Portfólio IPA1 UFRGS Antonio Cornely

Page 1

PRAÇA DOM SEBASTIÃO PORTFÓLIO PROJETUAL

|ANTONIO CORNELY| IPA1 | 2017/1 | UFRGS|


|PROJETO DE INTERVENÇÃO NA PRAÇA DOM SEBASTIÃO|


|ANTONIO CORNELY| UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO INTRUDUÇÃO AO PROJETO ARQUITETÔNICO I 2017/1 DANIELA CIDADE ELIANE CONSTANTINOU MARIO GUIDOUX SILVANA JUNG


|01 A APRESENTAÇÃO|

Neste portfólio serão apresentadas as etapas de uma proposta de intervenção na praça Dom Sebastião, localizada no bairro bom fim, porto alegre, rs. O principal objetivo é revitalizá-la considerando seus públicos e fluxos. O projeto faz parte da última etapa da cadeira de Introdução ao Projeto Arquitetônico I da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRGS.


|02 O SUMÁRIO|

O ESPAÇO ATUAL

05

O NOVO PROJETO

12

A ÁREA ABERTA

14

A ÁREA EDIFICADA

18

O PROJETO FINAL

27

AS REFERENCIAS PROJETUAIS

32


|03 O ESPAÇO ATUAL|

|05


|03 O ESPAÇO ATUAL|

A análise de uma praça, sendo ela parte da malha urbana, não pode ser feita sem se enxergar o sistema no qual está inserida. A praça Dom Sebastião fica na divisa entre os bairros Bom Fim, Centro e Independência; bairros tanto residenciais quanto comerciais e com importantíssimas instituições de serviços, que servem como polos atrativos.

06|


| O BAIRRO|

|08


|

O BAIRRO|

Localizada numa região central de Porto Alegre, mais precisamente no bairro bom fim, a praça Dom Sebastião serve mais como uma passagem e descanso para os utilizadores dos serviços no entorno . Ela se encontra, na verdade, numa fronteira entre diversos bairros importantes, pontos atrativos e vias de alto trânsito e, assim, possui uma vasta diversidade de serviços ao seu redor. Há de se considerar também a proximidade ao Parque Farroupilha, a qual limita a permanência na praça Dom Sebastião, especialmente nos finais de semana. Os principais usuários do espaço, portanto, são os clientes do Cachorro Quente do R, os alunos do colégio Marista Rosário, os servidores e internos da Santa Casa, alguns alunos das universidades UFRGS e UFCSPA, e pessoas em situação de rua.

09|


|A

|10

PRAÇA|


|A PRAÇA|

A atual disposição da praça visou, sem sucesso, atrair os moradores locais, protagonizando as antigas fontes de pedra e reorganizando os caminhos, mas não resolvendo o problema do respirador e do playground, além de ignorar o entorno. Os poucos usuários que vem a ela propositalmente o fazem por necessidade de seus animais de estimação e não por vontade própria. A praça possui, na planta, um padrão de grelha perpendicular aliado ao formato circular das fontes. O Colégio Marista Rosário e a Santa Casa ocupam inteiramente duas das laterais, enquanto a Avenida Independência (a Igreja Nossa Senhora da Conceição) e o topo do Túnel da Conceição – Rua Irmão José Otão - completam as outras duas. Devido a passagem do túnel por baixo da praça, há no canto da Rua José Otão com a Sarmento Leite, um grande e maciço respirador de concreto com decoração de painéis de ferro do artista Francisco Stockinger.

11|


|04 O NOVO PROJETO|

|12


|04 O NOVO PROJETO|

A nova proposta para a área aberta foi produzida em grupo durante toda a primeira etapa da disciplina, levando em conta levantamentos e estudos feitos na própria praça pelos alunos com auxílio dos professores e monitores. A ideia é produzir uma nova praça original, sem inspiração no layout atual, tanto no interior quanto nos limites do espaço, empregando as técnicas de representação ensinadas nas várias disciplinas do curso.

