Lolete

Page 1


2


Das lacunas existentes nas revistas de beleza, emerge a Lolete: que preenche com cores e formas reais o cotidiano dxs nossos leitores. Muito além de um projeto acadêmico, surge como um grito de demanda por um espaço que expresse uma verdade libertadora, e que acolhe os desencontros com os padrões estéticos praticamente inalcançáveis. Com muito bom humor, nossa missão é a de possibilitar um ato de sanidade diante de uma sociedade que já se acostumou a exigir demais dos outros: o ato do amor próprio. O tema aqui é a beleza, mas transborda o livre arbítrio, o amor próprio e o bom humor: a necessidade de questionar e de verificar na vida real aquilo que é demonstrado pela mídia, reflete a importância de uma revista como a nossa, que permite uma identificação - e não uma tentativa de adequação - á tudo aquilo que faz parte do nosso público: a sua singularidade.

Alessandra, 1 anos Ana Carolina,1 anos Hécate, 1 anos 9

Lucas, 1 anos 9

9

9

Mariana, 22anos Maria Alice, 20 anos 3


o i r á m uS

4

EcoCiente

PodeRosa 12 Floral

10 Meditação

20 Faça sua hortinha

16 Coletores menstruais

14 Dietass veganas vegan

BemStar

8 Cabelos brancos

6 A beleza de cada corpo pg


5

5 54

Psicodália

58

Gaudí no Brasil

56 5

Lollapalooza

Que se fúcsia!

38 Garotas ao mar

34 Adeus ao alisamento

30 Tipos de cabelo e cuidados

26 Granny hair

24 Poder afro

Azueira

51 Empreender e emponderar

49 Luta como uma garota

46 Desigualdade de gênero na moda

43 Negras na música brasileira

40 Irmandade entre ntre garotas

Rapunzel


PodeRosa

A Z E L a BE orpo c a d a c de

S

e cada pessoa é única no mundo, e absolutamente nenhum corpo é igual ao outro, por que as revistas de moda e a publicidade não se cansam de tentar nos vender um modelo de corpo ideal e inatingível para a maioria da população? E foi pensando em celebrar essa diversidade que a modelo britânica Charli Howard, expulsa da sua agência por ser grande demais para os padrões de beleza, junto com a também modelo Clementine Desseaux, criou o maravilhoso “Projeto Todas as Mulheres” (“All Woman Project”), onde exalta a beleza de cada corpo feminino, seja ele como for. “Todas nós temos defeitos e imperfeições, mas isso não nos faz mais ou menos bonita. Os nossos atributos físicos não define quem somos, mas sim nossa força e caráter!”, disse Clementine. Fazem parte do projeto mulheres de todos os tamanhos, cores e formas, que posam para a câmera sem nenhuma vergonha de assumirem seus corpos cheios de curvas e histórias, mostrando que são exatamente estas diferenças físicas que nos tornam únicos e especiais.

6

˜Todas nós temos defeitos e imperfeições, mas isso não nos faz mais ou menos bonita. Os nossos atributos físicos não definem quem somos, mas sim nossa força e caráter! disse Clementine.


PodeRosa

7


PodeRosa

o t i e r i d o l pe

s o r i m u s de as

s o c n a r b s o l e b E ca D A D I RTA A

O P M I O NÃ

F

oi-se o tempo em que cabelos brancos eram sinal de descuido ou velhice. Cada vez mais mulheres de variadas idades estão assumindo seus fios como eles são, dizendo adeus à tinturas e tonalizantes. Esse processo de transição geralmente se dá após a falta de identificação com cabelos opacos e sem vida, que vão se tornando cada dia mais danificados após tanta química. Foi o caso da paulista Elisa Colepicolo, que relatou à página Tenho cabelos brancos, e daí?, uma comunidade de apoio online às grisalhas,

8

sobre como foi abandonar a visita ao salão a cada 15 dias para dizer sim aos seus fios naturais: “Comecei a ter cabelos brancos aos 16 anos – e com os tonalizantes também. Aos 26 comecei a notar que tonalizar já não era fácil, e passei para a tintura. Aos 32 estava com o cabelo manchado, tendo que fazer retorques a cada 15 dias, sem cachos, danificado, triste. Odiando esse processo e curiosa sobre a situação real do meu cabelo (que mal lembrava que cor era), aproveitei um corte curtinho que fiz para experimentar ser natural.


PodeRosa O máximo que poderia acontecer seria eu não gostar e, 40 minutos depois, estar tingida de novo. Em 2014 me libertei da tinta e, pra registrar o processo e dar referência em português (uma raridade na época) pra outras mulheres na mesma situação, criei o blog Projeto Gris. Lá se vão 2 anos. Nunca mais tingi, tonalizei e nem sequer cortei meus cabelos. Eles voltaram a ter brilho e forma, como há muito não acontecia. Eu voltei a ter paz com meus cabelos e, depois de um longo processo de aceitação (lutando contra toda a pressão social da beleza padrão), hoje não consigo mais me imaginar diferente. Me sinto linda assim! E incentivo todas as pessoas que me perguntam. Assuma! Seja você! Seja feliz!”. O depoimento de Elisa fez sucesso, e além de inúmeras curtidas e compartilhamentos, veio acompanhado de muitos outros desabafos nos comentários: “Os meus estão assumidos brancos desde 2010! Aguentei a pressão e não me arrependo! Os meus brancos apareceram por volta dos 12 anos!” – relata Helena Leardini, integrante do Projeto Gris. “Cansei de tirar a originalidade do meu cabelo. Assumi de vez os brancos, que já amava. Parabéns a todas nós que aguentam com todo orgulho, as críticas amargas e até acho, meio invejosas. Pois pra isso temos que ter personalidade forte, que acredito que quem critica, não tem!” – Cláudia Rogéria Moura, integrante do Projeto Gris. Apesar de tanto apoio, a resistência e o preconceito com os fios prateados ainda é grande. Seja por pressão da sociedade, seja por falta de costume mesmo. O fato é que deve ser libertador não depender mais de tinturas e reconhecer seu cabelo como ele realmente é, do jeitinho que a natureza fez. Mas, se você não gosta dos seus fios assim, tudo bem. Vale branco, vale loiro, vale ruivo, vale castanho, vale preto, vale rosa e vale azul também. O que não vale é se tornar escrava de algo que não seja para agradar quem mais importa na sua vida: você!

‘‘Me sinto linda assim! E incentivo todas as pessoas que me perguntam. Assuma! Seja você! Seja feliz!”. 9


Bem Star

s o i c í f e n Os be da

meditação

H

á diversos estudos que relatam as alterações fisiológicas que ocorrem em pessoas que meditam. Além disso, ocorre um menor gasto de oxigênio pelas células do corpo, redução da frequência cardíaca e diminuição da condutância elétrica da pele (devido ao relaxamento). “Em resumo, podemos dizer que o ato de meditar provoca uma redução do metabolismo e assim ocorre uma pronunciada desaceleração do funcionamento do corpo”. Há ainda o aumento da concentração de dopamina, norepinefrina e serotonina (neurotransmissores), o que explica o aumento da sensação de prazer, motivação e energia após a prática da meditação transcendental. Isso acontece porque durante a prática da meditação a enzima telomerase (ligada ao sistema imunológico) tem sua ação intensificada. Entretanto, o responsável pelo estudo, Clifford Saron, alerta que a meditação sozinha não resolve. A prática é apenas um dos mecanismos usados pelo corpo para aumentar o bem-estar do indivíduo. E é esse estado que age diretamente sobre a atividade da telomerase nas células do sistema imunológico, que são as reais responsáveis por promover a longevidade nas células. Para chegar a essa conclusão, foram analisados 60 pessoas durante três meses. Trinta delas praticaram a meditação e as outras trinta, não. As taxas da telomerase se mostraram cerca de 30 mais elevadas naquelas que meditavam. Foram esses pacientes que apresentaram, ainda, um aumento na capacidade psíquica, como melhora na percepção de controle e atenção, além de diminuição da neurose ou de emoções negativas.

10


Bem Star como faz pra começar ?

Concentrar Concentrar deixa faz possível aproveitar seu tempo; quando relaxado, foque nos pensamentos que quer ter em mente.

Relaxar Relaxar é deixar sair a tensão e estresse, além de trazer o corpo e a mente à um estado de calma e paz.

Contemplar Contemplar é então a reflexão profunda interna, seus valores, seu mundo interior.

Perceber

Meditar

A percepção é quando a compreensão e o sentimento se encontram e se pode experienciar uma maior plenitude.

A meditação é o foco no pensamento e a lembrança da eterna identidade, o despertar em um estado maior de bem estar.

11


AzueiStraar Bem

e u q r po

tomar essências de

Floral? O O

s florais de Bach para ansiedade estão sendo bastante estudados atualmente, muitos pesquisadores sérios de sistemas florais nacionais ou internacionais já estão atuando nesta linha de pesquisa. Lembrando que o caminho não é somente escolher alguns florais de Bach para ansiedade e tomá-los, isto é, fazer uso deles e obter o resultado. Os florais são ótimos para ansiedade desde que atinjam o sentimento ou emoção correta. A partir daí, que se inicia uma linha de tratamento mais apropriada. Por isso, que é sempre aconselhável a pessoa que sente ansiedade, procurar um terapeuta floral, para a identificação dos sentimentos em questão – desta forma, os estudos na área de ansiedade e terapia floral poderão ser mais positivos, validados e com feedbacks mais positivos por parte dos pacientes.

12


EcoBemCiStentaer O que é uma Essência Floral? As essências florais são extratos líquidos sutis, geralmente ingeridos via oral, usados para tratar questões do bem-estar emocional, do desenvolvimento da alma e da saúde do corpo-mente. As essências florais são preparadas a partir de flores silvestres coletadas no auge da florada da planta, nas primeiras horas da manhã quando ela ainda está cheia de orvalho, em locais na natureza onde as forças elementais se encontram intactas e, por isso mesmo, tornam-se mais potentes/poderosas.

