2018 Ano Europeu do Património Cultural | Património Cultural de Sesimbra

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CASTELO DE SESIMBRA As origens do Castelo de Sesimbra remontam ao século IX, período da ocupação muçulmana do território. Em 1165 é conquistado por D. Afonso Henriques, e em 1191 é perdido para os Almóadas. A sua reconquista definitiva dá-se por iniciativa de D. Sancho I, em 1199, monarca que atribui o primeiro foral à vila de Sesimbra, então sediada no interior do monumento. Ao longo de toda a Idade Média, e dada a sua importância estratégica na defesa das fronteiras marítimas e terrestres do reino, o Castelo é alvo de inúmeras ampliações. A partir do século XV, com o desenvolvimento de atividades marítimas como a pesca ou a construção naval, na Póvoa Ribeirinha, a população vai-se sediando, progressivamente, junto à baía. Em 1516, ano da Visitação de D. Jorge de Lencastre, Mestre da Ordem de Santiago, apresentava já evidentes sinais de abandono, que se foram acentuando ao longo dos séculos seguintes. O avançado estado de ruína do monumento acaba por ser travado entre 1933 e 1945, com as obras de conservação promovidas pela Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais.

ERMIDA DA MEMÓRIA

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o âmbito de 2018 - Ano Europeu do Património Cultural e dos projetos de acolhimento de voluntários do Programa Erasmus+ SVE no Concelho de Sesimbra. A ANIME.PAF em estreita colaboração com os voluntários do Serviço Voluntário Europeu, criaram uma brochura ilustrada que dá a conhecer em diferentes idiomas, o vasto Património de Sesimbra e sua localização geográfica, permitindo a todos quantos se interessem pela descoberta e conhecimento deste vasto e rico espólio local.

PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO PATRIMÓNIO EDIFICADO

Segunda a lenda, Nossa Senhora saiu do mar, subindo a falésia da Pedra da Mua, na praia dos Lagosteiros, montada sobre uma mula, cujas pegadas, assinaladas pelos crentes, eram efetivamente marcas deixadas por patas, mas de dinossauros. Desse primeiro momento ficou uma pequena e linda capela (a Ermida da Memória) construída no século XV, No seu interior encontra-se revestido, até meia altura, por painéis de azulejos que contam a história do santuário.

JAZIDA DOS ICONOFÓSSEIS DE DINOSSÁURIO DOS LAGOSTEIROS No topo da arriba do flanco norte da enseada de Lagosteiros encontra-se a jazida de pistas de dinossáurio de Lagosteiros. Datada do Cretácico Inferior (± 135 M.a.), constitui um dos conjuntos mais interessantes do Cretácico da Europa e o único desta idade em Portugal. Nesta jazida revelam-se pistas de terópodes (bípedes carnívoros) e uma pista longa de um provável ornitópode (dinossáurio bípede herbívoro). Este local está inserido na PR2SSB – Maravilhas do Cabo.

MUSEU MARÍTIMO DE SESIMBRA O mar é parte integrante da história de Sesimbra e da sua comunidade. O Museu Marítimo de Sesimbra, aberto ao público desde 2016, reúne elementos que permitem compreender essa história e essa vivência desde há cinco mil anos. O espaço apresenta um valioso património ligado ao mar e à pesca, fruto, em grande parte, de um trabalho de proximidade feito com a comunidade piscatória. Um cepo de âncora com 5 mil anos associado à navegação no período romano e um conjunto de anzóis e pesos de rede situados entre 2500 e 200 a.C. são os artefactos mais antigos da exposição, e transportam o visitante no tempo para conhecer os vários povos que passaram pelo território, assim como a sua forte relação com o mar.

