gira #13 outubro 2017

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gira

Atualidade dos concelhos de Vila Franca | Arruda | Alenquer | Azambuja | Salvaterra | Benavente diretor António Dias | revistagira.com | €1 | assinatura anual €24 número 13 | mensal | outubro de 2017

revista

esta terra é gira

bilhetes e descontos

VÊ NO INTERIOR loja mood final recordatores lisboa design show intercasa

recortadores

Gente de coragem

A 7 de outubro decorre, na praça de toiros de Vila Franca de Xira, a final do circuito nacional de recortadores. Falámos com alguns destes valentes que enfrentam o animal qual luta entre David e Golias.

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reportagem: MONARQUIA VS REPÚBLICA passeio: O TEJO ESTÁ CHEIO DO VIDA




A sessões fotográficas A tua loja, a tua biografia, o aniversário de alguém especial, um evento único ou uma reportagem à séria. Tu contas, nós gravamos. Memórias eternas.

h cobertura vídeo

B livros e brochuras

CAPTA O MOMENTO

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gira

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12 moda O outono já chegou!

número 13 outubro 2017

propriedade: António Manuel Domingues Dias NIF: 216 680 611 diretor e editor: António Dias assessoria: Ana Paula Vieira colaboradores: David Fernandes Silva (estórias), Maria Martins (moda), Paula Martins (nutrição), Cláudia Berto Marques (leis), Sónia Teles (farmácia), Guida Alves (psicologia), Daniel Gonçalves (pets) e Joana Beirolas (dentisteria) publicidade: revista gira: 243 761 130 | 968 236 531 Voz Ribatejana Lda. sede do editor: rua doutor Manuel Branco, nº30 2005-388 Vale de Santarém telefone: T: 968 236 531 redação: rua doutor Manuel Branco, 30, Vale de Santarém web: www.revistagira.com mail: revistagira@revistagira.com facebook: /revistagira impressão: soartes/Carregado tiragem: 5.000 exemplares depósito legal: 415958/16 número registo na ERC: 126901

foto de capa © António Dias Para aparecer na capa da gira ou no interior contacte 968 236 531 ou revistagira@revistagira.com. Fotografia, filmagens, reportagens giras. Empresariais ou pessoais. As nossas produções são giras!

© outubro de 2017 Todas as imagens e textos desta publicação são propriedade da revista gira. É interdita a cópia ou a utilização de qualquer conteúdo sem a devida autorização do proprietário. O estatuto editorial da revista gira está disponível no sítio www.revistagira.com

E as lojas da região têm novidades lindas!

18 agenda Nuno Casquinha O matador de toiros vilafranquense regressa à Palha Blanco

24 entrevista Recortadores Ricardo Catita, Alexandre Carolino, Manuel Francisco e Vítor Rebelo preparam-se para as acrobacias

28 reportagem Monarquia 2.0 A monarquia continua viva

32 reportagem Autárquicas Segunda parte de um especial eleitoral

36 passeio O Tejo precisa de ti Sugestão de passeio imperdível

COLUNISTAS SECÇÕES David Fernandes Silva:6 Maria Martins: 13 Paula Martins: 40 Joana Beirolas: 42 Sónia Teles: 43 Cláudia Berto Marques: 44 Daniel Alves: 46

efemérides: 7 notícias: 8 diretório: 15 editorial: 21 alimentação: 40 saúde: 42 pets: 46


6 // curiosidades // outubro

E o Brasil aqui ao lado história

David Fernandes Silva*

Independentemente de outras questões de maior consciência política, as monarquias exercem culturalmente um fascínio, por via de um certo ‘glamour’ e estética que aportam consigo. Isto porque, apesar de tudo, as eventuais “histórias dos filhos dos presidentes da república”, não rebateram ainda as “histórias de príncipes e princesas”. Questões de dicotomia república-monarquia aparte, a verdade é que temos 800 anos de História em monarquia e apenas 100 em república. A esse propósito, perguntavam-me, há dias, onde ficariam os reis, nas suas permanências em Vila Franca de Xira. Dependerá das épocas, mas convém perceber que os reis eram mais “simples” e menos “esquisitos” com os locais onde ficavam do que nós, quando temos ficar num qualquer hotel ou alojamento. Mas como “recebemos bem”, gostamos de dar o melhor. Em Vila Franca, os reis teriam provavelmente um pequeno paço mas, em muitas épocas, ficariam em casa de algum nobre mais abastado, que aproveitaria para se “roçar na realeza”. Um desses casos é, para os finais do século XVI, a “Quinta de Tomé de Sousa” onde pernoitou D. João III, em Outubro de 1551, recebido por Dona Maria da Costa, esposa de Tomé de Sousa, ou D. Sebastião, em Novembro de 1577. Este anfitrião é particularmente importante, pois é uma grande personagem da História do

Brasil. Tomé de Sousa (1503-1579), depois de uma notável carreira militar e política, foi o primeiro governador do Brasil (15491553), onde se destacou pela sua capacidade em conjugar diversos interesses, origens e culturas, de tal ordem que D. João III o fez vedor da sua Casa e comendador, na Ordem de Cristo, por exemplo, de Arruda. Já velho “retirou-se a viver na sua quinta, onde honrada, e filosoficamente viveu”. Foi ele que fundou a primeira cidade brasileira: Salvador; que sistematizou o primeiro sistema político e administrativo do Brasil, quer central, quer municipal; que promoveu a primeira indústria e agricultura brasileira; e que trouxe os primeiros padres jesuítas, procurando que sempre que possível se integrassem, na liturgia, tradições locais (para facilitar a aproximação e facilitar a adesão pacifica à fé). Tomé de Sousa jaz no Convento de Santo António, dito da Castanheira, na Loja Nova (V. F. Xira). Há muitos anos que o Brasil tenta transladar o seu corpo para o Brasil, como um dos primeiros heróis da história brasileira. Neste ano em que se comemoram 195 anos da independência do Brasil, talvez valha a pena recordar “este Brasil aqui tão perto”, que sabia, no tempo de “príncipes e princesas”, receber reis e ter feito crescer aquele país-irmão.

*estoriador

o autor escreve conforme a antiga grafia


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29.out.1856

O comboio passa pela primeira vez no concelho de Vila Franca de Xira, uma vez que é aberta ao público a linha entre Santa Apolónia e Carregado.

8.out.1932

São fundados, em Vila Franca, o Grupo de Forcados Amadores de Vila Franca de Xira. Completa este ano 85 anos

5.out.1947

É criada, em Alverca, a União Columbófila. Completa, este ano, 70 anos.

11.out.1933

O pelourinho de Povos (VFX), de estilo manuelino, é classificado como monumento nacional. Antes disso, o único monumento nacional era o pelourinho de Vila Franca de Xira.

24.out.1855

São suprimidos os concelhos de Alhandra e Alverca e anexados ao concelho de Vila Franca de Xira.


8 // notícias // outubro

campanha

Adota-me

A Câmara Municipal de Benavente tem uma campanha de adoção de cães. Com um canil a abarrotar e meios escassos, a autarquia gostaria de entregar muitos destes animais a alguém disponível para dar afeto e carinho. Se gostas de animais e tens condições físicas para ter um cão em casa, passa pelo canil municipal de Benavente. A adoção realiza-se sempre na presença de um médico veterinário e o teu novo amigo será entregue já desparasitado, vacinado e com sistema de identificação eletrónica. Terá também que assinar um termo de responsabilidade.

inovação

promessa

Local “mais digno” para monumento no futuro

O monumento aos combatentes terá um local “mais digno” após as obras de melhoramento do largo 5 de outubro. A promessa foi feita a 9 de setembro pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Alberto Mesquita reconhece que o espaço onde está a estrutura sempre foi provisória e que será encontrado um local mais adequado após as obras que estão previstas para aquele espaço. De recordar que o núcleo vilafranquense da Liga dos Combatentes Portugueses faz um “extenso trabalho de apoio aos antigos soldados e famílias que sofrem de problemas físicos e psicológicos.

Guloso biológico

A marca portuguesa acaba de lançar uma nova gama de produtos com tomate sem glúten, sem lactose, sem conservantes, nem aditivos. Colhidos nas bonitas planícies do Ribatejo, este fruto que alimenta uma economia cada vez mais pujante vai assim ao encontro do consumidor que procura a qualidade e a sustentabilidade ambientalmente. Visita a página de facebook da Guloso para conheceres as mil e uma receitas que podes confecionar com o tomate da tua terra.


9 construção

Nova fábrica instala-se em Arruda dos Vinhos

A Balestrand Pharma já começou a construção de uma unidade fabril em Arruda dos Vinhos. Esta fábrica irá desenvolver medicamentos e dispositivos médicos inovadores em áreas terapêuticas com necessidades médicas por preencher, contribuindo assim para a melhoria dos indicadores de saúde e geração de valor para a sociedade. Esta empresa luso-brasileira conta com o apoio de fundos comunitários no âmbito do Compete 2020/Portugal 2020. Está prevista a criação de 17 novos postos de trabalho, sobretudo qualificados, num investimento total de cerca de três milhões de euros. O início da laboração está marcada para 2019.

nersant

Encontro de negócios no Ribatejo

Tomar recebe de 23 a 25 de outubro o encontro internacional de negócios do Ribatejo. Este evento acontece anualmente desde 2012 e tem vindo a ganhar escala, quer através do número de empresas da região e do país presentes, quer pelo interesse dos países estrangeiros participantes. A iniciativa é da Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT) que pretende promover as exportações de produtos e serviços das empresas ribatejanas. Em 2016, estiveram presentes 26 delegações internacionais e para este ano há novas inscrições, como Taiwan, Ucrânia e Panamá que irão estar pela primeira vez no evento. O programa é dominado por reuniões com empresas de acordo com o perfil de cada entidade. No último dia estão planeada visitas a empresas da região. Para participar no NERSANT Business é necessário o registo e a inscrição que devem ser feitos no sítio business.nersant.pt.

inscrições

Estudar depois dos 65

Quem disse que a vida acaba na reforma? Há cada vez mais iniciativas para ocupar os tempos livres daqueles que se encontram na chamada “terceira idade”. Com os cuidados de saúde e a qualidade de vida a aumentar, o período de tempo disponível é cada vez maior e as universidades séniores são uma das opções para quem quer utilizar o seu tempo de forma lúdica e também educativa. Há música, aulas de línguas, disciplinas como História, artes manuais, entre outras possibilidades. O período de inscrições está quase a terminar. Para a Universidade da Terceira Idade de Azambuja é até 6 de outubro (t: 263 400 471) e para a Universidade Sénior de Vila Franca de Xira as matrículas intercalares vão de 2 a 16 de outubro (t: 219 533 050). estas e outras notícias regionais no facebook da gira e em www.revistagira.com


10 // notícias // outubro

protesto

“Só acredito quando as obras começarem”