Como atuam? Quando você utiliza uma essência floral, ela mobiliza em você a consciência dos dons e potenciais que necessitam ser desbloqueados, despertos ou fortalecidos. Atuam nos campos vitais, no corpo etérico, emocional, mental e na conexão com nosso Eu Espiritual.O ser humano não é apenas corpo físico. Possui corpos denominados “sutis”, feitos de substância energética não detectável por nossos equipamentos e instrumentos de medição e constituídos de uma espécie de “matéria” de frequência vibratória mais alta do que a que constitui o corpo físico.As essências Florais trabalham neste campo sutil, e são uma poderosa ferramenta utilizada na medicina vibracional, e a energia das plantas e flores é usada para trabalhar os níveis da consciência, ora transformando condições desarmoniosas (medo, raiva, ressentimento, culpa), ora ampliando as condições positivas (aumento da auto-estima, da criatividade, da alegria, da cooperação). As essências florais de Bach se enquadram nas que trabalham as condições negativas. Embora trabalhem no campo sutil, elas causam impacto energético também no corpo físico e podem ser usadas como auxiliar no tratamento das doenças físicas, sem que, no entanto, os tratamentos médicos ou psicoterapêuticos sejam dispensados. Na nossa anatomia sutil há o chamado “fluido etérico” – parte do corpo etérico que rodeia cada célula do corpo físico e que leva/mantém a ener-

gia vital nas células. É nesse fluido etérico que se fixa a essência floral, possibilitando o impacto a nível celular no corpo físico.Pesquisadores do Institut fur Umweltmendizin und Krankenhushygiene Universitatsklinikum (Freiburg, Alemanha, 2001) estudaram a eficácia de uma combinação de essências florais de Bach para ansiedade, mediante uma investigação

Cada vez mais, peritos médicos concordam que uma mente saudável garante realmente um corpo saudável. Os Florais de Bach podem ajudar a controlar os sentimentos e aproveitar melhor a vida. randomizada, controlada por placebo, usando-se duplo-cego, cruzamento de dados e grupos paralelos.A ansiedade foi monitorada empregando-se um questionário padronizado e validado para testes de ansiedade (uma versão germânica do TAI: Test Anxiety Inventory. Cinquenta e cinco pessoas completaram o período de estudo e seus dados foram analisados e considerados válidos. Não houve diferenças significativas entre os grupos, porém observou-se um decréscimo marcante nos escores dos testes de ansiedade em todos os grupos. Os autores concluíram que embora diferenças estatisticamente significativas não tenham sido relatadas em comparação com o placebo, a mistura de essências florais de Bach mostrou-se marcadamente eficaz na redução da ansiedade, mesmo sem apresentar efeitos específicos, como foi explicado, após pesquisas realizadas pela Walach et al. e publicado posteriormente no Journal of Anxiety Disorders.

13


Eco Ciente o

O relatório “Impactos Ambientais de Produção e Consumo”, da ONU, apontou que adotar uma dieta vegana é a principal contribuição que os consumidores de países em desenvolvimento podem dar para o combate aos problemas ambientais do planeta.

Q 14

uando o assunto é resolver ou, pelo menos, minimizar os principais problemas ambientais que, hoje, preocupam todo o mundo, muito se fala em políticas de combate ao desmatamento ou em transição para uma economia de baixo carbono: medidas importantíssimas que dependem, sobretudo, de vontade política. Mas o que osconsumidores podem fazer no dia-a-dia para contribuir de verdade com a recuperação do planeta?

Responder a essa pergunta foi o objetivo dos pesquisadores do Pnuma – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que produziram o relatório “Impactos Ambientais de Produção e Consumo” e concluíram que mudanças na forma como os habitantes do planeta se alimentam e se locomovem no dia-a-dia podem fazer grande diferença e, até mesmo, definir o futuro da humanidade no século XXI - algo que a maioria não tem conhecimento sobre o potencial dessa ação.


Eco Ciente De acordo com o estudo, nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a atitude dos consumidores que mais prejudica o meio ambiente é o consumo de produtos agropecuários – sobretudo, carne e leite. Logo, o relatório recomenda uma dieta vegana para os habitantes dessas nações e garante que, desta maneira, contribuiríamos para questões como a preservação da água fresca do planeta, já que o setor agropecuário consome cerca de 70 do recurso disponível; o fim do uso de fertilizantes e pesticidas, que contaminam, aproximadamente,

nos países em desenvolvimento a atitude dos consumidores que mais prejudica o meio ambiente é o consumo de produtos agropecuários, como carne e leite

40 dos solos da Terra e, também, a água utilizada nas atividades agropecuárias e a redução das emissões de gases do efeito estufa, entre outros benefícios que esse hábito pode causar. Já para os consumidores dos países desenvolvidos, a recomendação é outra: de acordo com o relatório, os gastos domésticos de energia representam o maior impacto desses cidadãos no meio ambiente. Por conta disso, o Pnuma sugere que os cidadãos dessas nações reduzam drasticamente o tempo de uso de aparelhos eletrônicos, como computadores, aquecedores e televisores, que representam os principais pontos de consumo energético nas residências.

15


Eco Ciente QUEM SÃO ELES ? ONDE VIVEM ? DO QUE SE ALIMENTAM?

Imagine que durante dez anos você não precise comprar absorventes. Some-se a isso, a contribuição para o meio ambiente: durante a vida fértil, uma mulher usa entre 10 e 15 mil absorventes. Como não são biodegradáveis, demoram em média cem anos para se decompor na natureza. Acrescente ainda um risco menor de alergias e a praticidade de passar 12 horas sem lembrar que existe menstruação. Apesar de não ser uma novidade, só agora o coletor menstrual tem ganhado mais adesão entre as brasileiras.

16

O Coletor Menstrual é a grande “modinha” entre as mulheres. Algumas não tem coragem de experimentar, outras nunca ouviram falar, mas muitas já experimen-

taram e garantem: não existe nada melhor. Trata-se de um dispositivo de barreira, desenvolvido para coletar o fluxo menstrual internamente. Ele coleta o fluxo menstrual ao invés de absorvê-lo como acontece com os absorventes internos e externos. Os coletores mais comuns tem a forma de um sino ou taça, feito em silicone médico, elastômero termoplástico ou látex. É reutilizável e possui vida útil estimada entre 5 e 10 anos. Ou seja, decidindo optar por este dispositivo a mulher não precisa mais comprar absorventes e isso é bom, uma notícia boa tanto para o bolso como pra natureza. Na verdade, este dispositivo já existe desde a década de 30, mas, há registros de coletores rudimentares


Eco Ciente circulando desde 1867. Ou seja, não é novidade! Antes eram feitos somente de látex e segundo as mulheres da época eram pesados, pouco maleáveis e grandes… Hoje temos modelos para todos os tipos, feitos de silicone, antialérgicos, super leves e flexíveis. Sua vantagem, é que, bem como já dito, como os coletores são reutilizáveis, e apenas o fluxo menstrual é descartado, ocorre menos produção de lixo . Outra vantagem sensacional é que o Coletor Menstrual é também uma forma de economizar dinheiro, pois como são planejados para durar no mínimo 5 anos, dessa forma, dá de economizar um bom dinheiro apenas deixando de comprar absorventes. O algodão utilizado pela maior parte dos fabricantes de absorventes é alvejado, o que pode ser muito prejudicial ao meio ambiente e deixa traços de dioxina (um possível carcinógeno) no algodão. Ou seja, usar o coletor é uma forma de estar “ok” com sua consciência ambiental e, também, de certa forma, com sua própria saúde. Quem já usou sabe que o conforto é sensacional. O coletor não causa sensação de peso e não incomoda ao urinar. Também não altera as condições de umidade, pH e flora vaginal, por ser feito de silicone e não ter função absorvente. Além disso, existe a comodidade em carregar um único coletor do que vários absorventes. O baixo risco de infecções também é uma grande vantagem, pois não há casos relatados de Síndrome do choque tóxico e infecções vaginais em mulheres que usam o coletor. As mulheres também não precisam se preocupar muito com a troca do coletor. Uma mulher com fluxo normal pode ficar até 12 horas com o coletor no canal vaginal sem precisar trocar.

canal vaginal. O mau posicionamento do coletor pode causar incômodo,; se isso acontecer basta encontrar a localização ideal do mesmo no canal vaginal, e sua presença não deve ser mais ser sentida.

COMO USAR? A forma mais fácil de inserir o coletor é dobrando-o em “c”. Outra maneira é posicionando um dedo sobre a borda do coletor e empurrando-a para dentro. Em seguida, sente-se confortavelmente e mire o coletor em direção ao colo do útero. Deixe o cabinho do coletor virado para baixo e, segurando-o em formato de “c”, insira-o até que ele abra, já dentro da vagina. Após sentir que ele está confortavelmente posicionado, puxe o cabinho um pouco para baixo, de forma a criar um vácuo na região.

QUAIS AS DESVANTAGENS? Algumas mulheres podem ter dificuldade em aplicar o coletor no canal vaginal e por isso, podem sentir dor e resistência no começo, muitas vezes ocasionadas por estarem em uma posição que não favorece o procedimento. Há relatos do um aumento na intensidade das cólicas menstruais, relacionado quase sempre, ao posicionamento inadequado do mesmo no interior do

17


Eco Ciente BIANCA FERREIRA, 21 ANOS Uma dica para as iniciantes é passar o dedo em volta do copo de silicone para garantir que ele esteja em contato com toda a parede da vagina. “Assim não acontecerá vazamentos e ficará confortável. Na prática, tudo fica mais fácil depois que a gente pega o jeito. Normalmente, demora de dois a três ciclos para se adaptar bem com o coletor”, diz a professora que usa o copo há um ano. Bianca aponta ainda como vantagem o fim das assaduras e das alergias. “Você pode ir para a praia, piscina, fazer esporte, atividade física sem se preocupar”, garante Bianca.

AMANDA TRISTÃO, 29 ANOS Amanda usa o coletor menstrual desde 2013. Ela reforça que, nos primeiros meses, o traquejo de dobrar e colocar é mais delicado. “No início, eu colocava muito no fundo e é o contrário, mas depois que a gente pega o jeito, faz até no escuro”, diz. O interesse pelo produto surgiu quando uma amiga estrangeira, “de estilo de vida bem saudável”, contou que usava. “Achei interessante ecologicamente, tinha aflição de pensar no impacto dos absorventes descartáveis para o meio ambiente”, conta. Para as mulheres que já fazem uso do absorvente interno, Amanda acredita que a adaptação ao copo de silicone é mais fácil.

