Título uniforme um metadado esquecido que merece estar presente

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TRABALHO ORAL IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA Uso estratégico das tecnologias em informação documentária

TÍTULO UNIFORME: um metadado esquecido que merece estar presente em catálogos e bases de dados PACHECO, K. L.1 ALVARENGA, L.2

RESUMO Este artigo tem por objetivo focalizar o ponto de acesso título uniforme de registros bibliográficos, em seus aspectos teóricos e empíricos, abordando seu conceito, as funções, formação e o uso na recuperação de documentos em sistemas de informação. É abordada com uma maior ênfase a construção de títulos uniformes para documentos musicais, considerando os níveis de manifestação e expressão de acordo com o modelo conceitual FRBR (Functional Requirements for Bibliographic Description). Palavras-chave: Título uniforme. Ponto de acesso. Catalogação. Música – Documentos musicais.

ABSTRACT This article aims to study the uniform title, one of access point of document representation for information systems retrieval, considering theoretical and normative aspects, some attributes of its concept rules for construction and use. It is emphazised uniform titles for musical documents, considering their manifestation and expression levels, according to Functional Requirements for Bibliographic Description FRBR. Keywords: Uniform title. Cataloguing Access points. Music – musical documents

1 INTRODUÇÃO As

normas

destinadas

à

catalogação

de

registros

bibliográficos

contemplam os elementos necessários à representação descritiva dos mais diversos itens. Entre os pontos de acesso para os registros bibliográficos de documentos,


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encontra-se o título uniforme que é usado para recuperação de informações em catálogos e bases de dados documentais. Para muitos bibliotecários catalogadores os títulos uniformes são freqüentemente esquecidos, pouco usados ou até mesmo desconhecidos, talvez por serem considerados aspectos complexos e difíceis de identificação e construção de registro bibliográfico, até mesmo para aqueles profissionais que possuem considerável background na área do conhecimento do item a ser catalogado. De acordo com Koth (2008) o conhecimento do Anglo-American Cataloguing Rules, 2nd ed. (AACR2, 2002) e das Normas de Interpretação da Library of Congress (LCRIs) torna-se essencial para o entendimento e a compreensão do uso e dos princípios que regem os títulos uniformes. A familiaridade com o formato de entradas de dados bibliográficos e de intercâmbio MARC

(Machine

Readable

Cataloging)

também

é

importante,

devido

à

complexidade do campo (tag) e dos subcampos referentes a título uniforme. O capítulo 25 do AACR2 (2002) é todo dedicado às regras para formulação de título uniforme, sob as mais variadas situações. Este texto tem por objetivo focalizar a questão do título uniforme, sua definição, seus princípios, sua função e formação segundo as normas vigentes disponíveis, visando os catálogos online e proporcionando com seu uso um maior aperfeiçoamento no processo de recuperação de documentos em sistemas de informação, por parte dos usuários. Este artigo não cobrirá todas as regras descritas no código, mas as regras fundamentais que devem ser seguidas para sua formulação, introduzindo os bibliotecários que desejam se aprofundar no estudo e uso desse ponto de acesso, que permite um maior aperfeiçoamento dos catálogos, especialmente nas áreas da música e da literatura.

2 DEFINIÇÃO E USO A definição para título uniforme apresentada no glossário do Código de Catalogação Anglo Americano, 2ª edição (AACR2) envolve três concepções, descritas abaixo:


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“1. Um determinado título sob o qual uma obra pode ser identificada para fins de catalogação. 2. Um determinado título usado para distinguir o cabeçalho de uma obra do cabeçalho para uma obra diferente. 3. Um título coletivo convencional utilizado para agrupar as publicações de um autor, compositor ou entidade, compreendendo diversas obras, ou extratos etc.de diferentes trabalhos (p. ex. obras completas, diversas obras em determinada forma literária musical).” (CCAA2, 2002, Apêndice D-15)

