gira #1 outubro 2016

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gira revista

revista de atualidade do concelho de vila franca de xira e arredores número 1 | outuBRO 2016 distribuição gratuita

esta terra é gira

passeio

Vila Franca vista do céu

Há quatro miradouros para descobrir e uma empresa decidida a mostrá-los ao mundo.

desporto

Correr na cidade salão de artesanato

O vintage está na moda António Saraiva entrevista

presidente da Companhia das Lezírias

nutrição: OITO TRUQUES PARA COMER BEM moda: AS TENDÊNCIAS DE OUTONO NAS LOJAS DO CONCELHO





gira número um outubro 2016

propriedade: António Manuel Domingues Dias NIF: 216 680 611 diretor e editor: António Dias colaboradores: Ana Paula Vieira (viagens), Sónia Teles (farmácia), Guida Alves (psicologia), Filipa Coito (economia), Fátima Serrador (decoração), Alexandra de Jesus (moda), Hélder Careto (ambiente), Rita Lança (nutrição), Magda Santos (desporto) publicidade: Vida Ribatejana Lda Revista Gira T: 243 761 130 morada sede e redação: rua doutor Manuel Branco, nº30 2005-388 Vale de Santarém telefone: T: 968 236 531 web: www.revistagira.pt mail: revistagira@revistagira.pt facebook: /revistagira impressão: soartes tiragem: 8.000 exemplares depósito legal: número registo na ERC: 126901

© outubro de 2016 Todas as imagens e textos desta publicação são propriedade da revista gira. É interdita a cópia ou a utilização de qualquer conteúdo desta revista para qualquer finalidade, sem a devida autorização do proprietário.

estatuto editorial

A revista gira é uma publicação mensal de distribuição gratuita que pretende ser o rosto positivo e belo do concelho de Vila Franca de Xira e região envolvente. A revista gira funcionará através do suporte em papel e utilizando, paralelamente, as novas plataformas digitais: sítio na internet, facebook, vídeo e audio. A revista gira quer dar voz às pessoas, empresas e tradições locais, sem esquecer os sinais dos novos tempos. A revista gira é independente de qualquer tipo de poderes, seja político, religioso ou outro. Regemo-nos sempre pelo cumprimento rigoroso das normas éticas e deontológicas do jornalismo, respeitando em absoluto a pluralidade de opiniões. A revista gira está muito vocacionada para o público feminino, com um forte enfoque nos assuntos de moda, saúde, beleza, tendências, ambiente, culinária e informação cultural. Pretende ser, igualmente, um diretório cultural, turístico e artístico desta região. A revista gira pretende ser inovadora, leve e divertida. Um espelho desta terra com tantas tradições rurais e caraterísticas tão fortes, mas também cheia de gente urbana, jovem e cheia de sonhos. A revista gira respeita o princípio da separação entre factos e opiniões. Os primeiros, serão regidos pelo código deontologico do jornalista, e os segundos serão da inteira responsabilidade de cada interveniente. A revista gira quer dar voz aos cidadãos e entidades locais, através de notícias, reportagens, entrevistas, publireportagens, sem prejuízo de poder assumir as suas próprias posições.

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8moda Tendências de outono Algumas sugestões dos lojistas do concelho para a moda deste outono

20 reportagem Correr na cidade Já não há desculpa para não praticar exercício físico

28 entrevista António Saraiva O presidente da Companhia das Lezírias no ano em que a empresa comemora 180 anos.

32 passeio Os miradouros de Vila Franca Uma sugestão para conhecer a cidade vista do céu.

40 especial Feira de Outubro Falámos com artesãos e damos dicas de decoração.

COLUNISTAS SECÇÕES Alexandra de Jesus: 9 Magda Santos: 24 Rita Lança: 26 Ana Paula Vieira: 37 Fátima Serrador: 38 Filipa Coito: 42 Hélder Careto: 44 Sónia Teles: 46 Guida Alves: 48

editorial: 15 curiosidades: 6 agenda: 14 desporto: 24 alimentação: 26 decoração: 38 ambiente: 44 saúde: 46


outubro?

Onde

6 // curiosidades // outubro curiosidades

estavas em

13.out.1917

TU

um olhar pelo mês que aí vem

A 13 de outubro de 1917, ocorreu a sexta e última aparição de Fátima, acompanhada pelo milagre do sol. Milhares de peregrinos passam por Vila Franca nesta altura do ano.

28.out.1856

A 28 de outubro de 1856, realizouse a primeira viagem de comboio em Portugal, entre Lisboa e o Carregado, numa altura em que não havia estradas, nem sequer bons caminhos. Era uma revolução naquela época.

4.out.1957

A 4 de outubro de 1957, a União Soviética lançou para o espaço o Sputnik 1, o primeiro satélite artificial da Terra. Este acontecimento marcou o início da exploração do espaço.

11.out.1895

Nesta data, circulou o primeiro automóvel pelas estradas portuguesas. Foi um PanhardLevassor, carro importado de Paris por D. Jorge de Avillez, um jovem aristocrata rural de Santiago do Cacém. Atingia os 15 quilómetros por hora e provocou tanto pavor como fascínio que milhares de pessoas foram ver passar aquela “máquina do diabo”. Passados este 121 anos, vendem-se, por mês, em média, em Portugal, mais de 12 mil veículos ligeiros.

5.out.1910

Há ainda quem debata a importância da república em Portugal, com uma monarquia aqui ao lado. Ainda assim, poucos são os portugueses que ponderam a hipótese do regresso do rei ao poder. Para já, a grande maioria dos lusitanos, apesar do orgulho no passado, reconhece legitimidade ao atual regime. Numa sondagem de 2010, 72 por cento dos inquiridos estavam satisfeitos com a república, e apenas 11 por cento preferiam ter de novo um rei como figura principal do país. Portanto, este continua a ser um dia de festa para muita gente. A república foi implantado às 10 horas de 5 de Outubro de 1910.


7

10.out.1963 É uma das vozes francesas mais reconhecidas em todo o mundo. “No rien, de rien!” é ainda hoje um tema de arrepiar! Depois de uma vida de excessos, álcool, casamentos falhados e muita tristeza, Edith Piaf veio a falecer a 10 de outubro de 1963, perto de Grasse, a localidade onde vivia na altura. Foi levada para Paris, tendo a sua morte sido oficialmente anunciada no dia seguinte. Está sepultada no famoso cemitério de Père Lachaise, na capital francesa.

8.out.1998

Foi um dos momento altos da carreira do escritor e de orgulho nacional. José Saramago recebeu, a 8 de outubro de 1998, em Estocolmo, capital da Suécia, o prémio Nobel da Literatura, tornando-se, assim, o primeiro escritor de língua portuguesa a ser distinguido com este galardão. José Saramago faleceu a 18 de junho de 2010.

6.out.1992

8.outubro.1999

Amália da Piedade Rodrigues nasceu a 1 de julho de 1920 e tornou-se numa das mais importantes figuras culturais portuguesa. O fado trouxe-lhe a fama, mas também foi atriz. Representou Portugal em todo o mundo, de Lisboa ao Rio de Janeiro, de Nova Iorque a Roma, de Tóquio à União Soviética, do México a Londres,

Durante décadas, Portugal tinha apenas dois canais de televisão. Foi Cavaco Silva, então primeio-ministro, que lançou o concurso para as tv privadas em Portugal. A Sociedade Independente de Comunicação (SIC) veio nascer a 6 de outubro de 1992. A TVI no ano seguinte.

de Madrid a Paris (onde atuou tantas vezes no prestigiado Olympia). Faleceu na manhã de 8 de outubo de 1999, com 79 anos, poucas horas depois de regressar da sua casa de férias no litoral alentejano. Imediatamente, o então primeiro-ministro, António Guterres, decretou luto nacional por três dias.


8 // moda // outubro comércio local

Bem vinda ao

Outono

O inverno ainda está longe mas as manhãs já estão frias, as noites frescas e os dias soalheiros. Aqui ficam as nossas sugestões para estes dias amenos. Roupas leves e aconchegantes. Cores calmas e confortáveis. É tempo de se preparar para o frio e para a chuva.

Cores simples e formatos geométricos

Nesta estação, a Guapa está recheada de novidades. Loja nova, roupa repleta de cor e padrões divertidos.

