Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Crateús (CE)
Plano de Ação Estratégica (Volume 1)
Preparado por
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Instituto Venturi Para Estudos Ambientais
Com a colaboração das Secretarias de Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Empreendedorismo, Educação, Infraestrutura, Saúde e da Associação de Catadores - Recicratiú.
Crateús (CE), Novembro 2014
Equipe Técnica: PREFEITURA MUNICIPAL DE CRATEÚS AGRICULTURA Francisco Carlos Soares de Almeida DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E EMPREENDEDORISMO José Lourenço Martins Torres Teobaldo Barbosa Marques Neto INFRAESTRUTURA João Luis leitão Rodrigues Francisco Pereira da Silveira Francisco George do Nascimento Pinho MEIO AMBIENTE Wanderley Marques de Sousa Márcia Cristina Sabóia de Andrade Lindinalva Oliveira da Cunha Rociania Barreto Cavalcante SAÚDE Juracir Bezerra Pinho INSTITUTO VENTURI PARA ESTUDOS AMBIENTAIS Arlinda Cézar – Bióloga, especialista em Planejamento Ambiental Cláudio Strüssmann – Arquiteto e Urbanista Ditmar Hirtenkauf – Engenheiro Eletricista, especialista em Eficiência Energética Eduardo Torres – Engenheiro Químico Fabíola Silvério – Química e Gestora Ambiental Naná Medina – Pedagoga e Educadora Ambiental Sérgio Pessoa Ribeiro – Advogado e Jornalista
PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CRATEÚS Antonio Mauro Rodrigues Soares SECRETÁRIO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE Wanderley Marques de Souza
Sumário Lista de Figuras.....................................................................................................................viii Lista de Quadros e Tabelas...................................................................................................x Lista de Siglas........................................................................................................................xii Apresentação......................................................................................................................xiv Preâmbulo.............................................................................................................................xxi 1.INTRODUÇÃO ............................................................................................... 29 1.1 Aspectos Ambientais............................................................................... 33 1.1.1 Clima ................................................................................................................................................... 33 1.1.2 Solo ..................................................................................................................................................... 33 1.1.3 Relevo ................................................................................................................................................. 35 1.1.4 Vegetação ........................................................................................................................................... 36
1.2 Aspectos Demográficos .......................................................................... 37 1.3 Infraestrutura............................................................................................. 38 1.3.1 Abastecimento de água ...................................................................................................................... 38 1.3.2 Esgotamento sanitário........................................................................................................................ 39 1.3.3 Fornecimento de energia ................................................................................................................... 39
1.4 Aspectos Sociais ...................................................................................... 39 1.4.1 Saúde e Educação ............................................................................................................................... 39 1.4.2 Índice de Desenvolvimento ................................................................................................................ 40
1.5 Atividade Econômica .............................................................................. 41 2. ABORDAGEM METODOLÓGICA DA ELABORAÇÃO DO PMGIRS ............ 41 2.1 Tipos e Métodos de Pesquisa ................................................................. 42 2.2 Levantamento de Dados e Informações............................................... 43 2.3 Tratamento de Dados e Informações .................................................... 44 3. CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............. 45 3.1 Resíduos Sólidos Urbanos ........................................................................ 46 3.1.1 Resíduos Domiciliares ......................................................................................................................... 46
3.1.2 Resíduos Recicláveis – Coleta Seletiva ............................................................................................... 52
3.2 Resíduos Sólidos Industriais ..................................................................... 55 3.3 Resíduos de Serviços de Saúde ............................................................. 57 3.4 Resíduos de Construção Civil ................................................................. 70 3.4.1 Resíduos de Novas Construções ......................................................................................................... 72 3.4.2 Resíduos de Demolição e Pequenas Reformas .................................................................................. 75
3.5 Resíduos Agrossilvipastoris ...................................................................... 77 3.5.1 Resíduos Agrossilvipastoris I (Orgânicos) ........................................................................................... 78 3.5.2 Resíduos Agrossilvipastoris II (Inorgânicos) ....................................................................................... 78
3.6 Tendências, Projeções e Considerações .............................................. 79 3.6.1 Resíduos Domiciliares ......................................................................................................................... 79
4. AVALIAÇÃO DO SISTEMA ATUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE CRATEÚS ................................................................................. 80 4.1 Aspectos Administrativos ........................................................................ 80 4.1.1 Resíduos Sólidos Domiciliares ............................................................................................................ 80 4.1.2 Resíduos Industriais ............................................................................................................................ 86 4.1.3 Resíduos de Serviços de Saúde ........................................................................................................... 87 4.1.4 Resíduos de Construção e Demolição ................................................................................................ 88 4.1.5 Resíduos Agrossilvipastoris ................................................................................................................ 89
4.2 Aspectos Políticos e Sociais .................................................................... 90 4.2.1 Coleta Seletiva com inclusão social .................................................................................................... 90 4.2.2 Percepções da comunidade com relação aos resíduos sólidos gerados no município ..................... 93 4.2.3 Avaliação do curso de formação de multiplicadores em educação ambiental ................................ 102
4.3 Aspectos Legais ..................................................................................... 107 4.3.1 Da Legislação Federal ....................................................................................................................... 108 4.3.2 Da Legislação Estadual...................................................................................................................... 114 4.3.3 Da Legislação Municipal ................................................................................................................... 120
4.4 Mecanismos de Financiamento ........................................................... 124 4.4.1 Formas Diretas de Arrecadação ....................................................................................................... 125 4.4.2 Potenciais fontes para a captação de recursos ................................................................................ 126
5. Objetivos e Metas .................................................................................... 130 6. Questões relevantes para as partes interessadas ............................... 133 7. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ................................. 136 7.1 Geração, Coleta e Transporte .............................................................. 137 7.1.1 Estratégias para Redução de Resíduos ............................................................................................. 138 7.1.2 Políticas para a redução de resíduos na fonte e reutilização ........................................................... 138 7.1.3 Ações voluntárias de redução e reutilização de resíduos na fonte .................................................. 139 7.1.4 Estratégias para a segregação na fonte............................................................................................ 141 7.1.5 Políticas para segregação na fonte ................................................................................................... 142 7.1.6 Ações voluntárias para a segregação na fonte ................................................................................. 143 7.1.7 Medidas tecnológicas para a segregação na fonte .......................................................................... 144 7.1.8 Estratégias para a Coleta e Transporte ............................................................................................ 146 7.1.9 Políticas para Coleta e Transporte.................................................................................................... 146 7.1.10 Ações voluntárias para coleta e transporte ................................................................................... 148 7.1.11 Medidas tecnológicas para coleta e transporte ............................................................................. 149 7.1.12 Plano Operacional para coleta e transporte .................................................................................. 151
7.2 Triagem, Tratamento e Disposição....................................................... 157 7.2.1 Estratégias para a Estação de Transferência e de Triagem para Recuperação de Materiais ........... 157 7.2.2 Políticas para a Estação de Transferência ........................................................................................ 158 7.2.3 Medidas Voluntárias na Estação de Transferência .......................................................................... 159 7.2.4 Medidas Tecnológicas na Estação de Transferência ........................................................................ 159 7.2.5 Estratégias para Tratamento Biológico ............................................................................................ 160 7.2.6 Políticas para Tratamento Biológico ................................................................................................. 160 7.2.7 Ações Voluntárias ............................................................................................................................. 161 7.2.8 Medidas Tecnológicas ...................................................................................................................... 161 7.2.9 Estratégias para Reuso, Reciclagem e Recuperação Resíduos ......................................................... 161 7.2.10 Políticas para Reuso, Reciclagem e Recuperação Resíduos ........................................................... 161 7.2.11 Ações Voluntárias ........................................................................................................................... 162 7.2.12 Medidas Tecnológicas .................................................................................................................... 162 7.2.13 Disposição Final .............................................................................................................................. 162
7.3 Benefícios Ambientais, Sociais e Econômicos ................................... 180 8. Monitoramento e Mecanismo de Retroalimentação .......................... 181
8.1 Introdução aos Indicadores-chave de Desempenho (KPI-Key Performance Indicators) ..................................................................................................... 181 8.2 Instrumentos de Avaliação e Monitoramento do Plano ................... 185 8.3 Indicadores para o Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos ............ 186 8.4 Indicadores de avaliação e monitoramento...................................... 187 8.5 Indicadores sociais da Reciclagem .................................................... 193 8.6 Indicadores Gerenciais ......................................................................... 194 Referências Bibliográficas ........................................................................... 201 ANEXOS ......................................................................................................... 206
Lista de Figuras Figura 1- Mapa de localização de Crateús ...................................................... 29 Figura 2 - Mapa do município de Crateús e seus distritos ............................ 32 Figura 3 - Solos-paisagens da região nordeste do Brasil ............................... 33 Figura 4 - Depressões Sertanejas .......................................................................... 35 Figura 5 - Paisagem da Caatinga: arbórea-arbustiva ................................... 36 Figura 6 – Desenho da Pesquisa ........................................................................... 43 Figura 7 – Amostragem (1) da caracterização e quantificação dos resíduos no ponto de geração ............................................................................. 47 Figura 8 – Amostragem (2) da caracterização e quantificação dos resíduos no ponto de geração ............................................................................. 48 Figura 9 – Composição dos resíduos no ponto de disposição.................... 50 Figura 10 – Comparação dos resíduos orgânicos com relação aos demais resíduos ......................................................................................................... 50 Figura 11 – Comparação do resíduo plástico com relação aos demais resíduos ......................................................................................................................... 51 Figura 12 – Comparação do rejeito com relação aos demais resíduos .. 51 Figura 13 – Evolução da quantidade de material coletado em 2014 ..... 53 Figura 14 – Evolução da renda dos Catadores em 2014 .............................. 54 Figura 15 – Caracterização dos resíduos triados pela Recicratiú em 2014 ........................................................................................................................................ 54 Figura 16 – Percentuais dos tipos de resíduo triados pela Recicratiú em 2014 ............................................................................................................................... 55 Figura 17 – Percentuais dos resíduos urbanos gerados nas indústrias ...... 57 Figura 18 – Percentuais dos tipos de resíduos produzidos pelas Unids. de Saúde Públicas........................................................................................................... 63 Figura 19 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas ESFs ........................................................................................................................................ 63 Figura 20 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CAPSs ............................................................................................................................ 63 Figura 21 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas GEBG ........................................................................................................................................ 64 Figura 22 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CCZ ........................................................................................................................................ 64 Figura 23 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento de saúde...................................................................................................................... 65 Figura 24 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 65 Figura 25 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento. 66 Figura 26 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 66 Figura 27 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento . 67 Figura 28 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 67 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
viii
Figura 29 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento .. 68 Figura 30 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 68 Figura 31 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento . 69 Figura 32 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados ........................................................................... 69 Figura 33 – Geração média mensal de resíduos na gestão pública e privada. ........................................................................................................................ 70 Figura 34 – Metros quadrados de área construída de jan-ago em 2014 73 Figura 35 – Metros quadrados construídos e licenças de instalação na área urbana em 2014 .............................................................................................. 73 Figura 36 – Licenças de instalação concedidas na área rural em 2014 . 74 Figura 37 – Estimativa de resíduos de novas construções ............................ 74 Figura 38 – Composição dos resíduos de construção civil gerados em Crateús ......................................................................................................................... 75 Figura 39 -– Terreno destino dos RCC gerados em Crateús ......................... 76 Figura 40 – Imagens Caminhão Pesado – Mercedes Benz/LS 1935 – Ano: 1998 ............................................................................................................................... 76 Figura 41 – Imagens Caminhão Aberto – VW/VW 11.130 – Ano: 1981 ...... 76 Figura 42 – Distribuição do Rebanho .................................................................. 77 Figura 43 – Destinação de resíduos de esterco ............................................... 78 Figura 44 – Projeção do crescimento populacional ...................................... 79 Figura 45 – Projeção do crescimento populacional e geração de resíduos ......................................................................................................................... 80 Figura 46 – Participação dos resíduos orgânicos na geração total .......... 80 Figura 47 – Imagem do terreno destinado à construção do PVR, com indicação do Galpão da Recicratiú .................................................................. 83 Figura 48 – Organograma de influência do gerenciamento de resíduos sólidos no Município de Crateús ........................................................................... 85 Figura 49 – Imagem da planta de ampliação do galpão de Triagem .... 93 Figura 50 – Gênero dos pesquisados .................................................................. 94 Figura 51 – Grau de escolaridade dos pesquisados ...................................... 95 Figura 52 – Faixa etária dos pesquisados ........................................................... 95 Figura 53 – Setor em que trabalham os pesquisados .................................... 95 Figura 54 – Grau de escolaridade X Segregação dos resíduos .................. 96 Figura 55 – Grau de escolaridade X Destinação dos resíduos .................... 97 Figura 56 – Grau de escolaridade X Conhecimento da Lei 12.305/10 ..... 97 Figura 57 – Faixa etária X Conhecimento da Lei 12.305/10 ......................... 98 Figura 58 – Setor em que trabalha X Conhecimento da Lei 12.305/10 .... 98 Figura 59 – Gênero X Conhecimento da Lei 12.305/10 ................................. 99 Figura 60 – Gênero X Segregação dos resíduos .............................................. 99 Figura 61 – Faixa etária X Segregação dos resíduos .................................... 100 Figura 62 – Faixa etária X Conhecimento da coleta seletiva .................... 100 Figura 63 – Faixa etária X Conhecimento da coleta comum ................... 101 Figura 64 – Grau de escolaridade X Descarte de medicamento vencido ...................................................................................................................................... 101 Figura 65 – Gênero X Descarte de medicamento vencido ....................... 102 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
ix
Figura 66 – Projeção dos cenários para os resíduos orgânicos ................. 152 Figura 67 – Hierarquia das ações na gestão de resíduos sólidos.............. 163 Figura 68 – Cobertura do solo de um Aterro Sanitário ................................. 164 Figura 69 – Etapas de aterro em valas ............................................................. 165 Figura 70 – Corte da seção de um aterro sanitário ...................................... 166 Figura 71 – Etapas de aterro em valas ............................................................. 167 Figura 72 – Instalação de drenos de gás ......................................................... 168 Figura 73 – Sistema de tratamento de chorume ........................................... 170 Figura 74 – Área coberta para recebimento do resíduo e Fosso no piso ...................................................................................................................................... 172 Figura 75 – Esteira superior com rampas que une a esteira inferior, por ambos os lados (em montagem) ...................................................................... 173 Figura 76 – Esteira transversal e Terceira esteira (seleção por produto) 174 Figura 77 – Fardos, Prensa para enfardar, Esteira da linha secundária e Fosso linha secundária ........................................................................................... 175 Figura 78 – Conpactador Encapsulador Semi Automático ....................... 176 Figura 79 – Compactador Encapsulador Automático ................................ 177 Figura 80 – Depósito de bolsas ............................................................................ 178 Figura 81 – Regras dos KPI's no processo geral de desenvolvimento e implementação do Plano .................................................................................... 185
Lista de Quadros e Tabelas CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Quadro 1 – Identificação dos bairros com as suas respectivas populações residentes ............................................................................................ 32 Quadro 2 – Índices demográficos dos distritos de Crateús .......................... 37 Quadro 3 – Principais indicadores de saúde - 2012. ...................................... 39 Quadro 4 – Indicadores educacionais no ensino fundamental e médio – 2012. .............................................................................................................................. 40 Quadro 5 – Produto Interno Bruto - 2010. ........................................................... 41 Quadro 6 – Amostragem no ponto de geração - bairros Fátima II e Planalto. ....................................................................................................................... 47 Quadro 7 – Amostragem no ponto de geração - bairro Maratoan. ........ 48 Quadro 8 - Distribuição dos Ecopontos. ............................................................. 52 Quadro 9 – Material reciclável triado mensalmente e a renda geral com a venda deste material. ......................................................................................... 53 Quadro 10 – Dados das indústrias de Crateús. ................................................ 55 Quadro 11– Volume médio mensal dos resíduos urbanos da Indústria. .. 56 Quadro 12 – Classificação dos resíduos de serviço de saúde. ................... 58 Quadro 13 – Amostragem dos resíduos de serviço de saúde perigosos e não perigosos. ............................................................................................................ 61 Quadro 14 – Amostragem de outros resíduos gerados em serviço de saúde. ........................................................................................................................... 62
x
Quadro 15 – Médias dos resíduos de reformas e demolições coletados em Crateús. ................................................................................................................ 77 Quadro 16 – Frequência da Coleta de Resíduos Sólidos no Município de Crateús. ........................................................................................................................ 81 Quadro 17 – Despesas com gerenciamento, coleta de resíduos sólidos e limpeza urbana em Crateús. ................................................................................. 84 Quadro 18 – Localização dos LEVE’s - Local de Entrega Voluntária Escolar. ......................................................................................................................... 91 Quadro 19 – Resultados obtidos de agosto-novembro. ............................... 91 Quadro 20 – Outras normas que regulam o tema resíduos sólidos. ........ 113 Quadro 21 – Programas de financiamento disponíveis. ............................. 127 Quadro 22 – Programas de financiamento não reembolsáveis. ............. 128 Quadro 23 – Objetivos. .......................................................................................... 130 Quadro 24 – Metas de curto prazo (2015-2018). ........................................... 131 Quadro 25 – Indicadores sugeridos para o PGIRS. ....................................... 188 Quadro 26 – Outros Indicadores sugeridos para o PGIRS........................... 191 Quadro 27 – Prazos de atendimento ao serviço. .......................................... 195 Quadro 28 – Estrutura de atendimento ao público. .................................. 197 Quadro 29 – Adequação da estrutura. ........................................................... 198 Tabela 1 – Domicílios particulares ocupados. .................................................. 38 Tabela 2 – Domicílios particulares permanentes segundo formas de abastecimento de água - 2010. ........................................................................... 38 Tabela 3 – Domicílios particulares permanente segundo formas de esgotamento sanitário - 2010. ............................................................................... 39 Tabela 4 – População extremamente pobre: (com rendimento domiciliar per capita mensal de até R$ 70,00) - 2010........................................................ 41 Tabela 5 – Levantamento de quantificação e caracterização de resíduos junto aos estabelecimentos de saúde públicos e privados do município de Crateús. ............................................................................................. 62 Tabela 6 – Farmácias e Drogarias da rede privada que responderam a pesquisa. ...................................................................................................................... 65 Tabela 7 – Estabelecimentos Odontológicos (Clínicas e Consultórios) que responderam a pesquisa. ....................................................................................... 66 Tabela 8 – Laboratórios de Análises Clínicas que responderam a pesquisa. ...................................................................................................................... 67 Tabela 9 – Clínicas/Consultórios Médicos que responderam a pesquisa. ........................................................................................................................................ 68 Tabela 10 – Clínicas Veterinárias/Pet Shop que responderam a pesquisa. ........................................................................................................................................ 69 Tabela 11 – Comparativo da geração mensal de resíduos entre estabelecimentos públicos e privados que responderam a pesquisa. ... 70 Tabela 12 – Quantidade de RCD coletado pelas empresas de limpeza pública em 2010. ....................................................................................................... 71 Tabela 13 – Elevação da quantidade de RCD coletado pelas empresas de limpeza pública entre os anos de 2007 e 2010. ........................................ 72 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
xi
Tabela 14 – Classificação dos RCC segundo as Resoluções 307, 348 e 431 do CONAMA. ............................................................................................................. 72
Lista de Siglas
ABLP– Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais GIRS – Gestão Integrada de Resíduos Sólidos IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística PMC – Prefeitura Municipal de Crateús PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos PMGIRS – Plano MUnicipal de GEstão Integrada de Resíduos Sólidos SELUR – Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo INMET – Instituto Nacional de Meteorologia IPECE – Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará LI – Licença de Instalação SiBCS – Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos CAGECE – Companhia de água e esgoto do Ceará PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico SES – Sistema de Esgotamento Sanitário SESA – Secretaria de Saúde do Estado do Ceará SEDUC – Secretaria da Educação Básica IDH – Índice de desenvolvimento humano PIB – Produto Interno Bruto RSU – Resíduos Sólidos Urbanos IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano UNEP – United Nations Environment Programme ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente RSS – Resíduos de Serviço de Saúde SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária CDL – Câmara de Dirigentes Logistas SINISA – Sistema Nacional de Informações de Saneamento CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
xii
SNIRH – Sistema Nacional de Informações em Recursos Hídricos PNMA – Política Nacional de Meio Ambiente PEMA – Política Estadual de Meio Ambiente COEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente Condema – Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente PERS – Política Estadual de Resíduos Sólidos PPA – Plano Plurianual PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Crateús FUNDEMA – Fundo Municipal do meio Ambiente RCC – Resíduos de Construção Civil RCD – Resíduos de Construção e Demolição RDO – Resíduos Domiciliares RPU – Resíduos Públicos SEMAM – Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crateús SEINFRA – Secretaria Municipal de Infraestrutura de Crateús P+L – Produção mais Limpa ARCE – Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Ceará SINIR – Sistema Nacional de Informações sobre a gestão dos resíduos sólidos MMA – Ministério do Meio Ambiente IESAP – Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público ISC – Índice de Satisfação do Cliente PwC – PricewaterhouseCoopers IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços FPM – Fundo de Participação dos Municípios CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
xiii
Apresentação
A inabilidade para uma ampla compreensão dos
A elaboração do Plano Municipal de
problemas de geração e caracterização de
Gestão
Integrada
de
Resíduos
Sólidos
do
resíduos resultou na
município de Crateús traz muito mais do que
transformação do
uma conformidade com a legislação federal - lei
gerenciamento de
nº 12.305/2010 e lei nº 11.445/2007 - É uma
resíduos sólidos em um dos mais prementes problemas da degradação ambiental urbana. A abordagem
conquista importante para a cidade na medida em que transcende a atual gestão. Deixa como maior legado o conhecimento técnico para as equipes
de
trabalho,
fundamental
para
a
individual ou
tomada de decisões dos gestores da área, na
fragmentada tornou-se
busca de excelência na prestação dos serviços
insustentável em razão da
de limpeza pública e monitoramento ambiental.
crescente complexidade das categorias de resíduos, proporcionada pela urbanização e industrialização. A abordagem para o gerenciamento das diversas categorias de resíduos apresentada
O processo de elaboração do Plano CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
de
Crateús
ora
apresentado
está
baseado no Termo de Convênio nº 02/2014, firmado entre a Secretaria do Meio Ambiente de Crateús
e
o
Instituto
Venturi
Para
Estudos
Ambientais.
nesse trabalho ocorreu de
A metodologia utilizada nesse trabalho
forma integrada levando em consideração não
tem
como
base
o
conjunto
de
práticas
apenas a constituição dos
construídas através de cooperação entre o
resíduos, mas também, os
Instituto Venturi Para Estudos Ambientais e o
sistemas existentes.
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-DTIE-IETC), em 2008/2009. Essa cooperação teve como foco a construção de capacidades para a elaboração de planos de
xiv
gestão integrada de resíduos sólidos para municípios de países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil. Na ocasião, Mr. Surya Prakash Chandak e Mr. Mushtaq Memom, dois grandes especialistas da UNEP, vieram do Japão para o Brasil ministrar o treinamento da equipe do Instituto Venturi, professores e alunos do Pós em Planejamento Ambiental, bem como técnicos e professores de outras instituições que foram convidados, sob a coordenação da Profa. Arlinda Cézar, naquela época Diretora Técnica do Instituto Venturi. O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos preparado para o município de Crateús é composto por duas fases:
Fase I - Planejamento Conceitualização de um sistema de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos adequado às condições sociais, econômicas e técnicas do CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
município de Crateús. Organização do processo de elaboração do plano, com formação dos Grupos de Trabalho (GT's). Treinamento de professores e catadores de materiais recicláveis, objetivando o fortalecimento da coleta seletiva. Esta fase do plano foi realizada em consulta com as partes interessadas em Crateús. Fase II – Implementação Elaboração do Plano para monitorar o desempenho do PMGIRS com base nos Indicadores estabelecidos no plano, bem como avaliação das
melhores
alternativas
para
a
disposição
ambientalmente
adequada para os rejeitos. Estabelecimento de metas quantitativas e qualitativas. Construção dos Esquemas1 necessários para preencher as lacunas identificadas no PMGIRS. Esta fase contou com a participação da comunidade, através de Audiência Pública.
xv
A transição do planejamento à execução será marcada por um seminário de divulgação final e Audiência Pública para a entrega formal do PMGIRS. Este seminário fornece a plataforma para os gestores públicos, doadores e instituições de financiamento, bem como os Grupos de Trabalho (GT's) que estiveram envolvidas no processo de planejamento reunir-se e discutir questões relacionadas à aplicação efetiva dos Esquemas. A Implementação do plano requer a integração dos aspectos identificados abaixo: Aspecto Político: Apoio para o plano ao nível da política é um fator importante para sua bem-sucedida implementação. As mudanças na política CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
incluem o reforço das leis e regulamentos existentes sobre a gestão de resíduos
sólidos,
a
promulgação
e
aplicação
de
novas
regulamentações, onde necessário, e o desenvolvimento de um mercado a partir de instrumentos econômicos com vistas a incentivar a comunidade para as boas práticas e, ainda, como um elemento desencorajante de práticas nocivas. Aspecto Institucional: Várias ações propostas no âmbito dos Esquemas do Plano GIRS vão auxiliar a superar os problemas existentes nas relações institucionais, compartilhando a responsabilidade da gestão adequada dos resíduos com os seus geradores. Isso vai ser reforçado com a construção de capacidades através da sensibilização e treinamento das partes interessadas relevantes. O aspecto-chave neste caso é permitir que tais partes interessadas sejam beneficiadas com a gestão adequada dos xvi
resíduos sólidos, permitindo-lhes desenvolver negócios relacionados à reciclagem e/ou à produção de produtos com valor agregado a partir dos fluxos de resíduos. Um fator chave para isso é capacitar tecnicamente funcionários que trabalham em departamentos/instituições relacionadas à compras e contratações, com a capacidade necessária para realizar o seu trabalho de forma eficiente. Assim, o conhecimento sobre materiais sustentáveis e tecnologias ambientalmente sustentáveis na gestão de resíduos sólidos, deve ser fornecido antes da sua implementação, como forma de otimizar a capacidade do Município de Crateús de priorizar a hierarquia das ações previstas na PNRS. As parcerias público-privadas, com Instituições de Ensino Superior, Organizações
Não
Governamentais
(ONG's)
e
Associações/Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
devem ser incentivadas durante a implementação. Estas devem oferecer um papel importante na implementação bem-sucedida do plano GIRS. O Município também deve estar capacitado a oferecer pagamento por serviços ambientais, reconhecendo o valor destes para reforçar o monitoramento do plano e transformar Crateús em um município consciente, limpo e saudável. Aspecto Técnico-Financeiro: Os aspectos técnico e financeiro são agrupados já que os recursos financeiros serão necessários ao investimento em tecnologias, equipamentos, máquinas e infraestrutura necessárias para implementar o plano GIRS. Os recursos estimados para o plano GIRS foram apontados no Volume 2, de acordo com o investimento inicial necessário para possibilitar uma bem sucedida implementação de
xvii
todos os Esquemas1 em cerca de R$1.100.000 (um milhão e cem mil reais) Uma vez que Crateús não será capaz de arcar com toda a exigência financeira para essa implementação, terá que buscar recursos
junto
ao
governo
federal
e
outras
fontes
doadoras/financiadoras como forma de viabilizar alguns dos Esquemas propostos. Portanto Crateús terá de contratar consultores que possam preparar projetos para financiamento intensivo dos mencionados Esquemas e submetê-los a diversas instituições de fomento. Alguns dos Esquemas
podem
empreendimentos
ser
rentáveis
implementados e,
portanto,
e
operados
investidores
como
podem
ser
consultados para assumir sua implementação, sob supervisão da PMC. Aspecto Social: CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
A participação comunitária é essencial em cada etapa do plano GIRS. Muitos dos Esquemas exigirão, portanto, a conscientização e capacitação
como
um
precursor
para
sua
implementação
propriamente dita. Os benefícios do plano devem recair sobre todos os membros da sociedade. A PMC também deve adotar medidas imediatas no acompanhamento dos Esquemas projetados para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores de saneamento e catadores. Geração
de
emprego
e
benefícios
financeiros
para
a
comunidade de Crateús é outro ponto chave a ser considerado. É essencial que quaisquer benefícios econômicos através de projetos de reciclagem, recuperação de resíduos, geração de biogás, etc. sejam traduzidos em benefícios quantificáveis para os cidadãos de Crateús. Esquemas detalhados de programas, projetos e ações para serem implementados no bojo do PMGIRS. 1
xviii
Isso irá incentivar a participação da comunidade e assegurar a sustentabilidade no longo prazo do plano. O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Crateús é oferecido em dois volumes:
Volume 1 - Plano de Ação Estratégica e Volume 2 - Esquemas para Implementação do Plano de Ação Estratégica.