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira garante que é desta. José Vieira torce o nariz. “Há que lembrar que não é da responsabilidade da autarquia fazer obras na escola. No entanto, já temos promessas feitas diversas vezes e nunca concretizadas suficientes para duvidar de tudo”. O presidente da Associação de Pais de Vialonga está há dez anos a reclamar por obras na básica 2, 3 de Vialonga. A instiuição de ensino acolhe 1200 alunos “embora tenha sido construída para 600 estudantes. O sistema elétrico não permite aquecedores no inverno e houve alturas em que nalgumas salas estavam 4ºC. No verão, é o extremo oposto”, garante. “Este será mais um ano letivo à chuva no recreio e com salas onde entra água. Inconcebível”, desabafa. Os problemas são do conhecimento das autoridades. “Já houve vários projetos previstos e foram mesmo instalados contentores provisórios para instalar os jovens enquanto decorreriam os trabalhos. Até hoje nada. Esta era uma das escolas que fazia parte da rede de escolas a recuperar pela Parque Escolar. Só que veio a crise e ficou tudo no papel”, lamenta o encarregado de educação. O presidente do município reconhece o drama e numa recente entrevista à gira defendeu a Educação como um dos primados do seu mandato. “Já avançámos com diversas obras no concelho e a escola de Vialonga é uma das nossas prioridades”, assegura Alberto Mesquita. A autarquia assinou em setembro um acordo de cooperação para a elaboração de um projeto. “Temo que seja mais do mesmo. O documento não fala de prazos ou de verbas. É só uma pintura? É construir uma nova?”, questiona José Vieira. “É que o problema é demasiado complexo. “Os nossos alunos precisam de um espaço para o desporto e de salas próprias para a música. Ambas as disciplinas são ministradas noutras instalações fora do perímetro da escola. E precisamos de uma secundária. Por isso, a única solução é um novo edifício de raíz capaz de acolher todas estas valências”. José Vieira congratula-se com as promessas da autarquia mas com um sorriso encolhe os ombros. “Só acredito quando as obras começarem”.

manifestação

“O Tejo precisa de decisões”

Paulo Constantino espera milhares de pessoas na próxima manifestação a favor de um Tejo limpo. “Queremos pressionar o governo para que atua com celeridade na prevenção da poluição no rio. A situação é cada vez mais grave”, alerta o porta voz do movimento Pró-Tejo. “Devido ao uso intensivo de fertilizantes em Espanha, estão a surgir algas nas zonas de menor caudal que sugam o óxigénio da água e matam toda a vida fluvial”, queixase o responsável. Ao longo de todo o curso têm surgido peixes mortos, inclusive em Alhandra. “O período de seca que estamos a atravessar e a menor quantidade de água libertada na fronteira complicam a situação”. A 14 de outubro, às 15h, está marcado um protesto em frente ao Ministério da Educação. “Queremos ser ouvidos. O Tejo precisa de decisões urgentes”.


11 vitória

Ourivárzea ganha prémio A Ourivárzea é uma das duas vencedoras do Prémio Intermarché Produção Nacional na categoria “produção primária”. A empresa ribatejana que produz arroz na lezíria e comercializa a marca Bom Sucesso terá assim um ano de escoamento garantido e promoção em meios de comunicaçao social. O Prémio Intermarché Produção Nacional pretende valorizar e promover a produção nacional e sensibilizar a sociedade para a importância do sector primário português. A outra vencedora foi a Pepe Aromas, que produz figos da índia, em Évora. reconhecimento

Verso Move é a escolha dos profissionais

A Verso Move foi distinguida com o prémio “Escolha dos Profissionais 2017” obtendo a melhor nota de satisfação e intenção de compra na categoria "Transformação de Veículos". A empresa sedeada no Cartaxo é pioneira na conversão de carroçarias de veículos para o transporte de cavalos e para street food. A produção começou há sete anos e a maioria segue para o estrangeiro. Além de inovadora, a marca cartaxense tem contribuído para a revolução no mercado de street food que rejuvenesceu desde o aparecimento da Verso Move.

vitória

Tauromaquia mais perto de ser património nacional

A tauromaquia poderá vir a ser considerada património cultural de Portugal. A ideia foi apresentada no primeiro orçamento participativo nacional e conseguiu o terceiro lugar nesta iniciativa governamental que pretende dar aos cidadãos a possibilidade de escolher projetos onde se deve investir dinheiro dos contribuintes. Foi a primeira vez que isto aconteceu. Foram apresentadas 600 propostas que poderiam receber cerca três milhões de euros. "Tauromaquia, Património Cultural de Portugal" irá receber 200 mil euros. Luís Capucha, conhecido sociólogo e professor universitário vilafranquense (na foto) congratula-se com esta vitória e espera que isto possa ajudar a preservar esta que considera ser uma “importante tradição nacional”. O projeto conseguiu cerca de seis mil votos, menos 2300 que a “Rede de Ludotecas” que, no entanto, se insere no âmbito regional onde foram escolhidos 36 projetos. No âmbito nacional, existiam duas vagas e “Cultura Para Todos”, que propõe a doação de livros em boas condições a bibliotecas públicas, em troca de um vale para comprar um livro e um cheque-cultura aos jovens com menos 18 anos, arrecadou o primeiro posto. Todos os projetos ao detalhe no sítio opp.gov.pt. gabinete

Apoio à vítima migrante

A Associação de Apoio à Vítima já tem em funcionamento uma unidade de apoio à vítima migrante em Vila Franca de Xira. “O objetivo é ajudar cidadãos imigrantes e refugiados que tenham sido vítimas de qualquer tipo de crime ou violência”, esclarece Juliana Moya, responsável pelo gabinete. “Prestamos apoio jurídico, psicológico e social, especializado, gratuito e confidencial”, assegura. A advogada revela que esta é uma região onde existem muitas queixas, sobretudo de “problemas domésticos e chantagem no local de trabalho. Por isso, sentimos a necessidade de estar próximos dos nossos utentes”. O espaço fica rua Noel Perdigão. Mais info: 263 096 657.


12 // moda // outubro

#outonocomcor

O outono chegou e há novidades quentes e boas. Visite-nos e conheças as tendências da estação.

#emeboheme MARCAS éMe bohèMe moda e acessórios: Maïttè, Tendências, Nekane, Karamel, ML, Rüga, Ferrache, Beneditas, Bastta calçado: Cubanas, Ruika, Xuz aromas: Castelbel, Boles d’Olor, Lothantique, Mathilde M., Yankee Candle, gourmet: In Tube, Kusmi Tea ‘

eMe boheMe

CONTACTOS ALVERCA | Avª Capitão Meleças, 56 LISBOA | Estrada da Luz, 148C Tlf. 918 771 434 Segunda a sexta 10:00 - 19:00 Sábados 10:00 - 17:00 Abertos ao almoço

modelo: Maria Martins produção: Maria Martins fotografia: Ana Paula Vieira


13 a moda ĂŠ isto!!!

Como arrastar o clima de verĂŁo

loja online | www.emeboheme.pt

Maria Martins*

#fall2017

Chegou o outono e apesar da magia desta estação, quer pelo cheirinho das castanhas assadas, quer pelos chocolates quentes, nĂŁo ĂŠ fĂĄcil dizer adeus ao verĂŁo e aos dias de sol! Ora bem, como se podem adaptar as peças de verĂŁo aos looks de outono? Usem e abusem das blusas ou camisas de manga comprida por baixo dos vestidos ou jumpsuits e, para completar este look, podemos juntar um cardigan ou um blaser e uns botins, que serĂŁo um must have desta estação! Ă€s blusas e ou camisas pode-se ainda juntar lenços ou echarpes de vĂĄrias cores. Pode-se criar tambĂŠm um look outonal adicionando peças em pele, como saias ou calçþes. Assim, o conjunto nĂŁo fica demasiado quente e compĂľe o look. Pode-se tambĂŠm combinar os casacos pretos ou de outras cores escuras, com peças de padrĂľes mais alegres e, deste modo, a parte de cima fica responsĂĄvel pela transição do look verĂŁo para a estação mais fria. Outra forma de conjugar ĂŠ quando nos focamos na textura do material em vez da cor, isto ĂŠ, sobrepor um casaco mais volumoso (veludo, camurça ou cabedal), em peças de verĂŁo, como seja, um vestido, saia, calças de seda ou atĂŠ mesmo as calças de sarja brancas que, apesar de se associarem Ă s estaçþes quentes, ĂŠ perfeitamente possĂ­vel transitĂĄ-las para o outono. Em suma, as roupas leves e suaves do verĂŁo podem ser usadas no outono quando combinadas com peças de agasalho texturadas, para ajudarem a proteger contra o frio. No verĂŁo usamos tons brilhantes e coloridos, no outono optamos por tons mais escuros! AtĂŠ jĂĄ đ&#x;˜Š *fashion adviser & personal shopper


14 // moda // outubro

vestido: El Armário de Lulu sapatos: Dona V

DENNY ROSE

Bem vinda ao outono

O tempo já pede mangas compridas, calçado aconchegante, tecidos cosy e coloridos. Sim, porque o outono não tem que ser cinzento! A Queen Homecontinua a surpreender nas coleções arrojadas adequadas para a mulher moderna e divertida. Visite também no facebook porque há novidades todas as semanas! #aqueenhomeélinda

vestido: Margata sapatos: Bamburi

vestido: H. Preppy sapatos: Dona V

modelo: Mónica Silva produção: Mónica Silva Ana Cristina Marçalo fotografia: Ana Paula Vieira

vestido: El Armário de Lulu sapatos: Dona V

interiors

cloths and acessories

R. José António R. Josué Martins Veríssimo da Silva romão,Loja 4 loja 7, ALVERCA malvarosa Encomendas:

219 574 160 966 257 184

216 010 306 936 963 061


15

vestuário

vila franca

MOOD Moda feminina com as melhores marcas, como G.Sel, Rinascimento, entre outras. Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, 17 segunda a sexta: 9h às 20h sábados: 9h às 18h 263 031 968

ÁRAS Nova loja de vestuário feminino, com um toque de modernidade. Avenida Miguel Bombarda Vila Franca de Xira segunda a sexta: 9h às 20h sábados: 9h às 18h 937 012 474

alverca

éMe bohèMe A mulher boémia, elegante, em harmonia com a natureza. Loja com acessórios, calçado, aromas para casa, gourmet. Caso único de elegância. E agora também com loja em Lisboa, na estrada de Benfica Av. Capitão João Almeida Meleças, 56 211 940 464 918 771 434

QUEEN HOME Marcas de qualidade, exclusivas, que transformam qualquer mulher numa rainha. Rua José António Veríssimo da Silva, loja 7 216 010 306

SILHOUETTE Concept Store com vesturário, calçado e acessórios. Destaque para a marca exclusiva de malas Gabs. Rua do Trabalhador, 6 loja 3 219 593 876 segunda a sábado 10h30 às 19:30

castanheira

ESTILO FIEL As melhores marcas, exclusivas e com uma história única: Lois, Naf Naf, Mike Davis, Rockport, entre tantas outras. Rua Palha Blanco 133C 263 270 131

retrosarias

vila franca

RISCOS PITORESCOS Projeto jovem, com classe, onde tudo é possível, desde que a imaginação o permita. Rua Miguel Esguelha, 6 934 402 228

restaurantes

vila franca

150 GRAMAS Comida eclética, com charme e qualidade pelo chef Pedro Teles e a gestão de Ricardo Leal. Rua Serpa Pinto, 92 12h30 às 15h 19h30 às 23h encerra domingo à noite e segunda-feira

CASALEIRO'S Confeção gourmet, com produtos de primeira qualidade. (antigo Calçada) EN248 Bisau, Cotovios 219 511 864 | 968 458 883 casaleirosrestaurant.pt KOMIKALA Pratos confecionados com gosto caseiro. Centro Comercial da Mina 965 313 700

alhandra

PETISCOS NA MESA Novo espaço com pratos diários diferentes e uma seleção de petiscos suculentos de chorar por mais.