O título uniforme proporciona meio para reunir num só local do catálogo todas as expressões e manifestações de uma mesma obra, quando esta obra tem título principal diferente nas publicações. Por esta razão, muitos autores consideram que o título uniforme é o melhor elemento identificador do registro bibliográfico de uma obra em particular, em um catálogo ou base de dados. Com o objetivo de uma maior compreensão dos títulos uniformes, cumpre que sejam ressaltadas definições dos termos obra, expressão e manifestação, de acordo com a filosofia dos Functional Requirements for Bibliographic Records, FRBR, proposta de estruturação de metadados descritivos, segundo o modelo entidade relacionamento. Obra consiste na idéia original, anterior à publicação, sendo a essência de um trabalho, trabalho propriamente dito de um determinado autor/compositor, independentemente de seu formato físico e da forma de seu conteúdo. Já a expressão é a realização de uma obra em formatos específicos (som, imagem, objeto, etc.) ou numa combinação de formatos. Por manifestação compreende-se a incorporação física da expressão de uma obra, o tipo de suporte da informação. Quando o processo de produção envolve mudanças na forma física do suporte da informação o produto resultante é considerado uma nova manifestação. O uso do título uniforme é opcional, segundo o AACR2 (2002). A decisão do uso é baseada em diversos fatores e é uma determinação que deve constar da política de catalogação da agência catalogadora. Na regra 25.1O do código de catalogação é indicado critérios que auxiliam na decisão sobre o uso do título uniforme. “1. o quanto a obra é conhecida. 2. quantas apresentações da obra estão envolvidas. 3. Se outra obra com o mesmo título principal foi identificada. 4. se a entrada principal é pelo título. 5. se a obra apareceu originalmente em outra língua. 6. o quanto o catálogo é usado para fins de pesquisa.” (CCAA2, 2002, 25-5)


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A decisão de uso do título uniforme como ponto de acesso na representação bibliográfica de documentos inclui tanto fatores intrínsecos à natureza da obra (por exemplo, se a obra é bem conhecida e quantas manifestações existem) quanto fatores relacionados ao uso e ao tipo de organização do catálogo (por exemplo, a intensidade do uso do catálogo ou se o título uniforme será uma entrada principal). Em sua obra Uniform titles for music, Koth (2008) afirma que tanto as regras 25.2 A do AACR2 quanto a norma correspondente no Library of Congress Rule Interpretations (LCRIs) sugerem a importância do título uniforme ser exibido em Catálogos Públicos de Acesso Online (OPAC). Após conhecermos a definição de título uniforme, estabelecida no principal instrumento de trabalho dos bibliotecários catalogadores, vamos resumidamente, verificar as funções e benefícios do titulo uniforme para os usuários.

3 FUNÇÃO De acordo com AACR2 (2002), regra 25.1A, os títulos uniformes podem ser empregados para os mais variados fins, tais como: “para reunir todas as entradas de uma obra, quando aparecerem apresentações diferentes (por exemplo, edições, traduções) dessa obra sob vários títulos; para identificar uma obra, quando o título pelo qual é conhecida difere do título principal do item que está sendo catalogado; para distinguir entre duas ou mais obras publicadas sob títulos principais idênticos; para organizar o arquivo.” (CCAA2, 2002, p. 25-5)

Como mencionado acima, o título uniforme tem por finalidade: ajudar o usuário a localizar diferentes versões de uma obra quando cada versão recebe um título diferente; ajudar a localizar todas as versões de um determinado título, mesmo quando há versões em idiomas desconhecidos pelo usuário. Exemplificando, a obra de Anne Frank, publicada sob vários títulos conforme sua versão: O Diário de Anne Frank; The Diary of a Young Girl; Anne Frank: the diary of a young girl; The Diary of Anne Frank. Estas obras poderiam ser reunidas, sob o título uniforme “Achterhuis”


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Neste caso, o título uniforme está em alemão, porque a referida obra foi publicada originalmente no idioma alemão. Com o título uniforme o usuário também pode ser conduzido a pontos do catálogo online onde ele poderá navegar por várias obras de um autor de um determinado título ou gênero, no caso de obras musicais (sonatas, sinfonias, quartetos, etc.) ou na literatura (contos, novelas, romances). Um outro exemplo, semelhante ao anterior que elucidaria de maneira mais clara esta situação seria quando um usuário deseja encontrar todas as versões das completas sinfonias de Beethoven, que são intituladas das mais diferentes maneiras (The Complete Symphonies of Beethoven, Nine Symphonies, ou Beethovens’s Sinfonies). Neste caso, ele digitaria, no momento da busca, apenas o termo “sinfonias” e o nome do compositor e conseqüentemente recuperaria todos os registros bibliográficos existentes no catálogo ou base de dados sobre as sinfonias completas de Beethoven. Ressaltando-se como um benefício suplementar para o usuário, podemos dizer que o uso do título uniforme poderá prover o usuário com outros termos de busca para sua pesquisa.

