagem corporal do emissor, nas reverências, por exemplo, como a flexão das palavras. O vocábulo é amplamente usado por fãs do sexo feminino em relação aos artistas masculinos de sua preferência. E como jargão dos fãs internacionais, acabam sendo empregados sejam os idols mais velhos ou não. Para fãs de artistas femininos, o termo usado para se referir às “irmãs mais velhas” é eonnie (lê-se ôni).
Exemplo de uso: “Quem é o seu bias do Super Junior?” “Meu bias é maknae, Kyuhyun.”
Fãs
Ultimate – Termo empregado para representar o artista favorito entre todos os favoritos. Isto é, o bias que está acima de todos os bias. Exemplo de uso: “Eu tenho bias em todos os grupos, mas o meu ultimate é o Min Jun, do 2PM.” Daebak – Significa sucesso. Exemplo: ao sair um novo videoclipe, podemos ver nos comentários o termo representando a opinião ou o desejo de que o trabalho seja bem sucedido. Aegyo – Termo para designar um comportamento caracterizado pelos gestos fofos e delicados. É um comportamento fofo e dengoso. Saranghae – A forma mais direta de representar o amor aos ídolos. Significa “Eu te amo”. Fanchant - Neologismo usado para designar os versos de incentivo que os fãs cantam em uníssono durante as apresentações de seus ídolos. Veremos mais sobre os mesmos mais adiante. Fanservice – Neologismo para nomear as ações de interação com o público, como descrito anteriormente. MV – Não é um termo coreano, mas é um jargão k-pop. É a abreviação de Music Video e acaba se tornando a nova forma que fãs do gênero chamam os videoclipes. Dorama – Por associação, os fãs de k-pop acabam assistindo dramas coreanos e vice-versa. E os chamam da forma como a palavra em hangul fica ao ser romanizada, já que em coreano não há encontro consonantal, como acontece com as letras “d” e “r”, em drama. Pode-se dizer que os fãs da cultura coreana acabam absorvendo o “sotaque” da cultura à qual se engajaram. Super Junior D&E Capa e encarte do primeiro single da dupla “Oppa, Oppa”.
Bias – Termo em inglês, que significa “ser tendencioso à”. Na língua do k-pop, representa o membro favorito do fã.
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Fãs
SUB-UNITS As agências ainda formam sub-units de seus grupos, uma espécie de derivação de marca. Seja ele devido ao investimento em um público estrangeiro ou por targets de mercado distintas.
No caso do grupo EXO, tínhamos uma boyband de 12 membros (entre 2014 e 2015, 3 membros saíram do grupo), que é formada por dois sub-grupos, o EXO-K, que canta as músicas em coreano (K, de Korean), e o EXO-M, responsável por cantar as versões em mandarim (M, de mandarim).
Super Junior-M - a sub-unit mandarim, com 8, dos 14 membros do Super Junior, sendo 2 deles estrangeiros – Henry Lau, canadense, com ascendência chinesa e Zhoumi, chinês, líder da unit.
O grupo 2PM é originário de supergrupo que também foi pensando em sub-units desde o início do projeto. Junto com o grupo 2AM, eles formam o grupo ONE DAY, dividindo inclusive as mesmas cores oficiais e nomes de fã-clube oficial que se completam. Fãs de 2AM se chamam de I AM e do, 2PM de HOTTEST. O 2AM é mais voltado à performance vocal, enquanto o 2PM, que se posicionou no mercado com coreografias acrobáticas e imagem de beastly-idol.
Super Junior-KRY – Formada pelos membros cujas iniciais que a denominam: Kyuhyun, Ryeowook e Yesung, vocalistas do grupo principal. É a unit de performance vocal com foco em singles de baladas R&B, voltadas para um público mais maduro.
Como podemos ver, um grupo de k-pop é um projeto completo: os k-idols são treinados para serem tanto bons artistas no quesito da performance, como no quesito de aceitação dos fãs, pelo bom comportamento e pela catarse das mais variadas fantasias do fandom.
