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Literatura
Li t e r a t u r a
(In)Gratidão?
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Inês Fonseca, 12. º A
H a v i a u m h o m e m , c o n h e c i d o r e g i o n a l m e n t e c o m o M e i a s C o l o r i d a s . T o d o s o s d i a s u s a v a u m a s m e i a s d i f e r e n t e s , s e m p r e c o m c o r e s v i b r a n t e s . U n s r i a m , o u t r o s a p o n t a v a m e c o m e n t a v a m c o m o s s e u s c o n h e c i d o s e , t a m b é m , h a v i a q u e m n ã o s e i m p o r t a s s e . O s s e u s a m i g o s t i n h a m d e s i s t i d o d e e n t e n d e r , j á q u e “ P o r q u e s i m ” n ã o e r a u m a r e s p o s t a m i n i m a m e n t e s a t i s f a tó r i a . E e r a i s s o q u e s e s a b i a , d e u m d i a p a r a o o u t r o o p r e t o o u l i s o t i n h a s i d o s u b s t i t u í d o p o r p a d r õ e s e s t r a n h o s e e x u b e r a n t e s e q u e n ã o a d i a n t a v a t e n t a r e n t e n d e r o p o r q u ê . A t é q u e u m d i a , u m a p e r g u n t a d i f e r e n t e f o i f e i t a –“ O n d e a s a r r a n j a s t e ? ” – e l e fo i t o t a l m e n t e a p a n h a d o d e s u r p r e s a ; “ O n d e ? ” n ã o h a v i a u m o n d e , a p e n a s u m q u e m .
“ F o i a m i n h a a v ó q u e a s f e z , p o r i s s o , n ã o a c h o q u e v a i s e n c o n t r a r u m a s p a r e c i d a s ” , r e s p o n d e r a u m t a n t o c o n f u s o , a o q u e a p e s s o a a p e n a s s o r r i u , t ã o e s t r a n h o e r a a q u e l e s o r r i s o ; “ U m a p e n a ! ” c o m e n t a r a o o u t r o c o m u m o l h a r e v a s i v o , “ G o s t a v a d e t e r u m a s a s s i m ” .
E r a u m t a n t o e s t r a n h o o u v i r a q u e l a s p a l a v r a s e , p o r i s s o , n ã o s a b i a e x a t a m e n t e o q u e f a z e r , d e v e r i a d i z e r a l g o , o u a p e n a s s o r r i r ? “ M a s i s s o é s ó m o d a o u h á u m m o t i v o p a r a a s u s a r e s ? ” , c o n t i n u a r a p o r f i m . O h o m e m s o r r i u , l e m b r a n d o-s e d o p a s s a d o e t a l v e z p o r q u e n u n c a n i n g u é m s o u b e r a f a z e r a s p e r g u n t a s c e r t a s ; t a l v e z e s s e f o s s e o m o t i v o p a r a t e r r e s p o n d i d o – “ E u c o s t u m a v a o d i á-l a s . A m i n h a a v ó i n s i s t i a e m c o n t i n u a r a f a z ê-l a s e e u o d i a v a-a s c a d a v e z m a i s e n ã o a s u s a v a . M a s , a g o r a , u s o-a s ! ” P e l a e x p r e s s ã o , o h o m e m a s s u m i u q u e o o u t r o n ã o t i n h a e n t e n d i d o a e x p l i c a ç ã o , o q u e , s e q u i s e s s e s e r h o n e s t o , j á e s t a v a à e s p e r a . “ E l a d e v i a v e r-m e u s á-l a s p e l o m e n o s u m a v e z ! ”
Amizade
Quando a nossa vida muda a meio
Ana Senra, Ana Pereira, Ana Vilas Boas, Inês Gonçalves e Joana Gomes, 7.º C
Era uma vez um jovem chamado Carlos Ribeiro. Estudava numa Universidade, mas tirava más notas; dormia nas aulas, pois deitavase tarde devido ao seu vício nos jogos online .