JAZIDA DOS ICONOFÓSSEIS DA PEDRA DA MUA No flanco sul da enseada dos Lagosteiros, em lajes de calcários do Jurássico superior (± 150 M.a.), com uma inclinação de cerca de 40º, podemos observar a jazida de pegadas de dinossáurio de Pedra da Mua. Nesta jazida encontram-se vários conjuntos de trilhos deixados por dinossáurios saurópodes (quadrúpedes e herbívoros) e terópodes (bípedes e carnívoros). Uma das camadas revela sete pistas paralelas produzidas por jovens saurópodes, consideradas um bom exemplo de que estes animais, pelo menos enquanto jovens, teriam comportamento gregário. Alguns destes trilhos estarão na origem da lenda de Nossa Senhora do Cabo, vinda da Idade Média (pelo menos desde o séc. XIV), que fala das pegadas de uma mula gigante (ou mua, em português arcaico), impressas na arriba, que terá transportado Nossa Senhora, ou a sua imagem, desde o nível do mar até ao cimo do Cabo.

O Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena/ Lagoa de Albufeira torna acessível ao públi­co uma das mais importantes zonas de circulação e nidificação de aves da Europa, enquadrando uma Zona de Proteção Especial para Aves. É uma área de aproximadamente 1,3Km2 que se encontra ve­dada, e que compreende a Lagoa Pequena e o terreno alagado, denominado Lagoa da Estacada, a zona mais sensível do ponto de vista ecológico. A área de visitação é definida por dois percursos e três observatórios. A grande diversi­dade de habitats e condições de abrigo, alimentação e nidificação para aves aquáticas, residentes e migratórias, são condições que levaram à integração obrigatória deste espaço no roteiro de birdwatching em Portugal.

Localiza-se na costa ocidental, próximo do canal de ligação da Lagoa de Albufeira ao mar. Está sujeita a ventos dos quadrantes norte e oeste e, como tal, apresenta boa ondulação durante muitos dias por ano, o que a torna muito apreciada para a prática de surf, bodyboard e skimboard.

PRAIA DAS BICAS

A praia das Bicas localiza-se a sul da praia do Moinho de Baixo, próximo do Parque de Campismo Campimeco. Encontra-se voltada a ocidente e, como tal, mais exposta aos ventos norte e oeste. É uma zona muito apreciada pelos praticantes de surf e bodyboard, devido à ondulação. A 4Km da vila de Sesimbra, o Parque Augusto Pólvora, na Maçã, é o espaço ideal para quem procura momentos de lazer, convívio, descanso ou para a prática de atividades desportivas. Ao longo de cerca de 5,5 hectares, é composto por zonas de descanso e contemplação, ligadas por um percurso pedonal. Para além disso, tem um conjunto de equipamentos com várias finalidades, com destaque para o Skate Parque, que está ao nível dos melhores de Portugal, e para o centro de apoio a atividades de ar livre, denominado de EcoTrilhos, destinado a praticantes de trail e bicicletas de todo o terreno (BTT), que disponibiliza informação, balneários e um ponto de lavagem de bicicletas.

JAZIDA DOS ICONOFÓSSEIS DA PEDREIRA DO AVELINO Na região de Zambujal de Cima, em área de extração de calcários, encontra-se a Pedreira do Avelino. Esta pedreira está desativada devido à descoberta de interessantes pistas de pegadas de dinossáurios em algumas lajes de calcários do Jurássico Superior (± 155 M.a.), expostas pelos trabalhos de desmonte na pedreira, e que levaram à classificação do local como Monumento Natural, e mais tarde à construção do Núcleo Interpretativo da Pedreira do Avelino. Observam-se várias pistas bem conservadas de saurópodes em pelo menos 4 níveis estratigráficos. Um desses níveis revela um total de 108 pegadas, que compreendem um mínimo de 5 pistas distintas, algumas particularmente importantes por indicarem a presença de indivíduos de dimensões muito diferentes.

