Revista MM (Mistura Manauara)

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Mistura Manauara Edição nº1/ano 2013

Expediente Projeto Gráfico e Diagramação Anna Lôyde | Mariana Evangelista

Periodicidade Bimestral

Capa Lambe-Lambe e pintura em parede da artista Hadna Abreu. Fotografia de Nalôyde.

Agradecimentos Agradecemos a Deus em primeiro lugar. Nossos sinceros agradecimentos às nossas professoras e orientadoras Karla Mazarelo e Suellen Freitas. Aos artistas Lobão, Thaisis Isy, Chermie e Hadna Abreu. E todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para realização deste projeto.

Mistura Manaura é uma revista fictícia

desenvolvida para a disciplina Produção e Análise Gráfica do curso de Design da Universidade Federal do Amazonas. As informações foram retiradas de fontes diversas. A revista possui textos modificados, assim como de textos produzidos pela equipe. Foram utilizadas imagens retiradas da internet. A revista não possui fins lucrativos.


SUMÁRIO

Expô Jungle Color 2

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24 Oficinas de Graffiti

36 Hadna Abreu

Curativos Urbanos

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Grafitti na Cidade Nova

26 Graffiti nos bairros

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30 Mulheres no Graffiti: Isy e Chermie


Expô Jungle Color 2 A escolha dos participantes da exposição ‘Jungle Colors’ foi baseada, segundo Rodrigo Pot, no destaque desses profissionais ao longo do ano passado O Sesc Amazonas recebe, a partir de sexta-feira 5 de abril, a exposição de grafite “Jungle Colors 2 — O Poder das Ruas”, que reúne obras de cinco artistas. O lançamento será às 19h, na galeria Moacir Andrade, no Sesc Centro, com entrada gratuita. A exposição ficará aberta ao público até o dia 30 de abril. Fazem parte da exposição os artistas amazonenses Soneka, Lobão, Ilove Magenta, Hadna Abreu e o grafiteiro de Belo Horizonte Ed- Mun. A exposição tem curadoria de Turenko Beça. Exposição de grafite “Jungle Colors 2 O Poder das Ruas” é gratuita. De acordo com o organizador da exposição 6 Mistura Manauara

Rodrigo Pot, foram reunidos trabalhos de grafite que vão desde o realismo a figuras humanas, personagens letras e objetos em 3D. “Procuramos fazer uma seleção de artistas que tem trabalhos de destaque no cenário local e sempre

“Jarbas Lobão é um dos principais nomes da cena que trabalha com realismo” chamamos um artista de fora do estado. Cada um vai expor seu trabalho de forma diversificada”, destacou. O objetivo da ação, segundo Rodrigo, é contribuir


para o desenvolvimento da Street Art, principalmente o grafite e suas diferentes modalidades e estilos. O Sesc Centro está localizado na rua Henrique Martins, 427. A exposição “Jungle Colors”, que teve sua primeira edição em setembro de 2011, volta a ser realizada, a partir desta sexta-feira (5), na galeria Moacir Andrade do Serviço Social do Comércio (SESC), na rua Henrique Martins, Centro. A intenção dos organizadores é contribuir para a valorização dos profissionais autodenominados de escritores do grafite, em detrimento ao termo grafiteiro, que era mais comum há pouco tempo. Com a curadoria do artista plástico Aníbal Turenko Beça, a exposição deste ano traz as criações dos artistas locais Hadna Abreu, Jarbas Lobão, Ilovemagenta e Marcos Soneka, além do mineiro Edmun. “Vamos mostrar ao público obras que apresentam a aplicação do graffiti na parede, em telas e colagens, além de peças, como objetos que saem da parede, por exemplo”, afirma o realizador da mostra, Rodrigo Pot, que atua como escritor do grafite há pelo menos 10 anos e há 4 anos é um dos sócios que mantém uma loja especializada no assunto. Em 2012, não houve a exposição devido à falta de disponibilidade de datas para a utilização dos espaços do Sesc, que é uma das instituições consideradas como parceiras do segmento de escritores de grafite. O curador Turenko Beça afirma que esta é uma edição diferenciada. “Ao contrário da primeira edição, cujo objetivo era mostrar mais a cara de todo mundo, desta vez o propósito é apresentar quem tem um quê a mais dentre os demais. 7 Mistura Manauara


obras que apresentam a aplicação do graffiti na parede, em tela s e colagens, além de peças, como objetos que saem da parede 8 Mistura Manauara


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Curativos Urbanos Uma ação que usa cor e bom humor para despertar a atenção sobre os machucados das calçadas - que podem machucar muita gente por aí.