Na Universidade nenhum professor ligava ao facto de Carlos dormir nas aulas, exceto o seu professor de História. Chamava-se Pedro Veloso; era um homem alto e bem constituído. Tinha quarenta e cinco anos, era casado e tinha uma filha.
Como não era a primeira vez que o Carlos dormia nas suas aulas de História, o professor Pedro pediu para que não saísse da sala quando tocasse, pois queria falar com ele. E assim foi. Quando tocou, o Carlos continuou sentado na sua mesa, à espera que o professor fosse à sua beira. Depois de todos os colegas saírem, o professor foi ter com o Carlos e perguntou: - Eu vou ser direto. Por que motivo dormes nas aulas? - Mas, … desculpe. Eu nunca mais adormeço nas aulas! - Eu não te disse para me pedires desculpa – exclamou o professor. – Perguntei por que dormes nas aulas! - Pronto, eu conto a verdade. Adormeço nas aulas, porque passo a noite toda a jogar online. Já tentei parar de jogar, mas não consigo! Ajude-me professor, porque já não sei o que fazer! - Quando é que começaste a ficar viciado nos jogos online? –interrogou o professor, preocupado. - Eu já jogava há muito tempo, mas quando comecei a ficar a noite toda acordado foi no primeiro período.
- Então, estando nós já no segundo período, tu tens passado todas as noites a jogar no computador? - Sim. - Mas, a tua visão está boa? Como passas tanto tempo no computador! - Eu acho que está tudo bem! – concluiu o Carlos. - Vou falar com os teus pais e levo-te a um médico para tentar tirar-te desse vício, mas não te esqueças que a força de vontade para acabar com isto vem de ti. Também te vou ajudar a estudar para o teste de História, pois está próximo. - Está bem! – respondeu o Carlos, feliz por ter a grande ajuda do professor.
E assim foi. O professor Pedro falou com os pais do Carlos e marcaram uma consulta na psicóloga. O Carlos começou a sair mais tarde da Universidade, pois o professor estava a ajudá-lo a estudar.
Passados alguns dias, o Carlos foi à consulta e quando voltou à Universidade, foi ter com o professor e exclamou: - Obrigado, professor, por tudo o que tem feito por mim! Eu sei que, para já, só tive uma consulta na psicóloga, mas foi muito agradável. Também gostaria de agradecer a ajuda a estudar para o teste de História. - De nada, e não te esqueças que amanhã é o teste, por isso revê a matéria e vais ver que tiras boa nota. - Obrigado por tudo. Não sei como lhe posso agradecer. - Vai para casa, estuda um bocadinho e depois descansas. - Até amanhã! - Até amanhã.
No dia seguinte o Carlos foi para a Universidade muito nervoso. Quando recebeu o teste, o professor Pedro sussurrou-lhe ao ouvido: - Tem calma, vais ver que vai correr tudo bem.
Ao ouvir estas palavras, o Carlos tentou acalmar-se. Durante a realização do teste, o Carlos começou a ver mal e, do nada, ficou cego. Como ficou sem ver nada, começou a pedir ajuda, aos berros.
Ao princípio pensaram que o Carlos estava a brincar. Como ele continuava a gritar e muito nervoso, chamaram uma ambulância.
O professor Pedro acompanhou o Carlos até ao hospital, tentando acalmá-lo.
Quando estava no hospital, depois de ser visto por vários médicos, foi dito ao Carlos que nunca mais voltaria a ver. O Carlos começou a chorar desesperadamente e, apesar de o professor Pedro o tentar acalmar, decidiram deixá-lo sozinho para se tentar acostumar à nova fase da sua vida.
A partir desse dia, o Carlos nunca mais voltou à Universidade e teria de se inscrever numa escola para cegos, para reaprender a ler e a escrever.
Estava em casa há já algum tempo, muito triste e a tentar esquecer a nova vida que teria pela frente.