PRAIA DA LAGOA DE ALBUFEIRA

O Parque Ecológico da Várzea (PEV) na Quinta do Conde localiza-se numa zona húmida contígua à ribeira de Coina, zona predominantemente agrícola e de reserva ecológica, situada na freguesia da Quinta do Conde. Possui uma área de aproximadamente 112 000m2. Espaço de grande valor natural, inserido no maior corredor ecológico desta freguesia ligando a Arrábida ao Tejo e, a partir de agora, liga também a população aos valores da preservação e valorização do património natural.

PRAIA DO OURO

Localizada na Baía de Sesimbra, a Praia do Ouro apresenta geralmente o mar bastante calmo e areal com pouca inclinação, sem baixios, o que a torna ideal para famílias e crianças. É uma das praias portuguesas que hasteia a Bandeira Azul da Europa há mais anos, e também tem sido distinguida com a Bandeira de Praia Acessível, galardão que premeia as zonas balneares com acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida, e Praia com Qualidade de Ouro, distinção atribuída às zonas balneares que apresentaram água de excelente qualidade.

PRAIA DA RIBEIRA DO CAVALO Localizada a pouco mais de uma milha a poente da Baía de Sesimbra, a Praia do Ribeiro do Cavalo conserva uma beleza única, razão pela qual é considerada é uma das mais belas praias da costa da Arrábida. As suas águas, ricas em flora e fauna marinhas, fazem a delícia dos apreciadores do mergulho, sendo frequente observar diversos peixes, crustáceos e moluscos.

PATRIMÓNIO EDUCATIVO E LÚDICO JAZIDA DOS PINHEIRINHOS

PATRIMÓNIO ETNOLÓGICO PATRIMÓNIO NATURAL

AQUEDUTO DA AZOIA E CASA DA ÁGUA DO CABO ESPICHEL O aqueduto setecentista, que começa na povoação da Azoia e culmina na Casa da Água do Cabo Espichel, tem extensão de 2Km e garantia o abastecimento de água ao santuário, nomeadamente às fontes, tanques e poços de apoio aos peregrinos e trabalhos. A Casa da Água do Cabo Espichel é um edifício construído pelo Rei D. José, por volta de 1770, por ocasião da estadia da corte no santuário. O imóvel recebia a água a partir da Azoia, através do aqueduto. A Casa da Água apresenta um traçado hexagonal, e no interior existe uma fonte em pedra lioz que recebia a água do aqueduto, construída em forma de nicho, de onde sobressai uma figura de um leão. As paredes interiores eram revestidas por painéis de azulejos azuis e brancos, que representavam cenas cortesãs e de caça, cujos vestígios são ainda hoje visíveis.

ARTE XÁVEGA

Esta pesca milenar é feita com o apoio de uma aiola, embarcação típica de Sesimbra, que transporta a rede, fixa a um cabo na praia, até ao largo, fazendo um movimento circular para trazer o outro cabo para o areal. Depois, a rede é puxada a partir de terra por pescadores distribuídos pelos dois cabos, que se vão juntando à medida que se aproxima o saco com o peixe. Neste processo, é tradição juntarem-se muitos banhistas, que ajudam a puxar as redes para a praia. No final, caso a pescaria seja boa, todos os participantes têm direito a uma parte do pescado, denominado quinhão.

FAROL DO CABO ESPICHEL

Durante muitos séculos, a costa portuguesa foi conhecida pelos navios estrangeiros, sobretudo os ingleses, como a “costa negra”, pois não existia qualquer sistema de iluminação que ajudasse à navegação. No final do século XVIII, o Marquês de Pombal mandou construir uma rede de faróis que a tornassem mais segura, entre os quais o do Cabo Espichel, um dos mais antigos de Portugal, construído em 1790. Admirar a paisagem do alto da torre de 32 metros é, por si só, uma experiência única que vale os 135 degraus de pedra e 15 de ferro que é preciso subir para lá chegar. A uma altitude de 168 metros a partir do nível do mar, o Farol do Cabo Espichel tem um alcance luminoso de 26 milhas, aproximadamente 48 quilómetros, e produz uma luz branca que em cada 12 segundos emite três relâmpagos. O aparelho ótico, mais pequeno que o original, é composto também por painéis aeromarítimos, que produzem luz, não só para o horizonte, como também para o céu.