Também em branco e vermelho


9 moda

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Xadrez e leopardo marcam este outono Alexandra de Jesus*

Falo de moda e a primeira imagem que me vem à cabeça é a de Kate Moss. Todos os trapinhos lhe acentam bem. Sim, eu sei. Estou a falar de uma super modelo que foi capa das prestigiadas revistas de moda e brilhou nas passarelles de todo mundo durante mais de duas décadas... Mas existem outras como ela que não lhe chegam aos calcanhares. Porquê? Simples! Tem atitute. A moda é uma expressão de personalidade que não anda reboque das estações do ano, se é que elas ainda existem... Claro que é impossível fugir às tendências! Por exemplo, o xadrez e leopardo, vão marcar este outono, e provavelmente vou comprar uma ou duas peças. Não mais. Serão sempre um pormenor no meu guarda roupa mas o que gosto mesmo de ter são peças para a vida, daquelas que se usam anos e anos e parece que sairam ontem da loja. As camisas brancas e aquelas calças pretas que amo de paixão, ou dois ou três vestidos que resultam sempre quando não sabes o que hás-de vestir, tornam a minha vida mais fácil todas as manhãs ou todos os finais de dia. Depois, tenho os eternos básicos. Duram pouco, mas como são baratos, compro logo três ou quatro iguais. Com um pouco de imaginação, criam a minha forma de estar faça chuva ou faça sol. Sapatos e acessórios também são muito importantes. Mas, atenção, é preciso ter cuidado com eles! Se, por um lado, podem acrescentar personalidade, por outro, podem matá-la. Devem realçar o nosso corpo e as outras peças que usamos e nunca podemos parecer uma árvore de natal. Por isso, quando escolho os brincos, os colares e os anéis, se tenho a mais pequena dúvida digo: não!!! Somos nós que vestimos as peças, não são as peças que nos vestem a nós. Volto a dizer é apenas uma questão de atitute. A Kate Moss com uma camisola de alças sem soutien, com uns calcoes rasgados e umas hunter fica linda de morrer em 2017 ou em 2021. *designer


10 // moda // outubro

10% DESCONTO na apresentação desta revista

Onde a arte dos cabelos acontece e a criatividade impera

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12 // moda // outubro

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Preto, verde tropa e cereja, os tons de outono

Na Mood estamos sempre na moda. E esta estação pede estilo, graça e cores fortes. Eis alguns dos nossos artigos. Visite-nos e conheça toda a coleção das marcas G.sel, Rinascimento, Roberta Biagi, Bus, Relish, Foursoul, Nakuro, Karamel entre outras. Temos com promoções todo o ano em artigos selecionados.

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colete: Roberta Biagi blusa: Relish calças: Klix

vestido: Rinascimento chapéu: Pia Rossini

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O outono não tem que ser cinzento. Pode ser colorido e cheio de sorrisos. Na Silhouette, temos marcas divertidas e exclusivas para a deixar cheia de estilo. Visitenos!

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Dias felizes, sempre!


14 // agenda / outubro Vialonga

Olá Florbela

É um dos tesouros nacionais. Florbela Queiroz, atriz de 73 anos, regressa aos palcos com uma revista à portuguesa, à frente de um jovem elenco, como Vera Mónica, Marisa Carvalho, Raquel Caneca e Gonçalo Brandão. "Ol(h)á Florbela!" é um hino à boa disposição, onde se podem esperar gargalhadas soltas, pensamentos alegres e um contágio de bons momentos. É uma peça atual, onde estará presente a crítica social, a sátira, a emoção e o afeto. Momentos de fado e de cantigas serão também uma das atrações deste espetáculo de duas horas. Florbela Queiroz, que tão bem conhecemos de novelas e séries de televisão, trabalhou ao lado de Nicolau Breyner, Herman José, entre outras grande figuras nacionais e este novo espetáculo assinala os 60 anos de carreira da atriz. Para não perder, 6 de outubro às 21h30, no auditório da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense; e 22 de outubro, às 21h30, na Sociedade Recreativa de Granja de Alpriate, em Vialonga. Vila Franca

Concurso de bandas prestes a começar

Decorre, a 4 outubro, às 22 horas, no pavilhão multiusos de Vila Franca, a primeira eliminatória do concurso de bandas jovens de Vila Franca de Xira (RIFFEST), evento integrado na Feira de Outubro. A iniciativa é da Câmara Municipal em parceria com a Associação Empresarial dos Concelhos de Vila Franca de Xira e Arruda dos Vinhos (ACIS). Este ano, haverá uma especial homenagem a António de Andrade (Tó Andrade) cuja carreira artística contribuiu para a divulgação da música produzida no concelho, tendo mesmo participado no festival da Eurovisão. A final desta competição será a 25 novembro, no Centro Cultural do Bom Sucesso, onde serão entregues três prémios de €1500, €1000 e €500. A pontuação e as eliminatórias serão deliberados por um jurí de três elementos.

Alverca

Natal solidário

Sim, nós sabemos que ainda faltam quase três meses para o Natal. No entanto, as máquinas comerciais já começaram a funcionar e não deve faltar muito para as montras se enfeitarem a preceito. E se todos, de algum modo, nos vamos desembarar e tentar criar momentos, há quem esteja com problemas em imaginar o que vai colocar no sapatinho. Por isso, as casas de juventude do municípira estão a recolher objetos lúdicos e didáticos para depois oferecer às famílias mais carenciadas. A iniciativa Reciclar + Dar = Ajudar além de um objetivo solidário, tem um intuito de apelar à participação dos jovens com vista à sua consciencialização cívica, quer para a reciclagem e reutilização quer para gestos de solidariedade que também se aliam nesta iniciativa. Para entregar o material como brinquedos, livros, DVD’s, jogos de mesa, jogos eletrónicos e outros bens semelhantes, basta dirigir-se a uma casa da juventude, nos dias úteis, das 13h às 1h. Em Vialonga, na rua Antero de Quental (Centro Comunitário de Vialonga); no Sobralinho, na rua Soeiro Pereira Gomes; na Póvoa, na quinta municipal da Piedade; no Forte da Casa, na rua da Liberdade; e em Alverca, na rua da Escola (Edifício Panorâmico). Em dezembro será realizada a entrega do material recolhido na festa de Natal organizada pelos Centros Comunitários de Arcena e Vialonga.


15 Bom Sucesso

Zumba com sucesso

Nuno Antas é um dos gurus no mundo do zumba, uma modalidade desportiva que está na moda. Começou por dar aulas de ginástica localizada, depois deu formação e começou a colocar vídeos no youtube com dicas e instruções para praticar zumba fitness. O sucesso foi tal que agora é convidado para workshops e aulas de grupo um pouco por todo o país. E ele vai estar no Centro Social e Cultural do Bom Sucesso, a 9 de outubro, num evento que começa às 11h00. Nuno Antas aconselha todos a participarem porque garante: "adoro o que faço, sou mais feliz a dançar, a dar aulas e, sobretudo, quando vejo os meus alunos alegres e a atingirem metas e os vejo sair cansados, transpirados mas com um sorriso contagiante. Experimentem que vão gostar", lança. O repto fica lançado.

editorial

Lutar contra a maré António Dias

Já sentiu que o mundo anda do avesso? Eu já. Nos últimos anos, demasiadas vezes. Talvez porque sou do século passado e ainda me custa acompanhar a velocidade a que o mundo se move. Internet, facebook, smartphones, app... Cresci com dois canais de televisão e agora há 200 e parece que ainda estou insatisfeito. Isto aplica-se a quase tudo na vida: cinema, livros, amigos, relações íntimas. Há tanto para escolher que parece que estamos sempre descontentes. É para contrariar essa onda de alguma apatia que surge a “gira”. De uma ponta à outra, tem boas notícias, gente interessante, conselhos úteis, propostas de viagens, ideias de decoração, sugestões de moda. Sabia que o comércio local tem produtos de grandes marcas, gente simpática e serviços tão ou mais variados que os centros comerciais em Lisboa? Sabia que o concelho de Vila Franca de Xira é elogiado pela sua oferta cultural e museológica? Sabia que há quatro miradouros no topo da cidade de onde pode ver meio mundo? Sabia que todos os fins de semana há iniciativas diversas, desde filmes, espetáculos, exposições, que podem ajudar a ocupar o seu tempo? E sabia que à sua volta há gente cheia de histórias para contar? Veja a Tina Almeida, a artesã em destaque na página 36, que depois de ficar sem emprego deu a volta à sua vida. Reinventou-se. Lutou contra a apatia e arregaçou mangas. Ganha muito dinheiro no artesanato? Nem por isso. Mas é feliz. Ela é um símbolo, um exemplo de vida, de sorriso no rosto, mostra o que é ser mulher e o que é saber lutar contra a maré.


16 // agenda // outubro Teatro

Fernando Mendes vai à SFRA

Vítor Moreira (Fernando Mendes) é um empreiteiro que é chamado a fazer um orçamento para uma obra numa empresa sede de uma agência matrimonial. Nada de supreendente, não fosse o facto de Vítor Moreira desconhecer qual o intuito de uma agência matrimonial. O que parecia apenas um dia normal e divertido, transforma-se numa sucessão de peripécias: Vítor é confundido com o banqueiro; tem que escolher candidatas, serviço que engloba uma boa soma de dinheiro; e tem que aturar cada pretendente com o seu feitio vincado.. Aquilo que parecia ser um bom negócio, transforma-se numa autêntica dor de cabeça para o pobre construtor. "Noivo Por Acaso" é uma peça de teatro com um enorme sucesso que além do protagonista conta com a participação de Carla Andrino, Jorge Mourato e Patricia Tavares. E está em turné, com passagem pelo auditório da Sociedade Filármonica, sábado, 29 de outubro, às 21h30.

