Ficha técnica TÍTULO: FUTURO? DE PERNAS PARA O AR… COLEÇÃO: Fio de Histórias EDITOR: Anime - Projecto de Animação e Formação OBRA COLETIVA: Alícia Silva, Beatriz Alves, Bernardo Menezes, Catarina Canoa, Catarina Correia, Daniela Henriques, Eva Pires, Fábio Sampaio, Gonçalo Semedo, Guilherme Santos, Hélder Lourenço, Íris Maciel, Janiel Nogueira, Leonor Lucas, Mafalda Ramos, Malik Almeida, Maria João Lereno, Mariana Barata, Martim Silva, Mónica Maciel, Nair Ribeiro, Núria Ribeiro, Rafael Rodrigues, Rafael Cruz, Renato Ramos, Tomás Neves Coordenação e ideia: Patrícia Reis Supervisão Pedagógica: Patrícia Alves ILUSTRAdora convidada: Claudia Testa GRAFISMO e paginação: Fernando Pinto REVISÃO DE TEXTO: Ana Castro Equipa de apoio: Cecilia Rastol e Anna Pallotta Supervisão Metodológica: Paulo Pires 1.ª edição: 2019 ISBN: 978-989-97978-6-4 Copyright©anime.paf Email: anime.paf@gmail.com www.animepaf.org
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Aceitei este projeto por acreditar que todos podemos ser criadores. A concepção deste livro possibilitou à turma novas vivências, onde imperou a criatividade, a alegria e o orgulho pelo trabalho realizado. Patrícia Alves
Num dia como muitos outros, numa escola como muitas outras, alunos do 4.º ano vão de autocarro, entre muitas cantorias, fazer uma visita de estudo ao Museu de História Natural. Ao chegarem, descobrem que o Museu recebeu uma nova exposição sobre Máquinas do Tempo.
Numa escapadela silenciosa vão até perto das máquinas em exposição e com uma explosão de cores e luzes, veem surgir de dentro da máquina uma menina e um menino, com roupas diferentes plastificadas e cheias de luzinhas. Com os olhares curiosos a cruzarem-se, não compreendem onde foram parar e quem são todos aqueles meninos.
Com cuidado, a professora explica-lhes que aqueles meninos sĂŁo estudantes e estĂŁo numa visita de estudo. Diz-lhes em que ano estamos e tenta compreender de onde vĂŞm. Eles dizem vir da terra, mas de 2050 e que estavam a pesquisar aquelas engenhocas, quando foram trazidos para ali.
Todos se sentaram para lanchar e falarem de como é a escola de cada um. Em 2050 eles contam que têm robôs nas escolas e nos espaços públicos e que estes limpam tudo.
Um dos meninos pergunta muito curioso: - Como são as vossas salas de aula? - São de cabeça para baixo. - Porquê? − pergunta uma menina da turma do 4.º ano. - Para ver se as nossas ideias se fixam na nossa cabeça. Aqui, não é assim?
- Não! As salas de aula são limpas, organizadas e ninguém anda de cabeça para baixo. - Ah! E não temos robôs para limpar, somos todos e cada um é responsável por manter a nossa escola limpa.
- Separamos o nosso lixo nos ecopontos. ECOPONTOS? - Isso é tão antigo! Nós temos vassouras papa tudo que apanham o lixo deixado pelos robôs, ou os overboards que com as vassouras mágicas apanham o lixo e levam para as árvores! − explica o menino de 2050.
- Para as árvores? − pergunta uma menina muito confusa. - Sim, as nossas árvores transformam o lixo em maçãs, flores e outros frutos… - Uauhhh! − exclama um menino maravilhado. - As nossas árvores agora em 2019 só dão oxigénio e sombra. - E papel! − acrescenta uma menina.
- Também isso é fantástico! Em 2050 criamos muitas máquinas malucas, como a última invenção ultra mega doida da melódica que ao ser tocada faz algodão-doce, nos intervalos. - Algodão doce! − dizem todos em uníssono, numa euforia. - Isso é que era… - Sim, mas acumulamos muitos paus e tivemos de criar o “aspirapaus”.
- Já para não falar das fontes de chocolate, nas escolas… - Fontes de chocolate! Levem-me para 2050!! − diz um menino implorando. - Não queiras, andamos todos cheios de dores de barriga e sempre com energia a mais, eu gostava de poder comer comida de verdade, lá tudo sabe a plástico… Ao chegar-se perto da menina que vem do futuro abre a mão e diz: - Queres uma fruta da nossa horta escolar? - Uauhhh! Isso sim é fantástico, fruta que colhem na escola! - Ou vem de máquinas? − diz ela meio preocupada. - Máquinas, não! Somos nós que plantamos e cuidamos, temos diferentes legumes e frutas que podemos comer na escola.