Este Volume 1 tem como objetivo apresentar o Plano de Ação Estratégica para o Município de Crateús, com o intuito de levar adiante a sua implementação. Ao mesmo tempo, demonstra a aplicação de um processo de planejamento estratégico relevante para a gestão pública municipal e outras partes interessadas. O presente exemplar CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
ilustra a metodologia para o desenvolvimento de planos de ação estratégica, utilizando uma abordagem conduzida dentro do binômio consulta e consenso. Já o Volume 2, contém os Esquemas com as estratégias de implementação, essenciais para estabelecer um sistema integrado de gestão de resíduos que vai desde sua geração até a disposição final dos rejeitos. A tarefa é particularmente difícil porque as definições variam, as estatísticas são escassas e incompletas e uma visão geral é limitada. Neste contexto, o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para Crateús, que foi desenvolvido a partir de dados coletados que seguem este Plano de Ação Estratégica, é essencial e necessário para que no curto prazo se possa ter uma cenarização melhor embasada.
xix
O Plano de Ação Estratégica aqui oferecido é, portanto, baseado nos resultados das oficinas realizadas com professores, estudantes, catadores de material reciclável, técnicos das secretarias municipais, entidades representativas da sociedade e as inúmeras discussões e reuniões com os funcionários da secretaria de meio ambiente. Os relatórios foram compilados dentro de tempo e recursos limitados. As fontes de informação são relatórios anuais dos prestadores de serviços, Prefeitura Municipal, relatórios de licenciamentos ambientais, outros relatórios de pesquisa relevantes que foram disponibilizados e questões específicas de pesquisa ambiental. Todas as informações foram coletadas de entrevistas/debates com o pessoal da PMC, vários fornecedores de tecnologia que trabalham no setor dos resíduos, associação de catadores, professores e outras representações locais. Os dados coletados, portanto, representam a captação da situação de fato existente ao longo dos últimos dois anos e sua utilização para desenvolver um modelo de Plano de Ação Estratégica. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
O conjunto de diretrizes que constam neste Plano pode ser usado pelo Município de Crateús para desenvolver seus planos de ação estratégica específicos. Alocação de orçamento, tempo e recursos humanos para a coleta primária de dados, atualização de dados e gerenciamento de dados para atualizar periodicamente o plano de ação
constituem
passos
que
devem
ser
necessariamente
desenvolvidos. Vale ressaltar que os Planos de Ação são dinâmicos, por buscarem refletir ações da própria sociedade, e precisam ser monitorados, atualizados e fortalecidos como exigido pelas situações externas e internas. Isso impõe que os planos de ação sejam bem apoiados por meio da adoção institucional apropriada com instruções de trabalho e adequada e criteriosa atribuição de responsabilidades.
xx
Preâmbulo
O Brasil está em meio à implantação da PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada através da Lei n.º 12.305/2010, que impõe aos municípios a elaboração de Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. O prazo estabelecido para o cumprimento desta meta esvaiu-se em 02 de agosto de 2012, enquanto que o prazo previsto para erradicação de lixões findou em 02 de agosto de 2014. A PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental, criada através da Lei n.º 9.795/99 propõe-se a estabelecer os “processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”, segundo CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
seus próprios termos e definições. Por um eixo, ambas, enquanto políticas públicas, buscam a solução do que fazer com os resíduos. A primeira delas numa perspectiva que abrange desde sua geração até sua destinação final, passando nesse entremeio pelas etapas consagradas em princípios da Agenda 212 como os 3R3. Já pelo outro eixo, da educação ambiental, trata do que pode ser chamado de cidadania na sociedade de risco. Tem a tarefa de, na visão de Denise Nunes, “sensibilizar os cidadãos para formação de uma conscientização ética, a fim de minimizar os efeitos da degradação ambiental para obtenção de um meio É um plano de ação acordado por 179 países membros das Nações Unidas, durante a Rio 92, para ser adotado global, nacional e localmente, nos temas proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. 3 Redução do uso de matérias-primas e energia e do desperdício nas fontes geradoras);Reuso dos produtos já existentes; Reciclagem de materiais, como forma de tornarem ao ciclo produtivo como matéria-prima e não como rejeitos encaminhados aos aterros. 2
xxi
ambiente ecologicamente sadio e equilibrado”. Enfim, lida com a ameaça de rompimento do equilíbrio ecológico do Planeta. Tais políticas, em que pese a existência de metas de curto, médio e longo prazos, envolvem aspectos cujos resultados mais apreciáveis são geracionais, o que passa necessariamente pela construção do conhecimento. A destinação dos resíduos tem sido nos últimos anos uma grande preocupação da sociedade global. Cresce não só no Brasil o número de notícias relacionadas com responsabilizações de natureza ambiental
decorrentes
da
inadequada
disposição
de
resíduos
efetivadas no passado. A responsabilidade da atividade pública e privada com relação ao meio ambiente vincula-se fortemente à ideia de que, para CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
uma organização ser sustentável, além de zelar por sua viabilidade econômico-financeira,
deve
minimizar
seus
impactos
ambientais
negativos e agir em conformidade com as justas expectativas da sociedade. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2013, 11ª edição do relatório anual da ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, lançado em 04 de agosto de 2014, apesar dos marcos legais existentes, o Brasil ainda tem muitos desafios a serem superados na gestão de resíduos sólidos. Os dados do Panorama 2013 revelam que cerca de 60% dos municípios brasileiros ainda encaminham seus resíduos para locais inadequados e destes quase a metade utilizam lixões. O estudo aponta ainda que a geração total de resíduos no Brasil em 2013 foi de 76.387.200 toneladas, representando um incremento da ordem de 4,1%, xxii
índice que é superior à taxa de crescimento populacional no país no período, que foi de 3,7%. Ainda conforme os dados apresentados no Panorama, com relação à coleta seletiva nas regiões brasileiras o estudo mostra uma discreta evolução. Mesmo assim, na região nordeste 59,6% dos municípios declararam não haver iniciativas de coleta seletiva, enquanto 40,4% afirmaram ter iniciativas de coleta seletiva. Segundo o estudo “Três anos após a regulamentação da Política
Nacional
de
Resíduos
Sólidos
(PNRS):
seus
gargalos
e
superações“ encomendado pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (SELUR) e a Associação Brasileira de Resíduos
Sólidos
e
PricewaterhouseCoopers
Limpeza Corporate
Pública Finance&
(ABLP)
para
Recovery
a Ltda,
publicado em 2014, “a maioria das prefeituras ainda não dispõe de CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
recursos técnicos e financeiros para solucionar os problemas ligados à gestão de resíduos sólidos.” Também, os municípios raramente “utilizamse das possibilidades e vantagens da cooperação com outros entes federados por meio do estabelecimento de consórcios públicos” conforme previstos na Lei de Saneamento Básico (Lei no 11.445/2007) e Lei de Consórcios Públicos (Lei no 11.107/2005) e de seus respectivos decretos regulamentadores (Decreto no 7217/2010 e Decreto no 6.017/2007). O estudo destaca ainda que a dificuldade dos municípios em estipular uma taxa de resíduo sólido condizente com a realidade dos gastos e a geração de cada município pode ser atribuída, em parte, à falta de atualização das informações e da imprecisão dos sistemas de pesagem. O estudo diz ainda que a instituição da cobrança “precisa ser de forma eficaz e eficiente, sendo necessária a profissionalização
xxiii
desses
sistemas,
bem
como
o
correto
controle
financeiro
e
operacional.” No entanto, para o correto funcionamento de um sistema de gestão de resíduos, não basta que o mesmo contemple apenas a cobrança de taxa, a instalação do aterro sanitário e a consolidação da coleta seletiva. Faz-se necessário que todas essas ações integrem-se em um sistema amplamente planejado e articulado, com uma visão integrada de todos os fluxos de resíduos e todas as fases da gestão dos resíduos, levando a uma maior eficiência sistêmica. A Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos refere-se a uma abordagem estratégica para o gerenciamento sustentado de resíduos sólidos através da utilização de um formato compreensivo e integrado gerado através de ações preventivas sustentáveis para a utilização complementar de uma variedade de práticas de manejo de resíduos CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
sólidos de modo seguro e efetivo. Nesse contexto, o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos constitui-se em um dos principais instrumentos de implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que traz entre seus objetivos a intensificação de ações de educação ambiental, a promoção da inclusão social e o incentivo a indústria de reciclagem.
Política Nacional de Resíduos Sólidos - Definições A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305/10, reúne o "conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos"
xxiv
Segundo seu Art. 5º, esta integra "a Política Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Política Nacional de Educação Ambiental, regulada pela Lei nº9.795, de 27 de abril de 1999, com a Política Federal de Saneamento Básico, regulada pela Lei nº 11.445, de 2007, e com a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005." Para os efeitos desta Lei, o seu Art. 3º traz as seguintes definições:
I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto; II - área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos; III - área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis; IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final; V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidospreviamente segregados conforme sua constituição ou composição; CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
VI - controle social: conjunto de mecanismose procedimentos que garantam à sociedade informações e participação nos processos deformulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos; VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem,a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo;
xxv
X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei; XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável; XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens eserviços de forma a atender as necessidadesdas atuais gerações e permitir melhorescondições de vida, sem comprometer aqualidade ambiental e o atendimento dasnecessidades das gerações futuras; XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber,do SNVS e do Suasa; CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada; XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível; XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei;
xxvi
XVIII - reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físicoquímica, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; XIX - serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº 11.445, de 2007.
Para os efeitos desta Lei, o Art. 13 classifica os resíduos sólidos conforme transcrito abaixo:
I - quanto à origem: a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas; b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana; c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas "a" e "b"; d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas "b", "e", "g", "h" e "j"; e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea "c"; f) resíduos industriais: os gerados nosprocessos produtivos e instalações industriais; g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis; i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades; j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira; k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
xxvii
II - quanto à periculosidade: a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica; b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea "a".
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
xxviii
1.INTRODUÇÃO O município de Crateús está localizado na porção oeste do Estado do Ceará, com distância de 350 (km) da capital Fortaleza, situase na macrorregião do Sertão de Inhamuns, pertence à microrregião do Sertão de Crateús e mesorregião Sertões Cearenses.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 1- Mapa de localização de Crateús. Fonte: Adaptado do IBGE, 2010.
Sua área absoluta é de 2.924,143 (km2) e altitude 274,7 (m). Suas coordenadas geográficas são 5º10'42" de latitude Sul e 40º40'39" de longitude
oeste.
Municípios
limítrofes
são
Poranga,
Ipaporanga,
29
tamboril, Independência, Novo Oriente e o estado do Piauí (limite ainda em litigio com o Ceará). (IBGE, 2013). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Crateús é município originário de Marvão, no Piauí. Conforme a Lei geral nº 06-07-1832, elevou as terras à categoria de vila, com a denominação de Príncipe Imperial. Em 1880, a vila é desmembrada da antiga província do Piauí e passa a fazer parte do Ceará. Ainda no século XIX, por meio do decreto nº 1, de 02-12-1889, o local passou a denominar-se Crateús, e em 1911, foi elevado à categoria de cidade. Em 1920, a divisão administrativa fixou para o município os distritos de Crateús, Barrinha e Santana. No ano de 1929, o distrito Barrinha passou a denominar-se Ibiapaba, e no mesmo ano é formado mais um distrito: Irapuá. Na divisão administrativa de 1933, o município aparece dividido em cinco distritos: Crateús, Graça, Ibiapaba, Irapuá e Tucuns. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Em 1938, Irapuá é rebaixado a povoado, e Graça muda o nome para Chaves, e mais dois distritos são criados: Oiticica e Poti. Em 1944, Chaves muda o nome para Rosa. No início da segunda metade dos anos 1950, Irapuá é novamente elevado à categoria de distrito e é criado mais um: Montenebo. Em 1955, mais um distrito é criado: Santo Antônio. Em 1966, Ibiapaba se emancipa de Crateús e anexa o distrito de Oiticica, e no mesmo ano Montenebo também se emancipa com o nome de Monte Nebo. Em 1965, os extintos municípios de Ibiapaba e Montenebo (ex-MonteNebo) são anexados a Crateús. Em meados dos anos 1990, Crateús forma mais cinco distritos: Assis, Curral Velho, Lagoa das Pedras, Realejo e Santana. Em divisão territorial datada de 14-5-2001, o município é constituído de 13 distritos:
30
Crateús, Assis, Curral Velho, Ibiapaba, Irapuá, Lagoa das Pedras, Montenebo, Realejo, Santana, Oiticica, Poti, Santo Antônio e Tucuns. A população do município é de 72.812 habitantes. Sua maior concentração é na área urbana compreendendo 52.644 habitantes, representando 72,30% da população. Já na área rural residem 20.168 habitantes, representando 27,7%, esta população é distribuída entre 48,77% de mulheres e 51,23% de homens. Grande parte da população 57,12% possui idade entre 14 e 64 anos. O IBGE estimou uma população para o ano de 2013 em torno de 73.103 habitantes. (IBGE, Censo demográfico 2010). Esta população gera atualmente cerca de 1.200 toneladas de resíduos sólidos urbanos por mês, de um total de 19 bairros e 13 distritos. Desse montante, uma média de 18 toneladas são materiais recicláveis coletados e triados pelos catadores da Recicratiú, e os rejeitos são CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
transferidos para o "lixão", localizado próximo a séde Crateús. De acordo com as informações do prestador de serviços de limpeza pública contratado pela Prefeitura, por meio de licitação (Master Ambiental
Ltda.),
os
resíduos
são
coletados
diariamente
e
descarregados diretamente no solo deste mesmo "lixão" da cidade.
31
Figura 2 - Mapa do município de Crateús e seus distritos. Fonte: SEMAM
Quadro 1 – Identificação dos bairros com as suas respectivas populações residentes
População residente por bairro Bairro/ Município Total (Pessoas) Centro- Crateús-CE 3.547 Cidade Nova 4591 Patriarcas 1054 Cidade 2000 1194 Cajás 974 José Rosa 2076 Venâncio 4709 São Vicente 5426 Ipase 1288 Maratoan 748 Santa Luzia 656 Campo Velho 1069 Nova Terra 638 Planalto 2552 Fátima II 4722 Fátima I 3217 Altamira 3808 São José 2457 Ponte Preta 506 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: IBGE, 2010.
32
1.1 Aspectos Ambientais 1.1.1 Clima Segundo dados do INMET (2014), o município de Crateús possui clima tropical quente semiárido, temperatura média 26° e 28 °C. A pluviosidade é de aproximadamente 747 mm, média histórica, com chuvas concentradas de janeiro a abril. Atualmente a temperatura média está em torno de 27,2°C, sendo os meses mais quentes outubro e novembro, ambos com temperatura de 29,4°C, e abril e maio sendo os mais frios, com 25,6º, cada. (Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, 2014).
1.1.2 Solo Conforme o IPECE 2013, as terras de Crateús fazem parte da depressão sertaneja, tendo no lado oeste do município a Serra Grande, CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
com elevações próximas de 700 metros. Os tipos de solo encontrados na região são: Neossolos, luvissolos, latossolos, palnossolos e argissolos, segundo a nova nomenclatura do Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos – SiBCS (2013).
Figura 3 - Solos-paisagens da região nordeste do Brasil. Fonte: http://www.pedologiafacil.com.br/solopaisagem.php
33
Características dos solos do município, segundo SiBCS:
Neossolos: São solos pouco desenvolvidos seja em razão da própria natureza do material quartzoso, além dos fatores de formação (clima, relevo ou tempo) ou material orgânico com espessura inferior a 20cm, não apresentando qualquer tipo de horizonte B, resultando em pouca evolução
pedogenética.Os
Neossolos
podem
apresentar
alta
(eutróficos) ou baixa (distróficos) saturação por bases, acidez e altos teores de alumínio e de sódio. Variam de solos rasos até profundos e de baixa a alta permeabilidade.
Luvissolos: Solos minerais não hidromórficos definidos pelo SiBCS (Embrapa, 2006) pela presença de horizonte subsuperficial diagnóstico textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, exceto A chernozêmico, ou sob horizonte E, argila de atividade alta e saturação por bases alta. Estes solos variam de bem a imperfeitamente drenados, sendo normalmente pouco profundos (60 a 120cm), com nítida diferenciação entre os horizontes A e Bt, devido ao contraste de textura, cor e/ou estrutura entre eles. Grande parte dos solos desta classe possui mudança textural abrupta (alto gradiente textural). CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Latossolos: Grupamento de solos com B latossólico; evolução muito avançada com expressiva latolização (ferralitização ou laterização); intemperização intensa dos minerais primários e secundários menos resistentes e concentração relativa de argilominerais resistentes e/ou óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, com inexpressiva mobilização ou migração de argila, ferrólise, gleização ou plintitização. Os latossolos são passiveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens e reflorestamento, um fator limitante é a baixa fertilidade.
Palnossolos: Esta classe compreende solos com horizonte B textural, normalmente com argila de atividade alta, saturação com sódio. Drenagem imperfeita, apresentando problemas de encharcamento durante o período chuvoso e ressecamento e fendilhamento durante a época seca. O conjunto de solos dessa classe ocorrem geralmente em áreas de relevo plano ou suave ondulado, especialmente em regiões sujeitas à estiagem prolongada e em condições de clima semiárido.
34
Argissolos: São solos minerais, não-hidromórficos, com horizonte A ou E (horizonte de perda de argila, ferro ou matéria orgânica, de coloração clara) seguido de horizonte B textural, com nítida diferença entre os horizontes. Apresentam horizonte B de cor avermelhada até amarelada e teores de óxidos de ferro inferiores a 15%. Podem ser eutróficos, distróficos ou álicos. Têm profundidade variadas e ampla variabilidade de classes texturais. Na Região do Cerrado, as classes mais comuns de Podzólicos são o Podzólico Vermelho-Amarelo (PV) e Podzólico Vermelho-Escuro
(PE).
Esse
último
distingue-se
pela
coloração
avermelhada mais escura e teor de óxidos de ferro mais elevado. Alguns podzólicos podem mostrar características intermediárias com outras classes de solos, como pouco desenvolvimento de estrutura e cerosidade, próprios de latossolos ou cambissolos.
1.1.3 Relevo O relevo do município é caracterizado principalmente por Depressões Sertanejas, Maciços Residuais e Planalto da Ibiapaba. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 4 - Depressões Sertanejas. Fonte: http://professormarcianodantas.blogspot.com.br/2012/10/ceara.html
As Depressões Sertanejas são típicas da região semiárida do Nordeste. Apresenta-se em pediplano com relevo monótono, suaveondulado, com vales estreitos e vertentes dissecadas. As altitudes 35
variam de 20 a 500 m. Possui ainda elevações residuais com altitudes de 500 a 800 m, que testemunham os ciclos de intensa erosão nesta região. Já os maciços Residuais por sua vez, trata-se dos maciços antigos constituído
por
rochas
metafóricas
ou
intrusivas
revestidos
prioritariamente por florestas perenifólicas ou subperenifólicas, evolução associada com os processos de dissecação do relevo. O Planalto da Ibiapaba, por sua vez, está localizado na porção ocidental do território cearense, limitando em toda sua fronteira com o Estado do Piauí. No sentido de norte para sul, após o boqueirão formado pelo rio Poty, a caatinga predomina nesse espaço, refletindo na diminuição das precipitações.
1.1.4 Vegetação De
acordo
com
o
IPECE
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
(2013),
a
cobertura
vegetal
predominante na região de Crateús é Caatinga Arbustiva Aberta, Carrasco, Floresta Caducifólia Espinhosa e Floresta Subcaducifólia Tropical Pluvial.
Figura 5 - Paisagem da Caatinga: arbórea-arbustiva. Fonte: Agência Embrapa de Informação Tecnológica4
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/bioma_caatinga/arvore/CONT000fxt4 2i5k02wyiv804u7ypccpiahjr.html 4
36
Na classificação dessa vegetação, de acordo com RIZZINI (1997), a caatinga é um complexo vegetacional constituído por arvoretas e arbustos decíduos durante a seca, com presença frequente de espinhos, cactáceas, bromeliáceas e ervas, quase todas anuais. Apresenta ainda muitos râmulos secos e duros, mais ou menos espiniformes. Já as folhas são pequenas e compostas.
1.2 Aspectos Demográficos A população do município é de 72.812 habitantes. Sua maior concentração é na área urbana compreendendo 52.644 habitantes, representado 72,30% da população. Já na área rural residem 20.168 habitantes, representando 27,7%, está população é distribuída entre 48,77% de mulheres e 51,23% de homens. Grande parte da população 57,12% possui idade entra 14 e 64 anos. O IBGE estimou uma população para o ano de 2013 entorno de 73.103 hab. (IBGE, Censodemográfico 2010).
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Quadro 2 – Índices demográficos dos distritos de Crateús
Distritos Crateús (sede)
Índices demográficos dos distritos de Crateús Nº Área total Densidade demográfica habitantes (km2) (hab./km2) 47359
520,8
90,94
Assis
1298
134,7
9,64
Curral Velho
2436
202,1
12,05
Ibiapaba
2179
215,5
10,11
Irapuã Lagoa das Pedras
1748
477,5
3,66
1850
100,1
18,48
Montenebo
2940
101,5
28,97
207
181,5
1,14
Poti
1411
163,8
8,61
Realejo
2973
177,9
16,71
Santana
2094
181,7
11,52
Santo Antônio
4363
408,9
10,67
Oiticica
Tucuns
1954 111,4 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
17,54
37
A taxa demográfica de crescimento anual é de 0,27%, área urbana 1,02% e rural de -1,45%, desta forma percebe-se uma grande evasão rural. Tabela 1 – Domicílios particulares ocupados. Domicílios particulares ocupados Situação
Média de moradores Município Estado
Quantidade Urbano Rural Total
15931
3,30
3,49
5794
3,49
3,79
21725 Fonte: IPECE, 2010.
1.3 Infraestrutura 1.3.1 Abastecimento de água De acordo com dados apresentados no Diagnóstico do Plano de CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Saneamento Básico de Crateús, a CAGECE (Companhia de água e esgoto
do
Ceará,
2014)
descreve o índice de cobertura
de
abastecimento dos domicílios da Sede de Crateús como praticamente constante, estando em 2014 com 99,96% de economias cobertas (Tabela 2). Tabela 2 – Domicílios particulares permanentes segundo formas de abastecimento de água - 2010. Formas de abastecimentos Ligada a rede geral
Município 2010
% 15.650
72,09
Poço ou nascente
1.199
5,52
Outra
4.861
22,39
21.710
100
Total Fonte: IBGE, 2010.
38
1.3.2 Esgotamento sanitário Conforme o PMSB, o Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) do município de Crateús contempla em grande maioria a zona urbana do distrito sede, enquanto na sua zona rural e nos demais distritos são empregadas, principalmente, soluções individuais como fossas sépticas, fossas rudimentares, valas, entre outras alternativas. Tabela 3 – Domicílios particulares permanente segundo formas de esgotamento sanitário - 2010. Município
Tipos de esgotamentosanitário
2010
%
Rede geral ou pluvial
9.135
42,08
Fossa septic
1.583
7,29
Outra
8.377
38,59
Não tinham banheiros
2.615
12,05
21.710
100
Total Fonte: IBGE, 2010.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
1.3.3 Fornecimento de energia O fornecimento de energia abrange 99,18% dos domicílios e a coleta de resíduo comum 69,39%. (IBGE, Censo demográfico, 2010).
1.4 Aspectos Sociais 1.4.1 Saúde e Educação O município possui 32 unidades de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 27 públicas e 5 privadas. Quadro 3 – Principais indicadores de saúde - 2012. Discriminação Médicos/1000hab.
Principais indicadores de saúde Município
Estado 0,62
1,19
39
Dentistas/1000hab.
0,37
0,33
Leitos/1000hab.
2,16
2,47
Unidades de saúde/1000hab. Taxa de internação por AVC (40 anos ou mais) /10.000hab.
0,44
0,42
23,6
17,28
Nascidosvivos
1.046
124.040
Óbitos 18 Taxa de mortalidade infantil/1.000 nascidos vivos 17,21 Fonte: Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, 2012.
1.586 12,79
O índice médio de escolaridade é elevado para a educação fundamental, 90,43%, entretanto o valor é mais baixo para a educação de caráter médio, apenas 47,98%. Quadro 4 – Indicadores educacionais no ensino fundamental e médio – 2012. Indicadores educacionais EnsinoMédio Ensino Fundamental (%) (%)
Discriminação
Escolarização líquida
90,43
47,98
Aprovação
88,41
82,64
Reprovação
8,97
8,5
Abandono
2,62
8,875
Alunos por sala de aula 27,80 Fonte: Secretaria da Educação Básica (SEDUC) e IPECE, 2013.
21,56
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
1.4.2 Índice de Desenvolvimento Crateús está no 61º lugar do ranking do índice desenvolvimento municipal e no índice de desenvolvimento humano (IDH) ocupa a 31º colocação dentre as cidades brasileiras. Os extremamente pobres (com rendimento domiciliar per capita mensal de até R$ 70,00), representam 22,25% da população do município. (IPECE, 2013).
Disponível em http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes/perfil_basico/pbm2013/Crateus.pdf 5
40
Tabela 4 – População extremamente pobre: (com rendimento domiciliar per capita mensal de até R$ 70,00) - 2010. População extremamente pobre
Discriminação
Valores absolutes
%
Urbana
8.201
15,58
Rural
8.220
40,76
16.421
22,55
Total Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2010.
1.5 Atividade Econômica A atividade econômica do município se apoia no setor de serviços,
fundamentalmente
o
comércio.
O
setor
possui
1.428
estabelecimentos comerciais distribuídos entre: 17 atacadistas, 1.408 varejistas e 3 de reparações de veículos, objetos pessoais e de uso doméstico. (IPECE, Perfil Básico Municipal, 2012). O setor de serviços conforme dados obtidos do IBGE 2010 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
concentrou 82,34% do PIB do município, a atividade industrial representa 13,15% e o setor agropecuário 4,51%. Quadro 5 – Produto Interno Bruto - 2010. Produto Interno Bruto – 2010 Discriminação PIB a preços de mercado (R$ mil) PIB per capita (R$ 1,00)
Município
Estado
384.606
77.865.415
5.729
9.217
Fonte: IBGE, Censo 2010
2. ABORDAGEM METODOLÓGICA DA ELABORAÇÃO DO PMGIRS Como já mencionado, para o desenvolvimento das etapas do trabalho foi considerada uma abordagem de consulta e consenso, 41
levando em conta aspectos administrativos e legais, além dos mecanismos de financiamento. Para tanto, foram realizadas reuniões periódicas para coleta dos dados e informes, levantamento de experiências, pesquisas em fontes secundárias, aplicação de oficinas para grupos específicos visando à organização do processo de elaboração do Plano, bem como o embasamento do diagnóstico e alternativas a serem aplicadas para definição do modelo de gestão e manejo dos resíduos sólidos, bem assim as estratégias para a efetiva implantação do plano proposto.
2.1 Tipos e Métodos de Pesquisa Foram
utilizados
aqui
estudos
exploratórios
e
descritivos
combinados. Estudos exploratórios são investigações de pesquisa empírica que têm como finalidade a formulação de questões, aumentando a CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
familiaridade de um ambiente para uma pesquisa futura mais detalhada. A pesquisa exploratória visa um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva. Por isso, é apropriada para os primeiros estágios de investigação quando a familiaridade, o conhecimento e a compreensão de um cenário são, geralmente, insuficientes ou inexistentes. Estudos descritivos buscam identificar as propriedades importantes do objeto de análise. Visa dar um panorama mais preciso do ambiente a ser estudado sem fazer correlações. Empregam tanto descrições qualitativas como quantitativas.
42
Figura 6 – Desenho da Pesquisa. Fonte: Elaborado pelos autores.
2.2 Levantamento de Dados e Informações Os dados que embasaram a formulação deste trabalho são de CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
natureza primária – aqueles que são coletados em primeira mão, especificamente para o objetivo do estudo– e secundária – dados já existentes, oriundos de outros estudos, que possuem objetivos diferentes do estudo em pauta. Os dados relativos à população, história e geografia do município e região, foram obtidos por meio de consulta ao banco de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)6, e os aspectos ambientais
foram
levantados
junto
ao
Instituto
Nacional
de
Meteorologia – INMET7, e Perfil Básico Municipal – IPECE8. A pesquisa das informações relativas à legislação municipal, influências e operacionalização do sistema de gerenciamento de
Disponível em http://www.cidades.ibge.gov.br Disponível em http://www.inmet.gov.br/portal/ 8 Disponível em http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes 6 7
43
resíduos sólidos e demais aspectos pertinentes à limpeza urbana, existente no município, foi feita através da análise documental fornecida pelos órgãos oficiais do município, bem como visitas às empresas prestadoras de serviços. A percepção dos moradores do município quanto aos resíduos sólidos e sua forma de segregação na fonte e destinação, cuja análise consta neste Volume, foi levantada através da aplicação de um questionário durante uma audiência pública para apresentação do Diagnóstico do Plano Municipal de Saneamento Básico. O cenário atual da Educação Ambiental formal no município foi levantado através da aplicação de um pré-teste e análise de matrizes dos problemas e potencialidades ambientais, aplicados durante um curso de capacitação para professores da rede municipal, visando subsidiar, teórica e metodologicamente, a inserção da dimensão CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
ambiental nos currículos do ensino fundamental e médio.
2.3 Tratamento de Dados e Informações As informações coletadas foram tabuladas em planilhas que relaciona o município com as variáveis consideradas relevantes para representar a situação atual da gestão dos resíduos sólidos. Após tabuladas, as informações foram submetidas a um processo de análise, eliminando aquelas cujos desvios mostraram-se fora do padrão. A partir das tabelas finalizadas, foram gerados gráficos para dar suporte as projeções e inferências apresentadas ao longo deste Volume.
44
3. CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Este capítulo contém as informações sobre os resíduos sólidos e seus fluxos globais incluindo o quanto de que tipo de resíduo é descartado
por
cada
setor
gerador,
quais
são
os
caracteres
demográficos e socioeconômicos que influenciam as tendências atuais e futuras da geração de resíduos sólidos. As características e quantidades de resíduos sólidos são vitais para o desenvolvimento do cenário atual e projetado para: a) Desenvolvimento de um plano de gestão integrada de resíduos sólidos; b) A geração de informações abrangentes sobre a quantidade e o tipo de materiais recicláveis e compostáveis para priorizar as oportunidades de recuperação; c) O desenvolvimento de linha de base para a medição contínua CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
de longo prazo do desempenho do sistema; d) Geração de informações sobre os diferentes sub-fluxos de resíduos para projetar, implementar e monitorar um sistema eficaz e eficiente para a coleta, transporte, reciclagem, tratamento, valorização e eliminação de vários fluxos de resíduos sólidos; e e) Fornecimento de comparação da composição dos resíduos e as realizações de desvio de resíduos para melhorias contínuas na gestão integrada de resíduos sólidos. A destinação final predominante revelada durante a coleta de dados em Crateús é o "Lixão" do município. Alguns catadores independentes fazem triagem neste destino e vendem o material coletado para compradores do município. Esse volume de material reciclável não foi computado nesse trabalho, em função da dificuldade de acesso a essas informações por tratar-se de uma atividade ilegal.
45
3.1 Resíduos Sólidos Urbanos De acordo com o estabelecido na Política Nacional de Resíduos Sólidos, os resíduos sólidos urbanos (RSU) englobam os resíduos domiciliares, originários de atividades domésticas em residências urbanas, e os resíduos de limpeza urbana, originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana.
3.1.1 Resíduos Domiciliares No ponto de geração A coleta de dados dos resíduos para caracterização e quantificação foi conduzida nos seguintes passos: Passo 1 - Definição das condições socioeconômicas: Isso foi feito através das informações do Sistema de IPTU da CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Prefeitura de Crateús, 2013 e da equipe da Secretaria de Meio Ambiente. Com base nessas informações, foi analisado que os moradores da cidade podem ser divididos em 3 grupos sócioeconômicos: A (classe alta), B (classe média) e C (classe baixa). Estas representações foram amostradas nos bairros Planalto, Fátima II e Maratoan, respectivamente. Passo 2 - amostragem para a quantificação e caracterização dos resíduos. Aamostragem foi feita da seguinte forma:
Coleta porta a porta em unidades residenciais nas classes sócioeconômicas A, B e C.
Todas as amostras foram analisadas para a quantidade e composição dos resíduos. Foram feitas 3 amostras nos dias da coleta
46
convencional - segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira - em 9 residências, totalizando 27 amostras. Devido a similaridade nas características de geração, os bairros Planaltos e Fatima II foram tratados juntos, conforme demonstrado na tabela e gráfico abaixo. Quadro 6 – Amostragem no ponto de geração - bairros Fátima II e Planalto.
Tipologia Papel Pet Papelão Tetra Pak Plástico rígido Plástico mole Aluminio Vidro Ferro Orgânico Rejeito Total
Volume (Kg) 2 3 4 2 4 1,5 0,2 1 0,2 33 20 70,9
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: Elaborado pelos autores.
