Julho/Agosto de 2014
Editorial
Certificação PRONATEC Valparaíso
A preocupação com o meio ambiente ganha força a cada dia na sociedade brasileira e mundial. E o problema dos resíduos sólidos, tema de artigo da professora Tatiane de Souza Avelar, é um dos assuntos desta segunda edição de 2014 do Informativo Digital do CEPA. Esta publicação traz ainda matéria sobre egresso que obtém sucesso no mercado de trabalho; o início das visitas técnicas aos alambiques do Estado para a certificação da Cachaça Goiás; a certificação do Programa Qualificar; e o número de alunos matriculados pelo Programa Bolsa Futuro no CEPA que ultrapassa a casa dos 20 mil. Boa leitura!
Em breve: Cursos: Técnico em Enfermagem, Secretariado e Segurança do Trabalho – segundo semestre de 2014; - Curso Superior de Tecnologia em Processos Químicos, 40 vagas - início para 2015; - CEPA será transformado em Instituto Tecnológico do Estado de Goiás (Itego); - Ampliação do CEPA - Serão investidos recursos dos governos estadual e federal, em convênio com o MEC, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
A diretora do CEPA, Marla Silva Correia, acompanhada da prefeita de Valparaíso de Goiás, Lucimar Nascimento, certificou, no último dia 21 de agosto, os alunos concluintes dos cursos de Inglês Básico, Auxiliar Administrativo e Promotor de Vendas, oferecidos pelo Centro de Educação Profissional de Anápolis (CEPA) em parceria com a Prefeitura de Valparaíso de Goiás.
Editor e jornalista responsável: Dirceu Pinheiro Supervisora de Integração Escola Empresa: Lana Líbia Guimarães Secretária Geral: Sandra Lúcia da Silva Diretora: Marla Silva Correia Contribua com informações e sugestões, enviando e-mail para informativocepa@cepeduc.com ou ligando para (62) 3328 – 2478. - Departamento de Integração Escola Empresa.
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Arranjo Produtivo Local da Cachaça Goiás garantirá qualidade do produto
A produção de cachaça artesanal ou de alambique em Goiás acontece em todas as regiões e é um dos produtos tradicionais do Estado. A maioria dos produtores é informal e atua em organização familiar, perpetuada por sua tradição. A produção de cachaça informal é vendida no próprio alambique, para intermediários na sede do município onde é produzida, para municípios vizinhos e eventualmente para fora do Estado. E para fomentar e desenvolver a cadeia produtiva da bebida foi criado o Arranjo Produtivo Local da Cachaça Goiás (APL), com o objetivo de capacitar e oferecer linhas de crédito aos produtores. Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauro Faiad, com a formalização do APL da Cachaça, o Governo pretende auxiliar os produtores no estabelecimento da marca Cachaça de Goiás, promovendo, nacional e internacionalmente, a cachaça de alambique do Estado. Neste sentido, um laboratório para análises físico-químicas dos produtos produzidos na região está sendo montado no Centro de Educação Profissional de Anápolis (CEPA), ligado à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectec). A intenção é certificar a qualidade da cachaça produzida em Goiás. Para dar início à parceria entre os produtores e o CEPA, a diretora do Centro,
Marla Silva Correia, e a Química responsável pelo laboratório, Elida Cristina Silva França, visitaram, no último dia 18 de agosto, a cachaçaria Cambéba, em Alexânia. Marla e Elida conheceram todas as instalações e o processo de fabricação da bebida, considerada uma das melhores produzidas no Estado. “Estamos entrando em contato com os primeiros alambiques para que possamos entender como funciona esta atividade. Fomos muito bem recebidos na Cambéba e estamos marcando outras visitas”, salienta Marla. A expectativa é que as análises comecem a ser feitas a partir de 2015. (Dirceu Pinheiro)