13|


|05 A ÁREA ABERTA|

|14


|05 A ÁREA ABERTA|

As grandes diretrizes nesse projeto foram a priorização da diagonal principal de fluxo, a revitalização do canto sudeste - logo após a passarela do Rosário – e a integração do respirador com o Layout da praça, além de levar em conta o principal público em potencial: os usuários do Hospital.

A V .

I N D E P E N D Ê N C I A

15|


AV. INDEPENDÊNCIA

|A IMPLANTAÇÃO|

A decisão por um tema geométrico não veio em vão, ele segue pontos específicos de uma grelha perpendicular regular que acabou por criar formas orgânicas, proporcionando uma melhor abertura e definição das passagens e tornando principalmente o canto da saída do colégio e o encontro com o hospital muito mais convidativos. A diagonal Rosário – Fundação, ou diagonal principal, ganhou sua devida proporção e novos estares nasceram nas quinas dessa geometria, mais próximos e aconchegantes. A rua que passava em frente à porta do colégio foi fechada, nivelada e completamente anexada ao corpo do praça, criando uma maior conexão com a quadra inteira Foi, também, adicionado, em quase toda a extensão da lateral do Marista Rosário, um deck de madeira que convida tanto os clientes do cachorro quente quanto os alunos do Colégio Rosário a seguirem em direção ao canto Sudoeste, aonde há também a nova área edificada: um café e espaço multiuso. Os clientes dos dois estabelecimentos acabarão por dividir a utilização dos vários estares que as dobras do deck proporcionam. Em relação ao respirador, a solução foi realocar o playground de modo que a grande parede de concreto, aliada a alguns bancos e diferenças no piso, sirvam como barreira física para as crianças. |16


| O QUADRANTE|

O canto sudeste, portanto, foi o escolhido para sediar a área edificada do projeto, por se tratar do lugar mais marginalizado da praça, devido ao número de árvores, ao baixo fluxo de pedestres e à má distribuição no zoneamento original – o espaço acabou completamente segregado. É também, um dos cantos mais baixos pois o terreno tem uma considerável inclinação do sentido Independência – UFCSPA, então uma edificação não traria tanta disparidade visual.

O desafio agora era criar uma edificação que convidasse os transeuntes do entorno, os alunos e, principalmente, os enfermos e servidores do hospital, o qual possui uma das entradas diretamente virada para a praça, mas era completamente desconectado por uma barreira divisória no meio da rua.

17|


|06 A ÁREA EDIFICADA|

|18


|06 A ÁREA EDIFICADA|

O projeto da área edificada faz parte da segunda etapa da disciplina. A proposta foi uma experimentação de três modelos perceptivos de composição básica: planar, volumétrica e mista. Edificações planares são definidas por planos independentes que se encontram e formam então a construção, enquanto nas volumétricas, a proposta é que se tenha um grande volume total e a edificação seja desenvolvida no interior desse. Quanto às mistas, são a junção de planos e volumes. Foram produzidos durante essa etapa nove edificações diferentes, três de cada tipo compositivo. Logo após, foi escolhida uma de cada tipo para ser estudada e desenvolvida. No final, levando em consideração todos os estudos envolvidos, uma única edificação foi eleita para ser adotada no projeto final. Essa então foi detalhada com análise estrutural, mobiliário interno e externo, áreas de uso, áreas de passagem e permanência e estudos de condicionantes físicos.

19|


|ESTUDOS FORMAIS PLANARES |

|20

desenvolvimento da planar 3


|ANÁLISES PLANARES |

A variação da edificação planar 3 foi escolhida como a melhor entre as planares por possuir uma forma simples e clara e se conectar muito bem com o layout do deck. À esquerda, um diagrama de áreas de passagem e permanência. À direita, uma vista superior da edificação no quadrante.

21|


|ESTUDOS FORMAIS VULUMÉTRICOS |

|22

volumétrica 1


|ANÁLISES VOLUMÉTRICAS |

A edificação volumétrica 1 foi escolhida pois cria uma grande área de estar coberta aliada a ilhas de serviços independentes no interior do complexo. À esquerda, um diagrama de áreas de passagem e permanência. À direita, uma vista superior da edificação no quadrante.