Campanha

Rastreios e óculos gratuitos

Maria Inês (foto em baixo)e Mafalda Melo e Castro (foto em cima) são duas meninas de sete anos brincalhonas e divertidas. Mafalda é alta e tímida, Maria mais baixa e extrovertida. Estão na óptica ALAIN AFFLELOU, no Jumbo de Alverca, para um rastreio gratuito à visão, no âmbito da campanha escolar em favor da saúde visual, que decorre até 30 de outubro. "O objetivo", resume Maria Luísa Pereira, responsável de marketing da marca francesa, "é contribuir para uma maior consciencialização de pais e educadores para os problemas visuais". De acordo com a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), cerca de 20 por cento das crianças em idade escolar têm algum défice da função visual e o pior é que "a saúde dos olhos continua a ser muito descurada pelos portugueses", lamenta a optometrista da ALAIN AFFLELOU, Cláudia Brás. Foi para dar uma ajuda no bom sentido que a fundação ALAIN AFFLELOU lançou esta iniciativa, que já vai na sua nona edição em território nacional. Maria Luísa Pereira assegura: "todas as crianças, entre os cinco e os sete anos de idade, que se deslocarem, por exemplo a esta óptica ALAIN AFFLELOU, no Jumbo de Alverca, poderão fazer um rastreio gratuito e, caso seja detetada a necessidade de óculos, terão direito a uma armação Afflelou e a duas lentes de stock gratuitas". Mafalda e Maria foram as primeiras a inscreverem-se na campanha e, felizmente, a nenhuma foi detetado algum problema. Porém, Cláudia Brás avisa: "grande parte das vezes, nem os pais sabem que os próprios filhos veem mal". Por isso, “o importante é estar atento aos sinais de alerta, como dores nos olhos ou ver televisão muito perto. O ideal é levar a criança ao oculista todos os anos na fase de crescimento.


17 Concurso

A mais bela de Alverca

Pela primeira vez será eleita, este ano, a miss Alverca. A iniciativa é da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense, com produção da Glitter & Glam. As candidatas devem ter entre 16 e 26 anos de idade, se for menor de idade, necessita da autorização dos pais, altura mínima de 165 cm e ser natural do concelho de Vila Franca de Xira ou residente na freguesia de Alverca. O objetivo da iniciativa é, além de eleger uma candidata que saiba representar a cidade através da sua beleza, valorizar a região e dinamizar o comércio local. Haverá três eliminatórias, a decorrer entre 15 de outubro e 30 de novembro. Em cada fase serão selecionadas quatro candidatas para participar na final onde serão eleitas a miss simpatia, miss fotogenia, primeira dama, segunda dama e, claro, a miss Alverca. O público terá um papel importante na escolha das finalistas, porém haverá um juri. Mais informações pelo endereço eletrónico: missalverca2016@gmail.com.

Vila Franca de Xira Centro Comercial da Mina 8h às 20h marcações: 263 281 073

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Clássica

Astor Piazzolla em Vila Franca

Para quem gosta de música clássica, Solange Silva, em flauta transversal, e Tatiana Baliuk, ao piano, apresentam sonata nº 1 de Prokofiev, uma história do Tango de Astor Piazzolla. As duas artistas são do conservatório regional Silva Marques e apresentam-se com um espetáculo gratuito para ver e ouvir na Fábrica das Palavras, 15 de outubro, às 18h00. Não perca!


18 // agenda // outubro Música

Artes de Cá na Fábrica das Palavras

O Artes de Cá continua e apresenta um espetáculo imperdível no domingo, 23 de outubro, no auditório da Fábrica das Palavras. O concerto desta vez é da responsabilidade do Grupo de Música Popular Portuguesa do Centro Popular de Cultura e Desporto da Póvoa de Santa Iria. A iniciativa que tem levado música a este moderno espaço da cidade, começou no início deste ano e prolonga-se até dezembro. Este espetáculo começa às 16h00 e a entrada, apesar de ser gratuita, só é permitida mediante o levantamento de bilhete na receção durante os 30 minutos que antecedem o espetáculo, já que a sala tem uma lotação máxima para 120 pessoas. Desporto

Mude de atitude!

É o primeiro evento do género em Alverca e já está a dar que falar. O objetivo é mostrar o quão divertido pode ser a prática de exercício físico. Já lá vai o tempo em que ir ao ginásio era duro e cansativo. Hoje, é uma hábito comum, saudável, de convívio e eficaz em termos de corpo e mente. E para demonstrar tudo isto, o Still Fit organiza, sábado, 15 de outubro, um evento totalmente gratuito, no pavilhão da Chasa, em Alverca. Haverá uma série de diferentes atividades que começam às 10h e terminam às 19h. A inscrição deve ser feita num dos ginásios Still Fit. Mais informações em www.stillfit.pt.


19 Bienal

As imagens de uma geração

Criada em 1989, a Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira é um dos mais antigos festivais de fotografia do país. David Santos tem tentado cativar público para este certame, com um programa prolongado e diversificado e uma regulamento mais adequado. O responsável admite que a edição deste ano tem um dos mais ambiciosos programas curatoriais de sempre. Patrícia Almeida, José Maçãs de Carvalho, Daniel Blaufuks e José Pedro Cortes são os nomes centrais e que vão apresentar exposições individuais. E pela cidade haverá mais de 30 artistas (como Daniel Blaufuks, José Maçãs de Carvalho, José Pedro Cortes, Patrícia Almeida, João Tabarra, Nuno Cera, Pauliana Valente Pimentel, João Onofre, Ana Rito, Vítor Pomar e João Grama, entre muitos outros), a apresentar os seus trabalhos em locais diversos. A primeira exposição inaugura, sábado, 15 de outubro. Depois, a 19 novembro, são apresentados os trabalhos a concurso para o prémio BF16 no edifício da Patriarcal (que estará patente ao público até 8 janeiro). As exposições dos prémios “concelho” e “tauromaquia” serão inauguradas no dia 4 fevereiro de 2017, prolongando-se até 19 de março. Passeio

Conhecer melhor Alverca

Marque na agenda: 15 de outubro às 10h00. Este é o dia em que decorre a última visita guiada ao núcleo histórico de Alverca. A iniciativa do núcleo museológico de Alverca pretende da a conhecer a origem dos topónimos mais antigos, revelando a história e património associado às ruas e casas da cidade. A visita realizada por Anabela Ferreira requere marcação, uma vez que é necessário um mínimo de cinco participantes para realizar o passeio que é gratuito. O ideal é ligar para o telefone: 219 570 305. E bom passeio!

Forte da Casa

Fado até às tantas

Este é um evento para quem gosta mesmo, mesmo de fado. Clube Recreativo e Cultural do Forte da Casa organiza na noite noite de sábado, 8 de outubro, uma iniciativa única que pretende animar e juntar apreciadores desta forma de música portuguesa. Os €20 permitem jantar pão, chouriço, um jarro de vinho e um caldo verde, além de poder assistir à atuação de Carla Arruda, Leonel Moura, Mário de Oliveira e António Carlos, acompanhados à guitarra por Raimundo Tereso e à viola por Carlos Videira. As reservas são limitadas ao níumero de lugares e por isso deve fazê-lo rapidamente pelo telefone: 916 330 941. Esta noite de fado começa às 22h00 e deverá prolongar-se até às 3h00.


correr nA 20 // reportagem // outubro

Alverca URBAN runners

CIDADE

Fazer exercício físico não tem que ser caro nem complicado. Basta vestir o equipamento e fazer-se à rua. E, claro, algum esforço e empenho. Os Alverca Urban Runners são um exemplo de como nem mesmo as barreiras urbanas são impedimento. E podem-se descobrir pormenores da cidade que são tão interessantes! Venha correr com eles!


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O senso comum diz que para correr é necessário ir para o passeio ribeirinho ou ter um espaço grande disponível perto de casa. Errado. As ruas de uma cidade, apesar de cheias de obstáculos, são igualmente adequadas para a prática do desporto. Que o digam os Alverca Urban Runners, um grupo informal de anónimos que todas as terças e quintas-feiras, depois das 20h00, saem de casa em busca de adrenalina. "A ideia", explica o responsável, "nasceu há cerca de dois anos quando eu e um amigo decidimos juntar mais gente nas nossas corridas. Começámos com eventos esporádicos que vieram a ter cada vez maior adesão". Lino Silva, de 44 anos, nasceu em Lisboa mas cresceu em Alverca. Conhece a cidade como a palma das suas mãos e, apesar de insatisfeito com a ausência de caminhos disponíveis para corrida, acreditou que poderia tornear o problema. "Ao contrário da Póvoa, de Alhandra e de Vila Franca, não temos passeio ribeirinho e, como tal, tivemos que encontrar alternativas (ver percursos na página 22). Aproveitando passeios, locais de menos trânsito automóvel, passagens superiores e afins, Lino conseguiu desenhar vários itinerários, com diferentes

níveis de dificuldade, e que hoje permitem uma oferta interessante para quem se decide aventurar nestas lides do running. Nuno Moreira é um deles. "Durante toda a vida conheci-me como uma pessoa forte, com hábitos de vida nada saudáveis", diz, rindo-se do passado. "Sempre me conheci daquela maneira e achava normal o meu peso. Até ao dia em que, nuns exames de rotina, me foi diagnosticado tensão arterial elevada. Na altura, com menos de 30 anos, a médica avisou-me que era preocupante", confidencia. E foi assim que, de um dia para o outro, Nuno decidiu transformar a sua vida. Largou os refrigerantes, os snacks, as comidas rápidas e começou a perder peso. "Um dia, na ida para o trabalho, adormeci no comboio e saí na estação seguinte. Ia apanhar o autocarro de volta, mas percebi que a pé nem era longe e arrisquei. No fim, descobri que o trajeto fazia-se bem e, desde aí, passei a andar mais a pé". Até começar a correr foi um pulo. Primeiro, por brincadeira, com colegas de trabalho e, depois, nos Alverca Urban Runners. Entretanto já queimou mais de 20 quilos! Rita Merenda tem uma história diferente.


22 // reportagem

Legenda: percurso azul: dificuldade: fácil 8,7km percurso vermelho: dificuldade: moderada 9,2 km percurso verde: dificuldade: moderada alta 9,5 km percurso amarelo dificuldade: alta 9 km

O nível de dificuldade é medido também com o desnível do terreno. Há ainda um percurso de 21 km que é quase uma conjugação de todos os percursos.