Modesto templo seiscentista de planta simples e empena de duas águas, construído a expensas da população local. A sacristia encontra-se ao abandono e inclui uma imagem setecentista de S. Tiago Maior, uma imagem do século XVIII representando a Virgem e o Menino, e um sacrário de talha dourada com a custódia gravada na porta, provavelmente já do século XIX.

CAPELA DO ESPÍRITO SANTO DOS MAREANTES Construída no século XV pela corporação dos mareantes e pescadores de Sesimbra, a Capela do Espírito Santo funcionou inicialmente como capela e hospital. Em 1755, o terramoto provocou danos consideráveis no edifício, que permaneceu encerrado até meados do século XX, altura em que reabriu como Biblioteca Municipal. Na década de 70, foi objeto de escavações que deram a conhecer as estruturas do antigo hospital, desenhos de antigos navios nas paredes, moedas, cachimbos de argila, entre outros objetos, o que motivou a recuperação total do mesmo já no início do século XXI.

A Fortaleza de Santiago convive com a comunidade sesimbrense há 365 anos. Foi construída numa época em que o perigo chegava do mar e as fronteiras marítimas tinham de ser defendidas, contudo, o curso da história fez com que fosse perdendo preponderância defensiva. Construção do século XVII, tendo substituído um baluarte quinhentista erguido durante o reinado de D. Manuel I (1495-1521). A Fortaleza foi edificada sob a orientação do padre João Cosmander, jesuíta de origem flamenga e coronel engenheiro D. João IV (1640-1656) . Encontrava-se já ultimada em 1648. Depois de um trabalho minucioso e especializado, que preservou, ao máximo, a estrutura inicial, a Fortaleza de Santiago abriu ao público em julho de 2014 totalmente restaurada.

O “Forte de São Domingos da Baralha”, também referido apenas como “Forte da Baralha”, localiza-se próximo ao cabo Espichel, em posição dominante sobre a baía da Baleeira, próximo a Sesimbra, no distrito de Setúbal, em Portugal. Integrava a linha defensiva do trecho do litoral denominado hoje, em termos de turismo, como “Costa Azul”, e que no século XVII se estendia de Albarquel a Sesimbra, complementando a defesa da importante povoação marítima de Setúbal.

FORTE DO CAVALO OU DE SÃO TEODÓSIO Foi edificado entre 1648 e 1652 para complemento de defesa da baía de Sesimbra. Em 1755, o terramoto danificou-o, tendo sido recuperado e reutilizado no inicio do século XIX. Após as lutas liberais foi abandonado e em 1895 passou a acolher um farol. De planta poligonal irregular, apresenta dois baluartes quadrangulares virados a Sul, que protegiam o complexo habitacional da guarnição e do paiol, uma torre de planta circular na praça de armas, que protegia a cisterna e um farol na bateria alta.

IGREJA MATRIZ DE SANTIAGO

CASA DO DESEMBARGADOR Edificação rural localizada nas Terras de Calhariz.

PRAIA DOS LAGOSTEIROS O Parque da Ribeira nasceu em setembro de 2013 e possui uma área de aproximadamente 40 000m2 e surgiu da necessidade de se aproveitar um conjunto de lagos que estão intimamente ligados à Ribeira de Coina e que estão circundados por espécies de árvores autóctones com algum porte e antiguidade. Este espaço funciona como uma área natural discreta que também oferece refúgio a algumas espécies da avifauna que frequentemente aqui pernoitam e e que daqui fazem o seu habitat.

A Igreja Matriz de Santiago é uma igreja quinhentista, de transição entre o estilo manuelino e o renascimento. Há 473 anos, no ano de 1533 (finais), começou a construção. O crescer da igreja acompanha também o próprio crescimento da Vila de Sesimbra. A obra terminaria em 1564. Durante a obra foram feitos serviços religiosos, para evitar a ida dos habitantes da vila à Igreja de Nossa Senhora do Castelo, a única que à época existia.

