Sesimbra | Redes de Paixão | booklet

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FICHA TÉCNICA 2 Título: SESIMBRA | Redes de Paixão Coordenação: Patrícia Reis Autores: João Araújo | Maria Emília Crespo | Basiliza Lobo | Helena Fernandes | Isabel Silva | Casimira Nunes | Maria Gabriela Nunes | Dália Garcia | Rosa Menezes | Júlia Rosa Pinto | Maria José Borges | Adelina Mendeiros Pedro | Delmina Pinto | Joaquim Penim Revisão: Paulo Pires Música e Sonoplastia: André Cabaço Som: Pedro Costa Luz: Mário Marinheiro Apoio: Hasmig Danielian Grafismo e Paginação: Fernando Pinto

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© Esta brochura é parte integrante do Workshop SESIMBRA | Redes de Paixão, estando reservados todos os direitos de publicação em Português e da tradução para todas as línguas. Proibida da reprodução ou transcrição de qualquer parte do texto e imagem por qualquer meio, mecânico ou eletrónico, incluíndo fotocópia, sem o consentimento do editor.


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IARA Nos anos 50 do século passado, tinha 10 anos, o meu pai teve um pedido de um amigo para que recebesse e apoiasse uma família brasileira que vinham a Portugal tratar de negócios, mas também conhecer o nosso país. À chegada do navio que trazia a dita família, o meu pai, a minha mãe e eu estávamos para a receber. A família era o pai, a mãe e os três filhos, donos de uma fábrica no Rio de Janeiro. A filha mais nova era a Iara, que tinha a minha idade. Nunca tinha estado perante gente tão distinta. O meu olhar fixou-se muito na Iara e pelo que eu sentia também o olhar dela se fixara no meu.

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Enquanto os pais tratavam dos negócios em Lisboa, desfrutei de um convívio muito agradável com a Iara. Nunca tinha tido um convívio com meninas. Na escola eram só rapazes, nas brincadeiras as meninas não brincavam com os rapazes. Estava a ter a sensação agradável da companhia de uma menina, prestes a ser minha namorada. As coisas complicaram-se, um mês depois ela voltava para o Brasil. Como podia chegar perto dela? Propus-lhe que escrevêssemos um ao outro e assim aconteceu durante 4 anos. Um dia senti que estava apaixonado, sem ninguém saber, fui ao consulado do Brasil em Lisboa informar-me das possibilidades de poder ir ao Brasil. Sem uma autorização paternal e sem dinheiro, não era possível ir ao Brasil. Passei a escrever-lhe sobre assuntos menos infantis e ela respondia com opiniões que revelavam ideias que eu considerava muito boas, mas, eram opiniões que em Portugal, pelo menos à minha volta, eram muito censuradas. Pensei, o mundo onde ela vive é diferente do meu! Tomei uma decisão, acabei com a paixão! Cada um seguiu o seu caminho. Entre outras paixões, está registado na minha memória este caso de paixão. João Araújo


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CARTAS DE AMOR A história que vou contar de uma grande paixão, teve início no ano de 1929. Era uma vez um belo rapaz, de olhos azuis, sedutor, elegante, de boa linhagem, que não passava despercebido aos olhares das moças da terra onde vivia. Facilmente se apaixonavam por ele. Ora uma, ora outra, foi namorando ao longo de alguns anos, até que um dia, os seus olhos cruzaram-se com uns olhos verdes duma moça muito bonita, faces rosadas, muito jovem, e daí surgiu a maior paixão da vida de ambos. Porém, por vários motivos, entre eles a diferença de idades (ele com 24 e ela com 16 anos) juntamente com a fama de namoradeiro, contribuíram para que esse amor fosse contrariado pela mãe da jovem. Represálias, castigos e maus tratos a que foi sujeita, tudo suportaram pela paixão incondicional que nutriam um pelo outro. 6 Amor esse correspondido, mas à distância de umas lindas cartas cheias de amor e paixão ainda hoje guardadas religiosamente. Ao fim de muito sofrimento, a mãe da jovem compreendeu que o amor daquele jovem era sincero. Decorridos nove anos de namoro às escondidas, trocando cartas e bilhetinhos com a cumplicidade de uma amiga de ambos, chegou o dia 29 de Novembro de 1936 em que perante Deus uniram os seus corações. Dessa união brotaram duas flores, uma felizmente ainda presente, a outra (meu saudoso irmão), repousa na paz dos anjos. Estes 47 anos de amor, de que sou testemunha, terminaram com o falecimento desse adorado jovem há 31 anos, e decorridos 16 anos da outra protagonista desta história verídica, dedicada, mãe e esposa. Esta é a história de uma paixão persistente e grande exemplo para muitos, que não podia deixar de partilhar. Maria Emília Crespo