Avenida Sousa Martins T: 219 511 191

VILLA RIO Rua Sousa Martins, 114 Nova imagem e nova decoração para um dos espaços mais emblemáticos da região. Agora também com serviço de almoço. de segunda a sexta: 12h às 24h sábado: 12h às 4h domingo: 12h às 20h encerra à segundasfeiras.

alverca

O CHAFARIZ Restaurante de comida típica portuguesa com gosto a pratos caseiros e ingredientes frescos. Com música ao vivo regularmente. Largo Dr. Jaime Marques Simão, 3 Arcena T: 938 708 980 das 12h às 15h e das 19h às 24h

cafés/bares alverca CHÁARA Pratos saudáveis. Atendimento excelente e espaço acolhedor. Praça engenheiro José Vaz Guedes, 41, Malvarosa T: 219 571 012

decoração

alverca

QUEEN HOME INTERIORS Novo espaço requintado com as melhores marcas nacionais e serviço personalizado de decoração. Com assinatura de Ana Marçalo. Urbanização da Malvarosa T: 966 257 184 T: 216 010 306 queenhome@sapo.pt

saúde vila franca de xira CLÍNICA DR. PEDRO MOTA Espaço renovado para melhor cuidar dos seus dentes Praceta Jornal Vida Ribatejana, 7 Vila Franca de Xira T: 918 280 717

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vila franca

SOHO Av. Combatentes da Grande Guerra, 23 sábados das 22h às 4h

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AMAZING KLUB Rua Polígono das Atividades Económicas 23h às 4h encerra de domingo a quarta.

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STATION Rua general Humberto Delgado, 4 Verdelha do Ruivo

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NP MOTOS Somos uma das melhores empresas de comércio de produtos para veículos motorizados de duas rodas. Temos oficina, boutique e marcas exclusivas como a UM. Av. D. Vicente Afonso Valente, Lt G, Fração E T: 219 522 795 T: 933 763 773 segunda a sexta: 9h às 19h30 sábado: 9h às 13h

Para fazer parte do nosso diretório contacte: revistagira@revistagira.com ou o telefone 968 236 531


Sorri para a vida

urban

casual

chic

Vem espreitar a nova coleção da Mood. Peças para todos os gostos, com os tons da estação, tecidos de qualidade e as tendências de outono que não podes perder. Tudo a preços acessíveis na tua loja preferida modelo: Margarida Luís Paula Grilo Rita Paulino produção: Guida Alves fotografia: Ana Paula Vieira

Avenida Combatentes da G. Guerra, 17, VILA FRANCA DE XIRA, t: 263 031 968 abertos todos os dias até às 20h (sábados até às 14h)


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Parabéns Guida!

a mood celebra o terceiro aniversário em festa e com descontos irresistíveis

Assinala-se a 18 de outubro o terceiro aniversário da tua Mood. A loja de vestuário feminino de Vila Franca de Xira nasceu do génio criativo da Guida Alves com a ajuda do marido Samuel Lima. “Eu tinha tido alguns negócios na área da saúde e como sou psicóloga de profissão achámos que devia aventurar-me num projeto que fosse algo completamente diferente daquilo que faço, numa tentativa de arejar a minha vida”. E é assim que nasce a Mood by Alves Lima. O espaço, decorado com a visão intimista da Fátima Serrador, é clean, moderno e espaçoso. Ali cabem peças de marcas portuguesas e uma seleção das melhores insíginias internacionais, como a Rinascimento ou a Pia Rossini. Agora que começa o outono, é altura de renovar o guarda-roupa e de te prepares para os dias frescos e noites frias que aí vêm. Não queres ser apanhada desprevenida, certo? Vem dar um pulo à Mood e descobre soluções criativas e chiques para vestires nesta estação. E vem celebrar

20% de desconto 16 a 21 de outubro

connosco este aniversário tão especial. De 9 a 14 de outubro temos 20% de desconto em toda a loja! Oportunidade única! E obrigado por nos acompanhares desde o início.

Fica atenta à pagina de facebook da revista gira e da Mood. Iremos publicar um vídeo de promoção e fotos das nossas manequins super profissionais que participaram neste clip. Para ver tudo em www.revistagira.com


18 // agenda // outubro nuno casquinha

“Vai ser um regresso emotivo”

Nuno Casquinha atuou na Palha Blanco em 2014. Regressa a Vila Franca de Xira para atuar na corrida de toiros mista na quinta-feira, 5 de outubro, às 17h. Diretamente do Perú, o toureiro vilafranquense falou à gira sobre as suas expetativas e a sua vida profissional. “A Palha Blanco é uma praça única, sem dúvida. Posso ter percorrido as maiores arenas no mundo e atuar perante milhares de pessoas em Espanha, França ou aqui na América do Sul, mas a praça de Vila Franca de Xira é especial. Foi ali que aprendi muito do que sei hoje. É ali que me sinto em casa, próximo dos meus amigos e da minha família. Por isso, vai ser um regresso emotivo, sem dúvida. E o que posso prometer é uma evolução da minha performance. Tenho ganho experiência a diversos níveis e isso nota-se quando estou a atuar. Gostaria, claro, de estar mais vezes em Portugal. só que o país tem um mercado tauromáquico pequeno. Contudo, esta é uma forma de aprender e de ver reconhecido o meu talento. Foi nas ruas de Vila Franca que comecei a tourear. Aos oito anos fiz a minha estreia na praça de Montemor-o-Novo, frequentei as escolas da Moita, Vila Franca e Madrid. Fiz a minha apresentação em França, na praça de Captieux, a 5 de julho de 2005. Tirei depois a alternativa a 29 de maio de 2011 em Vila Nueva del Fresno perante centenas de vilafranquenses qu me foram apoiar. Algo que nunca esquecerei. Triunfei esse ano no Colete Encarnado e, no ano seguinte, vim para o Perú. Já estive na Europa de novo, mas as condições aqui são boas e pretendo cá ficar mais algum tempo”.

A gira estará presente na feira anual de Vila Franca de Xira e irá acompanhar alguns dos eventos. Segue tudo na página de facebook e no sítio revistagira.com


19

domingo :: 1

VILA FRANCA

workshop

FEIRA DE OUTUBRO Parque Urbano 263 285 600 15h às 2h gratuito Durante 10 dias, Vila Franca de Xira volta a ser sinónimo de grande festa. Este domingo, 1 de outubro, há largada às 10h30.

passeio

CAMINHOS COM HISTÓRIA Vila Franca de Xira 9h 263 285 605 gratuito O Município de Vila Franca de Xira, entidade que organiza estes passeios, pretende promover o bem estar físico e ao mesmo tempo mostrar o rico património histórico e cultural do concelho. O passeio deste domingo passa pelo senhor da Boa Morte, Águas Férreas, centro equestre e convento de Santo António.

feira

ARTE NA RUA Centro Comercial Serra Nova Póvoa de Santa Iria ND 10h às 18 gratuito Mais uma feira de artesanato com bancas de artistas da região com produtos de todo o tipo.

segunda :: 2

VILA FRANCA

debate

terça :: 3

TARDES DE CONVERSA Núcleo Museológico de Alverca 219 570 305 16h gratuito Os heróis do concelho de Vila Franca de Xira é o tema para falar das histórias da grande guerra com Maria Adelaide Cruz (Pós-graduada em Património pelo ISCTE)

anual

VILA FRANCA

anual

FEIRA DE OUTUBRO 263 285 600 15h às 1h gratuito Durante 10 dias, Vila Franca de Xira volta a ser sinónimo de grande festa. Esta segunda-feira, 2 de outubro, há largada às 10h30. VILA FRANCA FEIRA DE OUTUBRO 263 285 600 15h às 1h gratuito Durante 10 dias, Vila Franca de Xira volta a ser sinónimo de grande festa. Esta terça-feira, 3 de outubro, há largada às 10h30 e corrida de toiros a cavalo às 22h.

quarta :: 4

VILA FRANCA

anual

FEIRA DE OUTUBRO 263 285 600 13h às 2h gratuito Esta quarta-feira, 4 de outubro, a feira abre das 13h00 à 2h. O salão do artesanato fecha à 1h. Largada pelas ruas da cidade às 10h30.

quinta :: 5

anual

FEIRA DE OUTUBRO 263 285 600 13h às 1h gratuito Durante 10 dias, Vila Franca de Xira volta a ser sinónimo de grande festa. Esta quinta-feira, 5 de outubro, há largada às 10h30 e corrida de toiros mista às 22h na Palha Blanco.

encontro

FÓRUM AVIAÇÃO ULTRALEVE DGEMFA Alverca 219 589 900 10h gratuito Encontro para discutir os temas que interessam aos apaixonados da aviação ultraleve. AZAMBUJA

gastronomia

PARAÍSABOR

Vale do Paraíso 12h gratuito 12ª Mostra Gastronómica da freguesia de Vale de Paraíso, IV feira do artesanato e festival do torricado, eventos com muita animação musical. Dia 5, Madeira Show às 22h Madeira show. Dia 6, Miguel ZI às 22h30.

sexta :: 6

VILA FRANCA

anual

FEIRA DE OUTUBRO 263 285 600 13h às 2h gratuito Durante 10 dias, Vila Franca de Xira volta a ser sinónimo de grande festa. ALENQUER

música

2º ALÃO JAZZ Alenquer 263 733 304 10h €40 a partir de Workshop de jazz e improvisação com uma jam session dinamizada pelos formadores. A workshop encerrará com um concerto, no auditório Damião de Góis. Até dia 8. VILA FRANCA

dança

ZUMBA AFRICANA Bombeiros da Póvoa de Santa Iria 219 590 032


20 // agenda // outubro 20h30 gratuito Viva ao continente

africano! Nesta aula temática, vamos à base da zumba explorar os vários ritmos africanos. Uma hora que promete muita animação, cor, ritmo, energia e muita, mas muita, dança!

sábado :: 7

VILA FRANCA

anual

FEIRA DE OUTUBRO 263 285 600 13h às 2h gratuito

Durante 10 dias, Vila Franca de Xira volta a ser sinónimo de grande festa. Este sábado, 7 de outubro, há um espetáculo de recortadores às 22h na Palha Blanco. A gira oferece 10 bilhetes na página de facebook. feira FEIRA DE ANTIGUIDADES Rua Almirante Cândido dos Reis 263 285 600 gratuito

Organizada pela Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, esta mostra de antiguidades e artesanato é efetuada todos os primeiros sábados de cada mês.

solidariedade JANTAR SOLIDÁRIO Bombeiros de Vialonga 219 522 786 19h30 €15 Este jantar solidário, pretende angariar fundos para apoiar a construção do novo quartel dos bombeiros voluntários de Vialonga. muitos artista apoiam também esta causa nomeadamente Melão, Nelo Monteiro, José Reza, Ana Rita e muitos mais. Actuam após o jantar, cerca das 22h.

domingo :: 8

VILA FRANCA

anual

FEIRA DE OUTUBRO 263 285 600 13h às 2h gratuito

Último dia da feira anual.