Situa-se junto ao santuário do Cabo Espichel. É uma praia de difícil acesso, mas que nos compensa com um cenário de grande beleza. Entre as falésias do Cabo Espichel, podem-se observar os trilhos de pegadas e rastos de cauda de dinossáurios, saurópodes e terópodes, com cerca de 150 milhões de anos. O local encontra-se incluído num dos percursos de pequenas rotas demarcados na área.

LAPA DO BUGIO PALÁCIO DE SAMPAIO Gruta natural localizada na vertente Sudoeste da Arrábida, utilizada como necrópole desde o Neolítico (IV milénio a.C., até ao Calcolítico, III milénio a.C.) por uma comunidade maioritariamente agrícola. A cavidade comporta uma sala de entrada com planta triangular, apresentando 9,80 metros de largura, 8,80 metros de cumprimento, 4,40 metros de altura, compartimentada em espaço sepulcral e câmara de passagem, ambos artificiais.

ROÇA DO CASAL DO MEIO Palácio aristicrático do século XVIII, edificado pelo 1.º conde de São Payo, D. António de Lusignan. Na sua capela existe um retábulo neoclássico com uma Senhora com roca. Está decorado com azulejos rocaille. No seu recinto realiza-se, em Setembro, a popular Festa de N.ssa S.ra da Luz. Desenvolve actualmente actividades de turismo rural.

FORTALEZA DE SANTIAGO

FORTE DA BARALHA CAPELA DE ALFARIM

Espaço de povoamento ocupado inicialmente durante o Paleolítico (entre os 100 e os 10 mil anos a.C.). Mais tarde, durante o Neolítico (VI-IV milénios a C.), foi o recinto de aldeamento estabelecido pela comunidade que utilizou a Lapa do Fumo. Trata-se de uma extensa jazida superficial, localizada na vertente Norte da falésia da Serra dos Pinheirinhos, entre os 202 e os 226 metros de altitude. Está a cerca de 700 metros do povoado e relativamente perto da Lapa do Fumo.

LAPA DO FUMO Gruta natural localizada na vertente Sudoeste da Arrábida, utilizada como necrópole da comunidade sediada nas suas imediações desde o Neolítico, IV milénio a.C., até à ocupação islâmica no século XII, com função de vigilância costeira. A cavidade comporta uma galeria fóssil calcária com 70 metros de comprimento repartida por várias salas, tendo a maior 12 metros de altura e sete metros de largura. A ocupação humana localiza-se na primeira grande sala de entrada.

MAR DE ANCÃO Esta jazida subaquática, localizada a sudeste do Cabo Espichel, comportava vários cepos de âncora de origem romana balizados entre os séculos II a.C. e IV d.C., num local de difícil travessia e que teria sido um provável ancoradouro para as rotas marítimas. Encontra-se a cerca de 25 metros de profundidade, junto da pedra da Arcanzil, entre a baía da Baleeira e o esporão ocidental do Cabo Espichel.

MOAGEM DE SAMPAIO

Com um século de história, a Moagem de Sampaio é um marco da evolução industrial e tecnológica do concelho. Edifício retangular, de cor branca e portas avermelhadas, funcionou inicialmente como cavalariça, e mais tarde foi adaptado para moagem, recebendo cereais de toda a região. No seu interior é possível recordar os espaços que outrora corresponderam às salas de moagem, vendas e escritórios, armazenamento e equipamentos.

PALÁCIO DO CALHARIZ

A Casa do Calhariz é propriedade do Duque de Palmela, descendente directo de D. Francisco de Sousa (1631-1711) , casado com D. Helena de Portugal para quem o palácio foi construído - Por tradição, a construção tem sido atribuída ao último quartel do século XVII, talvez que baseada no facto dos azulejos da capela estarem datados de 1696. Tem sido esta propriedade transmitida desde há cinco séculos até aos actuais proprietários, por via do casamento ou por herança, sem nunca ter sido objecto de um acto de venda. Esta casa, situada em pleno campo, tem como enquadramento paisagístico a Serra da Arrábida.