O Super Junior é um caso de múltiplas sub-units, que foram projetadas desde o debut:
Super Junior-Happy – Sub-unit de bubblegum pop, formada por 6 membros: Yesung, Eunhyuk, Sungmin, Leeteuk, Kangin e Shindong. Lançou apenas o EP Cooking Cooking. Suas performances ao vivo nos shows do grupo são caracterizadas pelo visual divertido, com os membros vestidos de frutas e legumes, super heróis ou até mesmo da personagem Elsa, do longa de animação, Frozen. Super Junior-T – Unit voltada para lançamento de singles do ritmo Trot, forma mais antiga da música popular coreana. Formada pelos membros Heechul, Eunhyuk, Leeteuk, Sungmin, Kangin e Shindong. Sua imagem é caracterizada pela performance cômica e pelas paródias, o que lhes rendeu fãs entre o público mais velho. Super Junior D&E – Essa unit é uma dupla formada pelos membros Donghae e Eunhyuk, cujas posições no grupo principal são de dançarinos, vocais de apoio e rappers. Suas músicas são dançantes, com complicadas coreografias executadas pelos dois, como também baladas contemporâneas, sem perder o tom bem humorado, em músicas como o 1º single em ritmo disco Oppa, Oppa (que tem um visual nos moldes de Gangnam Style), como no bubblegum pop Can You Feel It, de 2015, conhecida pelos versos-chiclete “choki-choki-choki-wa” e as maria-chiquinhas usadas pelos dois no palco.
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Sub-Units Super Junior (acima), Super Junior - KRY (à direita), e Super Junior-T (abaixo). Página ao lado, de cima para baixo: Super Junior-Happy (foto e CD), Super Junior-M e a dupla Super Junior D&E.
lenses, que aumentam os olhos), maquiagem e roupas.
Fãs
Dançarinos: Como o próprio nome já diz, é o fã que se concentra nas coreografias elaboradas dos grupos de k-pop. Em níveis mais avançados, chegam a participar de torneios internacionais de dança de k-pop, bem como participar de flash-mobs. Amigo dos Flops: k-popper que gosta de bandas que fazem pouco sucesso. E não tem vergonha de estar num fandom pequeno e desconhecido. Elitista (ou Fã dos Grandes): fã dos grupos mais famosos e antigos, como Big Bang, Girls Generation, 2NE1 e Super Junior. Devorador de Debut (Devorador de Estreia): Acompanha um grupo desde antes da estreia. Isto é possível devido a programas de “sobrevivência”, da TV coreana (onde participantes são eliminados atpe formar uma nova banda) e grupos de “rookies”, que são trainees das empresas, que já se apresentam em shows e em vídeos no YouTube. Fã da Coreia: é o fã que vai além na absorção da cultura coreana. Ultrapassa o gosto musical e tentar aprender o idioma coreano, a culinária e os costumes. Bem como, sonha e se prepara para viajar para Seul. Todos os fãs de kpop são um pouco fãs da Coreia e adotam alguns termos no seu vocabulário (oppa = irmão mais velho, daebak = sucesso, por exemplo), mas o k-popper fã da Coreia, se aplica mais neste quesito. Ulzzang
TIPOS DE FÃS DE K-POP
Fã das músicas e do estilo visual. Os ulzzang utilizam (e/ ou gerenciam) canais de vídeo com tutoriais de maquiagem e vestimenta.
Um dado importante a se acrescentar, é que dentro do fandom dos k-poppers, há também uns sub-grupos. Os mais conhecidos são: os ulzzang, os dançarinos, os cantores, os “elitistas”, “amigos dos flops” (ou colecionador) e o “fã da Coreia”. Ulzzang é o fã que não só aprecia a estética do k-pop, como adota o estilo visual do gênero, com cabelos coloridos, lentes de contato (inclusive as circle 41
Fãs
K-POP OCEAN A distância geográfica e cultural entre Brasil e Coreia do Sul é inegável. E por consequência, o comportamento dos fãs também muda consideravelmente. Na Coreia do Sul, as agências dos artistas nomeiam e organizam os fandoms oficiais. Cada fandom tem um nome e uma cor que os diferencia dos demais. Isto possibilita a mensuração do nível de popularidade dos ídolos, com as inscrições nos fan-cafes (fã-clubes oficiais) e a presença física dos fãs em programas de charts (competição de desempenho nas paradas musicais), em shows e outros eventos. Por exemplo:
Grupo DBSK ou TVXQ! Fandom: Cassiopeia (nome da constelação com 5 estrelas, representando o nº de membros da formação original do grupo) Cor oficial: Vermelho
A primeira foto mostra os chamados “k-pop oceans”, o mar de lightsticks que os fãs usam para demonstrar apoio aos ídolos durante shows e apresentações na TV. Os lightsticks e balões nas cores oficiais do fandom são itens praticamente obrigatórios nos shows na Coreia, onde a fidelidade ao artista é levada muito a sério, ocorrendo, inclusive, casos de rivalidades entre alguns fandoms, como times de futebol, para nós, brasileiros.