MARIANA CORDEIRO, 22 ANOS

18

‘Desde quando nascemos somos estimuladas a termos nojo da nossa vagina e de tudo que sai dela, somos ensinadas a não nos tocar, não nos conhecer, isso tem que ser mudado’, segundo Mariana, a vinda do coletor para o mercado é uma mostra de que as mulheres cada vez mais estão conscientes do seu corpo e de sua saúde ‘‘ Isso é maravilhoso, sabe? Eu vejo que minha saúde íntima tem progredido muito, tenho ficado doente com bem menos frequência e acredito que seja pela ausência do exesso de umidade provocado pelos absorventes mensalmente’’.


Eco Ciente ISABELLA CARDOSO, 32 ANOS Para as mulheres que já fazem uso do absorvente interno, Isabella acredita que a adaptação ao copo de silicone é mais fácil. “Eu sempre preferi o externo, achava o interno incômodo de colocar, não gostava da sensação e não me sentia segura porque vazava muito. Colocar o coletor é mais simples”, diz. É tudo um grande aprendizado. Com o uso do coletor, descobrimos que nosso sangue não tem cheiro nenhum, o sangue que fica no absorvente só tem aquele odor característico porque já entrou em contato com o oxigênio”.

RAÍSSA DE CASTRO, 23 ANOS, Para as mulheres que já fazem uso do absorvente interno, Isabella acredita que a adaptação ao copo de silicone é mais fácil. “Eu sempre preferi o externo, achava o interno incômodo de colocar, não gostava da sensação e não me sentia segura porque vazava muito. Colocar o coletor é mais simples”, diz. É tudo um grande aprendizado. Com o uso do coletor, descobrimos que nosso sangue não tem cheiro nenhum, o sangue que fica no absorvente só tem aquele odor característico porque já entrou em contato com o oxigênio”, diz.

ANA CAROLINA VIEIRA, 19 ANOS Para Ana, o legal do coletor é o fato de este ser bem melhor para o meio ambiente ‘‘eu gastava muito absorvente e me sentia muito culpada’’ segundo ela, essa geração de lixo que vai para os aterros é muito desnecessária e deve ser eviatada. Também conta que hoje entende o malefício que os absorventes podem fazer a saúde, além do próprio desconforto do contato com o sangue externalizado. ‘ Eu sou apaixonada por coletor menstrual, recentemente tive que usar absorvente de novo e foi horrível. O coletor é bem melhor para mim’.

19


Eco Ciente a u s o d n e z a

F

A T R O H ^ANICA ORGcasa em

C

ultivar uma horta orgânica, independente do tamanho e da variedade de alimentos plantados, é sempre bom. Bom para a saúde e o bem-estar do corpinho, que irá ingerir alimentos mais saudáveis e livres e agrotóxicos, e também para o meio ambiente, que deixará de receber produtos químicos e ter seus recursos naturais, como solo e água, explorados de forma insustentável. Fazer uma horta em casa aumenta o seu contato com a natureza e economiza nas feiras e supermercados, além de ser uma atividade relaxante. É preciso ficar atento e tomar alguns cuidados na hora de montar a sua horta. Elas podem ser feitas em todos os tipos de casa e apartamentos, só precisam ser adaptadas ao espaço e aos recursos disponíveis nos lugares. Antes de iniciar sua própria hortinha, fique atenta aos seguintes fatores:

20


Eco Ciente Clima: ele é determinante na adaptação de certas culturas e deve ser levado em consideração na seleção de variedades. As diferenças entre estações, quanto à temperatura e volume de chuva devem ser verificados, servindo como base para um calendário de épocas de plantio.

Solo: muita atenção ao tipo e cuidado do solo. Ele é considerado um organismo vivo, que interage com a vegetação em todas as fases de seu ciclo de vida. Deve ser analisados em três aspectos: físico (textura e estrutura), químico (nutrientes) e biológico (são organismos vivos existentes no solo) .

Local: o lugar da instalação da horta tem de ser de fácil acesso, maior insolação possível, água disponível em quantidade e próxima ao local. Não devem ser usados terrenos encharcados. Os canteiros devem ser feitos na direção norte-sul, ou voltados para o norte para aproveitar melhor o sol. No local da horta não é aconselhavel a entrada de galinhas, cachorros ou coelhos.

Espécies; escolha com cuidado o tipo de vegetal que você irá plantar. Cada espécie precisa de um tipo de tratamento e possui um ciclo de crescimento próprio. Informe-se na hora de comprar as mudas e sementes e verifique se aquele tipo irá se adequar à sua horta.

21


Eco Ciente Para montar uma horta em espaços pequenos, como apartamentos, prefira os vasos. Eles podem ser de qualquer tamanho, apenas assegure-se de só plantar espécies que irão se adaptar: 1. Escolha um vaso com furos; 2. Encha um terço do vaso com brita ou pó de brita, para a drenagem; 3. Coloque uma mistura de duas partes de terra, uma parte de composto orgânico e uma parte de húmus até a borda do vaso; 4. Espalhe um pouco de areia; 5. Plante as mudas;

Se você dispõe de um espaço um pouco maior, pode plantar as espécies diretamente na terra, em um canteiro. Você pode cultivar os mesmo alimentos indicados para os vasos, além de outros, que precisam de mais espaço:

1. Revolver o solo com enxada ou pá, deixando a terra bem solta e fofa; 2. Misturar o composto orgânico; 3. Deixar o canteiro 20 centímetros acima do nível do terreno; 4. A largura do canteiro deve ser de no máximo 1,20 m;

Se você possui uma área maior, como um terreno ou um amplo quintal, pode fazer uma horta mais estruturada e com maior variedade de alimentos. Essas dão mais trabalho, mas certamente você será compensada com uma maior qualidade de vida.

22


Eco Ciente

algumas Dicas 1. Monte a sua horta orgânica em uma área sem muito movimento. Se você tiver animais, coloque uma cerca de bambu, madeira ou outro material para que eles não entrem. Escolha um lugar que receba muito sol. Se você mora em uma região seca, é preciso ter uma fonte de água próxima. 2. Limpe a área que será plantada. Você precisa tirar as ervas, o capim, as plantas velhas e as pedras. Aproveite esses resíduos naturais para produzir seu próprio adubo. 3. Are a terra quando tiver limpado o terreno. Use enxada ou arado para remover bem. A terra deve estar úmida para ser arada. sua horta precisa para crescer.

23


Rapunzel

O cabelo feminino de 2016 é o PODER AFRO! Chega de chapinha! Celebre a sua beleza dos pés à cabeça, ou melhor, dos pés aos cabelos

A

palavra do ano é E-M-P-O-D-E-R-A-M-E-N-T-O, um movimento que quebra com todos os esteriótipos e celebra a mulher como ela é, dos pés à cabeça, ou melhor, dos pés até seus cabelos. Remar contra a ditadura do fio liso não é novidade, mas a batalha ganha fôlego e mais adeptas a cada ano. Tanto no Brasil quanto na gringa, muitas celebridades já deram seu grito de liberdade capilar e arrasam com os cachos afro há tempos. O mundo (finalmente) aderindo! Sheron Menezes, Taís Araújo, Mel B, Janet Jackson, Beyoncé e a irmã, Solange, Rihanna, Willow Smith, são apenas alguns exemplos de guerreiras cacheadas. Cada uma com sua textura, cada uma com sua beleza: todas valorizadas, como deve ser! Há também uma enxurrada de it girls botando os cachos pra jogo. No Instagram, por exemplo, é

possível encontrar centenas de perfis inspiracionais. No Pinterest, vários boards são dedicados a dicas e truques para cuidar dos cabelos afro e, no Facebook, sobram grupos de ajuda para quem já arrasa nos cachos, quem ainda está chegando lá e até para quem ainda não tomou coragem.Um dos fatores que unem as hoje cacheadas é o histórico de preconceito. Muitas delas partilham do mesmo passado: seus cabelos eram alisados para atenuar as marcas raciais e assim, atenuar o racismo. Foi o que aconteceu com a cabeleireira Paula Breder. Refém de alisantes e relaxantes por mais de meia década, a maranhense deu seu grito de liberdade há 4 anos, quando finalmente decidiu assumir seus cabelos naturais, libertando seus cachos. A ansiedade era tanta que ela nem esperou o cabelo crescer: com apenas dois meses sem química, fez o “big chop”, ou o “grande corte”, que é o ato de cortar os cabelos bem curtinhos para se livrar de alguma química forte, deixando somente o cabelo natural e sem ter que se preocupar com a raiz com textura diferente do comprimento.

JÁ PENSOU EM FAZER O “BIG CHOP”? 24

c


Rapunzel Azueira

cx

A transição é lenta, minha amiga, Muito lenta Esse é o primeiro passo para conseguir o cacho dos sonhos, e o mais difícil também, segundo as cacheadas. Para recuperar os cachos, é preciso deixar de aplicar produtos químicos para que o cabelo natural volte a crescer, ou seja, nada de alisamentos, escovas definitivas ou relaxamentos um desafio para muitas. “A mídia pensa que a gente faz isso por modinha, mas não é verdade. Uma transição demora de 9 meses a 1 ano, às vezes mais, e a autoestima fica muito baixa durante esse período. A gente não sabe mais como nosso cabelo é. Passamos por essa turbulência para resgatar nossa identidade, para olharmos no espelho e nos reconhecer como negras, mulatas e termos orgulho”, explica Breder. Para a carioca Thayná Trindade, 27 anos, o momento da transição foi tão decisivo que teve data marcada: dia 31 de dezembro de 2008. Após passar a adolescência relaxando os cabelos, a estudante também decidiu pelo “big chop”, e cortou as longas madeixas para que crescessem de forma natural. Hoje, Thayná não tem medo de inovar. “Depois do big chop, fiquei sem cortar os cabelos até 2014, e eles cresceram muito. Já usei tranças de todas as cores e materiais, já usei dreads, nagô, e agora estou com um alongamento de cabelo crespo, com uma técnica que não agride os fios”, revela.