4 ENCONTRANDO UM TÍTULO UNIFORME Existem algumas situações em que o título de uma mesma obra pode sofrer variações: uma obra pode ser publicada com um determinado título, e mais tarde, em outra edição, pode ocorrer uma variação do título e a mesma obra ser publicada com um título diferente da primeira edição; uma obra pode ser publicada em diferentes países com o título traduzido para o idioma dos países de publicação; uma obra antiga que é reconhecida sob vários títulos diferentes. Em síntese, muitas obras podem se beneficiar do título uniforme para reunir suas mais variadas expressões e manifestações em um único ponto do catálogo, tais como: leis, manuscritos, tratados, obras sacras, traduções, escrituras e música. Torgerson (2004) sugere que o bibliotecário catalogador identifique o título uniforme de uma determinada obra, através de conhecimento adquirido em


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consultas a fontes de referência sobre a obra em questão e/ou sobre seus autores ou compositores. O catalogador também pode formar um título uniforme para uma obra, ou um padrão para um título genérico, observando os elementos descritos nos registros bibliográficos em catálogos ou bases de dados que tenham representação descritiva da obra em questão, ou do autor/compositor. No registro bibliográfico de uma obra, descrita de acordo com as regras do AACR2 e disponível em formato bibliográfico MARC é mais comum encontrar o título uniforme no campo 240. Também podemos encontrá-lo em vários outros pontos do registro bibliográfico como: a) junto à informação de título que segue um nome pessoal ou usada como um ponto de acesso de assunto no campo 600, subcampo “t”; b) no campo 610 subcampo k; c) no campo 630; d) adicionado entre os pontos de acesso, campo 700, subcampo “t”, campo 710, subcampo k e em raríssimos casos no subcampo t; e) podemos encontrá-lo no parágrafo 130 como entrada principal ou adicionado no campo 730. De acordo com Koth (2008) os campos 130 e 730 contêm titulo uniforme para obras únicas de autoria desconhecida; F) no campo 800 subcampo t contém o nome ou o título uniforme de uma série de forma diferente da encontrada na obra. No próximo tópico trataremos da criação do título uniforme, mostrando passo a passo a formação deste elemento tão importante na organização de catálogos, dando um maior destaque para o emprego do título uniforme em publicações de obras musicais.

5 CRIANDO UM TÍTULO UNIFORME Para formação do título uniforme devemos seguir as regras preconizadas no capítulo 25 do Código de Catalogação Anglo Americano. Neste artigo daremos destaque para as regras mais essenciais. Primeiramente o título uniforme deve ser registrado entre colchetes, indicando uma interpolação, ou seja, dados obtidos fora da fonte de informação prescrita, conforme a regra 25.2 A. O software utilizado pela agência catalogadora poderá incluir automaticamente os colchetes na exibição do registro bibliográfico em seu OPAC.


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Compositor: Chopin, Frédéric, 1810-1849 Título Uniforme: [Valsas, piano, op. 69. N. 2] Título do item: Valse in B minor, op. 69, n. 2 O artigo inicial deve ser eliminado do título, regra 25.2C1. Consultar sempre o Apêndice E - Artigos Iniciais do AACR2 para esclarecimentos de dúvidas de artigos em vários idiomas. Para obras produzidas após 1500 a forma escolhida para o título é a que se tornou conhecida, através de suas diferentes apresentações ou de fontes de referência, regra 23.3 A. E se não houver, na língua original, nenhum título consagrado, ou em caso de dúvida, use o título principal da edição original, conforme instrução da regra 25.3B. Compositor:

Mozart, Wolfgang Amadeus, 1756-1791

Título Uniforme: [Don Giovanni] Título do item: Il dissoluto punito, ossia, II Don Giovanni Para obras publicadas simultaneamente na mesma língua com dois títulos diferentes, a escolha é a forma usada no título da edição publicada no país da agência catalogadora, ou o título da edição recebida em primeiro lugar. (ver regra 25.3C1). Podem ser usados vários acréscimos especiais nome, data, ou qualificadores de idioma para distinguir uma forma de título de um título diferente que tem conteúdo idêntico. Instruções detalhadas na regra 25.5. Coleção de leis use o título [Leis, etc.], enquanto que para atos legislativos individuais, sobre a mesma matéria use o título oficial (ver regras 25.15). No caso de tratado e/ou outros acordos entre duas partes use o título uniforme [Tratados, etc.]. Se no tratado, em questão, existir somente uma parte do outro lado, acrescente o nome da parte e a data de assinatura. Um tratado com quatro ou mais partes use o nome pelo qual ele é mais conhecido (regras 25.16). Numa escritura sagrada de uma religião, o título uniforme será o mais conhecido e usado nas fontes de referência daquela religião (ver o detalhamento e os acréscimos nas regras 25.17 e 25.18). As instruções para formação de título uniforme para obras musicais com títulos individuais ou coletivos assim como seus acréscimos estão descritas nas regras 25.26-25-35 do AACR2 (2002). Koth (2008) ressalta que considerando a natureza das publicações de música, geralmente é necessário o emprego do título uniforme em seus registros bibliográficos, pois, entre os meandros da prática os