FANCHANTS Outro dado importante sobre os k-fans (fãs coreanos) são os fanchants. Fanchants são a participação vocal do fandom na música, durante a apresentação do artista, como mostra a citação do site KPop Station. Os fanchants são uma representação da cultura coreana, na valorização do trabalho árduo e da hierarquia. Pois, é uma forma de agradecimento dos fãs ao artista pelo trabalho árduo e os nomes dos integrantes das bandas são sempre cantados em ordem decrescente, do mais velho ao maknae (caçula). Entre um verso e outro, os fãs gritam em uníssono os nomes dos cantores, o nome da banda, da música ou ainda a última parte do verso, sem atrapalhar a performance do artista. Neste vídeo é possível entender como isto funciona: KPOP Fan Chants 3 (2pm, MBLAQ, Miss A, UKISS, 4Minute, 2ne1, Infinite, T-ara, C.N.Blue, SMent) - http://hyperurl.co/kpopfanchants Fanchant Grupo 2PM durante a apresentação da música “My House”, no programa Music Core. Os trechos em azul são os fanchants.
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K-POP E O BRASIL
E o isolamento torna-se um atributo positivo, pois o k-popper brasileiro se sente especial por gostar de algo que poucos ou ninguém ao seu redor conhece. Ser fã de música pop sul-coreana no Brasil traz sentimento de No Brasil, além de serem em menor quantidade, os fãs estão mais espalhados exclusividade.
Fãs
pelo território nacional, o que dificulta a execução desses projetos. Além disso, há uma certa espontaneidade no público brasileiro, que consegue transmitir bastante energia aos artistas, sem ter a mesma organização coreana. Soma-se a isto, o fato de nem todos os k-poppers brasileiros estarem oficialmente cadastrados nos fandoms oficiais. Os fãs do Brasil não veem problema em apoiar mais de uma banda por vez, mas admiram a organização dos fandoms coreanos e adquirem os lightsticks e balões para participar dos shows. Além disso, costumam ter um fandom ultimate, ou seja, um grupo que gostam mais do que todos os outros. Há aqueles que absorvem as rivalidades dos fãs da Coreia, mas, no geral, há um sentimento de união entre todos os k-poppers brasileiros. Não é costume fazer fanchants em eventos no território nacional, seja pela dificuldade do idioma, ou a união dos fãs ou mesmo a vontade de cantar junto com o artista. Os fãs brasileiros são muito interativos nos shows e online, mas muito espontâneos e independentes para se comportarem com a uniformidade dos k-fans. No que diz respeito à chegada do K-pop, o Brasil seguiu o caminho contrário dos países vizinhos, no relato de JungBong Choi, no artigo Loyalty Transmission and Cultural Enlisting of K-Pop in Latin America: Claro que isto não quer dizer que o caminho de difusão de lealdade cultural na América Latina se desenvolveu estritamente dos dramas coreanos, através do idioma até o KPop. Os três components se interligam simultaneamente, e o caminho reverso pode ser o caso. Natalia Pak, do Brasil, por exemplo, confirma que o crescente interesse na língua coreana entre os brasileiros foi iniciada pela sua paixão pelo K-pop
Mas, mesmo sem a veiculação do k-pop na mídia de massa, os brasileiros são fãs engajados e participativos, tanto nas ações de apoio ao artista (compra de álbuns, por exemplo, mesmo com os fretes em custos altos) como na absorção da cultura. E acabam por buscarem mais assuntos relacionados à Coreia do Sul, neste processo. Passando por k-dramas, aprendizado do idioma e até intercâmbio estudantil em universidades coreanas.
