gira revista
revista do concelho de Vila Franca de Xira e arredores diretor António Dias | revistagira.com | distribuição gratuita número 11 | mensal | agosto de 2017
esta terra é gira
luís valença
“Tenho pena de ter mais sucesso lá fora”
segue-nos no facebook
O mestre da equitação e fundador do Centro Esquestre da Lezíria Grande conta a sua história de vida e lamenta a falta de aposta no turismo
especial turismo: ALBERTO MESQUITA, VÍTOR COSTA, CEIA DA SILVA, PEDRO FOLGADO, ANDRÉ RIJO
20º aniversário
parabéns!
O Continente Modelo de Vila Franca de Xira assinala, a 1 de agosto, o 20º aniversário. A loja está há duas décadas ao dispor dos habitantes de Vila Franca de Xira, concelho que conta atualmente com quatro espaços Continente. Localizada na zona do Lugar da Várzea, no Outeiro das Areias, e com uma equipa de profissionais altamente qualificada, o Continente Modelo de Vila Franca de Xira tem servido uma população de mais de 136 mil habitantes, fazendo-lhes chegar a maior variedade de preços baixos e também todas as vantagens do Cartão Continente, o maior cartão de poupança do país. A loja tem quase dois mil metros quadros de área oficial, constituída por ambientes que lembram os mercados tradicionais, como a padaria, o talho, a peixaria e área de fruta e legumes. Todas as áreas de frescos incluem informação sobre a origem dos produtos, uma grande parte deles da região do Ribatejo, o que reflete a contínua aposta do Continente na produção nacional. Nos últimos 20 anos, a loja foi também dinamizadora local das iniciativas de intervenção social do Continente, nomeadamente da Missão Continente. Trinta anos depois da primeira abertura, a marca Continente tem 250 lojas, um crescimento que só foi possível graças à preferência e confiança dos portugueses.
Lugar da Várzea - Outeiro das Areias, Castanheira do Ribatejo, 2600 Vila Franca Xira Telefone: 263270311 Fax: 263270319
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xira
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80 colaboradores 136 mil habitantes 250 lojas em portugal
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gira número 11 agosto 2017
propriedade: António Manuel Domingues Dias NIF: 216 680 611 diretor e editor: António Dias assessoria: Ana Paula Vieira colaboradores: Sónia Teles (farmácia), Guida Alves (psicologia), Maria Martins (moda), David Fernandes Silva (estórias), Alexandra de Jesus (lifestyle), Paula Martins (nutrição), publicidade: revista gira: 243 761 130 | 968 236 531 Voz Ribatejana Lda. sede do editor: rua doutor Manuel Branco, nº30 2005-388 Vale de Santarém telefone: T: 968 236 531 redação: rua doutor Manuel Branco, 30, Vale de Santarém web: www.revistagira.com mail: revistagira@revistagira.com facebook: /revistagira impressão: soartes/Carregado tiragem: 5.000 exemplares depósito legal: 415958/16 número registo na ERC: 126901
foto de capa © Ana Paula Vieira Para aparecer na capa da gira ou no interior contacte 968 236 531 ou revistagira@revistagira.com. Fotografia, filmagens, reportagens giras. Empresariais ou pessoais. As nossas produções são giras!
© agosto de 2017 Todas as imagens e textos desta publicação são propriedade da revista gira. É interdita a cópia ou a utilização de qualquer conteúdo sem a devida autorização do proprietário. O estatuto editorial da revista gira está disponível no sítio www.revistagira.com
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8notícias Mais um mural do Vile Nova rubrica em que fazemos um apanhado das notícias da região
12 moda Os saldos chegaram Há descontos para todos os gostos
18 agenda Lucky Duckies Banda da Póvoa celebra 30 anos
24 entrevista Luís Valença O fundador do Centro Equestre da Lezíria Grande numa longa conversa
30 reportagem O turismo da região Turistas, venham eles!
COLUNISTAS SECÇÕES David Fernandes Silva:6 Maria Martins: 13 Alexandra de Jesus: 17 Andreia Hortênsio: 42 Guida Alves: 43 Paula Martins: 44 Sónia Teles: 45 Daniel Alves: 46
efemérides: 7 diretório: 15 editorial: 21 saúde: 42 pets: 46
6 // curiosidades // julho
Santos e gente boa história
David Fernandes Silva*
Chegando o Verão, não há terra que não tenha a sua festa, romaria e “santo” a venerar. Por aqui, o padroeiro de Vila Franca é São Vicente (em 22 de Janeiro), que já passou, e romarias também já as tivemos (Senhor da Boa Morte e Senhora de Alcamé – em Maio e Junho). Talvez pudéssemos aludir a Nossa Senhora de Povos (cuja festa, por ser a da Assunção, deveria ser a 15 de Agosto), mas desconheço se haveria força em retomar a Festa. Dos Homens bons com fama de “santidade”, talvez pudesse referir-me ao Dr. Sousa Martins, cujo culto popular fala da bondade de homem que foi, para muitos, “médico dos pobres” da vila de Alhandra, mas a sua biografia é extremamente complexa e o seu “agnosticismo” torna-o complicado de ser aceite nos cultos instituídos. Falando “gente boa”, não fôra o Dr. Luís César Pereira da Igreja Lusitana (comunhão anglicana), que não tem propriamente processos de canonização, e a cidade veria este seu filho, como “médico dos pobres” de Vila Franca, ‘subir’ aos altares. Falamos, neste caso, de “gente boa”, que fizeram do seu saber a busca da salvação do outro e cuja ‘santidade’ é reconhecida popularmente, sem auréola. Já dos santos “registados” temos o dominicano São Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga,
nascido na Verdelha do Ruivo (Vialonga) e que, como teólogo e pregador, foi grande figura do Concílio de Trento, um grande “transformador de corações”. No entanto, e para aqueles que gostam de coisas curiosas, deixo-vos três pessoas, cujas virtudes seriam interessantes de comprovar e que “morreram em fama de santidade”, três filhos de Vila Franca dos quais se poderia abrir “causa de canonização”: frei Francisco da Fonseca (1617-1641), na foto ao lado, eremita agostinho, considerado um dos maiores teólogos do seu tempo; frei Salvador de Vila Franca (1573-1626), arrábido leigo, conhecido pela sua oração fervorosa, e frei Sebastião do Rosário (15731642), que foi missionário no Maranhão (1613-17), sobretudo conhecido pelo seu cuidado com os mais pobres, nos anos em que esteve no Mosteiro da Ínsua, ao ponto de, compadecido da fome de muitos, quando já não tinha pão nem esmola que lhes dar, ter empenhado a Custódia, para lhes matar a fome. Continuamos a ter pobres, doentes, órfãos da sociedade e abandonados de Vida e Amor. E precisamos de Gente Boa, não tanto para fazer “romarias de verão”, mas para nos servirem de exemplo… e sermos, na História, continuadores do Bem. Não são isso os Santos?
*estoriador
o autor escreve conforme a antiga grafia
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12.ago.1967
Foram inauguradas, neste dia, as piscinas municipais de Vila Franca de Xira (as primeiras do concelho), sob a ideia de Jaime Dias Simão, presidente da Câmara Municipal na altura. Foram construídas em 16 meses.
30.ago.1942 Faria, neste dia, 75 anos de idade. Foi a 30 de agosto de 1942 que nasceu, em Povos, o matador de toiros José Falcão.
14.ago.1927
Realiza-se a última corrida de toiros de morte, autorizada, em Vila Franca de Xira. Os matadores foram Luiz Freg, Bejarano e Armilita. O evento marcou o mundo taurino da época e motivou, de um lado, a vontade dos aficionados em manter a corrida integral e, de outro, a ampliação dos movimentos de defesa dos animais, que
18.ago.1897
Completam-se 120 anos da morte de Sousa Martins. O alhandrense, também conhecido como médico dos pobres, é um dos maiores vultos da medicina portuguesa, cujo conhecimento e proximidade com o povo, motiva ainda hoje um culto popular. O rei D. Carlos, ao saber da sua morte, disse: “Apagou-se a mais brilhante luz do meu reinado”.
25.ago.1432
teve um dos seus maiores crescimentos do final dos anos 20, em Portugal.
Repousam, a caminho da Batalha, os restos mortais de D. João I, que na antiga matriz de Vila Franca tem as suas exéquias. Recordese que o confessor de D. João I, frei João de Xira, que o aconselhou a iniciar os Descobrimentos pela conquista de Ceuta, era de Vila Franca.
8 // notícias // agosto
empresa
Póvoa recebe maior parque de microalgas
As microalgas poderão ser um dos negócios do futuro. A ideia é simples: extrair nutrientes das microalgas que poderão ser usados para inúmeros fins, “desde alimentação, saúde, beleza ou biocombustíveis”, enumera o CEO da Algatec, empresa que está a instalar na Póvoa de Santa Iria o maior parque de microalgas da Europa. Nuno Coelho acredita que as condições naquela zona da cidade são perfeitas: desde a existência de antigas salinas, as valências disponibilizadas pela Solvay, às horas de sol que o país tem, ao facto de que esta é uma indústria que precisa de pouco mais do que água mas, sobretudo, por causa do muito dióxido de carbono de que necessita e que o planeta tem em excesso. O responsável promete assim menos CO2, 100 postos de trabalho, 600 toneladas de microalgas produzidas anualmente e 10 milhões de euros de receitas. O investimento ronda os 22 milhões de euros. cardosas
Arruda ensina com afeto
Ensinar deixou de ser uma obrigação. E a escola é cada vez mais um espaço de aprendizagem socialmente consciente. Aqui e ali nascem projetos que incutem nas crianças princípios de ação que ultrapassam o simples debitar da matéria. Felicidade, responsabilidade, criatividade e cooperação são termos cada vez mais em voga entre pais e professores. A associação “Caminhando”, de Arruda dos Vinhos, irá, a partir de setembro, desenvolver um projeto na escola básica das Cardosas, um processo de “aprendizagem que assenta num contacto permanente com a natureza, de educação comunitária, ensino doméstico, e dinamização cultural, inovador e diferenciador. As obras de adaptação do espaço que estava encerrado estão a decorrer e as inscrições já se encontram abertas.
certame
A alma do vinho anima Alenquer
Alenquer produz, atualmente, mais de 80 por cento do vinho da região de Lisboa. Em resposta a este crescimento, a Câmara Municipal da vila presépio decidiu impulsionar o setor com um festival que decorre de 21 a 24 de setembro no parque urbano da Romeira. O evento irá reunir vários produtores vinícolas, associando a programação com workshops, provas de vinhos, gastronomia e, claro, animação. Cuca Roseta e Richie Campbell (em baixo) cantam a 21 e 22 de setembro, respetivamente; e David Antunes (em cima) encerra o festival a 23. Os bilhetes custam entre €2 e €4 e já estão à venda.
