Cohousing Sênior Uma experiência de projetar para idosos no Brasil Anne Tavares
Anne Cristine dos Santos Tavares
Trabalho Final de Graduação - Diplomação 02 Orientador: Luiz Pedro de Melo César Banca examinadora: Maria Cecília Gabriele | Eduardo Rossetti | Alexandre Sampaio
agradecimentos Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus pelas oportunidades e força para que eu caminhasse à conclusão de mais uma etapa da minha vida. Agradeço a todos que de alguma maneira contribuiram com as minhas conquistas. Em especial aos meus pais, Weber e Elisabete, por todo o apoio e força para que eu pudesse realizar meus sonhos, vocês são minha inspiração. À minha irmã, Beatriz, pela amizade e companherismo, Ao meu esposo, Gabriel, que desde o início compartilhou momentos e experiências, me apoiando e incentivando a ser melhor. Às minhas avós, Marlene e Enedite, minhas inspirações para este trabalho, que me fazem lembrar todos os dias a importância que é cuidar e ampará-las com amor e carinho. Às minhas amigas de faculdade, em especial aquelas que desde o início do curso estão presentes, Alyne, Fernanda e Flávia, obrigada pelo apoio e companhia. Às empresas das quais pude, durante minha graduação, estagiar e apreender a arquitetura na vivência, em especial à Fox Engenharia, Zárya Arquitetura e o Atelier Versiani. Ao meu orientador, Luiz Pedro, por compartilhar seus conhecimentos e experiência durante as aulas e orientações.
prefácio Compartilhar um ambiente significa compartilhar experiências, costumes e atividades, no Cohousing essa vivência está presente, fortalecendo assim, o senso de comunidade e interação social, porém ao mesmo tempo, os moradores possuem sua privacidade e autonomia. O objetivo do Cohousing Sênior é dar ao idoso um espaço voltado a ele e às suas atividades, respeitando suas limitações e estimulando um envelhecimento saudável e ativo do morador.
sumário JUSTIFICATIVA ................................................................................6 CONTEXTUALIZAÇÃO ...................................................................... 7 O ENVELHECER ..................................................................... 8 IDOSO NO BRASIL.................................................................. 9 ENVELHECIMENTO ATIVO................................................... 10 A FAMÍLIA ............................................................................. 11 COHOUSING SÊNIOR ..................................................................... 12 REFERÊNCIAS TEÓRICAS ....................................................14 REFERÊNCIAS PROJETUAIS .............................................. 16 CONTEXTO URBANO.......................................................................18 HISTÓRICO ...........................................................................20 LOCALIZAÇÃO ..................................................................... 21 FLUXOS E TRANSPORTES ..................................................23 O LOTE ..................................................................................24 ANÁLISE BIOCLIMÁTICA .................................................... 25 LEGISLAÇÃO ........................................................................26
PROPOSTA .............................................................................................. 28 PROGRAMA DE NECESSIDADES .......................................... 29 ORGANIZAÇÃO ESPACIAL .................................................... 32 INTEGRAÇÃO............................................................................. 34 ERGONOMIA ........................................................................... 37 SUSTENTABILIDADE ............................................................... 39 SISTEMA CONSTRUTIVO ............................................................. 41 VOLUMETRIA ................................................................................ 42 IMPLANTAÇÃO .............................................................................. 43 CONSTRUÇÕES ....................................................................................... 50 PRAÇAS......................................................................................... 50 PORTARIA ..................................................................................... 53 BLOCO A ....................................................................................... 54 BLOCO B........................................................................................ 58 BLOCO C........................................................................................ 62 HABITAÇÃO UNIFAMILIAR .......................................................... 64 HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR...................................................... 66 CONCLUSÃO .......................................................................................... 68 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS ............................................................. 69
justificativa Pela 1ª vez, o mundo tem ‘mais avós do que netos’. Este é o título do artigo publicado em abril de 2019 por Fernando Duarte, da BBC News. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente, o mundo possui cerca de 705 milhões de pessoas acima de 65 anos e 680 milhões de crianças de 0 a 4 anos de idade. A estimativa é que até 2050, o número de idosos será o dobro do número de crianças. Esse desequilíbrio é justificado pelo prolongamento da vida e a redução da taxa de natalidade. Como consequências, ao longo do tempo, haverá uma redução do crescimento populacional, bem como uma maior demanda por recursos do sistema de saúde e previdenciário, por exemplo, tendo então, a necessidade de uma maior atenção à saúde e longevidade do idoso.. Tendo em vista o crescimento da população idosa e a ausência de um amparo à ela, tornou-se fundamental a intervenção também na moradia para a terceira idade da qual satisfaça seus interesses e carências a partir de um projeto que possa modelar espaços para o amparo à saúde, retardando assim, doenças mentais características da idade e fortalecendo a sociabilidade entre familiares, vizinhos e a comunidade.
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contextualização O modelo de Cohousing Sênior proposto é um ambiente voltado integralmente à vida do idoso, contendo serviços de áreas variadas como saúde, entretenimento e lazer, permitindo e estimulando um envelhecimento saudável e ativo do morador. A integração ao meio não se limita ao complexo, mas torna-o expansão da cidade como forma de habitar, sendo assim, parte ativa desta. O objetivo é que o Complexo Cohousing atenda um público de idosos autônomos (Grau de Dependência I, segundo a RDC 283) de modo a permitir a privacidade e autonomia nas unidades residenciais e o convívio e lazer no centro de convivência do idoso. Ainda através da arquitetura, inserir a mobilidade inclusiva e o conforto em diverso conceitos ambientais como acústico, térmico e controle dos ventos. Por fim, garantir o envelhecimento ativo dos moradores e frequentadores a fim de se integrarem a comunidade.
Palavras-chaves retiradas das entrevistas com moradores do DF
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o envelhecer Como processo natural, o envelhecimento está totalmente ligado às práticas adotadas ao longo da vida que serão resultados em seu envelhecimento, saúde e bem estar. Envelhecer é um processo natural, entretanto, é considerado um declínio na vida para a sociedade ocidental, a perda de papéis sociais e as limitações físicas, isso torna o envelhecimento um acontecimento indesejável para algumas pessoas. As limitações físicas podem ser percebidas de formas diferentes de pessoa para pessoa, porém, em geral, as modalidades sensoriais mais afetadas são a audição, visão e equilíbrio, essas são manifestadas mais intensamente ao longo dos anos na terceira idade. Com o tempo, o idoso passa a ter algumas funções afetadas como a audição, em que o ouvido passa a ser mais sensível a altas frequências e ruídos, isso faz com que o idoso perca o interesse em certas atividades por não conseguir entender totalmente o que deveria. Outra função que é afetada é a visão, na qual a córnea perde parcialmente a transparência, desgastando a intensidade visual, dificultando por exemplo a identificação de elementos à distância e suas cores.