Music Bank (2014) Edição especial do programa de paradas musicais realizado no Rio de Janeiro, em junho de 2014, no HSBC Arena. O evento contou com a apresentaçãp de várias bandas como MBLAQ, MIB, a dupla ToHeart, a solista Ailee e o headliner, o gru. po SHINee. Os cantores ainda homenagearam os fãs cantando músicas brasileiras.
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Fãs Fãs Brasileiros Na porta do Credicard Hall,, em São Paulo, à espera do início do Super Show 5 , marcando o início turnê do Super Junior pela América Latina. Foto divulgada no Facebook oficial da SM Entertainment.
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Projeto 계획 Come on D. J. Turn it up Come on D. J. Nolja! “Rockstar” - Super Junior
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Projeto
OBJETIVO
HANGUL
Realizar shows de k-pop no Brasil não é mais tão raro. O 1º festival data de 2011, realizado pela CUBE Entertainment, uma das agências de artistas da Coreia do Sul. Em 2013, o Super Junior foi o primeiro artista a realizar toda uma turnê pela América Latina, passando por um Credicard Hall lotado em São Paulo. Este ano, o grupo BTS já tem os seus ingressos esgotados meses antes do show.
A escrita do idioma coreano é feita num alfabeto específico chamado hangul, criado em aproximadamente em 1446 d.C, em substituição aos caracteres chineses, o Hanja. É um alfabeto silábico que conta com 24 letras, sendo 14 consoantes e 10 vogais, que se organizam em pequenos blocos de, no mínimo, 2 e, no máximo, 5 letras para formar as palavras. Por exemplo:
No entanto, o tamanho do público no país ainda não se compara com as imagens grandiosas de k-pop oceans que vemos dos fãs asiáticos. Mas, os festivais, como o Music Bank, são uma grande aposta não só para atrair variados fandoms, como também para fazer o gênero conhecido no país, mostrando várias opções de artistas.
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Portanto, este projeto de comunicação visual tem por objetivo criar a identidade visual de um festival de k-pop realizado no Rio de Janeiro. Tendo em mente que o estilo musical une culturas em nada semelhantes, o foco do trabalho é unir as tipografias do alfabeto hangul (coreano) e o nosso alfabeto latino, para criar uma imagem forte e híbrida.
. Evento de 2 dias de duração . Local: Rio de Janeiro . Público-Alvo: adolescentes e jovens adultos
DADOS GERAIS
PROJETO Criação de Identidade Visual, material de divulgação, brindes e merchandise
Pop Poppin’ Korean Screenshot do aplicativo de celular que ensina a falar coreano. Esta tela mostra conjuntos de letras e suas pronúncias
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É uma palavra de 6 letras
ㅅ [s] ㅏ [a] ㅁ [m] ㅅ [s] ㅜ [u] ㅇ [sem som ou som de “ng”, como neste caso] Ou mesmo a palavra K-Pop, que é de origem inglesa, mas também pode ser escrita em Hangul.
K-Pop 케이팝 ㅋ [Kh] ㅐ [é] ㅇ [neste caso, sem som, pois apenas acompanha a vogal ㅐ]* ㅍ [Ph] ㅏ [a, pois trata-se de tornar a pronúncia mais próxima do inglês] ㅂ [p/b] Observado isso, foi necessário ver referências de design gráfico especificamente tipográfico em hangul, para saber como as letras podem se comportar e quais seus limites.
* Vogais nunca ficam sozinhas na sílaba. Sílabas sempre são formadas pelo conjunto vogal + consoante.
Projeto Referências visuais de pôsteres tipográficos coreanos
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Projeto
SM TOWN Divisão da SM Entertainment que cuida dos fâ clubes oficiais, e promove os festivais de mesmo nome, o seu casting se apresentando no mesmo local. Abaixo, foto da credencial e passaporte SM TOWN.
NAMING
IDENTIDADE VISUAL
O nome do evento, portanto, deveria conter um elemento comum aos fãs coreanos e brasileiros. Pensou-se em K-Town, nos moldes do festival SM TOWN, da SM Entertainment, mas além de parecer uma cópia é um nome fraco, com pouca personalidade. Então, a solução natural é recorrer ao glossário do fandom k-pop e descobrir qual vocábulo poderia ser adotado e que representasse também o comportamento do público brasileiro.