Bairros Fátima II e Planalto
35
33
30
Papel Pet
25
20 20
Papelão
15
tetra Pak
10 5 0
2
3
4
2
4 1,5
0,2
1
0,2
Plástico rígido Plástico mole Aluminio Vidro
Figura 7 – Amostragem (1) da caracterização e quantificação dos resíduos no ponto de geração. Fonte: Elaborado pelos autores.
47
Os resíduos amostrados no bairro Maratoan estão expressados abaixo. Quadro 7 – Amostragem no ponto de geração - bairro Maratoan.
Volume (Kg) 2,5 0,3 1 0,1 1 1 0,1 6,5 2,5 15
Tipologia Papel Pet Papelão Plástico rígido Plástico mole Tecido (orgânico) Aluminio Orgânico Rejeito Total
Fonte: Elaborado pelos autores.
Quarteamento do bairro Maratoan Papel
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
17%
17%
Pet
2%
Papelão
7% 0% 7% 7%
43%
0%
Plástico rígido Plástico mole Tecido (orgânico) Aluminio Orgânico Rejeito
Figura 8 – Amostragem (2) da caracterização e quantificação dos resíduos no ponto de geração. Fonte: Elaborado pelos autores.
Dos
dados
acima,
as
seguintes
inferencias
podem
ser
desenhadas: 1. As classes A/B e C produziram, basicamente, o mesmo tipo de resíduos, com substancial diferença nas quantidades.
48
2. Com relação a composição (especialmente percentagem de fração orgânica) na classe C é maior que nas classes A/B, seguindo a tendência esperada. 3. Com relação ao rejeito, a classe C mostra um resultado menor, o que sugere a presença de catadores no bairro, que provavelmente segregam melhor os resíduos pelo seu valor comercial. 4. Nas classesA/B, o papelaparece como um dos menores volumes, inferindo maior número de pessoas trabalhando fora. Enquanto que na classe C é um dos mais expressivos. Uma melhor investigação deve ser feita na classe C para identificar a razão. A partir da projeção populacional, pode-se calcular a estimativa da média de geração de resíduos pela estratificação em classe econômica A, B e C, utilizando a geração diária per capita de 0,800 Kg. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
O total aproximado de resíduos sólidos urbanos gerados é cerca de 42 ton/dia. No ponto de destinação A classificação e quantificação dos resíduos foram realizadas nos seguintes passos: Passo 1 - seleção do veículo coletor: Tomando os mesmos grupos socioeconômicos definidos para caracterização e quantificação do gerador: A (classe alta), B (classe média), C (classe baixa), no ponto de disposição - "Lixão". O veículo foi conduzido a um lugar previamente reservado para a caracterização e quantificação. Passo 2 - amostragem para a quantificação e caracterização de resíduos: 49
A partir da carga do veículo selecionado, foram recolhidas quatro amostras de resíduos e, depois foi feita a mistura manual do material contido nos sacos de plástico. Cada amostra pesava 200 litros cada, de acordo com o processo de aplicação indicada pelo método "quarteamento" (conjunto de diretrizes para Practitioners- UNEP, 2007). As amostras foram separadas e classificadas de acordo com os grupos de reciclagem (plásticos, vidros, metal, papel), resíduo orgânico e rejeito. Na análise realizada foi encontrada a seguinte composição, conforme ilustram as figuras abaixo:
Composição dos resíduos no Ponto de Disposição 18% 3%
Orgânico Papel
1% 0% CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Papelão
44%
Plástico Vidro Metais
29%
Textil
4% 1%
Figura 9 – Composição dos resíduos no ponto de disposição. Fonte: Elaborado pelos autores.
Amostras de resíduos orgânicos
41%
Demais resíduos
59%
Orgânico
Figura 10 – Comparação dos resíduos orgânicos com relação aos demais resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores.
50
Amostras de resíduos de plásticos
29% Plástico Demais resíduos
71%
Figura 11 – Comparação do resíduo plástico com relação aos demais resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores.
Amostras de Rejeitos
18% CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Rejeito Demais resíduos
82%
Figura 12 – Comparação do rejeito com relação aos demais resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores.
Analizando a composição dos resíduos sólidos dos bairros Planalto e Fátima II(classe socioeconômica A/B) encontra-se uma clara visão de que apenas 18% do volume de resíduos deveria estar sendo enviado para o "Lixão". Conclui-se então que a maior parte dos resíduos dispostos alí poderia voltar para o circuito mercantil, desde que a população mudasse seu comportamento com relação à segregação dos resíduos sólidos na fonte.
51
3.1.2 Resíduos Recicláveis – Coleta Seletiva Em funcionamento desde janeiro de 2012, o Programa de Coleta Seletiva
de
materiais
recicláveis
do
município
de
Crateús
é
desenvolvido pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Crateús – RECICRATIU, uma entidade sem fins econômicos fundada em 30 de julho de 2009, em parceria com o Governo Municipal de Crateús, setor privado e sociedade civil, proporcionando ocupação e renda através da inclusão de 24 catadores de materiais recicláveis na gestão
dos
resíduos
sólidos
do
município,
além
de buscar
a
sustentabilidade ambiental. Além da coleta porta-a-porta, o município disponibiliza Ecopontos em locais estratégicos da cidade, conforme listado no Quadro 8 abaixo. Estes foram instalados com o apoio financeiro do Instituto Brasil Solidário. Quadro 8 - Distribuição dos Ecopontos. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Nº
LOCAL
BAIRRO
01
SEMAM
ALTAMIRA
02
PRAÇA GENTIL CAARDOSO
CENTRO
03
GUARDA MUNICIPAL
FÁTIMA II
04
POSTO SP
FÁTIMA I
05
IFCE
VENANCIOS
06
CENTRO ADMINISTRATIVO
CENTRO
07
RODOVIÁRIA
FÁTIMA II
08
MOREIRA DA ROCHA
CENTRO
09
MERCADO CENTRAL
CENTRO
10
GENTIL BARREIRAS
SÃO VICENTE
11
IGREJA IMACULADA
CIDADE NOVA
12
NOBRE LAR
PLANALTO
13
ASSOCIAÇÃO CAMPO VERDE
CAMPO VERDE
14
RUA JOSÉ PACHECO MARQUES
PLANALTO/CAMPO VERDE
15
NOVA TERRA
NOVA TERRA
Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crateús.
52
Por tratar-se de um Programa vinculadoà geração de renda, a Prefeitura de Crateús juntamente com os seus parceiros vem buscando maior eficiência na triagem e venda dos materiais triados, conforme pode ser visto no Quadro 9 abaixo. Quadro 9 – Material reciclável triado mensalmente e a renda geral com a venda deste material. MÊS Material triado /Ton Renda Catadores/R$
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
23890
27731
27625
27525
28386
28145
28958
30047
28446
28192
15500
11.997
9.232
8.786
9.780 16.853 15.422 19.215 Fonte: SEMAM, Crateús.
14.631
18.232
16.021
22.048
As condicionantes do mercado de riclagem são muitas e devem ser observadas com muita atenção. Da mesma maneira, a eficiência do processo de triagem é uma variável importante na equação de venda dos materiais. Nas Figuras 13 e 14 a seguir pode-se observar que apesar do volume de material triado nos meses de outubro e novembro CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
ter caído, a renda aferida subiu.
Considerando-se que não houve
aumento de preço no mercado global, pode-se inferir aqui que a venda foi realizada diretamente nos grandes compradores ou na indústria beneficiadora, beneficiando-se da exclusão de intermediários.
Material coletado /Ton/Mês 35000,00 30000,00 25000,00 20000,00 Material coletado /Ton
15000,00 10000,00 5000,00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV
0,00
Figura 13 – Evolução da quantidade de material coletado em 2014. Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da Recicratiú.
53
Renda Catadores/R$/Mês R$ 25.000,00 R$ 20.000,00
R$ 15.000,00 Renda Catadores/R$
R$ 10.000,00 R$ 5.000,00
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV
R$ 0,00
Figura 14 – Evolução da renda dos Catadores em 2014. Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da Recicratiú.
A Figura abaixo aponta o papelão como o principal material, “carro-chefe”, do galpão de triagem. Também tem destaque papel branco e misto, seguido do ferro.
Total em Kg coletado de cada tipo de resíduo 2014 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
120000,00 100000,00 80000,00 60000,00 40000,00 20000,00 0,00
Total
Figura 15 – Caracterização dos resíduos triados pela Recicratiú em 2014. Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da Recicratiú.
Pode-se observar na Figura 16 abaixo, qual o percentual que cada tipo de resíduo triado representa na coleta seletiva.
54
Percentual Tipologia 1% 7% 1% 4% 11%
5%
Alumínio Misto
4% 2% 2% 1% 14%
Alumínio Panela Bateria Cadeira Ferro
39% 10%
Filme Branco Filme Cor Latinha de Aço Litro Branco Papel Branco
Figura 16 – Percentuais dos tipos de resíduo triados pela Recicratiú em 2014. Fonte: Elaborado pelos autores, com base nos dados da Recicratiú.
3.2 Resíduos Sólidos Industriais Foram considerados aqui apenas os resíduos gerados na indústria com característica de resíduos urbanos. Os resíduos do processo CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
produtivo não foram quantificados nem caracterizados. No cadastro de empresas do município de Crateús foram identificadas 5 indústrias, conforme dados coletados transcritos no Quadro 10 abaixo. Quadro 10 – Dados das indústrias de Crateús.
Produtos fabricados
Nº de funcionários
Antenas para celular rural, com estimativa
possui 11
de fabricar 2.000
funcionários
Média de resíduos gerado/mês Alumínio: 20Kg
Revenda
Plástico: 4Kg
Coleta Seletiva
Papelão: 4Kg
antenas ao mês Doces, com estimativa
possui 11
de 8 toneladas ao mês
funcionários
Destino
Papel: 20Kg Plástico: 20Kg
Coleta Seletiva Coleta Seletiva Coleta Seletiva
55
Condimentos, sendo
Papelão: 120Kg
no total fabricados 27 tipos de produtos, com estimativa de 30 mil quilos de produção ao
possui 25
Coleta Seletiva
Plástico: 20Kg
Coleta Seletiva
Garrafas PET: 20Kg
Coleta Seletiva
funcionários
mês, destes 23 mil quilos é de colorau Portões, armários,
Vidro: 40 Kg
Coleta Seletiva
janelas, utensílios em vidro e alumínio.
possui 07
Estimativa de
funcionários
Alumínio: 200 Kg
Revenda
produção mensal não informada. Papelão: 40kG
Beneficiamento de
Obs: Os demais
sementes (milho e
resíduos como
feijão), com estimativa de produção mensal de 80 toneladas (últimos 3 meses) e
sabugo de milho são vendidos e as
possui 11 funcionários CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
palhas são
Coleta Seletiva
reaproveitadas em
produção máxima de
plantações dos
120 toneladas, devido
proprietários. Quantidade não
a sazonalidade.
informada.
Fonte: Elaborado pelos autores.
O Quadro 11 abaixo mostra os totais de cada tipo de resíduo urbano gerado na Indústria local. Quadro 11– Volume médio mensal dos resíduos urbanos da Indústria.
Tipologia
Total (kg)/mês
Alumínio
220
Plástico
64
Papel/Papelão
184
Vidro
40
Total
508 Fonte: Elaborado pelos autores.
56
A Figura 17 mostra claramente que os resíduos urbanos gerados na indústria são mais atraentes para reciclagem se comparados com os coletados pela Associação de Catadores - Recicratiú. A razão disso pode dar-se pelo alto percentual de alumínio (43%) que não é disponibilizado para a coleta seletiva do Município, provavelmente porque as indústrias (ou funcionários) façam a venda direta deste material.
Resíduos urbanos gerados na Indústria em Crateús
8%
Alumínio
43%
36%
Plástico Papel/Papelão
13%
Vidro CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 17 – Percentuais dos resíduos urbanos gerados nas indústrias. Fonte: Elaborado pelos autores
3.3 Resíduos de Serviços de Saúde Para a quantificação e caracterização dos resíduos de serviços de saúde foram considerados os dados primários disponibilizados em base digital pela Secretaria Municipal de Saúde e pela Administração da Sociedade Beneficente São Camilo no período de abril a setembro de 2014. Os dados secundários foram obtidos das seguintes entidades pesquisadas: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)e Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).
57
Vale ressaltar que os dados apresentados pelos diferentes estabelecimentos de saúde em grande parte estavam fora de padronização e não descreveram a metodologia utilizada, o que impossibilitou a apresentação de uma série temporal. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/10), em seu artigo 13, diz que os Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) são aqueles gerados "nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS". A NBR 10.004 (ABNT, 2004) classifica os resíduos conforme suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas dos resíduos sólidos: Classe I - Perigosos e Classe II - não Perigosos. (ABNT, 2004). As Resoluções ANVISA nº 306/04 e CONAMA 358/05 classificam os Resíduos de Serviço de Saúde de acordo com o grupo de risco que CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
exigem formas específicas de gestão. Quadro 12 – Classificação dos resíduos de serviço de saúde. GRUPOS A
TIPO DE RESÍDUOS Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar riscos de infecção. A1 - Culturas e estoques de microrganismos, resíduos defabricação de produtos biológicos, exceto os hemoderivados; descarte devacinas de microorganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. - Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes da classe de risco4, microorganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causadores de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido. - Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.
58
-Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. A2 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas torrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microorganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação que foram submetidos ou não a estudo anátomopatológico ou confirmação diagnóstica. A3 - Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares. A4 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados. - Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico hospitalar e de pesquisa, entre outros similares. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urinaes e creções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microorganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons. - Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo. - Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. - Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmaçãodiagnóstica. -Carcaças, peças anatômicas, vísceras eoutros resíduos provenientes de animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como suas torrações. - Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
59
B
A5 - Órgãos, tecidos, fluidos organicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons. Resíduos Químicos - Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas caracterfsticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. - Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela Portaria MS344/98 e suas atualizações. - Resíduos de saneantes, de sinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes. - Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR10004 da ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). - Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores). CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
C
- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas. Resíduos Radiativos
D
- Enquadra-se dentro deste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos de serviços de testes de laboratório clínico, medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução CNEN-6.05. Resíduos Comuns
E
- Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Ex: sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas etc. Residuos perfurocortantes - Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares. Fonte: Elaborado pelos autores, com base nas Resoluções ANVISA nº 306/04 e CONAMA 358/05.
60
Para essa amostragem foram utilizados os dados do Hospital São Lucas, que é uma clínica com internação privada, gerenciada pela Sociedade Beneficente São Camilo. Com 147 leitos e 285 funcionários, o Hospital funciona 24 horas por dia, contando com 12 especialidades. Em uma amostra referente ao mês de novembro de 2013, o Hospital
realizou
cerca
de
423
cirurgias
(cirurgias
gerais
e
traumatológicas), 5.907consultas ambulatoriais (ambulatório geral e traumatológico), 637 internações, 107 partos normais e 70 cesáreas. Todos
esses
procedimentos
geram
os
volumes
de
resíduos
hospitalares. Conforme os levantamentos feitos de abril-setembro de 2014, o volume médio mensal de resíduos de saúde gerados no Hospital São Lucas é 6.592,15 Kg. Destes, cerca de 1.344,08 Kg são resíduos hospitalares perigosos e 5.248,07 Kg são resíduos não perigosos. Como CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
mostrado abaixo no Quadro 13. Quadro 13 – Amostragem dos resíduos de serviço de saúde perigosos e não perigosos. Resíduos de Serviço de Saúde (Kg/mês)
Resíduos Perigosos
Resíduos não Perigosos
147 leitos
1.344,08 kg 5.248,07 kg 20% 80% Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
De acordo com o comprovante de materiais inservíveis, em abril/2014 foram retirados do Hospital São Lucas pela empresa DPC Brasil Indústria e Comércio/WLC Ambiental Nordeste, 50 litros de fixador e 80 litros de revelador usados.
61
Quadro 14 – Amostragem de outros resíduos gerados em serviço de saúde.
Outros resíduos gerados no Hospital São Lucas Tipo B
Mês Abril
Especificação Fixador usado
Volume (Litros) 50
B
Abril
Revelador usado
80
Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
A Secretaria de Saúde, através da sua Coordenadoria de Vigilância à Saúde, realizou através da aplicação de um questionário, um levantamento de quantificação e caracterização de resíduos junto aos estabelecimentos de saúde públicos e privados do município de Crateús. Não estão contabilizados nessa pesquisa os resíduos do CEO, Policlínica, Hospital de Referência São Lucas, Clínica São Camilo e UPA. É certo que alguns dos estabelecimentos que informaram a pesquisa CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
subestimaram o quantitativo de resíduos, portanto os dados estão sujeitos
a
grande
estabelecimentos mostram
a
variação
quantitativa.
cadastrados
tabela
5
e
respondeu a
a
sequência
Apenas
parte
pesquisa, de
dos
conforme
Figuras
abaixo.
Tabela 5 – Levantamento de quantificação e caracterização de resíduos junto aos estabelecimentos de saúde públicos e privados do município de Crateús. Volume mensal de resíduos produzidos Kg (valor médio, sujeito a revisão) Tipo
A B C D E
UNIDADE DE SAÚDE ESF (20 equipes) 154,29 40,00 0,00 210,00 177,00
CAPS
CEGB
CCZ
Total
0,50 1,00 0,00 6,00 0,50
20,00 30,00 0,00 120,00 15,00
150,00 1,00 0,00 225,00 3,00
324,79 72,00 0,00 561,00 195,50
Total 1153,29 Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.
62
Percentuais dos tipos de resíduos produzidos na Gestão Pública (Kg) 17%
A
28%
B C
6% 0%
D E
49%
Figura 18 – Percentuais dos tipos de resíduos produzidos pelas Unids. de Saúde Públicas. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas ESFs 210 177
154,29 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
40 0 A
B
C
D
E
Figura 19 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas ESFs. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CAPSs 6
0,5
1
A
B
0,5
0 C
D
E
Figura 20 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CAPSs. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
63
Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas GEBG 120
20
30
15
0 A
B
C
D
E
Figura 21 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas GEBG. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CCZ CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
225 150
A
1
0
B
C
3 D
E
Figura 22 – Volume mensal estimado de resíduos produzidos pelas CCZ. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
Nas
Tabelas
e Figuras
que seguem
são apresentados
a
quantificação e caracterização de resíduos junto aos estabelecimentos de saúde da rede privada do município de Crateús.
64
Tabela 6 – Farmácias e Drogarias da rede privada que responderam a pesquisa.
Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 09 Total de estabelecimentos cadastrados: 26 A
Produção Média Mensal/Estabelecimento (Kg) 0,33
B
1,89
49,11
C
0,00
0,00
D
32,22
837,78
E
0,56
Tipo
Total (x26) 8,67
14,44 Total
910,00
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.
Geração média mensal de resíduos por estabelecimento 32,22
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
0,33
1,89
0
A
B
C
0,56 D
E
Figura 23 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento de saúde. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados 837,78
8,67
49,11
0
A
B
C
14,44 D
E
Figura 24 – Geração média mensal de resíduos dos estabelecimentos entrevistados. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
65
Tabela 7 – Estabelecimentos Odontológicos (Clínicas e Consultórios) que responderam a pesquisa.
Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 03 Total de estabelecimentos cadastrados: 11 A
Produção Média Mensal/Estabelecimento (Kg) 1,50
Tipo
Total (x26) 19,50
B
1,50
19,50
C
0,00
0,00
D
5,00
65,00
E
0,10
1,30 Total
105,30
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.
Geração média mensal de resíduos por estabelecimento (kg) 5 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
1,5
1,5 0,1
0 A
B
C
D
E
Figura 25 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimento entrevistados (Kg) 65
19,5
19,5 1,3
0 A
B
C
D
E
Figura 26 – Geração média mensal de resíduos dos estabelecimentos entrevistados. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
66
Tabela 8 – Laboratórios de Análises Clínicas que responderam a pesquisa.
Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 01 Total de estabelecimentos cadastrados: 04 Produção Média Mensal/Estabelecimento (Kg) 62,00 26,50
Tipo A B
Total (x26) 248,00 106,00
C
0,00
0,00
D
76,00
304,00
E
9,40
37,60 Total
695,60
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.
Geração média mensal de resíduos por estabelecimento (kg) 76 62 26,5 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
9,4
0 A
B
C
D
E
Figura 27 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimento entrevistados (Kg) 304 248 106 37,6
0 A
B
C
D
E
Figura 28 – Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimentos entrevistados. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
67
Tabela 9 – Clínicas/Consultórios Médicos que responderam a pesquisa.
Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 01 Total de estabelecimentoscadastrados: 03 Produção Média Mensal/Estabelecimento (Kg) 25,00 15,00
Tipo A B
Total (x26) 75,00 45,00
C
0,00
0,00
D
90,00
270,00
E
3,00
9,00 Total
399
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.
Geração média mensal de resíduos por estabelecimento (kg) 90
25
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
15
3
0 A
B
C
D
E
Figura 29 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimento entrevistados (Kg) 270
75
45
9
0 A
B
C
D
E
Figura 30 – Geração média mensal de resíduos dos estabelecimentos entrevistados. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
68
Tabela 10 – Clínicas Veterinárias/Pet Shop que responderam a pesquisa.
Total de estabelecimentos que responderam à pesquisa: 01 Total de estabelecimentoscadastrados: 03 Produção Média Mensal/Estabelecimento (Kg) 30,00 1,00
Tipo A B
Total (x26) 90,00 3,00
C
0,00
0,00
D
60,00
180,00
E
2,00
6,00 Total:
279
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.
Geração média mensal de resíduos por estabelecimento (kg) 60 30 1 A
B
2
0
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
C
D
E
Figura 31 – Geração média mensal de resíduos por estabelecimento. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
Geração média mensal de resíduos do total de estabelecimento entrevistados (Kg) 180 90
A
3
0
B
C
6 D
E
Figura 32 – Geração média mensal de resíduos dos estabelecimentos entrevistados. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
69
Tabela 11 – Comparativo da geração mensal de resíduos entre estabelecimentos públicos e privados que responderam a pesquisa.
Geração Mensal (kg)
A
ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE - GESTÃO MUNICIPAL 324,79
ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE – REDE PRIVADA 441,17
765,96
B
72,00
222,61
294,61
C
0,00
0,00
0,00
D
561,00
1656,78
2217,78
Tipo
E
TOTAL
195,50
68,34
263,84
1153,29
2388,90
3542,19
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, Crateús.
Geração Mensal de Resíduos na Gestão Pública e Rede Privada (kg) 1656,78
324,79441,17
A
561 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
72
222,61
0
B
195,5 68,34
0 C
Gestão Pública
D
E
Rede Privada
Figura 33 – Geração média mensal de resíduos na gestão pública e privada. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Saúde de Crateús.
3.4 Resíduos de Construção Civil Para o levantamento das quantidades e características dos resíduos de construção civil gerados no município de Crateús, estes foram tratados em dois grupos: Novas Construções e Demolição e Pequenas Reformas. A metodologia aqui proposta emprega uma Taxa de Geração de Resíduos (Kg/m²), baseada em Lovato (2007), a partir de pesquisas realizadas
em
municípios
brasileiros,
considerando
edificações
executadas por processos convencionais. 70
Segundo Lovato (2007), a construção dos rejeitos da construção civil é heterogênea, dependendo das características de cada construção e do grau de desenvolvimento da indústria em uma determinada região. Segundo levantamentos realizados pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), os RCC são responsáveis por até 50% do total de resíduos sólidos gerados no Brasil. Os dados da ABRELPE mostraram ainda que os municípios brasileiros coletaram cerca de 31 milhões de toneladas de RCC em 2010, superando o percentual de 2009 em 8,7% (ABRELPE, 2010). No Brasil, as estimativas de geração de RCC variam em torno de 230-760 Kg/hab/ano, por outro lado as estimativas internacionais apresentam variação entre 130-3000 Kg/hab/ano (PINTO, 1999). Do CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
mesmo modo, Pinto (1999) afirma que a geração de RCC nas cidades de médio e grande porte varia em torno de 510 Kg/hab/ano. Tabela 12 – Quantidade de RCD coletado pelas empresas de limpeza pública em 2010.
Fonte: ABRELPE (2010).
71
Tabela 13 – Elevação da quantidade de RCD coletado pelas empresas de limpeza pública entre os anos de 2007 e 2010.
Fonte: ABRELPE (2010).
Os RCC são classificados de acordo com as Resoluções CONAMA nº 307, 348 e 431 em 4 classes: Tabela 14 – Classificação dos RCC segundo as Resoluções 307, 348 e 431 do CONAMA.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: Resolução 307, 348 e 431 do CONAMA.
3.4.1 Resíduos de Novas Construções A análise dos controles enviados pelo setor de licenciamento da Secretaria de Meio Ambiente de Crateús, no período 2013-2014, indicou 72
uma proximidade do volume das obras licenciadas com a geração estimada de resíduos sólidos. Como RCC é o maior item de volume de geração no Brasil, quando se trata dos números em Crateús a sua importância é vista ainda mais por não ter um local autorizado para a deposição de RCC, nem instalações para a sua reciclagem comercial.
Área Construída 2014 (m²) 6.762,74 5.216,13 5.200,81
4.430,16
6.392,62 6.022,36 4.762,45
3.229,74
JANAIRO FEVEREIRO MARÇO
ABRIL
MAIO
JUNHO
JULHO
AGOSTO
Figura 34 – Metros quadrados de área construída de jan-ago em 2014. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da SEMAM-Crateús. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Área Urbana 2014 (m²) 42.017,01
4.755,70 ÁREA CONSTRUÍDA M2
LICENÇAS DE INSTALAÇÃO CONCEDIDAS M2
Figura 35 – Metros quadrados construídos e LI na área urbana em 2014. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da SEMAM-Crateús.
Ressalta-se na Figura 36 o número de licenças de instalação concedidas para construções na área rural, o que infere um aumento na geração de resíduos de construção civil num futuro próximo.
73
Área Rural 2014 7.449,36
0,00 ÁREA CONSTRUÍDA M2
LICENÇAS DE INSTALAÇÃO CONCEDIDAS M2
Figura 36 – Licenças de instalação concedidas na área rural em 2014. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da SEMAM-Crateús.
Aproximadamente, a geração média mensal de resíduos de novas construções no período observado é de 788 toneladas. O total estimado de resíduos gerados apenas nas novas construções em 2014 é de 6.302,55 toneladas. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Ainda conforme Lovato (2007), as quantidades médias acima apontadas foram estimadas de forma que, para cada 1m² de área construída considera-se a geração de 150 Kg de resíduos. A Figura abaixo ilustra as quantidades mensais aferidas no período estudado.
Estimativa de resíduos/Ton 1200,00 1000,00 800,00 estimativa de resíduos/Ton
600,00 400,00 200,00 0,00 1
2
3
4
5
6
7
8
Figura 37 – Estimativa de resíduos de novas construções. Fonte: adaptado a partir de Lovato 2007: (1m 2 = 150 kg).
74
Diversos estudos sobre a composição de resíduos de construção civil mostram que de acordo com o local, tipo ou fase da obra estes são muito variáveis. Segundo Pinto (1986), essa composição é basicamente: 60% de argamassa; 30% de componentes de vedação (tijolos, blocos, cerâmicos); 9% de materiais (concreto, pedra, areia, metálicos e plásticos); 1% de orgânicos. Os resultados indicam que o RCC de Crateús é composto por 93,40% do Grupo A, 6,40% do Grupo B, 0,02% do Grupo C e 0,20% Grupo D. O primeiro é composto principalmente por areia e solo (24,65%) e argamassa (22,00%), que são materiais com alto potencial de reutilização ou reciclagem.
0,02% 6,40% 0,20%
Grupo A
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Grupo B Grupo C
93,40%
Grupo D
Composição dos RCC Figura 38 – Composição dos resíduos de construção civil gerados em Crateús. Fonte: Elaborado pelos autores, de acordo com Pinto (1986).
3.4.2 Resíduos de Demolição e Pequenas Reformas Durante a coleta de informes no município de Crateús, apenas a empresa JOSÉ DE A. C. NETO – ME estava cadastrada no setor de licenciamento da SEMAM para a coleta e transporte de entulhos de construção
e
demolição.
Segundo
informações
prestadas
pela
empresa os resíduos são levados para um terreno localizado na Pedra Setenta BR 403 que liga Crateús – Sucesso. 75
Figura 39 -– Terreno destino dos RCC gerados em Crateús. Fonte: JOSÉ DE A. C. NETO – ME
O transporte dos RCC é feito utilizando uma frota cadastrada na SEMAM composta por: 02 caminhões pesados, 01 caminhão aberto e 01 betoneira. Alguns veículos vão abaixo ilustradros:
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 40 – Imagens Caminhão Pesado – Mercedes Benz/LS - Ano: 1998. Fonte: JOSÉ DE A. C. NETO – ME
Figura 41 – Imagens Caminhão Aberto – VW/VW 11.130 – Ano: 1981 Fonte: JOSÉ DE A. C. NETO – ME
76
As médias dos resíduos coletados e dispostos são apresentadas abaixo. Quadro 15 – Médias dos resíduos de reformas e demolições coletados em Crateús.
Dia m³
Semana m³
Mês m³
32 m³
160 m³
640 m³
Fonte: JOSÉ DE A. C. NETO – ME
3.5 Resíduos Agrossilvipastoris Os dados relativos a esse setor de geração de resíduos foram extraídos do Relatório dos Detritos da Atividade Agropecuário, elaborado e disponibilizado pela Secretaria Municipal de Negócios Rurais, para fins desse trabalho. A atividade de criação de animais é a principal fonte geradora de resíduos. O rebanho do Município de Crateús está quantitativamente distribuído conforme tabela abaixo: CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Distribuição quantitativa do rebanho 10%
24%
Bovino Ovino Caprino
66%
Figura 42 – Distribuição do Rebanho. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Negócios Rurais de Crateús.
Os rebanhos suíno e avícola não têm expressão econômica, não são criados em linha de produção, sendo explorados na maior parte 77
para o consumo doméstico. Já o consumo comercial é feito através de granjas especializadas localizadas em outros Municípios.
3.5.1 Resíduos Agrossilvipastoris I (Orgânicos) Do esterco produzido por estes rebanhos, 80% é comercializado com os produtores de produtos hortículas da Serra da Ibiaiapa, 20% é utilizado para a adubação de campos para a produção de forrageiras para a alimentação destes rebanhos. Conforme ilustra a Figura 43.
Destinação de resíduos de esterco 20% Comercialização
80%
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Adubação
Figura 43 – Destinação de resíduos de esterco. Fonte: Elaborado pelos autores, a partir de dados da Secretaria de Negócios Rurais de Crateús.