9 mérito
Prémios para os melhores de Alverca Marta Rosa
Alverca comemora, a 9 de agosto, 27 anos de elevação a cidade. A data foi marcada uma vez mais com diversos espetáculos e a entrega de galardões a quatro personalidades. Henrique Levezinho, antigo autarca da região, foi agraciado com o mérito arte
Cristiano Parreiro
autárquico; o galardão de mérito social foi para Jorge Miguel Chumbo, capitão de fragata da Marinha; a fadista Marta Rosa foi distinguida com o mérito cultural; e, finalmente, o galardão de mérito desportivo foi para Cristiano Galvão Parreiro. Com 38 anos de idade, o
Vile termina mural na Póvoa Rodrigo Sepúlveda aka Vile já terminou mais um mural público no concelho de Vila Franca de Xira. Fica no viaduto por baixo da EN10, na Póvoa de Santa Iria. Os dois muros ganham assim nova vida. “De um lado tem um desenho mais abstrato relacionado com o grafiti em si. Do outro, há uma paisagem que nos lembra a lezíria, o Tejo e o Ribatejo”, explica o artista. Autor de centenas de murais em toda a região, Vile continua a colorir as nossas vidas. Há ainda planeado um outro mural junto ao jardim de infância da Quinta da Piedade, na mesma localidade, mas ainda sem data prevista de execução. O próximo trabalho do jovem vilafranquense será em Alenquer.
Jorge Chumbo
Henrique Levezinho
atleta começou o percurso no Futebol Clube de Alverca e atualmente joga no Futsal Clube Azeméis. A cerimónia decorreu a 13 de julho no auditório da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense. Mafalda Arnauth foi a convidade especial numa noite cheia de emoção.
eleição
Nelson Lima é o presidente das tertúlias
O responsável pela tertúlia “O Aficionado” foi eleito presidente da associação das tertúlias taurinas do concelho de Vila Franca de Xira. A lista foi eleita com 25 votos de entre 31 possíveis. O objetivo será agora criar parcerias com entidades públicas e privadas para manter viva a memória tauromáquica.
10 // notícias // agosto
seca
Benavente reduz consumo de água vídeo da entrevista no facebook da gira no dia 8 de agosto às 20h
futebol
“Irreverência com experiência”
Arranca a 20 de agosto o campeonato de futebol Portugal Prio. A equipa sénior do União Desportiva Vilafranquense já regressou ao trabalho e já decorreram diversos jogos particulares. O primeiro confronto oficial será em casa com o Pêro Pinheiro e a 27 de agosto o plantel orientado por Filipe Coelho visita o terreno do Guadalupe. A primeira eliminatória da Taça de Portugal será a 3 de setembro. Recorde-se que nesta temporada há um novo formato competitivo. A primeira fase tem 30 jornadas. Depois, os vencedores das cinco séries de 16 equipas, juntamente com os três melhores segundos classificados, apuram-se para um sistema de play-off. Os dois vencedores garantem a subida à II Liga e disputam uma final em campo neutro para apurar o campeão nacional. Depois do regresso ao plano nacional, os vilafranquenses tiveram uma época complicada mas o treinador acredita que, com as novas aquisições, haverá "maior capacidade de resposta. A nossa vantagem será a conjugação entre antigos e novos jogadores", acredita Filipe Coelho. Rodolfo Frutuoso, presidente da SAD vilafranquense, concorda e recorda que "a formação continua a ser o core business. Mas, este ano, quisemos introduzir mais prática. Vamos ter irreverência com experiência", resume.
No final de julho, cerca de 80 por cento do território continental estava em seca severa e 19 das 60 barragens iniciaram o verão com menos de metade da água que conseguem armazenar. O sul apresenta um cenário mais complicado e diversos municípios medidas preventivas. A Águas do Ribatejo, responsável pelo abastecimento nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas, intensificou as campanhas de sensibilização para o uso eficiente da água. A empresa apela para que se evite “as regas e lavagens de pavimento, edifícios ou viaturas nas horas de calor”; que não se encham “piscinas com água da rede pública”; que a população opte “por duches rápidos” e que se faça a manutenção das condutas de água, substituindo torneiras, por exemplo, para prevenir “roturas ou fugas de água”. A empresa lembra, em comunicado, que, “se todos assumirmos comportamentos responsáveis, os sistemas estão preparados para garantir o abastecimento sem constrangimentos nem suspensões.
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movimento
Cidadãos unem-se pela sustentabilidade
hospital
Médico premiado
Eduardo Doutel Haghighi, médico do hospital Vila Franca de Xira, foi distinguido, pela Santa Casa Da Misericórdia de Lisboa, com um prémio de inovação na área da geriatria. O “Percurso Clínico do Idoso”, com uma abordagem holística, promove o acompanhamento rápido, completo e eficaz dos idosos que necessitam de cuidados de saúde. empresa
Está a nascer o movimento “Cidadão em Ação”. Um grupo de pessoas pretende promover um mundo mais sustentável. A ideia é criar uma equipa de trabalho que reúna informação sobre cidadãos que, na comunidade, estejam disponíveis para “ceder espaços, vender produtos biológicos, partilhar capacidades técnicas, desenvolver projetos de terapias ou ensino alternativo, apoio a idosos, entre outros”, como explica Cláudia Botas, uma das promotoras da iniciativa. A jovem de São João dos Montes já tem mais de 100 clientes a quem vende cosmética natu-
OGMA sempre a crescer
A fábrica de material aeronáutico de Alverca já começou a enviar para o Brasil os componentes do KC-390. O aparelho de transporte multimissão deverá entrar ao serviço no próximo ano e as instalações de Alverca são muito importantes para a execução do projeto, um dos mais ambiciosos para a Embraer. Nas instalações alverquenses são produzidos os dez painéis da fuselagem central do avião, as carenagens do trem de aterragem, bem como os painéis em compósito do seu revestimento. As OGMA investiram 35 milhões de euros num processo que é visto pelo governo e pela autarquia vilafranquense como essencial para a promoção de um cluster aeronáutico no concelho.
iniciativa
ral. Mas há outros exemplos, como Bruno Gomes, especialista em bioconstruções, e que está disponível para ajudar idosos a resolver pequenos problemas nas suas casas; ou Pedro Martins que pretende criar uma feira regular na Quinta da Piedade, na Póvoa de Santa Iria, que possa disponibilizar tudo o que é ecológico, como painéis solares, veículos elétricos ou produtos biológicos. O grupo reuniu-se, pela primeira vez, em julho, num jardim em Alhandra e pretende, através das redes sociais, aumentar a sua influência.
Azambuja dá livros e cal à população
Todos os alunos do primeiro ciclo do concelho de Azambuja vão ter cadernos de atividades escolares gratuitos. É uma medida que complementa a oferta dos manuais regulares que o governo já decidiu para todos os estudantes do ensino básico do país. Os manuais também já eram comparticipados nas famílias mais carenciadas, porém o executivo azambujense quer incrementar o acesso aos livros no concelho. O investimento ronda os 40 mil euros. Entretanto, a mesma autarquia lembra que, até final de setembro, todos os habitantes que queiram caiar as suas casas o podem fazer com cal disponibilizada de borla pela Câmara Municipal. A edilidade pretende promover a beleza estética das habitações e disponibiliza cal que pode ser recolhida contactando a respetiva Junta de Freguesia.
12 // moda // agosto
O verão ao rubro
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Desde as chamadas mid season sales, as promoçþes de meia estação, com descontos que chegam aos 50 por cento, atĂŠ aos saldos com descontos que chegam aos 70 por centro, a pressĂŁo para comprar ĂŠ cada vez maior. ‘Bora lĂĄ reflectir sobre isto! Afinal, os saldos servem para aproveitarmos as oportunidades para poupar ou para comprarmos o que gostamos ou necessitamos a preços reduzidos. Bem sabemos que ĂŠ difĂcil adquirir de forma planeada e esquecer os impulsos. A tentação de ceder ao barato ĂŠ muito grande. PorĂŠm, se começarmos por definir o quanto queremos desembolsar nesta ĂŠpoca, tudo se torna mais fĂĄcil. Ora vejamos algumas dicas para a ajudar a fazer as melhores escolhas nos saldos. Que tal dar uma espreitadela no guarda roupa para vermos o que temos e selecionarmos o que precisamos? Entre bĂĄsicos, peças de tendĂŞncia, elementos intemporais, roupas de qualidade superior ou de marcas mais caras, a alguma conclusĂŁo havemos de chegar! Para gerir os diferentes looks com as mais variadas peças, o ideal ĂŠ escolher aquelas que se conjuguem entre si, mas que tambĂŠm possam complementar as que jĂĄ temos. Em ĂŠpoca de descontos, os primeiros dias sĂŁo os ideais. Compram-se peças giras, com bom preço e qualidade. No entanto, estamos na era do fast fashion, num paradigma de produção rĂĄpida, em que se usam peças por pouco tempo para, rapidamente, serem substituĂdas por novas. "Upsssss, jĂĄ nĂŁo encontrei aquela roupa que tanto queria...". Quem jĂĄ nĂŁo proferiu esta frase? Por isso, faça uma lista, estipule um orçamento, compare, faça sempre escolhas ponderadas e nunca hesite em pedir opiniĂŁo. AtĂŠ jĂĄ đ&#x;˜Š *fashion adviser & personal shopper
14 // moda // agosto
Sunset party
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Nestes dias de calor, com a leveza das férias como pano de fundo, os fins de tarde querem-se em looks descontraídos mas com um toque de sofisticação extra. A aposta são os vestidos longos e fluídos, vestidos curtos, saias ou calções, tops e túnicas fluídas e, claro, umas sandálias mais elegantes ou mesmo uns saltos. Sem esquecer o mais importante: caprichar nos acessórios coloridos e, de preferência, fazer-se acompanhar de uma clutchou mala diferente e que salte à vista. Na SILHOUETTE Concept Store, encontra tudo o que precisa para as suas férias ou festas de verão. Agora a preços de saldos!!
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16 // moda // agosto
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i’m so happy
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As minhas praias preferidas são... Alexandra de Jesus*
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Olá agosto! É oficialmente o mês mais concorrido nas praias. Foi das poucas coisas que se manteve. Eu não sou especialista em nada, nem quero ser, mas sinto que se me incubissem a tarefa de o ser em praias eu não ficava nada aborrecida ;). Temos praias de sonho! Praias como há poucas pelo mundo fora (daí sempre que viajo para fora do país prefiro ir "viver" uma cidade. Há tanto tempo que não o faço...). Construo todos os dias uma vida de sonho. Trabalho no que amo e organizo o meu horário diariamente, consoante as encomendas, a inspiração, o material que tenho. Por isso, na minha agenda, tento encaixar, durante a semana, pelo menos duas horas de praia que já dá para recarregar energia boa. Não preciso de férias: sou uma afortunada. Assim, durante os meus muitos meses de verão (vou a praia de abril a novembro), vou salpicando praias boas. Todas, julgo. Este verão já fui a spots lindos. Sugestões das que fui: praia da Aguda (em Sintra, perto do Magoito) que é uma praia brutal. Altamente paradisíaca! Outra: praia de Odeceixe. Linda e cool. A praia dos Alteirinhos e da Amália (no Brejão / Zambujeira) que são lindas de morrer com um acesso difícil que até doi mas de enorme prazer no final. Merecem não ser tão acessíveis. A praia do Rei Cortiço (Bom Sucesso/ Óbidos). Praia maravilhosa e, atenção, que já abriu o bar maravilha. A praia de Cambelas e da Assenta na Ericeira. Quase desertas e especiais. Praia de Alvor (o oposto da deserta) que sabe bem passar por lá, pelo Restinga, espaço esse óptimo que se come muito bem e vê-se gente gira. Na Costa da Caparica, em São João, quase todas as praias são cinco estrelas por respirarem boa vida. Obrigada Portugal! Tudo isto finalizado depois de um mergulho com um petisquito (umas ameijoas, um camarão de qualquer maneira, um choco frito, uma batatita frita) por aí acompanhado sempre de um Muralhazito ou outro vinho qualquer do Douro ou de outra região qualquer. Desde que seja bem fresquinho e com uma boa companhia, até porque há coisas que sozinha não têm tanta piada. Viva o verão! Ainda tenho tanta praia para ir. Demora muito agosto. Fica mais do que o costume. Portugal agradece ;) *artista plástica
18 // agenda // agosto Guitarrista: João Santos Pianista: João Carreira Baterista: Diogo Melo de Carvalho; Contrabaixista: Sérgio Fiúsa Voz e coros: Cláudia Faria Voz e fundador: Marco António
vídeo da entrevista no facebook da gira a 13 de agosto às 20h
Sorrir com o passado lucky duckies
Marco António (em cima, segundo da direita) é fundador de uma das bandas mais carismáticas do panorama nacional. Os Lucky Duckies celebram 30 anos de existência e atuam dia 15, em Arruda dos Vinhos, e a 2 de setembro, no Carregado. A história na primeira pesssoa.