Desde o princípio, houve a preocupação das cores no projeto. Porque é um evento para fãs e como explicado anteriormente, cada fandom se comporta como uma torcida de futebol organizada e identificada pelas cores oficiais. O evento deveria ser, portanto, o mais isento e neutro possível, até mesmo para não se chocar com as cores das fotografias dos artistas no momento das aplicações, bem como para não cair no lugar comum de usar as cores ou da bandeira brasileira ou da coreana ou de ambas.
– Como são as reações dos fãs se comparadas aos dos outros países? Eunhyuk: “Maravilhosa. Eles dançam e cantam conosco. Eles fazem tudo, cantar, dançar e apoiam. Nós ficamos muito animados com os fãs, e usamos toda nossa força no início. Os fãs ainda estavam muito enérgicos, quando estávamos cansados.”
Então, já de início, ficou decidido que as cores do evento seriam preto e branco. E o line-up dos shows escalados para o evento são dos artistas cujo perfil estão no capítulo “K-Pop”. A saber: Rain, Super Junior, 2PM, f(x) e EXO.
TESTES DE LOGOTIPO
Coletiva de Imprensa do Super Junior em sua passagem pelo Brasil
Levando em consideração as reações acaloradas e o clima festivo do Brasil, conhecido pelo Carnaval e futebol, no exterior, o nome do evento deveria traduzir isso para o hangul. Desta forma, foi escolhida a palavra “Nolja”, que significa “Divirta-se”, em coreano.
NOLJA 놀자 Nolja é uma palavra conhecida dos fãs de k-pop, aparecendo em letras de música, como no trecho da abertura do capítulo.
. A construção do logotipo foi baseada na organização das letras em hangul, mas esta ainda não era a fonte correta. Não tinha o peso, nem a legibilidade necessária apropriada para a ocasião.
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RESULTADO PARCIAL
Projeto
MASCOTE
A tipografia escolhida foi a ZEROES e com isso, comecei a retrabalhar a forma do logotipo e forma correta de ler o título NOLJA, sendo escrito dentro da própria letra L.
Outra aspecto importante de um projeto voltado para o público k-popper é o aegyo (vide capítulo “Fãs”). A atitude “fofinha” dos cantores bem como os visuais mistos de sensualidade e inocência compõem o imaginário dos fãs. E os produtos coreanos, como os programas de TV tem muitos desenhos acrescentados na edição para expressar as emoções de uma entrevista, por exemplo, sempre ampliando o tom humorístico do vídeo. Fora que grandes eventos também possuem mascotes como forma de expandir a marca para novos produtos a serem comercializados.
Referências de formas humanizadas da escrita hangul.
Forma horizontal do logotipo.
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Projeto O mascote do NOLJA K-Pop Festival deveria manter a conversa iniciada pela tipografia, simpatizando com o espectador em nível mais direto, com uma forma “fofa”. A partir disso, o trabalho foi iniciado com a pesquisa e testes com fontes da letra ㅎ pela sua aparência naturalmente arredondada.
VARIAÇÕES DO MASCOTE
TESTE MASCOTE
MASCOTE FINAL
RESULTADO FINAL E como o logotipo NOLJA ficou com aspecto negativo na nossa cultura, com esse “NO” tão proeminente, foi incorporado a ele o mascote para as aplicações em geral. Podendo ser aplicado sem o mascote quando o destaque da peça for o mascote. 50
Projeto
APLICAÇÕES As aplicações da marca foram pensadas em 3 segmentos: . Peças de divulgação (anúncios de revista, cartaz, mídia externa e web-banner para redes sociais, site) . Peças do festival (ingressos, credenciais, pulseira VIP, brinde, camisa) . Peças de Merchandising (camisas, bonés, balões, ventarolas, lightstick) 51
Projeto
PEÇAS DE DIVULGAÇÃO Banner para Instagram
REDES SOCIAIS Banners para Instagram foram criados porque atendem tanto a demanda da própria rede de compartilhamento de imagens, como alimenta o Twitter e Facebook. Nos exemplos ao lado, vemos pequenas inserções de texto, com slogan e com um trecho de alguma letra de música marcante de cada artista.
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Anúncios de Revista
Página Simples e Página Dupla (ao lado)
Projeto
Formato : 25,5 x 30,5 cm
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Projeto
Mídia Externa
Cartaz Para esta peça, escolhi o formato de 22 x 48cm, não só pelo aproveitamento da folha offset, mas porque sua forma vertical, lembra as inscrições orientais com as caligrafias de ideogramas.