23 Lino Silva é o quarto a contar da esquerda na fila de baixo. Rita e Nuno estão na fila de cima. Ela é a quarta da esquerda e ele o quinto

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Aos 11 anos sofreu de dos", congratula-se. leucemia e foi alvo de trataOs Alverca Urban Runners mentos muito agressivos que estão cheios destas histórias lhe deixaram mazelas. Com Para quem quiser experimentar, de sucesso e peripécias enmenos de 30 anos já tinha pode ir ter a um destes locais, dia graçadas. "Não somos atletas osteoporose. "A minha e hora definidos: profissionais. Apenas queremédica, amigos e familiares mos conviver e, com isso, diziam-me que andar e cor- Jardim do Choupal levar uma vida mais rer era uma boa forma de saudável", explica Lino Silva. Segundas às 20h atenuar o problema e comeNuno Moreira exemplifica: cei por fazer caminhadas". "no primeiro dia em que vim Entretanto, o marido já cor- Praça Central Malvarosa: correr, como não estava haria de vez em quando, algo Quintas às 20h bituado, comecei a ficar para que nem a fascinava. "Pertrás. O Lino, que ia mais à guntava-lhe sempre porque Não há limite de participantes que frente, fez questão de voltar ia ele correr ao final do dia, oscila entre os 20 e os 50. para me acompanhar e dar em vez de ficar em casa com um incentivo. Foi fundamena família". Mal sabia ela o tal esta atitude porque, caso que o futuro lhe reservava. É operada à ele não tivesse tido este gesto, muito tiróide e vê-se no risco de aumentar de provavelmente não teria vindo uma sepeso. "Foi aí que decidi arriscar e fazer gunda vez". Companheirismo, amizade, umas corridas". Juntamente com musaúde, desporto... Os Alverca Urban Rundanças na alimentação, Rita foi e nunca ners são quase uma família onde toda a mais se arrependeu. "Há pouco tempo fiz gente se conhece e cada novo membro é reexames e a osteoporose está a zero. Por cebido de braços abertos. Haverá melhor isso, posso dizer que tive ótimos resultaestímulo que este para ir correr?


MEGA EVENTO

gratuito

15 OUT/CHASA

24 // exercício físico // outubro desporto

Pernas e glúteos fortes em 30 dias! Magda Santos*

O agachamento é um exercício funcional dos mais completos para obter resultados, tanto a nível de tonificação muscular como para a melhoria da condição física durante a sua rotina diária. Quais os seus benefícios? Imensos: Combate a celulite, através da melhoria da circulação; tonifica glúteos e pernas; fortalece os músculos abdominais pois estes atuam como estabilizadores do movimento; ajuda na queima de gordura e perda de peso; melhora a flexibilidade e mobilidade nas articulações, principalmente ao nível dos joelhos; pode ser executado em qualquer lugar e somente com o peso do corpo; facilita as atividades diárias por ser um exercício funcional com semelhanças com as suas tarefas do quotidiano. Para sentir estes resultados lançamos-lhe o desafio Still Fit 30 dias de agachamento. Poderá escolher uma das três opções de execução, consoante o grau de intensidade (ver imagens ao lado) e, se necessário, ajustar de acordo com a sua condição física. Lembre-se que é importante alongar no final de cada treino para promover o relaxamento muscular, aumentar a flexibilidade e prevenir lesões. Se aceitar este desafio obterá resultados, que poderá sentir logo após alguns dias. Mude de attitude e aguarde pelo próximo desafio Still Fit! dia número de dia número de agachamento agachamento 1: 50 2: 55 3: 60 4: Descanso 5: 70 6: 75 7: 80 8: Descanso 9: 100 10: 105 11: 110 12: Descanso 13: 130 14: 135 15: 140

16: Descanso 17 : 150 18: 155 19: 160 20: Descanso 21: 180 22: 185 23: 190 24: Descanso 25: 220 26: 225 27: 230 28: Descanso 29: 240 30: 250

Registe no final do seu treino e partilhe connosco os resultados!

*instrutora no Still Fit

MAIS INFO PAG. 18

Agachamentos 3 opções

base

Posição inicial: pés afastados à largura da bacia, pernas ligeiramente fletidas, costas direitas, braços em extensão na linha dos ombros, olhar em frente

+ fácil Posição inicial: na mesma posição inicial do agachamento, coloque uma fitball numa parede e na zona lombar da sua coluna.

+ difícil

Posição inicial: na posição inicial do agachamento, agarre um peso junto à zona média do tronco. Poderá utilizar uma garrafa de água de 1,5 lts ou até mesmo um garrafão de 5 lts e se tiver um filhote pequeno poderá aproveitar para treinar com ele ao mesmo tempo que aumenta a intensidade do seu exercício.


Posição final: desça lentamente, dobrando os joelhos, imaginando que se está a sentar numa cadeira. Empurre os glúteos para trás e vá descendo até os joelhos fletirem a 90° nunca deixando que estes passem a linha da ponta dos pés. Incline ligeiramente o tronco à frente, mantenha os braços em extensão e contraia o abdominal. Volte à posição inicial, lentamente, como se estivesse a “empurrar o chão”.

ALVERCA

parque residencial Nortejo 219 575 886 / 968 714 063

F.C. ALVERCA

pavilhão desportivo FCA 211 328 049 /910 016 466

FoRtE dA CAsA

Poligono Industrial Lote C Bloco 1 961 446 430

Posição final: realize o agachamento empurrando a bola contra a parede e deixando desliza-la até à zona dorsal das suas costas. Volte à posição inicial.

Posição final: realize o agachamento ao mesmo tempo que alonga os braços à frente com o peso. Volte à posição inicial, trazendo o peso junto ao tronco.

mude de attitude, desporto é saúde www.stillfit.pt


26 // alimentação // outubro nutrição

Como recuperar a forma depois das férias Rita Lança*

Durante as férias estamos mais relaxados e acabamos por também nos "desleixar" na alimentação, o que se traduz num aumento de peso. O regresso ao trabalho implica voltar à agitação do quotidiano, às múltiplas tarefas e papéis de esposa, mãe e trabalhadora, e ainda para complicar surgem sempre uns “quilinhos a mais”. Deparamo-nos com as blusas mais apertadas, as calças que custam a vestir e o apelidado "pneu" mais saliente. O primeiro passo será voltar (ou se não tinha, iniciar) aos hábitos alimentares saudáveis. Para tal deixo aqui algumas dicas que lhe poderão ser úteis e apenas necessitam de uma organização do seu dia. Coisas tão simples e com resultados surpreendentes! *nutricionista no Still Fit

8 comer regresso à rotina

truques

para

bem 1

Tome o pequeno almoço em casa!

Para além de ser mais económico, as opções serão certamente mais saudáveis que em cafés, onde o perigo e a tentação espreitam a cada esquina. Um bom pequeno almoço, não necessita de ser grande mas deve ser rico nutricionalmente, composto por proteína magra, fibra, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais. Este passo é importante para controlar o seu apetite ao longo do dia, bem como o próprio desempenho e disposição para iniciar o seu trabalho.

2

Hidrate-se!

Água, ou se preferir águas aromatizadas e chás sem açúcar, devem fazer parte da sua rotina. São importantes para o organismo funcionar correctamente e importante no processo de desintoxicação. Inicie o seu dia com um copo de água, mesmo antes do pequeno almoço, e durante o dia dê pequenos goles de 15 em 15 minutos, por exemplo.


27

3

Faça mais refeições, mas mais pequenas.

Quando se fica muitas horas sem comer, chegamos à refeição com muito apetite, para além de comermos mais, a tendência é optar por alimentos menos saudáveis. Por isso, deve fazer dois ou três lanches de manhã e de tarde consoante o tempo entre as refeições principais. Os iogurtes magros, a fruta, os frutos secos, o pão, os cereais integrais podem ser algumas opções a considerar nos seus lanches.

4

Adicione cor e textura aos seus pratos

Inclua sempre uma boa porção de vegetais no almoço, no jantar e porque não nos seus lanches? Têm baixo valor energético, possuem fibra, vitaminas e minerais importantes para ajudar na recuperação. Para além disso, ajudam a ocupar aquele cantinho do prato onde certamente iria colocar mais uma porção de arroz ou massa, estou certa? Nas suas sandes ou lanches porque não adicionar vegetais como alface, pepino ou tomate? Vão dar cor, sabor e textura crocante promovendo uma melhor satisfação.

5

Faça boas escolhas

Abusou nas bolas de berlim, nos gelados e nos petiscos em casa dos amigos, agora é altura de optar por alimentos mais leves, ricos em fibra, água, e micronutrientes. Por isso opte por pães e cereais integrais com baixo teor de açúcar, aumente e diversifique

o consumo de vegetais e frutas, inclua mais peixe, frutos secos e sementes ricas em gorduras saudáveis.

6

Alimentos com efeito termogénico

Inclua alimentos como o chá verde, pimenta, pimentos, canela e gengibre na sua alimentação pois promovem o aumento do metabolismo.

7

Aumente a actividade durante o dia

Para além de ser um ótimo aliado na batalha contra a balança, é uma excelente forma para aliviar stress. Procure uma actividade que goste, e inclua-a na sua rotina.

8

Peça ajuda!