Thayná atualmente, com a extensão de fios crespos

25 25


Rapunzel Já ouviu falar em

y n n Gra

? r i a H

O

movimento de se assumir e se aceitar mostra que, aos poucos, nós mulheres vamos ganhando mais liberdade de sermos livres para ter o cabelo branco, colorido ou da cor e do jeito que preferirmos. Como assumir ou brancos ou aderir a onda do prateado? Há dois jeitos de adotar o cabelo cinza. Se você não tem cabelos naturalmente brancos, você vai precisar descolorir as madeixas e muito, até chegar em um tom de loiro platinado, ou loiro gelo, para depois cobrir com um tonalizante prateado. Agora, se os seus fios já são majoritariamente brancos, você vai precisar igualar as tonalidades, para ficar com um cinza bonito e brilhoso. Natural ou descolorido, fios brancos exigem cuidados. Tonalizar com certa frequência para que eles fiquem brilhantes e com um tom bonito é uma das dicas. Evaldo Ribeiro, do Studio Tez, indica explorar ao máximo as tonalidades de cinza para exibir cabeleiras brilhantes e cheias de bossa. Fora isso, é imprescindível ficar de olho para evitar aquele amarelamento que acontece naturalmente. “Um fio muito poroso vai precisar de um bom leave-in para amenizar o frizz”, afirma o cabeleireiro.

26


Rapunzel

Mais do que moda, liberdade de assumir os cabelos naturais

27


Rapunzel Fizemos uma seleção de cuidados básicos, para você manter seu prateado em casa sem erro e deixar as madeixas lindas mesmo sem idas frequentes ao salão. Os produtos são:

e

tyfre l e u r C

#

#low

#Vegan

3. Loira de Farmácia Bálsamico Baphônico Neutraliza e matiza os tons amarelados e alaranjados dos fios. Pra fechar o tratamento, o Bálsamo Baphônico tem PH ácido, selando as cutículas e intensificando o brilho e a luminosidade dos cabelos descoloridos.

poo

#feitonoBrasil

5. Shampoo sólido Lola Morte Súbita 1. Shampoo Lola Sexy Blond

4. Máscara matizadora Lola Loira de Farmácia

Com camomila e limão, Sexy Blonde matiza e neutraliza os tons alaranjados. Desenvolvido para loiras de berço ou de salão que buscam manter o tom de loiro correto e os fios hidratados e sem frizz até o próximo retoque.

Neutraliza e matiza os tons alaranjados dos cabelos loiros e mechados. Deixa, os cabelos saudáveis com brilho e maciez.

2. Máscara Lola Eu sei o que você fez na quimica passada Reconstrói a estrutura interna dos fios, deixando-os hidratados, fortalece dos fios e proteje a cor e brilho dos cabelos que sofreram processos químicos intensos.

28

5. Máscara hidratante Morte Súbita é um delicioso esfoliante que além de lavar com doçura seu rico cabelinho, é purificante, hidratante e calmante. O melhor detox para limpar e reequilibrar o couro cabeludo sensível e ainda faz um mega cuidado após química.


Aprenda a CUIDAR do seu tipo de fio

Rapunzel

Q

ue existem milhares de tipos de cabelos nos já sabemos! Mas deveria haver um jeito de ser mais específico na hora de classificá-los quanto à textura dos fios, não é? Dizer que um cabelo é cacheado, por exemplo, é muito vago, já que existem diversos tipos de cachos! Pois essa classificação já existe, mesmo que não muito divulgada. Foi criada nos EUA e separa cada um dos tipos em categorias, de acordo com a textura do fio. O que é levado em conta é o tamanho do cacho formado: quanto menor, maior o número dentro da classificação. Claro, tudo isso considerando a forma natural das madeixas! Funciona assim:

29 29


Rapunzel

1A

Pouco encorpado, muito brilhante e com tendência a ser oleoso e grudado na cabeça. O famoso cabelo escorrido, aquele que não segura nada, nem um grampo! Sempre use produtos leves na hora dos cuidados, para não pesar. Se necessário, use linhas próprias para cabelos oleosos, principalmente na hora de lavar, pois é fundamental que a área da raiz esteja bem limpa. Produtos que doam volume também são uma boa pedida! Já os feitos à base de silicones podem fazer os fios ficarem pesados e mais chapados, dando um efeito indesejado.

1B

Possui fios mais encorpados e bastante volume. Já consegue segurar cachos feitos com modelador. Na hora de condicionar, o ideal é utilizar produtos leves e alternar com um mais potente e hidratante de vez em quando, para manter o brilho e o alinhamento dos fios em ordem. Sempre aplique o condicionador só nas pontas, assim como qualquer outro produto hidratante, para evitar o ressecamento dos fios!

1C 30

Reto, pesado e dificílimo de modelar. Os fios são tão grossos que você praticamente consegue visualizar um por um ao olhar para a cabeça de quem possui este tipo de cabelo. Muitas orientais se encontram nessa categoria (mas isto não é regra, há várias com cabelo fininho também). Para manter a aparência bonita, é recomendado que seja lavado com frequência, com produtos que removam bem a oleosidade da raiz. O condicionador não deve ser muito denso e nem pesado. Use só nas pontas. Para finalizar, reparador de pontas duplas.


2A

Rapunzel

Quase liso, possui fios em formato de S mais suave e é fácil de modelar (pega tanto escova quanto babyliss – apesar de tender a voltar a um formato mais próximo original rapidamente, por ser fininho). Não costuma ter muito volume, por isso, o ideal é usar produtos leves (e em pouca quantidade) para estilizá-lo, como mousse, gel e loções, ao invés de cremes e manteigas. Caso contrário, pode pesar e ficar murcho, desvalorizando seu efeito natural.

2B Tende a ter frizz e não é tão fácil de ser modelado, pois possui forte memória do formato original. As mechas formam um S perfeito. O ideal é usar produtos a base de gel ou mousse para manter as ondas bonitas, além de finalizadores anti frizz.

As ondas são tão intensas e menos espaçadas que já começam a formam cachos soltos. Os fios não ficam tão grudados na raiz quanto nas categorias anteriores, se distanciam um pouco da cabeça. É difícil de se modelar. Neste tipo de cabelo volumoso, é aconselhável caprichar na mousse e nos finalizadores anti frizz. Já é cogitado o uso de cremes ativadores de cachos mais levinhos, pois eles pegam a forma com facilidade se forem amassados (até chega a ser possível modelar um 2C de modo que pareça um cacheado 3A, só amassando bem e deixando secar ao natural).

2C 31


Rapunzel

3A

Possui aquele tipo de cacho natural que parece ter sido feito com babyliss, bem largo e regular. Costuma ter bastante brilho e segurar bem uma escova. Para manter naturalmente os cachos bonitos e definidos, os melhores produtos são os géis, leave-ins e cremes ativadores de cachos, desde que não sejam muito pesados. Prefira shampoos sem sulfato para a manutenção.

3B

É bem mais enrolado do que o tipo 3A, com cachos estreitos, definidos e regulares, bem espiralados. Fazer uma escova neste tipo costuma dar muito trabalho! Para manter os cachos bonitos, o mais indicado são bons cremes ativadores de cachos, bem hidratantes e com potente controle de frizz. Como os fios costumam ser mais secos, lave com shampoo hidratante. Com o cabelo seco, reidrate os cachos com leave-in condicionador, quando sentir necessidade, para manutenção dos fios.

Os cachos são super fechadinhos e estreitos, como a ponta de um saca-rolhas. Ficam grudadinhos uns aos outros, porém com um padrão de forma bem definido. Os fios são finos e frágeis. Hidratação é palavra de ordem para manter este estilo sempre bonito, não só na máscara e no condicionador, mas também no shampoo. Para finalizar, prefira produtos bem hidratantes e um pouco mais densos, como cremes, manteigas e óleos.

32

3C


Tem cachos hiper estreitos, que parecem molinhas, da largura de uma agulha de crochê, bem definidos. Não é recomendando remover a oleosidade natural dos fios, portanto, deve-se evitar lavar todo dia ou até aderir ao método co-wash (lavar somente somente usando um condicionador – adequado para seu tipo de cabelo – com poder de limpar suavemente e hidratar, sem remover os óleos naturais dos fios). Caso ache a ideia de abolir o shampoo muito radical, dê preferência aos sem sulfato, com propriedades hidratantes. Aliás, hidratação nunca é demais, capriche na potência dos produtos!

4A

4B

Possui o mesmo padrão de estrutura em zigue-zague do tipo 4B, porém alternando com áreas quase sem nenhuma definição. O recomendado é evitar ao máximo lavá-lo e se possível aderir ao método co-wash (explicado no tipo 4A) ou aos shampoos sem sulfato. Após a lavagem, não esqueça de selar os fios com algum tipo de óleo natural, para reter a hidratação. Para finalizar, utilize produtos super hidratantes, como cremes e manteigas. Cremes pesados ainda ajudam a dar uma aparência mais alongadas aos fios deste tipo. É recomendado fazer hidratações potentes a cada 3 dias.

Rapunzel

As mechas têm formato de Z (zigue-zague), menos definidas do que as do tipo 4A. Na hora da escolha do shampoo, opte por um mais denso e cremoso, que deixe os fios com aparência saudável e hidratada. Sempre desembarace com um pente de dentes largos (passando antes um condicionador bem poderoso, lógico!). Sele com algum tipo de óleo natural (como o de coco, jojoba, argan e etc – que nunca contenha óleos minerais), para que a hidratação não escape. Para estilizar, use leites e manteigas específicas para este tipo de cabelo, bem hidratantes. E evite manipular os fios o máximo possível, para minimizar possíveis quebras e ajudar no crescimento.

4C

33


Rapunzel

o t n e m a s i l a s ao

Adeu

dicas de como fa

A Transição Capi lar

U

ma das blogueiras mais queridas da web por sua autenticidade e estilo único, Leandra Medine do Man Repeller, publicou uma confissão que nos faz refletir, de como ela odeia seu próprio cabelo e há 10 anos não sai de casa sem alisar os fios. Não é que Leandra não acha cabelos cacheados incríveis – ela acha e aponta mulheres que provam isso, como Sarah Jessica Parker, Solange Knowles e Jerry Hall. Mas ela admite fazer parte do grupo das mulheres que se sentem constrangidas com seu cabelo ao natural: “A primeira vez que me olhei no espelho depois de uma escova, eu vi uma versão de mim melhor do que a que eu tinha conhecido antes”. revela a blogueira. De fato, produtos para cabelo e maquiagem estão aí para ajudar a nos sentirmos mais confiantes e felizes com nós mesmas, então por que não usarmos e abusarmos deles para atingir nossa meta? Mas isso não quer dizer que não podemos, ou pelo menos não devemos tentar, nos sentir tão bem quanto sem esses truques e produtos.