3.5.2 Resíduos Agrossilvipastoris II (Inorgânicos) Os produtores rurais não utilizam adubação química no trato das culturas exploradas. Da mesma forma, o processo de produção de culturas anuais em regime de sequeiro utiliza um percentual baixíssimo de defensivos químicos. As poucas embalagens geradas nesta prática agrícola são anualmente recolhidas através de campanhas envolvendo o Poder Público e Órgão da Sociedade Civil. 78
3.6 Tendências, Projeções e Considerações 3.6.1 Resíduos Domiciliares De
acordo
com
o
IBGE
(2010)
a
taxa
de
crescimento
populacional de Crateús mostrou uma tendência decrescente de 1,45% para a população rural, em 2010, enquanto que a população urbana cresce a taxa de 1,02%. Esse comportamento infere um exôdo rural acentuado. Considerando a população total do município esse crescimento foi de 0,27%, o que implica um aumento da população de Crateús para aproximadamente 81.501habitantes em 2035.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 44 – Projeção do crescimento populacional. Fonte: Elaborado pelos autores.
79
Figura 45 – Projeção do crescimento populacional e geração de resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 46 – Participação dos resíduos orgânicos na geração total. Fonte: Elaborado pelos autores
4. AVALIAÇÃO DO SISTEMA ATUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE CRATEÚS 4.1 Aspectos Administrativos 4.1.1 Resíduos Sólidos Domiciliares Desde junho de 2011, os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos residenciais e comerciais, bem como limpeza pública (urbana e rural) do município de Crateús são realizados pela Master Engenharia Ltda. Tais serviços são baseados em contrato celebrado através da Secretaria Municipal de Infraestrutura, decorrente de processo licitatório (Concorrência Pública nº 01/11/CP).
80
De acordo com a análise documental, a frota utilizada pela Master na coleta e no transporte dos resíduos sólidos é composta de 04 (quatro) caminhões de carroceria aberta para o transporte e coleta de resíduos de poda, 02 (dois) caminhões compactadores e 01 (uma) caçamba para transporte de resíduos sólidos. A Master conta ainda com 63 (sessenta e três) funcionários contratados para aos serviços de limpeza urbana, cujas funções são: varredor, jardineiro, fiscal de turno, capinador, supervisor e 02 (dois) funcionários na área administrativa. Quadro 16 – Frequência da Coleta de Resíduos Sólidos no Município de Crateús. Região Altamira Cajás
Resíduo
Poda
Ter e Sab
Qui
Ter, Qui e Sab
Qua
Campo Verde
Seg, Qua e Sex
Qui
Campo Velho
Seg. Qua e Sex
Qui
Centro
Diariamente
Cidade Nova
Ter, Qui e Sab
Seg
Cidade 2000
Ter, Qui e Sab
Qua
Fatima I
Seg, Qua e Sex
Ter
Fátima II
Seg, Qua e Sex
Ter
Hospital
Diariamente
Posto de Saúde Ipase
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Exceto domingos Seg e Qua
Seg
José Rosa
Seg, Qua e Sex
Seg
Mercados
Diariamente
Feira Livre
Diariamente
Maratoan
Seg, Qua e Sex
Qui
Nova Terra
Seg, Qua e Sex
Ter
Patriarcas
Ter, Qui e Sab
Qua
Planalto
Resíduo e Poda
Seg, Qua e Sex
Ter
Ponte Preta
Ter, Qui e Sab
Seg
Santa Luzia
Seg, Qua e Sex
Qui
São José
Ter, Qui e Sab
Seg
Venâncios I e II
Ter, Qui e Sab
Qua
Vila Nova
Ter, Qui e Sab
São Vicente
Seg e Qua Sex Fonte: Secretaria de Infraestrutura, Prefeitura de Crateús.
81
Quanto aos resíduos oriundos da coleta seletiva, a prefeitura municipal possui um convênio com a associação de catadores de materiais recicláveis de Crateús – Recicratiú.
Esse convênio foi
autorizado através da lei nº 248 de 8 de maio de 2013. O convênio visa ações integradas e complementares para a organização da coleta seletiva de materiais recicláveis através da concessão de incentivo financeiro, sob a denominação de bolsa reciclagem no valor de até R$200,00 (duzentos reais) por catador, respeitando o valor global do repasse mensal ao limite máximo de R$ 12.000,00 (doze mil reais). Além do incentivo financeiro, a Recicratiú recebe repasse de R$1.600,00 (um mil e seiscentos reais) mensais para promover a coleta de materiais recicláveis, duas vezes por mês, a critério da administração municipal, nas localidades de Realejo, Umburana, Carrapateria e Santo Antônio dos Azevedos. Já em Crateús Sede a Recicratiú é responsável pela
coleta,
segregação,
enfardamento
e
comercialização
de
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
materiais recicláveis, proveniente da coleta seletiva. A execução do convênio que trata a lei é coordenada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crateús (SEMAM). Na Associação atuam 21 catadores divididos entre o setor de triagem e coleta. A coleta seletiva abrange 75% da população de Crateús, o que representa 54.000 pessoas. Não há aterro sanitário no município de Crateús. Os resíduos coletados de qualquer natureza são dispostos diretamente no solo, em uma área não licenciada (lixão). Durante visita de técnico do Instituto Venturi ao local de disposição desses resíduos identificou-se a presença de pessoas catando resíduos recicláveis em condições de risco à saúde, configurando uma não conformidade ambiental legal. Existe um Protocolo de Intenções firmado entre os municípios de Crateús, Independência, Ipaporanga e Novo Oriente para construir o 82
CONSÓRCIO MUNICIPAL PARA ATERRO DE RESÍDUOS· SÓLIDOS UNIDADE CRATEÚS - COMARES - UCR, firmado em 15 de setembro de 2010. Também, em 2013 foram apresentadas propostas para formação do Consórcio de Reciclagem da Região do Sertão de Crateús e para a implementação do Polo de Valoração de Resíduos em Crateús, em terreno já disponibilizado para este fim, onde já existe o Galpão de Triagem da Recicratiú, conforme ilustra a Figura 47 abaixo.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 47 – Imagem do terreno destinado à construção do PVR, com indicação do Galpão da Recicratiú. Fonte: Adaptado do Google Earth, por Cláudio Strüssmann.
Apesar da instituição de cobrança por meio de taxa, tarifa e/ou preço público ser constitucional e incentivada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, não há cobrança de taxa de “resíduo”. A cobertura dos custos para os serviços é feita através do caixa único. O custo mensal para o tesouro municipal apenas com o gerenciamento, coleta dos resíduos sólidos comuns (coleta simples) e limpeza pública (urbana e rural) atualmente está na ordem de R$223.294,40(duzentos e vinte e três mil, duzentos e noventa e quatro reais e quarenta centavos). No ano de 2013 o município gastou nos serviços referidos acima o montante de R$2.176.331,76 (dois milhões, cento e setenta e seis mil,
83
trezentos e trinta e um reais e setenta e seis centavos), conforme demonstrado no Quadro 18 abaixo. Quadro 17 – Despesas com gerenciamento, coleta de resíduos sólidos e limpeza urbana em Crateús. Serviços conforme consta no contrato de prestação de serviços
Valor mensal (emReais)
Coleta simples e seletiva, transporte, tratamento, beneficiamento e
R$181.360,98
destinação final de resíduos sólidos de qualquer natureza; Coleta especial dos resíduos hospitalares, Postos de Saúde, clínicas, e outros resíduos da limpeza dos estabelecimentos, com a utilização de veículo coletor apropriado;
A
varrição,
conservação
e
asseio
de
vias,
abrigos
monumentos, sanitários, escadarias, vielas, praças, morros mercados e demais logradouros públicos. A raspagem remoção de terra areia e quaisquer materiais carregados pelas águas para as vias e logradouros públicos. A limpeza de bueiros, bocas-de-lobo e correlatos. A implantação e operação de transbordo bem como de unidades de processamento, tratamento e destinação final, necessárias à execução dos serviços. A remoção de móveis, de animais mortos e outros resíduos inservíveis e abandonados nos logradouros públicos. A capina, a raspagem, a poda, a CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
pintura de meio fio e a roçada, bem como o acondicionamento e coleta dos resíduos provenientes dessas atividades, visando à salubridade ambiental e a promoção da estética urbana do município. A implantação e operação de sistemas de triagem e separação dos resíduos sólidos. Total investido em 2013 Fonte: Elaborado pelos autores.
R$2.176.331,76
Segundo informações da Prefeitura o custo mensal atual (novembro 2014) é da ordem de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil mensais). Até o fechamento desse trabalho, a equipe técnica não conseguiu acesso à discriminação dos valores dos serviços prestados pela empresa Master, inviabilizando, assim, a montagem de um quadro comparativo dos gastos com os diferentes serviços de limpeza pública do município de Crateús.
84
O organograma de influência do gerenciamento de resíduos sólidos no Município de Crateús é apresentado a seguir.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 48 – Organograma de influência do gerenciamento de resíduos sólidos no Município de Crateús. Fonte: Elaborado pelos autores.
Observando a figura anterior (Fig. 48) é possível concluir que há sobreposição de funções e responsabilidades, entre os órgãos SEMAM e SEINFRA. Pode ser observado que os dois órgãos possuem a 85
responsabilidade de campanhas educativas. Para aferição da eficácia dos programas, é necessário saber quais campanhas foram levadas a efeito individualmente pela SEINFRA, e quais pela SEMAM, bem assim as que foram feitas em conjunto, neste caso, quais as respectivas atribuições
(coordenação,
elaboração,
aplicação,
aferição
de
resultados); também se a Secretaria de educação tem alguma participação nestas campanhas. Caso tenha, quais responsabilidades lhe são atribuídas. Da mesma maneira, existe a sobreposição de atribuições e responsabilidades entre a empresa Master Engenharia e a Associação Recicratiú. Analisando as atribuições não é possível concluir quais são as áreas de cuidados (coleta, transporte e destinação de resíduos) de cada uma, quais os tipos de resíduos pelos quais cada entidade é responsável e qual tipo de subordinação, respectivamente de Master engenharia e Recicratiú, em relação à SEINFRA e à SEMAM. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Apesar do serviço de coleta seletiva estar incluído no contrato com a empresa Master Engenharia Ltda., este é feito pela Recicratiú, conforme demonstrado no organograma acima (Fig. 48). A partir destas informações conclui-se que existe a necessidade de se definir de forma clara, o papel destes atores. Somente com estes questionamentos respondidos será possível traçar um organograma e fluxograma para a gestão integrada de resíduos sólidos do município de Crateús.
4.1.2 Resíduos Industriais Conforme a legislação brasileira, resíduos industriais são de responsabilidade do gerador. Foram identificadas, durante a pesquisa
86
de dados, 03 (três) indústrias: 01 fábrica de temperos, 01 fábrica de doces e 01 fábrica de leite. Não existe qualquer inventário dos resíduos gerados nesses 3 processos produtivos nos controles da Secretaria de Meio Ambiente. Dessa forma, a caracterização e quantificação dos resíduos industriais terão que ser feitos para fins de elaboração de um programa de produção mais limpa (P+L) no bojo do PMGIRS, para a ecoeficiência dos processos produtivos e evitar que esses resíduos acabem sendo descartados indevidamente, uma vez que no município de Crateús não existe aterro industrial.
4.1.3 Resíduos de Serviços de Saúde Os Resíduos de Serviços de Saúde são de responsabilidade do gerador. No município de Crateús não existem empresas licenciadas para tratamento desses resíduos, o que torna o investimento inicial em CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
infraestrutura para armazenamento e tratamento muito elevado para a administração pública. De acordo com a Resolução ANVISA 306/2004, cada hospital deve ter o seu plano de gerenciamento de resíduos e assegurar a formação de sua equipe para conduzir a gestão correta desses resíduos. No entanto, durante a coleta de dados, observou-se que nos hospitais não houve o cumprimento da resolução na íntegra, mesmo quando da existência do plano este não foi seguido corretamente. Considerando que a Secretaria de Saúde é um dos geradores, através dos serviços prestados à população nos postos de saúde e outras instalações, esta foi orientada a fazer a identificação e contratação imediata de uma prestadora de serviços licenciada para a coleta, transporte, descontaminação e destinação corretas dos 87
resíduos oriundos dos serviços de saúde administrados por esta Secretaria, bem como solicitar de todas Unidades e Hospitais o inventário dos seus resíduos e apresentação de um plano de gerenciamento de resíduos. O Hospital São Lucas já possui um Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde e no mês de setembro p a s s a d o (2014)
instituiu
a
sua
Comissão
de
Gerenciamento
des t e s
r e s í d u o s , com a finalidade de discutir ações e procedimentos de educação e conscientização ambiental para todos os colaboradores, terceiros e usuários do Hospital visando o correto gerenciamento de resíduos, conforme o disposto na resolução RDC n° 306I2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA e Resolução 358I2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. De
acordo
com
os
Certificados
de
Coleta
de
Resíduos
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Infectantes, fornecidos pela Administração da Sociedade Beneficente São Camilo, responsável pelo Hospital São Lucas, os resíduos infectantes são coletados e tratados pela empresa Flamax Ambiental Serviços e Transporte Ltda, em Juazeiro do Norte.
Esta utiliza o processo de
tratamento físico por oxidação térmica (Incineração), para destruição, desinfecção, descaracterização e redução do volume no Incinerador RGL 600 SE, de propriedade da Flamax Ambiental Serviços e Transporte Ltda, com Licença de Operação (LO) nº 582/2012.
4.1.4 Resíduos de Construção e Demolição Resíduos de construção e demolição gerados no município de Crateús, não estão sendo gerenciados em conformidade com a Resolução CONAMA nº 307/2002.
88
O município não possui local apropriado para deposição adequada de resíduos de construção e demolição. Da mesma forma, não existem políticas públicas visando à redução na geração desses resíduos, bem como sua reciclagem. Não foi identificada a exigência do Plano de Gerenciamentos dos RCC por ocasião do pedido de Licença Ambiental de novas construções. Porém, já existe a vontade da gestão pública em consolidar no município
o
conceito
de
construção
sustentável,
baseado
na
prevenção e redução de resíduos sólidos com a utilização de tecnologias limpas e materiais recicláveis e reutilizáveis. Algumas ações como capacitação das equipes do governo municipal em Licitações e Compras Sustentáveis mostram-se necessárias.
4.1.5 Resíduos Agrossilvipastoris No que diz respeito à atividade de criação de animais como CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
principal fonte geradora de resíduos, o setor agrossilvipastoril mostra-se em conformidade com a hieraquia das ações apontadas pela Lei 12.305/2010, uma vez que todo o esterco produzido por estes rebanhos é utilizado localmente para a adubação do solo e as poucas embalagens geradas na prática agrícola são anualmente recolhidas através de campanhas envolvendo o Poder Público e Órgão da Sociedade Civil. Já na fase de abate para comercialização da carne desse rebanho, apesar do Município já ter construído um abatedouro, não foi previsto no projeto original a construção de uma graxaria, o que se faz necessário para evitar a geração ou minimização dos resíduos nesse processo.
A
graxaria
deve
ter
instalação
própria,
provida
de
equipamentos e pessoal em número suficiente ao processamento dos condenados e subprodutos, conforme ditam as normas brasileiras. 89
4.2 Aspectos Políticos e Sociais 4.2.1 Coleta Seletiva com inclusão social Durante a coleta de informações, foram identificadas várias iniciativas do governo municipal com relação à coleta seletiva e inclusão social com geração de renda. A principal delas é o Programa de Coleta Seletiva, já implantado e com cobertura de 75%. O
referido
Programa,
em
funcionamento
desde
2012,
é
desenvolvido através de parceria com os poderes público e privado. Os principais agentes são a Secretaria de Meio Ambiente – SEMAM e a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis – Recicratiú, com o apoio do Governo do Estado do Ceará, do Banco Mundial, do Instituto Brasil Solidário – IBS/Casas Bahia e Instituto Venturi Para Estudos Ambientais. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
A Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Ceará, ARCE, por meio de uma série de informações e de indicadores, presta apoio técnico ao programa com a finalidade de auxiliar a gestão e a operação. Uma das ações de base implantadas no município visando à ampliação da coleta seletiva através da educação ambiental foi a instalação de LEVE’s em algumas escolas como projeto piloto para coletar papel e plástico – uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Meio ambiente e da Associação de Catadores – Recicratiú. Essa ação recebeu o apoio financeiro do Instituto Brasil Solidário e capacitação técnica do Instituto Venturi Para Estudos Ambientais.
90
Essa ação tem como objetivo vincular as atividades de educação ambiental formal com o valor econômico e social dos resíduos. Para tanto, ajustou-se que do material coletado nos LEVE’s 20% do valor de venda destes pela Recicratiú deve retornar para as respectivas escolas e deverá ser usado para projetos coletivos, conforme demanda dos alunos, sob a supervisão do coordenador da escola. Nos Quadros 19 e 20 abaixo podem ser verificados o mapeamento dos LEVE’s e a quantidade de resíduos Quadro 18 – Localização dos LEVE’s - Local de Entrega Voluntária Escolar. Nº 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
ESCOLA LOCALIDADE REDE Gonzaga mota Sede Estadual Airam Veras Sede Municipal Amadeu Catunda Sede Municipal CAIC Sede Municipal Furtado Leite Sede Municipal Maria José Sede Municipal Olavo Bilac Sede Municipal Padre Bonfim Sede Municipal São José Poty Municipal João Luciano Assis Municipal Santa Rosa Jardins Municipal Lutando pra vencer Pocinhos Municipal Joaquim Braz de Oliveira Lagoa das Pedras Municipal José Braz de Pinho Lagoa das Pedras Municipal Ibiapaba Ibiapaba Municipal Cipriano de Miranda Ingá Municipal Santo Antonio Santo Antonio Municipal Fcº Ferreira Barros Tucuns Municipal José de Araújo Veras Queimadas Municipal Fcº Alcântara Barros Montenebo Municipal Luis Ximenes Aragão Rosário Municipal Santana Santana I Municipal Imaculada Conceição Corredores Municipal José Martins de Lima Patos Municipal Joaquim Ferreira do Bonfim Curral Velho Municipal Umbelino Alves Curral do meio Municipal Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crateús. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Quadro 19 – Resultados obtidos de agosto-novembro. MATERIAL Papel PET
TOTAL KG
VALOR DE TOTAL VALOR DA ASSOCIAÇÃO MERCADO ESCOLA (Recicratiú) 12.702 0,30 R$3.810,60 R$762,12 R$3.048,48 1.604 1,50 R$2.406,00 R$481,20 R$1.924,80 Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Crateús.
91
Outra ação de base de grande importância foi a realização de uma oficina, com foco na ampliação de conhecimento do profissional de educação, bem como fornecer ferramentas de gestão e operação de resíduos eletroeletrônicos aos catadores de materiais recicláveis. Ministrada pela Profª Draª Lúcia Xavier, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), através da Diretoria de Pesquisas Sociais da Fundaj, a oficina teve como objetivo difundir conceitos e propostas de dinâmicas e sensibilização
a
respeito
da
gestão
de
resíduos
e,
mais
especificamente, sobre a gestão dos resíduos de equipamentos eletroeletrônicos como subsídio a inclusão socioambiental e a adequação às legislações vigentes, conforme demanda. Entende-se que essa modalidade de treinamento possibilita a formação de agentes multiplicadores que atuarão na difusão dos conceitos
e, consequentemente,
conscientização
e
ações
consolidação do processo de
necessárias
para
a
efetividade
das
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
regulamentações. Dessa forma, o gerenciamento de resíduos mostra-se como uma prática que pode atingir, por meio da qualificação, metas sociais e ambientais pretendidas pelas políticas públicas. O Programa de Coleta Seletiva de Crateús recebeu o Premio Cidade Pró-Catador, em dezembro de 2013. Uma iniciativa da Secretaria Executiva da Presidência da República que visa reconhecer às políticas públicas definidas para a Gestão de Resíduos Sólidos em municípios brasileiros e estimular parcerias entre o município e catadores de materiais recicláveis nas suas formas associadas. Devido à importancia da coleta seletiva, não apenas na ocupação e geração de renda para os catadores, mas também, pela necessidade de reduzir a quantidade de resíduos descartados no “lixão”, a equipe técnica do Instituto Venturi, juntamente com alguns dos seus parceiros e Secretaria de Meio Ambiente de Crateús, resolveu 92
antes mesmo da conclusão do PMGIRS, debruçar-se um pouco mais na capacitação dos catadores e ampliação das instalações do galpão de triagem.
Dessa
produtividade
forma, dos
espera-se
catadores,
aumentar abrindo
a
eficiencia
espaço
para
e
a
outras
oportunidades, como no setor dos resíduos eletroeletrônicos. Abaixo a imagem da planta de ampliação do galpão já em fase de levantamento de preços de materiais e mão de obra para sua construção.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 49 – Imagem da planta de ampliação do galpão de Triagem. Fonte: Arquiteto e Urbanista Cláudio Strüssmann.
4.2.2 Percepções da comunidade com relação aos resíduos sólidos gerados no município Durante a audiência pública para apresentação do Diagnóstico do PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico) de Crateús, ocorrido no dia 27 de junho de 2014, no auditório da Secretaria de Meio Ambiente, foi aplicado aos participantes um questionário, com o intuito de avaliar a relação da população com o tema resíduos sólidos. Foram respondidos 39 questionários. 93
A interpretação das informações obtidas através da aplicação dos questionários, agora sob a forma de representação gráfica, leva em conta a diversidade do público e os diferentes graus de instrução formal. Esta compreensão do estado do conhecimento sobre os resíduos sólidos, em um determinado momento, é necessária para uma revisão crítica dos resultados dos programas, projetos e ações de Educação Ambiental, afim de que, baseado no conjunto dessas informações, busque-se
as
possibilidades
de
integração,
fortalecimento
e
melhoramento contínuo das atividades de EA desenvolvidas no município durante a elaboração das estratégias de implementação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Nas Figuras 50 e 51 pode-se observar que mais da metade das CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
pessoas que responderam o questionário é do gênero feminino possue nível de escolaridade superior. A distribuição dos pesquisados em faixa etária e o setor em que trabalham podem ser vistos nas Figuras 52 e 53 respectivamente.
Gênero
16 23
feminino Masculino
Figura 50 – Gênero dos pesquisados. Fonte: Elaborado pelos autores.
94
Grau de Escolaridade 1 7
Não respondeu Primário
20
secundário Superior
11
Figura 51 – Grau de escolaridade dos pesquisados. Fonte: Elaborado pelos autores.
Faixa Etária 5
15 - 21
11 3
22 -28 5
29 - 35 36 - 45
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
14
10
46 - 55 acima de 55 Não respondeu
Figura 52 – Faixa etária dos pesquisados. Fonte: Elaborado pelos autores.
Setor em que trabalha 1 2
1
Aposentado
2
desempregado estudante 9
24
Não respondeu Privado Público
Figura 53 – Setor em que trabalham os pesquisados. Fonte: Elaborado pelos autores.
95
Uma das perguntas realizadas foi “Como você separa o resíduo na sua casa”, o gráfico que segue abaixo, faz uma relação entre este questionamento
e
o
grau
de
escolaridade
das
pessoas
que
responderam o questionário.
Segregação dos resíduos por grau de escolaridade 12 10 10 8 6 6
Não respondeu
5
Primário
4
3 2
2
111
111
111
2 1
1
secundário Superior
0 Não Não separo Orgânico respondeu recicláveis - rejeito
outros
recicável comum
úmido seco
Figura 54 – Grau de escolaridade X Segregação dos resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Analisando as informações apresentadas na Figura 54, pode-se concluir que as pessoas com maior grau de escolaridade, não são as que realizam a separação dos resíduos na sua residência. Já as pessoas que possuem apenas o secundário, apresentaram um bom nível de segregação dos resíduos, separando entre recicláveis e comum. Na Figura 55 é feita a relação de grau de escolaridade e o questionamento “Para onde vão os resíduos da coleta seletiva na sua cidade?”.
96
Destinação dos resíduos da Coleta Seletiva por grau de escolaridade 16 14 12 10 8 6 4 2 0
14
Não respondeu 5 1
Primário
2
11
1
2
associação associação aterro de de sanitário catadores catadores e Lixão
222
22
11
lixão
Não respondeu
secundário Superior
outros
Figura 55 – Grau de escolaridade X Destinação dos resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores.
Nesta Figura (55) pode-se inferir que a grande maioria dos questionados
sabe
corretamente
a
destinação
dos
resíduos
provenientes da coleta seletiva, independente do seu nível escolar. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
A Figura 56 relaciona o grau de escolaridade e a pergunta “Você conhece a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil?”
Conhecimento da Lei 12.305/2010 por grau de escolaridade 14
12
12 10 8
6
7
Não respondeu
8
Primário
6
4
4 1
2
1
secundário Superior
0 Não
Sim
Figura 56 – Grau de escolaridade X Conhecimento da Lei 12.305/10. Fonte: Elaborado pelos autores.
Desta forma avalia-se que as pessoas com maior grau de escolaridade possuem maior informação, como pode ser observado na 97
Figura 56. Mas não a utilizam da melhor forma, pois como aponta a Figura 50, metade das pessoas com maior nível escolar não segrega seus resíduos na sua residência. Nas Figuras 57 e 58 relacionou-se com a faixa etária e setor em que trabalha com a mesma pergunta “Você conhece a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil?”, mas não houve relação significativa.
Conhecimento da Lei 12.305/2010 por faixa etária 10
9
15 - 21
8
22 -28
6
5
29 - 35
5 5 4
4
3
36 - 45
3 2
2
46 - 55
1
1 1 CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
0 Não
acima de 55 Não respondeu
Sim
Figura 57 – Faixa etária X Conhecimento da Lei 12.305/10. Fonte: Elaborado pelos autores.
Conhecimento da Lei 12.305/2010 por setor em que trabalha 14
12
12
12
Aposentado
10
desempregado
8 4 2
estudante
5
6 1
2
1
4 1
1
Não respondeu Privado Público
0 Não
Sim
Figura 58 – Setor em que trabalha X Conhecimento da Lei 12.305/10. Fonte: Elaborado pelos autores.
98
Já na Figura 59 a correlação
se dá
entre o gênero e o
questionamento “Você conhece a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil?”. Enquanto que na Figura 60 a questão é se esse conhecimento leva a uma maior segregação dos resíduos.
Conhecimento sobre a lei 12.305/2010 por Gênero 16
14
14
12
12 9
10
feminino
8
Masculino
6
4
4 2 0 Não
Sim
Figura 59 – Gênero X Conhecimento da Lei 12.305/10. Fonte: Elaborado pelos autores. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Segregação dos resíduos por gênero 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
8 7 6 5 3 2
2 1
1
Não Não separo Orgânico respondeu recicláveis rejeito
2
Masculino
1
outros
feminino
1
recicável comum
úmido seco
Figura 60 – Gênero X Segregação dos resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores.
O que pode ser identificado nestes dois gráficos é que os homens possuem maior informação sobre a Lei 12.305 em que fala sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, como apresenta a Figura 59. Mas 99
nem por isso realizam a segregação dos mesmos de forma correta, como pode ser observado na Figura 60. Na Figura abaixo (Fig. 61) não há uma relação entre a faixa etária e o questionamento “Como você separa os resíduos na sua casa”.
Segregação dos resíduos por faixa etária 6 5 5 44
15 - 21
4
4 3
22 -28
3
3
29 - 35 2
2
2
2
36 - 45
2 1
1 1
1 1
1
11
46 - 55
1
acima de 55
0 Não Não separo Orgânico respondeu recicláveis rejeito
outros
recicável comum
úmido seco
Não respondeu
Figura 61 – Faixa etária X Segregação dos resíduos. Fonte: Elaborado pelos autores. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Como indicam as Figuras 62 e 63, independente da faixa etária a maioria
dos
questionados
conhece
a
destinação
dos
resíduos
provenientes da coleta seletiva e da coleta comum.
Conhecimento da coleta seletiva por faixa etária 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
9 8 15 - 21 22 -28 3
29 - 35
3
22
36 - 45 1
1
1
111
associação associação aterro de de sanitário catadores catadores e Lixão
1 1
lixão
1
1 1
Não respondeu
1
outros
46 - 55 acima de 55 Não respondeu
Figura 62 – Faixa etária X Conhecimento da coleta seletiva. Fonte: Elaborado pelos autores.
100
Coleta Comum por faixa etária 7 6 5 4 3 2 1 0
6 5 4
15 - 21
4
22 -28
3 2
2 22
2
1
111
1
1
29 - 35 1
36 - 45 46 - 55
associação associação aterro de de sanitário catadores catadores e aterro sanitário
Lixão
Não respondeu
outros
acima de 55 Não respondeu
Figura 63 – Faixa etária X Conhecimento da coleta comum. Fonte: Elaborado pelos autores.
Sobre
o
questionamento
do
descarte
dos
medicamentos
vencidos a maioria dos entrevistados destina da mesma forma (resíduo comum). Não há relação com o grau de escolaridade ou gênero, pois CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
a maioria não destina da forma correta, como pode ser observado nas Figuras 64 e 65.
Descarte de medicamentos vencidos por grau de escolaridade 14 12 10 8 6 4 2 0
12
6 1
3 1 1 1
Não respondeu 1
1
1 1
1 1
11
1
1
1 1
1
Primário secundário Superior
Figura 64 – Grau de escolaridade X Descarte de medicamento vencido. Fonte: Elaborado pelos autores.
101
Descarte de remédios vencidos por gênero 16 14 12 10 8 6 4 2 0
14
6 3 1 1
1
1
1 1
1
1
2
1
1
1 1
1
1
feminino Masculino
Figura 65 – Gênero X Descarte de medicamento vencido. Fonte: Elaborado pelos autores.
4.2.3 Avaliação do curso de formação de multiplicadores em educação ambiental O curso foi resultado de uma parceria entre o Instituto Venturi CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Para Estudos Ambientais e o Instituto Brasil Solidário para apoiar as ações da Secretaria de Educação e Secretaria de Meio Ambiente de Crateús, visando num futuro próximo a estruturação de um Programa de Educação para o município. O curso de formação de multiplicadores em educação ambiental teve os seguintes objetivos: Objetivo Geral: Capacitar professores do município, pautado nas concepções de participação-ação e na construção do conhecimento, visando a incorporação da dimensão ambiental nos currículos e nas ações da sociedade civil organizada.
102
Objetivos Específicos:
Subsidiar,
teórica
e
metodologicamente,
professores
para
orientar a inserção curricular da Educação Ambiental.
Propiciar, aos participantes, condições técnicas e metodológicas de construção de matrizes socioambientais do seu município, com
o
intuito
de
promover
a
inserção
transversal
dos
conteúdos/atividades de Educação Ambiental nos currículos do ensino fundamental e médio.
Desenvolver nos participantes habilidades de: ampliação da percepção ambiental; análise crítica da realidade; utilização de instrumentos de registro e monitoramento de informação; estruturação de projetos de Educação Ambiental; incentivar a integração do grupo e a produção coletiva de conhecimentos.
Promover a identificação dos instrumentos legais e suas possíveis formas de utilização.
Avaliação do processo CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Módulo I e Módulo II: A avaliação do processo conduz à análise comparativa das Matrizes produzidas nos diferentes grupos. Esta análise permitiu também, além de verificar o alcance dos objetivos propostos, identificar o panorama da Educação Ambiental na visão dos educadores do município de Crateús. Como proposto, a metodologia de Participação-Ação para a Construção do Conhecimento mostrou-se uma facilitadora no processo de formação de professores para a inclusão dos temas transversais nos currículos escolares. O método permitiu a incorporação de visões atualizadas das questões ambientais.