ARRUDA desporto

ARRUDA TRAIL RUN Adega Cooperativa de Arruda 263 975 125 8h30 €ND O Turres Trail Clube realiza um

evento com três distâncias 25 Km + 15 K e um mini trail e caminhada de 12 km. O evento pretende promover o concelho de Arruda dos Vinhos e dar a conhecer as excelentes condições para a prática do trail run ALENQUER lançamento

LANÇAMENTO DE CONVERSAS DO GUI E DA MARIA RITA Museu João Mário 263 730 255 15h30 Livro de Joana Salgado com a apresentação de Cátia Costa. A animação musical está a cargo de Ana Marta Contente.

segunda :: 9

VILA FRANCA cinema

VOLTA À TERRA Auditório da Junta de Vila Franca 263 200 770 15h gratuito A Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira promove sessões de cinema no seu auditório todas as segundas feiras. O filme de hoje é "Volta à Terra".

terça :: 10 VILA FRANCA debate

À UNHA OS NOSSOS FORCADOS Auditório da Junta de Vila Franca 263 200 770 21h gratuito Forum de discussão com com Ricardo Castelo e antigos cabos do GFAVFX

sexta :: 13

ARRUDA

cinema

Curt'Arruda Clube Desportivo Arrudense 12h gratuito Este é o festival rural mais urbano de Portugal. Com cerca de mil filmes de 80 países integrados em diferentes secções: Curt'Arruda - Melhor curta-metragem rural, com o prémio de 1500€, oferecido pela SP Televisão; Film'Arruda - Melhor curta-metragem de Arruda dos vinhos, com o prémio de 500€, oferecido pela Casa da Alegria. Mais info no sítio: www.curtarruda.pt


// 21 VILA FRANCA solidaridade FLASH TATTOOS Le Mounton Noir Alverca 965 786 679 11h00 às 17h €25 Evento para doação de fundos para a associação de apoio a animais "Os Xanecos". Tatuagens simples e de linha ao estilo de "Stick n' poke", a €25. Necessária marcação prévia.

sábado :: 14 VILA FRANCA gastronomia

FEIRA DAS SOPAS Igreja Paroquial Vialonga 219 523 633 20h ND Este é o primeiro festival das sopas em Vialonga e conta com o apoio de vários restaurantes, pastelarias, talho e particulares que aderiram ao evento. O objetivo é angariar fundos para o almoço solidário de idosos da freguesia.

domingo :: 15

BENAVENTE dança FESTIVAL DE

FOLCLORE Centro Cultural de Benavente 966 689 282 15h gratuito Este é o quarto festival de folclore e o quarto aniversário do rancho folclórico anfitrião. Concentração de ranchos na praça do município de Benavente, desfile pelas ruas às 15h e início do festival às 16h

III FESTIVAL DE DANÇA DE BENAVENTE Cineteatro de Benavente 263 519 637 16h gratuito Este festival conta com a participação de vários grupos e escolas nacionais. Organização da Associação Talentos à Descrição.

segunda :: 16

VILA FRANCA cinema

O INQUIETO Auditório da Junta de Vila Franca 263 200 770 15h gratuito A Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira promove sessões de cinema no seu auditório todas as segundas.

editorial

O futuro nas tuas mãos António Dias*

Ao longo do verão a equipa da gira não tirou férias. Propusemo-nos entrevistar todos os candidatos à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e às juntas de freguesia do concelho. E como a revista chega a mais municípios, fomos até Arruda, Benavente e Alenquer. Quisémos conhecer as pessoas que se propõem lutar pela nossa região. Há quem me pergunte: “então e o que achaste de todos eles?” É difícil fazer um julgamento de valor porque é a minha função como jornalista ser imparcial e ouvir todos de igual modo. Foi isso que fizemos. Infelizmente, não podíamos reproduzir todos as entrevistas na íntegra porque o espaço é reduzido e acreditamos que textos e vídeos curtos são a forma mais rápida de passar a informação. Ninguém quer, nem gosta, de estar meia hora a ouvir um “monólogo”. Por isso, comprimimos o melhor de cada candidato. Para saber mais, bastava acompanhar a campanha de cada um. Chegámos a milhares de leitores e espetadores e serão eles, ou seja tu, que vais decidir o futuro. O mais importante é que votes. Milhares de pessoas morreram e lutaram para termos o poder de escolher os governantes. É uma falta de respeito pelos nossos antepassados faltar à urna. Mesmo que seja em branco, tens que escrever o que pensas. Qual o melhor de todos eles? Os eleitores querem emprego, infraestrututas, saúde, ensino e direitos básicos. E, no fundo, todos os políticos defendem o mesmo. É por isso que o mesmo partido pode ter versões diferentes do mesmo assunto, estando na oposição ou no poder. Os cidadãos sabem-no e isso traz descrédito à política. Talvez os independentes e os movimentos de cidadãos que surgem cada vez mais sejam o futuro? *jornalista


22 // agenda // outubro

sábado :: 21

ALENQUER encontro

LITERAL Museu João Mário 263 730 255 10h gratuito 2.º encontro literário de Alenquer. Organização da Câmara Municipal e da AlenCriativos. Isabel Stilwell estará presente num painel que tem como tema "Em defesa do romance histórico", no qual os intervenientes são convidados a discorrer sobre o género literário da sua escrita. Actuação da fadista Tina Colaço.

segunda :: 23

VILA FRANCA cinema O DESOLADO Auditório da Junta de Vila Franca 263 200 770 15h gratuito A Junta de Vila Franca de Xira promove sessões de cinema gratuito. O filme de hoje é "O desolado".

sábado :: 28

ARRUDA venda FEIRA MENSAL

Jardim Municipal 263 977 000 10h às 18h gratuito Habitual encontro de produtores e vendedores de produtos regionais e não só. VILA FRANCA inauguração

EXPOSIÇÃO VASCO GARGALO Fábrica das Palavras 263 271 200 19h gratuito "Para crianças que ainda somos" é o titulo da exposição de Vasco Gargalo no âmbito do Ciclo EmaisE – Exposições Editoriais.

comemoração

JANTAR UNIDOS DE ARCENA Restaurante O Barco 219 586 676 €20 Realiza-se esta noite um jantar convívio de início de época para todos atletas pais amigos e simpatizantes do clube Grupo Desportivo Unidos de Arcena. Reservas obrigatórias.

domingo :: 29

ALENQUER passeio

NA ROTA DA ACRÓPOLE Parque urbano da Romeira 918 738 770 8h às 17h €10 À descoberta do concelho de Alenquer, num percurso que levará o caminhante através de vinhas, serras e miradouros naturais com uma panorâmica soberba sobre a serra de Montejunto, o Tejo e a lezíria, sempre com a vila presépio como ponto de referência. Passagem pela aldeia de Albarróis, pelos trilhos das íngremes encostas que se erguem ao longo do caminho. VILA FRANCA

desporto Resistência BTT À-dos-Loucos 934 568 787 9h €5 a partir de Passeio para os amantes do ciclismo de aventura pelas encontras vilafranquenses.

VILA FRANCA

segunda :: 30

O ENCANTADO cinema Auditório da Junta

de Vila Franca 263 200 770 15h gratuito A Junta de freguesia de Vila Franca de Xira promove sessões de cinema

no seu auditório todas as segundas feiras. O filme de hoje é " O Encantado". RUA DO GRILO

continuam ::

exposições

Palácio do Infantado Benavente 263 519 600 10h às 18h gratuito Reconstituição da mais famosa rua comercial, com objetos e mobiliário da época. O RIBATEJO NA OBRA DE DELFIM MAIA Museu Municipal 263 285 600 10h às 18h gratuito Exposição evocativa dos 130 da data de nascimento de Delfim Maya, que reflete em algumas das suas obras a sua paixão por cavalos e a sua ligação ao Ribatejo.

A lista completa e atualizada em revistagira.com. Vê os nossos roteiros culturais em vídeo no facebook e fica a saber o que podes fazer no fim de semana. Às terças às 20h.


Layz beleza

23

e estética

unhas de gel | gelinho | verniz | manicure | pedicure | pestanas | unhas em acrílico tratamento rosto | sobrancelhas com microblading | mudança de visual extensões permanentes | depilação a laser de diodo | branqueamento dentário

A Layz continua a espalhar amor e beleza pelo mundo fora. Para lá dos inúmeros serviços de estética, continuamos a inovar e a retribuir à comunidade todo o carinho e apoio que recebemos. Em setembro, a equipa da Layz esteve no lar e centro de dia da Santa Casa da Misericórdia de Alverca para distribuir mimos aos utentes desta instituição tão importante para a região. Ana de Jesus (em baixo) foi uma das nossas jovens idosas contempladas com o passatempo “Princesa Por um Dia”. Em outubro quem será a contemplada? Queres participar? Acompanha a página de facebook da Layz e fica a par das novidades. Quem sabe se não serás a próxima “Princesa Por um Dia”?

de voluntárias: com a equipaCa simiro, Ana de Jesusar ia m oé N o, Fernanda Soro,es, os rd Ca yz La Josy Montei ro e Layla Monteiro Zilda Montei

Rua da Aviação ALVERCA segunda a sábado 9h às 20h

916 657 467


24 // entrevista // outubro

Manuel Francisco, 22 anos

VĂ­tor Rebelo 19 anos

Alexandre Carolino, 20 anos


25

Ricardo Catita,

QUEREMOS

ser recortadores

para o resto da vida

No próximo dia 7 de outubro, às 22h, a praça de toiros de Vila Franca de Xira acolhe um espetáculo imperdível. A arte de esquivar o toiro, com recurso a saltos e mestria física, é forte em Espanha mas pouco promovida em Portugal. Depois do sucesso do evento do ano passado na Palha Blanco, a Arte Lusa criou um campeonato nacional com quatro provas. Ricardo Catita, um dos gestores do circuito, acredita no futuro deste projeto “porque é uma boa alternativa à corrida de toiros convencional já que não induz dor nem sofrimento ao animal”. Com a onda antitaurina a varrer o país, esta pode ser uma arte com futuro que pode levar mais público às praças e, sobretudo, consagrar novos talentos da tauromaquia. E Vila Franca de Xira está no centro deste movimento. O António Dias falou com alguns destes jovens cheios de coragem e vontade de brilhar. A Ana Paula Vieira esteve lá para registar os momentos para a posteridade.