Como o professor Pedro não teve muitas notícias do Carlos, decidiu ir ter com ele. Quando chegou à sua casa, o professor perguntou ao Carlos: - Olá. Como é que te sentes? - Mal. Eu ainda não acredito que fiquei cego. Para mim, isto é um pesadelo do qual ainda não acordei. - Mas tens que ter pensamentos positivos e continuar com a tua vida.
- Só que eu não consigo encarar tudo o que me está a acontecer. – disse o Carlos, a chorar. – Já estou farto! - Tens de continuar a lutar e tudo vai correr bem. Não desistas!
Tens toda a tua família a apoiar-te. - As pessoas tratam-me como se eu precisasse de ajuda, mas eu não quero. Parece que sou um bebé que precisa que façam tudo por ele. - Tu não és um bebé, mas és um jovem que acabou de ficar cego. Por agora precisas da ajuda de todos, mas quando te habituares, já não precisarás. - Queria tanto que tudo acabasse agora. – disse tristemente o
Carlos.
O professor abraçou o Carlos. Como já era tarde, o professor teve de ir embora. Ao partir disse: - Agora tenho que ir embora, mas amanhã quero saber como estás e também quero saber se já te inscreveste na tua nova escola para cegos. - Adeus, professor. Amanhã ligo-lhe para dizer como estou.
E, de seguida, o professor foi-se embora.
Passados alguns dias, o Carlos ia para a sua nova escola e o professor Pedro perguntou-lhe: - Estás entusiasmado? - Sim, mas também estou muito nervoso! - Vais ver que vai correr tudo bem. - Espero bem que sim.
Algum tempo depois, Carlos e o professor continuavam muito amigos. Quando o Carlos precisava de ajuda, o professor era o primeiro a oferecer-se para o ajudar.
Agora que o Carlos estava habituado à sua deficiência, ele era muito feliz e nunca desistia de concretizar os seus sonhos.
O Grande Crime
Quando um momento muda a nossa vida
Pedro Figueiredo, Inês Garrido, Lara Cavalheiro e Tatiana Fernandes, 7.º C
Numa certa manhã de inverno, dias antes do Natal, a Ana acorda e decide comprar as prendas para os seus filhos, Miguel e Paula.
Colocou as suas coisas no carro e disse aos seus filhos: - Entrem no carro e coloquem os cintos!!
Os filhos responderam: - Está bem, mãe. Vamos já!
À chegada ao parque de estacionamento, a Ana estaciona e diz aos filhos: - Fiquem no carro que eu volto já. Não vou demorar muito.
A Ana dirige-se ao elevador e quando lá chega vai em direção ao seu negócio, uma loja de roupa, muito frequentada e onde ela investiu muito dinheiro.
A caminho da sua loja é assaltada e levam-lhe o dinheiro que tinha para pagar as suas contas do mês; era o único dinheiro que lhe restava.
Uma senhora africana, chamada Taty Mukama, estava a passar junto da Ana, com a sua filha, Tita, de dois anos. Foi considerada a principal suspeita, porque no momento ficou parada a observar o assalto.
Quando reparou que estavam a olhar para ela, começou a fugir com a sua filha, porque ela, sabendo que tinha entrado no país ilegalmente, pensou por momentos que podiam ter descoberto.
No meio da confusão, Taty Mukama foi apanhada e detida naquele preciso momento.
Foi levada para a esquadra da polícia, em Goios. Nesse mesmo dia, foi interrogada pelos detetives, tendo negado tudo.
Passou a noite na esquadra a aguardar pelo julgamento, que seria no dia seguinte.
Quando chegou ao tribunal, o juiz perguntou: - Foi você que assaltou a senhora Ana?
E ela respondeu: - Eu só falo na presença do meu advogado.
Então chamaram um advogado. Ficou encarregue da defesa de Taty.
Quando o advogado chegou, disse-lhe: - Explique-me a sua situação, senhora Taty Mukama.
Ela explicou tudo o que aconteceu muito pormenorizadamente. Ao fim de tudo explicado, começou o julgamento.