Nunca hesite em pedir ajuda. Um profissional da área de nutrição irá ajudá-la ou ajudá-lo a planear a sua alimentação, de forma equilibrada e adequada a si, com resultados muito melhores e mais eficazes. Partilhe connosco a sua experiência e talvez possamos aconselhar!


28 // entrevista // outubro

“SEMPRE António Saraiva

Tivémos os melhores resultados de

A conversa decorreu por entre sobreiros, o som dos pássaros e de uns miúdos a brincar numa piscina. O ambiente calmo é bem expressivo daquilo que a Companhia das Lezíria representa: a perfeita união entre a Natureza e o homem, a tradição ribatejana e o turismo rural. A Companhia das Lezírias completa, em 2016, 180 anos de existência.


29


30 // entrevista // outubro António Dias: Tomou posse em 2012. Qual o balanço que faz do seu trabalho na Companhia das Lezírias? António Saraiva: É difícil resumir tudo numa simples resposta. É claro que é uma satisfação pessoal ser presidente de uma empresa tão emblemática como esta. É uma instituição da qual qualquer português já ouvir falar. Quando aceitei o convite, achei que podia contribuir de uma maneira positiva. Sou engenheiro agrónomo e a minha experiência empresarial poderia ser uma mais valia. Pensava que podia acrescentar qualquer coisa e, atualmente, sinto-me muito realizado e sinto que ainda há muito para fazer. Encontrou uma empresa estável e com as contas em ordem. Quais eram os desafios? Tentar modernizar a gestão da empresa e torná-la mais conhecida por parte do público. Demonstrar que este podia ser um sítio onde a agricultura moderna funcionava em harmonia com o ambiente, podendo ser um laboratório vivo e, claro, melhorar os resultado de gestão.

O trabalho de marketing tem existido. Sim, há projetos de birdwatching, como o Espaço de Visitação e Observação de Aves (EVOA) que tornaram a Companhia das Lezírias mais conhecida. Foi aqui gravado, há uns tempos, um programa de televisão. Temos que aproveitar todas as oportunidades para mostrar o trabalho que é aqui desenvolvido. A Companhia é uma marca de referência para muita gente e muito respeitada. Às vezes, o que fazemos é criticado, noutras somos elogiados. Mas a nossa atividade é muito diversa e queremos comunicar isso. Costumo dizer, quando falo com as pessoas, que todos os portugueses são bem vindos aqui porque esta propriedade é de todos os cidadãos. Somos todos “donos” de parte deste território. É claro que começamos por introduzir pequenos quick wins, como parar o investimento desnecessário, que normalmente é visto como "rampa de lançamento” de novas administrações para mostrar trabalho feito. É uma tentação e que nem sempre resulta bem. Interessou-nos mais capitalizar o que já havia e

que era muito bom. Dou como exemplo o olival que, com uma área de 70 hectares, era pouco produtiva e era necessário rentabilizar. Na área dos vinhos, já partimos de um patamar de qualidade, apenas redesenhámos os conceitos, o modo de trabalhar, as instalações, redefinimos o portfólio das marcas. Na área dos arrendamentos rurais, onde arrendamos cerca de 5.700 hectares, introduzimos alguma racionalidade e harmonizámos as rendas. E, claro, depois foi fomentar o espírito de equipa, a colaboração entre setores... no fundo, áreas que são pouco visíveis, mas que são o óleo que fazem funcionar o motor.

Os números têm correspondido? Sim. Em 2015 tivémos os melhores resultados de sempre, com os lucros a ultrapassar a fasquia dos 1.200.000 euros. E é de sublinhar que partimos de um patamar difícil, com uma série de investimentos ainda sem retorno e que nos estão a absorver os resultados, como é o caso do EVOA, que ainda está numa fase de lançamento, e a Coudelaria de Alter, uma entidade que nos foi entregue em 2013, e que representou 470 mil euros de resultados negativos. Porém, isso não nos preocupa. O EVOA está a crescer e a Coudelaria é uma responsabilidade pública. É lá que são criados os mais emblemáticos cavalos portugueses, os Lusitanos, e que são montados na Escola Portuguesa de Arte Equestre. Estamos a fazer serviço público e de preservação de património genético.

Com tantas áreas de negócio, teme dispersar-se? Em extensão é seguramente um território enorme (18.000 hectares) mas onde 8.000 hectares são floresta e que necessitam de um tipo menor de preocupação e gestão. Acho que a diversidade é a nossa maior riqueza, porque nem sempre pomos os ovos no mesmo cesto, certo? E até há quem nos diga o contrário, que devíamos rentabilizar mais todos os nossos terrenos que estão arrendados, por exemplo. Contudo, não temos estrutura, nem escala, para alargar a nossa área de administração direta. O trabalho que fazemos está a correr bem. A nossa floresta, por exemplo, é considerada de gestão modelo e aqui podemos di-


31 namizar as boas práticas em regime florestal. Na parte do olival, se tivesse sido eu talvez não o tivesse instalado. Já cá estava e acho-o um produto muito importante. Se faz sentido ter vinha? Completamente. São 130 hectares que estão a ser renovados, podemos produzir mais, é um ótimo mecanismo de comunição, com mais de 700.000 mil litros de vinho por ano. Vendemos tudo engarrafado ou embalagens de cartão, e cada uma é um mensageiro que chega a muitos sitíos, muitas vezes fora do país. E cresceu tanto que passou a ser o produto número um da Companhia das Lezírias.

Volta e meia, há ainda quem fale da privatização. Pois eu acho que faz cada vez mais sentido a empresa continuar pública. É um sítio que pode ser utilizado para disseminar boas práticas agrícolas e ambientais; temos uma relação intensa com diversas universidades do país; podemos ser um local perfeito para investigação e desenvolvimento; somos reconhecidos pelo nosso valor acrescentado; e nunca nos podemos esquecer que mais de metade do território da Companhia está em áreas de proteção ambiental e de aquíferos essenciais para o país.

E que acha de privatizar determinados setores? Não digo privatizar mas ceder, trabalhar em conjunto. Isso, sim. Falo, por exemplo, da área do turismo equestre, que representava uma fatia muito pequena, menos de cinco por cento, da nossa empresa, e que decidimos encerrar. E estamos agora no mercado a consultar parceiros que estejam interessados em desenvolver esta atividade. A produção de arroz já é feita dentro de uma organização de produtores, a Orivárzea. São bons exemplos que se podem seguir.

Como engenheiro agrónomo, deve ser bom sentir-se "dono" de tantos terrenos. (risos) Nas empresas onde trabalhei, no setor dos fitofarmacêuticos, a nossa estratégia era tentar pensar o máximo como um agricultor. Desenvolvíamos muitos estudos e pesquisas para perceber o que estaria nas suas cabeças e

podia lá imaginar eu que, um dia, estaria na sua pele. Aprendi imenso. E ver a passagem do tempo na terra é fascinante e muito sedutor.

Se fosse ministro da Agricultura, que medidas tomava de imediato? (risos) Nunca seria capaz de o ser. Tenho capacidades, só que sou muito exigente comigo próprio. E conhecendo-me bem, sei que nunca estaria descansado. É um cargo tão absovente que acredito que teria, a nível pessoal, um custo demasiado elevado. Ainda assim, considero que o caminho do regadio pode ser bem trilhado; deve-se continuar a apostar na especialização; e nunca podemos esquecer a organização da produção.

Qual a sua opinião sobre a agricultura em portugal? Desenvolveu-se muitos nos últimos anos, sobretudo a nível tecnológico. O problema mantém-se a nível da estrutura e da cooperação. Falta-nos a organização entre todos. A Orivárzea é bom exemplo de como deve ser trabalhar no futuro. É tudo uma questão de tempo e adaptação. Com a crise, houve um novo reconhecimento da importância da agricultrura. Antes, este era o “patinho feio da economia” que virou o cisne e as pessoas perceberam que afinal o agricultor não é o tipo que anda com uma enxada às costas mas que até pode estar em casa a controlar as suas culturas a partir de um computador. Há quem diga que não temos o clima do norte da Europa mas, caramba, temos coisas que eles não têm! Em muitos “testes cegos” a produtos alimentares, ficamos sempre nos primeiros lugares. Isso diz alguma coisa!

Mas não foram cometidos erros no passado com fundos europeus mal atribuídos e políticas de investimento erradas? Foram oportunidades perdidas mas acho que ganhámos mais consciência. O governo quer chegar a 2020 com o equilíbrio da balança agrícola e isso é perfeitamente exequível. Mas olhar para o passado não adianta de nada. Temos que parar de chorar sobre o leite derramado.


32 // passeio // outubro


33 passeio

NO TETO de

Vila Franca de Xira Há uma empresa que vai lançar um percurso pelos miradouros de Vila Franca. Oportunidade para conhecer a sua cidade e trazer mais tu-ristas à região.

Durante anos passei pela auto-estrada do norte ou pela nacional 10 e via os miradouros de Vila Franca de Xira lá em cima e pensava sempre: "dali, a vista deve ser formidável!" Foram precisos muitos anos e o convite de

um amigo para me aventurar estrada acima e chegar ao Monte Gordo. O céu estava limpo, de um azul brilhante, vivo, e o ar límpido permitia alcançar o horizonte sem fim. O silêncio, só quebrado pelo vento, fez-


34 // passeio // outubro

me arrepiar e a minha respiração parou por um instante: é de ficar sem fôlego. "Porque não vim antes?". A verdade é que "nem toda a gente conhece o património histórico da sua região", lamenta Maria Miguel, criadora da Our Land Tour, uma empresa de circuitos turísticos que acaba de lançar um tour pelos miradouros de Vila Franca de Xira. "É preciso que alguém dê o exemplo. Acredito que depois mais gente virá atrás", assevera.