26 // entrevista // outubro António Dias: É a adrenalina que vos atrai para esta profissão? Alexandre Carolino: Isso e o gosto pela arte. Gostamos, desde pequenos, de tourear. Vamos às largadas, vemos os mais velhos, aprendemos, queremos tentar, trocamos experiências e, aos poucos, acabamos por lhe tomar o gosto. Depois, cada um procura a área em que se sente melhor: um prefere ser bandarilheiro, outro recortador, há quem goste mais dos saltos. Depende de cada um. Imagino que o medo seja uma constante. Manuel Francisco: É consoante os dias. Há alturas em que só vemos os defeitos dos toiros, outras em que só lhes vislumbramos as virtudes. Mas o meu pai foi bandarilheiro e por isso estou habituado à rotina e às tradições. Mas receio temos sempre, claro.

E depois há os acidentes... AC: Já sofri vários. Ainda este ano, em Samora Correia, alguém do público atirou um petardo que assustou o toiro e em Azambuja arrisquei demasiado e levei uma cornada. Nada de muito grave mas o embate é muito forte. MC: O corno não precisa de furar para causar ferimentos. Basta o embate para provocar danos. Os dois forcados que morreram este verão foram vítimas de dois impactos que rebentaram com os órgãos internos. Ricardo Catita: E numa largada de rua, onde não há assistência, o perigo é ainda maior. Existe ruído, os espetadores atiram com objetos, distraem e provocam distúrbios que complicam o processo de preparação. Se algo acontecer, a pessoa fica logo ali e é para esquecer. Numa praça já é diferente. Mas tudo requer uma técnica complexa. Qualquer que seja o movimento, um quebro ou um salto do anjo, existem imensas variáveis que é preciso ter em conta. Eles têm que avaliar o toiro que é sempre diferente um do outro e que consegue aprender rapidamente. Os recortadores devem evitar repetir o mesmo meneio para que haja sempre o efeito surpresa. Caso contrário, faz-se uma vez, duas, três e à

quarta o toiro já sabe o que o espera. No entanto, um acidente nem sempre é provocado pelo animal. Um salto mal executado ou um queda aparatosa pode atirar qualquer um para uma cadeira de rodas.

Está a ser complicado entrar no mercado? RC: Sim, porque os tradicionalistas ainda nos vêm como os meninos que brincam na rua aos

toiros. Ora, o que fazemos é bastante profissional e requer técnica e coragem. MC: E eu acho que é o futuro da tauromaquia. Porque é uma arte que não incute dor nem sofrimento. E como as corridas têm cada vez menos público, é normal que as pessoas acabem por apreciar mais os espetáculos de recortadores que provocam mais emoção. RC: Se as corridas normais acabarem, os recortadores também terminam. O problema é que isto poderia ser visto como uma nova forma de atrair mais público às praças de toiros e deveríamos todos trabalhar em conjunto. E o que sentimos é que ainda encontramos muitos obstáculos. Os ganaderos, por exemplo, nem sempre jogam limpo connosco e praticam preços superiores ou vendem-nos os toiros com defeitos. As corridas também caíram numa apatia que está a afastar os espetadores e nós queremos é trazer mais pessoas às arenas. Em Espanha, e mesmo em França, os recortadores abrem corridas! Às


27 vezes, no meio de um espetáulo onde estão presentes os maiores vultos da tauromaquia, os recortadores estão lá para receber o toiro. Isto é visto com normalidade. Aqui em Portugal é tudo muito complicado. AC: Nós até gostaríamos de poder criar espetáculos fora do circuito nacional de recortadores. Como acontece como os jogos amigáveis no futebol. Este é um espetáculo com qualidade, profissional e aquilo que fazemos tem tanto

mérito como as corridas normais. RC: Mas nós sentimos mudanças. Tudo desde que o Ricardo Levesinho [antigo empresário da praça de toiros de Vila Franca de Xira] começou a criar, uma vez por ano, este tipo de espetáculos. Foi depois, o Gabriel de Brito Pinto, um aficionado e criador do Arte Lusa, que levou alguns dos nossos recortadores para Espanha. Entretanto, em 2016, o atual empresário da Palha Blanco, o Paulo Pessoa de Carvalho, incluiu uma data para uma exibição de goyesco, que se revelou um sucesso, e foi aí que percebemos que havia terreno para crescer.

Está no sangue vilafranquense a arte do recorte? AC: Acho que sim. RC: Eles vivem isto desde miúdos nas largadas, no Colete Encarnado, e acabam por imitar os mais velhos, criam amizades entre si e isso passa de geração em geração. E com a atual aposta na

qualidade por parte do Paulo Pessoa de Carvalho, com melhores toiros, ajudando nos treinos, os resultados estão a surgir. Os espanhóis que nos visitam ficam espantados com a capacidade técnica dos nossos recortadores. AC: Quando vamos a Espanha já todos sabem que somos de Vila Franca de Xira. RC: Quando o Pedro Carolino venceu a prova, o ano passado, nem sequer houve favorecimento e o juri era todo espanhol. Temos muito orgulho no trabalho desenvolvido até aqui e acreditamos que podemos fazer ainda melhor. É claro que a nível nacional ainda há poucas pessoas a praticar. O Vítor Rebelo, por exemplo, ainda está a começar mas temos talento para crescer muito mais. MC: Nós queremos fazer isto para o resto da vida e é nesta altura da vida que podemos e devemos fazê-lo. RC: Eles são novos e estão disponíveis para investir um pouco da sua vida nisto. Caso contrário, se escolhessem um emprego ficariam presos a outra profissão que os impediria de evoluir. Como são jovens, podem treinar, participar em espetáculos e nos tempos livres conseguem arranjar algum part time, caso sintam essa necessidade. Embora um emprego a tempo inteiro é quase impossível.

As famílias apoiam? MC: Sim. O meu pai foi bandarilheiro e temos gente na família ligada à tauromaquia.

E não há amigos que gozam? MC: Não. O nosso círculo de colegas conhece-nos, sabe o que fazemos e respeita o nosso trabalho. AC: Poderia jogar à bola, estar em frente ao computador, mas é isto que gosto de fazer. E queremos promover mais o nosso talento. Sabemos que temos qualidade, partilhamos a praça com os melhores e, como tal, queremos correr o mundo a promover a arte dos recortadores e o nome de Vila Franca de Xira. Para ganhares bilhetes para o espetáculo de recortadores, na quinta-feira, 7 de outubro, às 22h, fica atento ao sítio da gira na internet e à página de facebook


28 // reportagem // outubro

MONARQUIA vs

república A 5 de outubro, o correto é bradar vivas à república. Porém, 107 anos depois de instalado o atual regime político, há quem ainda defenda o regresso da monarquia a Portugal. A 1 de outubro há eleições, uma vez mais enssombradas com os números da abstenção e do descontentamento dos eleitores pelos políticos. Decidimos lançar o debate: será a monarquia uma boa opção para resolver os problemas do país? António Dias

Ana Paula Vieira

De acordo com uma análise feita pela associação cívica República e Laicidade, em 1999 cerca de 82 por cento dos portugueses defendiam uma república em Portugal. Número que terá descido para os 69 por cento em 2004. Neste estudo, 15 por cento mostrava-se sem opinião concreta. No entanto, uma sondagem aquando do centenário do atual sistema político, levada a cabo pela Universidade Católica, colocava 72 por centro dos inquiridos ao lado do presidente da nação, enquanto que 11 por cento gostariam de ter de novo o rei como figura principal do país. Será que há mesmo

um milhão de portugueses ao lado da causa real? A título de comparação, em 2015, nas últimas eleições legislativas, a CDU e o Bloco de Esquerda terão conquistado, respetivamente, oito e dez por centro dos votos, meio milhão de eleitores cada um. Colocando em perspetiva, os números dão que pensar. "Há mais gente do que imaginamos que apoia a monarquia. As pessoas ainda nutrem um carinho muito grande pela família real e isso é pouco discutido", assegura André Lopes Cardoso, monárquico de Vila Franca de Xira. "Sentiu-se isso quando o duque de Brangança casou ou quando


29

Temos cada vez mais jovens que apoiam a causa monárquica

A política vive de ciclos. A república acabará também por ser substituída André Lopes Cardoso, à esquerda, e Gonçalo Silva, fotografados na sala de estar da vivenda do Palácio da Quinta da Subserra


30 // reportagem // outubro David Ferreira, fotografado no Urban Plaza do jardim Constantino Palha, em Vila Franca de Xira

Acho injusto o poder estar nas mãos de alguém que o detém apenas por herança genética nasceram os seus filhos. Os portugueses seguem com carinho a vida do duque e cada vez mais somos procurados por novos apoiantes, sobretudo jovens, através das redes sociais, que nos incentivam e se oferecem para trabalhar connosco". Estarão os portugueses cansados do atual sistema político? "É provável, mas não creio que a monarquia seja a solução", contrapõe Luis Monteiro Carvalho. "É o povo que deve escolher o seu soberano.Voltar atrás seria desrespeitar os nossos antepassados que lutaram para que tivessemos o direito de votar e escolher os nossos governantes". No entanto, os argumentos a favor do rei parecem ser arrebatadores. Das 12 economias mais fortes no mundo, oito são monarquias; e das 165 repúblicas atuais, só 11 mantêm regimes democráticos há mais de 20 anos. "Admito que muita gente defenda a república por desconhecer o que é uma monarquia parlamentar", assume David Ferreira. O jovem republicano da Juventude Social Democrata compreende os argumentos do outro lado da barricada, porém questiona "até que medida é justo o poder de uma nação estar nas mãos de uma só pessoa que detém o cargo apenas por herança genética. Eu acho que não faz sentido”, remata. No entanto, os defensores da monarquia acreditam que é precisamente o elo familiar que pode criar o gosto patriótico do povo pela sua nação. “Veja-se o caso do Reino Unido. É a rainha Isabel II que

permitiu que aquele país permanecesse como um dos impérios mais fortes em todo o mundo. O mesmo acontece com alguns países nórdicos. A família real acaba por ser sinónimo de estabilidade e segurança”, defende Gonçalo Silva, líder da Juventude Monárquica Portuguesa. “O rei é uma figura que une o povo, quase parternal, um símbolo de constância e consenso”, explica o também empresário escalabitano. André Lopes Cardoso acrescenta: “o presidente da República, ao mudar a cada cinco anos, só traz instabilidade. Quando

Há países onde só uma monarquia faz sentido


31

Não acredito que a monarquia seja instaurada novamente em Portugal

um começa a implementar a sua marca, já acabou o seu mandato”. Em certa medida, o fascínio pela monarquia permaneceu. Mais forte lá fora, provavelmente. Basta folhear as revistas que ilustram a vida social para ver as histórias de reis, rainhas e princesas estampadas em páginas inteiras. “As pessoas deixam-se fascinar pelos enredos”, admite Gonçalo Silva. “Contudo, o rei é muito mais do que uma personagem de conto de fadas. Ele está acima dos interesses políticos e coloca sempre o país em