Por fim, o equilíbrio é a principal função sensorial afetada. A perda de equilíbrio é responsável pelos acidentes domésticos causados por quedas, principalmente no trajeto “banheiroquarto”. Pensar na luminosidade, pisos e disposições dos móveis na casa pode reduzir os relatos de quedas. Ao longo do tempo, essas perdas sensoriais e limitações físicas implicam em isolamento e abandono do idoso por parte da família e amigos, podendo causar depressão e crises de identidade. A rejeição ao idoso pela família faz com que ele viva em um espaço restrito, sem grandes possibilidades e sem autonomia, além de precisar superar o preconceito causado pelo seu envelhecimento.
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o idoso no Brasil O aumento do número de idosos é reconhecido e consequentemente considerado pela ONU como a “Era do Envelhecimento” (MINAYO, 2006). Dentre os países com a maior população do mundo estão o Japão (26,3%), seguindo da Itália (22,4%) e Grécia (21,4%). Em geral, quanto mais bem desenvolvido e consequentemente, um melhor padrão de vida, a longevidade é maior. Em 2003, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulgou a estimativa que em 2020, o Brasil alcançaria a posição de sexto país com o maior número de idosos, cerca de 30 milhões. Entretanto, o avanço dos números ultrapassou a previsão do IBGE, uma vez que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) de 2017 aponta que 14,6% da população brasileira têm 60 anos ou mais de idade, correspondendo a 30,3 milhões de pessoas.
Representação da população idosa (bonecos pintados) em relação a população total no Brasil FONTE: PNAD 2017 GRÁFICO: AUTORAL
Representação em porcentagem da população idosa no Brasil por estado FONTE: IBGE GRÁFICO: AUTORAL
Dentre as regiões do Brasil, o Sul encontra-se atualmente com o maior percentual de idosos em relação a população total, seguido do Sudeste e posteriormente, Centro Oeste. Em relação aos estados, em primeiro lugar encontra-se o Rio Grande do Sul e em nono, o Distrito Federal, onde será inserido o projeto do Cohousing Sênior.
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envelhecimento ativo
De acordo com a OMS:
O envelhecimento ativo é um processo que ressalta a independência, permitindo que o indivíduo perceba seu potencial físico, social e mental, além de garantir que ele tenha participação na sociedade, respeitando suas necessidades, capacidades e desejos enquanto desfruta de segurança, proteção e cuidados apropriados (OMS, 2005).
Desta forma, o envelhecimento ativo busca garantir a dignidade e autonomia da pessoa conforme a Constituição Federal. Por sua vez, a OMS busca propiciar as oportunidades de uma vida participativa, saudável e plena, a fim de ampliar a qualidade de vida durante a terceira idade. A união entre aspectos sociais, psicológicos e emocionais é visível ao integrar um indivíduo a um ambiente social adaptado e motivado a amplificar sua autonomia e particularidades. Quaisquer atividades, sejam elas intelectuais ou físicas, que mantenha o idoso interessado e estimulado estão relacionadas ao envelhecimento ativo. Assim, mais uma vez, a necessidade de criar ambientes projetados para um determinado grupo ou faixa etária é justificado, tendo em vista uma maior garantia de qualidade de vida e interação com o meio.
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a família Segundo o Artigo 229 da Constituição Federal (1998, p.60), “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência e enfermidade”. Ainda na Constituição, Artigo 230, “A família, a sociedade e o estada têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando a sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”. No descumprimento da lei, a justiça deve ser acionada, garantindo o direito do idoso. Segundo a Teoria da Integração Social de Durkheim (DURKHEIM, 1951), a integração social desenvolve um sentimento de “propósito de vida”. Geralmente, quanto maior a integração no meio social, maior a sensação de bem-estar. Desta forma, o apoio da família e amigos não é somente fundamental diante da lei, como também sentimentalmente. A ausência das relações sociais tornou-se um fato de risco à saúde tão prejudicial quanto doenças e demais aspectos. Segundo Ramos (2020), a presença familiar retarda quadros de depressão, perda de memória e estresse. Oferecer auxílio, amor e assistência é importante para que o idoso não se sinta abandonado ou desamparado e possa ter uma maior qualidade de vida e longevidade.
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cohousing sênior 12
Cohousing, abreviação de collaborative housing, do inglês, casa colaborativa, surgiu na década de 70 na Dinamarca pelos arquitetos Kathryn McCamant e Charles Durett e basea-se nas trocas de experiências pessoais e cooperatividade das tribos antigas. O objetivo é reunir um grupo de pessoas que possuam os mesmos interesses e valores para criarem juntas um espaço para chamar de casa, compartilhando espaços comuns como biblioteca, cozinha, horta, mas respeitando a autonomia e privacidade de cada unidade. O modo de habitar em comunidade , principalmente ao se tratar de uma cohousing destinada ao público idoso, deve ser uma escolha pessoal do futuro residente. O senso de autonomia e coletividade tende a auxiliar na saúde do idoso, diminuindo as chances de depressão e doenças mentais.
cohousing sênior 13
referências teóricas
GUIA OMS
RDC 283
O Guia da Organização Mundial da Saúde, Cidade Amiga do Idoso, possui diálogos que acontecem com grupos de idosos e de especialistas em mais de trinta cidades do mundo. O guia afirma que o envelhecimento populacional e a urbanização representam o ápice do êxito do desenvolvimento humano, isto é, um dos principais desafios atuais do século. Nele também são apresentados as principais diretrizes para uma cidade adequada ao idoso.
A resolução da agência de vigilância sanitária, Anvisa, estabelece três categorias de idosos, conforme suas condições físicas e rotina. Para isso, é realizada uma avaliação a fim de medir o nível de dependência do idoso, considerando ações como deslocamento, higiene e alimentação.
Calçadas larga e niveladas, com meio fio baixo e sem obstáculos Faixa de pedestre elevada e sinalização com contagem regressiva visível e sonorizada Ciclovia em nível diferente do passeio Circulações verticais e horizontais adaptadas Portas e corredores amplos Piso antiderrapante Sinalização adequada Viabilidade financeira (moradias de baixo custo)
3.4 - Grau de Dependência do Idoso a) Grau de Dependência I - Idosos independentes, mesmo que requeiram uso de equipamentos de auto-ajuda b) Grau de Dependência II - Idosos com dependência em até três atividades de autocuidado para a vida diária como: alimentação, mobilidade, higiene, sem comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada c) Grau de Dependência III - Idosos com dependência que requeiram assistência em todas as atividades de autocuidado para a vida diária e ou com comprometimento cognitivo.