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achados nas publicações e nos registros musicais nem sempre estão completos, ou ainda contém informações enganosas ou incoerentes. Para melhor compreensão, podemos citar os casos em que uma obra musical é extraída de uma maior (por exemplo, uma ária de uma ópera), ou obras que foram arranjadas para um meio de expressão diferente da intenção original do compositor, estas informações geralmente, não estão indicadas em nenhuma parte da publicação. Em publicações de obras musicais, não é rara a publicação conter como título somente o nome da forma de composição sem outras palavras que identifiquem melhor a obra. É importante lembrar que o processo de catalogação inicia-se com a identificação da obra. Títulos uniformes são geralmente necessários para todas as formas de composição musical (concerto, sinfonia, trio sonata, cantata), para todos os tipos de composição (capricho, intermezzo, noturnos), para termos comumente usados (movimento, peça), para música de câmera (trio, quarteto, quinteto). Estes títulos são considerados genéricos e são representados no plural. É o que ocorre na maior parte da música sinfônica e de câmara e em outros gêneros, principalmente os de música instrumental. Neste caso, o termo genérico é sempre acompanhado de elementos especificadores (instrumentação, identificação de número, escala, tonalidade, indicação de partes, etc.) tantos quantos forem necessários para que associadas ao mesmo autor, não possa haver duas obras com o mesmo título uniforme. Compositor: Rachmaninoff, Sergei, 1873-1943 Título uniforme:

[Concertos, piano, orquestra, n. 2, op. 18, dó menor]

Título do item:

Piano concerto n. 2, in C minor, op.18

Títulos distintos geralmente não são qualificados por meio de expressão, numeral, ou escala e tonalidade. É importante e necessário, o bibliotecário catalogador saber distinguir entre títulos genéricos e distintos. O título distinto é baseado no título original da obra dado pelo compositor, isto é um título específico atribuído à obra como um nome ou uma frase. É o que acontece sempre nas óperas, mas também em outros gêneros, principalmente os de música vocal.


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Compositor: Mozart, Wolfgang Amadeus, 1756-1791. Título uniforme:

[Zauberflote]

Título do item:

The Magic flute : an opera …

Compositor: Handel, George Frederic, 1685-1759. Título uniforme:

[Messiah]

Título do item:

Messiah : a sacred oratorio …

Koth (2008) apresenta os três principais passos para a formação do título uniforme em música. O primeiro passo é determinar o título original da obra atribuído pelo compositor na língua em que foi apresentado (regra 25.27 A1). Smiraglia (1997) recomenda consultar índices temáticos e listas de obras em enciclopédias especializadas em música compostas antes de 1800 para determinar o título original de uma composição. O dicionário GROVE (The New Grove Dictionary of Music and Musicians), o MGG (Musik in Geschich und Gegenwart) e a base de dados RILM (Répertoire International de Littérature Musicale) podem ser ferramentas de pesquisa muito úteis nesta fase. O processo de pesquisa para estabelecer o título original de uma composição é uma oportunidade para o bibliotecário catalogador encontrar outras informações que podem ser úteis na formação do título uniforme. O segundo passo compreende o isolamento do elemento inicial do título, conforme a definição apresentada no glossário do AACR2. “A palavra ou palavras selecionadas do título de uma obra musical e colocadas em primeiro lugar no título uniforme dessa obra. Se, de acordo com as regras, não forem necessários acréscimos ao elemento inicial do título, ele se torna o título uniforme da obra.” (CCAA2, 2002, p. D-4)