103
1.
Análise
das
Matrizes
1
(Identificação
de
Problemas
Socioambientais) e 2 (Identificação das Potencialidades do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável). Na
elaboração
dessas
matrizes,
os
grupos
demonstraram
dificuldade na formulação e seleção dos problemas, assim como na identificação das potencialidades. O reconhecimento e/ou identificação de problemas muitas vezes não contemplou a complexidade e o nível de impacto causado ao ambiente, conduzindo à seleção de problemas visíveis, aparentemente irrelevantes,
em
comparação
com
outros,
muito
mais
impactantes, mas não tão explícitos. A matriz de identificação de problemas socioambientais foi analisada obedecendo aos seguintes criterios: CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
a) Foram
reunidos
todos
os
problemas
selecionados
e
priorizados, a partir das matrizes produzidas pelos grupos. b) Ao reunir os problemas, foram respeitados os contextos em que os mesmos foram identificados: global, nacional, regional, estadual e local. c) Com todos os problemas reunidos foi construída uma matrizsíntese contemplando os problemas socioambientais. A matriz-síntese foi obitida através da análise das matrizes produzidas por todos os grupos, representando, portanto, a prioridade estabelecida pelos participantes, em cada contexto. d) Para possibilitar, do ponto de vista metodológico, uma análise concisa da problemática ambiental, estabeleceu-se alguns parâmetros para o agrupamento dos problemas elencados nas categorias: Políticas públicas inexistentes
104
e/ou
ineficientes;
Esgotamento
dos
recursos
naturais;
Poluição. 2.
Análise da Matriz 3 (de interrelações) Na construção dessa matriz todos os grupos apresentaram muita dificuldade no estabelecimento das relações de causas e consequências. identificação
Diante
das
da
percepção
interrelações
entre
das os
hesitações
problemas
na
e/ou
potencialidades ambientais, na procura das causas reais, foi feita apenas a apresentação de um exemplo - esquema de fluxograma
apontando
as
situações
complexas
políticas,
econômicas, ecológicas, sociais, culturais e suas interações dinâmicas horizontais e verticais. Fica claro que os participantes ainda não possuem conhecimento nos temas ambiental, social e econômico suficientemente CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
consolidado para estabelecem o conjunto de determinações e interrelações
complexas
entre
os
problemas
ambientais
identificados e suas causas reais. 3.
Análise da Matriz 4 (Seleção de problemas e possíveis soluções) Nessa Matriz foram selecionados, a partir da matriz-síntese, 5 problemas regionais e 10 problemas locais, suas possíveis soluções e as interrelações entre eles, a fim de iniciar um processo de aprofundamento dos problemas, numa preparação para as matrizes
posteriores
que
convergem
para
a
inserção
da
Educação Ambiental no ensino formal a ser trabalhado numa unidade didática das escolas participantes. Entre a construção da matriz de interrelações e a matriz 4 ficou evidenciado o crescimento de todos os grupos de trabalho na 105
concepção das interrelações dos problemas ambientais como múltiplas, recíprocas e de determinações complexas. Apesar disso, a preferência na seleção dos problemas regionais e locais recaiu naqueles relacionados ao meio físico. 4.
Análise da Matriz 5 (Matriz de currículo 1) Na elaboração da matriz de currículo 1, os grupos, partindo dos dez problemas locais, iniciaram uma reflexão de inserção da dimensão ambiental no ensino formal, identificando: as relações dos problemas com as disciplinas do currículo, os pontos de entrada e as metodologías possíveis para o desenvolvimento do proceso de Educação Ambiental. No estabelecimento de relações dos problemas ambientais identificados e selecionados com as disciplinas do currículo, os grupos
identificaram
de
maneira
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
bastante
clara.
Alguns
demonstraram dificuldades para establecer o cruzamento entre estas
e
as
possíveis
metodologias
a
serem
utilizadas
no
desenvolvimento da Educação Ambiental. De um modo geral, a preocupação em discutir a problemática pelas diversas áreas do conhecimento ficou demonstrada. 5.
Análise da Matriz 6 (Matriz de currículo 2) A elaboração dessa matriz pressupõe o desenvolvimento de um proceso que permita uma reflexão mais aprofundada sobre as questões pedagógicas e metodológicas envolvidas na Educação Ambiental, com finalidade de estruturação das ações no currículo. Na construção dessa matriz os grupos, partindo de um problema ambiental, dentro dos grandes temas escolhidos no início do 106
curso (Resíduos Sólidos e Recursos Hídricos), elaboraram o planejamento de uma unidade didática para permitir a inserção da Educação Ambiental no ensino formal. A partir dos cruzamentos dos temas e problemas e da listagem de metodologias possíveis, se culminou com a planificação geral de uma unidade didática de Educação Ambiental. Após algumas correções feitas, foi elaborada uma única matriz para ser trabalhada igualmente por todas as escolas que forem participar do plano piloto de implantação dos LEVE’s9. Durante esse processo foi possível identificar a necessidade de proporcionar aos professores maiores conhecimentos sobre as questões ambientais, bem assim capacitá-los para diferenciar claramente atividades e metodologias, por exemplo. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
4.3 Aspectos Legais O marco regulatório relacionado à Gestão de Resíduos Sólidos em Crateús pode ser distinguido nos planos nacional, estadual e municipal. Na análise do quadro, várias importantes leis/regulamentos/normas e diretrizes técnicas podem ser identificadas em relação à gestão dos resíduos sólidos. Para uma melhor compreensão, a hierarquia na criação da legislação ambiental brasileira é mostrada abaixo: 1. Federal Leis: Congresso Nacional Resoluções: CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente Decretos: Executivo - Presidência da República 2. Estadual Leis: Assembleia Legislativa 9
LEVE - Local de Entrega Voluntária na Escola
107
Resoluções: CONSEMA - Conselho Estadual de Meio Ambiente Decretos: Executivo - Governo do Estado 3. Municipal Leis: Câmara Municipal Resoluções: CONAM- Conselho Municipal de Meio Ambiente Decretos: Executivo - Governo Municipal
4.3.1 Da Legislação Federal O texto maior do regramento ambiental brasileiro é a Constituição Federal10, que em seu artigo 225 traça sua linha programática básica ao dizer que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e as futuras gerações.” É também na Lei Maior, em seu artigo 23, incisos VI e IX, que se CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
encontra o comando que determina a competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios no poder/dever de “proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas” e, ainda, IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;”. É certo que o conceito de saneamento básico abrange a questão relativa aos resíduos sólidos, estando contida no regramento geral da PNSB – Política Nacional de Saneamento Básico, criada pela da Lei n. 11.445/2007, como se vê, exemplificativamente, no seu artigo 3º, inciso I, alínea c), ao estabelecer que, para os efeitos dessa lei, considera-se
“I
-
saneamento
básico:
conjunto
de
serviços,
infraestruturas e instalações operacionais de: ... c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e 10
BRASIL. 1988
108
instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do resíduo doméstico e do resíduo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas”. Importa referir que o texto legal fundante da política ambiental brasileira é anterior à edição da Carta Maior de 1988, datando de 1981, mas sendo por ela recepcionado. Trata-se da Lei nº. 6.938/81, que dispôs sobre a PNMA – Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, entre outras providências. É também nessa Política que se encontra a disposição que cria o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente, estabelecendo seu art. 6º, que esse sistema é constituído pelos “órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.” No inciso VI, do mesmo CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
artigo, ficam designados como órgãos locais do Sisnama “...os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;” Cabe à União com exclusividade, por força do art. 22, inciso I, da Constituição Federal, legislar sobre direito penal. Nessa esfera, editou a Lei n º. 9.605/98, conhecida como Lei dos Crimes Ambientais, mas que também trata das infrações administrativas, nessa parte regulamentada pelo Decreto n º. 6.514/08. O Estatuto das Cidades, Lei no. 10.257/2001 regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo diretrizes gerais da política urbana. O art. 2º. desse Estatuto traz balizamentos importantes que refletem diretamente na Política Nacional de Resíduos Sólidos, como a “garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à 109
infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações (inciso I)” e a ordenação e controle do uso do solo como forma de prevenir “(V b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes”. Especificamente com relação aos resíduos sólidos, foi criada a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da Lei n. 12.305/10, regulamentada através do Decreto n. 7.404/10. Pelos expressos termos dessa lei, em seu art. 4º, “a Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos”. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
A PNRS guarda estreita relação com o importante eixo da educação ambiental, trazendo expressa diretriz em tal sentido em seu art. 5º, ao dispor que a “Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política Nacional do Meio Ambiente e articula-se com a Política Nacional de Educação Ambiental, regulada pela Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, com a Política Federal de Saneamento Básico, regulada pela Lei nº 11.445, de 2007, e com a Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005”. Nesse eixo da Educação, a Lei Federal n.º 9.795/99 baliza a PNEA Política Nacional de Educação Ambiental, cujo regulamento encontrase no Dec. Federal 4.281/2002. O último texto legal que o art. 5º, da Lei n º. 12.305/12 menciona – Lei nº.
11.445/07 – trata das normas gerais da contratação de
consórcios públicos, também um importante mecanismo da PNRS, que 110
em seu art. 8º, inciso XIX, prevê “o incentivo à adoção de consórcios ou de outras formas de cooperação entre os entes federados, com vistas à elevação das escalas de aproveitamento e à redução dos custos envolvidos”. Os princípios da PNRS vão traçados no art. 6º. da Lei nº. 12.305/10, sendo aqui salientados elementos que reforçam “... a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública; (incIII)”ainda, o “reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania” com previsão no seu inciso VI, tudo a determinar a adoção dos princípios da sustentabilidade em todas as suas variáveis. A PNRS não descurou em seus objetivos, do cuidado e visão de CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
longo prazo, com contínuo aperfeiçoamento no trato dos resíduos sólidos, como se vê dos objetivos preconizados em seu art. 7º., dentre os quais podem ser apontados o inciso II, que busca a “não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;” ainda o inciso V, que trata da “redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;”e também o inciso VI, que prevê “incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matériasprimas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;”. Ainda na seara objetivada pela PNRS, o mesmo art. 7º elenca outros tantos pontos importantes, como a gestão integrada de resíduos sólidos e a articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; também a capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; e a 111
regularidade,
continuidade,
funcionalidade
e
universalização
da
prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007; tudo conforme expressa redação de seus incisos VIII e X. A PNMA indica em seu art. 8º os instrumentos dos quais se vale para sua implantação e execução. Entre eles, são destacados nos incisos I; III e IV: I - os planos de resíduos sólidos; III - a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
IV - o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;
Os Planos Municipais de gestão integrada de resíduos sólidos estão previstos no art. 14, inciso V, da Lei da PNRS, com diversas disposições, em especial a sua condição necessária para que os municípios tenham acesso a recursos da União, ou por ela controlados, quando destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos. Já o art. 19 da lei indica os elementos de conteúdo mínimo de um plano municipal, enquanto que no art. 20 são enumerados os sujeitos à elaboração de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
112
Diversos outros regramentos legais existem sobre o tema resíduos sólidos,
principalmente,
através
de
Resoluções
expedidas
pelo
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Instrução técnica básica para o Licenciamento Ambiental encontra-se na Resolução Conama n.º 237/97, que regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na PNMA. Outras tantas normas regulam o tema dos resíduos sólidos. Exemplificativamente, NBR 10004 – Resíduos sólidos: Classificação; NBR 10005 Lixiviação de Resíduos – Procedimento; NBR 10006 – Solubilização de Resíduos; NBR 10007 – Amostragem de Resíduos – Procedimento; NBR 13221 – Transporte Terrestre de Resíduos – Procedimentos; NBR 11175 – Incineração de Resíduos Sólidos Perigosos – Padrões de Desempenho; NBR 12235 – Armazenamento de Resíduos Perigosos; NBR 11174 – Armazenamento de Resíduos Classe II – Não inertes e Classe III – Inertes; CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
NBR 8418 – Apresentação de Projetos de Aterros de Resíduos Industriais Perigosos; NBR 8419/92 – Apresentação de Projetos de Aterros Sanitários de Resíduos Sólidos urbanos; NBR 8849/95 – Apresentação de Projetos de Aterros Controlados de Resíduos Sólidos urbanos; NBR 10157 – Aterros de Resíduos Perigosos – Critérios para Projeto, Construção e Operação; NBR 13896 – Aterros de Resíduos Não perigosos – Critérios para Projeto, Construção
e
Operação;
NBR
12980
–
Coleta,
varrição
e
Acondicionamento de Resíduos Sólidos urbanos. Ainda exemplificativamente: Quadro 20 – Outras normas que regulam o tema resíduos sólidos. NBR 12.807/13
-
Resíduos de serviço de saúde. Terminologia
NBR 12.808/93
-
Resíduos de saúde Classificação
NBR 13.853/97
-
NBR 12.809/13
-
Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes - Requisitos e métodos de ensaio. Resíduos de 113serviços de saúde – Gerenciamento de residuos de serviços de saúde intraestabelecimento
113
NBR 12.810/93
-
Coleta de residuos de serviços de saúde - Procedimento
NBR 12.980/93
-
NBR 13.028/06
-
NBR 13.029/06
-
NBR 13.030/99
-
NBR 13.221/10
-
Coleta, varrição e acondicionamento de residues sólidos urbanos – Terminologia Elaboração e apresentação de projeto de barragens para disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e reservação de água. Elaboração e apresentação de projeto de disposição de rejeitos de beneficiamento, em barramento, em mineração – Procedimento Elaboração e apresentação de projeto de reabilitação de areas degradadas pela mineração Transporte terrestre de residuos.
NBR 13.402/95
-
Caracterização de cargas poluidoras em efluentes líquidos industriais e domésticos – Procedimento Fonte: ABNT11
4.3.2 Da Legislação Estadual A espinha dorsal da legislação ambiental no Estado do Ceará encontra-se, como não poderia deixar de ser, na sua Constituição Estadual, arts. 259 a 271, que estabelece como dever do Estado “... proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
formas” (art. 259, II, XII), tratando ainda de política urbana e saneamento (arts. 271 e 289). O art. 15, incisos VI e IX, da Lei Maior Estadual, conferem competência comum à União, Estados e Municípios para o zelo com o meio ambiente e saneamento. A Constituição Estadual traz em seu art. 270 previsões específicas para o PPA – Plano Plurianual, na área de saneamento, com a participação dos Municípios, determinando diretrizes e programas, atendidas as particularidades das bacias hidrográficas e os respectivos recursos hídricos. O diploma específico em termos de legislação ambiental é a Lei Estadual de n º. 11.411/87, que estabelece a PEMA – Política Estadual de Meio Ambiente para o Estado do Ceará. A espelho da legislação ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Catálogo < http://www.abntcatalogo.com.br/> 11
114
federal, também na legislação estadual se constata o fenômeno jurídico da recepção, que, por não existir incompatibilidade, admite no ordenamento jurídico estadual um texto legal mais antigo que a própria Constituição Estadual. Nessa lei encontram-se a criação do COEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente e suas respectivas atribuições (art. 2º. e seguintes); e a criação da SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente (art. 8º. e seguintes) O COEMA está vinculado diretamente ao Governador do Estado e com jurisdição em todo o Estado, com o objetivo de assessorar o Chefe do Poder Executivo em assuntos de política de proteção ambiental. Entre as diversas atribuições que lhe foram conferidas está a de
coordenar,
em
comum
acordo
com
a
Secretaria
de
desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente a implantação e execução CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
da política estadual do meio ambiente. A SEMACE - Superintendência Estadual do Meio Ambiente, por disposição do art. 9º. da Lei n º. 11,411/87, integra o Sistema Nacional de Meio Ambiente na qualidade de órgão Seccional do Estado do Ceará. Nesse mesmo dispositivo, encontram-se suas diversas atribuições, ora sendo destacadas a execução da Política Estadual de Controle Ambiental do Ceará, dando cumprimento às normas estaduais e federais de proteção, controle e utilização racional dos recursos e a administração do licenciamento de atividades poluidoras do Estado do Ceará, conforme incisos I e III, desse artigo. No âmbito punitivo, também cabe à SEMACE aplicar no Estado do Ceará as penalidades por infrações à legislação de proteção ambiental, Federal e Estadual (art. 9º., inciso VII).
115
Também na seara administrativa, a Instrução Normativa n.º. 2/2010
“regula
os
procedimentos
para
apuração
de
infrações
administrativas por condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, a imposição das sanções, a defesa ou impugnação, o sistema recursal e a cobrança de multa e sua conversão em prestação de serviços de recuperação, preservação e melhoria da qualidade ambiental” no âmbito da própria SEMACE. Assim como a PNRS guarda relação com o eixo da educação ambiental, também a PERS, pela Constituição Estadual em seu art. 263, regulamentado pela Lei nº. 13.367/1994, faz a mesma conexão. A Lei lei nº 14.892/2011 que institui a Política Estadual de Educação Ambiental no Ceará. A norma cria o Sistema Estadual de Educação Ambiental. Segundo a lei, a nova política envolve em sua esfera de ação, entre outros, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
as instituições educacionais públicas e privadas, formais e não formais do Estado e de seus Municípios, bem como as Organizações NãoGovernamentais (ONGs) em atuação na Educação Ambiental. No ensino formal, estão incluídos dez temas voltados para realidade regional nas escolas situadas em áreas rurais, entre eles os resíduos sólidos. A regulamentação da Lei nº 14.892 se dá através do Decreto estadual n º 31.405/2014. A própria Lei Ambiental Estadual n º. 11.411/87 dispõe em seu art. 2º, nº 4, caber ao COEMA “Estimular a realização de campanhas educativas, para mobilização da opinião pública, em favor da preservação ambiental”, e à SEMACE (art. 9º., XI) “Desenvolver programas educativos que concorram para melhorar a compreensão social dos programas ambientais”.
116
O Estado também possui uma Política Estadual de Resíduos Sólidos, editada através da Lei n º. 13.103/2001, que tem seu regulamento no Decreto nº. 26.604/2002. A Lei, em seu art. 1º. “institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define diretrizes e normas de prevenção e controle da poluição, para a proteção e recuperação da qualidade do meio ambiente e a proteção da saúde pública, assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no Estado do Ceará.” A
PERS
trata
de
forma
ampla
a
questão
dos
resíduos,
estabelecendo as definições legais e sua classificação para o tema e âmbito
de
aplicação
da
lei
(art.
3º.);
avançando
pelos
estabelecimentos dos princípios e objetivos programáticos (arts.4º. e 5º.) e respectivas diretrizes (art. 6º). Também enumera os instrumentos dos quais pode a Política dispor para sua efetivação, indo desde o planejamento regional integrado até a aplicação de estímulos fiscais, CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
métodos de gestão, educação e remédios de cunho premial ou punitivo. A PERS traz, ainda, expressa previsão (arts. 15 e segs) da obrigatoriedade por parte dos municípios de fazer gerenciamento residual através de Planos de Gerenciamento de Resíduos Urbanos “por eles previamente elaborados e licenciados pelo órgão ambiental estadual”. Dá, igualmente, obrigação de elaboração de planos de gerenciamento de resíduos sólidos aos setores industrial, da construção civil, de serviços de saúde e, ainda, os resíduos considerados especiais. Pelas disposições do art. 38 da lei que estabeleceu a PERS, fica aberta a possibilidade de concessão de “incentivos fiscais e financeiros às instituições públicas e privadas sob a forma de critérios especiais, deduções, isenções total ou parcial de impostos, tarifas diferenciadas, prêmios,
empréstimos
e
demais
modalidades
especificamente 117
estabelecidas”, em ordem a que, através de tais medidas, se possibilite sejam implantados os princípios, objetivos e diretrizesdefinidos na Lei. Os Municípios devem necessariamente apresentar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Urbanos, devidamente aprovado pelo órgão ambiental competente, sempre que solicitarem financiamento a instituições oficiais, as quais “somente poderão liberar os financiamentos após a apresentação dessa documentação e da licença ambiental expedida pelo órgão estadual” (art. 39). A PERS estabelece, ainda, a obrigatoriedade da elaboração anual de um Inventário Estadual de Resíduos Sólidos, bem assim “a situação de conformidade das instalações públicas e privadas receptoras de resíduos”(art.40). Estabelece, por fim, modalidades de controle,
responsabilidades
e
infrações
puníveis
em
Estado
do
razão
das
desconformidades legais. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
O
Licenciamento
Ambiental
no
Ceará
é
regulamentado por meio de Resoluções expedidas pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente - COEMA, mediante Instruções Normativas e Portarias editadas pela SEMACE, conforme estabelece a Resolução COEMA nº 4 de 12/04/2012. Nos anexos I e II da Res. n º. 4 são elencadas as atividades passíveis de licenciamento. Pelos termos do art. 3º, as licenças ambientais serão expedidas pela SEMACE com observância dos critérios e padrões estabelecidos nos mencionados anexos. Também a Instrução Normativa SEMACE n º. 4, de 26/12/2013 estabelece normas e procedimentos a serem seguidos por ela “nas diversas
etapas
empreendimentos,
e
fases
obras
ou
do
licenciamento
atividades
ambiental
utilizadores
de
dos
recursos 118
ambientais, potencial ou efetivamente poluidoras, bem como aqueles que causem, sob qualquer forma, degradação ambiental”. No tópico específico da Coleta Seletiva, a Lei Estadual Nº 12.225/1993 considera a coleta seletiva e a reciclagem do resíduo como atividades ecológicas de relevância social e de interesse público no Estado. Os agrotóxicos estão contemplados na Lei Estadual nº. 11.076/85, que dispõe sobre a fiscalização do comércio e controle do uso de Agrotóxicos e outros biocidas do Estado e dá outras providências. Também a Lei Estadual 12.228/93 dispõe sobre o uso, a produção, o consumo, o comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins bem como sobre a fiscalização do uso, de consumo, do comércio, do armazenamento e do transporte interno desses produtos. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Pilhas e baterias, metais pesados são objeto da Lei estadual n º 12.944/99, que dispõe sobre o descarte de pilhas de até 9 (nove) volts, de baterias de telefone celular e de artefatos que contenham metais pesados e dá outras providências. Os Resíduos Radioativos têm seus rejeitos proibidos de ser depositados
em
território
cearense,
conforme
Lei
nº
11.423/88,
secundando disposição contida na Constituição Estadual, art. 259, XIX, de embargar reatores no território estadual, excetuados os que se destinem à pesquisa e ao uso terapêutico. No campo da reciclagem, a Lei Estadual nº. 15.086/11 criou o Selo Verde para certificar produtos compostos de materiais reciclados.
119
Como orientações ao gestor público, existem as Recomendações do TCM – Tribunal de Contas dos Municípios, na gestão dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos nos municípios cearenses. Diversos outros regramentos legais existem sobre o tema resíduos sólidos, principalmente através de Resoluções expedidas pelo COEMA e SEMACE. Instrução técnica básica para o Licenciamento Ambiental encontra-se na Resolução Resolução COEMA nº O8/04.
4.3.3 Da Legislação Municipal A Lei de Regência do município é a Lei Orgânica Municipal de 1.990, que em seu Título VI, Capítulo V, trata do meio ambiente nos artigos 182 a 189, sendo os resíduos objeto do seu art. 185. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
O
PPA
–
Plano
Plurianual
consiste
em
instrumento
de
planejamento governamental, no âmbito da Administração Pública, que orienta as escolhas das políticas públicas para o período. No PPA para o quadriênio 2014-2017 existem quatro eixos de atuação para as políticas públicas, sendo eles: a)infraestrutura e meio ambiente; b)desenvolvimento social; c)desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda; d)gestão eficiente e participativa. No caso, as ações e programas ligados à política ambiental e resíduos sólidos está ligada especialmente ao primeiro eixo, mas guardando conexão importante com os demais, como desenvolvimento social, geração de emprego e renda e gestão.
120
O PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Crateús, Lei Municipal nº. 453/2001 determina em seu art. 37 que sejam incluídas no PPA as programações de investimento em obras de infraestrutura física. As conexões entre o tema dos resíduos e da educação ambiental, presentes nas esferas Federal e Estadual, também se fazem presentes no Município através da Lei Municipal n º. 203/2012, que tem entre seus fins promover a conscientização e a educação ambiental (art. 3º., inc. XXII). A política ambiental municipal é norteada pela Lei Municipal n º. 203/2012, que dispõe sobre a Política Ambiental do Município de Crateús. Estabelece os seus instrumentos de ação nos representantes do Poder Executivo e os de participação comunitária. O controle ambiental se dá por meio do Apoio técnico e institucional, com CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
atividades de licenciamento, planejamento, zoneamento, padrões de qualidade, educação ambiental e auditorias; dentre outros. Também o FUNDEMA – Fundo Municipal do meio Ambiente, regido
pela
Lei
nº
227/2012,
traz
entre
suas
finalidades
o
desenvolvimento de programas de educação ambiental, recuperação do meio ambiente degradado e a preservação de áreas de interesse ecológico, secundando o previamente estabelecido na Lei Orgânica. Por meio da Lei Municipal nº. 566/2005 foi criado o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – Condema, que atua como órgão consultivo, deliberativo e de assessoramento do Poder Executivo, no âmbito de sua competência, sobre as questões ambientais propostas nesta e demais leis correlatas do município.
É órgão
municipal integrante dos Sistemas Nacional e Estadual do Meio Ambiente (art. 1º). 121
No art. 3º da lei encontram-se as competências atribuídas do CONDEMA. Entre elas estão as de propor diretrizes para a Política Municipal do Meio Ambiente (inciso I) e de colaborar nos estudos e elaboração dos planejamentos, planos, programas e ações de desenvolvimento, uso e ocupação do solo, plano diretor e ampliação da área urbana (inciso II). Em especial o inciso XX do mesmo artigo 3º. , traz disposições conferindo ao Conselho poderes para deliberação sobre coleta, seleção, armazenamento, tratamento e eliminação das diversas classes de resíduos sólidos. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM) de Crateús foi criada através da Lei nº 98/2010. Suas funções estão determinadas no art.4º, incisos I a IX, da referida lei, entre outras: “III - Zelar pela qualidade CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
do meio ambiente no território do município e VII - ... programas, projetos e ações na coleta seletiva”. As leis Municipais nº 449/2001 e nº 453/2001, respectivamente, de Parcelamento do Solo Uso e Ocupação do Solo do município e Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU trazem disposições que se relacionam com os resíduos sólidos. No que respeita ao parcelamento do solo e sua utilização, o artigo 49 da Lei n.º 449/2001 estabelece suas categorias de uso, enquanto que ao art. 93 contempla a existência de áreas de interesse institucional, passíveis de utilização pela Administração para defesa, segurança, saneamento e outros. O PDDU, Lei Municipal nº. 453/2001, contempla em seus objetivos gerais (art. 5º., inciso III, al. “f”) a“...sustentabilidade do meio ambiente”, 122
e traz no capítulo das políticas de desenvolvimento, o fim de “... proporcionar equilíbrio ambiental”. Tais orientações devem ser conjugadas com as diretrizes expostas no art. 10, inc. XV, do mesmo PDDU - cuidar da deposição de resíduos industriais e hospitalares e viabilizar a implantação de um aterro sanitário - aliadas, ainda, à determinação legal de apresentação de um projeto de aterro sanitário (art. 11, inc. XXX). Tudo cotejado com o disposto no art. 36, que determina a “implantação de aterro sanitário necessário para o sistema de limpeza pública, com as devidas recomendações
de
segurança
e
proteção
ambiental,
em
conformidade com as normas do CONAMA e SEMACE” leva à constatação de que os resíduos sólidos têm imbricações legais em todo o ordenamento jurídico estruturante do Município de Crateús. O Código de Obras e Posturas, Lei Municipal nº. 450/2001, traz CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
previsão previsões inerentes à proibição de lançamentos de resíduos sólidos (art. 188 e segs) e sua coleta (art. 201 e segs). O Licenciamento Ambiental na esfera das atribuições do Município constam da Lei Municipal nº. 204/2012, que institui o licenciamento ambiental e a taxa de licença ambiental, custos, análises e outros. Na esteira das disposições anteriormente mencionadas - leis Municipais
nº
449/2001
e
nº
453/2001
–
relacionadas
com
o
planejamento e implantação de um aterro municipal, existe a celebração de um Consórcio Municipal, com regulação intitulada Regimento Interno do Consórcio Municipal Para Aterro de Resíduos Sólidos – Unidade Crateús – Comares - UCR, devidamente ratificado através da Lei Municipal n º. 134/2010.
123
O Programa de Coleta Seletiva de Crateús foi celebrado através de convênio celebrado com a Associação de Catadores de materiais recicláveis de Crateús – Recicratiú, devidamente chancelado pela Lei Municipal nº. 248/2013, contando com incentivo econômico de ordem social sob a forma de uma Bolsa Catador no valor de R$ 250,00 mensais para cada cooperado.