Quase no final do julgamento, o juiz termina dizendo: - Senhora Taty Mukama, a senhora é a culpada.
A pena será a prisão durante treze anos e a filha será retirada e enviada para uma instituição.
Passados os treze anos, Taty Mukama sai da cadeia.
Nesse mesmo dia, foi à instituição para onde a sua filha tinha sido levada.
Quando lá chegou, perguntou:
- Estou à procura de uma menina que por esta altura, tem quinze anos. Na altura em que cá foi deixada tinha dois anos. - Mas, como é que a menina se chama? – perguntou a funcionária. - Chama-se Tita Mukama. – respondeu ela.
A senhora respondeu: - Ah! Lembro-me dela. Mas, infelizmente, a menina já foi adotada há muitos anos por um casal português muito rico que emigrou para Londres.
Taty Mukama saiu logo da instituição com lágrimas nos olhos.
Quando, mais tarde, passa numa ponte, decide suicidar-se.
Antes de cumprir o seu objetivo, diz: - Nunca devia ter desistido de provar a minha inocência para nunca perder a minha filha. Só de pensar que a não volto a ver, deixo de ter razões para viver.
Uma história de arrepiar
Gostava de histórias de enfiar a cabeça debaixo dos cobertores. Minha avó materna sabia bem disso, e não me desiludia. Eram de arrepiar! Numa delas era ela própria a heroína.
Mas esta que vou contar é tremenda. Em filme, só com bolinha vermelha. " Conta-se - dizia ela - que, há muito, muito tempo, havia, em Zimão, dois irmãos caçadores. (Não garanto que tivesse sido em Zimão, nem que fossem apenas dois caçadores ...). Eram os dois apaixonados pela caça. Andavam dia e noite pelas serras, de caçadeira em punho, e só paravam para comer. Sem descanso, percorriam a serra de lés a lés.
Um e o outro eram altos, espadaúdos, peludos como macacos, rijos e violentos. Segundo a lenda, o mais velho tinha uma voz que fazia estremecer os ramos e as folhas da floresta.
Num Inverno, em que nevara como não havia memória, os lobos andavam esfomeados, e tornaram-se muito ferozes, atacando tudo o que bulisse à sua volta. Uivavam de manhã à noite e já tinham devorado várias ovelhas e atacado pessoas.
Entretanto, começou a circular um rumor. Falava-se de um lobo terrível, de pelo cinzento, que tinha comido duas crianças e arrancado o braço de uma mulher. Dizia-se ainda que aparecia, sem medo de nada nem de ninguém, junto às aldeias, a farejar pelas portas.
O pânico apoderou-se de todos. Já ninguém saía à rua, de noite. A escuridão parecia tomada pela imagem da besta feroz.
Corajosos e confiantes, os dois caçadores decidiram ir à sua procura para o matar. Correram montes e vales, mataram dezenas de lobos, mas daquele nem rasto. Andaram dias e noites a percorrer as florestas, e nem um sinal da alimária. E a cada batida, esta ia matando mais animais e pessoas.
Até que um dia, a fera penetrou no estábulo dos dois caçadores e matou as melhores ovelhas que tinham. Inflamados de raiva, pela ousadia do animal, iniciaram uma perseguição furiosa para lhe desferirem o golpe de misericórdia. Desde a aurora até ao luscofusco da noite, percorreram moitas, regatos e fragas sem encontrarem a besta. Já sem esperança, voltaram para casa. Ao cair da noite, desciam o caminho apertado, ladeado de um espesso arvoredo. Já não conseguiam esconder o medo que lentamente os invadia e fazia arrepiar a espinha. Ao ponto de um dos irmãos exclamar: - Este animal não é um qualquer! Parece possuído pelo demónio! - Vê como o Sol está vermelho! Vamos ter más notícias de novo esta noite! - exclamou o outro.
Mal acabou de falar, uma fera enorme saiu bruscamente de uma moita de giestas e atravessou o caminho a escassos metros dos dois. Apontaram ao mesmo tempo a espingarda, e seguisse uma sequência de tiros raivosa, mas fora do alvo. A besta escapou ilesa.