34

Afinal, precisamos de um plano B tão bom quanto o plano A para nos acharmos incríveis em ambas as circunstâncias, caso contrário, alisar os cabelos para alcançar essa nossa “versão melhor” pode acabar se tornando uma obrigação chata, ou se tornar

zer

algo completamente oposto aos nossos valores pessoais, como é o caso da Leandra. “Esta é uma limitação emocional que estou obedientemente tentando superar. Especificamente porque a relação que eu desenvolvi com o meu cabelo vai contra o ethos Man Repeller. Aqui nós gritamos: Seja você mesmo! Abrace seus defeitos! Ame quem você é por quem você é! – E eu acredito em tudo isso, claro que acredito, mas como posso esperar que uma macro-mudança seja coloca em movimento quando eu estou mostrando sintomas de tal insegurança?”. Nós, e provavelmente você também, entendemos bem esse duelo interno entre “ser ou não ser”. Não é fácil sair da zona de conforto e abraçar uma mudança de visual, principalmente quando falamos sobre revelar os cachos em uma sociedade tão centrada em cabelos lisos. Porém, graças ao movimento feminista chegando mais perto de um número cada vez maior de mulheres, abrir mão do alisamento está se tornando frequente entre mulheres que nem gostavam tanto assim da sua versão alisada, mas precisavam de uma forcinha para se libertar. Afinal, é tudo sobre liberdade e felicidade.. Em seguida, você confere dois depoimentos de garotas que passaram pela transição depois de anos de alisamento, com dicas de como encarar


Rapunzel

“Eu comecei a alisar o cabelo com 12 anos (hoje tenho 21) porque achava que só cabelo liso era bonito, todas as minha amigas tinham cabelos lisos, as moças da televisão e até as princesas da Disney. Como minha mãe também alisava há muito tempo, foi natural que eu começasse a alisar também. Fui deixando os cachos crescerem por um tempo para ver no que ia dar. Depois de alguns meses deixando o cabelo crescer, mas ainda meio indecisa, eu já não estava aguentando mais ter um cabelo parte lisa e parte cacheada então eu comecei a perceber que ou eu fazia o big chop ou eu alisava e desistia da ideia de vez. Então, sem falar nada pra ninguém, eu acordei um dia disposta a cortar o cabelo. Levantei mais cedo e fui direto ao cabeleireiro. Lá, eu expliquei o que estava acontecendo e pedi que ele me fizesse um corte que tirasse a maior parte lisa (o big chop) e fosse fácil de manter enquanto o cabelo crescia. Por fim, vale lembrar que os processos de transição são diferentes. Tem gente que sofre menos, tem gente que sofre mais; isso depende de como seu cabelo reagiu ao tempo de progressiva e ao tipo de cabelo que você tem. Por isso, não desanime se a transição da sua amiga pareceu mais fácil do que a sua, ou o cabelo dela parecer com mais textura ou melhor. Tenha paciência, o seu também ficará bonito”.

Camila, 22 35


Rapunzel “Me amo mais e me sinto cada vez mais bonita”

“Durante a transição, a única coisa que realmente me deixava feliz foi o meu objetivo inicial ter sido alcançado: eu não gastava mais aquela grana para alisar meu cabelo no salão. Então, mesmo com as dificuldades de ter dois tipos de cabelo na cabeça, eu não tinha nem condições financeiras de desistir e alisar tudo. Porém, eu me escondia muito. Acompanhava blogueiras e grupos de transição na internet, lia tudo sobre babyliss, texturização e outras táticas de mulheres nesse processo para disfarçar o volume da raiz e deixar a parte alisada do cabelo cacheada, mas eu não fazia nada disso. Se tem uma coisa que posso recomendar às mulheres que estão em transição é que tirem ao menos um dia de folga na semana para experimentar a raiz do seu cabelo, texturizar as pontas lisas, aprender como seu cabelo realmente é, pois, mesmo em transição, eu não fazia ideia de nada disso e de repente precisei aprender. O cabelo que aparece na raiz não é o que aparece depois do corte. Claro que a surpresa de ver meu cabelo de verdade foi incrível, claro que eu fiquei assustada de ter mudado da chapinha para o cabelo natural literalmente de um dia para outro. Mas, desde aquele dia, há quatro meses, meu cabelo nem sabe mais o que é chapinha. Já eu sei muito bem quem eu sou.”

Maria, 25

36


! S . S.O

Rapunzel

Garotas ao mar AH o verão...Está chegando a época das férias, calor, sol, praia, piscina! Quem não gosta muito dessa fase são nossos cabelos que sofrem com as agressões. Não é fácil passar pelo verão com os cabelos sempre lindos e hidratados. Praia, piscina, sol e muito vento deixam os cabelos quebradiços e secos, por isso o cuidado com as madeixas deve ser redrobrado. 37


Rapunzel

C

omeça o ano e muita gente sai de férias para aproveitar o verão. Mas é preciso tomar cuidado com o excesso de calor, que pode prejudicar o cabelo.

No verão, ocorre uma dilatação dos fios e as cutículas ficam abertas, absorvendo mais poluição, resíduos de produtos, cloro e sal, por exemplo. Fora isso, o cabelo perde com mais facilidade substâncias importantes, como proteínas e água, ficando mais quebradiço e ressecado. Pessoas que fizeram algum tipo de coloração, principalmente quem tem descoloração, devem tomar ainda mais cuidado nessa época do ano já que os fios ficam mais porosos, vulneráveis e sensíveis, podendo até ficar esverdeados. Uma das dicas para evitar danos é o protetor solar, que forma uma cápsula protetora nos fios, impedindo a entrada dos raios solares e dificultando a saída de nutrientes capilares. No entanto, é bom se certificar do que o produto seja distribuído ao longo de todo o cabelo. Além do protetor, é importante ainda criar uma barreira física, com o uso de um chapéu ou um boné.É preciso ainda usar uma máscara hidratante, para repor a água perdida, e um shampoo anti-resíduo, que dilata a cutícula e remove substâncias químicas, como o cloro, que pode “desbotar” os fios. No entanto, como o shampoo abre as cutículas, depois de usá-lo, é importante aplicar um condicionador e uma máscara pós-sol para selar essas estruturas e devolver a flexibilidade aos fios. Há ainda o leave-in, creme que também ajuda a fechar a cutícula e dar forma, especialmente em cabelos ondulados. Após sair da piscina ou do mar, é fundamental enxaguar bem o cabelo com água doce ou mineral, para retirar o excesso de sal ou os resíduos de cloro, que danificam os fios.

38

Fique de olho!

Os raios UVA e UVB estimulam a perda de queratina, destroem e oxidam os cabelos, que perdem a cor e ficam ressecados. Se exagerar na exposição solar pode até queimar o couro cabeludo e descamar. O vento é o responsável por aqueles nós bizarros super difíceis de tirar e que resultam em uma cabeleira com fios quebrados, fique atenta! O sal abre a cutícula dos fios, deixandoos endurecidos e sem brilho. Isso acontece porque ele retira toda a água presente no cabelo. O resultado é cruel: cabelos danificados, com frizz e um super volume, cuide-se na praia. A areia em contato com o sal e com o vento faz as madeixas ficarem com mais frizz do que nunca. O cloro é um veneno para as loiras. Além de deixar os cabelos esverdeados, resseca e gera pontas duplas.


Rapunzel Dicas

Para cuidar da

CABELEIRA No verão Máscaras, filtro solar e receitinhas caseiras são ótimas para dar conta dos cabelos nos dias de praia! Use um bom leave-in. Aplicado após o banho, ele forma uma película no fio e ajuda na proteção. Os produtos líquidos são para cabelos oleosos; os em creme são mais indicados para quem tem cabelos secos. Use longe da raiz. Antes de ir à praia ou piscina, aplique um creme leave-in com filtro solar. Reaplique depois que entrar na água. Se você não tiver um leave-in com filtro, opte por óleos vegetais como: óleo de buriti, argan, gergelim, semente de abóbora, ou manteiga de karité. A água de arroz também protege contra os raios solares e hidrata bem. Use esses produtos no cabelo úmido, quando o objetivo for a proteção solar.

Na medida do possível, sempre enxágue os fios com água normal após um mergulho no mar ou piscina. Se não tiver uma ducha por perto, use uma garrafinha de água mineral. Se você passar muitos dias na praia ou curtindo a piscina, use um shampoo antirresíduos uma vez por semana para limpar bem o cloro e o sal. Evite expor o cabelo a mais agressões com o secador e a chapinha (deixe para usá-los só em dias especiais!). Ao deixar o cabelo secar ao natural, aposte em finalizadores que não contenham óleo na fórmula para dar um ar mais bagunçadinho.

O calor do sol pode potencializar o efeito de uma máscara hidratante. Mas lembre que, ainda assim, o tempo de reação indicado pelo produto deve ser respeitado para evitar efeitos negativos, como fios oleosos ou até o comprometimento da estrutura capilar. Se quiser aproveitar as altas temperaturas em seu tratamento, aplique o produto nos fios, deixando agir durante o tempo indicado e depois retirando com água. Aproveite o verão para tomar muitos banhos frios. A água quente é inimiga do cabelo, pois estimula a oleosidade excessiva do couro cabeludo e incha as escamas dos fios, deixando-os sem brilho.

39


&

Que se fúcsia!

S A D A V L A M S A N I N E M o s a r r A o d o o Livr e r t n e e d a d a irman

S A T O GAR

H

á 10 anos estreava um dos filmes mais repetidamente assistidos do mundo: Meninas Malvadas (Mean Girls, no original em inglês). O filme é sobre a introdução de Cady (papel da Lindsay Lohan) na escola, o que para ela era uma novidade completa, já que, até aquele momento, tinha sido ensinada em casa por seus pais. Cady se depara com um ambiente de intensa competição e ódio entre as garotas, que se dividem, invariavelmente, em “tribos” muito bem demarcadas e que exigem um estrito código de vestimenta, comportamento e desempenho na escola para quem pretende se adequar a qualquer uma delas: as nerds, gordas e inteligentes; as atletas, saradas e populares; as patricinhas, fashion e burras… A quantidade de estereótipos é enorme e, infelizmente, muito conhecida por todas nós).