4.4 Mecanismos de Financiamento Em termos de remuneração para os serviços, o sistema de limpeza urbana pode ser dividido em coleta de resíduos, limpeza de ruas e disposição final. O município de Crateús não cobra taxa para o manejo de resíduos, sendo assim, a remuneração dos serviços é feita através do caixa único do tesouro municipal. Por meios políticos, o município deve assegurar a alocação dos recursos
necessários
para
suprir
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
adequadamente
os
custos
e
investimentos do sistema de manejo de resíduos. A
PNRS
traz
dentre
os
seus
objetivos
a
garantia
da
sustentabilidade operacional e financeira, como observada na Política Nacional de Saneamento Básico. Art. 7º São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: ... X - regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007; o
124
4.4.1 Formas Diretas de Arrecadação A Constituição Federal Brasileira dá competência aos municípios para legislar sobre assuntos de interesse local, bem como instituir e arrecadar tributos pela cobrança da prestação do serviço público, sejam estes prestados diretamente ou sob regime de concessão ou permissão (artigo 30, CF). Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; ............................................... V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
....................................................... Constituição Federal, 1988
O Guia de orientação para adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)12 traz em tópicos sumários as possíveis formas de arrecadação direta:
• Podem ser instituídas taxas em razão dos serviços públicos de coleta, remoção, tratamento ou destinação de resíduos sólidos provenientes de imóveis. • Pode-se adotar no cálculo do valor de taxa um ou mais elementos da base de cálculo de determinado imposto, como o IPTU, desde que não se vislumbre integral identidade entre uma base e outra. • Pode-se cobrar a taxa de remoção de resíduos sólidos pelo metro quadrado ou de acordo com a quantidade de lixo produzida no Publicado pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (SELUR) e a Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), desenvolvido através de contrato pela PwC. 12
125
imóvel, tendo em vista sua localização e a destinação do material recolhido. • É vedada a fixação de taxa que tenha por escopo remunerar o Poder Público por serviço genérico e indivisível disponibilizado aos contribuintes. Fonte: PwC - Selur – ABLP, 2014
Para fazer o investimento, ou a compra, de equipamentos para a instalação de unidades de tratamento e disposição final, a cidade pode recorrer a fontes de financiamento externas (recursos federais). A prestação de serviços públicos de limpeza urbana tanto pode ser do próprio
Município,
como
através
de
terceirização,
mediante
contratação atenta aos parâmetros da CF, art. 37, inc. XXI, combinado com a Lei n. 8.666/93, valendo-se de empresas privadas que com seus próprios recursos (equipamentos e pessoal) desincumbam-se da coleta, limpeza dos logradouros, tratamento e disposição final, sendo esta uma possível solução para os municípios que não têm recursos disponíveis para tal investimento.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
4.4.2 Potenciais fontes para a captação de recursos O Governo Federal, através dos Ministérios do Meio Ambiente, das Cidades e da Saúde, financia projetos de infraestrutura, na área de resíduos sólidos. Os recursos são provenientes do orçamento da União (esfera fiscal, emendas parlamentares), ou de agências multilaterais de crédito - FGTS, a Caixa e BNDES - por meio de linhas de crédito. De acordo com Guia de orientação para adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), elaborado pela ABLP e SELUR, estas são fontes ordinárias de recursos financeiros, diferentes das decorrentes de tributos cobrados pelo município e repasses, como por exemplo: IPTU, ISSQN, ITBI, ICMS (repasse estadual) e FPM (Fundo de Participação dos Municípios). 126
Vale ressaltar que o presente PMGIRS é parte condicionante ao acesso de linhas de crédito por meio de fomento ou instituições financeiras públicas, bem como recursos extraordinários provenientes da União para gestão de resíduos sólidos. Nesse contexto, as principais fontes para captação de recursos foram identificadas abaixo, porém, não esgotam as possibilidades existentes para o financiamento da infraestrutura e manejo dos resíduos sólidos do município de Crateús, devendo seus gestores públicos pesquisar outras fontes junto ao governo estadual e organizações internacionais. a) Programas de financiamento As informações contidas nos quadros 22 e 23 abaixo foram extraídas do Guia de orientação para adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos13 (PwC - Selur - ABLP) CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Quadro 21 – Programas de financiamento disponíveis. • Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES)
• Banco do Brasil
13
Um dos objetivos do BNDES é o auxílio ao desenvolvimento local por meio de parcerias estabelecidas com governos estaduais e prefeituras, viabilizando e implementando os investimentos necessários. Todas as esferas de governo podem solicitar auxílio financeiro ao BNDES para investimentos em infraestrutura e cobertura de gastos e despesas, como a compra de equipamentos. Esse tipo de financiamento é reembolsável. Isso posto, quando requerido pelo município, é necessário que na lei orçamentária esteja contida a previsão do pagamento do valor do empréstimo, bem como haja a permissão para a assunção da dívida em nome do município. Na mesma linha do BNDES, o Banco do Brasil concede financiamentos para a aquisição de máquinas, equipamentos
Disponível em http://www.ablp.org.br/pdf/Estudo_Selur_2014_final.pdf
127
novos e insumos. Esses financiamentos só podem ser requeridos por sociedades empresárias (micro, pequenas e médias empresas) ou por associações e cooperativas. • Caixa Econômica Federal (CEF) A CEF estabeleceu, em acordo celebrado com o governo federal, linhas de crédito para financiar a elaboração de planos estaduais e municipais de resíduos sólidos, além de colaborar com a profissionalização de cooperativas de catadores. Assim, o financiamento pode ser requerido tanto por estados e municípios como também pelos demais atores da PNRS, caso dos catadores e das cooperativas que atuem com reciclagem. Fonte: Adaptado do Guia de orientação para adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PwC - Selur - ABLP).
b) Programas de financiamento não reembolsável Quadro 22 – Programas de financiamento não reembolsáveis. • Ministério das Cidades/ Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
• Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA)
O Ministério das Cidades é um dos atores da PNRS e tem como missão principal assegurar à população o direito de acesso ao sistema de Saneamento Básico em sua integralidade. O Ministério busca projetos e ações que visem à implantação ou adequação para o tratamento e a disposição final ambientalmente adequada de resíduos. Podem fazer uso desses recursos os estados, o Distrito Federal e os municípios com população superior a 50 mil habitantes. Normalmente, a operacionalização dos recursos e dos projetos que devem receber verbas para a sua aplicação é feita em conjunto com a Caixa Econômica Federal. O Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) foi criado em 1989 pela Lei nº 7.797, no bojo do Ministério do Meio Ambiente, visando a oferta de recursos para a capacitação de gestores nas áreas ambientais ou outras que tenham como objetivo a proteção da biodiversidade e da natureza.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Os temas dos projetos são definidos anualmente pelo Conselho Deliberativo do FNMA.
128
Informações sobre critérios para apresentação de projetos podem ser acessados pelo site http://www.mma.gov.br/fundo-nacionaldo-meio-ambiente • Ministério da Justiça - Fundo de Direito O fundo administrado pelo Ministério da Difuso (FDD) Justiça tem como objetivo a reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos. Os recursos são provenientes de multas aplicadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), das multas aplicadas por descumprimento a Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) e das condenações judiciais em ações civis públicas. Esses recursos são destinados apenas às entidades que atuam diretamente na defesa dos direitos difusos, como preservação e recuperação do meio ambiente, proteção e defesa do consumidor, promoção e defesa da concorrência, entre outros. Podem ser apoiados projetos que incentivem a gestão dos resíduos sólidos, a coleta seletiva ou outras formas e programas que incluam os objetivos da própria PNRS, que são a redução, a reutilização, o reaproveitamento e a reciclagem do lixo. Para candidatar-se ao recebimento de verbas do FDD, é necessário apresentar uma carta-consulta, cujo modelo é divulgado no sítio do Ministério da Justiça. Podem pedir os recursos da FDD as instituições governamentais da administração direta e indireta dos governos federal, estadual e municipal e as organizações não governamentais desde que brasileiras e que estejam relacionadas à atuação em projetos de meio ambiente, defesa do consumidor, de valor artístico ou histórico. Fonte: Adaptado do Guia de orientação para adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PwC - Selur - ABLP). CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
129
5. Objetivos e Metas No desenvolvimento dos objetivos apresentados a seguir e na decisão de quais prioridades deveriam ser postas foram consideradas as preocupações das partes interessadas, anotadas durante a coleta de dados e informações: Quadro 23 – Objetivos.
OBJETIVO 1
OBJETIVO 2
OBJETIVO 3
Reduzir o risco para a Saúde Pública e para os
Ecossistemas. Garantir o cumprimento da legislação relacionada com a gestão dos resíduos sólidos. Fortalecer a equipe técnica da gestão municipal, a fim de atingir os objetivos estabelecidos pelo Plano.
OBJETIVO 4 OBJETIVO 5
Apoiar o desenvolvimento econômico com CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
inclusão social. Educar e motivar a comunidade sobre resíduos sólidos. Fonte: Elaborado pelos autores.
As metas estabelecidas para alcançar os objetivos colocados para o PMGIRS de Crateús foram discutidas nas reuniões de formação dos Grupos de Trabalho, nas oficinas com professores e catadores de materiais recicláveis e validadas em audiência pública. Metas Qualitativas: Meta 1: Minimizar a exposição humana aos resíduos sólidos. Meta 2: Minimizar os impactos nos componentes ambientais (ar, água, solo, flora e fauna) causados pela disposição inadequada dos resíduos sólidos. Meta 3: Minimizar a quantidade de resíduos sólidos gerados, transportados, tratados e dispostos. 130
Meta 4: Garantir o cumprimento da Legislação que disciplina o manejo dos resíduos perigosos. Meta 5: Garantir o cumprimento de outras normas e resoluções de resíduos sólidos e consumo consciente. Meta 6: Desenvolver a capacidade interna de recursos humanos em termos de adequação e competência. Meta 7: Melhorar a infraestrutura Interna das seecretarias que tratam diretamente das questões dos resíduos sólidos, licenciamento ambiental e fiscalização. Meta 8: Realizar as operações de gerenciamento de residuos sólidos de maneira transparente, responsável, eficiente e sustentável. Meta 9: Estabelecer parcerias sinérgicas com as partes interessadas. Meta 10: Formar multiplicadores em Educação Ambiental, formal e não formal. Meta 11: Desenvolver uma unidade didática em Educação Ambiental no currículo das escolas públicas e privadas. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Meta 12: Estabelecer trainamento permanente para capacitação de organizações de catadores. Metas Quantitativas: Quadro 24 – Metas de curto prazo (2015-2018).
METAS
Redução na fonte Resíduos perigosos segregados Resíduos orgânicos segragados
10% 100%
Resíduos Sólidos Urbanos (serviço + comercial + limpeza urbana + domiciliar) 5% 100%
80%
50%
Resíduos Industriais (+ Serviços de Saúde)
Resíduos de Construção Civil
10% 100% ----131
Recicláveis Segregados
80%
50%
80%
Fonte: Elaborado pelos autores.
Além das metas estabelecidas no quadro acima, a solução para a destinação final ambientalmente adequada deve ser prioridade e urgente, considerando a imposição legal de erradicação de lixões até 02/08/2014. Médio Prazo (2019 – 2024): Todas as metas estabelecidas para curto prazo (até 2018) serão também aplicáveis nesse período. Planta de valorização de orgânicos (compostagem/biodigestor) instalada com capacidade para processar 90% de orgânicos segregados na fonte. Geração de 500 empregos formais diretos no setor de reciclagem de materiais.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Aumento de 100% no redimento dos catadores de materiais recicláveis associados/cooperados. Criação/atração de 10 micro e pequenas empresas beneficiadoras de resíduos. Redução de 50% dos resíduos destinados à aterros sanitários, com base na destinação final de 2015. Longo Prazo (2025 – 2035): Todas as metas estabelecidas para curto prazo (até 2018) e médio prazo (até 2024), serão também aplicávéis em 2035, exceto as seguintes metas para recuperação de material e tratamento biológico: 90%
de
resíduos
inorgânicos
triados
para
recuperação/reciclagem de materiais. 90% de resíduos orgânicos compostado e/ou biogás recuperado.
132
80% de resíduos de construção e demolição recuperado em usinas/instalações locais.
6. Questões relevantes para as partes interessadas É fundamental para o PMGIRS que todas as partes interessadas estejam envolvidas e participem ativamente do seu processo de planejamento e implementação. É essencial propiciar a participação das pessoas nesse processo, bem como deixá-las conhecer as regras para a comunidade, micro, pequenos e médios empreendendores dos sistemas operacionais e de gerenciamento de resíduos. Dentro desse contexto, para o PMGIRS de Crateús, a diversidade de partes interessadas que participou das oficinas e reuniões de consulta pode ser caracterizada como: CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Envolvimento e participação, incluindo a comunidade, suas representações, o setor formal e informal, departamentos de saúde e saneamento, organizações não governamentais, catadores de material reciclável,
empresas
de
limpeza
urbana,
gestores
ambientais,
representantes do CDL e da indústria da construção civil, especialistas de universidades locais, técnicos do governo municipal, conforme as questões relevantes expressadas abaixo. Triagem e recuperação de materiais dos resíduos urbanos:
Foi sugerido que a coleta seletiva deveria ser mais divulgada para aumentar a taxa de reciclagem e também a renda dos catadores.
O governo, em resposta, colocou que a campanha da coleta seletiva já vem sendo implementada com regularidade e que a
133
abrangência da mesma foi ampliada. E que o próprio plano trará diretrizes para melhorar a comunicação com a comunidade.
Foi ponto comum entre os participantes que a coleta seletiva depende da consciência da população. Foi sugerido envolver os agentes de saúde nas campanhas porta-a-porta da coleta seletiva, uma vez que estes já têm uma aproximação com a comunidade.
Há uma preocupação a cerca da baixa demanda de materiais reciclados, e foi sugerida a formulação de estratégias para aumentar a demanda.
As partes interessadas expressaram ainda que a sanação da falta de infraestrutura para coleta e compostagem dos residuos orgânicos deve ser prioridade para o PMGIRS.
O govermo municipal enfatizou a necessidade de recursos finaceiros para investimento em uma planta de compostagem ou biodigestor,
bem
como,
a
implantação
de
um
sistema
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
diferenciado para a coleta de orgânicos.
Os representantes da Recicratiú afirmaram que após a ampliação do galpão de triagem é possível receber os 50% do volume estabelecido nas metas para ser reciclado.
Os professores colocaram os avanços com a implantação dos LEVE’s (Local de Entrega Voluntária na Escola) em algumas escolas-piloto e expressaram a preocupação em colocar as metas
estabelecidas
num
sistema
efetivo
de
educação
continuada.
Uma preocupação geral demonstrada é a continuação das ações do Plano e seu monitoramento por parte do governo local. Tratamento e disposição dos resíduos urbanos:
As partes interessadas expressaram preocupação com a falta de infraestrutura e condições básicas de higiene, segurança e saúde na disposição final dos resíduos à céu aberto. 134
O Governo Municipal, em resposta, explanou que eficiência econômica, inclusão social e proteção do meio ambiente são importantes prioridades e que o PMGIRS indicará políticas a serem formuladas de acordo com as diretrizes e estratégias do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
Foi sugerido que estudos de avaliação e acesso à tecnologias para tratamento biológico dos resíduos orgânicos devam ser feitos, uma vez que estes correspondem a cerca de 50% dos resíduos sólidos urbanos gerados no município.
A preocupação com pessoas catando resíduos recicláveis no “lixão” foi colocada por diversos setores da sociedade civil.
O Governo Municipal, em resposta, relatou algumas ações que foram feitas pelas secretarias para a retirada pacífica das pessoas que estão no “lixão”, mas, apenas algumas poucas foram inseridas em programas de geração de renda do município. A maioria preferiu continuar trabalhando para atravessadores. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Segundo relatos de técnicos do Governo Municipal, isso se deve pelo fato de muitos não aceitarem trabalhar sob regras e horários estabelecidos.
Sobre o encerramento do “lixão”, o Governo Municipal informou que já existe em andamento um Consórcio para viabilizar a construção de um Aterro Sanitário no Município. Tratamento e disposição de resíduos industriais e de serviço de
saúde:
Com relação aos resíduos de serviço de saúde, a Secretaria de Saúde/Vigilância Sanitária falou sobre a dificuldade em licitar uma empresa especializada em resíduos perigosos, em função do alto custo e da distância onde estão localizadas as pouquíssimas empresas que coletam e tratam esse tipo de resíduo.
135
Foi sugerido pela equipe técnica do Instituto Venturi um programa de Produção Mais Limpa nas Instituições de Seviço de Saúde e nos processos produtivos das indústrias instaladas no município. Tratamento e disposição de resíduos da construção civil:
De acordo com os volumes de resíduos estimados a partir das licenças de novas construções e o desconhecimento da destinação desses resíduos, as partes interessadas apontaram a falta de uma política para o correto aproveitamento desses resíduos, com o apoio da Associação da Insdústria da Constução Civil.
Já que o município não dispõe de local licenciado para a disposição de resíduos da construção, o Governo Municipal está buscando uma solução junto à iniciativa privada para depósito temporário e reciclagem de inertes.
Outra preocupação demonstrada foi a falta de locais de entrega CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
voluntária
para
pequenos
volumes
oriundos
de
reformas
domiciliares.
Também, foi comentado o alto potencial de reciclabilidade dos resíduos de construção civil e a não existência de políticas para o estabelecimento de parceria público-privada para a reciclagem e comercialização desses resíduos.
7. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é por si um conjunto de diretrizes desenvolvidas para nortear, planejar e monitorar as ações de manejo dos resíduos no município de Crateús, levando-se em conta os objetivos e metas estabelecidas pelas autoridades locais, preocupações das partes interessadas, dando a devida importância às restrições e barreiras atuais do município. É composto por um Sistema de 136
gestão,
incluindo
políticas
(regulatório,
fiscal,
etc.),
tecnologias
(equipamento básico e os aspectos operacionais)e medidas voluntárias (sensibilização, regulamentos independentes, etc.). Trata-se de uma referência para projetar e implementar novos sistemas de gerenciamento de resíduos e para analisar e otimizar sistemas existentes. É baseado no conceito de que todos os aspectos de um sistema de gerenciamento de resíduos (técnico e não-técnico) deveriam ser analisados juntos. Uma vez que eles são, de fato, interrelacionados e desenvolvimentos em uma área frequentemente afeta práticas ou atividades em uma outra área. Os resíduos sólidos gerados podem variar conforme os cenários de desenvolvimento do município e a consciência ambiental dos seus habitantes. Sendo assim, é de extrema importância a revisão periódica deste Plano. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
7.1 Geração, Coleta e Transporte Inventário dos resíduos Desenvolver procedimentos e mecanismos para escrituração permanente dos resíduos gerados. Fornecer adequado e constante fundo e suporte para o processo de inventários dos resíduos gerados no município. Desenvolver
estratégias
voltadas
especificamente
para
promover a política de inventários dos diferentes fluxos de resíduos. Apoiar os esforços nacionais para promover a sensibilização para as questões de geração de resíduos, aconselhar sobre
137
métodos e práticas de inventário, bem como fornecer os dados coletados ao SINIR14.
7.1.1 Estratégias para Redução de Resíduos As metas listadas acima no item 5 são definidas para a redução dos resíduos, com referência aos níveis atuais, através de várias políticas e medidas voluntárias. Estas medidas são sugeridas ao nível da geração de resíduos. As medidas importantes em termos de geração para reduzir a disposição de resíduos têm foco na redução e reutilização destes. As medidas políticas, tanto regulamentares e fiscais, são uma parte vital para resolver todas as fontes de geração de resíduos, incluindo o setor residencial, setor comercial, o setor industrial e serviços de saúde. Além das políticas, a sensibilização levando à ações voluntárias é uma medida fundamental para reduzir e reutilizar resíduos na fonte.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
7.1.2 Políticas para a redução de resíduos na fonte e reutilização Para
incentivar
a
redução
de
resíduos
e
reutilização,
regulamentos específicos e/ou políticas fiscais são necessários para diferentes fontes de geração e tipos de resíduos. Uma combinação das medidas políticas que seguem abaixo pode incentivar os geradores de resíduos em Crateús para a redução de sua geração na fonte: Resíduos Urbanos de áreas domiciliares: Minimizar resíduos através de: redução na fonte, por meio do aumento do uso de bens produzidos localmente, o uso de produtos com baixas quantidades de embalagem e reutilização, através da compra de produtos reutilizáveis e adaptando resíduos para usos alternativos.
14
Sistema Nacional de Informação sobre a gestão dos resíduos sólidos.
138
Desenvolver uma abordagem coordenada para minimização de resíduos através de uma melhor coordenação dentro do setor público, bem como entre o setor governamental e nãogovernamental. Promover a conscientização e disseminar métodos e práticas de minimização de resíduos. Incentivar a participação da comunidade no nível local para que eles entendam os princípios e aceitem a necessidade de minimização de resíduos. Desenvolver incentivos junto às empresas locais para promover a venda/uso
de
produtos
com
baixas
quantidades
de,
ou
embalagens reutilizáveis.
7.1.3 Ações voluntárias de redução e reutilização de resíduos na fonte CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Ações voluntárias através da sensibilização e capacitação são úteis para atingir as metas de redução e reutilização de resíduos na fonte. Estas medidas voluntárias também são úteis para a transição para implementar uma nova política regulatória ou fiscal. A combinação das
seguintes
medidas
voluntárias
podem
incentivar os geradores de resíduos de Crateús para segregar os resíduos na fonte: Resíduos Urbanos de áreas domiciliares: As medidas voluntárias de geração de resíduos no nível dos domicílios, em base mensal, para desenvolver um gráfico de geração de resíduos, e em seguida, delinear medidas voluntárias no nível doméstico para reduzir o desperdício:
139
Sistema Payback para aparelhos eletrônicos, móveis e outros itens, que podem ser reciclados. Esse retorno pode ser em dinheiro ou em termos de fornecimento de manuseio e transporte desses itens. Os varejistas de bens de consumo, incluindo produtos eletrônicos e móveis para ter de volta os itens antigos e fornecer desconto sobre os novos itens. Payback em refrigerante para latinhas e garrafas vazias. Sistema de retorno de embalagem após a entrega de bens de consumo. Resíduos Urbanos de áreas comerciais: Ações voluntárias similares, como sugerido para os resíduos urbanos provenientes de áreas domiciliares. As
medidas
voluntárias
para
embalagem
reduzida
em
supermercados, redução do consumo de papel nos escritórios, e CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
uma gestão eficiente dos itens perecíveis, incluindo vegetais e frutas. Divulgar os benefícios econômicos da redução de resíduos. Resíduos Industriais: Ações voluntárias similares, como sugerido para os resíduos sólidos urbanos gerados nas áreas domiciliares e comerciais. Medidas voluntárias para melhorar a eficiência dos recursos e reutilização dos mesmos, visando a redução dos resíduos gerados no processo de produção.
140
Procurar apoio do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis do MMA15 para a implementação de programas de produção mais limpos para os setores da indústria. Promover a redução na fonte, através da implementação e da promoção de tecnologias apropriadas para o desenvolvimento mais limpo. Induzir instrumentos econômicos apropriados. Incentivar a adoção de acordos regionais e internacionais.
Sensibilização e capacitação: Kit de Sensibilização para todas as partes interessadas para aumentar a conscientização sobre a necessidade de reduzir e reutilizar resíduos e reforçar a sua compreensão de seu papel de fazer parte de estratégias para reduzir e reutilizar resíduos. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Capacitação em várias medidas de atividades e ações de voluntariado para os setores domiciliares, comerciais e industriais. Promover reduções na fonte e técnicas de reutilização através de programas de sensibilização e educação da comunidade para adotar padrões de consumo adequados.
7.1.4 Estratégias para a segregação na fonte Os resíduos perigosos devem ser separados na fonte, uma vez que a mistura de até mesmo uma pequena quantidade de resíduos perigosos com resíduos não perigosos podem contaminar todo o resíduo. A outra abordagem é a de segregar os resíduos orgânicos a partir do resto dos resíduos na fonte. As seguintes políticas regulatórias e
15
Ministério do Meio Ambiente
141
fiscais, ações voluntárias e as medidas tecnológicas irão ajudar a alcançar essas metas.
7.1.5 Políticas para segregação na fonte Com base nos objetivos para separar os resíduos perigosos e não perigosos na fonte e para separar o resíduo da cozinha (resíduo orgânico) dos outros resíduos, as seguintes políticas de regulação e incentivos fiscais e desincentivos poderiam ser introduzidos: Regulamentos que proíbem a mistura de resíduos perigosos com resíduos não perigosos. Regras para a disposição adequada dos resíduos de cozinha (comida) em sacos ou coletores separados. Fornecer sistema de coleta gratuíto (coletores) para resíduos perigosos a partir de fontes domiciliares. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Coleta de resíduos recicláveis (plástico, papel, etc.) dos domicílios e depois de vender o resíduo reciclável, alguma proporção do ganho pode ser entregue a Associação de Bairros, como um incentivo. Fornecer sacos gratuitos (ou coletores) para o descarte de resíduos alimentares (orgânico), e o custo dos sacos e o transporte poderia ser recuperado a partir da usina de compostagem - ou o custo de sacos pode ser subsídio cruzado da economia com os sacos para outros resíduos. Criação de sistema de monitoramento por comissões de moradores para a segregação na fonte. Redução de encargos mensais das famílias relacionadas com a prática de segregação na fonte pelas comissões de moradores. 142
Aos novos condomínios residenciais pode ser dada uma escolha a ser cobrado como grande coletor, e a própria administração dos condomínios residenciais pode recolher a taxa de coleta de resíduos de seus moradores. Os regulamentos e políticas de segregação na fonte já estão em vigor para os resíduos industriais e de saúde, bem como para os fluxos
de
resíduos
gerados
nas
residências
e
pequenos
estabelecimentos de serviços e comércios. Aplicação rigorosa dessas normas e políticas seria garantir que os resíduos sejam segregados na fonte e resíduos perigosos não sejam misturados com resíduos não perigosos. A aplicação para o manuseio adequado, coleta e transporte, também é necessário para resíduos industriais e de saúde, incluindo os resíduos perigosos. Desenvolver,
financiar
e
promover
o
desenvolvimento
individual/de base comunitária de instalações de processamento, CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
incluindo: a compostagem, a captura de metano, latinhas, plástico, papel e reciclagem de entulho (inertes). Educar as pessoas envolvidas nas instalações privativas e de base comunitária no que diz respeito à saúde básica, higiene, normas e práticas de segurança.
7.1.6 Ações voluntárias para a segregação na fonte Ações voluntárias são úteis para complementar os regulamentos e políticas fiscais. Estas também são úteis como uma transição para a aplicação dos regulamentos e políticas fiscais. Promover ações voluntárias, sensibilização e formação são muito importantes para motivar as partes interessadas e desenvolver a sua capacidade de ação. As seguintes ações voluntárias são sugeridas:
143
Comissões de moradores e grupos de voluntários para encorajar geradores para segregar os resíduos de acordo com as suas características: resíduos orgânicos (alimentos e quintal), resíduos indiferenciados, resíduos perigosos e rejeitos. A realização de reuniões regulares e acompanhamento informal por grupos de voluntários - a consciência para as organizações de moradores. Os grupos voluntários de sensibilização. Identificar/criar mercados de consumo para os resíduos/materiais reciclados. Promover a conscientização do tratamento e aconselhamento sobre métodos e práticas adequadas.
7.1.7 Medidas tecnológicas para a segregação na fonte A segregação na fonte requer bons coletores ou sacos para cada tipo de resíduo, incluindo os resíduos não perigosos, resíduos orgânicos CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
(alimentos e quintal), resíduos indiferenciados, resíduos perigosos e rejeitos. As medidas tecnológicas que se seguem são projetadas para uma separação efetiva e eficiente na fonte: Resíduos Urbanos de áreas domiciliares: Sacos de plástico transparentes e/ou compostáveis fornecidos pelo serviço de coleta para os moradores fazerem a separação do resíduo orgânico - sacos plásticos especiais podem ser feitos para a coleta de resíduos. Coletores para resíduos perigosos e misturados fornecido pelo serviço de coleta ou comissões de moradores. Lixeiras comunitárias para a coleta de resíduos separados na fonte
(resíduos
perigosos,
misturados
e
orgânicos).
Para
condomínios residenciais, um coletor pode ser fornecido para os 144
moradores colocarem seus sacos com resíduos. Os atuais pontos de coleta de resíduos para novos condomínios residenciais podem ser atualizados por cercas e partição para sacos de resíduos orgânicos e não orgânicos. Os pontos de coleta de ruas com casas antigas podem ser construídos em pontos onde a maioria das famílias não precisa andar mais de 100 metros para colocar seus sacos de resíduo. Coletores
marcados
para
resíduos
perigosos
em
locais
apropriados. Itens grandes e pesados (mais de 50 cm de qualquer dimensão e/ou 5 kg de peso) não devem ser jogados na coleta regular.
Resíduos Urbanos de áreas comerciais: Sacos semelhantes aos utilizados para os resíduos domésticos para as pequenas empresas comerciais e escritórios - pequenas CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
empresas comerciais podem ser descritas como pequenos centros comerciais e lanchonetes individuais e bancas de frutas e legumes vendidos nas ruas (excluindo grande mercado). Coletores grandes, de vários tamanhos (de 2m3 para 5m3) para diferentes tipos de resíduos não perigosos (por exemplo, o desperdício de comida de restaurantes ou de embalagem de supermercados). Sacos coloridos ou coletores especialmente marcados para resíduos perigosos.
Resíduos Industriais: Pequenas ou grandes caçambas (de 2m3 a 30m3 ou mais) para diferentes tipos de resíduos não perigosos.
145
Recipientes especialmente marcados ou coloridos para resíduos perigosos. Lodo industrial também é considerado perigoso e o lodo seco deve ser transportado em sacos especiais.
7.1.8 Estratégias para a Coleta e Transporte A coleta e transporte é a fase mais crucial uma vez que a maior parte do orçamento para a gestão de resíduos sólidos pode ser gasto nessas atividades, e deficiência nestes estágios podem interferir na eficácia e eficiência de todo o processo de gestão de resíduos sólidos. Tendo em vista as metas e as preocupações das partes interessadas, políticas específicas, ações voluntárias e medidas tecnológicas podem ser necessárias:
7.1.9 Políticas para Coleta e Transporte As políticas de coleta e transporte devem abordar várias CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
questões, incluindo a frequência da coleta, o tempo de coleta, tipo de veículos de coleta, despesas e cobrança para os diferentes tipos de resíduos e para diferentes fontes: Resíduos Urbanos de áreas domiciliares: Coleta diária de resíduos orgânicos (alimentos) dos coletores comunitários/lixeiras de todas as ruas e das áreas fechadas de armazenamento
temporário
de
resíduos
para
condomínios
residenciais. Coleta semanal de resíduos recicláveis, perigosos e de outros resíduos. Itens grandes e pesados podem ser recolhidos com base no pedido, com taxas de coleta seletiva de resíduos a pagar à empresas de coleta de resíduos especiais. 146
Os resíduos são recolhidos no início da manhã ou no final da noite para evitar o congestionamento nas ruas. Veículos de coleta de resíduos de áreas residenciais para estação de triagem ou planta de tratamento: caminhões cobertos com carga traseira. Taxas de coleta a ser coberta a partir do custo de sacos de outros resíduos, ganhando com a venda de resíduos orgânicos para plantas de compostagem e ganhos com a venda dos resíduos recicláveis - orientações para a estimativa de custo são fornecidas como anexo nesse documento.
Resíduos Urbanos de áreas comerciais: Coleta diária de todos os tipos de resíduos com veículos separados para resíduos orgânicos, resíduos recicláveis e resíduos não-recicláveis - coleta de resíduos de fontes comerciais é CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
preferível após o horário de fechamento dos mercados e outras empresas comerciais. Encargos de coleta e disposição com base no número e tamanho dos coletores/caçamba para resíduos não recicláveis a pagar diretamente à empresa prestadora desse serviço. Taxas mais elevadas para coleta e disposição de resíduos perigosos - a pagar diretamente para a empresa de gestão de resíduos perigosos. Taxas mais baixas de coleta de resíduos recicláveis e orgânicos, de acordo com o ganho da venda da usina de compostagem e venda de resíduos recicláveis - a pagar diretamente às empresas/associações que operam no mercado de reciclagem.
147
Resíduos Industriais: Geradores de resíduos são responsáveis por organizar os serviços de coleta e disposição de resíduos industriais, através de empresas de coleta e disposição de resíduos, alinhadas com o sistema vigente. O Governo Municipal pode reforçar ainda mais o seu papel regulador e de monitoramento para verificar a descarga ilegal de resíduos, tratamento adequado de todos os tipos de resíduos, de acordo com as suas características e recolher continuamente informações sobre a quantificação e caracterização dos resíduos para promover a reciclagem e troca de resíduos - conceito do Polo de Valoração de Resíduos.