"Tudo começou em 1987 quando resolvi montar um projeto de música vintage a que lhe dei o nome de "Promusica". Eu e um amigo, o Nuno Duarte, começámos a atuar no Grémio Dramático Povoense. A recetividade foi muito boa ao ponto de gravar uma cassete e enviar para a RTP. Conseguimos uma presença no programa do Luís Pereira de Sousa, o Estúdio 4, o que nos catapultou para a fama na altura. Uma amiga viu, gravou em cassete de vídeo, e mostrou ao Francisco Romão, dono do Roxy Romeu, em Alhandra que nos convidou para ensaiar e tocar no bar dele. Foi aí que começamos a solidificar o projeto. Aperfeiçoamos os penteados, a roupa, o cenário, introduzindo uma atmosfera que era muito apelativa aos sentidos. Foi aí que surgiu o nome Lucky Duckies. Depois, recebemos um convite para atuar na Taberna do
Lagar, em Arruda dos Vinhos, onde recebemos o primeiro cachet de 10 contos (hoje €50) o que era imenso. Um "olheiro" viu-nos e falou de nós ao Pedro Doria Alves, dono de uma série de bares e restaurantes em Lisboa. Foi através dele que entrámos no circuito dos concertos ao vivo na capital. Começámos a receber convites para irmos a festas privadas e é num desses concertos que conhecemos um empresário de cruzeiros que nos ofereceu um generoso contrato para atuar em barcos no Mediterrâneo. Durante uma década estivemos afastados do grande público e é por isso que hoje muito gente nos desconhece. Quando regressámos e quisemos voltar ao mercado nacional, fui dos primeiros a aproveitar a internet para dar a conhecer o meu trabalho. Ao mesmo tempo, por volta de 2002, somos convidados a atuar
na reinauguração do cineteatro Eunice Muñoz, em Oeiras. Estavam lá alguns autarcas e foi aí que me apercebi que existia um mercado de auditórios e salas municipais por explorar. A pedido de muitos fãs, lançámos um disco com originais, em 2010, que foi reeditado no ano seguinte. Ao Glamour e Nostalgia Part I, seguiu-se o Part II e o DVD, gravado pela RTP, em 2015. Este ano, lançámos o nosso terceiro disco, todo em português: "Patinhos Sortudos, na Língua de Camões". Andamos em turné, a celebrar os 30 anos. E apesar de não termos o apoio das rádios e dos grandes empresários da música, temos 41 mil fãs no facebook e uma agenda bem recheada até ao natal de 2018. Trabalhamos todo o ano e já fomos a Macau, à Turquia, entre outros países, e recentemente estivemos nos EUA. Somos mesmo sortudos".
19
terça :: 1
passeio
REABERTURA DO EVOA Evoa Vila Franca de Xira T: 926 458 963 9h00 às 19h00 a partir dos €7 Após um interregno técnico no mês de julho, o evoa reabre as suas portas
quarta :: 2
evento
TARDE DE CONVERSA Núcleo Museológico Alverca T : 219 570 305 16h gratuito Anabela Ferreira faz referência às mulheres de Alverca nas fontes .
sexta :: 4
música
NOITES NO LARGO DO PELOURINHO Largo do pelourinho Alverca T: gratuito 22h Programa de verão do museu de Alverca animado por Catarina Ortinz , uma noite de Jazz.
sábado :: 5
mercado
FEIRA DE ANTIGUIDADES Rua Almirante Cândido dos Reis Vila Franca de Xira T : 263 200 770 9h gratuito Todos os primeiros sábados de cada mês pode encontrar nesta feira, livros, peças raras, moedas, artesanato e muitas outras velharias.
desporto
79º VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA
Parque do Cevadeiro Vila Franca de Xira T: 263 285 600 12h30 gratuito Uma partida em grande para a a 1ª etapa
PASSEIO DA VOLTA Parque das Nações Lisboa 10h A partir de €10 A Volta a bicicleta em passeio, com chegada prevista a Vila Franca de Xira cerca das 11h Inscrições obrigatórias até dia 1 de agosto no site da Volta a Portugal em Bicicleta
passeio
EMBARQUE NA NATUREZA Barco varino Vila Franca de Xira T : 263 285 603 15h €6 Passeio pelo Tejo no Barco Varino, barco tradicional. As inscrições são obrigatórias. Chegada ao parque das nações.
música
CONCERTOS DE VERÃO Paços do Município Vila Franca de Xira T : 263 285 600 21h30 gratuito Há musica no ar no centro de Vila Franca de Xira com Mr Fortez Trio Pluz
RIO LOUNGE Sociedade Euterpe Alhandrense Alhandra T : 219 500 592 22h gratuito No exterior da Sociedade Euterpe Alhandrense e porque é verão no palco banda a designar
ARRUDA
VI CONCERTO DE BANDAS Praça de Touros Arruda dos Vinhos T : 263 977 000 22h gratuito Quatro bandas actuaram
nesta noite musical, a Banda de Música da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos, Banda da Sociedade Filarmónica União Samorense, Banda da Escola de Musica Juventude de Mafra e Banda da Sociedade Musical e Recreativa Obidense.
dádiva
COLHEITA DE SANGUE Centro Comercial Serra Nova Póvoa de Santa Iria T: 916 187 181 15h às 20h gratuito A associação de dadores benévolos de sangue da Póvoa de Santa Iria organiza mais uma colheita de sangue e registo de dadores de medula óssea.
domingo :: 6
passeio
EMBARQUE NA NATUREZA I Barco varino Vila Franca de Xira T : 263 285 603 10h €6 Passeio pelo Tejo no Barco Varino, barco tradicional. As inscrições são obrigatórias. Partida do parque das nações.e chegada ao cais de Vila Franca de Xira
música
EMBARQUE NA NATUREZA II Barco varino Vila Franca de Xira T : 263 285 603 15h €6 Passeio pelo Tejo no Barco Varino, barco tradicional. As inscrições são obrigatórias. Vila Franca de Xira, ponte da lezíria, Vila Franca de Xira
MUSICA NO MUSEU Núcleo Museológico Alverca T : 219 570 305 17h gratuito Flor do Trevo é o convi-
dado deste domingo
ARRUDA
FESTEJOS EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Arruda dos Vinhos enche-se de actividades entre os dias 6 e 18 de agosto. A sua feira com as famosas tasquinhas, as esperas de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atracção para milhares de pessoas.
segunda :: 7
cinema
CINEMA ÀS SEGUNDAS Junta de Freguesia Vila Franca de Xira T : 263 200 770 15h gratuito A serie cómica, Allo Allo – Os Ingleses estão a chegar”| “Allo Allo - Os Ingleses já chegaram”
ARRUDA
FESTEJOS EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Arruda dos Vinhos enche-se de actividades entre os dias 6 e 18 de agosto. A sua feira com as famosas tasquinhas, as esperas de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atracção para milhares de pessoas.
terça :: 8
ARRUDA
FESTEJOS EM HONRA DA NOSSA
20 // agenda // agosto SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Arruda enche-se de atividades entre os dias 6 e 18 de agosto. A sua feira com as famosas tasquinhas, as esperas de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atração para milhares de pessoas.
quarta :: 9
ARRUDA
FESTEJOS EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Arruda dos Vinhos enche-se de actividades entre os dias 6 e 18 de agosto. A sua feira com as famosas tasquinhas, as esperas de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atracção para milhares de pessoas.
quinta :: 10
ALENQUER
A BIBLIOTECA VAI AO PARQUE Parque Urbano da Romeira Alenquer T : 263 730 900 15h às 18h gratuito Pode aproveitar o bom tempo e ler um livro ao ar livre.
ARRUDA
FESTEJOS EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito
Arruda dos Vinhos enche-se de atividades, com as famosas tasquinhas, as esperas de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atracção para milhares de pessoas.
sexta :: 11
música
NOITES NO LARGO DO PELOURINHO Largo do pelourinho Alverca T: gratuito 22h Programa de verão do museu de Alverca animado por Maria Andrea Moreno, uma noite Latina.
ALENQUER
A BIBLIOTECA VAI AO PARQUE Parque Urbano da Romeira Alenquer T : 263 730 900 15h às 18h gratuito Pode aproveitar o bom tempo e ler um livro ao ar livre.
ARRUDA
300 - 2017 Piscinas Vila Franca de Xira T: 8h00 N/D Os Randonneurs Portugal organizam mais uma prova cuja a partida é em Vila Franca de Xira. Obrigatórias as inscrições até dia 5 de agosto.
passeio
EMBARQUE NA NATUREZA Barco varino Vila Franca de Xira T : 263 285 603 14h €6 Passeio pelo Tejo no Barco Varino, barco tradicional. As inscrições são obrigatórias. Vila Franca de Xira ao Parque das Nações.
música
CONCERTOS DE VERÃO Paços do Município Vila Franca de Xira T : 263 285 600 21h30 Gratuito Há musica no ar no centro de Vila Franca de Xira com Captain Boy
RIO LOUNGE Sociedade Euterpe Alhandrense Alhandra T : 219 500 592 22h gratuito No exterior da Sociedade Euterpe Alhandrense e porque é verão o palco é de Daniela Melo Quarteto
FESTEJOS EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Arruda dos Vinhos enche-se de atividades entre os dias 6 e 18 de agosto. A sua feira com as famosas tasquinhas, as esperas de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atracção para milhares de pessoas.