- Além da horta e do jardim fizemos um charco e assim também aumentámos a biodiversidade na nossa escola. - Nós em 2050 só temos máquinas que nos dão a comida, mas é tudo plastificado, nada como esta fruta com um sabor Fantabulástico. - Sabem, para nós é importante cuidar da escola, pois faz parte da nossa vida, assim como o meio ambiente em que vivemos, separamos o lixo nos ecopontos, o lixo orgânico vai para os compostores para se transformar em composto orgânico, que usamos na horta…
- Poupamos água… não deixamos ficar a correr. - Quem pode vai a pé para a escola… - Mudaram as luzes da escola para luzes LED, por serem de baixo consumo. - E até estamos a tentar diminuir o plástico na escola. - Pois, mas em 2050 temos borrachas que apagam o lixo, todo o lixo é mandado em foguetões para o espaço… - Para o espaço? − dizem horrorizados. - Mas assim vocês estão a poluir o espaço! - Eu sei, mas a verdade é que nem as multas que os drones passam, por causa da quantidade de lixo que produzimos, resulta! As pessoas cada vez fazem mais lixo e mais lixo. - No meio de tantas invenções, só falta dizer que também inventaram o Aspirador de Lixo… − diz uma menina na brincadeira. - Pois foi! Como é que sabes? - Estava a brincar! − diz pasmada. - Mas inventaram o Aspirador Eco3000, mas não resultava, enchia muito rápido…
- Por isso é que andávamos a pesquisar estas engenhocas, para ver se descobríamos como ajudar a nossa escola a tornar-se mais amiga do ambiente. - Olha que giro, falamos disso na nossa sala − diz um menino todo entusiasmado. - Têm algumas ideias, que possam partilhar?
METODOLOGIA O projeto “Fio de Histórias”, teve como objetivo provocar interações e ativar espaços de criação e inovação artística. Partindo da apresentação do livro “Achas que posso ajudar?” (Mafalda Milhões e David Machado), possibilitou-se às crianças participantes criar e desenvolver coletivamente as suas histórias e registar as memórias desse exercício. “Fio de Histórias” visou promover novas linguagens e aprendizagens colaborativas, partindo das diferenças individuais e culturais das crianças que geraram novas narrativas e permitiram um exercício de registo artístico coletivo. A metodologia usada no “Fio de histórias”, pode ser agora disseminada pois demonstrou potenciar e desenvolver nos alunos/as, os processos criativos partilhados e colaborativos. Partiram das suas preocupações, histórias e origens culturais, para materializar num livro a sua história e ilustração coletiva, numa memória que é também por eles narrada junto dos seus pares e comunidade educativa.
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Momento com História “Achas que posso ajudar?”. A história é contada na sala de aula, colocando-se uma pergunta final à turma (objeto da nossa história);
Fanzine individual. É construída com os alunos, sendo dada uma semana para pensarem nas respostas possíveis à pergunta efetuada. Pode ser através de ilustrações ou por escrito;
Aplica-se na visita seguinte a técnica de fanzine de grupo (exercício partilhado e colaborativo por 2 grupos);
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Construção da história partindo de todas as ideias recolhidas nas fanzines e construção de Storyboard;
Regresso à sala de aula para apresentação da história final, com construção de ilustrações e materiais para o livro através da criatividade expressada pelos alunos;
Convida-se um ilustrador e faz-se a junção dos materiais produzidos pelos alunos e pelo ilustrador. Paginação e definição do livro.
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A turma avalia e ouve a sua história narrada pela contadora de histórias;
Revisão pedagógica (Professora); Revisão gráfica e metodológica (ANIME.PAF);
A turma e equipa de projeto montam uma exposição de todo o processo criativo. A turma apresenta a história aos seus pares;
10 Publicação em E-book (Livraria digital) e Impressão print-on-demand.
rafael r.
Nair
ALÍCIA
rafael cruz
catarina correia
Professora patrícia
helder
mafalda
Iris
renato
eva tomás
nuria
leonor
Gonรงalo
martim daniela
beatriz
catarina canoa
malik
fรกbio
bernardo
Maria joรฃo
mariana janiel
guilherme
Mรณnica