O GRUPO E A IDEIA Somos um grupo de 6 pessoas Todo o cidadão deve ter condições que usa bastante a cidade e, por isso, de se locomover pela sua cidade com conversamos muito sobre poluição, qualidade e, para isso, o mínimo que ruído, mobilidade e como os espaços precisa são calçadas decentes. públicos são, na maioria das vezes, pouco interessantes. Um dia, sentimos a OBJETIVO DA AÇÃO necessidade de fazer algo para melhorar Nosso objetivo é chamar a atenção tanesse pontos, nem que seja algo pequeno. to da sociedade como do poder público. Queremos incentivar as pessoas a analiO projeto Curativos Urbanos nasceu sarem o local que passam todos os dias, a dessa vontade. Acreditamos que uma falarem sobre isso e, quem sabe, se interesboa calçada é boa para todos: crianças, sar mais pelo assunto. Acreditamos muito pessoas com deficiência, idosos. 12 Mistura Manauara


na força que as pessoas têm para mudar a realidade em que vivem. Outro ponto importante é que muitos acham que o poder público é responsável pela conservação e manutenção da calçada em frente à sua casa, quando na verdade essa responsabilidade é do proprietário do imóvel e até do locatário (com exceção de locais de responsabilidade do governo). Claro que o governo tem o dever de fiscalizar, mas o cidadão também precisa fazer a sua parte. Então nosso objetivo é também informar e esclarecer dúvidas. ONDE ESTÃO OS CURATIVOS A ação já aconteceu em São Paulo - SP, nas regiões da Paulista, Pinheiros, Vila Madalena e Centro, e também no Rio de Janeiro - RJ, por Botafogo e Gávea. A ideia é fazer a intervenção sempre que a gente puder e incentivar quem quiser participar dessa ideia. Aliás, pessoas de fora do grupo já fizeram a ação nas suas cidades: Campinas - SP, Assis - SP, Porto Alegre - RS, Vitória da Conquista - BA e Roma - Itália. MATERIAL Nessas primeiras ações, os curativos foram feitos de EVA. Apesar de reciclável e reutilizável, é um material que exige monitoramento para garantir que não vire lixo. E isso acaba fazendo com que a ação dure pouco tempo, pois logo recolhemos os curativos ou eles são levados pelo pessoal da limpeza. Agora estamos estudando outros materiais para as próximas ações. Alguma sugestão?

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Graffiti na Cidade Nova Cidade Nova: um dos bairros mais procurados por graffiteiros de Manaus Com passar dos tempos o Mundo das artes foi se comportando de maneiras diferentes, e com o Graffiti não foi diferente, as mudanças vieram e os estilos passaram por diversas tranformações. Esteticamente ficaram mais dinâmicos com utilização de muitas cores vibrantes. No bairro Cidade Nova não é diferente, o que vemos, é uma grande variedade de graffitis expressas em diferentes estilos por vários artistas em muitos muros do bairro.Os graffitis são obras de vários artistas e graffiteiros no qual misturam seus traços fazendo sobreposições até de suas composições. A quantidade de muros grafitados nesse bairro é o que chama atenção dos moradores e das pessoas que passam pelas ruas do bairro.