Para o cohousing proposto, serão atendidos idosos em grau de dependência I, como forma preventiva de evolução dessas limitações.
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referências teóricas NBR 9050/2020
CASA SEGURA - UMA ARQUITETURA PARA A MATURIDADE
Não está previsto na norma o tratamento específico que garanta a acessibilidade do idoso, entretanto, as diretrizes impostas no documento são aplicáveis a este projeto pois:
Em seu livro "Casa Segura: Uma Arquitetura para a Maturidade", Cybele Barros demonstra a importância da segurança domiciliar e como a arquitetura pode auxiliar nos espaços relacionados a casa do idoso. Segundo ela, a criação do livro surgiu como um alerta a população focalizando as consequências da osteoporose e alguns de seus fatores causadores de acidentes domiciliares como a queda. O modelo da Casa Segura aborda um conceito de moradia para a população brasileira com idade superior a 65 anos e a todos aqueles envolvidos com esta parcela de idosos. São tratados temas como parâmetros de arquitetura, dos ambientes internos, dos equipamentos e mobiliários prezando pela segurança e conforto do usuário.
1 - As edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais necessitam ser acessíveis em suas áreas de uso comum. As unidades autônomas acessíveis são localizadas em rota acessível. Assim, sugere-se que todas as unidades possuam desenho universal bem como os espaços comuns, permitindo o acesso em todos os lugares por qualquer usuário, independente de suas limitações. As diretrizes da acessibilidade devem garantir o uso de pessoas com baixa vibilidade e locomoção ou ausência destas.
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referências projetuais
TRABENSOL | ESPANHA | BLOQUE ARQUITECTOS Cohousing sênior pioneira na Espanha, a Trabensol nasceu com o conceito de uma nova forma de habitação colaborativa para idosos, tendo como princípios a solidariedade, ajuda mútua e convivência. O conceito de sustentabilidade é aplicado a partir da energia geotérmica que gera uma economia de 75%.
referência de cohousing sênior
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referências projetuais
VILA DOS IDOSOS | BRASIL | VIGLLECCA E ASSOCIADOS
Projetado em 2003, a edificação se insere no meio urbano de São Paulo. Dispõe de conjuntos habitacionais, pátio central e uma biblioteca. O conjunto habitacionais possui acessos verticais, escadas e elevadores, permitindo assim a acessibilidade do idoso. Sua setorização se dá por unidades habitacionais de modo centralizado, com as àreas comunitárias em extremos. As unidades do térreo são adaptadas para PCDs e os outros 3 pavimentos possuem planta tipo.
referência de cohousing sênior
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contexto urbano 18
A partir de um estudo quanto a localidade de acordo com as diretrizes apresentadas, além das oferecidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação - SEDUH, como lei de uso e ocupação, normatização e dimensões, foi possível escolher o terreno adequado à implantação do Cohousing. O terreno encontra-se na RA III - Taguatinga, portador do endereço Centro Metropolitano, Praça do Sol, Lote 3. Trata-se de uma área de aproximadamente 17 mil m², localizada próximo a serviços como metrô, futuro Centro Administrativo do Distrito Federal, estádio e supermercados. Apesar da extensa área, a proposta visa residências e espaços comunitários de médio porte porém dispersos dando espaço à vegetação local e proposta, um dos elementos a ser abordado em um projeto de conceito sustentável.
contexto urbano 19
histórico Fundada em 1958, na Fazenda Taguatinga, oeste de Brasília, em cerca de seis meses a cidade já funcionava com escolas, hospitais e comércio. Era o início do povoamento da primeira cidade satélite de Brasília. Em 1970, o governador Hélio Prates reconhece Taguatinga como cidade. Assim, Taguatinga se desenvolveu especialmente em função do comércio e dos empregos da população das cidades próximas, tornando-se um importante centro comercial do Distrito Federal. Segunda o PDAD 2018, Taguatinga possui cerca de 205670 habitantes, sendo a segunda cidade com maior número de idosos no DF. Além disso, Taguatinga encontra-se em uma localização estratégica, cercada de três das regiões administrativas mais populosas do DF, Ceilândia, Samambaia e Águas Claras, abrangendo, juntas, cerca de 30,2% da população do Distrito Federal (PDAD 2018)
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localização
Localizada no Distrito Federal, a RA III - Taguatinga possui área de 121,34km² e é divida em Taguatinga Norte, Sul e Centro. Possui três vias de acesso denominadas Estradas Parques, a EPNB, EPTG e EPCL, além de três estações de metrô e um terminal rodoviário. É uma região de clima tropical com estação seca, tendo assim, um verão úmido e chuvoso e um inverno seco e frio. Possui grande variedade de vegetação, contendo cerca de 150 espécies nativas do cerrado e muitas delas tombadas, como o ipê e o pau brasil.
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localização
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fluxos e transporte EPTG Ceilândia
Estação Centro Metropolitano
COHOUSING SÊNIOR
Taguatinga
Samambaia
Quanto ao sistema viário, a área de intervenção possui caráter multimodal, tendo em vista a presença de pontos de ônibus, estação de metrô e calçadas em seu entorno. A via principal de atendimento ao lote e seu entorno é a Avenida Elmo Serejo, uma das vias mais movimentadas do DF onde são coletados fluxos da Ceilândia, Samambaia e Taguatinga até desaguar na Estrada Parque Taguatinga - EPTG.
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o lote
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nga i t a u g o Ta d i t n e S
Cenisttrroativo Admin
Cidade: Taguatinga-DF RA: III Endereço: Centro Metropolitano, Praça do Sol, Lote 3 Coordenadas: x: 169337,6938 y: 8246612,8606 Lei do Uso e Ocupação do Solo: CSRII 2 Denominação de Uso: 8711-5/05 - Condomínios residenciais para idosos
NIOR Ê S G SIN U O H O C
A escolha da área de intervenção se deu a partir de algumas condicionantes, uma das mais importantes é a integração com o meio, conceito fundamental para o projeto que visa inserir o idoso na sociedade de forma ativa. A localização entre três regiões administrativas também teve sua relevância, visto que são regiões com uma das maiores populações da terceira idade do Distrito Federal. 0 15 30
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100
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análise bioclimática Relacionando o terreno às condições climáticas deste, ele se encontra em extensão leste-oeste, tendo natural do contorno do lote, uma lacuna na fachada noroeste que será empregada como proteção solar e sonora considerando a via principal logo à frente. A utilização de vegetação será imposta como uma necessidade básica e fundamental de acordo com sua funcionalidade, barreira acústica, sonora e solar além de estética.