Resolveram correr a casa para aparelhar os cavalos.
Iniciaram então uma perseguição cerrada através da mata onde o temido animal se metera. Curvados na sela, a galope, começaram uma perseguição louca pelas ravinas e encostas da serra.
Entretanto, o caminho apertara, devido à espessura do matagal, eis que, subitamente, o irmão mais velho chocou com violência num galho de árvore que lhe trespassou o crânio, caindo ao solo sem vida, enquanto o cavalo desaparecia, numa fuga alucinante, pela escuridão da floresta.
O irmão mais novo saltou do cavalo, apertou nos seus braços o irmão moribundo, olhando, horrorizado e em soluços, o rosto ensanguentado. Pouco a pouco sentiu o medo invadi-lo, um medo estranho que nunca sentira antes. Um singular temor da sombra, da solidão, dos bosques, das serras e do lobo invencível que acabava de provocar a morte do querido e inseparável irmão.
Incapaz de continuar naquele estado, quase a desfalecer, levantou-se. Olhou à sua volta. Só escuridão e silêncio. Um silêncio pesado, estranho e avassalador.
Pegou no cadáver do irmão e estendeu-o na sela do próprio cavalo. Recomeçou a sua marcha, lentamente, perseguido por um turbilhão de imagens assustadoras.
Bruscamente, vê passar diante de si uma espécie de sombra, cuja forma era tão semelhante à da besta assassina! Olhou melhor... Era o lobo invencível...
Uma agitação interior percorreu as entranhas do caçador. E como um monge que desafia o demónio, fez o sinal da cruz, e avançou corajoso atrás da besta. Olhou de novo o cadáver inerte, reergueu o olhar e sentiu que o medo se transformara em raiva. Esporeou o cavalo e galgou na direção do lobo. Perseguiu a besta, sem lhe dar tréguas, através dos bosques, de olho fixo na mancha acinzentada que seguia agora escassos metros à sua frente. O próprio cavalo parecia animado por uma força brutal nunca vista. Galopava com o pescoço esticado, rompendo por entre os ramos das árvores, quando o caminho apertava.
De repente, cavalo e cavaleiro saíram do meio da floresta entrando num pequeno vale desarborizado. Um lugar repleto de pedregulho, fechado de um lado e de outro por rochedos enormes. O lobo sentiu-se acossado, sem saída possível. Porém, num gesto rápido, e decidido, virou-se pra trás, de fronte para o perseguidor.
O caçador foi ao fundo da sua garganta buscar o grito mais lancinante que tinha. O eco atravessou toda a serra, como se fosse um trovão. Desceu do cavalo com a faca do mato em punho.
O lobo curvou o lombo e esperou pelo caçador, olhando-o de frente. Os olhos luziam intensamente, como faróis.
Entretanto, antes de iniciar a batalha, o caçador retirou o corpo do irmão, e sentou-o sobre uma rocha, segurando a cabeça com duas pedras. Depois gritou-lhe aos ouvidos: - Olha bem, meu irmão! Quero que assistas à tua vingança!
Sem perder mais tempo lançou-se com todo o vigor para cima do monstro. Este tentou enterrar-lhe os caninos nas costas, mas o caçador agarrara-o, como uma tenaz, pelo pescoço, apertando com força e com raiva. Foi apertando cada vez mais, percebendo que a besta ia aos poucos desfalecendo.
O caçador, em delírio, ria-se perdidamente, enquanto gozava o formidável desfrute, e cerrava, esgotando as últimas forças, a besta feroz que ia agonizando. Gritou mais uma vez: - Olha, querido irmão, olha!
Eis que terminou a resistência do lobo. O seu corpo enorme e pesado ficou totalmente inerte. A fera mais assassina de sempre morrera.
O caçador trouxe-a a rastos ao pé do irmão e disse: - Querido irmão, aqui está ele! O teu assassino!
Fernandinho