Egresso do CEPA obtém sucesso no mercado de trabalho Num mundo cada vez mais globalizado e competitivo, a logística ganha, dia após dia, mais espaço nas organizações. E foi para atender a demanda das empresas de Anápolis, do Estado de Goiás e do Brasil que o Centro de Educação Profissional de Anápolis (CEPA) foi criado e passou a ofertar vários cursos. Entre eles, no ano de 2007, teve início o Curso de Logística. Desde que começou suas atividades, o CEPA tem como parceiro o Porto Seco CentroOeste, seja promovendo palestras para os alunos ou abrindo vagas para os egressos dos cursos ofertados. O superintendente do Porto Seco, Edson Tavares, diz que é um defensor do CEPA pela sua importância na qualificação da mão-de-obra para o mercado de trabalho. “Ajudamos na formatação da grade dos cursos e defendemos a existência do CEPA, pois os profissionais formados pela Instituição são de grande importância para as empresas”, salienta. Página 2 de 6
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Exemplo Thiago Lisboa de Faria, de 25 anos, é um egresso do Curso de Logística do CEPA que trabalha no Porto Seco. Ele concluiu o curso em 2009, trabalha há quatro anos e oito meses na empresa e já ocupou três funções. Começou como conferente, depois passou a ser analista de logística pleno e, atualmente, é encarregado de logística. O encarregado explica que, para conquistar a vaga, teve que passar por um processo de seleção feito pelo Porto Seco e pelo CEPA. “Éramos 120 alunos nos três turnos. Primeiro houve uma seleção em que foram escolhidos dois de cada turno levando em consideração as notas, a assiduidade, os trabalhos apresentados e o interesse pelo curso”, diz. Thiago explica que, para ser o escolhido entre os seis selecionados para a vaga e ganhar R$ 1 mil como prêmio, os estudantes passaram por exames psicotécnicos e entrevistas. Para o superintendente do Porto Seco, Edson Tavares, Thiago é um bom exemplo de profissional. “Ele é dedicado, tem foco e procura se qualificar. Ele já foi promovido dentro da empresa e tenho certeza que ainda vai subir ainda mais e chegar à função de gerente geral de logística”, destaca. O funcionário ganhou a simpatia do patrão de tal forma que, mesmo tendo passado em concurso da Petrobras, preferiu ficar no Porto Seco, onde supervisiona dois setores, o de contêineres
e o de veículos. No primeiro, Thiago criou toda logística de carregamento e de layout. Antes, de atuar nessa área, ele supervisionou o setor de minérios e lá também criou um controle específico para saber a eficiência do transbordo no que ser refere a peso e tempo, primordiais para cumprir as demandas dos clientes. Thiago fala com propriedade sobre o papel da logística para as empresas. Segundo ele, ainda faltam investimentos em transporte e na parte operacional. “Há cargas com possibilidade de serem transportadas por ferrovia que não são por falta de opções, de estrutura e de mão-de-obra qualificada que entenda todo o processo”, atesta. Uma logística malfeita, diz Thiago, faz com que uma empresa tenha até 100% de prejuízo. De acordo com Thiago, o aprendizado adquirido no CEPA foi de extrema importância para a sua carreira. “A prática e o dinamismo do curso possibilitaram que eu tivesse uma visão mais eficiente. Com certeza, 90% do que aprendi no curso eu coloco em prática nas atividades que desempenho no Porto Seco”, salienta. (Dirceu Pinheiro)
CEPA e Prefeitura de Anápolis entregam certificados do Programa Qualificar O Centro de Educação Profissional de Anápolis (CEPA), em parceria com a Prefeitura de Anápolis, por intermédio do Programa Qualificar, entregou, nesta terça-feira, 26, mais de 300 certificados a formandos de diversos cursos. Durante os cursos os alunos foram capacitados para ingressarem no mercado de trabalho. Os formandos concluíram os cursos de Inglês I e II, Informática Básica, Página 3 de 6