LEGENDA orientação solar ventos predominantes 0 15 30
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ventos secundários
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legislação Para a elaboração deste projeto foram estudados o PDOT - Plano Diretor de Ordenamento Territorial que diz respeito a todo o território do Distrito Federal, o Plano Diretor de Taguatinga e a Lei de Uso e Ocupação do Solo - LUOS (LC 948/19). De acordo com o PDOT:
Art. 40. Os Planos Diretores Locais subordinam-se aos princípios estabelecidos neste Plano Diretor, complementam a legislação urbanística, são instrumentos básicos do planejamento e controle do uso e da ocupação das Zonas de categoria urbana do Distrito Federal e têm como objetivos: I - regulamentar e detalhar o uso, a ocupação e o parcelamento do solo em cada núcleo urbano do Distrito Federal II - definir intervenções urbanas nas áreas já urbanizadas do Distrito Federal, possibilitando a melhoria da qualidade de vida da população III - definir os parâmetros para a ocupação das áreas de expansão urbana da Zona Urbana de Dinamização, da Zona Urbana de Uso Controlado, da Zona Urbana de Consolidação e das Áreas de Diretrizes Espaciais IV - definir as áreas a serem destinadas a programas de interesse social, sendo que as áreas públicas serão reguladas pelo Poder Executivo, em consonância com sua política habitacional V - estabelecer projetos e programas para o desenvolvimento estratégico dos núcleos urbanos, compatibilizando-os com as políticas setoriais
Desde a criação do Plano Diretor de Taguatinga, a região chamada Centro Metropolitano, objeto de estudo deste trabalho, já havia sido pensada como um centro de integração entre as cidades de Ceilândia, Taguatinga e Samambaia:
Art 4. I - criação do centro regional como marco simbólico da zona de dinamização e referência espacial de uma Brasília Contemporânea, o qual equilibre e compartilho com o Plano Piloto as funções de centralidade regional
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legislação
A Lei de Uso e Ocupação do Solo, desenvolvida no ano de 2019 e redigida como Lei Complementar nº 948/19, estabelece os critérios e os parâmetros de uso e ocupação do solo para lotes e projeções localizados na Macrozona Urbana do Distrito Federal nos parcelamentos urbanos, nele estão categorizadas as UOS, unidades de uso e ocupação do solo, onde estão determinas as atividades permitidas para cada lote, além de parâmetros como coeficiente de aproveitamento, altura, taxa de permeabilidade, afastamentos, entre outros. O lote em questão caracterizou-se como CSIIR 2, conforme LUOS, assim, aprova-se a atividade de "Condomínios Residenciais para Idosos".
Além disso, com o auxílio da LUOS, pode-se conhecer os demais parâmetros para iniciar o projeto do Cohousing. A partir das medições disponibilizadas pelo sistema Geoportal da SEGETH Secretaria de Estado de Gestão do Território e Habitação, o lote escolhido possui 16.980,26m², no quadro de parâmetros de ocupação, utilizou-se os parâmetros do código 324.
PARÂMETROS DO LOTE COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
TAXA DE OCUPAÇÃO
2,0
60%
TAXA DE PERMEABILIDADE
ALTURA MÁXIMA
30%
29,5m
COTA SOLEIRA
PONTO MÉDIO DA EDIFICAÇÃO
SUBSOLO
PERMITIDO
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A população mundial está envelhecendo rapidamente e é fundamental a atenção necessária a essa faixa etária. Com as mudanças do século, como a tecnologia e os novos arranjos familiares, uma moradia segura e aconchegante para o idoso é importante para garantir sua saúde e bemestar. Segundo a Unicamp, idosos por todo o mundo possuem pelo menos uma destas quatro opiniões em comum: Querem continuar morando em suas casas, não querem se mudar para a casa de seus filhos, não querer ir para asilos e prezam pela sua autonomia. Sabendo que um dos maiores desejos dos idosos em geral é morar em uma casa própria e tendo em vista que com o tempo, a casa que antes habitou um casal e seus filhos, tornou-se grande e perigosa para o idoso, uma moradia acessível e que atenda suas vontades de ter sua liberdade e autonomia não excluindo-o da sociedade fez-se necessária como premissa deste projeto.
Como partido arquitetônico dar-se-á conceitos como a integração, sustentabilidade e cooperação para a proposta de um centro de convivência do idoso, composto por áreas públicas e abertas para o público da terceira idade e áreas privativas que correspondem ao modelo de habitação para idosos, conhecida como cohousing sênior. Para o programa de necessidades, utilizou-se da bibliografia relacionada a Cohousing e habitação para idosos, como os autores Durret e Cybelle Barros, além da identificação das características favoráveis dos modelos de habitação destinada a idosos atualmente no Brasil e as entrevistas realizadas com moradores das regiões administrativas próximas ao lote, para assim, realizar um programa modelo adaptado às condições e realidades brasileiras para o público da terceira idade.
a proposta 28
programa de necessidades Tendo como objetivo a realização de um projeto participativo, o programa de necessidades, desenvolvido em conjunto com o artigo da disciplina de Ensaio de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo (TAVARES, 2020), foi realizado tendo como premissas uma entrevista, análise comparativa das tipologias habitacionais para idosos e referenciais teóricos. A entrevista foi realizada a fim de entender melhor o que a população entende por cohousing e como lidam com a ideia de morar em uma, no fim também foi realizada algumas perguntas quanto ao envelhecimento do indivíduo. No questionário, além de perguntas sobre as características socioeconômicas do entrevistado, sua vivência, personalidade e seu envelhecimento, buscou-se montar um programa de necessidades com o público do formulário, assim, foi realizada uma breve explicação do que é cohousing e logo após, questionado quais os espaços compartilhados o entrevistado gostaria que existisse no cohousing da qual ele moraria.
PESQUISA: AUTORAL GRÁFICO: AUTORAL
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programa de necessidades Além das entrevistas, um repertório projetual de cohousing e similares fez-se necessário, bem como uma análise comparativa realizada na pesquisa de ensaio de teoria e história da arquitetura e urbanismo, onde buscou-se avaliar os programas de necessidades das tipologias habitacionais mais comuns para os idosos, asilo, hotel e cohousing a fim de replicar práticas aceitáveis no meio habitacional para a terceira idade.