23|


|ESTUDOS FORMAIS MISTOS |

|24

mista 2


|ANÁLISES MISTAS |

A edificação mista 2 foi escolhida pela boa organização de zoneamento que cria um único eixo de fluxo e pelo belo contraste entre a cobertura planar e volume fechado. À esquerda, um diagrama de áreas de passagem e permanência. À direita, uma vista superior da edificação no quadrante. 25|


|07 O PROJETO FINAL |

|26


|07 O PROJETO FINAL |

A última e mais complexa etapa do projeto é a escolha definitiva e análise da área edificada. A hipótese planar 3 foi eleita para ser estudada e plenamente desenvolvida nesta terceira etapa da disciplina. Foram feitos diversos estudos sobre a edificação em si e como ela se relaciona com o quadrante e com a praça, como análises de mobiliário, de zoneamento e usos, de sombra e luz, entre outros. O projeto está quase pronto, e nesse último item, estão especificados os seus pormenores e detalhes.

27|


|A PLANTA INTERNA MOBILIADA |

A edificação escolhida foi o estudo planar 3, com algumas modificações propostas pelos professores. A variação fez com que a cobertura conversasse melhor com a forma do deck, trazendo uma melhor continuidade em toda a praça. A volumetria é muito simples, um conjunto de planos formam um volume regular de 6x6m – banheiros e depósito – e uma cobertura assimétrica completa a edificação. As quinas dessa laje, assim como a posição desse volume, seguem a grelha compositiva. O espaço coberto fechado segue a proposta de quatro módulos cúbicos de 3x3m e a cobertura respeita o limite da área de 12 desses módulos.

|28

A funcionalidade do depósito é variada, embora tenha sido projetado para funcionar como um café restaurante. Um dos módulos é a área de preparação, que fica fechada para o público e possui os aparatos básicos para o funcionamento completo do estabelecimento. O outro módulo do depósito possui bancadas altas e serve de área de atendimento e, no caso, de fila. Durante a noite, a área de atendimento é fechada por cortinas de ferro e serve de depósito para a mobília da área externa. Os outros dois módulos da área fechada compõe os banheiros: um unissex e um PNE. Na fachada principal do complexo, ou seja, na que se encontra virada para o norte, há a entrada para o banheiro unissex. No interior, há duas cabines fechadas e uma pia para três pessoas, além de um grande espelho. O banheiro PNE não é coletivo - comporta apenas um usuário por vez - e possui uma pia, um sanitário e diversas hastes de apoio.


FLUXOS E PERMANÊNCIAS

GRELHA CONSTRUTIVA

PLANTA MOBILIADA EXTERNA

|29


|ELEVAÇÕES ISOMÉTRICAS|

30|


|VISTAS ORTOGONAIS|

31|


|OS CONDICIONANTES FÍSICOS|

A edificação proposta se encaixa muito bem tanto na estética quanto na funcionalidade da praça. Os banheiros virados para o lado do playground evitam a marginalização do espaço. A área de atendimento está diretamente ligada com o espaço de mesas tanto dos clientes do café quanto do cachorro quente. A disposição da cobertura, além de seguir a proposta geométrica, proporciona um bom aproveitamento da luz solar e uma ótima vista da praça em geral. O modelo construtivo de um volume central aliado a uma cobertura grande cria estares em torno de quase toda a edificação. Na área do deck logo em frente à entrada do café, uma disposição de grupos de 9 mesas de 60x60cm aliados a bancos e floreiras fixas montam uma agradável área de alimentação, aproveitando bem tanto a sombra das árvores durante a manhã quanto os raios do pôr do sol durante a tarde.

|32


|VISTA CONCEITUAL |

33|


|08 AS REFERÊNCIAS PROJETUAIS|

MATERIAIS – Casa de Concreto, Mar Azul, Argentina

|34

FLOREIRAS E BANCOS – Fraher Arch. Jewel Box, Londres, Inglaterra.

QUINAS DE DECK – Internacional Passenger Terminal, Yokohama, Japão.


|08 REFERÊNCIAS PROJETUAIS|

BANQUETA

MESAS E CADEIRAS

PISO GRAMA

BANCOS E FLOREIRAS

35|



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.