Frederico da Cunha numa visita à sua Quinta de D. Carlos, em Alenquer

Luís Monteiro Carvalho, fotografado junto à esplanada da Fábrica das Palavras

primeiro lugar. E, em último recurso, o parlamento pode sempre destituir o rei, caso assim o decida. Ao passo que a república, em Portugal, nunca foi referendada”, critica o jovem ativista. Na Quinta de D. Carlos, em Alenquer, vive uma família monárquica, descendente de Tristão da Cunha, descobridor português, rodeada de uma herança histórica única. Frederico da Cunha, engenheiro e proprietário do espaço, segreda: “há países onde só uma monarquia faz sentido, como em Espanha onde é o rei que tem mantido aquela manta de retalhos unida”. E não haverá um tabu em torno destas famílias, consideradas demasiado elitistas? “Acho que é um mito. Existem muitas famílias humildes com raízes simples ligadas à monarquia. D. Duarte Pio é muito conhecido pelo seu trabalho social junto das comunidades mais desfavorecidas. Raramente isso é falado e é um dos lados da coroa que mais nos orgulhamos”, congratula-se Gonçalo Silva. Dificilmente a monarquia regressará a Portugal. No entanto, com um mundo em convulsão, política e socialmente, qual é o futuro? “Acho que o que aconteceu nas últimas eleições legislativas [governo de minoria] foi positivo. Fez ver aos eleitores que tudo é possível e forçou-os a trabalhar em conjunto. Acho que devemos ver menos os nossos defeitos e mais as nossas qualidades”, sugere David Ferreira. Ao longo do mês iremos divulgar excertos destas entrevistas no sítio da gira na internet e na página de facebook


32 // autárquicas // outubro

AGORA

escolhe

parte II

Na edição de setembro, a gira entrevistou todos os candidatos autárquicos do concelho de Vila Franca de Xira. Além das reportagens em papel, pudeste conhecer todos eles nos vídeos que publicámos durante as últimas semanas na página de facebook e no sítio da gira. Nesta edição, e porque a gira abrange uma área bem maior que o município vilafranquense, fomos conhecer outros candidatos aqui à volta.

Em 2013 houve uma reviravolta na Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos. O PSD, que detinha o poder na autarquia, viu a contagem dos votos virar a favor do PS. Os social-democratas passaram de 50 por cento para 35 por cento dos votos, ao passo que os socialistas subiram dos 35 por cento para os 47 por cento dos eleitores. A mudança radical espantou muita gente mas isto só provou que nada é certo. Contudo, este é um cenário pouco comum na região. Em Alenquer, por exemplo, desde o fim da ditadura que o PS governa os destinos do município e em Benavente a CDU é rei e rainha num concelho com quase 30 mil habitantes. Nestes dois casos, as obras promovidas pelos autarcas Álvaro Pedro e António José Ganhão, respetivamente, durante as décadas de 1980 e 1990, criaram um efeito de respeito e carinho pelos respetivos governantes. Foram os tempos dos fundos europeus e em que

tudo era necessário construir: saneamento, rede de águas, estradas, sistemas de transportes, apoios sociais, e por aí fora. Entretanto, o progresso estagnou e Portugal entrou numa recessão. Tão cedo não se vislumbram grandes obras embora a população continue a exigi-las. A insatisfação, ao que parece, existe e, por isso, os partidos da oposição que, em alguns casos, cresceram nas últimas eleições, acreditam que podem ganhar mandatos e caminhar em direção à mudança. A 1 de outubro tudo se saberá. Será que o estado de graça do PS nacional e o repúdio pelas políticas do PSD e do CDS, nos anos da troika, vão beneficiar os autarcas socialistas, comunistas ou mesmo bloquistas? Em paralelo, houve uma clara aposta em independentes nesta campanha autárquica. Será que isso vai desestabilizar a contas? A 1 de outubro, por volta das 20h, desvendar-se-ão os números da democracia.


33

alenquer

“É uma terra cheia de charme”, resumiu, recentemente, o vice-presidente da Câmara Municipal. Rui Costa esteve sempre empenhado em defender os ícones de Alenquer e fala com orgulho da cultura alenquerense. O concelho com mais de 43 mil habitantes cresceu sobretudo na zona urbana, a sul, entre o Carregado e a sede do município. Só que, “apesar de alguns investimentos feitos nas últimas décadas”, como reconhece Mário Correia, do Bloco de Esquerda, “neste último mandato parece que tudo estagnou. Desde os transportes que são desadequados, até à rede viária que está obsoleta, Alenquer precisa de uma mudança de políticas urgente para que a região se possa adaptar às necessidades dos próximos anos”. Ernesto Ferreira, da CDU, é um dos mais críticos do atual executivo que, considera, “nada fez pelo progresso. Temos a água mais cara do país; no Carregado não há um parque urbano e a EN1 está saturada; precisamos de linhas de transportes públicos que sirvam a população e é importante trazer mais investimento”, enumera o comunista. Do lado da coligação Juntos Pelo Concelho, Frederico Rogeiro aponta as mesmas medidas mas, no topo das suas preferências, está “uma urgente reconversão do núcleo histórico”. Pedro Folgado, sucessor de Álvaro Pedro e Jorge Riso, lembra que “essa é precisamente uma das prioridades do PS. Já nos candidatámos aos fundos europeus e os trabalhos de requalificação da malha urbana da vila deverão começar em breve”, garante o edil. A oposição torce o nariz. “É importante que estas obras não sejam de fachada.

“Foi urgente consolidar as contas da autarquia”

Pedro Folgado

“Temos que acabar com o preço da água mais caro em Portugal”

Ernesto Ferreira

Caso contrário será um investimento inútil”, assegura Frederico Rogeiro. O independente ri-se quando houve os argumentos dos socialistas para a falta de projetos. “Escassez de verbas? É fácil culpar a crise. Uns fazem a obra e são reeleitos pelo trabalho desenvolvido; depois vêm os outros que saldam as dívidas e ganham eleições por resolverem os problemas criados pelos seus antecessores. Ou seja, são todos heróis”. Pedro Folgado evita falar do passado e prefere apontar armas para o futuro. “O que interessa é que foi necessário fazer um ajustamento financeiro e foi isso que conseguimos. O país atravessou uma crise profunda e Alenquer não lhe foi indiferente. Por isso, consolidámos as contas e estamos hoje aptos para os próximos anos. Reduzimos o prazo de pagamento aos fornecedores; apoiámos estudantes e as famílias durante a crise; iremos recuperar duas escolas, uma na Merceana e outra na Ota; e queremos trazer mais turismo para o concelho para pontenciar a nossa economia”, exemplifica o presidente e candidato do PS. Mário Correia desconfia das promessas. “Eles tiveram este mandato para resolver os problemas. O que houve foi uma falta de estratégia”. O candidato bloquista gostaria de ver “mais apoios para os jovens e idosos afastados do centro do concelho e melhor recolha de lixo”. Ernesto Ferreira exige uma “revisão do preço da água, mais apoios aos idosos e investimento para as zonas rurais que continuam esquecidas pelo município”. O candidato da CDU assegura que “a população está descontente e haverá mudanças a 1 de outubro”.

“Parece que há uma dinastia que governa o concelho de Alenquer”

Frederico Rogeiro

“Temos que criar um sistema de transpostes adequado às pessoas”

Mário Correia


34 // autárquicas // outubro

arruda dos vinhos

É um concelho pequeno, com pouco mais de 13 mil habitantes, encaixado num “vale encantado” e que procura um rumo para o século XXI. Depois de uma economia pujante nos inícios do século XX, os maus acessos e o progresso industrial de outras regiões colocaram esta região meio no esquecimento. Depois de uma crise grave, o país começou a recuperar e o néctar dos deuses passou a ser uma indústria de sucesso. Arruda, que tem vinho no nome, beneficiou desse progresso. O turismo tem surgido por arrasto e as contas consolidadas permitiram à autarquia avançar com alguns projetos importantes como a recuperação do Palácio do Morgado, a reconstrução de algumas escolas e um plano para o centro histórico. Porém, “falta outra visão da realidade”, começa por defender Ana Cristina Pena. “Temos diversos espaços para apresentar espetáculos nas diversas associações e ao ar livre, como o Palácio do Morgado, mas não temos um grupo cénico; o rancho folclórico precisa de ser apoiado enquanto símbolo do concelho e também é preciso melhorar a formação cultural nas escolas, com iniciativas que possam atrair os jovens para as tradições da terra. Sem este trabalho é normal que os grupos tradicionais acabem e o que fica são as modalidades da moda que em nada diferenciam a região”, desabafa a candidata da CDU. Luís Rodrigues, do PSD, também concorda que o lado cultural é muito esquecido pelo atual executivo mas traça outros objetivos para a sua candidatura: “é importante falar com as pessoas. As decisões não podem ser tomadas à revelia dos cidadãos”. O também

“Estamos preparados para avançar com investimentos”

André Rijo

“É importante ouvir os cidadãos antes da tomada de decisões”

Luís Rodrigues

advogado dá como exemplo o caso das escolas básicas que entraram em obras e forçaram os alunos a serem transferidos para um colégio privado. “Foi prometido que os trabalhos iriam decorrer durante este verão e que em setembro tudo estaria normal. Foram todos apanhados de surpresa”, critica. André Rijo recusa as acusações. “Informámos sempre as associações de pais, os professores e os auxiliares de todo o processo. De facto houve atrasos nos fundos europeus, mas estivemos sempre em contacto com os encarregados de educação”. O atual presidente da Câmara Municipal aceita que haja críticas da oposição. “Há sempre algo por fazer. É normal que assim seja. Concluímos cerca de 85 por cento do que prometemos concretizar em 2013. Mas era importante consolidar as contas para agora estarmos preparados para os investimentos que são necessários fazer”. O candidato do PS dá como exemplo a nova variante em Arruda e o plano de requalificação do centro histórico da vila sede de concelho e que irão mudar a face do município. Do lado do CDS, Ana Francisco prefere falar de diálogo. “Não nos interessa discutir o que foi feito. Acredito que o atual executivo tudo faça para trazer melhor qualidade aos seus munícipes. Contudo, é crucial saber ouvir todos e acho que isso não está a ser feito. Não se pode avançar com obras sem consultar a população”. A candidata acredita também que “é possível aproveitar melhor o património de Arruda para cativar turistas e promover a região. O jardim do Palácio do Morgado, por exemplo, podia estar mais aproveitado com eventos”, exemplifica.