No geral - para todas as fontes e tipos de resíduos: Normas e regulamentos nacionais e locais se aplicam aos veículos CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
de coleta para o transporte de resíduos orgânicos, resíduos recicláveis, resíduos não recicláveis e resíduos perigosos. Regulamentos nacionais e locais de segurança e manutenção dos veículos, incluindo o ruído e poluição do ar, vazamentos e limpeza dos veículos de coleta.
7.1.10 Ações voluntárias para coleta e transporte A coleta e transporte de resíduos sólidos é uma atividade regulamentada. No entanto, as seguintes ações voluntárias ajudam a melhorar a sua eficácia e eficiência e pode minimizar os impactos negativos sobre o meio ambiente: Grupos
de
voluntários
para
motivar
e
acompanhar
a
pontualidade em colocar os sacos de resíduos nos locais adequados, da forma correta a ser recolhidos e transportados. 148
O respeito pelos trabalhadores da vigilância sanitária, garis e catadores de resíduos recicláveis para motivá-los a trabalhar de forma eficiente. Evitar criar congestionamento durante a operação de veículos de coleta de resíduos.
7.1.11 Medidas tecnológicas para coleta e transporte A seleção de equipamentos de coleta apropriados, incluindo os tipos de veículos é importante para uma melhor eficiência e menores impactos ambientais das atividades de transporte de resíduos. Os tipos de veículos podem variar de acordo com o tipo de resíduo (resíduos recicláveis,
não
recicláveis,
perigosos,
orgânicos
e
rejeitos)
e
quantidade de resíduos, que precisa ser correlacionada com a freqüência de coleta. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Resíduos Urbanos de áreas domiciliares: Veículos para coleta de resíduos recicláveis a partir de áreas residenciais para a estação de transferência ou planta de tratamento: caminhões cobertos de carregamento lateral ou traseiro. Também, podem ser utilizados caminhões pequenos de carroceria alta, desde que observadas as normas de segurança. Veículos para coleta de resíduos não recicláveis a partir de áreas residenciais para a estação de transferência ou planta de tratamento: caminhões compactadores. Veículos para coleta de resíduos orgânicos a partir de áreas residenciais para a estação de transferência ou planta de tratamento: caminhões compactadores. Se um tipo de resíduo não é substancial na quantidade, então o veículo de coleta com dois compartimentos ou adaptados com big bags será usado. 149
Identificar e ajudar na introdução de tecnologias adequadas às circunstâncias e necessidades individuais. Apoiar
os
esforços
nacionais
para
aconselhamento
sobre
métodos de coleta e as melhores práticas. Fornecer pontos de coleta centralizados e adequados para facilitar a coleta e manuseio, onde exista coleta comunitária. Resíduos Urbanos de áreas comerciais: Veículos para coleta de resíduos recicláveis a partir de áreas comerciais para a estação de transferência ou planta de tratamento: caminhões cobertos de carga traseira ou lateral ou coletador apropriado para reciclagem. Veículos para coleta de resíduos não recicláveis/rejeitos de áreas comerciais para estação de transferência ou aterro sanitário: caminhões compactadores de carga traseira ou frontal. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Veículos para coleta de resíduos orgânicos de áreas comerciais para a estação de transferência ou planta de tratamento: caminhões compactadores com sistema à prova de vazamento. Fornecer pontos de coleta centralizados e adequados para facilitar a coleta e manuseio, onde existe coleta comunitária. Resíduos Industriais: Veículos para coleta de resíduos recicláveis das áreas industriais para a estação de transferência ou planta de tratamento: caminhões cobertos de carga traseira ou lateral ou transportador próprio para reciclagem. Veículos para coleta de resíduos não recicláveis das áreas industriais para a estação de transferência ou planta de tratamento: caminhões compactadores de carga traseira ou frontal. 150
Veículos para coleta de resíduos orgânicos em áreas industriais para a estação de transferência ou planta de tratamento: caminhões compactadores com sistema à prova de vazamento. Identificar e ajudar na introdução de tecnologias adequadas às circunstâncias e necessidades individuais.
7.1.12 Plano Operacional para coleta e transporte O Plano Operacional para coleta e transporte do ponto de geração para a estação de transferência ou planta de tratamento é determinado com base em decisões sobre o que deve ser feito com os resíduos coletados e quanto seria o custo para o transporte entre dois pontos (estação de transferência e planta de tratamento). Tendo em vista a meta inicial de segregação de 50 por cento dos resíduos orgânicos e as preocupações das partes interessadas no que diz respeito às dificuldades em atingir esta meta, três cenários globais CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
podem ser delineados: I) situação muito otimista (100 por cento de segregação de resíduos orgânicos), II) situação projetada (50 por cento de segregação dos resíduos orgânicos) e III) situação com base na preocupação das partes interessadas (não segregação - resíduos misturados, pelo menos nos anos iniciais: I. Transporte de resíduos orgânicos diretamente para a planta de compostagem, ignorando o transporte de outros resíduos para estação de transferência para triagem e recuperação de materiais para reciclagem. II. Transporte de 50 por cento dos resíduos orgânicos diretamente para a planta de compostagem, enquanto todos os outros resíduos e 50 por cento de resíduos orgânicos que não foram segregados na fonte são transportados para a estação de transferência para a triagem.
151
III. Transporte de todo o resíduo misturado para a estação de transferência
para
triagem
e
recuperação
de
materiais
para
reciclagem. Todos estes cenários são baseados nas mesmas informações da linha de base, coletadas e projetadas pelas equipes de trabalho desse projeto, o que em números pode-se observar o representado na Figura 66.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 66 – Projeção dos cenários para os resíduos orgânicos. Fonte: Elaborado pelos autores.
A quantidade de resíduos a partir de fontes comerciais e domiciliares é de cerca de 42 toneladas/dia, o que vai aumentar para aproximadamente 46 toneladas/dia em 2015 e até 50 toneladas/dia em 152
2035.
Desses
números,
os
resíduos
orgânicos
correspondem
aproximadamente a 19 toneladas/dia, o que irá aumentar a 21 toneladas/dia em 2015 e até 23 toneladas/dia em 2035. Os outros resíduos, incluindo papéis e plásticos, correspondem a 23 toneladas/dia, o que aumenta para 25 toneladas/dia em 2015 e até 27 toneladas/dia em 2035. A coleta de resíduos em Crateús é realizada por duas vias: resíduos misturados (coleta comum) feita pela empresa terceirizada e parte dos recicláveis inorgânicos segregados na fonte é coletada pela Associação de Catadores-Recicratiú (coleta seletiva). Os resíduos da coleta comum
são transportados diretamente para um “lixão”
localizado nas proximidades da sede do Município e depositados ali a céu aberto. A instalação de triagem para reciclagem está localizada dentro de uma área de 10 hectares (Fig 47), onde está prevista a construção do Polo de Valoração de Resíduos, conforme mostrado no CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Volume 2 - Esquemas para Implementação do Plano de Ação Estratégica. Não existem aterros para resíduos domiciliares, industriais, inertes, públicos ou privados em Crateús. Instalações de tratamento e eliminação de resíduos perigosos estão localizados a grandes distâncias do Município. A produção total de resíduos, a sua repartição em resíduos orgânicos, recicláveis e misturados com as tendências futuras é mostrada nas Figuras 45 e 46. A composição dos resíduos urbanos é mostrada na Figura 9. Cenário I: Segregação total dos orgânicos dos outros resíduos Se os resíduos são bem segregados na fonte, então, todos os resíduos orgânicos podem ser transportados diretamente para a estação de tratamento de orgânicos. Para esta opção, o pressuposto subjacente é que a segregação dos resíduos esteja de acordo com as normas. Os outros resíduos são levados primeiro para a estação de transferência e então triados em resíduos recicláveis e não-recicláveis 153
(ou rejeitos) que são transportados para locais de disposição final (aterros). Não há estação de tratamento de resíduos orgânicos para convertê-los em recursos, como o composto, o biogás, etanol, biometano, etc. Infere-se que uma estação de tratamento de resíduos orgânicos deva ser construída. Infere-se ainda que esta estação de tratamento de resíduos orgânicos deva estar localizada perto da estação de transferência. Esta localização também será útil se os resíduos orgânicos forem de baixa qualidade e/ou quando o composto não
é
apropriado
para
a
agricultura.
No
caso,
os
resíduos/compostagem podem ser transportados diretamente para aterro com os resíduos não reciclável/rejeitos. Isso ajudaria a evitar problemas de emissão, que normalmente são encontrados quando o orgânico é enviado diretamente para um aterro sanitário, sem prévio tratamento biológico (compostagem). CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Cenário II: Segregação de apenas 50% dos resíduos orgânicos Se algumas áreas, onde a segregação orgânica ainda não está devidamente implementada os resíduos orgânicos provenientes de áreas, onde a segregação é praticada, podem ser transportados diretamente à estação de tratamento de resíduos orgânicos. Para esta opção, a hipótese subjacente é que a segregação dos resíduos esteja de acordo com as normas para cerca de 50% de áreas dentro de Crateús. Os outros resíduos são levados primeiro para estação de transferência e então triados como recicláveis e não-recicláveis/rejeitos, sendo estes transportados para locais de disposição final (aterros). Cenário III: Não segregação – todos os resíduos misturados Com esta opção, todos os resíduos são transportados para estação de transferência para triagem para reciclagem. Primeira hipótese é que, como todo o resíduo é sujo e misturado, apenas 5% dos 154
resíduos recicláveis serão recuperados. Segundo pressuposto é que todos os resíduos são transportados para o aterro. Nota: Como o Município de Crateús tem um contrato com uma empresa privada para coleta e transporte de resíduos sólidos urbanos, com base nas opções acima, planos operacionais apropriados devem ser solicitados a esta pela Secretaria de Meio Ambiente.
TRANSIÇÃO
DOS
RESÍDUOS
MISTURADOS
PARA
RESÍDUOS
SEGREGADOS É altamente provável, que a transição da coleta atual de resíduos mistos (Opção III) para a coleta de resíduos segregados (Opção I ou Opção II) possa levar alguns anos. Para acomodar este tempo de transição no planejamento para a coleta e transporte de resíduos sólidos urbanos a partir de fontes comerciais e residenciais, o sistema CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
poderia ser projetado para resíduos mistos (Opção III) por alguns anos iniciais e depois para 50 por cento a segregação de resíduos orgânicos (Opção II) e finalmente, para 100 por cento de segregação de resíduos orgânicos (Opção I). Resíduos Sólidos Urbanos da Indústria O resíduo orgânico em indústrias é normalmente gerado em refeitórios; portanto, pode ser facilmente segregado na fonte. Essa segregação na fonte pode ajudar a recuperar a maior parte na reciclagem de resíduos, principalmente de plástico, papel, borracha e metais. Supondo-se que um programa de produção mais limpa será implementado no setor industrial de Crateús, 80 por cento dos resíduos orgânicos de indústrias serão segregados para reciclagem, em seguida, uma parte insignificante será deixada para tratamento e disposição. Este resíduo restante só exigiria uma viagem de um dia; no entanto, 155
tendo em vista o tempo de coleta mais necessário para abranger todos os setores, um veículo dedicado de cinco toneladas poderia ser suficiente. Resíduos de Construção Civil Em Crateús, resíduos de construção civil são gerados a partir de duas fontes: novas construções e demolições/reformas (Figura 37 e Quadro 15). No entanto, a maior parte dos resíduos não é segregada corretamente dentro deste setor. Uma vez que o gerador é responsável por este tipo de resíduo, o Governo Municipal não prevê a necessidade de fazer um plano operacional para resíduos de construção e demolição. Mas, deverá exigir do setor o correspondente plano de gerenciamento de resíduos para cada obra civil licenciada, fazendo a devida fiscalização. Lodo de Plantas de Tratamento de Esgoto CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Atualmente não há planta de tratamento de esgoto no Município de Crateús. Deve-se, no entanto, observar essa questão dentro do Plano de Saneamento Básico (em construção) para incluir diretrizes sobre esse tópico na revisão do PMGIRS. Resíduos Perigosos do Sistema de Coleta (Hospitais e Indústrias) Existe apenas uma empresa qualificada que presta serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição de resíduos perigosos provenientes de serviços de saúde: Flamax Ambiental Serviços e Transportes Ltda., sediada em Juazeiro do Norte-CE. Para os resíduos oriundos da indústria local não existem empresas credenciadas para esse tipo de serviço. Os resíduos perigosos de serviços de saúde são em torno de 79 toneladas/ano, e de indústrias cerca de 1,5 tonelada/ano. Com medidas políticas, técnicas e voluntárias apresentadas nas seções 156
anteriores, as atuais operações de coleta e destinação de resíduos perigosos podem estar em conformidade legal. Um sistema de monitoramento rigoroso deve certificar-se de que os resíduos perigosos não sejam misturados com resíduos não perigosos, e a coleta e manejo adequados de cada tipo de resíduo perigoso esteja de acordo com as normas. Coleta de Resíduos Industriais A maioria dos resíduos industriais não perigosos de atividades de transformação é recolhida por pequenas empresas de reciclagem, por vezes, sem qualquer custo. Em razão disso, Crateús não necessita fornecer serviços adicionais para a coleta de resíduos industriais.
7.2 Triagem, Tratamento e Disposição CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
7.2.1 Estratégias para a Estação de Transferência e de Triagem para Recuperação de Materiais Os resíduos de fontes residenciais e comerciais são os únicos que devem ser transportados para a estação de transferência. Resíduos do processamento industrial devem ser segregados na fonte para a recuperação de material. As indústrias, por força de lei, são responsáveis pela gestão dos resíduos que geram, podendo enviá-los para reciclagem. Por isso, as medidas políticas, tecnológicas e de voluntariado para estações de transferência devem estar alinhadas com a quantidade e composição dos resíduos urbanos, bem como com as metas para a recuperação de materiais a partir de resíduos sólidos urbanos. O resíduo reciclável, separado dos resíduos mistos na estação de transferência, vai aumentar a quantidade de materiais recicláveis disponíveis e também estimular o crescimento do setor das indústrias baseadas em reciclagem. 157
Os alvos importantes para a estação de transferência são triar, pelo menos, 50% dos resíduos até 2018 e 90% dos resíduos até 2035. Com a segregação de resíduos orgânicos na fonte, a maioria de plástico, papel, vidro e resíduos de metais poderia ser recuperado como resíduos recicláveis "limpos". Além da recuperação material, a outra função de estação de transferência é a compactação e/ou embolsamento do rejeito para transporte até o local de disposição final (aterro sanitário). Seguindo a política, as medidas tecnológicas e de voluntariado vai ajudar a maximizar a recuperação de recursos na estação de transferência, bem como para melhorar a eficiência no transporte de resíduos para um local de tratamento/disposição.
7.2.2 Políticas para a Estação de Transferência Políticas para a estação de transferência são destinadas a alcançar os objetivos desejados do Plano GIRS da seguinte forma: CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Para promover a inclusão social através da criação de emprego, com a organização de reciclagem/cadeia de processamento Para auxiliar o desenvolvimento econômico através da indústria/negócios Para educar e motivar a comunidade sobre resíduos sólidos Para reduzir o custo da gestão de resíduos Em consonância com as políticas de meio ambiente e segurança pública devem ser observadas algumas regras: Os resíduos perigosos não são permitidos na estação de transferência Normas de segurança nacionais e locais relacionadas com o trabalho devem ser seguidas na estação de transferência 158
Normas de segurança ambiental deverão ser atendidas na estação de transferência e contaminação de segundo nível não deve ser permitido. Por conseguinte, as emissões de poluentes, ruído e odor devem estar dentro dos limites impostos pelas normas/regulamentos Remover todos os resíduos entregues na instalação até o final de cada dia e limpar o chão da área de recepção diariamente Projetar estradas seguras para a estação de transferência evitando acidentes de trabalho com os funcionários do transporte
7.2.3 Medidas Voluntárias na Estação de Transferência Sensibilização e educação ambiental sobre as instalações para as comunidades Agendamento
de
visitas
para
alunos
e
comunidades
conhecerem o processo e benefícios da recuperação de recursos CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
e tecnologias ambientalmente saudáveis
7.2.4 Medidas Tecnológicas na Estação de Transferência Melhorias na estação de transferência para desempenhar as suas funções com tecnologias apropriadas devem ser feitas periodicamente, com base nos cálculos detalhados da segregação de resíduos de alimentos na fonte e a quantidade de resíduos para a coleta e transporte para estação de transferência. Equipamento adequado para a separação manual dos materiais deve ser instalado. Isso geralmente inclui uma esteira de triagem ou mesa e recipientes para armazenar os materiais triados A separação mecânica poderia ser considerada para maior eficiência
e
segurança
dos
trabalhadores.
Isso
incluirá
a 159
instalação
de
equipamentos
para
redução
de
tamanho,
classificação, triagem, separação magnética, etc. Seleção da tecnologia deve ser baseada em uma metodologia estruturada que abrange todos os aspectos (técnico, econômico, social e ambiental) Compactadores de rejeito devem ser usados em estações de transferência
para
compactação
destes
antes
de
serem
transportados para locais de tratamento/destinação final Sistemas de enfardamento devem ser instalados para materiais volumosos, tais como papelão, revistas, papel, plásticos, latas de alumínio, latas de aço, cobre, etc.
7.2.5 Estratégias para Tratamento Biológico Dado que a maior parte dos resíduos gerados é orgânico, é importante uma instalação de tratamento em funcionamento para CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
tratar os resíduos na própria área da estação de transferência. As tecnologias de tratamento selecionadas no caso de Crateús são limitadas a fatores biológicos (biogás e compostagem), devido à natureza e volume dos resíduos. Medidas políticas adequadas, ações de voluntariado e intervenções tecnológicas são importantes para montar com sucesso esta instalação de tratamento uma vez que ela vai se tornar a principal solução para os resíduos orgânicos.
7.2.6 Políticas para Tratamento Biológico Medidas de apoio político para encorajar o uso de digestores para a produção de biogás a partir de resíduos orgânicos Normas ambientais e de segurança devem ser estipuladas para planta de biogás/usinas de compostagem
160
Os resíduos perigosos não devem ser permitidos na estação de tratamento
7.2.7 Ações Voluntárias Grupos de cidadãos para promover o uso de biogás e composto feito a partir de resíduos Desenvolver um mecanismo de marketing para a venda de adubo composto enriquecido
7.2.8 Medidas Tecnológicas Desenvolver
um
modelo
de
planta
de
biogás/usina
de
compostagem para referência Desenvolver um recipiente/cilindro de armazenamento portátil de biogás que possa ser transportado da estação geradora de biogás até o consumidor Estabelecer
um
centro
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
de
conhecimento
para
promover
tecnologias para as comunidades sobre o tratamento de resíduos para a recuperação de energia/fertilizante
7.2.9 Estratégias para Reuso, Reciclagem e Recuperação Resíduos O maior impulso no plano GIRS será recuperar tanto quanto possível os resíduos gerados. Portanto, será dada uma prioridade muito alta para a reutilização/reciclagem e valorização de resíduos.
7.2.10 Políticas para Reuso, Reciclagem e Recuperação Resíduos Quadro político favorável para incentivar as pessoas a utilizar os materiais e produtos reciclados
161
Incentivos
econômicos
estabelecimento
de
para
os
instalações
de
investidores reciclagem
para para
o a
recuperação dos recursos Mudanças curriculares no sistema educativo para incluir a conservação dos recursos naturais Desenvolver diretrizes e normas para os materiais e produtos reciclados Desenvolvimento de projetos-piloto que irão gerar novos negócios para o mercado de reciclagem local, com base em estudos de mercado e de laboratório locais.
7.2.11 Ações Voluntárias Consciência entre a comunidade sobre os benefícios econômicos e ambientais da reutilização e reciclagem de materiais Iniciativas na escola para educar e incentivar os alunos a se tornarem campeões na reutilização e reciclagem CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Formação de potenciais industriais de pequena escala para o arranque da reciclagem de resíduos
7.2.12 Medidas Tecnológicas Configurar um modelo de usina de reciclagem para cada tipo de resíduo recuperável, considerando a possibilidade de implementar um Polo de Valoração de Resíduo na área da estação de transferência.
7.2.13 Disposição Final É antecipado aqui que os rejeitos para a disposição final não irá aumentar substancialmente, se as metas para a segregação de resíduos
orgânicos
na fonte forem
alcançadas, bem como a
recuperação destes seja através de compostagem ou biodigestror. 162
Nesse caso, o aterro sanitário, construído na região de Crateús em um futuro próximo, deverá ter sua vida útil aumentada significativamente. Também, infere-se que a hierarquia das ações apontadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Fig. 67) tenha sido considerada durante a implementação do PMGIRS.
Não Geração
Redução
Reutilização
Reciclagem e Tratamento
Disposição final dos Rejeitos
Figura 67 – Hierarquia das ações na gestão de resíduos sólidos Fonte: Adaptado da Lei 12.305/2010.
7.2.13.1 Alternativas de Destinação Final de Resíduos-Rejeito As alternativas avaliadas como solução para o destino final dos resíduos sólidos urbanos da cidade de Crateús foram as seguintes: CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Aterro Sanitário, e
Embolsamento de resíduos
Na sequência são apresentadas as informações referentes a cada uma das alternativas estudadas.
Aterro Sanitário O Aterro Sanitário é a evolução de uma das técnicas mais
antigas e mais frequentemente utilizadas pelo homem para descarte de seus resíduos, que é o lançamento no solo. Atualmente exige-se que seja uma peça de engenharia que tem como objetivo colocar adequ adamente no solo resíduos não classificados como perigosos, buscando causar o menor impacto possível ao meio ambiente ou à saúde pública.
163
Essa técnica consiste basicamente na disposição dos resíduos
no
solo,
em
camadas
que
são
periodicamente
cobertas com solo.
Figura 68 – Cobertura do solo de um Aterro Sanitário. Fonte: ABLP
O
objetivo
do
aterro
sanitário
é
o
de
melhorar
as
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
condições sanitárias relacionadas aos descartes de resíduos sólidos
urbanos
evitando
os
danos
da
sua
degradação
descontrolada. A intenção do uso do aterro é fazer com que as reações de degradação dos resíduos que ocorrem na natureza possam ocorrer em um local onde as consequências
são
passíveis de controle. Os Aterro
aterros
podem
convencional:
ser
divididos
formação
de
em
diferentes
camadas
de
tipos:
resíduos
compactados, que são sobrepostas acima do nível original do terreno resultando em configurações típicas de “escada” ou de “troncos de pirâmide”; Aterro em valas: o uso de trincheiras ou valas visa facilitar a operação do aterramento dos resíduos e a formação das 164
células e camadas; assim sendo, tem -se o preenchimento total da trincheira, que deve devolver ao terreno a sua topografia inicial.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 69 – Etapas de aterro em valas. Fonte: Manual de operação de aterro sanitário em valas/CETESB, 2010.
165
Ainda que considerado um método sanitário muito simples de destinação final de resíduos sólidos urbanos, o aterro sanitário exige cuidados especiais e técnicas específicas a serem seguidas, desde a seleção e preparo da área até sua operação e monitoramento.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 70 – Corte da seção de um aterro sanitário Fonte: Manual de Operação de Aterro Sanitário da CONDER16
As
principais
características
do
aterro
podem
ser
resumidas da seguinte forma: Impermeabilização da base do aterro: É importantíssima, pois busca evitar o contato do chorume com as águas subterrâneas. A impermeabilização deve ser feita com argila
e
geomembranas
sintéticas
de
espessura
adequada;
16
Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia. Disponível em http://www.unipacvaledoaco.com.br/ArquivosDiversos/Cartilha%20Opera%C3%A7%C 3%A3o%20Aterro%20Sanit%C3%A1rio%20CONDER.pdf
166
Figura 71 – Etapas de aterro em valas. Fonte: Sil Soluções Ambientais17.
Instalação de drenos de gás: canal de saída do gás do interior do aterro. Os drenos podem ser construídos de CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
tubos de concreto ou de PEAD, podendo receber uma conexão final de aço-inox quando a célula for fechada. O biogás
pode
ser
recolhido
para
o
aproveitamento
energético através da ligação de todos os drenos verticais com um ramal central. Caso o biogás não possa ser usado para fins energéticos deve ser queimado para que o metano não seja emitido, agravando o efeito estufa.
17
http://www.nova.art.br/sil/principal/Aterro.asp
167
Figura 72 – Instalação de drenos de gás. Fonte: Sil Soluções Ambientais.
Sistema de coleta de chorume: a coleta de chorume deve ser feita pela base do aterro. O chorume coletado é CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
enviado ao sistema de tratamento de chorume através de lagoas previamente preparadas com impermeabilização do seu contorno ou de tanques
de armazenamento
fechados. A quantidade e qualidade do chorume, variam bastante de um aterro para outro, pois dependem de fatores como:
Composição do resíduo;
Quantidade de resíduos dispostos;
Forma
de
disposição
(grau
de
compactação,
cobertura, etc.);
Índices de precipitação/evapotranspiração;
Extensão da área ocupada pelo resíduo;
Na operação do sistema de tratamento é necessário efetuar, de forma sistemática, a medição da vazão
168
do chorume gerado, bem como a determinação da sua composição, antes e depois do tratamento.
Tempo decorrido do início de disposição.
Sistema de tratamento de chorume: após coletado, o chorume deve ser tratado antes de ser descartado no meio ambiente. O tratamento pode ser feito no próprio local ou o chorume coletado pode ser transportado para um
local
apropriado
(geralmente
uma
Estação
de
Tratamento de Esgotos). Os tipos de tratamento mais convencionais
são
o
tratamento
biológico
(lagoas
anaeróbias, aeróbias e lagoas d e estabilização). Estas técnicas que se aplicam no tratamento do chorume se assemelham com as utilizadas no tratamento de esgotos. Tradicionalmente para o Aterro Sanitário, utiliza -se com mais frequência as lagoas anaeróbias e facultativas, onde CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
ocorre a remoção da carga orgânica do chorume, pela ação das bactérias. Após um período em que fica retido na
lagoa
(tempo
de
detenção)
o
líquido
deve
ser
avaliado para verificar se está em condições de ser lançado nos corpos d’água sem risco de contaminação. Existem referências de que ainda podem ser usadas outras formas de destinação tais como: tratamento por oxidação (evaporação e queima) ou tratamento químico (adição de substâncias químicas ao chorume);
169
Figura 73 – Sistema de tratamento de chorume. Fonte: Sil Soluções Ambientais.
Sistema de drenagem de águas pluviais: o sistema de captação e drenagem de águas de chuva visa escorrer a água por locais apropriados para evitar a infiltração que gera o chorume. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
O aterro sanitário deve operar de modo a fornecer proteção ao meio ambiente, evitando a contaminação das águas subterrâneas pelo chorume (líquido de elevado potencial poluidor, de cor escura e de odor desagradável, resultado da decomposição da matéria orgânica), evitando o acúmulo do biogás resultante da decomposição anaeróbia do resíduo no interior do aterro. O biogás pode sair do interior do aterro de forma descontrolada ou infiltrar pelo solo e atingir redes de esgotos, fossas e poços rasos podendo causar exp losões. Atualmente, os aterros sanitários vêm sendo severamente criticados porque não têm como objetivo o tratamento ou a reciclagem dos materiais presentes no resíduo urbano. De fato, os aterros sanitários são uma forma de armazenamento de resíduo no solo, alternativa que não pode ser considerada a mais indicada, uma vez que os espaços úteis à essa técnica 170
tornam-se cada vez mais escassos. Porém, deve -se considerar que
a
maioria
dos
materiais
utilizados
pelo
homem,
na
realidade, são combinações de várias substâncias trazidas dos mais diferentes pontos do planeta. Assim, recuperar todos os materiais que são utilizados é praticamente impossível, seja por motivos de ordem técnica ou econômica.
Usinade Reciclagem Compactadora Embolsadora de RSU
Esta alternativa é provavelmente a mais recente das técnicas destinadas a encaminhar o destino dos resíduos sólidos municipais.
O Sistema de Embolsamento de Resíduos permite que os municípios adotem uma tecnologia inovadora de tratamento de resíduos sólidos urbanos em que, após a triagem manual CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
para a separação do resíduo reciclável, os resíduos sejam compactados e acondicionados em bolsas de polipropileno por três anos. Após esse período, o resíduo é retirado e utilizado como adubo orgânico na manutenção de áreas verdes ou até mesmo na agricultura local.
A colocação dos resíduos em bolsas impermeáveis de polipropileno garante que não haverá interação dos RSU com o meio ambiente externo. As bolsas depois de depositadas no solo de forma adequada são cobertas c om uma camada de terra temporária para impedir o acesso de vetores.
As operações de manuseio do sistema de Embolsamento dos resíduos estão descritas nos itens seguintes:
171
Chegada do Resíduo Os caminhões que fazem o recolhimento do resíduo na cidade, ao entrarem no pavilhão, despejam o resíduo no piso de concreto da área de recebimento. Abaixo do nível do piso existe um fosso para cada linha, onde o resíduo vai sendo direcionado através de pequeno trator com uma lâmina instalada na parte frontal (tipo Tobata). Através de uma esteira que passa no fundo do fosso, o resíduo é levado para a primeira esteira de seleção.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 74 – Área coberta para recebimento do resíduo e Fosso no piso Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS18
Chapas de fechamento da borda do fosso até a borda da esteira, isola o fundo do fosso para não cair o resíduo. O
resíduo
é
transportado
pela
esteira,
subindo
aproximadamente 4metros onde é transferindo para a primeira esteira de seleção. Seleção do resíduo O conceito utilizado para a seleção do resíduo na primeira esteira, com 27metros de comprimento, é sem posto fixo por 18
http://www.feriolieco.com.ar/
172
produto a ser separado. Abaixo desta esteira, passa uma outra rodando em sentido contrário. A esteira superior é unida à inferior por uma rampa de chapa ao longo dos 27metros, em ambos os lados.
Figura 75 – Esteira superior com rampas que une a esteira inferior, por ambos os lados (em montagem). Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Este conceito permite a utilização de grande quantidade de mão de obra, qualificando e aumentando brutalmente a velocidade de seleção, em um espaço relativamente pequeno (em relação a quantidade de mão de obra). As pessoas que estão separando o sólido do orgânico na esteira
superior
separam
o
sólido
de
qualquer
tipo
indistintamente (o que estiver passando na este ira a sua frente) que é jogado pela rampa para a esteira inferior. O
resíduo
orgânico
(que
é
a
sobra
na
esteira),
é
transferido para o compactador encapsulador automatizado através de uma moega que liga a esteira ao compactador, para elaboração das cápsulas.
173
A
esteira
inferior
leva
o
material
até
uma
esteira
transversal, que serve para direcionar o resíduo reciclado a uma terceira esteira de classificação paralela as outras duas (inferior e superior), onde agora sim, o material reciclado na primeira esteira será separado por tipo de produto, (plástico, papel, papelão, etc.).