Para lutar contra a maré e comemorar o lançamento deste circuito, entre os dias 1 e 9 de outubro o preço é especial: cinco euros. "A ideia será apresentar, numa visita flash, de hora e meia, os quatro miradouros que existem e divulgar a nossa iniciativa". A partir do dia 10, cada passeio terá a duração de meio dia, ou um dia inteiro, com inclusão de walking tour pelos principais spots turísticos, como Fábrica das Palavras, museu do Neo-


35 passear

Somos todos turistas Ana Paula Vieira*

“É como se fôssemos drones

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Rota dos Miradouros preço promocional €5 p/pessoa bilhete família €4 de 1 a 9 de outubro 2016 915 352 241 info@ourlandtours.p ourlandtours.pt

realismo, museu municipal, entre outros. "Iremos incluir sempre um lanche saloio, como o nosso pão típico, chouriço e vinho", explica a responsável. Se for um dia inteiro, o passeio estende-se a outros locais importantes do concelho, como Alverca, Alhandra e alguns pontos das Linhas de Torres. Assim, e durante o período da Feira de Outubro, o ponto de encontro será a praça de touros Palha Blanco seguindo viagem para o miradouro da Mata primeiro, em segundo lugar o miradouro do Monte Gordo, depois o miradouro da Boa Vista e, a fechar, o miradouro do Senhor da Boa Morte, onde estão as ruínas de um solar dos séculos XVI a XVIII, pertencente à família dos Ataíde, condes de Castanheira. A partir de uma viatura todo o terreno, o visitante poderá tocar o céu e chegar ao teto de Vila Franca. "Costumo dizer que é como se fôssemos drones", ri-se Maria Miguel. E como são passeio curtos poderse-ão realizar mais do que um por dia. Basta ligar e combinar. A Maria e a restante equipa vão estar de sorriso à espera da sua reserva.

É desta forma que incuto nas pessoas que cruzam o meu caminho a beleza de olhar de uma forma descomprometida para o seu espaço diário, a sua cidade. A sua terra merece que a disfrutemos tal e qual como se tivéssemos em nova York , ou paris ou Madrid ou Rio de Janeiro locais que são nitidamente turísticos, com atractividades grandiosas e com que sonhamos fazer algumas vezes “a viagem das nossas vidas”. O que proponho nestas singelas crónicas e como um grande desafio pessoal, o de escrever e escrever sobre turismo é a descoberta de Vila Franca de Xira , cidade e concelho como um espaço turístico , cheio de pormenores pouco ou muito conhecidos, recantos encantados que permitem a tranquilidade que por vezes nos falta no nosso dia a dia, destapar rotas históricas, rotas gastronómicas, rotas culturais, eventos. Sabiam que um dos momentos mais idílicos do inicio do dia em Vila Franca de Xira é o nascer do sol, visto do cais, junto ao tejo? nascimento deslumbrante que surge na lezíria com os seus raios de luz apalpando o melhor caminho através dos Arcos da ponte Marechal Carmona. Custa sair do conforto do lar bem cedo mas vale bem a pena. Os meus olhos são os de uma criança que sentem curiosidade por tudo o que a rodeia. A fotografia é uma paixão antiga que me permite congelar as minhas descobertas visuais e do meu concelho que adoro. Começo já por lançar um desafio, enviem-me um dos vossos lugares preferidos no concelho de Vila Franca de Xira e qual a boa sensação que esse mesmo lugar vos provoca. Bons passeios!

*gestora hoteleira


36 // decoração // outubro


37

Na vida

reinventar-se há que saber

Tina Almeida restaura móveis há cerca de seis anos, altura em que ficou sem emprego. Assume que nunca esperava que a vida lhe trouxesse este rumo. Agora faz peças bonitas que estão na moda.

Talvez fruto da crise económica e social, a sociedade reinventou-se em algumas áreas. A moda, que procura sempre apontar caminhos e tendências, recupera muitas vezes estilos de antigamente. É algo normal e saudável. Mas, talvez por fascínio do passado, saudades dos tempos gloriosos ou, simplesmente, por motivos de poupança, o estilo vintage tem colhido cada vez mais

adeptos. Aplica-se na roupa, no design, nos diferentes tipos de arte e está a inundar os móveis e objetos de casa. "Tem aumentado o número de pessoas que procura este tipo produtos", reconhece Tina Almeida, artesã que se dedica ao restauro de móveis. Foi assistente numa empresa durante muitos anos até que foi dispensada. "Estava em casa sem fazer nada e como sempre gostei


38 // decoração // outubro decoração

A palavra de ordem é reinventar Fátima Serrador*

Olá, hoje vou falar-vos do “novo vintage”, um estilo com forte retorno ao passado, é composto por objectos que são e ou parecem antigos, e que, na decoração, é uma tendência cada vez com mais seguidores. Lembram-se do toucador romântico cheio de gavetinhas que estava esquecido na casa da avó? E aquela cadeira escura e austera que estava no cantinho do quarto? Pois é, reinventadas estas peças ganham outra vida, sem lhes tirar a dignidade do tempo que por elas passou. Reabilitar um móvel antigo é muito mais que recuperá-lo, é dar uma nova vida, um novo uso. Existem no mercado, várias gamas de tintas que são especialmente pensadas para este fim, e que permitem uma grande variedade de acabamentos. Estes acabamentos vão desde os efeitos metalizados, o dourado e o prateado, para um espírito chic e contemporâneo, os lacados como o vermelho vivo e o preto profundo, para um toque oriental, que nos faz lembrar as lacas da China. Temos também os efeitos decapê ou envelhecidos, que quando utilizado em tons pastel, nos transportam para a velha Provence com o charme de outros tempos. Uma peça vintage deve ser usada pontualmente, só assim conseguimos criar o elemento surpresa, resultando num ambiente original e que nos garanta personalidade ao espaço. Para recriar este estilo, um pouco de inspiração, escolher a peça a utilizar, prepará-la, definir o acabamento e dar cor à vossa imaginação! Mãos à obra! *decoradora de interiores

de trabalhos manuais decidi tirar um curso de restauro de móveis". Isto foi há cerca de seis anos. "E como as aulas eram muito práticas, tinha que levar comigo peças que necessitavam de melhorias. Tirava de casa, emprestadas de amigos, familiares, ia comprando aqui e acolá, até que a minha garagem já não tinha espaço para mais". Tina Almeida começou a ter um problema e decidiu seguir o conselho de colegas de curso que tinham sucesso em feiras e eventos. Começou a frequentar um certame em Campo de Ourique, em Lisboa, e o feed back foi excelente. "Recebia muitos elogios", lembra-se, com um sorriso. Daí a começar a vender foi um passo. Hoje esta é a sua profissão, apesar de mal paga. "Um artesão nunca vê reconhecido todo o esforço que dedica ao seu trabalho. Se fosse contabilizar as horas que passo com um móvel, o preço final seria exorbitante e nunca teria clientes", lamenta. Por isso, reconhece que há muito de amor e entrega neste tipo de arte. "Dá para pagar o objeto em si, os ma-


39 teriais e o resto fica para mim. Portanto, este é um labor extremamente valioso e, felizmente, muito valorizado pelos clientes que a procuram. "Tenho recuperado peças com histórias deliciosas", segreda. "Gente de todo o país que chega a mim com toucadores, armários,

aparadores, sofás, objetos com dezenas de anos ou mais e que depois lhes dou uma nova roupagem. As pessoas não se querem desfazer deles e poder ajudar a preservar a memória dá-me um gozo enorme", congratula-se.

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40 // feira de vila franca // outubro

gerações Feira que

une

Prolonga-se até domingo, 9 de outubro, e cada dia tem uma temática diferente. Há atividades para novos e velhos. O intuito é agradar a todos.

Rua Dr. Miguel Bombarda 17-19 | Vila Franca de Xira |967 225 069

LeoFlorália

Parece que vai estar sol e as noites serão agradáveis. A malta agradece. É bom para os feirantes, para o comércio local e, claro, para o público que vai aparecer no parque do Cevadeiro. Com o passeio ribeirinho mesmo ali ao lado e estas previsões meteorológicas, não há desculpa para não dar um pulo até à feira. É um evento que traz milhares de pessoas e onde várias gerações de vilafranquenses se juntam numa festa especial. E é aliás nesta tradição que a Feira de Outubro deste ano marca a diferença. Cada dia será preenchido com animação dedicado a um tema. Na segunda-feira, 3, o dia será de

"Quando as palavras fogem, as flores falam"

Bruce W. Currie

Na LeoFlorália a arte floral e o artesanato estão de mãos dadas. Fazemos, além de bonitas bonecas de pano, flores em escama de peixe, bijuteria de autor, arranjos florais, ajudamos a embelezar o seu evento, a decorar a sua igreja ou a embelezar a sua festa. Contacte-nos hoje e conheça a nossa gama de produtos e serviços.