40

E foi isso que motivou o Livro do Arraso, onde as garotas populares, lideradas por Regina George, escreviam coisas maldosas sobre todas as outras

garotas da escola. Quando ele se tornou público, por meio de um ato de vingança da própria Regina, o caos foi completo, porque evidenciou a grande quantidade de fofocas e calúnia que as garotas levantavam umas contra as outras. Todas as meninas, sem exceção e incluindo a professora, ficaram revoltadas em um primeiro momento, e muito tristes e machucadas depois, por saberem que suas colegas achavam coisas tão horríveis assim, que muitas vezes não eram nem verdades ou se baseavam em um grande mal entendido ou que eram apenas um julgamento muito hipócrita das ações alheias. Muito chato, né? É claro que é sempre bom ter aquele sentimento de pertencer a algum grupo, cujas pessoas compartilham dos mesmos interesses que você, mas é preciso ter cuidado quando fazer parte de um grupo implica, necessariamente, hostilizar os outros grupos, só porque eles são de pessoas diferentes de vocês. Além disso, será mesmo que é necessário se enquadrar em um só grupo cujas pessoas


Que se fúcsia! tenham alguma coisa em comum com você? E se você for uma garota que gosta de seguir as tendências da moda, mas também adora matemática, como a Cady? Aliás, por que todas as garotas não podem ser incentivadas a seguir seu próprio estilo livremente e gostar de ciências exatas e praticar esportes? Sem ter receio dos estereótipos? Vivemos em um mundo que segue aquele lema “dividir para conquistar”: é mais fácil inibir a união poderosa e transformadora das garotas quando elas estão se odiando, separadas por picuinhas imaginárias já desde muito cedo. Quem não se lembra de inventar um apelido maldoso pra amiguinha só porque ela tinha uma característica física diferente? E quem nunca recebeu de volta um apelido igualmente maldoso por tirar notas mais baixas que a média da turma? Essas atitudes por algum tempo fizeram parte de nós.

É assustador como tudo faz com que ressaltemos negativamente as diferenças entre nós

É assustador como, quando paramos pra pensar, tudo faz com que ressaltemos negativamente as diferenças entre nós. Aliás, como é comum desvalorizar tudo o que vem da “outra”: uma garota nova na escola, alguém que não é do seu ano, uma menina de outra etnia ou classe social… Ao invés de nos inspirarmos nas diferenças tão enriquecedoras, nós preferimos estar em caixinhas de categorias muito limitadas. Vocês não acham isso muito, muito ruim? A gente tem que começar a repensar todas essas caixinhas em que os outros insistem em nos colocar… Porque elas só separam e afastam as garotas, que poderiam sim ser muito amigas e ter muito o que compartilhar umas com as outras, até porque a união faz a força. Estamos terrivelmente condicionadas a destruir a autoestima de nossas colegas e elas, a nossa. Estamos sempre escrevendo linhas e mais linhas

41


Que se fúcsia! n’O Livro do Arraso, traindo a confiança de nossas amigas ou nos impedindo (e impedindo as nossas colegas) de criar laços mais profundos e sinceros umas com as outras. E tudo o que fazemos de destrutivo às outras garotas, recebemos de volta das mais variadas formas. Confundimos nossas maiores aliadas com inimigas, e fazemos delas alvo de xingamentos e agressões, fragilizando o psicológico de nossas colegas e enfraquecendo os laços com nossas amigas. E, como sabiamente a professora de Cady, Sharon Norbury (interpretada pela também roteirista do filme, Tina Fey) destacou, o fato de nós, garotas, ofendermos constantemente umas às outras, abre espaço para que os garotos também façam isso. Esse tipo de experiência deixa marcas profundas em todas e em cada uma de nós, que saímos da escola com uma bagagem de relações de certa maneira traumáticas, o que tem repercussão em outros âmbitos de nossas vidas. A baixa autoestima é muito responsável por inúmeros problemas que enfrentamos na adolescência e na vida adulta, e as primeiras sementes desse mal já foram plantadas muito cedo em nós pelas mídias, pela escola e, infelizmente, por nossas próprias colegas. Isso pode contribuir para que aceitemos passar por humilhações no trabalho, ou estar em um relacionamento abusivo, quando o agente dessas agressões for um homem, por exemplo, pois é uma relação em que a hierarquia está mais naturalizada. E diminui drasticamente nossas fontes de apoio, porque encontramos em nossas amigas mulheres mais uma fonte de julgamento e culpabilização.

42

O que é

sororidade? É a irmandade entre as garotas, mais ou menos como o termo aplicado pros garotos brotherhood (o que significa, literalmente, fraternidade, mas pode ser entendido como “broderagem” haha). É o apoio mútuo entre mulheres das mais variadas origens, mas que têm uma coisa muito importante em comum: a identidade feminina, que, ainda hoje, é muito desvalorizada por aí. A sororidade é um importante instrumento de fortificação de laços entre as mulheres, para formar uma rede de confiança, segurança e amizade, que só pode resultar em mais força pra nós mesmas.


NEGRAS NA

Que se Azuei fúcsiar!a

MÚSICA V

Brasileira

o cê já deve ter ouvido sobre a importância da representatividade de ‘minorias’ na mídia, na música, nas artes, na publicidade, nos brinquedos de crianças. Mas já parou para pensar no que isso quer dizer na prática? Uma forma de entender a importância da representatividade é observar a cultura pop e, principalmente, a indústria mundial da música. É fácil notar ícones como Madonna e Lady Gaga, por exemplo, como fortes representações para a comunidade LGBT não só por conta de suas canções mais emblemáticas, Express Yourself e Born This Way respectivamente, mas também por suas ações e discursos, responsáveis por transmitir mensagens de empoderamento, aceitação e amor próprio - ações que é necessário lembrarmos diariamente.

43


Que se fúcsia!

Pelo mesmo motivo é tão inspirador ver mulheres negras, como Rihanna e Nicki Minaj, ganhando fama, reconhecimento e até mesmo dinheiro, mostrando que mulheres negras podem ser muito mais do que estereótipos criados pela mídia (e sociedade). Num mundo em que as mulheres negras têm menos oportunidade de emprego e capacitação, é encorajador ver exemplos de que é possível ter sucesso e falar o que pensa de verdade.

No filme e nas letras do álbum, Beyoncé mantém a postura feminista ao mesmo tempo que desabafa sobre relacionamentos, sempre do ponto de vista da mulher negra e, obviamente, o álbum também tem muito espaço para o debate sobre racismo e resistência.

“É empoderador ver mulheres parecidas com você se sentindo bonitas como são.”

Por isso acaba sendo ainda mais significativo quando uma diva do pop assume publicamente uma postura ativista (mesmo que elas não sejam obrigadas à isso), desafiando a sociedade e a própria indústria, como tem feito Beyoncé em seus últimos trabalhos e como fez Nina Simone há muitos anos.

Com seu lançamento mais recente, Beyoncé repetiu a fórmula do último álbum visual e homônimo, entregando uma obra de arte chamada “Lemonade”.

44

A escritora e ativista negra Stephanie Ribeiro tem postado, desde o lançamento de Lemonade, algumas músicas performadas por artistas negras e, de algum modo, são manifestos contra opressões diárias.

Porém, como sempre, há uma tendência de olhar para fora do Brasil, quando procuramos este tipo de representatividade. Ao observar o cenário musical brasileiro atual, é possível encontrar artistas igualmente empoderadoras e que estão ainda mais próximas de sua realidade, como o caso das mulheres negras e a sua representatividade.


Que se fúcsia!

A Desigualdade de gênero

no mundo da moda

A

equidade de gênero no mercado de trabalho virou um debate constante. Os números revelam que mulheres são maioria no ensino superior e buscam maior qualificação profissional, mas ainda assim só o mínimo dos cargos de tomadas de decisão nas 500 maiores empresas do país são ocupados por elas.Na moda não é diferente, das 50 maiores marcas de moda, pouquíssimas são lideradas por mulheres e não há nenhuma mulher entre os 10 CEOs mais bem pagos da indústria. Quando olhamos para o cenário de maneira desatenta, essa percepção pode nos faltar. Afinal, a moda é uma indústria que vende massivamente para as mulheres e que depende totalmente da

mão de obra feminina nas linhas de produção. No Brasil, a maioria da mão de obra da indústria são mulheres. No mundo, esse montante é enorme! A presença feminina também é quase total nos cursos da área. Nas universidades e escolas criativas do Brasil, basta entrar numa sala de aula de qualquer curso de moda para notar que quase todo o corpo estudantil é composto por mulheres. A Fashion Institute Technology, uma das escolas mais conceituadas de Nova Iorque, afirmou que a maior de seus estudantes em 2014 eram do sexo feminino. Entretanto, além de faltar mulheres nas posições de liderança e CEOs, nem um quarto dos altos cargos das maiores empresas de moda são femininos. Ou

45


Que se fúcsia! seja, as mulheres estão entrando em maioria díspar no mercado de moda, mas elas não chegam no topo e estão longe de ditar as regras. Recentemente, o Business Of Fashion fez um levantamento das semanas de moda de Nova Iorque, Londres, Milão e Paris para analisar a quantidade de mulheres versus a quantidade de homens à frente das marcas. A conclusão: dos 371 designers por trás das 313 marcas levantadas pelo BoF durante as quatro semanas de moda, menos da metade eram mulheres.

apenas 3 das 15 marcas de moda do grupo LVMH eram comandadas por mulheres: Carol Lim na Kenzo e Florence Torrens na Thomas Pink. No grupo Kering, apenas Stella McCartney está à frente de sua marca homônima e Sarah Burton à frente da Alexander McQueen estão em posições de liderança criativa, o que revela a falta da mulher nessa área.

Se tantas mulheres no mercado, porque tão poucas em destaque?

Nova Iorque e Londres, que contam com marcas mais novas e jovens, têm a maior porcentagem de mulheres à frente de marcas com quase metade das vagas ocupadas por elas. Nas semanas de moda mais tradicionais e que contam com mais marcas de prestígio, a diversidade é pior com 37 diretoras criativas em Paris e apenas 31 em Milão.Não à toa, a estreia de Maria Grazia Chiuri como diretora criativa da Dior nessa temporada causou grande euforia. A marca nunca tinha tido uma diretora criativa mulher e, antes dela,

No Brasil, a São Paulo Fashion Week, considerada a maior semana de moda da América Latina conta com 28 estilistas à frente de 25 marcas. Na edição que começou domingo, 23/10, são 13 mulheres ocupando o posto de diretoras criativas não chegando nem na metade dos participantes.