PESQUISA: AUTORAL GRÁFICO: AUTORAL
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programa de necessidades HALL/PORTARIA
ADMINISTRAÇÃO
HALL DE ENTRADA/PORTARIA - 20M² SANITÁRIOS - 4M²
RECEPÇÃO - 20M² SALA DO ADMINISTRADOR - 14M² SALA DE REUNIÕES - 10M² DEPÓSITO PARA ENCOMENDAS/CARTAS - 10M² SANITÁRIOS - 4M²
SAÚDE RECEPÇÃO - 30M² CONSUTÓRIO PSICOLOGIA - 18M² FISIOTERAPIA - 40M² CONSULTÓRIOS - 18M² CADA ENFERMARIA - 15M² DEPÓSITO - 8M² SANITÁRIOS - 15M² TERRAÇO - 250M²
CENTRO DE CONVIVÊNCIA COZINHA COMUNITÁRIA - 600M² SALÃO MULTIUSO - 300M² BIBLIOTECA - 60M² SALA DE TV - 60M² SALA DE ARTESANATO - 60M² SALA YOGA E MEDITAÇÃO - 65M²
RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR SALA DE ESTAR - 18M² COZINHA - 15M² SUÍTE - 10M² BANHEIROS - 5M² ÁREA DE SERVIÇO - 9M² VARANDA - 16M²
LAZER EXTERNO ACADEMIA - 100M² HORTA COMUNITÁRIA - 50M² POMAR - 100M² MESAS DE DAMAS E XADREZ - 60M² REDÁRIO - 100M² PARQUE - 3000M² ESTACIONAMENTO PÚBLICO - 52 VAGAS
RESIDÊNCIA MULTIFAMILIAR SALA DE ESTAR - 18M² COZINHA - 10M² SUÍTE - 12M² BANHEIROS - 5M² ÁREA DE SERVIÇO - 3M² VARANDA - 8M²
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organização espacial Segundo McCamant e Durrett (2011), a organização espacial das habitações definida terá impacto relevante nas relações entre os morados, assim, a comunidade pode ser composta por casas individuais ou por um edifício de apartamentos, com áreas comuns aglomeradas em algum pavimento, como na figura ao lado. Adaptando ao modelo de cohousing, em geral, as unidades podem ser implantadas de forma afastadas, agrupadas ou como um bloco único de casas geminadas. O edifício principal no cohousing é a casa comum, onde se concentra todas as atividades que serão realizadas em comunidade como cozinha, salão de festas, lavanderia, ateliê de artesanato, sala de dança, entre outros. Além da casa comum, outros espaços externos podem compor a área comunitária como hortas, quadras poliesportivas e jardins. Esses edifícios podem estar dispostos de diversas maneiras, optou-se por utilizar como base a forma "Agrupadas com pátio central" a fim de que todos os morados tivessem vista para a área verde e que a casa comum fosse mais próxima para todos. Quanto ao sistema viário interno, este deve ser central e destinado exclusivamente a pedestres. O estacionamento encontra-se na periferia, conforme orientado por McCamant e Durrett, a via de pedestres pode ser em forma de praça, via ou dos dois.
área comum Fonte: Ecohousing, 2018
Fonte: Ecohousing, 2018
residenciais
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organização espacial à L A S
S A L AU
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ÇA PRA DE ZA AMI
E
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A
ÇA PRA R E VIV
A setorização dos espaços se deu pela conexão com o exterior e integração com o meio, à norte estão edifícios de caráter público onde pretende torná-lo um centro de referência ao idoso, que poderá participar de atividades em ambientes como o salão de festas, ateliê de artesanato, biblioteca, cozinha experimental e tem acesso a saúde. Mais íntimo e à sul do lote estão as unidades residenciais individuais e multifamiliar, o proposto é atender perspectivas de um público que não abre mão de uma casa térrea e aqueles que preferem um unidade compacta. Segundo Scotthanson (2005), para um melhor funcionamento de uma comunidade , ela deve ser composta de 12 a 36 unidades residenciais, sendo que comunidades maiores que isso perdem o senso de comunidade e menos podem não adquirir condições financeira necessárias para manter o cohousing, no cohousing sênior as unidades residenciais somam o total de 33 moradias entre unifamiliares e multifamiliares.
0 6 12
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60m
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integração
A integração do lote com o entorno é um dos partidos desde o início da construção do projeto, a promoção de um local dedicado exclusivamente ao idoso e tornálo um centro referência em todo o Brasil é um dos objetivos ao projetar o complexo cohousing sênior. O entorno imediato existente permite esta integração no que se refere ao transporte e comércio. A proposta de intervenção então vem de forma a conectar o lote com os espaços lindeiros à ele como a praça do sol, à esquerda, que conecta o lote do projeto com outro lote também de caráter residencial, e o futuro centro administrativo do DF, já concluído, dando força a proposta de dar voz ao idoso na comunidade.
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implantação 8
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LEGENDA DE ESPAÇOS
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15
18 10 16 3
1. estacionamento público (50 vagas sendo reservadas 8 para idosos e 8 para PCD) 2. estacionamento reservado para a área da saúde (6 vagas sendo 2 PCD + 1 vaga para carga e descarga + 1 vaga para ambulância) 3. estacionamento privativo residencial (30 vagas) 4. portaria 5. praça conexão 6. bloco a - cozinha+café+administração 7. bloco b - saúde 8. bloco c - salão multiuso+biblioteca+sala de artesanato+sala de yoga e meditação 9. praça amizade 10. redário 11. academia ao ar livre 12. mesas de xadrez e dominó 13. caixa d'água 14. praça viver 15. habitação multifamiliar 16. habitação unifamiliar 17. horta comunitária 18. pomar
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ergonomia A ergonomia é um tema a ser tratado visto que o idoso necessita de espaços que permitam a sua locomoção e atendam as normas de acessibilidade a fim de evitar situações que ponham em risco a saúde do idoso. Desta forma, o espaço habitacional demanda de diversas exigências como dimensões confortáveis, conforto luminoso, térmico e sonoro e de mobiliários que atendam seus usuários de forma correta e agradável. Cada ambiente possui suas exigências, muitas vezes particulares, que dependem do usuário e do momento do qual é utilizado, o objetivo da ergonomia é permitir que este espaço seja apropriado para o tipo de atividade destinada a ele de forma agradável e de fácil acesso.