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CRIANÇA, MULHER, ESPOSA, MÃE E AVÓ Era uma vez uma criança que nasceu pobre, mas com muito amor. Com irmãos para brincar, eram todos muito felizes. Não havia brinquedos porque os pais não podiam comprar, mas as crianças não ficavam tristes por isso. O pai era pescador e a mãe trabalhava no campo e ainda fazia costura na sua máquina, em roupa de senhora e de homem. A criança cresceu e foi para a escola. Era inteligente, dizia a professora, mas essa criança tinha uma amiguinha rica, pouco inteligente e a menina pobre ensinava-lhe os trabalhos de escola. Quando terminaram a primária, a pobre foi para casa e a sua amiguinha foi estudar. A pobre aos 11 anos começou a trabalhar em casas conhecidas, as mães iam para o campo trabalhar e ela ficava a toar conta dos seus filhos e a fazer a lida da casa.

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Aos 15 anos foi servir para casa de uns senhores em Cacilhas, onde foi sempre bem tratada. A senhora tinha dois meninos que andavam na escola, as quais a jovem ensinava os trabalhos de casa. Um dia a senhora disse-lhe: “Pequena, erraste na profissão! Tens muito jeito para professora.” À qual respondeu que gostaria de ser, mas os pais não lhe puderam dar essa oportunidade. Depois de algum tempo, a mãe da jovem adoeceu, ouve um irmão que lhe pediu para se ir embora. Entretanto a senhora arranjou outra jovem para o seu lugar. A jovem encontrou outra casa no Seixal, também de um casal impecavel. A jovem saiu de lá quando estava quase para casar. Pouco tempo após a sua partida, ambos os elementos do casal vieram a falecer, deixando a jovem muito triste, pois ambos se tinham oferecido para serem os seus padrinhos de casamento. A jovem sofreu muito com esse desgosto pois gostava muito dos senhores como se fossem da sua família. Passado algum tempo foi visitar os senhores onde tinha estado no início, para lhes dizer que se ia casar. A senhora ao saber que a jovem não tinha padrinhos, disse-lhe: “Não te preocupes!” Eu e o meu marido seremos os padrinhos. E assim aconteceu. A jovem tinha 22 anos quando casou, foi muito feliz no casamento foram sempre um casal amigo, nasceram dois filhos, uma menina e um menino, hoje também casados, têm uma neta e um neto e foi assim… criança, mulher, esposa, mãe e avó, enfim uma família sempre muito unida. Há dois anos e meio o marido faleceu, e ela tem sofrido muito durante todo este tempo, mas a vida é assim mesmo, temos que estar preparados para todas as situações que surgem, ainda que sejam difíceis. Basiliza Lobo


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CASTELOS DE AREIA

Chegou com a brisa quente de uma tarde de verão, no meio de searas douradas cujas folhas ondulantes ao sabor do vento sussurravam baixinho promessas inocentes, delicadas e puras de amor. O coração despertou para aquele olhar, para aquele sorriso, para aquele amor inocente da idade. 10