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Julho/Agosto de 2014 Excel Avançado, Atendente de Caixa, Gestão de Pessoas – RH, Faturamento e Escrita Fiscal, Departamento de Pessoal, Qualidade no Atendimento, Secretariado Básico e Internet para a Melhor Idade. Presente à solenidade, o prefeito de Anápolis, João Gomes, destacou os excelentes resultados obtidos em todas as parcerias – SENAI, SESC, SESIi, CEPA e Instituto Federal de Goiás (IFG)-, realizadas com o objetivo de dar a todos que precisam a oportunidade de se desenvolverem profissionalmente e, por esforço próprio, garantir sua subsistência e melhor qualidade de vida para suas famílias. “Todas as escolhas e decisões feitas por um indivíduo têm uma consequência e a opção por buscar mais conhecimento, aperfeiçoar-se traz a perspectiva de transformação e de buscar conquistar sempre mais”, ressaltou. A diretora do CEPA, Marla Silva Correia, afirmou que investir em qualificação é sinônimo de investir em progresso e é isto que a Prefeitura de Anápolis tem feito junto com seus parceiros. Ela também chamou a atenção para o trabalho desenvolvido no CEPA, que tem alcançado excelente repercussão e alcançado outros municípios. Programa Qualificar O principal objetivo do Programa é oferecer capacitação profissional em diferentes áreas de conhecimento. Desde a criação do
Qualificar, em 2009, foram entregues quase 20 mil certificados para alunos que concluíram cursos de formação inicial, continuada e atualização profissional em 60 áreas ligadas ao comércio, gestão, informática, indústria, culinária e artesanato. Este programa propicia à comunidade anapolina inserção e permanência no mercado de trabalho, promovendo sua constante qualificação profissional. Da Redação ______________________________________
CEPA tem cerca de 20 mil alunos matriculados no Programa Bolsa Futuro Atendendo 22 municípios goianos, o Centro de Educação Profissional de Anápolis (CEPA) está com aproximadamente 20 mil alunos matriculados no Programa Bolsa Futuro. No ato da matricula, dos 14 cursos ofertados, o aluno poderá fazer quatro (4), sendo dois do núcleo comum e dois dos específicos. Os cursos específicos oferecidos são: Técnicas de vendas, Secretariado e Rotinas Administrativas, Recepção de Hotel e Atendente de Bar, Reprodução Animal e Produtividade do Gado, Bovino Leiteiro, Técnicas Agrícolas, Destilador de álcool, Cuidador de Idosos e Crianças, Porteiro e Zelador, Eletricista e Encanador e Operador de Caldeiras. No núcleo comum (ou cursos básicos) o CEPA oferece Português Instrumental, Matemática Básica, Informática para o Trabalho e Ambientação Cidadania e Meio Ambiente. Dentre os cursos ofertados, procurados são: Técnicas de
os mais vendas,
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Julho/Agosto de 2014 Secretariado Crianças.
e
Cuidador
de
Idosos
e
Os cursos são oferecidos nos polos de Abadiânia, Águas Lindas, Alexânia, Alvorada do Norte, Anápolis, Campos Belos, Cidade Ocidental, Damianópolis, Flores de Goiás, Formosa, Iaciara, Jandaia, Luziânia, Nerópolis, Niquelândia, Novo Gama, Ouro Verde de Goiás, Pirenópolis, Planaltina de Goiás, Posse, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás. Nesses municípios existem, atualmente, 35 laboratórios para atender os alunos. Para se matricular, o aluno deve apresentar original e cópia da Carteira de Identidade, CPF, comprovante de endereço, comprovante de escolaridade e conta da Caixa Econômica Federal (somente para os alunos inseridos nos programas sociais ou que comprovarem baixa renda). Estes recebem um incentivo financeiro de R$ 75 por mês.
O Bolsa Futuro é uma iniciativa do Governo do Estado para qualificação profissional e oferta 10 cursos voltados para as seguintes áreas: comércio (Técnicas de Vendas, Secretariado e Rotinas Administrativas, Recepção de Hotel e Atendente de Bar); agronegócio (Reprodução Animal e Produtividade do Gado Bovino Leiteiro, Técnicas Agrícolas e Destilador de Álcool); funções de apoio (Cuidador de Idosos e de Crianças, Porteiro e Zelador); indústria e infraestrutura (Básico em
Eletricista/Encanador Caldeira).