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ergonomia quartos O quarto é um ambiente íntimo, principalmente, de descanso, podendo ser utilizado para outras atividades como estudo e leitura, suas funções dependem exclusivamente do usuário. Como condicionantes de ergonomia de zona íntima convém, quando possível: •Proteção visual do exterior Insolação nascente Conforto acústico quanto aos demais ambientes e da vizinhança Controle da intensidade de luz do dia e da radiação excessiva Contato visual com o exterior. Segundo Alexander et al. 1980, no caso de quartos para pessoas idosas, o ambiente deve atender as seguintes exigências: Acesso fácil ao banheiro Dimensões de uso de mobiliários e circulações superiores aos habituais •Privacidade em relação ao exterior da habitação Segundo Neufert, as dimensões dos quartos variam de acordo com o número e tamanho das camas, estas devem ser dispostas paralelamente às janelas para obter de vista exterior e boa iluminação. O ideal é que o quarto tenha insolação direta leste para que se tenha vista do nascer do sol, desta forma, a cama deve se orientar a norte-sul. Quantos às portas, estas devem abrir para dentro de modo a preservar o conforto e não atrapalhar a circulação do morador. A partir dessas descrições, Neufert apresenta diversas recomendações em plantas. Ao lado estão as plantas que podem ser adequadas ao projeto modular proposto.
Neufert, 2013
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sustentabilidade As mudanças climáticas, o esgotamentos dos recursos naturais e o aumento da população são justificativas para pensar em um projeto sustentável que agrida menos o meio ambiente e proporcione qualidade de vida a todas as classes sociais. No portal do IBGE encontra-se os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que tem como finalidade a prestação de contas quanto aos compromissos assumidos com a ONU da chamada Agenda 2030, que visa um plano de ação global para um 2030 sustentável, o plano consiste em 17 objetivos, tais eles como erradicação da pobreza, saúde e bem estar, água potável e saneamento, energia acessível e limpa, redução da desigualdade, cidades e comunidades sustentável, entre outros. A construção de uma casa sustentável, como a que está sendo proposta, deve ter como premissa o aproveitamento de recursos naturais como o sol e a ventilação natural para atingir um melhoramento do conforto térmico, o racionamento de recursos como a água, onde durante uma obra convencional é usada cerca de 220 litros de água por m³ de concreto e 200 litros por m³ de argamassa (SILVA, 2013), a utilização de lâmpadas energeticamente eficientes, reduzindo o consumo de energia elétrica, uso de energia solar através de implementação de placas fotovoltaicas, o uso de telhado verde, capaz de melhorar o conforto térmico e acústico do interior da residência e o armazenamento de águas cinzas e pluviais para o reaproveitamento e uso em descargas dos vasos sanitários, limpeza geral e rega dos jardins.
“Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.” Relatório Brundtland da ONU
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sustentabilidade RECICLAGEM DO LIXO
COMPOSTEIRA
WETLANDS (JARDINS FILTRANTES)
A destinação correta dos resíduos e a reciclagem é uma das ações mais baratas que se têm envolvendo práticas sustentáveis. É necessário que a comunidade seja instruída a descartar corretamente o lixo. Para isso, a distribuição de lixeiras separadas se faz necessária bem como a coleta seletiva do mesmo.
Com a coleta seletiva do lixo, os resíduos orgânicos devem ser convertidos em adubo por meio de uma ou mais composteiras ao longo da Cohousing.
Segundo Sousa (2005), Wetlands Construídos são sistemas artificialmente projetados que utilizam plantas aquáticas (macrófitas) em substratos (como areia, solo ou cascalho), onde ocorre a proliferação de biofilmes que agregam populações variadas de microrganismos que, através de processos biológicos, químicos e físicos, tratam águas cinzas. Nesse tipo de tratamento, as águas são encaminhadas, a partir de tubulação ou da própria topografia do terreno até uma bacia de retenção onde será realizado um tratamento com plantas aquáticas e substratos, permitindo assim o uso posterior dessa água.
FOTO: Ciclovivo
FOTO: Mecalux
FOTO: Vivagreen FOTO: Ciclovivo FOTO: LL Engenharia Ambiental
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sistema estrutural O conceito de "construção a seco" é uma das maiores vantagens do sistema estrutural Light Steel Frame., isso significa que as construções utilizam o mínimo de água em sua execução., que é possível a partir de um sistema não convencional como o concreto. Desta forma, o uso do concreto fica limitado às fundações, sendo todo a super estrutura feita em aço. O Light Steel Frames trata-se de um sistema construtivo feiro em aço galvanizado leve e revestido por placas, sendo placa cimentícia para áreas externas e placa de gesso em áreas internas. Além disso, no interior do fechamento insere-se um isolante termoacústico, podendo ser, por exemplo, uma lã de pet, que além de manter o conformo térmico e acuístico da construção, também é proveniente de reaproveitamento de garrafas pets. Outra vantagem do LSF é em relação a estrutura. Por toda a carga da casa se distribuir uniformemente, a fundação por sua vez, em geral, é rasa, como um radier ou sapatas. Assim, o gasto com concreto é reduzido, e consequentemente a água utilizada na confecção e cura do mesmo. FOTO: Arquivo pessoal
FOTO: Arquivo pessoal
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volumetria A proposta visa manter de forma harmoniosa a paisagem existente, além de preservar a acessibilidade de todos. Assim, em todo o projeto, onde possa haver desníveis, os mesmos são vencidos com auxílio de rampas, permitindo assim, uma maior acessibilidade e autonomia do idoso. O estilo arquitetônico das construções busca unir formas ortogonais e a presença da tecnologia aplicada no steel frame, onde possibilitou a modulação e padronização em sua concepção.
42
implantação
43
implantação
44
12 0 6 8
12
24
40m
45
39 46
cortes
BB
052/1 ALACSE BB LANIDUTIGNOL ETROC
AA
BB
AA
052/1 ALACSE AA LANIDUTIGNOL ETROC
A topografia existente do lote possui um declive à sul de 17 metros ao longo de 170m de extensão. Desta forma, a topografia foi um ponto essencial para a disposição da implantação das construções. A proposta é aproveitar o declive de forma a criar e separar dois espaços gerais, o público, composto pelo centro de convivência e a praça conexão, e o privado, composto pelas habitações e praça viver. Assim, é possível ter como visão principal, ao passar pela Avenida Elmo Serejo, o centro de convivência e posteriormente as habitações. Ao longo do terreno, foram criadas plataformas para o recebimento das edificações e seu entorno vegetal moldado de forma a harmonizar o todo.