Foi tudo tão novo, uma felicidade simples e sincera. Sonos perdidos em pensamentos, em descoberta de tantos significados. Que bom era estar juntos perdidos em fantasias do primeiro amor. Tantos castelos de areia, tantos sonhos que acabaram perdidos no ar. Um amor vivido, em idades muito jovens, com presente mas sem futuro, mas que de alguma forma marcou e cuja memória não esquece. Helena Fernandes


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JANELA DO PRÉDIO AO LADO

A minha primeira paixão, tinha eu 12 anos, por um vizinho do prédio ao lado do meu. Morávamos em Lisboa no 1.º andar da Rua D.ª Estefânia. Na altura, uma rua muito barulhenta, para além dos carros, estavam constantemente a passar os eléctricos e autocarros. 12 No verão, se tínhamos a janela aberta não conseguíamos ouvir a televisão… E esta paixão durou muito pouco tempo, precisamente pela rua ser tão barulhenta! Nós falávamos, eu à janela e ele na rua, como em tempos muito antigos. Ou gritávamos ou não ouvíamos nada. Claro que a paixão durou pouco tempo. Isabel Silva


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DUPLA PAIXÃO Naquele dia iria conseguir ouvir pela primeira vez, aquela minha paixão sozinha… Ele chegou e pediu-me se podia partilhar este momento comigo e em silêncio ambos apreciamos cada nota. No fim, olhamos um para o outro e abraçamo-nos de forma tão intensa, que no mesmo dia tive dois momentos únicos. Fado: “Ser fadista foi meu sonho Mas não foi esse o meu fado Deus traçou-me outro destino Cheio de amor e carinho Fui cantar para outro lado Abandonei a guitarra Despedi-me e fui pra longe 14

Deixei tudo o que gostava Pra responder à chamada Pois meu destino é ser monge As saudades que eu senti Descrevê-las bem não sei Pois esta vida de luz Que à verdade nos conduz Vale bem o que deixei Não choram pelo meu fado E de mim não tenham dó Sou feliz e só por isto Entreguei-me todo a Cristo Nunca mais me senti só” Autoria: Frei Hermano da Câmara Casimira Nunes


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RIDÍCULAS Um sentimento avassalador que, quando aparece, quase sem darmos por isso, faz-nos fazer e dizer coisas racionalmente impensáveis. Dizemos e escrevemos palavras sentidas, escrevemos cartas de amor, por vezes sem as enviarmos, ridículas…! Talvez melhor para as definir, o poema de Fernando Pessoa…Todas as cartas de amor são ridículas.

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“Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas. Álvaro de Campos, in “Poemas” Heterónimo de Fernando Pessoa” Maria Gabriela Nunes


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SENTIMENTO INTENSO A minha definição de paixão é de que, é um sentimento intenso que deixa a pessoa totalmente enlouquecida pelo outro, e a atração muitas vezes acaba por falar mais alto do eu, a razão é algo momentâneo que jamais durará para sempre. A paixão pode cegar, o apaixonado perde a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio, de tal maneira que fica encantado e deslumbrado, e só vê qualidades no outro. O resto do mundo não existe e isso claro que não pode durar para sempre. No meu conceito, porque é que alguém se apaixona? Porque precisa de se sentir vivo. As pessoas geralmente apaixonam-se quando estão insatisfeitas consigo mesmo e com as outras.