Já quando o assunto são novos talentos, diferente do que acontece em Nova Iorque e Londres, o cenário é ainda pior para as mulheres por aqui. Na 39ª edição da Casa de Criadores, evento que acontece há 20 anos em São Paulo e dá espaço para designers menos conhecidos, dos 19 estilistas à frente das marcas apenas 5 eram mulheres. Outro evento importante do país que, apesar de ser

A mineira Glória Coelho tem 40 anos de história na moda brasileira e permanece à frente de sua marca homônima.

46


Que se fúcsia!

mais um salão de negócios, conta também com desfiles, a 19ª edição do Minas Trend teve 8 desfiles no line-up somando 10 estilistas dos quais 6 são mulheres. O Minas Trend tem a maior porcentagem de mulheres à frente dos desfiles, com 60 delas ocupando cargos de diretoria. Vale lembrar também que nenhuma mulher é responsável criativa e/ou idealizadora desses eventos que marcam o calendário de moda nacional. Paulo Borges está à frente do SPFW, André Hidalgo da Casa de Criadores e Olavo Machado Junior, presidente da FIEMG, à frente do Minas Trend. Nesse recorte de gênero se faz necessário também fazer o recorte de raça e destacar a ausência de mulheres negras à frente das marcas brasileiras que compõe o calendário de moda. Enquanto alguns estilistas negros pontuam de maneira tímida os desfiles brasileiros, não há nenhuma mulher como estilista ou diretora criativa dessas marcas. Fora do Brasil não é diferente. O New York Times trouxe o assunto à tona em 2015 revelando que apenas 4 dos 260 desfiles de maior alcance contavam com estilistas negros, um dado assustador. Outro ponto que deve ser trazido em debate é: quem ocupa os cargos das organizações brasileiras e associações ligadas ao desenvolvimento da moda nacional como a Abest (Associação Brasileira de Estilistas) e ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil)? À frente da Abit temos dois homens: Rafael Cervone e Fernando Pimentel, à frente da ABEST temos Roberto Davidowicz, e à frente da ABVTEX temos Edmundo Lima. Se somos nós que fazemos, consumimos e estudamos essa indústria, por que não somamos nem metade à frente dos desfiles mais importantes e nem 1/4 em posições de liderança nas maiores empresas do segmento? Temos algumas respostas para essas perguntas, mas basicamente a moda, como todas as outras indústrias, reproduz e mantém a desigualdade de gênero.

Maria Grazia Chiuri faz história ao ser a primeira mulher à frente da marca francesa Dior.

47


Que se fúcsia!

“Idêntico a outras indústrias, a indústria da moda requer recursos de capital em forma de dinheiro e mão de obra para manter suas casas de moda. A necessidade de recursos para a administração e manutenção da corporação também tende a reproduzir a desigualdade de gênero na base da indústria da moda. A teoria sociológica do poder, a qual Ridgeway faz referência em Framed By Gender (Emoldurado Por Gênero), mostra que a dependência entre as pessoas, resultantes da necessidade humana de recursos valiosos, é desigualmente distribuída. Casas de moda estão constantemente à procura de investidores ricos com os recursos de capital necessários para lançar e sustentar suas corporações. Consequentemente, esta distribuição desigual de recursos de capital entre homens e mulheres nos Estados Unidos continua a colocar mais homens nas posições de autoridade”. O clube do bolinha, porém, não se limita às posições de autoridade e liderança, ele adentra o

48

universo criativo também. Homens tendem a se cercar de homens e esse é um dos motivos pelos quais frequentemente são os homens os nomeados pelos CEOs dos grandes grupos de moda a cargos de direção criativa. Em um artigo de 2005 no New York Times, a disparidade entre homens, principalmente homens gays, e mulheres à frente das marcas de moda internacionais mais famosas já era questionada. Um dos pontos levantados era exatamente como os designers mais famosos tendem apadrinhar designers homens e raramente uma mulher.


Que se fúcsia!

KAOL

Porfírio lu

ta como garota

A

ilustradora, desenvolvedora de jogos e gamer Kaol Porfírio, do Rio Grande do Sul, criou uma série de ilustrações chamada Fight Like a Girl, ou Lute Como Uma Garota. Nela, estão representadas guerreiras famosas da ficção, para provar que as mulheres também podem ser lutadoras impiedosas e inspiradoras. Em sua página do Facebook, Kaol já desenhou Sarah Connor, Xena, Mulan e Beatrix Kiddo. Ela nos concedeu uma entrevista na qual fala sobre a série e sua experiência como mulher no mundo dos games, cuja famosa misoginia é desafiada diariamente por garotas no mundo inteiro que lutam por seu direito e sua voz em uma indústria que é em boa parte financiada por elas.

49


Que se fúcsia! Como você avalia a participação feminina na indústria dos games na atualidade? A participação feminina na industria de jogos é muito baixa. Normalmente em cursos de jogos ou de especializando na área as mulheres fazem parte de 5 dos alunos, e acredito que não deva passar dos 20 em empresas. Um movimento chamado #1ReasonWhy reuniu vários desabafos de desenvolvedoras de jogos e com eles dá para ter uma grande ideia quao hostil é a área e quanto amor você precisa ter para trabalhar na mesma.

Há muitas críticas sobre a forma sexualizada como as personagens de games são retratadas. Qual sua visão sobre essas críticas? São fundamentadas? A sexualização excessiva e a objetificação de personagens femininas nos jogos não tem nada de diferente de qualquer industria de enterimento focada no publico masculino, muita vezes com a desculpa de ser apenas “fantasia” ou “liberdade do design”. Mas o que realmente acontece é a mulher sendo retratada como um objeto apenas para agradar o publico masculino, ignorando totalmente as jogadoras, que pelos últimos números do ESA, são 48 do publico. Sem falar que na maioria das vezes, as personagens não possuem nenhum valor pra trama, estão ali para “enfeite”. A mulher é, na maioria das vezes, mal representada nos jogos.

O que as mulheres podem fazer para conquistar mais espaço na indústria dos games, entendida como uma indústria masculina?

50

Vejo muitas mulheres se destacando na industria, isso dá força e encoraja. Na ultima Global Game Jam (evento onde desenvolvedores se reúnem para produzir jogos em 48 horas) o vídeo de abertura do evento contou a desenvolvedora brasileira Amora Bettany, que trouxe um discuso de desconstrução bastante claro, e acredito que isso tenha atingido muitas pessoas e feito elas saírem das suas “caixinhas”. Mulheres como ela mostram que é possivel mudar o ambiente e conquistar seu espaço, sendo um exemplo para as gerações.

Você já sofreu algum tipo de preconceito no seu trabalho como game developer? Em caso positivo, por favor nos conte. Em caso negativo, já testemunhou alguma outra mulher sofrer preconceito? Em um evento de jogos é comum de acontecer das pessoas me ignorarem, acreditando que estou ali apenas para “acompanhar meu namorado”. E essa reclamação não é só minha, veio de uma amiga, em um evento, que se sentiu ignorada em conversas. Eu tento sempre estar com pessoas que me conhecem e que confio, e como game developer, aqui no sul, temos uma associação de devs – adjogosrs -bastante unida, o que me deixa bastante tranquila na área. Já como gamer, a coisa muda. Somos tratadas extremamente mal em jogos online. Escondo sempre minha foto de perfil, minha voz e evito chat. Já fui chamada de muita coisas, simplesmente pelo fato de ser mulher. Além claro, de cantadas e mais cantadas. É cansativo e humilhante.

Por que você decidiu fazer a série FIGHT LIKE A GIRL? E por que você acha que ela fez tanto sucesso? Iniciei a “Fight Like a Girl” com o proposito de desabafo, e acredito que muitas mulheres se identificaram com a série pelo mesmo motivo. Meu desejo é homenagear mulheres fortes que podemos nos orgulhar, que mesmo fictícias, inspiram a vida de muitas pessoas. Não havia nenhuma intensão de sucesso. Na verdade eu nunca imaginei que iria ter o feedback que estou tendo com a série. É gratificante e inesperado. Iniciei e publiquei. Em uma semana ganhei mil curtidas e muitos comentários, tanto de elogios quanto de pedidos. Foi então que notei o quanto mulheres se identificaram e precisavam lembrar que sim, existem mulheres que lutam!


Que se fúcsia! ‘Notei o quanto mulheres se identificaram e precisavam lembrar que sim, existem mulheres que lutam!’ Kaol Porfírio

51


Que se fúcsia! Empreendedorismo mulheres empoderadas +

O

OLGA Mentoring: Escola de Líderes surgiu do desejo de ajudar mulheres a ir além em suas ideias de negócios. O empreendedorismo é uma importante ferramenta para a diminuição da desigualdade de gênero, seja pelo fato de que nesse modelo a mulher é dona do próprio negócio e, assim, pode eliminar o problema de discriminação dentro da empresa, quanto pelo aumento feminino no número de empresários do país. Para as mulheres, empreender no Brasil ainda é desafiador, e os números não mentem: embora estejam à frente de quase metade dos negócios, um número insignificante delas são sócias ou proprietárias de empresas de grande porte, segundo dados de pesquisa divulgada pelo Experian este ano. Isso se dá não apenas pela segregação de gênero institucionalizada a que são submetidas no mundo

52

corporativo, permeada por muitos preconceitos inconscientes ou não. A ausência de mulheres nestes cargos também acontece por um traço cultural de muitas empreendedoras brasileiras: o desejo de empreender em busca de qualidade de vida, e não por ganhos financeiros – uma reação direta das mulheres a modelos de negócio despreparados para as particularidades das funcionárias. Sendo assim, boa parte das empreendedoras brasileiras preferem abrir pequenos negócios para conciliar vida pessoal e profissional, ficar mais perto de casa, da família, fugir do mundo corporativo e conquistar um novo ganha-pão, mas hesitam na hora de expandir os negócios. Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos micro ou pequenos empreendimentos são comandados por mulheres, sendo que o número sobe quando somadas as Micro Empreendedoras Individuais (MEI).