ALENQUER
ciclismo
ARRUDA
sábado :: 12
PLANÍCIES E MONTADOS
A BIBLIOTECA VAI AO PARQUE Parque Urbano da Romeira Alenquer T : 263 730 900 15h às 18h gratuito Pode aproveitar o bom tempo e ler um livro ao ar livre. FESTEJOS EM
HONRA DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Tasquinhas, as esperas de touros, as famosas tertúlias móveis, a procissão para milhares de pessoas.
domingo :: 13
ALENQUER
A BIBLIOTECA VAI AO PARQUE Parque Urbano da Romeira Alenquer T : 263 730 900 15h às 18h gratuito Pode aproveitar o bom tempo e ler um livro ao ar livre.
ARRUDA
FESTEJOS EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Arruda dos Vinhos enche-se de actividades entre os dias 6 e 18 de agosto. A sua feira com as famosas tasquinhas, as esperas de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atracção para milhares de pessoas.
segunda :: 14
cinema
ALLÔ” ALLÔ! Junta de Freguesia Vila Franca de Xira T : 263 200 770 15h gratuito Durante o mês de agosto, o auditório da Junta exibe alguns dos episódios desta famosa série britânica. Hoje passam os episódio: A serie cómica, “O Pombo-correio”; “O Alfaiate Inglês”.
// 21
terça :: 15
ARRUDA
LUCKY DUCKIES Palco prinipal Arruda Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Inserido no program das fetas de Arrudas, os Lucky Duckies atuam hioje no palco principal e celebram nesta tour 30 anos de existência. Concertos revival com musicas dos anos 50 e 60. O programa das festas inclui tasquinhas, tertúlias móveis, corridas de toiros, muita animação para milhares de pessoas.
quarta :: 16
ARRUDA
FESTEJOS EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Arruda dos Vinhos enche-se de actividades entre os dias 6 e 18 de agosto. A sua feira com as famosas tasquinhas, as esperas de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atracção para milhares de pessoas. SONS DA COVA DO GIGANTE Traseiras do Mercado Municipal Arruda dos Vinhos T: 22h gratuito O primeiro arraial de rock em Arruda dos Vinhos, com três bandas.
quinta :: 17
ARRUDA
FESTEJOS EM HONRA DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Arruda dos Vinhos enche-se de atividades entre os dias 6 e 18 de agosto. A sua feira com as famosas tasquinhas, as esperas
editorial
O Tejo tão perto e tão longe António Dias*
Nasci em França, cresci no Cartaxo, estudei em Lisboa, trabalhei em Azambuja, Santarém e Vila Franca de Xira. O Tejo sempre me acompanhou. Lembro-me em miúdo de fazer piqueniques em Valada, das cheias tão esperadas pelos agricultores e que abasteciam o subsolo para evitar secas no verão. Sempre respeitei o rio e choca-me que se possa poluir este curso de água tão precioso. E, pior, que se lhe vire as costas. Foi isso que aconteceu durante décadas. Já viajei bastante e conheci cidades com cursos de água ou sobraceiras a baías que usufruem das suas margens de uma forma perfeitamente simbiótica. Sydney e São Francisco são exemplos fabulosos. Ambas as cidades são banhadas pelo Pacífico e nas suas bay areas há casas encostadas às margens com acesso direto à água e barcos familiares ancorados. Paris, Londres ou Amesterdão, abraçam as suas margens, constroem casas flutuantes, muitos cidadãos são proprietários de embarcações e há um culto pelos desportos náuticos. Toda estas cidades viram as suas habitações para o lado bonito do seu rio. Respeitam-no. O Tejo é o que se vê. Tapado por armazéns, linhas de comboio, lixeiras, contentores, aquele que é o maior rio que atravessa Portugal foi votado ao abandonado durante décadas. Nunca entendi esta incapacidade de aproveitar as riquezas que temos e de, inclusive, as destruirmos. O Algarve é um caso paradigmático de um destino que se deixou esmagar. Podíamos, no sul do país, ter uma linha costeira de fazer inveja ao Mónaco e, pelo contrário, os ricos preferem o sul da França, Espanha o Itália. Restam-nos os desordeiros que vêm celebrar o fim do secundário. É triste. É inútil tentar perceber de quem é a culpa. O que importa é lidar de frente com o futuro e resolver os problemas. Dar a volta e acabar com este marasmo. E, penso, que isso está a acontecer. O objetivo da reportagem deste mês, sobre o turismo a norte de Lisboa, é de mostrar que há ideias, vontade e potencialidades por explorar. Todos os nossos entrevistados são unânimes em afirmar que a mudança demorará décadas. Mas ela é palpável e dá-me esperança. O futuro hotel que poderá ser construído entre o Forte da Casa e Alverca é um sinal positivo. Queremos mais!
*jornalista
22 // agenda // agosto de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atracção para milhares de pessoas.
sexta :: 18
música
NOITES NO LARGO DO PELOURINHO Largo do pelourinho Alverca T: gratuito 22h Programa de verão do museu de Alverca animado por Cico, Musica Medieval
ARRUDA
FESTEJOS DA NOSSA SENHORA DA SALVAÇÃO Ruas Arruda dos Vinhos T: 263 977 000 10h gratuito Arruda dos Vinhos enche-se de actividades entre os dias 6 e 18 de agosto. A sua feira com as famosas tasquinhas, as esperas de touros,as famosas tertúlias móveis, a procissão e a religiosidade destas comemorações são todos os anos atracção para milhares de pessoas.
sábado :: 19
música
RIO LOUNGE Sociedade Euterpe Alhandrense Alhandra T : 219 500 592 22h gratuito No exterior da Sociedade Euterpe Alhandrense e porque é verão o palco é de PHM.
dádiva
COLHEITA DE SANGUE
Centro Comercial Serra Nova Póvoa de Santa Iria T: 916 187 181 15h às 20h gratuito A associação de dadores benévolos de sangue da Póvoa de Santa Iria organiza mais uma colheita de sangue e registo de dadores de medula óssea.
LARGO DO PELOURINHO Largo do pelourinho Alverca T: gratuito 22h Programa de verão do museu de Alverca animado por Rodrigo Pereira , uma noite de fado.
música
música
domingo :: 20
MUSICA NO MUSEU Núcleo Museológico Alverca T : 219 570 305 17h gratuito Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Alverca do Ribatejo é o convidado deste domingo
segunda :: 21
cinema
CINEMA ÀS SEGUNDAS Junta de Freguesia Vila Franca de Xira T : 263 200 770 15h gratuito A serie cómica,Allo Allo – A Execução” e“Allo Allo – O Funeral”
quinta :: 24
caminhada
PASSEIO DOS AVÓS Junta de Freguesia Vila Franca de Xira T: 263 200 770 08h30 gratuito Mais um passeio à praia direccionado aos avós organizado pela Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, gratuito mas é necessário inscrição prévia
sexta :: 25
música
NOITES NO
sábado :: 26
RIO LOUNGE Sociedade Euterpe Alhandrense Alhandra T : 219 500 592 22h gratuito No exterior da Sociedade Euterpe Alhandrense e porque é verão o palco é de No Ballads Band
domingo :: 27
música
MUSICA NO MUSEU Núcleo Museológico Alverca T : 219 570 305 17h gratuito Coro e Orquestra Casa do Povo de Arcena são os convidado deste domingo
segunda :: 21
cinema
CINEMA ÀS SEGUNDAS Junta de Freguesia Vila Franca de Xira T : 263 200 770 15h gratuito Episódios de “Allô! Allô!”: “O rapto do Coronel” e “A Dança da Juventude Hitleriana”.
continuam
VILA FRANCA VITOR MENDES TOUREIRO
UNIVERSAL Celeiro da Patriarcal Vila Franca de XIra T : 263 285 626 gratuito 14h00 às 19h00 Vitor Mendes, alcançou alguns dos mais prestigiados troféus do mundo taurino e esta exposição biográfica conta a sua história através da apresentação de espólio, de fotos e vídeos.
O RIBATEJO NA OBRA DE DELFIM MAIA Museu Municipal de Vila Franca de Xira Vila Franca de Xira T: 263 280 350 9h30 às 12h30 14h às 17h30 gratuito Exposição evocativa dos 130 da data de nascimento de Delfim Maya, o escultor do movimento. Oficial de cavalaria, reflecte em algumas das suas obras a sua paixão por cavalos e a sua ligação ao Ribatejo.
HERMINIA MESQUITA Jardim Constantino Palha Vila Franca de Xira T: 10h - 18h gratuito Exposição de pintura organizada pelo Grupo de Artistas e Amigos da Arte, GART
ALENQUER
O MUNDO DE PEDRO NUNES E DE DAMIÃO DE GÓIS Museu Damião de Góis Alenquer T : 263 730 900 10h às 18h gratuito Exposição gentilmente cedida pelo Instituto Camões
A lista completa e atualizada em revistagira.com. Vê os nossos roteiros culturais em vídeo no facebook e fica a saber o que podes fazer no fim de semana. Às terças às 20h.
23
orçamento participativo
Tu podes mudar a tua terra
Até 20 de setembro podes decidir qual o projeto da tua freguesia que queres apoiar. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira tem um milhão de euros para distribuir no orçamento participativo.
São 24 propostas elegíveis e a escolha pode ser feita por SMS, pelo sítio da internet op.cmvfxira.pt ou mesmo por voto em urna, na Loja do Munícipe, nas delegações do município, sedes das juntas de freguesia, casas da juventude e piscinas municipais. Em Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz podes optar pela requalificação dos espaços exteriores da Associação para a Promoção Social de Alhanda; pelo aumento da atividade náutica em segurança na secção náutica do Alhandra Sporting Club; por um novo parque infantil, na urbanização da Quinta da Cruz de Pau; pela recuperação do "Canto do Muro" na Subserra; ou pela compra de novo equipamento na Sociedade Euterpe Alhandrense. Na união das freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho tens
como escolha: construção de novas zonas verdes na rua da Azinheira; reabilitação da vivenda de Santo António para a instalação da Casa do Músico; ou por obras de melhoramento na Associação para a Integração da Pessoa com Necessidades Especiais. Na Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras vão a concurso a requalificação dos parques infantis e zonas de lazer; construção de um campo de basquetebol na urbanização de São João; requalificação da praceta da Cevadeira; construção de um campo de futebol de praia no espaço do Juventude da Castanheira; requalificação de zonas verdes na urbanização de São João; e requalificação da zona ribeirinha da Vala do Carregado. Na Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa propõe-se construir campos de padel; aproveitar
para um pátio multiusos a zona em frente ao Grémio Dramático Povoense; ou repavimentar o parque estacionamento da Praia dos Pescadores. Em Vialonga podes votar na compra de equipamento para o novo quartel dos bombeiros; ou construção da sede para o Clube 300. Finalmente, em Vila Franca de Xira, estão a concurso a compra de material para o Ateneu Artístico Vilafranquense; a compra de uma carrinha adaptada e criação de parque infantil inclusivo; requalificação do ginásio do Grupo Recreativo e Cultural do Bom Retiro; a criação de uma rota dos miradouros; e a aquisição de viatura florestal de combate a incêndios, para os soldados da paz. Só tens que escolher. E que vença o melhor!