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É nessa situação, que uma paixão faz a pessoa sentir que está a viver intensamente. A pessoa deseja uma nova energia vital. A paixão toca no que existe de mais profundo na excelência de cada um. É uma autoterapia excelente e um antidepressivo muito eficaz. Porém, com a convivência a pessoa vai deixando de ser tão cega e passa a ver os defeitos e as qualidades da pessoa amada. Aí diminui a emoção, então dizemos que acabou a paixão e sobrou, quando sobra é o AMOR. O Amor esse sim um sentimento duradouro e verdadeiro, que dificilmente acaba. O Amor é um bem mais sério que a paixão, pois na maior parte das vezes dura para toda a vida. O Amor é cumplicidade, confiança, fidelidade e ternura Dália Garcia


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AMOR INCONDICIONAL

Pai, tu foste a bondade em pessoa, foste o meu professor, orientador, mostraste-me o caminho do bem ser e da mentira, sempre filtravas a verdade, obrigaste-me a ser justa comigo e com o próximo. Pai, tu foste o meu herói, amigo fiel, um companheiro de viagem, fonte de amor, esperança e sabedoria. Eu vejo-me no teu espelho e carrego nos meus ombros a tarefa de seguir o trilho que me ensinaste, escrevendo o teu nome em tudo por onde eu passo. Manuelinho das Graças era o teu nome, conhecido pelos amigos e familiares, porque em tudo rimavas com graça, até mesmo nos dias acinzentados… 20

Com três letras apenas (Pai) é tão grande a saudade que existia dentro de mim. Foi difícil recomeçar tudo de novo depois de teres partido. Pai, eras a minha outra metade e quando nos deixaste, senti-me perdida, solta no tempo e no espaço, insegura e muito triste. Procurei ouvir a tua orientação em silêncio… e segui os conselhos que me davas, assim prossigo hoje a minha vida com um vazio de um abraço… Pai, obrigada pela vida, por ti existo, trago no sangue e no nome, pedacinhos verdadeiros, símbolos de amor e de carinho que fazem parte do meu ser… Sempre tua filha… Rosa

Rosa Menezes


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DO IMAGINÁRIO, A FICÇÃO CRIA A REALIDADE

“…a chuva caía… ping… ping… ping…amena mas persistente, recordo as nossas mãos unidas, nossos corpos entrelaçados… ao ping… ping… ping… da chuva, juntava-se o murmúrio suave da nossa respiração e o bater, por vezes acelerado dos nossos corações… tão bom!… mas, já em nós se tinha ateado o fogo da paixão, porém…como por encanto naquele momento, os sentimentos eram já de quietude, de doce embalo de dois corpos tornados num, e duas almas numa somente… e adormecemos!!!”

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Hoje, acordei com a chuva a cair de modo idêntico… ping… ping… ping… porém não ouço a tua respiração, não sinto o teu corpo atravessado… Ah! Esqueci por instantes, que já me habituei a fingir que te tenho junto de mim, na forma desta que foi o teu travesseiro, ele marca a tua presença… falo contigo e tu respondes-me ao bom dia, com que esta manhã quer saudar-te meu amor… como mais logo ao adormecer espero dizer-te: boa noite… dorme bem… mas antes que esse momento chegue, quero confidenciar-te que ainda espero e desespero pela tua presença… real, autêntica… mesmo sabendo que não voltarás… desse lugar ninguém volta… e desespero. Pergunto ao silêncio: porque tem de ter o travesseiro a tua forma?… porque tenho de fingir que é a ti que abraço?… onde estás?… onde está teu corpo que tanto desejo?… és sonho ou realidade?… é matéria ou tão somente um espírito vagueando no silêncio da noite… das noites… em que acalentas meus sonhos meus pesadelos, meus anseios, minha ilusão, minha desilusão, minha saudade… Oh! Quanta saudade… saudade que espero, termine em breve, quando meu espírito já tão cansado, faça o meu corpo tombar inerte sobre o teu… na forma da teu travesseiro!!!” Poder-se-á então dizer: morre-se de paixão, mas a transformação já havia acontecido e assim, morre-se de amor e por amor… amor afinal, nascido da Paixão!