47
cortes
052/1 ALACSE LASREVSNART ETROC
052/1 ALACSE LASREVSNART ETROC
DD DD
CC CC
48
fachada
FACHADA NORTE 0
1,3 0,65
FACHADA SUL
8,3 2,6
0 20m
1,3 0,65
8,3 2,6
20m
FACHADA LESTE 0
1,3 0,65
8,3 2,6
20m
FACHADA OESTE 0
1,3 0,65
8,3 2,6
20m
49
praça conexão Localizada no centro do lote, a praça conexão tem como principal função interligar as 4 regiões do projeto, portaria, centro de convivência, habitação e a praça do sol, área existente na lateral do lote. A composição dos materiais conta com um piso cimentício, cuja intenção é proporcionar um tráfego retilíneo e tem obstáculos, além de ser uma forma de demarcação por sua cor acizentada.
A intenção é conectar os moradores com o público externo do cohousing, em sua extensão, bancos e vegetação foram inseridos a fim de provocar a permanência momentânea e a transição entre as edificações de forma sombreada e acolhedora. PAISAGISMO PROPOSTO ÁRVORES PAU BRASIL GREVILLEA RESEDÁ ARBUSTOS CLUSIA ALPINIA ZERIMBETI ICSORIA AGAVE
acesso centro de convivência
acesso praça do sol
acesso portaria
acesso habitação
0 2 4
8
12
20m
50
praça amizade A praça amizade foi projetada como uma extensão para as atividades do centro de convivência do idoso, contendo espaços para atividades como descanso, xadrez, dominó e atividades físicas. Localizada centralizada entre os 3 blocos que formam o centro de convivência, a proposta é ter um espaço que atenda todos os usuários, mas principalmente, os usuários externos à cohousing,
A proposta é de um ambiente acolhedor para que o usuário usufrua de um espaço ao ar livre. PAISAGISMO PROPOSTO ÁRVORES PAU FERRO IPÊ ROXO PAINEIRA GARAPA ARBUSTOS CLUSIA ICSORIA AZALEIA BELA EMILIA
acesso bloco c
academia
redário
bloco b
xadrez
acesso bloco a
0 2 4
8
12
20m
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praça viver A praça viver faz parte da composição da área de habitação do cohousing. Caracterizada pelos espaços de área verde nas bordas da praça e a área de passeio central que conecta com as unidades residenciais, a proposta permite uma área de sombreamento em todo o percurso do morador, tanto ao acessas sua casa quanto ao percorrer a praça, formando corredores verdes nos dois espaços.
PAISAGISMO PROPOSTO ÁRVORES PAU FERRO GARAPA FISOCALIMA JUREMA PAU BRASIL GUARAPUVU IPÊ ROXO PAINEIRA RESEDÁ BRANCO JEQUITIBÁ ARBUSTOS CLUSIA ICSORIA AZALEIA BELA EMILIA AGAVE
Além das áreas verdes e arborizadas, a praça conta com espaços como mesas com sombreamento próximo a partir de ombrelones, permitindo uma sombra sobre a mesa em todos os horários do dia, redário, pomar com uma diversidades de árvores frutíferas, horta comunitária, além de um jardim aquático composto por plantas filtrantes que através de processos biológicos são capazes de agregar microorganismos capazes de tratar águas cinzas e pluviais para então, poder ser reaproveitada. Nesse tipo de tratamento, as águas são encaminhadas, a partir de tubulação ou da própria topografia do terreno até a bacia de retenção onde será realizado um tratamento com plantas aquáticas.
ÁRVORES FRUTÍFERAS GOIABEIRA AMOREIRA PITANGUEIRA MACIEIRA JABUTICABEIRA MANGABEIRA HORTA COENTRO CEBOLINHA SALSA ALFACE COUVE ERVA CIDREIRA HORTELÃ MANJERICÃO
PLANTAS AQUÁTICAS E SEMI AQUÁTICAS BURITIS PAPIRO AGUAPÉ ALFACE D'ÁGUA
pomar edifício multifamiliar mesas com ombrelone jardim aquático filtrante
residências unifamiliares
mesas com ombrelone
redário atroh 0 2 4
residências unifamiliares
8
12
20m
52
portaria
A portaria, espaço por onde o visitante entrará, está localizada como continuidade da praça conexão, assim, o usuário, ao chegar no Cohousing encontrará um espaço repleto de vegetação e à direita, os blocos do centro de convivência do idoso, nomeados como A, B e C para fácil localização. Quanto aos materiais, o uso do pergolado revestido em madeira e o piso que imita madeira trás para o acesso ao complexo a sensação de acolhimento.
0
0.20 0.10
1.25 0.4
3m
Existem dois acessos na portaria, o acesso destinado ao pedestre e o acesso destinado ao carro do visitante, carga e descarga ou ambulância, desta forma, para atender os carros de maior altura, como caminhões, foi necessário que o pé direito da construção fosse elevado. O acesso dos moradores do Cohousing é feito exclusivamente pelo portão de acesso sul
0
0.25 0.12
1.5 0.5
2.5m
53
bloco A acesso praça amizade
12,5
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO 2
0 1
12,5 4
30m
acesso praça conexão
O Bloco A está divido em 3 espaços, a cozinha, a sala de tv coletiva e a administração. Cerca por duas praças, é o edifício que faz a integração entre as moradores do Cohousing e os visitantes pro meio do seu hall de acesso. A cozinha, projetada para 30 pessoas, pensando nas medidas de distanciamento sanitário, servirá as refeições principais do dia, sendo possível, o morador do Cohousing adicionar esse serviço em sua mensalidade, e o visitante, pagar no momento da refeição. O local de preparo das refeição é uma área restrita ao público, possui dois pavimentos e espaços destinados a guarda de insumos, sala de funcionários e espaços para o preparo do alimento.
54
bloco A acesso praça amizade
PLANTA 1º PAVIMENTO 2
0 1
12,5 4
30m
acesso praça conexão
A sala de TV tem como objetivo ser uma extensão da cozinha, onde o idoso poderá descansar e tomar um café em um espaço anexo, contendo assim, poltronas, mesas, lavabos e um mini café. Por fim, a administração, espaço localizado no 1º pavimento, acima da sala de TV, conta com recepção, sala do administrador e de reuniões e um depósito para o recebimento das encomendas e cartas dos moradores do Cohousing. O uso do vidro e de detalhes que imitam a madeira tornam os ambientes mais amplos que desfrutam da iluminação e ventilação natural.