41 sons e a movimento. Há concerto com o grupo de música popular portuguesa "Alborca", um espetáculo com a banda da Sociedade Euterpe Alhandrense e uma apresentação de zumba fitness. A terçafeira, 4, será o dia da juventude, com a primeira eliminatória do concurso de bandas do concelho, o Riffest. A quartafeira, 5, será o dia da cultura tradicional, com espetáculos de ranchos folclóricos e música popular portuguesa. Na quintafeira, 6, a organização apela a que se mexa. O move it irá juntar a Academia de Dança Vanessa Silva, a Dance Life Academy, o grupo Movimentos PMCO e o

Ana Paula Madeira, presidente da Associação de Artesãos de Vila Franca de Xira, uma das artesãs presentes no Salão de Artesanato, que vai expor o seu trabalho em registos religiosos. “Este é o certame em que conseguimos mais encomendas”

Still Fit, num mega evento de dança e desporto. A sexta-feira, 7, tem reservado o dia do sénior e o sábado, 8, o dia da atividade física. Portanto, uma feira para todos os gostos! O certame abre, diariamente, às 13h00 e encerra à 1h00 nos dias 2, 3 e 6. Nos sábados, sextas e vésperas de feriado prolonga-se até às 2h00. No último dia, domingo, 9, fecha à meia noite. Entretanto, no pavilhão multiusos há quase uma centena de artesão a mostrar a sua arte, além de muita comida regional. Portanto, programa variado para que saia do sofá. Divirta-se e não abuse das farturas, porque o natal está quase à porta!

+ info

Acompanhe a feira no sítio da gira em www.gira.com ou na página de facebook Vila Franca de Xira Viva

crónica

Vai chegar a FEIRA!

Maria da Luz Rosinha*

Nos tempos da minha infância era sempre uma agitação, os dias que a antecediam eram vividos com ansiedade, porque com a feira vinham os carrocéis, os carrinhos de choque, o algodão doce e os palhaços, o rico e o pobre e as gargalhadas da criançada e também dos mais velhos que se deixavam contagiar pelas piadas, muitas vezes repetidas, pelas caras pintadas e pela alegria do momento. O colorido, a música e às vezes até um vestido ou uns calções novos e todo o ambiente festivo, com muitos foguetes, sim nessa altura havia muitos foguetes, transformavam aquela semana, numa semana sonhada e que perdurava até que a memória das crianças deixasse. Mas também havia sempre muito pó e quase sempre muita lama, porque a chuva também vinha à feira. O tempo foi passando e hoje a feira já não enche de expectativa os mais pequenos, mas vão lá aos carrocéis, aos carrinhos de choque e comer algodão doce e andar em tantos outros brinquedos que mais modernos não conseguem retirar a magia dos antigos. A feira melhorou muito, transformou-se o espaço em zona agradável, onde não há lama, mesmo que a chuva venha à feira, onde os feirantes têm muito melhores condições para o seu negócio e onde é possível visitar um dos melhores salões de artesanato do país, numa mostra de muita qualidade do que os nossos artesões fazem de norte a sul e ilhas. A Feira Anual de Outubro mantém-se como um espaço de negócio, que cresceu em oferta e gostaria de poder dizer também em procura, que se modernizou e que continua a marcar a agenda de milhares de pessoas que todos os anos, no primeiro fim de semana de outubro, rumam a Vila Franca para manter bem viva uma tradição, a que as largadas e corridas de touros não são alheias e a garantir que Vila de Franca de Xira, não é melhor nem é pior, é diferente. Vamos à FEIRA!!! *deputada do PS


42 // finanças // outubro os números da vida

Sorria, está a ser avaliado Filipa Coito*

Há dias, fui com o meu filho a um café conversar com ele. Estava choroso por causa de algo que lhe tinha acontecido na escola. Acalmou-se e lá desabafou que tinha sido injustamente expulso da sala. A empregada que passava por ali naquele momento atirou com a frase: “foste para a rua? Se fosses meu filho, havias de ver!” Acredito que aquilo tenha sido dito meio por graça, mas naquele momento, ela perdeu uma cliente. Há que ser simpático, brincalhão até, porém há que saber medir o momento, ter bom senso, nunca apregoar os nossos valores nos outros, nunca atirar com as nossas frustrações aos clientes e... sorrir sempre. Ser amável. Mesmo que as contas estejam apertadas, faça mau tempo ou o governo prepare mais impostos. Se sorrir e for simpático(a) tem a garantia de receber mais clientes no futuro. Como profissional da banca, passam-me pelas mãos inúmeros casos de pedidos de empréstimos para empresas. E em cada processo seguimos o cliente, aconselhamos, ajudamos a traçar objetivos e acreditamos sempre na melhor das intenções de quem está à procura do seu próprio emprego. Contudo, por muitos truques que existam, nenhum negócio sobrevive sem um bom atendimento. Falo, sobretudo, para o comércio local, mas também para as grandes empresas. Existem milhares de técnicas de venda, centenas de formas de negócio, milhões de maneiras de comunicar, mas tudo isso pode ir pelo cano abaixo se quem está do outro lado estiver carrancudo. Dia 7 de outubro é o dia do sorriso e por isso queria lembrar que sorrir é o segredo para um negócio de sucesso. Mesmo que esteja numa pilha de nervos, vai ver se vai sentir melhor! Se tivermos o habito de fazer as coisas com alegria e a sorrir raram e n t e encontramos situações difíceis. *diretora bancária

5 para ter emprego próprio

truques

sucesso

Já não há empregos para a vida e cada vez mais surgem iniciativas individuais de emprego. Nem todas têm sucesso. Aqui ficam umas dicas para que tudo corra bem.

1

Quais são as suas vantagens?

Esta é a primeira pergunta a que deve responder. E a resposta vale milhões. Qual é o seu dom? Do que mais gosta? Desenhar? Fazer contas? Construir? Pintar? Cavar? Conduzir? Cozinhar? É procurando na raíz do seu ser que vai encontrar o futuro da sua profissão.

2

Faça um plano

Pode parecer chato e cansativo, mas se encontrou a sua vocações, acredite que colocar no papel as ideias é a parte mais emocionante. Sente-se, pense, esmere-se nas ideias e trace objetivos. Nome da empresa, materiais que vai necessitar, empréstimos que


43 pode pedir, meios que tem e pode utilizar. E matute um slogan. A assinatura da marca é por vezes o mote que dá vida ao negócio e o distingue da concorrência.

3

Reúna o dinheiro

É o passo mais complicado mas que pode ser o mais fácil. A maioria dos bancos fornece serviço de aconselhamento e apoio na criação de empresas. Consulte diversas agências e peça opiniões. Nenhum banco lhe empresta dinheiro sem acreditar em si. Daí ser tão importante um plano bem estruturado. E mesmo que isso falhe, procure alternativas, como o crowfunding.

4

Comunique!

A imagem é tudo hoje em dia. Escusa de pensar o contrário. O logótipo, a sua cara, o tipo de letra, a cor das apredes, os utensílios do restaurante, as pessoas que conhece, a página de facebook, o blogue onde escreve sobre a sua experiência, o instagram onde partilha o seu trabalho.

5

Aprenda!

Ninguém nasce ensinado. Aprenda, faça workshops, leia e instrua-se! Nunca pense é detentor da verdade. A humildade é o primeiro passo para o sucesso!

opinião

Recuperar a importância económica da feira Helena Pereira de Jesus*

«(…) à noite, iam todos para a Feira. A lua, bondosa, emprestava reflexos de prata às serapilheiras e riscados. E, se acaso se escondia entre nuvens, lá estavam as mil lâmpadas de cores para corrigir o desbotado das pinturas. À noite, a Feira era outra.» Este excerto do Soeiro Pereira Gomes, na sua obra Esteiros, publicada em 1941, transporta-me para a minha adolescência, em que a Feira de Outubro nos permitia “sair à noite” com os amigos. Acontecia uma vez no ano e eram noites mágicas. A feira marcava também o início do ano escolar, no fim do verão, início do outono, a feira era o começo de um novo ano, era como se o ano acabasse em outubro e um novo começasse. Seguíamos o cheiro a castanhas pela cidade até à feira, e ali no Campo do Cevadeiro, por entre avenidas de barracas e barraquinhas, por entre brinquedos e carrosséis, muitas brincadeiras e amizades, namoricos e mexericos, a feira era o “melhor do mundo” em Vila Franca de Xira. Hoje, a minha atividade profissional leva-me a percorrer o país, enquanto advogada acabo por circular de norte a sul, e frequentemente me perguntam de onde venho, e ao responder Vila Franca de Xira, as pessoas, com um brilho nos olhos, falam-me da ideia que têm da cidade, da tradição tauromáquica, da cultura e da riqueza de Vila Franca. Este conceito que ainda se mantém no imaginário nacional, construído há décadas, é hoje visível na Feira e no Colete Encarnado. Com as transformações socioeconómicas que se foram sentindo no país, as feiras foram perdendo alguma da importância comercial que as caraterizava. Vila Franca não fugiu à regra, e alguma da presença comercial começou a ser substituída pela presença festiva e aumento dos divertimentos existentes no Campo do Cevadeiro. O primeiro Salão de Artesanato em 1980 marcou uma nova etapa, com a preservação da tradição face a uma explosão demográfica sem precedentes no concelho de Vila Franca de Xira, mais tarde a criação de um novo parque urbano do Cevadeiro, e a construção do pavilhão multiusos vieram dotar a feira das condições necessárias para o evento. Hoje, a feira continua a ser um marco na vida vilafranquense, as famílias que tiram férias nesta semana, ou os alunos que ficam “tapados” por faltas logo nestes dias, continuam a dar-nos nota do peso que a Feira de Outubro tem. É tempo agora de tentar recuperar alguma da importância económica, procurando dinamizar os activos locais, é preciso tornar a parte comercial da feira mais atractiva e contemporânea, sendo certo que a tradição de “ir à feira” manter-se-á para sempre nos nosso corações e será transmitida aos nossos filhos e daí em diante. *vereadora do PSD