Júlia Rosa Pinto


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D. MARIA

“A minha paixão primária será? - Mulher ativa na sociedade; - Mulher que partilha conhecimentos; - Mulher que cedo sentiu o próximo;

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- Mulher que muito jovem cultivou, o teatro, a música, todas as expressões de arte; - Mulher que a vida impediu e condicionou numa maior participação e exteriorização; - Mulher que quer enquanto viver, aproveitar todos os momentos de prazer. “Nasci menina e menina hei-de ser muito ladina enquanto não for mulher e nesse dia hão-de ver quem hoje é pequenina Maria dona Maria José.” Maria José Borges


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A VIDA O que será a paixão? A paixão um sentimento comum a todos. E cada um sente as suas paixões de maneira tão diferente. Para mim também é diferente. A própria vida é uma paixão. É diário é por tudo que faço na vida. No que me comprometo é feito com empenho e dedicação e paixão. Desde muito nova tenho uma paixão que se perpetua, há tanto tempo que já não sei à quanto. E não é verdade que a paixão não dure para sempre. Dura sim de forma diferente, mais madura, mais calma… às vezes, outras basta um gesto, um momento e tudo recomeça bom e doce. Depois vem a paixão pela família, primeiro um, depois outro, e outro. Mais tarde, mais duas, dois anjos que são o renovar da vida o alento e a permanente felicidade. 26 Enfim, uma mãe de família “babada” e sempre apaixonada. Mas, e a paixão pela vida? De a sentir em todos os momentos e projetos. A minha vida profissional foi também tão intensa e gratificante que quando a terminei por opção própria, não tive a perceção de quanto amava o que fazia. Só depois senti o vazio e doeu não ter já aquela paixão. Fiquei sem rumo, fez-me tanta falta a convivência diária das minhas amigas, a adrenalina do corre corre… Mas como nada é eterno a paixão surgiu outra vez pelas mãos das minhas adoradas netas a Ana e a Maria Inês. São elas agora o motivo para continuar a saborear a paixão que tenho pelas minhas paixões.

Adelina Mendeiros Pedro


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O MAR

Como começar a identificar a palavra paixão, talvez um grande amor, por algo ou alguém. Para mim é por algo que me tranquiliza e me fascina – o Mar, essa imensidão de água que não tem fim! Quantas vezes, abro a janela da minha casa, olho para o mar que se encontra bastante bravo.

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Não me importo, porque é assim que gosto de lhe falar. Quando às vezes estou perante as suas ondas, bastante agressivas, mas elas para mim dão-me a resposta que necessito naquele momento. Não consigo imaginar-me a viver num lugar sem esta visão. Ele a olhar para mim, com respeito e tranquilidade, o mesmo que eu faço. Não quero que este nosso relacionamento acabe, porque cada dia necessito mais da sua presença. Cada onda ou maré sejam elas as mais fortes, são para mim as forças que tanto preciso. Delmina Pinto


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HOJE ONTEM E AMANHÃ

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Macambúzio, Cego e mudo Triste por não ver Nem ouvir O que a vida me tem dado Com tão pouco me pedir Enquanto retrato nestas linhas A tristeza que me invade Desperto-me no ver de quem passa E recordo com saudade… Jovens, Apaixonados, De mãos dadas e sorrindo, com carícias e um beijo Selam o que estão sentindo Hoje, ontem e amanhã Ardente paixão e amor… É o ciclo da vida a dois, É o tempo despreocupado, O início do provir E certo para construir. Enfim!… E não minto. Melhor me sinto. Joaquim Penim


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SINOPSE O espetáculo SESIMBRA | Redes de Paixão surge como resultado de uma oficina especialmente dirigida à população sénior do concelho, desenvolvida no Cineteatro Municipal João Mota.

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Ao longo de cinco semanas, cada participante partilhou as suas histórias de paixão e delas nasceu esta apresentação. O trabalho desenvolvido teve como objetivo permitir a intensificação do envolvimento do Cineteatro Municipal com a comunidade local, possibilitando também uma maior fruição cultural e um maior relacionamento com as artes performativas. Resulta de uma parceria entre a Anime – Projecto de Animação e Formação e a Câmara Municipal de Sesimbra. Cláudia Matos


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