Que se fúcsia!

O que é a Escola? Criado com o objetivo de ajudar mulheres a seguir o caminho do empreendedorismo, o OLGA Mentoring Escola de Líderes tem sua primeira edição em São Paulo com turma de oito alunas com diferentes histórias de vida. Mães, avós, jovens cheias de ideias, elas foram selecionadas entre as mais de 300 candidatas que mostraram interesse pelo curso, para que aprendam a empreender. As aulas e workshops abordam temas variados e essenciais para quem deseja dar os primeiros passos no mundo do empreendedorismo: como montar um plano de negócios, noções de marketing, como vender sua ideia, finanças, tendências, etc. São nove encontros presenciais realizados no Aldeia Lisboa Espaço.

Atualmente ela é empreendedora e sócia da Think Eva, consultoria de negócios para marcas que desejam uma comunicação mais eficiente com o público feminino, com bastante conhecimento nessa questão do mundo feminino. “As mulheres não arriscam tanto ou arriscam menos que os homens porque porque não têm as ferramentas e conhecem menos o conteúdo de negócios. Daí veio a ideia: por que nós não fornecemos isso a elas? E aí juntamos também o desejo de fornecer mentoria e criar uma rede de apoio”, explica Nana. Mais que um local de aprendizado, o OLGA Mentoring busca ser um espaço no qual as participantes possam falar abertamente sobre suas ideias, receber feedbacks construtivos e contar com a experiência de quem já possui mais tempo de mercado – além de aumentar a base de contatos e conhecimento dessas mulheres

A Escola é liderada por Nana Lima, publicitária formada pela FAAP com MBA pela ESADE Business School, de Barcelona, especialização em Comunicação e Marketing de Moda pelo Istituto Europeo di Design (IED) e experiência em agências de publicidade e na área de marketing de grandes empresas,

53


Azueira

Sábado, 25/3 Domingo, 26/3 Metallica The xx The Chainsmokers Rancid The 1975 G-Eazy Tove Lo Cage The Elephant Criolo Marshmello Vintage Culture Glass Animals

54

Tegan and Sara Tchami Don Diablo Suricato Victor Ruiz Bob Moses Jaloo Haikaiss BaianaSystem Ricci Doctor Pheabes The Outs

The Storkes The Weeknd Marting Garrix Duran Duran Flume Two Door Cinema Club MØ Melanie Martinez Oliver Heldens Nervo Catfish and the Bottlemen

Jimmy Eat World Céu Illusionize Chemical Surf Vance Joy Borgore Silversun Pickups Griz Daniel Groove Gabriel Boni Bratislava


Lollapalooza 2017 O

Azueira

Confira as atrações que o festival traz para o Brasil no próximo semestre

Loolapalooza 2017 Brasil já tem datas confirmadas: 25 e 26 de março. Durante dois dias de programação, os amantes do Lolla poderão curtir shows internacionais e nacionais. Em 2017, o Lollapalooza será novamente realizado em São Paulo, no Autódromo de Interlagos. A pré-venda dos ingressos já começou e as atrações do lineup já foram divulgadas.Para os grandes fãs da música indie, a banda clássica The Strokes é um dos headliners do festival. Também estarão presentes

as bandas Two Door Cinema Club, The XX, Cage The Elephant e The 1975. Já os fãs do heavy metal poderão curtir um show histórico do Metallica, uma das maiores bandas de rock do mundo. A banda Rancid também é uma boa para aqueles que curtem punk rock. E ainda, para quem curte um pouco mais de pop e música eletrônica, as atrações Martin Garrix, The Weeknd, Duran Duran, Victor Ruiz, Vintage Culture e MØ. Resumindo: o Lollapalooza 2017 vem com tudo. E fica ligado que os ingressos já estão disponíveis.

No total, mais de 60 artistas fazem parte da próxima edição do Lollapalooza, com destaque para Metallica. A lendária banda de rock apresentará seu mais recente álbum de estúdio, Hardwired... To Self-Destruct.

55


Azueira

GAUDÍ O

l i s a r B No

arquiteto catalão Antoni Gaudí, conhecido por cultivar estilo próprio durante o processo de modernização da arquitetura europeia, está muitíssimo bem representado no Brasil. A exposição “Gaudí, Barcelona 1900” chegou ao nosso país com grandes obras do mestre. A mostra reúne 71 peças, sendo 46 maquetes e outras 25 de mobiliários e objetos. Além de Gaudí, também fazem parte da exposição outros 42 trabalhos de diversos artistas de Barcelona, todos datados dos anos 1900. O mais legal de tudo é que Gaudí, Barcelona 1900 vai passar por diferentes cidades do Brasil, a começar por Florianópolis, que está recebendo a mostra até o dia 30 de outubro. As próximas cidades deverão ser São Paulo, Brasília, e outra capital, a ser definida. Além da exposição, em Florianópolis acontece paralelamente um passeio de realidade aumentada por Barcelona de ônibus! Andando pelas ruas da capital catarinense mas utilizando óculos 3D, os visitantes podem fazer um tour por Barcelona, passando pelas principais obras do arquiteto. Em um curto percurso por Floripa, quem faz o trajeto percorre virtualmente a cidade catalã com vista de 360°. Na Exposição vale a pena conferir as maquetes em escalas monumentais, como aMaquete da Sagrada Família, obra-prima do arquiteto catalão.

56

Em Florianópolis, a exposição ocorre de 27/08 a 30/10 (de terças a domingos – 10h às 21h) no Museu de Arte de Santa Catarina – MASC. Os valores são: de quarta-feira a domingo R$10 (meia R$5). Entrada gratuita às terças-feiras. O público que for conferir a exposição poderá embarcar em um ônibus turístico e passear pelas ruas de Barcelona por meio de um óculos de realidade virtual.

Visitas para pessoas com deficiência O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), em Florianópolis, vai oferecer visitas mediadas gratuitas para pessoas com deficiência naexposição Gaudí: Barcelona 1900. As sessões exclusivas para pessoas com deficiência contarão com tradução em Libras e também com o serviço de um aplicativo que funciona como guia em áudio para cegos. Os cegos também poderão tocar em algumas obras.


Azueira

57


Azueira MÚSICA,

Teatro, ARTE,

Consciência. Você conhece o

P

? a i l á d o c Psi

sicodália é um festival multicultural independente, que abre espaço para diversos cenários artísticos e culturais. Na música, encontram-se presentes o rock’n’roll e suas vertentes, como e o rock progressivo e o psicodélico, o rock rural, e também estilos como o jazz, blues, mpb, soul, reggae e músicas regionais. Atualmente, o festival é realizado na cidade de Rio Negrinho – SC, e desde 2006, ocorre anualmente no Carnaval, o que faz com que o Psicodália tenha se tornado uma alternativa para quem deseja um programa diferente para esse período. Hoje, o Psicodália atrai em torno de 5.000 pessoas a cada edição, Atualmente a visão geral é desenvolver o cenário musical, tornando-o mais profissional e incentivando as bandas a produzirem mais e melhor. Ao mesmo tempo, propõe formação de público, preparando a audiência para ouvir músicas de bandas independentes e tornando-a mais crítica.Segundo um de seus organizadores: “O Movimento Psicodália é uma iniciativa que visa, além de integrar o público, descobrir novos talentos. Acreditamos que o incentivo à produção de música própria, numa época em que a indústria comercial domina o Mercado, seja de grande importância. Então, nos shows as bandas executam somente suas composições próprias, sem qualquer música ‘cover’. O objetivo deste regulamento é incentivar as bandas a produzirem músicas próprias, fomentando o desenvolvimento do talento músico-teatral dos músicos e aproximando o público da essência das bandas.’’

58


Azueira No Psicodália você encontra artistas vindos de todo o território brasileiro e também ícones consagrados, nacional e internacionalmente. Por lá já passaram nomes como: Tom Zé, Baby do Brasil, Mutantes, Sá e Guarabyra, Alceu Valença, Moraes Moreira, Hermeto Pascoal, Gong, Casa das Máquinas, Som Nosso de Cada Dia, Ave Sangria, Paulinho Boca, Almir Sater, Yamandu Costa, Made in Brazil, Di Melo, Blues Etílicos, Terreno Baldio, A Bolha, Módulo 1000, Pedra Branca e muitos outros.

O público presente no festival possui consciência em relação à boa convivência em sociedade e também há uma preocupação mútua com a natureza, e por isso o festival é conhecido por sua sustentabilidade.

Em mais de 10 anos, o festival já soma mais de 450 apresentações musicais realizadas. Além dos shows, também são promovidas atividades em oficinas que envolvem dança, teatro, circo, música, ecologia e saúde, assim como a exibição de filmes e peças de teatro, recreações adulto e infantil, exposições, bazar, entre outros.

Para a edição de 2015, foi oferecido 40 banheiros secos, o que na edição anterior de 2014, diminuiu o impacto ambiental, deixando de retirar da natureza, cerca de 20 mil litros de água. Na ediçao de 2015, a reduçao do consumo de agua chegou a 40 mil litros. Os pontos de coleta seletiva e triagem estão cada vez melhor equipados e sinalizados. Para atender a legislação, áreas destinadas para fumantes vão ser delimitadas na próxima edição. A organização coloca a disposição equipas para dialogar e realizar oficinas sobre as metodologias. ‘‘Basicamente, trata-se de humanismo, de cuidar de nossa terra, dos animais e os nossos companheiros seres humanos tratando todos com respeito. É apenas dar vez ao bom senso.’’ Cita os organizadores.

O festival tem como uma das ideologias a conscientização ecológica e trabalha com um programa de gerenciamento de resíduos. Como uma das alternativas para reduzir a produção de lixo, é oferecido aos participantes copos reutilizáveis, onde é possível servir bebidas com refil. Além disso, o lixo é reciclado e há diversas lixeiras bem posicionadas e sinalizadas.

O MEIO AMBIENTE O PSICODÁLIA tem desde 2012, o meio ambiente como foco. Uma questão importante que a organização está em constante esforço para melhorar.

O Psicodália teve início em 2001, com um projeto piloto em Angra dos Reis/RJ. O objetivo era criar um espaço para que bandas autorais independentes pudessem divulgar seus trabalhos. A primeira edição contou com 150 participantes. 59


60


61



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.