“O lado cultural de Arruda está muito esquecido”

Ana Cristina Pena

“Não vale a pena discutir o que foi feito. É preciso falar do futuro”

Ana Francisco


35

benavente

A CDU lidera com maioria absoluta desde 1976. Em 41 anos, a face do concelho mudou radicalmente e de um município rural com uma indústria incipente passou-se para uma região onde o desemprego é residual, a construção civil cresceu exponencialmente, com um dos núcleos empresariais mais dinâmicos no Ribatejo e onde as exportações reinam. É o caso da Sugal ou da Silvex. Porém, depois de muitas obras urgentes na área do saneamento, águas e rodovias, Benavente vêse a braços com uma estagnação no investimento e obras urgentes, sobretudo alternativas à EN118, que está congestionada. “A autarquia não tem disponibilidade financeira para avançar com uma variante. Já encetámos contactos com a Estradas de Portugal e tudo fizemos para que as obras começassem. No entanto, os cortes na administração central suspenderam os projetos”, justifica o atual presidente da Câmara Municipal e candidato pela CDU. A oposição encolhe os ombros. Ricardo Oliveira, do PSD, pede mais ambição. “É necessário avançar com uma linha de comboio que ligue Almeirim ao Seixal e possa servir de alternativa para escoar o trânsito de pesados”. O projeto que chegou a fazer parte do plano de transportes inserido no novo aeroporto de Lisboa, em Alcochete, ficou na gaveta. Os condicionalismos financeiros não assustam o candidato social-democrata. “Pode até não ser possível agora, mas é importante trazer este assunto para a praça pública sob pena de ser esquecido”. Pedro Pereira, por seu turno, é mais comedido nas promessas. “É inútil estar a as-

“É impossível fazer mais com os meios que temos”

Carlos Coutinho

“Recuso o discurso negativo. Precisamos de esperança”

Pedro Pereira

sumir compromissos irrealistas. Benavente precisa de uma estratégia credível e que possa ser alternativa a este marasmo que se instalou”. O candidato do PS está confiante numa mudança de paradigma político no concelho. “A população está muito desiludida com o atual executivo. Depois de décadas de progresso, sentem que houve uma estagnação. As pessoas dizem-me isso na rua”, assevera. Quem corrobora esta tese é o candidato do CDS. “É tudo muito estranho. A questão da revisão do PDM metido na gaveta e agora impugnado pelo tribunal ou a polémica dos toiros de fogo só denegriram a imagem de Benavente. E a autarquia nunca dá explicações. Parece que há censura e interesses instalados”. Fernando Pereira Brites lamenta a falta de transparência na autarquia e defende mudanças urgentes. “A população precisa de acordar para os problemas do concelho, senão tudo piora. Benavente parou no tempo e há questões urgentes que temos que discutir, como a falta de médicos de família; formas de captar novos investimentos; ou melhores estradas”. PS, PSD e CDS apontam, unânimamente, outro setor crucial: o turismo. “Esta autarquia não está a conseguir captar os estrangeiros que chegam a Lisboa”, assegura Ricardo Oliveira. Carlos Coutinho discorda da crítica. “Empenhámo-nos na promoção do arroz carolino e no turismo de natureza, por exemplo”. Pedro Pereira diz que é preciso mais. “Estamos a 40 quilómetros de Lisboa e não estamos a usufruir dessa vantagem geográfica. Onde estão os turistas?”, questiona-se. “Não os vejo”.

“Dialogar não custa dinheiro. É trocando ideias que avançamos”

Ricardo Oliveira

“Temos que decidir se mantemos o marasmo ou não”

Fernando Pereira Brites


36 // passeio // outubro


37

Madalena Mello Viana é uma lisboeta apaixonada pelo Tejo. Há dez anos, e depois de calcorrear meio mundo como agente turística, decidiu fixar-se em Valada do Ribatejo para implementar um negócio de circuitos fluviais.“Tem sido muito positivo e o mercado tem tudo para crescer”, acredita. A proprietária da Ollem Turismo conhece este curso de água como as palmas das suas mãos. Quando guia os turistas pelos recantos que só ela conhece, nota-se paixão na voz. Ela tem o

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38 // passeio // outubro O dia estava convidativo: temperatura a rondar os 20ºC, o céu ligeiramente encoberto para o sol não queimar a pele, uma leve brisa suficiente para refrescar o corpo e um silêncio de oiro, só quebrado pelo bater da água contra o casco do barco. O cheiro a rio entra pelos pulmões e a paisagem em redor é luxuriante: “parece que estamos no Cambodja”, elogia uma turista. Madalena Mello Viana, guia o seu barco com todo o cuidado, tentando escapar a troncos ou redes de pesca ilegal que se encondem por baixo das águas do Tejo. “É

outros operadores

históricos e variantes para explorar infindáveis”. Está tudo descrito no sítio da Ollem Turismo: a rota dos avieiros, a rota do cavalo, a rota das aves, a rota da fotografia, a rota do vinho, e por ai fora. “As possibilidades são imensas e é sempre possível adptar o passeio ao gosto de cada visitante”, refere a responsável pela marca pioneira nos circuitos fluviais no Tejo. Todos os anos, Madalena Mello Viana recebe mais de 1500 turistas, um número que tem vindo a crescer todos os anos. O período forte é, claro, entre março e outubro. Nos

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complicado policiar um rio onde o tráfego quase é inexistente”, diz a operadora turística, apontando em seu redor. “Se isto fosse lá fora, haveria embarcações constantemente de um lado para o outro. Muitos estrangeiros que me visitam espantam-se com isto”. Só que é talvez essa calma e subaproveitamento que tornam o maior curso de água que atravessa Portugal num lugar tão interessante para conhecer. “O potencial do rio é incrível. Além da sua beleza, existem pormenores

meses frios é complicado andar pelo rio e aproveitamos para fazer manutenção dos barcos”. Após o sucesso da Ollem, outras duas empresas passaram a operar, nestes casos a partir da magem sul, em Salvaterra de Magos. E a procura continua a aumentar. “Falta uma maior aposta dos concelhos da margem norte em promover as suas margens”, defende a empresária. “Cartaxo, Azambuja e Vila Franca de Xira precisam de fazer um melhor trabalho na promoção


39 do rio e investindo nas condições para acolher turistas. Com a linha do comboio e melhores acessos, é incompreensível que a margem norte do Tejo esteja menos aproveitada”, lamenta. “Veja-se o que fez Salvaterra com o Escaroupim e o resultado que obteve. A procura existe é preciso criar a oferta”. Verdade seja dita, Vila Franca de Xira tem apostado na recuperação das aldeiras avieiras e prepara obras no parque dos Moinhos da Póvoa de Santa Iria. O problema é a navegabilidade no Tejo, “e não só. Os preços de estadia nas marinas é proibitivo nesses lados. Aqui, em Valada do Ribatejo, não pago nada. Em contrapartida trago turistas que ficam por aqui e almoçam nos restaurantes da zona. Vila Franca com acesso direto ao comboio deveria ser o ponto de partida e chegada previligiado dos circuitos fluviais”, defende. O barco varino Liberdade, recentemente restaurado, tem captado cada vez mais visitantes e a autarquia acredita que há terreno para crescer mais. Até que isso aconteça, resta aos ribatejanos e ilustres visitantes contactar uma das três empresas

que operam no Tejo. Cada empresa oferece diversos pacotes, específicos para o gosto e objetivo de cada grupo: birdwatching, visita às aldeias avieiras, um almoço numa quinta vinícola, um passeio a cavalo ou apenas um rápido passeio pelo rio. Tudo é possível, com preços acessíveis que começam, normalmente, pelos 15 euros. O importante é levar algum agasalho, protetor solar, botas anti aderentes, óculos de sol e uma boa câmara fotográfica para registar todos os momentos. O Tejo é um dos ex-líbris do Ribatejo, cheio de surpresas, recantos por descobrir, pequenas ilhas (mouchões) paradisíacas e que merece ser visitado. Com a poluição a aumentar, é importante captar mais visitantes porque “só assim as autoridades estarão mais em alerta e tenderão a atuar com maior celerdade”, defende Madalena Mello Viana. Vamos apoiar o Tejo? Ao longo do mês de outubro iremos publicar excertos em vídeo deste passeio no sítio da gira e na página de facebook

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40 // alimentação // outubro conselho

Segurança Alimentar

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Paula Martins*

A segurança alimentar é mais do que aquilo que os outros fazem com a nossa comida. A disciplica começa em cada um de nós

Pensamos em segurança alimentar e vem-nos ficarão os iogurtes, manteigas e embalagens de à cabeça regras de higiene na cozinha de um leite abertas; nas prateleiras mais altas ficam as restaurante, na cantina que frequentamos, na refeições refeições pré-cozinhadas. Mantendo indústria alimentar ou até nas condições de arsempre o cuidado de conservar os alimentos em mazenagem do supermercado onde nos abastecaixas bem fechadas, protegendo os mesmos de cemos. No entanto, a segurança contaminação cruzada (pasalimentar pode começar e termisagem de microrganismos nar na nossa cozinha e no nosso de uns alimentos para os comportamento. Vamos às comoutros através de superfícies pras, trazemos para casa frutas, ou utensílios comuns). legumes, carne e peixe, iogurtes Na despensa, as embalagens e queijos, mercearias e até prodevem ser colocadas de dutos de limpeza. O primeiro modo a ficarem na frente cuidado a ter tem que ver com a aquelas que tenham um necessidade de deixar para úlprazo de validade mais timo as compras dos frescos curto. Todas as embalagens (iogurtes, queijo, fiambre, manabertas devem ser fechadas teiga) e, no fim, os congelados. O e identificadas (data de valisegundo cuidado pode ser na dade e data de abertura). disposição das compras no caNo momento de preparação rrinho ou sacos de transporte. da refeição, deve ter o Tenha o cuidado de não juntar cuidado de distinguir as por exemplo a carne ou peixe áreas ou bancadas de coDê uma especial (crus) aos alimentos prontos a zinha para os alimentos crus consumir (pão, uvas, morangos). atenção às e para os cozinhados, eviJá ao chegar a casa, os géneros tando mais uma vez a confrescos e congelados devem ser temperaturas e taminação cruzada prinos primeiros a ser acondiciona- tempos de cozedura cipalmente por tábuas e dos no frigorífico e congelador facas. Ao cozinhar, dê uma respetivamente. Quando falamos no frigorífico, especial atenção às temperaturas e tempos de a sua organização também tem que obedecer a cozedura de alimentos, como ovos ou carne de algumas regras (já para não falar da limpeza e aves, inativando assim os microrganismos higiene de prateleiras e borrachas), tais como: eventualmente presentes nos mesmos. O alerta nas gavetas deve colocar os frutos e legumes; vai ainda para a lavagem frequente das mãos, nas prateleiras de baixo devem ficar carne e bem como a troca e desinfeção de esponjas e espeixe em fase de descongelação (num recipiente fregões, onde se alojam grande parte dos mique não permita verter líquidos resultantes da crorganismos da cozinha. Olhe por si e olhe descongelação); mais acima na zona mais fria pelos outros!