24 // entrevista // agosto
25
“ Luís Valença
OS CAVALOS
deram-me tudo
na vida
Tem 71 anos de idade e uma longa carreira dedicada à equitação. Em 1981 construiu o Centro Equestre da Lezíria Grande (CELG), hoje uma quinta entalada entre o hospital Vila Franca de Xira, novas urbanizações e armazéns de logística. Os tempos mudaram, mas o mestre guarda memórias de uma época gloriosa. A 1 de agosto, a sua equipa assinala 20 anos da turné mundial do espetáculo que desenvolve no estrangeiro e do arranque de um outro que será residente de um novo parque que vai abrir em Munique, na Alemanha. O CELG continua, assim, a ser um dos maiores promotores do cavalo lusitano e, por consequência, um dos grandes embaixadores de Portugal no estrangeiro. Uma conversa deliciosa conduzida pelo António Dias numa tarde verão, por entre selas, fotografias de reis e rainhas, troféus e o relinchar dos cavalos de quando em vez. As fotos são da Ana Paula Vieira.
26 // entrevista // agosto Para quem o desconhece, é importante perceber quem é Luís Valença. Tive grandes mestes, como o Emílio Mota, o Nuno de Oliveira, entre outros. Mas foi o meu padrinho, Fernando Ralão, que me trouxe para o mundo da equitação e me apresentou a Jerónimo Fenollos, um espanhol que estava interessado em aprender. Comprou um cavalo, o Sultão, que vivia numa quinta aqui perto, na lezíria, e disseme que iria pagar-me o dobro para eu dar tudo por aquele animal. Ele queria um tratamento especial. Disse-lhe que seria impossível, porque eu tratava todos da mesma maneira. Acho que ficou agradado com a minha reação e daí nasceu uma forte amizade. O picadeiro que tínhamos ficava no meio de Lisboa, na alameda das Linhas de Torres, e não conseguíamos crescer. Por isso, o Jerónimo sugeriu comprar um terreno e aumentar as instalações. Eu adorava a ideia, o problema é que eu não tinha capacidade de investimento. Ele respondeu-me logo que estava disponível para financiar o projeto. E foi assim que em 1981 fomos à procura de um espaço e encontrámos este local que, na altura, ficava no meio do nada, num descampado, com uma vista soberda para a planície ribatejana. No ano seguinte já estavamos a dar aulas e a fazer espetáculos. Sem o Sultão, nada disto teria acontecido.
“
uma época muito complicada e dura para mim e para a minha mulher mas foi uma excelente aprendizagem. Ficámos a conhecer como funcionava o mundo do turismo e do entretenimento. Chegámos a ganhar um prémio e tudo! O público adorava as nossas apresentações que eram muito lusitanas, com trajes e músicas de época. Os espanhóis estavam habituados a outro tipo de exibições, mais ligadas ao campo, género os nossos campinos. Percebi que o que fazíamos tinha muito valor e autênticidade. Portanto, quando regressei, em 1978, e fui, de novo, para o picadeiro do meu padrinho, já tinha o objetivo de montar um espetáculo idêntico cá. Foi aí que surge o Sultão e o Jerónimo Fenollos. Portanto, quando construí a quinta, preparei tudo para o ensino, claro, mas também com espaços para atrações: a praça de touros, o restaurante, os picadeiros, e por aí fora. Foi uma época linda. Tínhamos, em média, 25 mil espetadores por ano. O nosso público eram, sobretudo, empresas, congressos, turistas também. Só que o mercado foi caindo. As empresas começaram a fazer cortes nestes eventos e a construção do hospital foi a machadada final. Foi aí que me virei mais para o mercado internacional.
Depois do 25 de abril, os cavalos eram considerados um luxo
O entretenimento era o principal objetivo? Em parte. A história começou mais atrás. Quando se deu o 25 de abril, em 1974, o mundo dos cavalos, como era considerado um luxo, foi muito afetado. Donos e empresas do setor eram criticados e muitos tiveram que se desfazer de tudo. Eu fui para Espanha a convite de um amigo. Estive em Madrid durante um ano e, depois, fui para as ilhas Canárias trabalhar num espetáculo equestre para os turistas. Foi
Que já tinha começado antes... Em 1984 fui convidado para ir ao salão do cavalo de Paris. Um evento muito importante para quem é do meio. Levei o Sultão, outros dois cavalos e a minha filha que já montava. A apresentação foi um sucesso. Aparecemos na "Cheval Magazine" com o epíteto de "cavaleira de prata num cavalo de ouro". Começámos a atrair as atenções. No ano seguinte, fui convidado
27 para ir para a Inglaterra, depois Alemanha, e por aí fora. Ainda em Paris, nesse mesma altura, um casal nigeriano apaixonou-se pelo Sultão. Ela queria comprar o cavalo a todo o custo. Disse-lhe que não o vendia de todo. O Fernando Palha, presidente, naquela época, da Associação do Cavalo Lusitano, aconselhou-me a vender e disseme que eles estavam disponíveis a dar um milhão de francos por ele. Eram 18 mil contos na altura (90 mil euros) e isso chamou a atenção da imprensa. Foi isso que impulsionou o meu negócio lá fora. Portanto, quando se dá a crise e eu me vejo sem clientes cá, como já tinha algo montado noutros países, comecei a apostar mais no mercado internacional. Há 20 anos começámos com o Royal Horse Gala e em 1996 fomos convidados por um alemão a fazer parte de um tour que iria começar no ano seguinte, com uma mistura de apresentações de diversos tipos, com cavalos lusitanos, espanhóis e de Leipzig. Era o "Apassionata". Que ainda perdura.
E quando passa cá? Todos me peguntam isso. Tem que indigar os meus chefes. Eu só sou responsável pelos lusitanos. Aquilo é um show que tem mais de 100 técnicos, entre bailarinos, cantores, luzes e efeitos visuais deslumbrantes. Chegámos a vir a Lisboa umas três vezes, porém os alemães perceberam que não era rentável. Entre os custos de deslocação, aluguer de espaços e pouca afluência de público, a decisão final foi deixar de vir ao sul da Europa. Sabe, no norte eles dão outro valor a estes espetáculos. Na Finlândia temos um sucesso imenso e os bilhetes de 120 euros são os primeiros a desaparecer.
“
cá? Tenho. Só que nada posso fazer. Cabe às novas gerações desenvovler projetos e dar vida a tudo isto. As minhas filhas que decidam o que querem fazer. Custa-me, ao 71 anos, ter que tomar certas decisões e arriscar. Já não tenho energia para isso.
Com tanto turismo, poderia montar o seu espetáculo cá. Ainda há umas semanas estive no Campo Pequeno e os responáveis mostraram interesse em fazer algo. Contudo, nunca têm espaço na agenda. Ainda sugeri criar um espetáculo semanal para os visitantes que passam nos tours por aquela praça. Mas claro que quando viram os custos esqueceram a ideia. Aos turistas resta visitar a Escola Portuguesa de Arte Equestre, que fica em Belém. Há uma apresentação na última sexta-feira de cada mês, o que é pouco. Ou então visitam as instalações das 10h às 11h e depois vão comer um pastel de Belém. Por aqui, os meus netos estão na competição desportiva, tenho uma filha a treinar os cavalos de um general na Indonésia, outra a ajudar-me no "Apassionata" e a terceira a viajar pelo mundo a dar formação na área da equitação. Temos muitas visitas de turistas que já nos conhecem, de hotéis de Cascais que os mandam para cá ou de grupos que vêm com o propósito de aprender e que, paralelamente, vão passear, ouvir fado ou ver monumentos a Lisboa.
Sugeri criar um um espetáculo em Lisboa. Mas nunca avançou
Tem pena de ter mais sucesso fora do que
Mas podiam ser um ponto de passagem num roteiro diário, por exemplo. Isso teria que mudar toda a nossa estratégia e conceito. E seriam necessárias mudanças por
28 // entrevista // agosto aqui que, para já, não estão previstas. Eu tenho as portas abertas, para quem quiser conhecer o CELG.
É uma pena ter todo este espaço valioso, um restaurante parado... Sim, mas chega a uma altura da vida que temos que dar lugar aos novos. Tenho idade é para estar quieto. Claro que me entristece que tenham cancelado o salão do cavalo que enchia Vila Franca de Xira de gente. Ainda houve um projeto para construir um enorme complexo turístico na lezíria mas foi cancelado. Enfim, tudo regrediu. O nosso restaurante era muito conhecido. Havia mesmo uma mesa que era só para deputados da Assembleia da República. O nosso chef era excelente. Tive que fazer opções. Algum grupo hoteleiro fezlhe propostas? Não. Estaria disponível para ceder o uso deste espaço. Sem dúvida.
O que atrai tanto os estrangeiros? O cavalo lusitano é muito interessante. Os ingleses têm a cultura da caça, os franceses deixaram cair o espetáculo barroco e clássico favorecendo a parte desportiva e o cavalo ibérico persistiu por causa da tauromaquia. O puro lusitano sempre existiu em toda a europa e era um cavalo muito valioso pela sua versatilidade. No reinado de Luís XV, por exemplo, a corte tinha mais de três mil cavalos ibéricos para combater nas guerras. Foi o mesmo motivo que levou o nosso rei, em 1743, a fundar a Coudelaria de Alter, para treinar e promover os nossos equídeos. Mas depois das conflitos mundiais, com o advento das máquinas de guerra, e mesmo na agricultura, eles deixaram
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de ser necessários. Sobraram milhões destes animais que acabaram por ser abatidos ou treinados para competição que se desenvolveu nessas nações. Misturam-se outras raças mais rápidas, eficazes, próprias para competição. Só na Península Ibérica ficou esta genética milenar e que sobreviveu porque, em Espanha, tinham romarias e, em Portugal, tivemos as corridas de toiros. Ora, o puro lusitano é docil, previsível, bem treinado, um animal meigo e muito versátil com os seres humanos. É por isso que os estrangeiros nos procuram e se sentem tão bem connosco. Ainda há uns dias tive uma francesa, de 71 anos de idade, que nos visitou. Fiquei assustadísssimo, porque achei que ainda lhe ia acontecer alguma coisa. Montou, o animal cumpriu as ordens, fez os números e ela saiu em lágrimas. Lá fora não existe esta possibilidade.
Continuo sem entender porque não se rentabiliza este potencial. Olhe, em Lisboa chegaram a assinar um acordo, quando o António Guterres era primeiro ministro, para que o antigo museu dos coches fosse um espaço de exibição para turistas, pela sua fantástica localização. Ainda colocaram um enorme painel que dizia: "De picadeiro a museu, de museu a picadeiro". Mudam os governos, mudam-se as vontades. É uma pena, pois aquele espaço podia regressar às glórias do passado e isso seria bom para todos.
Tenho idade é para estar quieto
E Vila Franca de Xira? Infelizmente, sinto que isto está quase morta. Há muitos anos chegámos a ter um contrato com a antiga Rodoviária Nacional que trazia cá turistas. Vendíamos o pack completo, com espetáculo, al-
29 moço, folclore... mas apareciam duas ou três pessoas e teve que acabar. O Tejo, claro, podia ser muito mais aproveitado. Você vai a França ou outro país e qualquer ribeira é rentabilizada comercial e turisticamente. O potencional é enorme. Não me cabe a mim decidir.