44 // ambiente // outubro opinião

O Tejo e as salinas de Alverca e Forte da Casa Hélder Careto*

Para falar sobre o Tejo no concelho de Vila Franca e a sua importância ambiental, parece incontornável falar das suas zonas húmidas e das suas salinas. O concelho bordeja o Tejo já na sua fase terminal, de estuário, onde a influência das marés e da água salgada o tornaram de grande extensão, com muitas cambiantes de nível de água, temperatura, salinidade, correntes e até composição, o que torna o ambiente de estuário particularmente rico, do ponto de vista de recursos biológicos e não biológicos. A sua grande extensão tem um efeito de amenidade climática na região. Condições naturais favoráveis que levaram à fixação histórica de comunidades humanas numerosas. O estuário do rio e as suas lezírias acolhem

na margem sul a Reserva Natural do Estuário do Tejo, que convive, amenamente, com as atividades agropecuárias e montado da Companhia das Lezírias e outras explorações, persistindo ainda uma estrutura resultante de uma antiga atividade salineira, anteriormente muito importante nas Salinas do Samouco, agora convertidas em Fundação. Na margem norte, os dois complexos de salinas de Alverca e Forte da Casa, último vestígio desse tipo de estrutura nesta margem, entre a linha de caminho-de-ferro e a margem do estuário do Tejo, confinando com a localidade de Póvoa de Santa Iria, a sul e com o aeródromo das OGMA / DGMFA e a ETAR da SIMTEJO a norte na Verdelha, em Alverca.

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O processo de naturalização subsequente, levou à ocorrência de mais de 100 espécies de aves no habitat das salinas de Alverca e Verdelha, de várias espécies de insetos e micromamíferos, ainda não devidamente inventariados e também à ocorrência da flora típica destas zonas húmidas. Estes complexos, designados como Important Bird Area (BirdLife International), estão incluídas no Biótopo CORINE do Estuário do Tejo, no Corredor Ecológico Estruturante na Estrutura Ecológica Urbana e na Reserva Ecológica Nacional. A zona é atravessada por um Caminho de Fátima e Santiago, ligação simples e lógica ao Parque Linear Ribeirinho, ligação que ainda carece de desenvolvimento e maior valorização. A importância ambiental e patrimonial desta zona húmida tem sido, por justos motivos, reconhecida por muitas entidades, testemunhando o seu potencial de valorização como recurso patrimonial, conservacionista, turístico e de lazer que justificam e fundamentam o ensejo de criar aí uma Reserva Natural Local, a qual consagraria, de forma sustentável, um elevado e merecido estatuto de proteção, contribuindo para aproximar as populações do concelho ao Rio Tejo.

*engenheiro do Ambiente

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a p i u q e ! a r o d vence E

A atividade salineira, que remonta ao tempo dos árabes na Península Ibérica, contribuiu, historicamente, de forma significativa para a economia desta região, graças ao comércio do sal, empregado na indústria e na alimentação. A sua exploração, abandonada há muito, levou a processos profundos de alteração desses espaços.

N

TRADA

A IMEDIAT


dor

46 // saúde // outubro

Lutar a

contra Assinala-se a 21 de outubro o dia nacional de luta contra a dor. Uma data para relembrar este inimigo invísivel que afeta a vida de tanta gente.

Como se avalia a dor? Como se pode ver a dor? Ela está lá bem escondida e ninguém a vê, só quem a sente. Estimase que a dor crónica afete, em média, um em cada cinco portugueses. Todavia, como há diversas definições de dor e poucos estudos realizados, a verdadeira escala do problema tem sido difícil de quantificar. Mas ele afeta milhares de pessoas e origina custos elevados para o país. E, claro, há o tabu em torno do tema. A maioria das pessoas sente represálias por se queixar de dor, quando ela é invisível para os outros e isso acarreta

custos emocionais elevados. Para sensibilizar a sociedade, 2016 é o ano internacional de luta contra a dor e 21 de outubro o dia nacional dedicado ao tema. Há diversas iniciativas, com destaque para esta bem original: um concurso de desenho infantis que visa distinguir trabalhos efetuados por crianças hospitalizadas e que traduzam as suas perspectivas pessoais da dor. O concurso estará aberto até sexta-feira, 14 de outubro. Poderão participar crianças até aos 12 anos. Os prémios oscilam entre os 150 e os 250 euros. Mais info no sítio da net: aped-dor.org.


Para si,

Regresso à rotina sem stress Sónia Teles

Para a Joana, é a diferença entre sobreviver e

ser feliz N

Para as famílias com filhos em idade escolar, outubro tem um significado especial com o regresso às aulas. Este facto pode ser motivo de alegria ou de stress. Uma das situações surge com os problemas de concentração ou de comportamento. Existem cada vez mais crianças com diagnóstico de hiperactividade e/ou défice de atenção, o que muitas vezes leva à toma crónica de medicação psicotrópica com todos os efeitos secundários a ela associada. Obviamente que as situações mais graves só se resolvem com a medicação. No entanto, numa fase inicial, menos grave, poderão tentar-se outras alternativas. Inúmeros estudos indicam que um baixo teor de ácidos gordos ómega-3 EPA e DHA no organismo leva a problemas de aprendizagem, humor e relacionamento. Tendo isso em conta podemos afirmar que a suplementação em ómega-3 pode trazer muitas vantagens. Os efeitos dependem da idade. Em crianças dos dois aos cinco anos, melhora a verbalização, a memória e a atenção. Nas crianças dos cinco aos 12 anos, verifica-se ao nível do controlo da irritabilidade e da ansiedade, da qualidade do sono, da concentração, da memória, da capacidade de aprendizagem e da redução do cansaço mental e físico. Sendo assim, os suplementos ricos em EPA e DHA podem prevenir o desenvolvimento da hiperactividade e défice de atenção. Todas as crianças podem tomar estes suplementos, independentemente de apresentarem sintomatologia ou não. Com esta ajuda, nada impede que este seja um ano letivo brilhante e tranquilo para todas as nossas crianças e jovens. E para as suas famílias. Informe-se sempre! *farmacêutica

é apenas f uma menina a nadar f

conselho

Na NEUROCOG cuidamos dos nossos pacientes como se fossem da nossa família. Queremos que se esqueçam da dor e celebrem a vida. A nadar, a cavalo ou simplesmente a passear. Desenhamos sorrisos nos seus rostos. E é por isso que nos orgulhamos do nosso trabalho.

NEUROCOG

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Avenida da Mague, 3 MALVAROSA ALVERCA

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48 // saúde // outubro

psicologia

Dormir é bom remédio Guida Alves*

Para a generalidade das famílias com filhos em idade escolar, estes meses são sinónimo de retomar da “normalidade”. A importância das rotinas na vida das crianças é tanto ou mais importante quanto satisfazer o apetite, ir à escola ou receber afeto. E o sono desempenha um papel fundamental. Alguns pais não entendem o quanto é importante o hábito de ir dormir e as rotinas a ele associados, que devem ser bem definidos e mantidos todos os dias pela mesma sequência: tomar banho, vestir o pijama, comer, lavar os dentes, deitar, ler uma história, até adormecer. Façamos nós um pequeno exercício de faz de conta para melhor entender a importância das horas de sono: imagine-se a deitar todos os dias às 2h/ 3h e levantarse por volta das 6h/7h. Com poucas horas de sono experimente ir para uma ação de formação, uma re-

união de equipa ou atender uma vastíssima clientela de uma loja durante todo o dia. Imaginou? Ótimo, então como se vai sentir? Sem paciência, irritado, com vontade de sair do local, intolerante, mal humorado, etc. Pois bem, uma criança que não durma o suficiente vai ter estes sintomas durante o dia, com a agravante que não tem a maturidade suficiente para se controlar nem a capacidade de compreender as razões da sua irritabilidade. Some a este conjunto descrito anteriormente a adaptação ao meio escolar, aos amigos (com esta e outras problemáticas) que também estão na escola e à motivação escolar, entre outros fatores. Frequentemente ouço os miúdos a dizer que veem a última novela da TV ou a série X ou Y. São programas que acabam muito para além do horário aceitável. Alguns professores também relatam comportamentos que denotam a falta

*psicóloga clínica

de rotina nos hábitos de sono. Muitos pais em contexto de consulta referem que ”ele não quer ir para a cama”, ou que ” ela só se deita quando nós nos deitamo”, entre outras. As crianças não têm querer quando se trata do seu bem estar físico e emocional, ou os pais também perguntam a um filho que tenha febre descontrolada se quer ir ao médico? Creio que não. E quanto à segunda afirmação de só irem para a cama quando os pais vão, pergunto: porquê? Têm os pais os mesmos deveres que os filhos? Tenho a certeza que não. Existem formas de criar rotinas e educar as crianças no sentido de dormirem cedo e de preferência à mesma hora, podem até ser trabalhosas, mas basta os pais aplicaremnas. Excluindo as questões de perturbações graves de sono, que podem ter outros factores inerentes, dormir bem é bom, contribui de forma determinante para o saudável equilíbrio dos indivíduos e é um excelente remédio para prevenir muitos males.


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