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PEÇAS DO EVENTO
Ingresso + Photocards (brinde)
Projeto
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Projeto
Embalagem do Ingresso
PHOTO CARDS Exemplos de photocard individual dos membros e um com foto de grupo. OMO! Na embalagem , a inscrição OMO é uma interjeição de euforia como, no inglês, em OMG (Oh My God) Este termo também faz parte do vocabulário k-pop.
Os ingressos comprados foram projetados para virem dentro desta embalagem, feita em papel couché, 120 g/m² com 2 photocards de brinde para que os fãs possam colecionar e interagir entre si durante o evento e também atribui valor sentimental ao evento e À peça em si, por ser exclusiva. Como explicado no capítulo “K-Pop”, os photocards são colecionáveis que vêm quase sempre dentro dos álbuns físicos comprados.
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Credenciais
Camisa da Equipe de Apoio
Projeto
Pulseira VIP
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Projeto
Peças de Merchandising As peças a seguir, foram criadas tendo em mente que o NOLJA K-Pop Festival se trata de um evento voltado para adolescentes. Este público raramente tem renda própria e com a lei da meia-entrada acaba por reduzir os lucros vindo da venda de ingressos. No entanto, é um público consumidor ávido e sendo fã também tem o apreço pela coleção, exclusividade aliada à identidade de grupo de pertencimento.
Camisas Baseball
CAMISA DO FANDOM As camisas estilo Baseball podem vir na versão do artista favorito, com o nome do bias (membro preferido, vide capítulo “Fãs”), no topo, o número representa o dia do show e, abaixo, o nome oficial do fandom.
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Camisas com Mangas de Couro Falso
Balões Simples
Projeto
Bonés
ESTILO As camisas com manga de couro falso e os bonés foram pensados para um grupo específico de k-popper: os dançarinos, que muitas vezes adotam um estilo mais hip-hop.
BALÕES COLORIDOS Testes de balões comuns nas cores de alguns fandoms.
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Projeto DIFERENCIAL E ORNAMENTAÇÃO Os balões de foil, além do aspecto que nos remete, de certa forma, à infância, também contribuiriam para a ornamentação do local do show.
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Balões de Foil
Ventarolas
Lightstick
As ventarolas são comumente comercializadas nos shows de k-pop na Ásia, como produtos oficiais, mas elas estampam o rosto do artista, no formato de leque redondo.
Falado anteriormente no capítulo “Fãs”, os lightsticks são itens que compões um k-pop ocean e são a imagem de um show de k-pop por excelência. E cada ídolo tem o seu próprio modelo, que é atualizado em cada turnê. Alguns, inclusive podem emitir mais de uma cor, como é o caso do 2PM, cujo fandom, no Japão atribuiu uma cor a cada membro.
Aqui no Brasil, apesar da necessidade de um produto que amenize a sensação térmica, julguei que o formato oriental aparentava ser “pouco jovem”. E para caracterizar a torcida brasileira pelos ídolos, uni as paixões do Brasil pelo futebol e pela música nas “mãos de torida” nas cores e com os nomes dos artistas, como se vê em estádios em dias de jogo.
Projeto
LIGHTSTICKS (De cima para baixo) simulação do lightstick NOLJA aceso e modelos oficiais dos fandoms.
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Projeto
Website
ANIMAÇÃO A imagem de fundo do site seria um vídeo com as imagens dos k-pop oceans, sempre trocando a cor do fundo.
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CONCLUSÃO Da Imitação à Inovação O k-pop começou como imitação da indústria fonográfica ocidental, mas desde sua origem no século XIX, já nasceu miscigenado, multinacional e multilíngue. A industrialização coreana, como um todo veio da imitação de produtos estrangeiros para que houvesse o aprendizado de como fazer um produto tão bem sucedido. E hoje, assim como Samsung, LG, a indústria cultural corena desponta como referência na Ásia e no mundo, como case de sucesso do contra-fluxo das periferias culturais. O que, para nós, brasileiros, pode ser uma grande fonte de estudo para nos exercitarmos na criação de produtos culturais mais exportáveis, projetando um espelho de nós mesmos e (por que não?) que reflita os outros também.
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