O futuro do cavalo em Portugal passa por...? Competição, desporto e pelas terapias. Rupert Isaacson, um norte-americano com um filho autista, visitou-nos há uns anos e ficou maravilhado com as reações que o miúdo tinha com os nossos cavalos. Fez estudos e concluiu que exercícios como piaffer, passage, ou um galope sob o mesmo terreno, provocavam nas crianças produção de oxitocina, hormona em défice nestes casos. E é assim que aos fins de semana passámos
a acolher crianças com autismo que aqui têm sessões gratuitas. Mas há diversas condições que podem ser tratadas, como problemas motores, deficiências mentais, entre outras. O futuro passa por aqui também e o CELG quer dar o exemplo nessa área.
E o Luís Valença? Vai mantendo-se cada vez mais na retaguarda. escrevo na revista “Novo Burladero” onde conto as minhas histórias.
Podia escrever um livro. Seria interessante mas um mau sinal.
Porquê? Seria sinónimo que teria menos tempo para estar na quinta. E não quero que isso aconteça.
ao longo do mês de agosto iremos publicar excertos da entrevista no facebook da gira
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Num dos picadeiros do CELG, Luís Valença e um dos seus funcionários demonstram uma cabriola. Um passo difícil de executar e que demora um ano a ser ensinado
CELG EN1 VILA FRANCA DE XIRA T: 263 285 160 celg@celg.pt
30 // reportagem // agosto
TERRITÓRIO
inexplorado
A região a norte de Lisboa tem um potencial enorme por desbravar: quintas vinícolas, miradouros, passeios no rio, de bicicleta, caminhadas na natureza, entre outros. O Tejo é a veia central deste território que permanece incólume às ordas de turistas que chegam a Portugal, atraídos pelos inúmeros títulos que a capital vai colhendo mundo fora. Nesta edição, quisemos perceber o que andam os responsáveis a fazer para mudar este paradigma e quais as possibilidades do norte de Lisboa neste cenário.
31 Maria Miguel, da Our Land Tours, vislumbra, do miradouro do Monte Gordo, em Vila Franca de Xira, o pontencial turĂstico da regiĂŁo
32 // reportagem // agosto António Dias
O Algarve há décadas. O Douro há séculos. Lisboa cada vez mais. Pelo meio há um país que permanece silencioso. Porém, cada vez menos. O turismo promete continuar a ser o ramo que mais contribui para o crescimento da economia portuguesa. O setor representa quase seis por cento do produto interno bruto e mais de sete por cento do emprego direto criado em território nacional. No resto do mundo, a média ronda os três e quatro por cento, respetivamente. Mais visitantes satisfeitos são também novos clientes que, lá fora, compram produtos made in Portugal. É um efeito bola de neve que é palpável. O país está na moda e há cada vez mais gente a aproveitar a onda. Basta circular pelas ruas de Lisboa e do Porto e admirar os novos restaurantes, praças renovadas, multidões de turistas que se passeiam de selfie stick em punho, espaços noturnos lotados, novas linhas aéreas e hotéis que nascem como cogumelos. É tudo maravilhoso? Há quem se queixe, sobretudo dentro das apertadas artérias dos centros históricos. Por isso, também existe quem defenda que o mercado tem que mudar. "São necessários mais investimentos fora do centro da capital que levem o turista a querer visitar e a permanecer noutros locais", reflete Vítor Costa, presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa (ERTL). O responsável pela vasta área que abrange 18 concelhos, entre os quais Vila Franca de Xira, assegura que "estamos num ponto de viragem". Os investimentos, no centro de Lisboa, "precisam de resfriar e têm que começar a acontecer noutros pontos. Na zona da Arrábida, por exemplo, estão a ser construídas novas unidades hoteleiras e há interesse em alargar o âmbito geográfico", revela. Vítor Costa admite que "Vila Franca de Xira é uma das zonas que está mais atrasada nessa área", mas acredita que "o cenário é animador", embora avise que "vai demorar alguns anos até que se sintam as mudanças". Todos são unânimes neste ponto: "uma marca demora décadas a afirmar-se", como resume Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR). O presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira tem esperança no futuro. "Ainda recentemente entrou no departamento de urbanismo um processo de autorização para construção de um hotel na zona do Forte da Casa e Alverca". Alberto Mesquita nada mais adianta, até porque os pormenores são escassos.
vítor costa
“Tudo demora tempo”
Será mais difícil promover Vila Franca de Xira pelo cruzamento de identidades que aqui existem? Pode-se dizer que o concelho tem dois amores: por um lado, uma ligação forte a Lisboa, por outro, um vínculo ao Ribatejo. Quando se deu a reforma administrativa, em 2013, foi decidido que Lisboa seria a centralidade de uma região com um mosaico de experiências: Sintra, Cascais, Lisboa, Arrábida e o arco do Tejo que engloba vários concelhos. Não interessa ao turista onde começa e acaba um zona. É um trabalho conjunto.
Mas reconhece que esta zona mais a norte da capital está menos desenvolvida turisticamente? Acha que Lisboa ficou na moda de um momento para o outro? Foi em 1999, na altura com a Associação de Turismo de Lisboa, que se começaram a fazer os primeiros trabalhos de comunicação, trazendo jornalistas, visitando feiras e desenhando uma estratégia para a região. Estamos agora a sentir isso. Sintra e Cascais já tinham atrações e o arco do Tejo é a zona que está mais atrasada. Mas é inevitável que as mudanças surjam nos próximos tempos. Até porque está a ficar cada vez mais caro construir hotéis em Lisboa e até Sintra queixa-se da falta de unidades. Se for ao Rossio, vê filas de pessoas que vão de comboio e voltam no mesmo dia. Os investidores vão começar a alargar o seu âmbito geográfico e já o começam a fazer. O que interessa é que a marca Lisboa seja forte, porque todos beneficiamos com isso. Tudo demora tempo. A ERTAR está a criar uma série de iniciativas, como o cycling e o biking. Muitos destes projetos são de âmbito nacional e estamos a desenvolvê-los. Acreditamos, aliás, que Vila Franca tem um enorme potencial nessa área.
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O arco do Tejo é a zona que está mais atrasada turisticamente. Mas isso irá mudar nos próximos tempos
34 // reportagem // agosto
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Queremos certificar os nossos produtos para os tornar valiosos aos olhos dos turistas e dos investidores
35 ceia da silva
“Só há turismo com alojamento”
Quais são as estatísticas da região? Na ERTAR, registámos, em 2016, mais de um milhão e meio de dormidas. Queremos chegar a 2020 com quase dois milhões. O crescimento tem sido exponencial, a 20 por cento ao ano, mais que a região de Lisboa.
Lisboa não capta maior interesse? É uma ideia falsa que se comprova pelos números. Sem dúvida que a capital do país está na moda e tem recebido muitos investimentos hoteleiros em resposta ao aumento de número de visitantes. Mas o resto do país beneficia disso.
O que está a ser feito para o Ribatejo conquistar mais quota de mercado? É preciso lembrar que só temos a lezíria desde 2013 e por isso há um longo caminho a trilhar. No entanto, acreditamos que é urgente certificar os nossos produtos. A única forma de nos destacarmos é pela qualidade. Já avançámos com um concurso público para o rebranding da marca Ribatejo; a falcoaria já foi registada como património imaterial da humanidade e queremos o mesmo para o fandango; estamos a trabalhar com as confrarias gastronómicas para criar um guia de restaurantes certificados; todos os concelhos terão uma rota pedestre, porque, o walking é um setor com uma enorme procura e nesse âmbito serão criados, ainda, os caminhos de Santiago a sul do Tejo; e em conjugação com o Algarve serão desenvolvidas rotas de cyling; entre outras medidas. Tudo produtos que queremos colocar no mercado em 2018, em parceria com empresas que estejam interessadas em explorar estes serviços. Falta investimento. Só há turismo com alojamento. O interesse está a aumentar. No Cartaxo está a ser construído um novo hotel. Contudo, primeiro temos que valorizar o destino.
O interesse dos empresários parece, no entanto, existir. "Primeiro há que preparar o terreno e criar produtos que atraiam o visitante", defende Pedro Folgado, presidente da Câmara Municipal de Alenquer. Uma das maiores atrações e também fonte de discussão é o Tejo. "Nem em Lisboa o sabemos aproveitar", lamenta o presidente da ERTL. "Vai a Paris e quase que tropeça nas centenas de empresas que fazem passeios pelo Sena. Em Lisboa podia ser feito mais. Mas isso será diferente com a construção do novo porto de cruzeiros e com outros projetos que estão previstos. É inevitável que o cenário se transforme e que a cidade se adapte às novas realidades". A navegabilidade é, no entanto, um problema sensível devido ao financiamento que necessita. "Em Vila Franca de Xira estamos a fazer os possíveis. Pagamos, do nosso bolso, as dragagens nas nossas marinas para que se possa circular de barco", refere o presidente do município vilafranquense. "Mas o pontencial existe e já é aproveitado, como no desporto náutico em que somos muito fortes. Mas tem que ser feito mais". O edil admite que "o calcanhar de Aquiles é a escassa oferta hoteleira. De resto, temos uma grande resposta a nível cultural. Os museus são já de referência a nível internacional; os grandes eventos, como o Colete Encarnado, a Bienal de Fotografia, entre outros, já atraem milhares de visitantes; e temos tradições que cativam gentes de todo mundo. Nos nossos espaços, registamos a entrada de mais de 35 mil visitantes o ano passado. Mas é um número pequeno porque há imensa gente que vem aqui e só passa pelos restaurantes, por exemplo". O impacto económico do turismo na região a norte de Lisboa sofre deste problema de análise: quão valioso é? Ninguém sabe responder. Certezas só há uma: "é essencial continuar a apostar no setor", avisa Pedro Folgado, o também presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste. "Quando ando pelas ruas, apercebo-me que há cada vez mais turistas a circular por aqui. Os comerciantes, sobretudo da restauração, também me comentam que veem caras novas. É sinal que há quem nos visite". A questão, aqui, é novamente a falta de infraestruturas. O edil é, no entanto, cauteloso. "É inútil investir em novos hotéis se, depois, não temos oferta para eles. É preciso criar roteiros, passeios, atividades que atraiam o visitante. Caso contrário, os quartos estarão às moscas". Opinião partilhada por André
36 // reportagem // agosto Rijo, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos. "Lisboa tem uma oferta muito boa e de qualidade. O que me preocupa é criar produtos diferenciadores que satisfaçam o visitante. Não me interessa que venha gente se, depois, nada há para fazer. É tudo uma questão de gestão de expetativas", sintetiza. Esse é o maior esforço da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR) que engloba uma enorme região onde se incluem os concelhos de Azambuja, Benavente, Salvaterra de Magos e Coruche (o turismo de Alenquer e Arruda dos Vinhos é da responsabilidade do Turismo do Centro). "No Alentejo, o investimento que fomos fazendo nas últimas décadas está a dar
O Tejo, a tauromaquia, a lezíria, a gastronomia, são os atrativos de Vila Franca de Xira. Faltam os hotéis
os seus frutos. No ano passado tivemos mais de milhão e meio de dormidas e o número tem vindo a aumentar mais do que a média nacional", congratula-se o presidente da ERTAR. "No Ribatejo, só depois da organização administrativa de 2013, é que foi possível traçar um plano. Já lançámos um concurso público para o rebranding da marca Ribatejo e estamos no terreno a lançar projetos e parcerias com autarquias. O biking, o cycling, os caminhos de Santiago a sul do Tejo, são alguns dos exemplos das nossas apostas para os próximos anos". Aqui, uma vez mais, o tempo é maior inimigo. "Tudo isto demora a concretizar-se. O importante é que haja uma estratégia e que se mantenha o rumo", exorta Ceia da Silva. Alberto Mesquita acrescenta: "o passeio ribeirinho até Loures, a remodelação da antiga Marinha, as futuras ciclovias são projetos que demoram vários mandatos a implementar". O problema é que o mundo não pára e nem todos
alberto mesquita
“Queremos captar mais turistas”
Será mais difícil promover Vila Franca de Xira por ser um cruzamento de muitas identidades regionais? Eu acho que o interesse vem mesmo dessa multiplicidade de oferta e temos vindo a assistir a um aumento do número de turistas. Em 2016, recebemos, nos vários espaços municipais, mais de 35 mil pessoas de fora do concelho, o que é sinónimo do nosso poder de atração. Queremos captar ainda mais turistas que se descolam a Lisboa e encetámos diversos contactos com operadores para que criem rotas e passem a trazer os visitantes à nossa região. Há museus, eventos culturais, um rio deslumbrante, marcas identitárias únicas que cativam muita gente.