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Na estrada entre Arruda e Vila Franca há vales e montes, vinhas e quintas cheias de memórias preciosas. Foi assim que nasceu o Casaleiro’s, aproveitando toda esta riqueza envolvente, estampada numa carta gourmet, onde os ingredientes são de primeira qualidade. Há o torricado de bacalhau, naco de toiro com molho de cervejeira, um risotto de polvo com tomate seco e opções vegetarianas deliciosas. E as sobremesas são de partir o coração. Só vindo cá é que pode descobrir.

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42 // saúde // outubro conselho

Ortopedia funcional dos maxilares Joana Beirolas*

Antes de mais gostaria de fazer um breve resumo de como vim parar à especialidade de ortopedia funcional dos maxilares. A minha área de intervenção são as crianças, e ainda hoje existe o paradigma de que o médico dentista só trata dos dentes, o que é errado de todo. Comecei cada vez mais a depararme com crianças com atrasos no desenvolvimento esquelético dos maxilares, o que implica na grande parte dos casos grandes problemas na falta de espaço na fase do nascimento dos dentes definitivos, e não só, mas é isso que mais facilmente chama a atenção dos pais. Irei explicar-vos tudo adiante. É do conhecimento geral a função de um ortopedista. Intervir numa parte do corpo, que pode ser um osso ou uma articulação e devolverlhe a função. É disso que a ortopedia dos maxilares se trata. Intervém, idealmente, durante o crescimento da criança, fazendo com que tudo o resto, respiração, mastigação, fala, língua e músculos da face, postura da cabeça e coluna, e por último os dentes, adotem uma posição e função corretas.

Se imaginarmos uma pedra debaixo do nosso sapato durante anos é fácil perceber que durante os primeiros tempos vai provocar dor e desconforto, mas depois o pé é obrigado a adaptar-se à pedra e vai deformar-se para tentar cumprir a sua função: andar. Na boca processa-se do mesmo modo. Por isso é incorreto, esperar que as crianças cresçam, troquem todos os dentes de leite e depois então colocar um aparelho. Durante anos de espera a criança já pode ter criado uma deformação óssea, uma assimetria no crescimento da face. Hábito como chuchar no dedo ou na chupeta até tarde, ter uma ali-

mentação à base de alimentos processados, moles, que não estimulem o crescimento dos maxilares, respirar pela boca (a respiração pelo nariz é fundamental para o crescimento dos maxilares) e até fatores genéticos podem desenvolver algum tipo de crescimento facial incorreto. Na ortopedia as ferramentas são muitas e o lema é de que há sempre algo que pode ser feito. Se uma criança tem algum bloqueio num dente que por si só é capaz de provocar grandes alterações no crescimento, então há que realizar pequenos desgastes no dente ou acrescentar com restaurações de modo a colocar no sítio correto aquele dente. Se for necessário intervir de forma mais generalizada na cavidade oral então irá planearse um aparelho ortopédico funcional. São aparelhos removíveis, úteis quando se quer comer ou fazer desporto. São altamente confortáveis e não provocam qualquer tipo de dor. O conceito é usar as forças de crescimento e o aparelho não faz força, não empurra dentes, estimula apenas esse crescimento.


43 conselho

Osteoporose, doença silenciosa Sónia Teles*

Hoje em dia, as crianças adoram usar aparelho e por isso a aceitação e colaboração por parte destas é bastante boa, aliado a estratégias como poderem personalizar o seu aparelho com as misturas de cores que mais gostem. Outra pergunta frequente é se os adultos também podem ser tratados ortopedicamente. O índicie de formação óssea é menor mas existe sempre essa possibilidade. Uma fratura óssea é sempre tratada, embora nas crianças mais rapidamente. As aplicações mais frequentes destes aparelhos em adultos acontecem em casos de patologia e/ou dor na articulação dos maxilares, casos de bruxismo (ranger dos dentes) e apneia do sono leve. Eles permitem colocar os dois maxilares numa posição mais correta, descomprimindo a articulação. Quem sofre de patologias articulares sabe que a dor é altamente incapacitante e quando colocam os aparelhos o difícil é tirar, pelo conforto experienciado. Entender um diagnóstico médico é essencial para sermos mais conscientes de nós próprios, podendo decidir de forma informada na saúde e no bem-estar de cada um.

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Em outubro celebram-se dois dias mundiais na área da saúde que estão intimamente relacionados. No dia 18 é o Dia Mundial da Menopausa e a 20 de outubro assinala-se o Dia Mundial da Osteoporose. Esta doença, dolorosa e debilitante, consiste num enfraquecimento gradual dos ossos podendo dar origem a fraturas com mais facilidade. Apesar de a osteoporose ser mais frequente na mulher pós-menopáusica também pode atingir homens mais idosos. Aliás, aos 70 anos, a perda de massa óssea, bem como a diminuição de absorção do cálcio, já é idêntica em homens e mulheres. Embora a osteoporose esteja relacionada com o envelhecimento não quer dizer que seja inevitável. Para além da idade e da menopausa há outros fatores de risco como doenças que diminuam a produção de testosterona nos homens, história familiar, a toma prolongada de corticosteroides e doenças crónicas como, por exemplo, a diabetes, a doença de Crohn ou a artrite reumatoide. Seja como for é sempre possível prevenir esta situação. O estilo de vida é preponderante. A alimentação deve ser rica em fontes de cálcio como os lacticínios e algumas verduras e frutas tais como brócolos, couve ou damasco e peixes enlatados com espinha. A presença de vitamina D é essencial para a fixação do cálcio. A vitamina D é produzida pelo nosso organismo através da exposição solar. No entanto, com uma exposição solar segura nem sempre se consegue produzir em quantidade suficiente. Por isso, pode-se aumentar o consumo de alguns alimentos como gema de ovo, salmão e atum. A suplementação, quando necessária, deve ter sempre acompanhamento profissional. O exercício físico moderado e regular é essencial. O exercício não pode ser tão intenso que conduza a baixo peso corporal já que o risco de osteoporose é maior em pessoas com IMC<20. Alguns maus hábitos como fumar ou beber em excesso também têm influência negativa nesta patologia. Vamos cuidar da saúde dos nossos ossos para continuarmos a ter qualidade de vida por muitos e bons anos. *farmacêutica


44 // leis // outubro

Os meios alternativos de resolução de conflitos conselho

Cláudia Berto Marques*

A 19 de outubro assinala-se o Dia Mundial de Resolução de Conflitos. O objetivo desta data é chamar a atenção dos cidadãos para os meios alternativos de resolução de conflitos à sua disposição (como a mediação, a conciliação ou a arbitragem), motivando-os à utilização dos mesmos, ao invés de recorrerem aos tribunais judiciais. Estes meios alternativos têm tido uma adesão crescente por parte dos cidadãos, no nosso país, cada vez mais conscientes da existência dos mesmos e dos seus direitos. As grandes vantagens para os cidadãos no recurso aos meios alternativos de resolução de litígios (quer os centros de arbitragem, os julgados de paz ou os centros de mediação de conflitos) são a celeridade, a menor burocracia dos processos e o facto de serem tendencialmente gratuitos. Na nossa comarca não existem julgados de paz. Já quanto aos centros de arbitragem os cidadãos têm à sua disposição, nomeadamente, o Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo (desde que a empresa em causa tenha aderido ao mesmo,

Na nossa comarca não existem julgados da paz ou a tal esteja obrigada por lei); ao Centro de Arbitragem de Seguros Automóveis, do sector automóvel e para conflitos administrativos (todos sitos em Lisboa). Por fim, quanto à mediação, existem à disposição dos cidadãos três sistemas: mediação penal, família e laboral, todos eles de fácil acesso. Para recorrer a estes meios alter-

nativos é sempre necessário confirmar que o litígio em causa é passível de ser resolvido pelos mesmos (o que depende dos factos em causa, do valor, das entidades estarem ou não abrangidas pelos mesmos, etc.). Por outro lado, convém não esquecer que o recurso a estes meios, não deve dispensar a consulta de um advogado, como muitas vezes se pensa, pois a verdade é que as empresas aderentes aos mesmos estão sempre devidamente representadas por advogado, o que, caso o cidadão comum não se previna, acaba por degenerar numa situação de desigualdade, como já assisti muitas vezes. Além disto, os meios de resolução alternativa nem sempre são adequados. Direi eu que o seu âmbito de aplicação se deveria cirscunscrever àqueles litígios de manifesta simplicidade, onde a prova seja sobretudo documental (porque nem todos os meios de prova são possíveis no âmbito, por exemplo, dos centros de arbitragem elencados ou dos julgados de paz) e nos quais seja viável a possibilidade de chegar a um consenso.

*advogada


parabéns a nós A gira completa um ano de existência. Nestas 12 edições descobrimos histórias novas, desbravámos terreno, conhecemos gente fascinante. Nada disto seria possível sem a ajuda dos nossos anunciantes. A todos eles

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46 // animais // outubro

Prevenir o cancro nos animais Daniel Gonçalves*

O cancro, infelizmente, é comum em animais domésticos e a sua incidência aumenta com a idade. O cancro é responsável por cerca de metade das mortes de animais com mais de dez anos. E como os animais ainda não falam, cabe ao dono estar atento aos sinais. Cada tipo de cancro requer tratamento individual. Podes usar cirurgia, quimioterapia, radiações, criocirurgia (congelação), hipertermia (calor) ou imunoterapia ou uma combinação destas terapias. Alguns tipos de cancro, como o mamário, são possíveis de prevenir com uma castração inicial. O problema é que a maioria é desconhecida e dessa forma a prevenção é difícil. Daí que o sucesso do tratamento depende do tipo e da extensão do cancro, bem como da agressividade da terapia. Alguns dos cancros podem ser curados, e quase todos os animais podem ser ajudados de alguma forma. E há mais oportunidades de curar o seu animal se o cancro for detetado numa fase inicial. Os sinais mais comum a ter em contra são, por exemplo, feridas que não cicatrizam; perda de peso; falta de apetite; sangramento ou descarga de qualquer abertura do corpo; mau odor; dificuldade em comer ou deglutir;

hesitação no exercício ou perda de estabilidade; claudicação mais ou menos dolorosa; problemas em respirar, urinar ou defecar. O diagnóstico é feito de diversas formas: raios X, ultrasonografia e determinados testes sanguíneos ajudam a detetar o problema. O exame físico e o seu historial médico são também importantes para o diagnóstico. Depois, claro, tudo depende do órgão afetado. A maioria dos tumores da pele, por exemplo, são malignos, enquanto que nos cães são muitas vezes benignos. Cerca de metade dos tumores mamários em cães e mais de 85 por cento em gatos são malignos. Castrar as fêmeas antes do primeiro cio vai reduzir em grande escala o risco de cancro mamário. O cancro pode, também, desenvolver-se dentro do nariz tanto de gatos como de cães. Já os linfomas ou linfosarcomas estão muitas vezes associados ao crescimento de um ou vários linfonodos no corpo. E os tumores nos testículos são raros em gatos mas comuns em cães. E atenção é difícil diagnosticar tumores dentro do abdómen. Qualquer que seja o problema, é importante estar atento ao comportamento e aos sinais do seu animal. Leve-o ao médico sempre que tenha dúvidas.

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