Para isolar o elemento inicial do título devem-se retirar os termos, meio de expressão, escala e tonalidade, números identificadores, instrumentação (que pode estar implícita ou explícita no título), data da composição, que geralmente são encontrados em títulos de obras musicais, tal como a seguir exemplificados: 1 st string quartet in D major for 2 violins, viola & violoncello, opus 11 (1902) Elemento inicial do título: Quarteto


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O terceiro passo consiste na análise do elemento inicial do título, verificando seu caráter de generalidade ou especificidade. Existem recursos que nos permitem determinar se o elemento inicial do título é uma forma de composição, tais como: O manual “ Types of Compositions for Use in Music Uniform Titles : A Manual for Use with AACR2 Chapter 25” do The Bibliographic Control Committee of the Music Library Association , disponível online e em enciclopédias e dicionários de música. Se houver necessidade de se fazer remissivas no catálogo ou base de dados torna-se necessário consultar as regras do capítulo 26 do AACR2. Neste capítulo, regras gerais 26.1A, recomenda-se que ao elaborar as remissivas o bibliotecário catalogador deve observar que: “a) existe uma entrada no catálogo sob o cabeçalho de nome ou de título uniforme para o qual deve ser feita a remissiva e/ou do qual deve ser feita uma remissiva ver também. b) existe um registro de cada remissiva sob o cabeçalho do nome ou do título uniforme ao qual remete, a fim de tornar possível a correção ou supressão dessa remissiva.” (CCAA2, 2002, p. 26-2)

As regras específicas para remissivas de título uniforme são as 26.4. As remissivas mais comuns feitas para título uniforme são as remissivas “ver” das formas variantes de título ou títulos diferentes.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em linhas gerais a formação do titulo uniforme obedece a dois princípios fundamentais: a) o título uniforme é sempre aquele que foi atribuído pelo autor/compositor, na língua original, ainda que a obra seja conhecida por outros títulos ou pelo mesmo título, mas em outra língua; b) o título uniforme é sempre o da obra, mesmo se tratando de uma tradução, ou em obras musicais transcrição, arranjo ou redução. Pretende-se que o mesmo título uniforme seja o cabeçalho que agrupe todas as expressões de uma mesma obra. É importante salientar que o título uniforme não tem como objetivo descrever ou explicar qualquer aspecto de uma obra, mas apenas e somente identificá-la de forma unívoca.


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REFERÊNCIAS CÓDIGO de catalogação anglo americano. Preparado sob a direção do Joint Steering Commitee for Revision of AACR. – 2. ed. rev. 2002. São Paulo: FEBAB, 2004. KOTH, Michelle. Uniform titles for music. Toronto: Sacarecrow, Music Library Association, 2008. KRANZ, J. The music uniform title: sources for the novice cataloger. Cataloging & Classification Quarterly, 1988, V. 9 n. 2, p 73-80. LÖNN, Anders. Thematic catalogue numbers in music uniform titles: an international comparison. Fontes artis musicae, v. 35, n. 4, p. 224. ISSN: 0015-6191. Oct-Dec, 1988. MARC 21: format for bibliographic data: including guidelines for content designation. Prepared by Newwork Development and M/arc/standards Office. Washington, DC: Library of Congress, 1999. SMIRAGLIA, Richard P. Describing music materials: a manual for descriptive cataloging of printed and recorded music, music videos and archival music collections: for use with AACR2 and APPM. 3rd ed. / rev. and enlarge. with Taras Pavlovsky. Lake Crystal, Minn.: Soldier Creek, 1997. SMIRAGLIA, Richard P. Shelflisting music guidelines for use with the Library of Congress classification: 2nd ed. Middleton: Music Library Association, 2007. 48 p. SMIRAGLIA, Richard P. Uniform titles for music : an exercise in collocating works. Cataloging & Classification Quarterly. v. 9, 1989, p. 97-114. TORGERSON, Rick. The uniform title: an unsung hero. Mississippi Libraries. v. 68, n. 4, Winter 2004, p. 113-115. WISE, Matthew W. – Principles of music uniform titles: a brief introduction. 1995. Disponível em: <http://www.music.indiana.edu/tech_s/mla/ut.gui>. Acesso em: 30 fev. 2008.

__________________ 1

Kátia Lúcia Pacheco, Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais, Especialista em organização da Informação em Contextos Digitais e Bibliotecária da Escola de Música da UFMG, katialp@ufmg.br. 2 Lídia Alvarenga , Professora Associada da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais, com atuação no PPGCI na área da representação descritiva e temática da informação, lidiaalvarenga@eci.ufmg.br.


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