e
Operador
de
Reflexos Para a diretora do CEPA, Marla Silva Correia, o Programa Bolsa Futuro é hoje o maior programa de qualificação do Estado de Goiás. “Nós levamos, através do Programa, a qualificação para pessoas que não poderiam pleitear uma vaga no mercado de trabalho, por não terem como comprovar sua formação”, salienta. Marla diz ainda que pessoas de baixa renda ou que estão desempregadas recebem a formação necessária sem custo e agora o Programa também atende alunos que passam por medidas sócio educativas. “Hoje temos mão-de-obra valorizada, com isso Goiás ganha em produtividade”, atesta. Um exemplo do que diz Marla é a recepcionist a Maria Marta Rodrigues da Cruz, de 42 anos. Ela conta que chegou a Anápolis com depressão e desempregada e encontrou no Bolsa Futuro a porta de saída para os problemas. “No CEPA fiz os cursos de Recepcionista, Atendente de Bar e Hotel, Técnicas em Vendas e Secretariado Básico. E foi através do Bolsa Futuro que consegui emprego numa pousada”. Maria Marta se diz renovada após a conclusão dos cursos e a conquista de uma vaga no mercado de trabalho. “Sinto-me feliz com a nova vida”, ressalta. (Dirceu Pinheiro) Página 5 de 6
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Artigo
Percepção Ambiental: o problema dos resíduos sólidos *Tatiane de Souza Avelar O problema dos resíduos sólidos não é algo recente. No entanto, a situação se agrava com o crescimento exacerbado da população e com a adoção de um estilo de vida caracterizado pela produção e consumo cada vez mais excessivo. No cenário nacional, o assunto tem ganhado destaque nas últimas décadas, principalmente com a criação da Lei 12.305/10 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Perante esta situação, é interessante conhecer a percepção ambiental dos atores sociais em relação ao problema dos resíduos sólidos. Uma vez que a percepção ambiental permite compreender as interrelações entre o homem e o meio ambiente, as expectativas, as atitudes, as satisfações e insatisfações com o ambiente em que ele vive. Partindo desta perspectiva, foi realizada uma pesquisa com os alunos dos Cursos Técnicos em Química, Redes e Logística, além dos cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC’s) do Centro de Educação Profissional de Anápolis (CEPA). O intuito do questionário foi verificar, a partir de conhecimentos adquiridos durante a vida dos participantes, a percepção em relação ao tema, abordando questões como a diferença entre os termos lixo e resíduos sólidos, os conceitos de reciclagem e coleta seletiva, a forma correta de separação do lixo doméstico, o destino dos resíduos sólidos, os impactos causados pela destinação inadequada e os comportamentos que podem ser praticados visando à minimização de tais impactos.
sobre a diferença entre os termos lixo e resíduos sólidos. Percebeu-se também que eles possuem dificuldade quanto aos conceitos de reciclagem e coleta seletiva. Quanto à separação dos resíduos sólidos domésticos, apresentam dificuldade em citar de forma correta materiais que devem ser depositados no lixo reciclável e no lixo orgânico. Nota-se que, quanto à destinação final dos resíduos sólidos na cidade de Anápolis, a grande maioria conhece a existência do aterro sanitário da cidade e dizem ser a forma mais adequada de destinação final. Os participantes possuem percepção ambiental acerca de alguns problemas causados pelos resíduos sólidos, tais como contaminação da água e do solo e entupimento de bueiros e apontam atitudes como não jogar lixo nas ruas, separação de resíduos domésticos para a coleta seletiva e reutilização como comportamentos que podem contribuir para minimizar tais problemas. Entretanto, não há, de forma concreta, a prática de tais atitudes. De modo geral, ao longo de toda a pesquisa, ficou demonstrado que a percepção ambiental acerca do problema dos resíduos sólidos é parcial e limitada. Diante disso, é imperativo o surgimento de programas de educação ambiental, visando à conscientização e o conhecimento sobre a problemática dos resíduos sólidos, permitindo que o indivíduo reconheça a importância da mudança de hábitos e sintase parte integrante de todo o sistema que envolve esta questão, não apenas como gerador de resíduos, mas também como corresponsável pela redução, separação e destinação correta.
*Tatiane de Souza Avelar é bióloga, especialista em Análise e Gestão Ambiental e professora no Centro de Educação Profissional de Anápolis.
Os resultados obtidos demonstraram que os participantes possuem pouco conhecimento Página 6 de 6 www.cepa.sectec.go.gov.br