Sente-se apoiado pela ERTL? Estão a fazer um esforço e acredito que há equidade no tratamento entre as diversas zonas. Admito que tenho sido muito incisivo nos últimos anos, alertando para a necessidade de ver Vila Franca de Xira com outros olhos. A mim cabe-me defender os interesses dos vilafranquenses e acho que isso está a surtir efeito. A ERTL tem estado do nosso lado nos maiores eventos e, em janeiro, por exemplo, iremos à FITUR (um importante feira de turismo em Espanha).
O Tejo podia ser mais aproveitado? O problema da navegabilidade tem que ser resolvido. Já fizemos, e continuaremos a fazer, dragagens nas nossas marinas, mesmo que essa não seja a nossa responsabilidade.
Falta investimento? Acho que muita gente já percebeu o potencial turístico do rio, das ganadarias, da lezíria, do cavalo e até da pista de Alverca que pode ser utilizada, por exemplo, para a aviação executiva. O nosso calcanhar de Aquiles é a hotelaria mas há já um projeto previsto para ser construído entre o Forte da Casa e Alverca.
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Há um pedido de construção de um novo hotel entre o Forte da Casa e Alverca
38 // reportagem // agosto
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O Turismo do Centro tende a esquecer os pequenos municĂpios. O oeste precisa de se promover melhor
39 pedro folgado
“O IC11 faz muita falta”
Haverá demasiadas entidades envolvidas no turismo nesta região? Temos muito o hábito de ser burocratas. Complicamos o que deve ser simples de resolver. Vila Franca de Xira está no Turismo de Lisboa, Benavente no Ribatejo e Alenquer no Turismo do Centro. Talvez fosse importante haver uniformidade nos critérios e um trabalho conjunto. O turista não se preocupa em que região administrativa está inserido. Quer passear, comer, viver experiências. É claro que ter 100 municípios para promover também é complicado e acabamos por ficar esquecidos.
Sente-se desapoiado? Não digo isso como também não falo do contrário. O Turismo do Centro escolheu alguns ícones marcantes os pequenos municípios ficaram meio de parte. Há muitas alternativas mas o importante é promovermos a nossa região o melhor que sabemos. Temos o mar, a ruralidade, o vinho, o campo, o Montejunto, a serra da Ota, podemos criar inúmeros produtos cativantes e estamos a trilhar esse caminho. A cordoniz, os doces regionais, desportos radicais, as quintas que já acolhem um bom número de eventos, entre outros.
Quais as maiores dificuldades? As acessibilidades. Falta criar um corredor na zona oeste que permita a circulação entre o litoral e o nosso concelho. A EN9 é incapaz de responder à procura, já que dificulta a passagem de grandes veículos. Faz falta o IC11, que nunca saiu do papel e nem há planos para a construção.
E um hotel na antiga fábrica da tecelagem? Há interessados. O que nos dizem é que esta região ainda não permite o retorno imediato que estas grandes empresas esperam. O ano passado organizámos o congresso do Espírito Santo e tivemos que alojar os convidados em hotéis de Lisboa.
podem esperar pela próxima década. E há já quem aproveite para arregaçar mangas. Na região surgem negócios empenhados em trazer turistas de Lisboa, como é o caso do restaurante 150 Gramas, o Casaleiro’s, e outros, que procuram o potencial turísticos de Lisboa. A "Our Land Tours", sedeada em Arruda dos Vinhos, propõe uma rota por algumas das quintas vinícolas da região e há diversas casas que possibilitam a visita das suas instalações (ver edição edição 8 de maio de 2017). Maria Miguel, responsável pela empresa, reconhece que "a procura é cada vez maior" e que este é um território com "possibilidades infinitas". Um dos setores pouco ou nada explorado são os desportos de voo livre, como revela o presidente do município arrudense. "Por causa dos nossos declives, encostas, vales e pro-
O novo museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisção, em Alenquer
ximidade com o mar, é possível praticar parapente, asadelta, entre outras atividades. Não a grandes a altitudes, por causa da proximidade com o aeroporto, mas a um nível mais baixo, para o ensino ou batismos de voo, esta é uma região perfeita". André Rijo confidencia que tem conhecimento de empresas que se deslocam de outros locais, "como Sintra e Cascais", que ali encontram boas condições para a prática do desporto. "As possibilidades são imensas. Só a nossa gastronomia tem um valor incalculável. Temos ótimos pratos, ótimo serviço, restaurantes de primeira qualidade", elogia o autarca. No entanto, a concorrência é atroz. Numa era onde as redes sociais comandam a vida, onde a informação fluiu à velocidade da luz e onde é cada vez mais difícil acompanhar toda a informação,
40 // reportagem // agosto é importante valorizar a qualidade. "Só com a certificação se consegue ficar no topo das preferências", defende Ceia da Silva. Nesse sentido, a ERTAR deverá criar, em breve, um guia de restaurantes certificados da lezíria; pretende registar o fandango como património cultural e imaterial, e lançou um concurso para novas ideias de desenho e imagem para a nova estética da marca Ribatejo. "Queremos renovar toda a imagem e criar qualidade nos nossos produtos. Só assim podemos atrair mais visitantes". É notório o trabalho nas diferentes autarquias. Vila Franca de Xira quer criar um longo corredor pedonal desde a Castanheira até Loures e, depois, até Lisboa; Arruda quer expor os seus vinhos no mercado da Ribeira, em Lisboa; Alenquer abriu um novo museu e juntou-se ao Cadaval para me-
Arruda dos Vinhos quer afirmar-se como um concelho bom para viver
lhor aproveitar as pontencialidades da serra do Montejunto; a falcoaria, em Salvaterra de Magos, ganhou o título de património cultural e imaterial da humanidade; no Cartaxo vai abrir hotel vínico; e Azambuja quer transformar Aveiras de Cima num museu vivo do vinho. As ideias fluem e concretizam-se mas, como lembra Ceia da Silva, "serão necessárias décadas para que uma marca se firme. Mas o caminho é este". Ao longo do mês de agosto iremos publicar excertos das entrevistas e reportagens sobre estas regiões no facebook da gira
Nota: O Turismo do Centro, a Câmara de Azambuja e a Câmara de Benvente foram contactados para esta reportagem mas não responderam a tempo
andré rijo
“Prefiro ver o copo meio cheio” O que está a ser feito para promover o turismo? Vamos apresentar a candidatura das tertúlias móveis a património cultural e imaterial de Portugal; lançámos a APP "Descobrir Arruda" que disponibiliza toda a informação turística do concelho; estamos a preparar uma outra aplicação, "Arruda Base", com um jovem daqui, que está a desenvolver um projeto tridimensional de Arruda no século XIX; queremos promover o sítio arqueológico do Castelo, na localidade de Arranhó, que poderá ser uma espécie de Conímbriga; sabemos que há escolas de voo livre interessadas em explorar o nosso "vale encantado"; e estamos a trabalhar com a Câmara Municipal de Lisboa para promover os nossos produtos endógenos na capital.
Arruda faz parte do Turismo do Centro. O trabalho que estava a ser feito com a CIM Oeste era muito bom e, claro, que, passando de um grupo de 12 municípios, para um conjunto de 100, acabamos por nos sentir diluídos e com menos autonomia. Há que tirar partido das vantagens. Ir lá fora, por exemplo, é melhor quando vamos apoiados por uma estrutura maior. E a equipa atual do Turismo do Centro tem feito bem o seu trabalho. Eu prefiro ver o copo meio cheio em vez de meio vazio.
É possível tirar partido da proximidade com Lisboa? Já o estamos a fazer. Ainda há pouco tempo estivemos na rua Augusta com um stand e estamos a trabalhar com a autarquia para ter um espaço fixo, que será no mercado da Ribeira, onde os nossos vinhos estarão expostos. Mas há um longo caminho a percorrer nesta área. É inconcebível, por exemplo, que se vá a um restaurante na capital e os vinhos da região não façam parte de muitas ementas. Já enviámos, inclusive, uma carta à ARESP. Isso terá que mudar.
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É inconvebível que os restaurantes na capital não promovam os vinhos de Lisboa
42 // saúde // agosto
O fim da era do “Dói? Tira!” conselho
Andreia Hortênsio*
Antigamente, quando o paciente se dirigia ao consultório dentário com dor num dente, o tratamento passava, maioritariamente, pela sua extração. Presentemente assistimos a uma mudança de paradigma, uma vez que se sabe que nada substitui melhor os nossos dentes do que eles próprios. O dente é composto por vasos sanguíneos e feixes nervosos, a polpa dentária, mais vulgarmente conhecida por nervo, que fazem com que o mesmo esteja ligado ao nosso corpo e que nos faça sentir, por exemplo, a conhecida sensibilidade. Devido à cárie, trauma ou fratura, a polpa pode sofrer alterações irreversíveis, pondo em causa a vitalidade do dente. Os sintomas que normalmente estão associados a esse fenómeno são a dor espontânea, sensibilidade exacerbada ao frio e/ou ao quente, presença de abcesso, que pode surgir associado a uma bolha na gengiva, mais conhecida por
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O dente nunca está imune a novas cáries
fístula. N'A Clínica do Dr. Pedro Mota, eu, Andreia Hortênsio, sou a médica dentista responsável pela área da endodontia, o ramo da medicina dentária que concerne os tratamentos à polpa dentária. A consulta de endodontia passa pela remoção do tecido pulpar, a desinfecção e obturação desses canais que existem na raiz do dente. Normalmente, devido à complexidade deste tratamento, podem ser necessárias mais do que uma consulta para se proceder à correcta desvitalização do mesmo. No final do tratamento é esperado que a pessoa deixe de sentir dor,
43 psicologia
Os filhos do meio Guida Alves*
uma vez que o dente deixa de estar ligado ao nosso corpo, continuando, no entanto, a exercer as suas funções mastigatórias e/ou estéticas, desde que devidamente restaurado através de uma coroa, inscrustação (restauração realizada em laboratório) ou restauração directa. Apesar do objectivo ser o tratamento durar uma vida inteira, o dente não fica imune a novas cáries. Assim, é necessário realizar consultas periódicas para se avaliar a integridade da endodontia bem como da restauração.