PALÁCIO DO PERÚ

Palácio residencial setecentista, mandado construir por António Cremer, que em 1725 obteve a concessão real do fabrico da pólvora, em Lisboa. A construção original foi destruída pelo fogo, e o edifício atual data do século XX, segundo desenho do arquiteto Raul Lino.

PRAIA DA CALIFÓRNIA

A Praia da Califórnia localiza-se na zona nascente da Baía de Sesimbra, e apresenta geralmente o mar bastante calmo e areal com pouca inclinação. Hasteia a Bandeira Azul da Europa há alguns anos.

PRAIA DA FOZ

MOINHO DA AZOIA Edificado em finais do século XIX, foi o moinho mais ocidental de uma rede de moinhos eólicos que existiam em vários montes virados a Sul. Laborou até final do século XX, tendo sido recentemente recuperado e apetrechado para voltar à actividade. É construído em pedra e cal, com planta circular de 7 metros de diâmetro, 5,50 metros de altura e paredes de 1,60 metros de espessura. Albergava o engenho de moagem, ligado no piso inferior ao depósito e no piso superior às velas.

Localizada na costa ocidental, entre o Cabo Espichel e a Praia das Bicas, a Praia da Foz é ainda desconhecida para muitos. Tem um pequeno areal, ideal para quem prefere estar longe das multidões. O mar apresenta-se por vezes agitado e forma algumas correntes, aconselhando por isso alguma cautela por parte dos banhistas.

Sepulcro edificado no século X a.C., estava associado a uma importante área de povoamento limítrofe, albergando uma elite dirigente que ostentava poder económico e político, decorrente de contactos com comunidades de origem mediterrânica. Apresentava cobertura de planta circular com 11,50 metros de diâmetro, delimitada na base por ortóstatos e no topo por falsa cúpula. Acomodava uma câmara interior de 3,30 metros de diâmetro acessível por um corredor de 15 metros de comprimento. Foi classificado de Imóvel de Interesse Público pelo Decreto-lei n.º 29/84 de 25 de Junho.

SANTUÁRIO DO CABO ESPICHEL A partir do culto de Nossa Senhora do Cabo e da quatrocentista Ermida da Memória, no século XVIII por ordem de D. Pedro II e de D. José, é edificado um santuário que vai perdurar ao culto até à transição do século XIX-XX, quando entra em declínio. O santuário congrega a Igreja edificada entre 1701-1707 em estilo chão, duas alas de hospedarias construídas após 1715 e ampliadas entre 1745-1760, a casa da água datada de 1770 e abastecida por um aqueduto e a casa da ópera, de finais de oitocentos. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público pelo decreto n.º 37.728 de 5 de Janeiro de 1950 e Zona Especial de Protecção pela portaria de 29 de Novembro de 1963.

SERRA DO RISCO

A arriba da Serra do Risco constitui o ponto mais alto da costa continental portuguesa (380 metros no Píncaro, quase a pique até ao mar), sendo a escarpa litoral calcária mais elevada da Europa. Ao contrário de outros relevos da região, esta elevação não corresponde a uma estrutura em dobra (anticlinal), mas sim a um doma.

SOLAR DA QUINTINHA

Solar barroco, situado no lugar da Cotovia, constituído por várias alas modernizadas tendo a principal um terraço apoiado em arcaria corrida. Tem uma capela privativa de fachada muito singela datada de 1738 e possui um altar de talha clássica, em cujo trono figura uma imagem de Nossa Senhora das Dores.


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Lagoa de Albufeira

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IGREJA MATRIZ DE SANTIAGO FORTE DO CAVALO OU DE SÃO TEODÓSIO

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SANTUÁRIO DO CABO ESPICHEL

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