55
bloco A
56
bloco A
FACHADA 1 1
0
6.25 2
0.5
15m
FACHADA 2 1
0
6.25 2
0.5
15m
3
FACHADA 3 1
0 0.5
FACHADA 4
6.25 2
1
0 15m
0.5
6.25 2
15m
2 1
4
57
bloco B
acesso praça amizade
PLANTA TÉRREO 1
0 0.5
PLANTA 1º PAVIMENTO
6,25 2
1
0 15m
0.5
6,25 2
15m
58
bloco B O Bloco B é totalmente voltado à atenção com a saúde do idoso, por isso, ele é composto por salas de atendimento médico, odontologia, enfermaria, fisioterapia e psicologia, além de um espaço no pavimento superior com a finalidade de promover mais um espaço de descanso além de atividades isoladas que dependem de um espaço maior e reservado.
59
bloco B
FACHADA 1 1
0
6.25 2
0.5
15m
1
4 3 2
FACHADA 2 1
0 0.5
6.25 2
15m
60
bloco B
FACHADA 3 1
0
6.25 2
0.5
15m
1
4 3 2
FACHADA 4 1
0 0.5
6.25 2
15m
61
bloco C
PLANTA TÉRREO 2
0
1
12,5
4
30m
acesso praça amizade
O bloco C é caracterizado pelas salas de cursos e aperfeiçoamentos, onde serão ministradas aulas como artesanato, yoga e meditação, além de estar inserida também uma pequena biblioteca com mesas de leitura e um salão multiuso com cozinha onde poderão ser ministradas aulas de culinária ao mudar o layout de forma a abrir a parede cortina que divide a cozinha do salão, bem como usá-la como apoio para eventos no salão, um ambiente versátil que possa corresponder as necessidades do usuário em cada momento. Com acesso através da praça amizade a sul, o bloco c se estende com as maiores fachadas nos lados sudeste e noroeste, desta forma, para o aproveitamento da fachada noroeste de forma a não ofuscá-la visto que é também a fachada que conecta o Cohousing com a Av. Elmo Serejo, utilizou-se paredes anguladas a oeste, de forma a bloquear o sol direto no interior do edifício e assim, não permitir a entrada de calor excessiva no mesmo.
62
bloco C
63
habitação unifamiliar
FACHADA 1 1
0 0.5
6,25 2
15m
PLANTA TÉRREO 1
0 0.5
6,25 2
15m
FACHADA 2 1
0 0.5
FACHADA 3 1
0 0.5
FACHADA 4
6,25 2
1
0 15m
0.5
6,25 2
15m
6,25 2
15m
64
habitação unifamiliar
65
habitação multifamiliar
PLANTA TÉRREO 2
0 1
12,5 3
30m
FACHADA 1 2
0 1
12,5 3
30m
FACHADA 2 2
0 1
PLANTA APARTAMENTO TIPO 1
0 0.5
12,5 3
30m
6,25 2
15m
4
2
0 1
3
2
0
12,5 30m
1
2
1
FACHADA 4
FACHADA 3
12,5 3
30m
3
66
habitação multifamiliar
67
conclusão As referências projetuais permitiram a ciência acerca do cohousing e sua arquitetura, proporcionando um acervo de referências quanto a implantação, espaços internos e comuns adaptando às exigências do público alvo a fim de idealizar um projeto integrador e sustentável. A fim de garantir a integração do idoso à sociedade e com os vizinhos, foram criados espaços públicos com equipamentos urbanos como praças, horta e espaços de lazer para que a interação seja realizada de forma prática. Para promover a saúde física e mental do idoso, também será fundamental que as edificações sejam inteiramente acessíveis seguindo a NBR 9050/20 e que proporcionem atividades e terapias em grupo. Assim, a proposta de cohousing sênior tem como objetivo assegurar a saúde e qualidade de vida do idoso com a intenção de prolongar sua vida com prosperidade e valor.
68
referências bibliográficas ABNT. NBR 9050/2020. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. ARCHDAILY. Container Park, Atolye Labs. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/790381/container-park-atolye-labs>. Acesso em 20 Jul 2020 BAGNATI, Mariana. Zoneamento Bioclimático e Arquitetura Brasileira: Qualidade do Ambiente Construído. Orientador: Heitor da Costa Silva. 2013. Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura (Pós-Graduação) - UFRGS, Porto Alegre, 2013. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/7 8378/000897077.pdf?sequence=1>. Acesso em: 11 nov. 2020. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição Federal. BRASIL. Lei Complementar n. 90, de 11 de mar. De 1998. Aprova o Plano Diretor Local da Região Administrativa de Taguatinga – RAIII, conforme o disposto do art. 316 da Lei Orgânica do Distrito Federal. Cristovam Buarque. Brasília, p. 1-17, março 1998 BRASIL. Lei Complementar n. 803, de 25 de abril de 2009. Aprova a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT e dá outras providências. José Roberto Arruda. Brasília, p. 1-117, abril 2009 BRASIL. Lei Complementar n. 948, de jan. de 2019. Lei de Uso e Ocupação do Solo. Ibaneis Rocha. Brasília, p. 1-29, janeiro 2019. BRASIL. Resolução – RDC n. 283, de set. de 2005. Regulamento técnico para o funcionamento das instituições de longa permanência para idosos. Dirceu Raposo de Mello. Brasília, p. 1-7, setembro de 2005. CARVALHO, Benedita Viana de. Envelhecimento e Apoio Familiar: Importância no Bem-Estar da Pessoa Idosa. Psicologado, [S.l.]. (2017). Disponível em: <https://psicologado.com.br/psicologia-geral/desenvolvimento humano/envelhecimento-e-apoio-familiar-importancia-no-bem-estar-da-pessoa-idosa >. Acesso em 8 Jul 2020. COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL DO DF. Lei nº Nº 2105, de 28 de novembro de 2020. Código de Edifições do Distrito Federal. Distrito Federal, 2019. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/legislacao/Lei_n_2.105_de_08_de_outubro_de_1998.pdf>. Acesso em: 18 set. 2020. DUARTE, Fernando. Pela 1ª vez, mundo tem ‘mais avós do que netos‘. BBC News, p. 1-1, 3 abr. 2019. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacio nal-47799778>. Acesso em: 28 ago. 2020. ESTATUTO DO IDOSO. Lei nº Nº 10.741 Artigo 37, de 1 de outubro de 2003, 1 out. 2003. Disponível em: <https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10991394/artigo-37da-lei-n-10741-de-01-de-outubro-de-2003>. Acesso em: 20 ago. 2020. FONTAINE, R. Psicologia do Envelhecimento. Editora Abril. Rio de Janeiro. 2000, 194 p. IBGE. Projeto da população do Brasil e das Unidades da Federação. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/>. Acesso em: 20 Set 2020
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Se o tempo envelhecer o seu corpo mas não envelhecer a sua emoção, você será sempre feliz.
Augusto Cury