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Clínica Dr. Pedro Mota Praceta Jornal Vida Ribatejana, 7 VILA FRANCA DE XIRA T: 263 271 845 * médica dentista
Os filhos têm personalidades diferentes e formas de estar diversas. Não há dois filhos iguais, mesmo que pensemos que o modo de educação foi idêntico. Em parte, deve-se aos próprios progenitores que, quando os acolhem nas suas vidas, deixam refletir para os seus filhos as suas próprias vivências até ao momento em que os acolhem e a que ocorre durante o seu crescimento, alegrias, tristezas, ganhos, perdas etc. O primeiro filho, quando programado pelo casal, é vivido com muita intensidade pelo facto de ser tudo novo, de se viver um sonho sem ter conhecimento da verdadeira revolução (mesmo que muito positiva), que uma criança traz para a vida do casal, tornando-os pais de “primeira viagem”. O primeiro será sempre o primeiro a chegar às ambições dos pais, à escola, as atividades, ele será o pioneiro nesta caminhada até à idade adulta. Existem teorias que referem que os filhos mais velhos começam por poder provar o seu valor mais cedo, enquanto ainda não existe qualquer competição familiar. A chegada do segundo filho alivia a pressão sobre o primeiro, relativamente ao foco da exclusividade, não deixando os pais de ser mais restritos com o primogénito. Geralmente os adultos esperam do mais velho uma maior responsabilidade e tendem a trabalhar na aceitação da chegada do irmão, o que nem sempre se torna tarefa fácil quando o filho único passa a ter de dividir atenções e a aceitar a imaturidade do seu irmão mais novo. O irmão do meio, de acordo com Katrin Schumann, o autor do livro "O Poder Secreto dos Filhos do Meio", são tendencialmente mais felizes porque não sentem a pressão de serem perfeitos nem têm uma expetativa constante de atenção, como têm os mais novos. A mesma autora mostra que os filhos do meio podem se tornar os mais brilhantes membros da família. Exemplos disso : Tony Blair, Bill Gates, William Dell, Nelson Mandela, Martin Luther King, Princesa Diana, Julia Roberts, Madona e Abraham Lincoln. Mais de metade dos presidentes dos EUA eram filhos dos meio. Contudo, existem outras teorias que contradizem esta em que o chamado Síndrome do Filho do Meio ou Filho Sanduíche acontece em famílias com três ou mais descendentes e é caraterizada tanto pela pouca atenção dos pais em relação a estas crianças, quanto pelo sentimento que os filhos do meio desenvolvem por se sentirem “menos importantes” que os seus irmãos. Seja como for, as teorias existem baseadas em vários estudos, mas o mais importante é que independentemente de sermos filhos do meio ou não, o que importa é que os pais estejam disponíveis para os amar incondicionalmente. O afeto não é tudo, mas é quase tudo. *psicóloga clínica
44 // saúde // agosto conselho
Alergia é diferente de intolerância alimentar Paula Martins*
As alergias e intolerâncias alimentares estão a aumentar, sobretudo em idade pediátrica. Em Portugal, mais de cinco por centro dos jovens sofre com este problema. Os alimentos processados, a poluição, entre outros problemas, podem ser as causas. Há que estar bem informado. Alergias ou intolerâncias alimentares. Muitas vezes confundimos estes dois tipos de reações adversas que o organismo apresenta quando em contacto com determinado alimento. No entanto, são dois termos muito diferentes. Por alergia alimentar entende-se uma reação do foro imunológico, que pode surgir após o consumo, contacto ou até proximidade de um ou mais alimentos. Já quando falamos da intolerância alimentar, referimo-nos a uma resposta adversa do organismo pelo consumo de determinado alimento, normalmente com alterações ao nível gastro intestinal ou outros. Como é possível perceber, a gravidade de uma ou de outra situação são diferentes, uma vez que, no caso de alergia, uma pequena quantidade de alimento pode provocar uma crise de urticária, inchaço, prurido cutâneo entre outros sintomas, dos quais o mais grave será uma dificuldade respiratória resultado do edema da glote, que pode ser fatal em pouco tempo. No caso das intolerâncias, o
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aparecimento dos sintomas está associado à dose ingerida, ou seja, o indivíduo pode tolerar o alimento até determinada quantidade. Estes sintomas, vulgarmente associados a episódios de cólicas, flatulência e inchaço abdominal, mas também dores de cabeça e mau estar geral, ocorrem de forma gradual, podendo surgir até vários dias após o consumo do alimento em questão. Os alimentos mais alergénios são o leite de vaca (proteína do leite de vaca), o glúten, o ovo, os crustáceos, o peixe e a soja. Sendo que há conhecimento de alergias aos mais diversos alimentos. No entanto, em ambas as sutuações está associado um alimento a uma reação adversa específica. Daí, os portadores deste tipo de sintematologia devem evitar total ou parcialmente (dependendo se é intolerância ou alergia e o seu grau) o alimento em causa. A restante população não terá nenhum benefício em praticar este tipo
É essencial que o tipo de alimentação de cada um seja perfeitamente adaptado à sua saúde
45 conselho
Cuidado com as picadas Sónia Teles*
de exclusão alimentar. Atualmente, é comum depararmonos com grupos de pessoas que retiram da sua alimentação o gluten, a lactose e outros, sem patologia associada. O risco pode estar no facto destes alimentos terem na sua composição outros nutrientes importantes que estes indivíduos deixam de consumir, criando carências que podem ter consequências graves. Portanto, é essencial que o tipo de alimentação de cada um seja perfeitamente adaptado à sua saúde.
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nutrisaber.com paulacfmartins@gmail.com *nutricionista
Os dias quentes, embora agradáveis, trazem alguns incómodos. Na nossa região enfrentamos, todos os anos, problemas com os insetos. A proximidade do rio, dos jardins ou dos campos de cultivo de arroz são fatores desencadeantes para o aparecimento dos mosquitos já que estes insetos necessitam de meio aquático para o seu desenvolvimento. Embora, em Portugal, não haja conhecimento de transmissão de doenças graves através da picada do mosquito, esta situação é muito desconfortável. A picada de mosquito provoca muito prurido e, principalmente nas crianças, pode provocar reações muito inflamadas. O tratamento da picada passa pela utilização de anti-histamínico e antipruriginoso tópico, podendo também ser necessário a toma de anti-histamínico oral. Em casos mais graves, pode ser necessário recorrer ao médico para a toma de corticosteroides ou mesmo antibióticos. Para evitar estas ocorrências temos ao nosso dispor algumas soluções preventivas. As substâncias mais eficazes que podem ser usadas como repelentes são o IR3535, um ingrediente ativo derivado de substâncias naturais, e a N,N-dietil-m-toluamida (DEET). A duração da proteção conferida é diretamente proporcional à concentração de repelente que o produto possuí. Os repelentes podem ser encontrados em forma de spray, loção, roll-on, pulseiras ou clips. O problema é que estas substâncias não são seguras para utilização em bebés e crianças. Assim, nesses casos, há que optar por outras substâncias mais seguras, embora menos eficazes, como o citrodiol, a icaridina ou óleos essenciais de plantas como a citronela ou o alecrim. Os repelentes para crianças existem nas mesmas apresentações que os repelentes para adultos. No entanto, nenhuma destas substâncias é segura para bebés até aos seis meses de idade devido à fragilidade da sua pele. Nestes casos pode-se adquirir redes mosquiteiras, que são muito eficazes, ou acessórios como pastilhas repelentes que se podem colocar no berço ou no carrinho. Deste modo previne-se as picadas com toda a segurança. Tenha um verão seguro! *farmacêutica
46 // animais // agosto
Os animais também precisam de férias Daniel Gonçalves*
Chegaram as férias para milhares de portugueses. Outros já as tiveram. Outros ainda irão tê-las nos próximos tempos. Por estas alturas, surge uma razia de animais abandonados. Um crime que já público e que deve ser denunciado. Mas há cada vez mais cidadãos conscientes que encontram soluções para o seu melhor amigo. Os hotéis para cães e gatos são uma boa opção e a oferta é cada vez maior. Ainda bem! E perante tanta escolha, importa selecionar o melhor. Por isso, há que ter em mente algumas regras básicas. Primeiro, claro, deve fazer uma boa pesquisa na internet e procurar o máximo de informação disponível. É inútil fazer uma visita ao local se, logo à partida, existirem condicionantes que dificultam a sua opção. O primeiro entrave, claro, é o preço. O mais barato pode-se revelar caro depois. Faça uma análise qualidade versus preços e serviços disponíveis: têm animação? Quantos técnicos estão no local? Qual o tamanho das instalações? Que entretenimento disponibilizam? Como funciona a vigilância? Têm apoio veterinário? Quantos animais costumam ter? Estão abertos há quanto tempo? Estão nas redes sociais? Após uma primeira análise, é crucial que visite o espaço antes de tomar a decisão final. No local, confirme as informações que recolheu, as condições higieno-sanitárias; o estado dos cães que já lá estão hospedados; as licenças de autorização de funcionamento; entre outros pormenores. Como vê, tudo isto requer tempo. Mas
são passos que são necessários tomar. O preço não pode ser o único fator. Outros detalhes importantes: a existência de sombra, teto, proteção do sol e do calor; a capacidade de ventilação e de arejamento; o tamanho dos espaços para que os cães ou os gatos possam brincar e se exercitar; o número de vezes que os levam a passear; o tipo de paredes e de chão, fácil de lavar, para que seja fácil a limpeza e assim se evite o contágio de doenças e pragas. Todos os pet hotels devem permitir que deixe algo pessoal com o seu animal, com que ele possa matar saudades do dono: um brinquedo, um objeto, a sua comida preferida, por exemplo. Da sua parte, deixe sempre a caderneta de vacinação e mais do que um contacto, se possível de alguém que esteja perto do hotel. Os responsáveis do estabelecimento precisam de o maior número de informação possível para poderem analisar o que fazer com o animal. Desconfie se não solicitarem dados ou pormenores como alergias. Se o hotel for bom, o seu cão, ou gato, ou hamster, ou outro adapta-se a ele, no máximo, em dois dias. Depois, é só ir de férias e aproveitar o seu descanso merecido. Boas férias!
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Rua do Tejo, 18, loja A (junto aos bombeiros) PÓVOA DE SANTA IRIA
T: 219 561 814
especialista em animais*
Bem vindo! Está a ver o logótipo ao lado? Já o viu
por aí, certo? Estamos por cá há algum
tempo. Temos a nossa própria marca de produRua do Tejo, 18 loja A PÓVOA DE SANTA IRIA
219 561 814
(junto aos bombeiros) segunda a sábado 9h às 20h lojakoala@sapo.pt
tos, clientes fiéis e recebemos toda a gente de
braços abertos. É claro que ouviu falar de nós. Somos o Koala, claro!
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