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Oficinas de Graffiti A associação para o Desenvolvimento Integrado e Sustentável (Adeis) reúne cinco artistas para ministrar a oficina ‘Grafite AS’, no período de 18 a 22 deste mês. O curso faz parte do projeto ‘Renda Criativa’ e acontece na unidade do bairro Grande Vitória, Zona Leste. A coordenadora de projetos de geração de trabalho e renda da Adeis, Valéria Machado, explica que a associação conta com o apoio da Central 24 Mistura Manauara

Única das Favelas (Cufa), ambas têm como proposta o atendimento ao público de baixa renda, com a disponibilização de atividades que contribuam para a inclusão social. A oficina terá 30 alunos, divididos em duas turmas, nos horários matutino e vespertino. Em uma carga horária de 15 horas, os jovens aprenderão sobre os seguintes temas: grafite e expressão, grafite e estêncil, entre outros.


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Graffiti nos bairros Em Manaus, o graffiti já toma conta dos muros e viadutos. Podem ser encontrados em qualquer lugar por onde você passe; mas os mais vistos e lembrados são aqueles que estão nas principais ruas da cidade. Avenidas e ruas bastante conhecidas são as molduras favoritas dos artistas. “Como artistas, queremos ter nosso trabalho apreciado por um grande número de pessoas”, diz Arab, para quem a pichação aparenta ser tudo igual, mas ela é basicamente

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a assinatura de uma pessoa, o bastante para identificar sua autoria. O graffiti vem crescendo; ninguém parou de grafitar. Subiu o nível técnico e novas pessoas vão aparecendo também, inclusive várias garotas. Tenho notado que essa arte gráfica está retornando às suas origens, buscando unir atitude e qualidade artística. Com isso, é de se esperar que a arte seja visionária e respeitada, mas sempre malcriada.


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Mulheres no Graffiti: Isy Com estilo suave e delicado, a grafiteira mostra as contradições imposta pela sociedade em relação à arte Thaisis sempre gostou de desenhar. Aos 11 anos, quando chegou em Manaus, encantou-se com os desenhos nos muros da cidade e decidiu se especializar. “Poder mostrar a arte para todos, sem distinção de sexo e idade, me fascinou. Fiz cursos de desenho e depois entrei para a faculdade de artes na Universidade Federal do Amazonas (Ufam)”, contou a artista. A artista conta que superou as críticas sociais e se manteve firme. “Os colegas de arte sempre me receberam de braços abertos. Em alguns casos, o preconceito estava no olhar da sociedade. Isso só me faz querer continuar com o trabalho”, destacou Thaisis. 30 Mistura Manauara


poder mostrar a arte para todos, sem distinção de sexo e idade, me fascinou

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Mulheres no Graffiti: Chermie Chermie: (...) nada melhor do que eu pintar algo que tenha a ver com a minha terra” A grafiteira e tatuadora Chermie (Sarah Regina Ferreira), 24, nasceu em Manaus, estado do Amazonas, Região Norte do Brasil. Iniciou sua trajetória na cena urbana manauense participando das pichações na escola onde estudou com mais três colegas de sala de aula, na época, integrantes da “gang” Garotos Diabólicos (GD). A personagem Shermie de The King of Fighters, uma lutadora de um jogo para videogame, foi sua inspiração para a tag Chermie. De acordo com ela, o grafite foi o que lhe proporcionou ser a mulher que é hoje. 32 Mistura Manauara


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Hadna Abreu “É bom que o artista tenha visão de espaço, não se limitar à galeria, não se limitar à rua “ (Hadna Abreu) SOBRE A ARTISTA Hadna Abreu nasceu e reside na cidade de Manaus - AM. A artista plástica vem desenvolvendo trabalhos baseados em pessoas idosas, e por meio de desenhos, pinturas em telas, arte urbana, pintura digital, videoarte, gravura, serigrafia entre outras possibilidades de aplicação, tem amadurecido e estudado conceitos de tempo e suas marcas. INSPIRAÇÃO Encontrou nas linhas, uma forte representação do percurso da vida - a Linha do Tempo é apenas um ponto em movimento”. Sua inspiração maior é o amor e convivência com seus avós, é 36 Mistura Manauara

neles que criou o fascínio pelas linhas expressivas, marcas dos tempos vividos. Além do tema com os idosos, também tenta representar o sonho e a lembrança da infância imaginária, brincando com elementos surreais flutuantes, formadas pela dinâmica de linhas e cor que transparece sob o papel.


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