Figura 76 – Esteira transversal e Terceira esteira (seleção por produto). Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
No final da primeira esteira de seleção está montada transversalmente uma pequena esteira eletromagnética, cuja finalidade é retirar os metais (que escaparam da seleção) para que não sejam compactados e encapsulados com o resíduo orgânico
que
está
sendo
direcionado
para
dentro
Compactador Encapsulador Automatizado. Reciclados Percurso dos reciclados na linha principal (Compactador Encapsulador Automatizado) Os diversos tipos de materiais que são classificados, na terceira esteira, são jogados para baixo, através de dutos metálicos,
caindo
dentro
de
compartimentos
com
174
aproximadamente 20m 3 , sendo cada compartimento para um tipo específico de material. Estes compartimentos são dotados de esteiras em sua base, que podem ser acionadas individualmente, transferindo os reciclados para outra esteira que passa diretamente à frente, com
a
finalidade
enfardadeira,
para
de a
levá-los
a
produção
uma dos
prensa
hidráulica
respectivos
fardos.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 77 – Fardos, Prensa para enfardar, Esteira da linha secundária e Fosso linha secundária. Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS
175
Encapsulamento Os compactadores encapsuladores possuem uma mesa sobre um carro na sua parte frontal, para receber a cápsula que está sendo produzida com o resíduo orgânico Os
carros
movimentam-se
sobre
trilhos,
acionados
hidraulicamente, obedecendo à programação eletrônica dos equipamentos. O
compactador
encapsulador
semiautomático,
possui
uma mesa sobre um carro mais simples, porque o fechamento da
cápsula
é
realizado
hidraulicamente,
através
do
acionamento de palancas pelo operador do equipamento.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 78 – Conpactador Encapsulador Semi Automático. Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS
O compactador encapsulador automático possui uma mesa com comandos hidráulicos e eletrônicos independentes, pois o fechamento da cápsula e realizado automaticamente através de programação eletrônica.
176
Figura 79 – Compactador Encapsulador Automático. Fonte: FERIOLI - ECO SOLUCIONES ECOLÓGICAS CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
No caso destas usinas, ambas as mesas dos dois modelos de compactador encapsulador deslocam -se sobre os trilhos transferindo a cápsula através de uma abertura, para a área de descarga das cápsulas. Esta área de descarga possui uma ponte rolante que realiza
a
operação
de
retirada
da
cápsula
do
carro,
depositando em uma área contigua denominada pulmão. Posteriormente
a
mesma
ponte
rolante
realiza
o
carregamento das cápsulas no veículo que as levará para o depósito de bolsas.
177
Figura 80 – Depósito de bolsas. Fonte: Ecosol Soluções Ecológicas
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
RELAÇÃO DE CIDADES UTILIZANDO AS USINAS DE RECICLAGEM, COMPACTAÇÃO E EMBOLSAMENTO DE RSU. ARGENTINA
ARGENTINA
-LEONES/2008 -ROSARIO DE LERMA/2009 -ROSARIO DE LA FRONTEIRA/2009 -MERCEDES/2010 -LINCOIN/2010 -GEN. ARENALES/2010 -CAP. SARMINETO/2010 -LABOULAYE/2010 -HUINCARENANCÓ/2010 -VILLA MARIA/2011 -LAGUNA LARGA/2011 -SALTO/2012 -CHIVILICOY/2012 -BEILVOLLE/2012
-COR. MOLDES/2013 -MARCOS PAZ/2014 -SAN VICENTE/2014 -CAÑUELAS/INSTALANDO -GRAL LAS HERAS/INSTALANDO -BELGRANO/INSTALANDO -LOBOS/INSTALANDO
URUGUAY -FLORIDA/2012
BRASIL -ANDRADAS(MINAS GERAIS)/ INSTALANDO -SÃO LOURENÇO(MINAS GERAIS)/ INSTALANDO
178
Vantagens da tecnologia de compactação e embolsamento de RSU A impermeabilidade das bolsas, não permite o contato do RSU com: a terra, o ar e o lençol freático; Não cria chorume após o embolsamento; Mínima produção de gás metano, quase zero; Diminuição dos riscos de acidentes ecológicos; Eliminação de odores desagradáveis, não proliferação de vetores de contaminação; Possibilidade de reutilização do material embolsado como composto orgânico após o período 3 anos; Menor ocupação de solo no destino final do RSU. Permanece
com
alto
índice
de
compactação
após
embolsado (redução de 4 à 5 vezes o volume inicial); Permite a rotatividade da área de destino final, após a abertura das
bolsas, e aproveitamento do CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
composto
orgânico; Maior aproveitamento do material reciclável; A segregação e reciclagem é feita por cooperativados,de acordo com a lei 12.305/2010; Permite uma solução ambiental e integrada com inserção social; Praticamente zera a possibilidade de passivo ambiental.
Este
sistema
mostra-se
vantajoso
principalmente
na
redução do custo de disposição. Para um horizonte de 5 anos, o custo do embolsamento (considerada uma geração de 100 toneladas/dia) é de 45% do custo para dispor a mesma quantidade em um aterro sanitário.
179
Para a mesma geração (100 toneladas/dia ), considerando um horizonte de 20 anos o custo do embolsamento será de apenas 38% do custo para dispor a mesma quantida de em um aterro industrial. Conclusão:
Pelo
exposto
de
forma
simpli ficada
a
recomendação é para o uso do Embolsamento na destinação dos RSU – Resíduos Sólidos Urbanos do Município de CRATEÚS / CE.
7.3 Benefícios Ambientais, Sociais e Econômicos Um manual separado deve ser desenvolvido para avaliar e quantificar os benefícios ambientais da implementação do Plano de GIRS em Crateús. Os principais benefícios serão ganhos nas seguintes áreas: CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Quantidade reduzida de resíduos devido à aplicação do conceito 3R (reduzir, reusar e reciclar) e segregação na fonte resultando em um número reduzido de viagens para a estação de transferência. – benefícios em termos de redução da poluição do ar local e emissões dos Gases do Efeito Estufa (GHG emissions). Nível aumentado de recuperação de material (reciclagem) na estação de transferência e no Polo de Valoração de Resíduos. - benefícios em termos de economia dos recursos ambientais. Nível
aumentado de recuperação de material
devido à
compostagem. - benefícios em termos de redução do uso de fertilizantes químicos e melhorias na fertilização do solo. Nível
aumentado
de
recuperação
energética
(gás/óleo/eletricidade) na planta de tratamento. 180
- benefícios em termos de economia em combustíveis e eletricidade. - benefícios em termos de redução da quantidade de Gases do Efeito Estufa (GHG emissions) devido a reduzida queima de combustíveis fósseis. Nível reduzido de disposição de resíduos no aterro sanitário. - quantidade reduzida de emissões de Gases do Efeito Estufa e terra impactada. - benefícios em termos de economia em combustível para o transporte de
resíduos para aterro.
8. Monitoramento e Mecanismo de Retroalimentação 8.1 Introdução aos Indicadores-chave de Desempenho (KPI-Key Performance Indicators) CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
O PGIRS para Crateús precisa atingir várias metas e objetivos durante o seu período de implementação. O êxito da realização de metas de curto prazo e de longo prazo, que são baseadas nos objetivos, requer uma vigilância eficaz do desempenho de cada Esquema desenvolvido como uma tarefa fundamental do plano de ação.
Os
resultados
do
monitoramento
irá
fornecer
feedback
adequado para os tomadores de decisão avaliar o desempenho e fazer ajustes ou mudanças necessárias para orientar o curso do plano de ação a ser mais significativo. Um bom monitoramento e revisão do processo trará muitos benefícios para todas as partes interessadas, tais como: Fornecer
regularmente
informação
para
todas
as
partes
interessadas sobre a situação do PMGIRS; Analizar a situação da implementação dos Esquemas; 181
Avaliar a efetividade dos Esquemas e se eles estão orientados para o alcance das metas e dos objetivos; Modificar, mudar ou fortalecer o andamento dos Esquemas no PMGIRS; Desenvolver novos Esquemas para realizar as metas e objetivos de maneira mais efetiva; Lições a serem aprendidas com o sucesso do PMGIRS e compartilhar os novos conhecimentos práticos com relevantes parceiros. Apesar de o monitoramento ser um processo contínuo, com a finalidade tanto de verificar a operação, como a eventual necessidade de revisar o plano, precisa ter medição de desempenho vinculada ao tempo. Isto pode ser alcançado através do desenvolvimento de um conjunto de Indicadores-Chave de Desempenho (KPI- Key Performance Indicators). CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Os
Indicadores-Chave
de
Desempenho
(KPI)
traduzem
o
desempenho das atividades de Gestão de Resíduos Sólidos em medidas quantitativas significativas e concisas, que podem ser tanto avaliadas ou comparadas com objetivos pré-definidos. O KPI medirá se o PMGIRS está
prestando
os
serviços
ao
nível
desejado
através
da
implementação. Os KPI's podem ser operacional, financeiro ou social, dependendo da relevância do desempenho de várias partes interessadas. Os atributos do KPI devem passar no teste SMART como descrito abaixo.
182
Específico (Specific) Cada KPI deve refletir a eficácia do desempenho de uma atividade específica. Os KPI's não devem ser desenvolvidos para medir as realizações integradas ou globais do PMGIRS. Em vez disso, vai indicar a eficácia de cada Esquema e fornecer as informações necessárias para a tomada de decisão. Mensurável (Measurable) Cada KPI deve ser baseada em dados quantificáveis e, portanto, os KPI's devem ser mensuráveis em vez de qualitativo. Pode haver KPI's para medir os impactos qualitativos da PMGIRS mas serão traduzidos em medidas quantitativas por meio de dados coletados na saída. Realizável (Achievable) Todos os KPI's são baseados em tarefas e Esquemas realizáveis. Alguns CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
dos Esquemas que necessitam decisões em nível nacional e estadual não serão medidos utilizando KPI embora eles sejam essenciais para o sustento a longo prazo da gestão de resíduos sólidos em Crateús e em outras partes do país.
Realístico (Realistic) Todos os KPI's são relevantes para a gestão de resíduos sólidos de Crateús e são derivados do sistema em vigor e PMGIRS proposto. Portanto, todos os KPI's são acionáveis, realistas e práticos por natureza e são orientados por resultados.
Tempo Limite (Time bound)
Todos os KPI's devem ser calculados sobre uma base mensal ou anual. Além disso, este atributo irá facilitar as partes interessadas para avaliar o 183
progresso e melhoria contínua do PMGIRS ao longo do tempo. Ele vai mostrar se um Esquema implementado tem sido eficaz durante um determinado período de tempo e se é inadequado adaptar, modificar ou alterar o Esquema para uma atividade mais significativa. Os KPI's são desenvolvidos para mostrar o impacto do Plano GIRS proposto para a gestão de resíduos sólidos em Crateús. Estes indicadores, portanto, devem ser tornados públicos e transparentes para que todos os interessados possam avaliar imediatamente o impacto do novo sistema de gestão integrada de resíduos sólidos em Crateús. Para alcançar as metas e objetivos o Município de Crateús poderá ter que construir parcerias com diferentes partes dentro e fora de Crateús. O KPI irá indicar a eficácia dessas parcerias e o Município de Crateús poderá usar os indicadores para a tomada de decisões sobre as adaptações necessárias, modificações e alterações destas parcerias. Eles também podem usar esses indicadores como um dos CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
critérios para a dissolução de parcerias existentes ou desenvolvimento de novas parcerias. Os indicadores-chave de desempenho representam o "checar" estágio do ciclo PDCA usado no planejamento do sistema de gestão. O ciclo PDCA para o plano GIRS proposto para Crateús poderia ser elaborado da seguinte forma:
184
Adaptar, Modificar, Mudar estratégias schemes partnership
Desenvolver metas, objetivos e alvos
Agir
Planejar Plano GIRS
Checar
Fazer
IndicadorChave de Performance
Implementar Esquemas
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Figura 81 – Regras dos KPI's no processo geral de desenvolvimento e implementação do Plano Fonte: Elaborado pelos autores
8.2 Instrumentos de Avaliação e Monitoramento do Plano De forma a potencializar os objetivos destacados recomenda-se que o acompanhamento das atividades e serviços, utilize indicadores que permitam uma avaliação simples e objetiva, do desempenho dos serviços de resíduos sólidos e limpeza urbana. Vale ressaltar que além dos indicadores a seguir destacados deverão ser efetuados registros de dados
operacionais
e
de
desempenho financeiro dos serviços a fim de permitir a geração dos indicadores definidos pelos SINISA – Sistema Nacional de Informações
185
de Saneamento instituído pelo art. 53 da Lei nº 11.445, de 2007 que prevê: I - coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos de saneamento básico; II - disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de saneamento básico; III - permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de saneamento básico; e IV - permitir e facilitar a avaliação dos resultados e dos impactos dos planos e das ações de saneamento básico. § 1º As informações do SINISA são públicas e acessíveis a todos, independentemente da demonstração de interesse, devendo ser publicadas por meio da internet. § 2º O SINISA deverá ser desenvolvido e implementado de forma articulada ao Sistema Nacional de Informações em Recursos Hídricos - SNIRH e ao Sistema Nacional de Informações em Meio Ambiente - SINIMA. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Os indicadores selecionados para monitoramento do PGIRS de Crateús compreendem aspectos técnico-operacionais e gerenciais conforme apresentado nos itens que seguem:
8.3 Indicadores para o Sistema de Gestão de Resíduos Sólidos O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos constitui mais uma ferramenta de gestão da administração pública e se integrará ao conjunto de políticas públicas de saneamento básico do município. Por essa razão é importante que todos os agentes envolvidos, sejam eles administradores públicos, empresas ou a sociedade em 186
geral, possam conhecer e discutir os seus objetivos, diretrizes e programas. Da mesma forma, acompanhar a sua execução, avaliar e exigir a sua máxima efetividade, são atitudes que se transferem para o campo do interesse público e dessa forma garantem o princípio da isonomia e também da imparcialidade.
8.4 Indicadores de avaliação e monitoramento Nesse contexto, a avaliação e o monitoramento assumem um papel fundamental como ferramentas de gestão e de garantia da sustentabilidade e efetividade do referido Plano. A atividade de avaliação pode ser definida como a prática de atribuir valor a ações previamente planejadas. No que tange à avaliação de projetos, programas e políticas de governo, a atividade tem como objetivo maximizar a eficácia dos programas na obtenção dos seus fins e a eficiência na alocação de CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
recursos para a consecução dos mesmos. A avaliação, de forma mais detalhada, é: Uma ferramenta de caráter gerencial que contribui para integrar as atividades do ciclo de gestão pública. Envolve tanto julgamento como atribuição de valor e mensuração. Requer uma cultura, uma disciplina intelectual e uma familiaridade prática, amparadas em valores. Deve estar presente, como componente estratégico, desde o planejamento e formulação de uma intervenção, sua implementação (com os consequentes ajustes a serem adotados) até as decisões sobre sua manutenção, aperfeiçoamento, mudança de rumo ou interrupção, indo até o controle. Quanto ao monitoramento, extrai-se a seguinte compreensão: Também conhecido como avaliação em processo, trata-se da utilização de um conjunto de estratégias destinadas a realizar o acompanhamento de uma política, programa ou projeto. É uma ferramenta utilizada para intervir no curso de um programa, 187
corrigindo sua concepção. É o exame contínuo dos processos, produtos, resultados e os impactos das ações realizadas. O monitoramento permite identificar tempestivamente as vantagens e os pontos frágeis na execução de um programa e efetuar os ajustes necessários à maximização dos seus resultados e impactos.
Como instrumentos de avaliação do PGIRS serão adotados os Indicadores do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), os quais têm sido utilizados pela quase totalidade das operadoras de serviços de água e esgoto existentes no Brasil, assim como na área de resíduos sólidos
pelas empresas, municípios e
concessionárias. O SNIS surgiu em 1994 quando se constatou a necessidade de um sistema de informações direcionado às atividades de prestação dos serviços de água, esgoto e manejo de resíduos sólidos. O SNIS é vinculado ao Ministério das Cidades especificamente à Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA). Nos termos da Lei nº CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
11.445/2007, cumpre ao Ministério das Cidades criar e administrar o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), ainda em desenvolvimento. A seguir, apresentam-se os glossários e os indicadores a serem utilizados no processo de avaliação e monitoramento do PGIRS do município de Crateús. Quadro 25 – Indicadores sugeridos para o PGIRS. Código:
Ge002
Nome: População urbana do município
Definição: População urbana de um município. Inclui tanto a população atendida quanto a que não é atendida com os serviços. No SNIS é adotada uma estimativa usando a respectiva taxa de urbanização do último Censo ou Contagem de População do IBGE, multiplicada pela população total estimada anualmente pelo IBGE.
Unidade:
habitantes
188
Código: Ge006
Ge009
Ge023
Nome: Receita arrecadada com serviços de manejo de RSU
Definição: Valor anual dos recursos arrecadados por meio da cobrança de taxas, tarifas ou outras formas vinculadas a prestação de serviços de manejo de RSU.
Despesa com agentes privados Valor anual da soma das despesas com serviços de executores de manejo de RSU realizadas por agentes privado e serviços de público. manejo de RSU Valor anual das despesas dos agentes públicos realizado com os serviços de manejo de RSU, incluindo a execução dos serviços propriamente ditos mais a fiscalização, o planejamento e a parte gerencial e administrativa. Correspondem às despesas com pessoal próprio somado às demais despesas operacionais com o patrimônio próprio do Despesa dos agentes públicos município (despesas com material de consumo, ferramentas e utensílios, aluguéis, energia, executores de combustíveis, peças, pneus, licenciamentos e serviços de manutenção da frota, serviços de oficinas manejo de RSU terceirizadas, e outras despesas). Inclui encargos e demais benefícios incidentes sobre a folha de pagamento do pessoal envolvido. Não inclui: despesas referentes aos serviços de manejo de RSU realizadas com agentes privados executores (informação GE009); despesas com serviço da dívida (juros, encargos e amortizações); despesas de remuneração de capital; e despesas com depreciações de veículos, equipamentos ou instalações físicas. Valor declarado pelo órgão responsável da População população urbana efetivamente beneficiada com urbana do o serviço regular de coleta de RDO no município, município, no final do ano de referência. Inclui populações da atendida com serviço de coleta sede e de localidades efetivamente atendidas de forma regular. No SNIS é adotado o valor declarado de RDO pelo agente responsável pelo serviço. Entende-se como regular o serviço com frequência mínima de 1 (uma) vez por semana.
Unidade: R$/ano
R$/ano
R$/ano
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Co050
Co051
Valor declarado pelo órgão responsável da população urbana efetivamente beneficiada com População urbana de outros o serviço regular de coleta de RDO em outro(s) município(s), prestado pelo mesmo agente municípios, responsável pela informação, no final do ano de atendida com referência. Inclui populações da sede e de serviço de coleta localidades efetivamente atendidas de forma de RDO. regular. No SNIS é adotado o valor declarado pelo agente responsável pelo serviço. Entende-se como regular o serviço com frequência mínima de 1 (uma) vez por semana.
habitante
habitante
189
Código:
Nome:
Definição:
Unidade:
Co108
Quantidade de RDO coletada pelo agente público
Quantidade anual de RDO coletada por serviço executado diretamente por agentes públicos. Não inclui quantidade de RPU coletada. Inclui tonelada/ano quantidades decorrentes do serviço de coleta seletiva feito pelos agentes públicos.
Co109
Quantidade de RDO coletada pelos agentes privados
Quantidade anual de RDO coletada por serviço executado diretamente por agentes privados. Não tonelada/ano inclui quantidade de RPU coletada. Inclui quantidades decorrentes do serviço de coleta seletiva feito pelos agentes privados.
Co116
Quantidade de RDO e RPU coletada pelo agente público
Valor anual da soma das quantidades de RDO e RPU coletadas por serviço executado diretamente tonelada/ano pelos agentes privados. Não inclui quantidade coletadas de resíduos dos serviços de saúde (RSS) e resíduos da construção civil (RCD).
Co117
Valor anual da soma das quantidades totais de Quantidade de RDO e RPU coletadas por todos os agentes mencionados, públicos, privados, cooperativas e RDO e RPU tonelada/ano coletada pelos outros. Não inclui quantidades coletadas de resíduos agentes privados dos serviços de saúde (RSS) e resíduos da construção civil (RCD).
Rs008
Quantidade de RSS coletada pelos geradores ou empresas contratadas por eles
Quantidade anual de resíduos dos serviços de saúde (RSS) oriundos de coletada diferenciada tonelada/ano executada pelos próprios geradores ou empresas contratadas por eles.
Quantidade de RSS coletada pela prefeitura ou empresa contratada por ela
Quantidade anual de resíduos dos serviços de saúde (RSS) oriundos da coleta diferenciada executada pela Prefeitura ou por empresas contratadas por ela. Incluem quantidades de RSS tonelada/ano de todas as unidades de saúde, mesmo as que não são públicas (integrantes do quadro de unidades de saúde da Prefeitura).
Rs028
Va019
Despesa com empresas contratadas para o serviço de varrição
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Valor anual das despesas da Prefeitura com empresas contratadas exclusivamente para a execução do serviço de varrição de vias e logradouros públicos.
R$/ano
190
Código:
Nome:
Definição:
Unidade:
Valor anual das despesas da Prefeitura com o serviço de varrição de vias e logradouros públicos. Correspondem às despesas realizadas com pessoal próprio somado às demais operacionais com o patrimônio próprio do município (despesas com materiais de consumo, ferramentas e utensílios, aluguéis, energia, combustíveis, peças, pneus, Despesa dos licenciamentos e manutenção da frota, serviços agentes públicos de oficinas terceirizadas, e outras despesas). Inclui com o serviço de encargos e demais benefícios incidentes sobre a varrição folha de pagamento do pessoal envolvido. Não inclui: despesas referentes ao serviço de varrição de vias e logradouros públicos realizadas com agentes privados executores (informação VA019).
Va037
R$/ano
Quantidade anual de materiais recicláveis recuperados (exceto matéria orgânica e rejeitos) coletados de forma seletiva ou não, decorrente da ação dos agentes executores, ou seja, Prefeitura, Quantidade total empresas contratadas por ela, associações de tonelada/ano de materiais catadores e outros agentes, não incluindo, recuperados entretanto, quantidades recuperadas por catadores exceto matéria autônomos não organizados nem quantidades orgânica e rejeito recuperadas por intermediários privados ("sucateiros").
Cs009
Quantidade anual de materiais recicláveis orgânicos recuperados coletados de forma seletiva ou não, decorrente da ação dos agentes tonelada/ano Quantidade total executores, ou seja, Prefeitura, empresas contratadas de materiais por ela, associações de catadores e outros orgânicos agentes, não incluindo, entretanto, quantidades recuperados recuperadas por autônomos não organizados ou privados. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Cso
Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento. Quadro 26 – Outros Indicadores sugeridos para o PGIRS. Indicador:
I005
INDICADORES GERAIS Definição do Indicador: Auto suficiência financeira da Prefeitura com o Manejo de RSU: Receita arrecadada com manejo RSU Despesa total da Prefeitura com manejo RSU Despesa per capita com manejo de RSU em relação à população urbana:
I006
Despesa total da Prefeitura com manejo RSU População urbana
Equação:
Unidade:
Ge006 x 100 Ge023 + Ge009
Percentual
(Ge023 + Ge009) Ge002
R$/habitante
INDICADORES SOBRE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E PÚBLICOS Indicador: Definição do Indicador: Equação: Unidade: I016 Taxa de cobertura do serviço de coleta de (Co050+Co051) x Percentual
191
RDO em relação à população urbana:
100 Ge002
População atendida declarada População urbana Massa coletada (RDO + RPU) per capita em relação à população urbana: I021
Quantidade total coletada População urbana Massa (RDO) coletada per capita em relação à população atendida com serviço de coleta:
I022
Indicador:
I031
Quantidade total de RDO coletada População atendida declarada
(Co116+Co117) x 1.000 Ge002 x 365
Kg/habitante /dia
(Co108+Co109) x 1.000 (Co050+Co051) x 365
Kg/habitante /dia
INDICADORES SOBRE COLETA SELETIVA E TRIAGEM Definição do Indicador: Equação: Taxa de recuperação de materiais recicláveis secos em relação à quantidade total (RDO + RPU) coletada: Cs009 x 100 (Co116+Co117) Quantidade total de materiais recuperados secos Quantidade total coletada
Unidade:
Percentual
Massa recuperada per capita de materiais recicláveis secos em relação à população urbana: CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
I032
Quantidade total de materiais recicláveis recuperados secos População Urbana
Cs009 x 1.000 Ge002
Kg/habitantes /ano
Cso x 100 (Co116+Co117)
Percentual
Cso x 1.000 Ge002
Kg/habitantes /ano
Taxa de recuperação de materiais recicláveis orgânicos em relação à quantidade total (RDO + RPU) coletada: IR1
Quantidade total de materiais recuperados orgânicos Quantidade total coletada Massa recuperada per capita de materiais recicláveis orgânicos em relação à população urbana:
IR2
Quantidade total de materiais recuperados orgânicos População urbana
INDICADORES SOBRE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Indicador: Definição do Indicador: Equação: Unidade: (Rs028 + Rs008) x Kg/1.000 Massa de RSS coletada per capita em relação I036 (10^6) Ge002 x habitantes/dia à população urbana:
192
365 Quantidade total coletada de RSS População urbana Taxa de RSS coletada per capita em relação à quantidade total coletada: I037
Quantidade total coletada de RSS Quantidade total coletada
Indicador:
I046
(Rs028 + Rs008) x 100 (Co116+Co117)
INDICADORES SOBRE SERVIÇOS DE VARRIÇÃO Definição do Indicador: Equação: Incidência do custo do serviço de varrição no custo total com manejo de RSU: Despesa total da prefeitura com serviço de varrição Despesa total da prefeitura com manejo de RSU
(Va037 + Va019) (Ge023+Ge009
Percentual
Unidade:
Percentual
Observações quanto às siglas: RSU = Resíduos Sólidos Urbanos - RDO = Resíduos Domiciliares - RPU = Resíduos Públicos - RSS = Resíduos Serviços Saúde Observação: Estes indicadores são referência e foram retirados do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento. Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
8.5 Indicadores sociais da Reciclagem Os
indicadores
a
seguir
tratam
da
inclusão
das
a s s o c i a ç õ e s / cooperativas e dos catadores no sistema de coleta seletiva e servem de balizador, tendo em vista que a própria Lei 12.305/10 em seu artigo 18 e seu Decreto 7.404/10 através do artigo 40 prioriza recursos da União para quem implantar a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associações de catadores de materiais recicláveis, formadas por pessoas físicas de baixa renda. a) Número de catadores = Número de catadores incluídos no sistema de coleta seletiva em relação ao número total de catadores da cidade. Unidade de medida: percentual. 193
Quanto maior for o percentual, maior é a organização do Município com relação aos catadores e associações. Este indicador requer um cadastramento dos catadores podendo ser realizado pela Secretaria de Assistência Social. b) Vínculo contratual entre a prefeitura e as organizações (cooperativas e associações) = Número de organizações que tem vínculo contratual com a Prefeitura em relação ao total de organizações presentes na cidade. Unidade de medida: percentual. Da mesma forma que a anterior, quanto maior for o percentual, maior é o vínculo entre poder público e as organizações, facilitando os trâmites burocráticos, as documentações e administração do negócio, melhorando a renda das organizações e contribuindo com a sociedade em geral. Este indicador requer um cadastramento de todas as organizações podendo ser realizado pela Secretaria de Assistência Social.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
8.6 Indicadores Gerenciais Este tipo de indicador servirá para verificar a qualidade do serviço prestado pelo órgão público, ou privado, sob a ótica do cliente final, nesse caso o usuário do serviço que terá um canal direto com o prestador do serviço e dessa forma ajudará a fiscalizar e manter o serviço a um nível de qualidade considerável a todos os munícipes. Além dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, estes indicadores podem ser utilizados em qualquer tipo de prestação
de
serviço,
sendo
ele
água,
esgoto,
drenagem,
infraestrutura ou similares.
194
Indicadores de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público. A eficiência no atendimento ao público e na prestação do serviço pelo prestador poderá ser avaliada através do Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público IESAP.
O IESAP será calculado com base na avaliação de fatores indicativos do desempenho do prestador quanto à adequação de seu atendimento às solicitações e necessidades dos usuários. Para cada um dos fatores de avaliação da adequação do serviço será atribuído um peso de forma a compor-se o indicador para a verificação. Os fatores que deverão ser considerados na apuração do IESAP, mensalmente, são os seguintes:
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
I - FATOR 1 - prazos de atendimento dos serviços de maior frequência, que corresponderá ao período de
tempo decorrido entre a
solicitação do serviço pelo usuário e a data efetiva de conclusão; O quadro de sugestão dos prazos de atendimento dos serviços é apresentado a seguir: Quadro 27 – Prazos de atendimento ao serviço.
SERVIÇO Verificação da qualidade do serviço
PRAZO para atendimento solicitação: 12 horas
Retorno a uma reclamação ocorrida
2 dias
Ocorrência de caráter emergencial
1 dia
Restabelecimento do serviço
12 horas
Problemas com funcionários
1 dia
Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento.
195
O
índice
de eficiência dos
prazos
de
atendimento
será
determinado como segue: 1 = (Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100) / (Quantidade total de serviços realizados). Vale ressaltar que pelo fato do serviço de limpeza ser muito amplo e com diferentes tipos de execução, o quadro elaborado foi feito de forma sucinta, ou seja, de maneira que possa ser usado para qualquer trabalho. Posteriormente este quadro pode ser mais bem detalhado para cada serviço realizado pelo prestador.
II - FATOR 2 - Disponibilização de estruturas de atendimento ao público, que serão avaliadas pela oferta, ou não, das seguintes possibilidades: a) atendimento em escritório do prestador; CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
b) sistema “0800” para atendimento telefônico aos usuários; c) atendimento personalizado domiciliar, ou seja, o funcionário do
prestador, deverá atuar como representante da administração junto aos usuários, prestando informações de natureza comercial sobre o serviço, sempre que solicitado. Para tanto o prestador deverá treinar sua equipe de agentes comerciais, fornecendo-lhes todas as indicações e informações sobre como proceder nas diversas situações que se apresentarão; d) programas de computadores de controle e gerenciamento do
atendimento que deverão ser computadores do prestador;
processados em rede de
O quesito previsto neste fator poderá ser avaliado pela disponibilização ou não das estruturas elencadas, e terá os seguintes valores:
196
Quadro 28 – Estrutura de atendimento ao público.
Estrutura de atendimento ao público
Valor
1 (uma) ou menos estruturas
0
2 (duas) ou 3 (três) estruturas
0,5
as 4 (quatro) estruturas
1
Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento.
III - FATOR 3 - adequação da estrutura de atendimento em prédio(s) do prestador que será avaliada pela oferta ou não das seguintes possibilidades: a) Facilidade de estacionamento de veículos ou existência de estacionamento próprio; b) Facilidade de identificação; c) Conservação e limpeza; d) Coincidência do horário de atendimento com o da rede bancária local;
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
e) Número máximo de atendimentos diários por atendente menor ou igual a 50 (cinquenta); f) Período de tempo médio entre a chegada do usuário ao escritório e o início do atendimento menor ou igual a 30 (trinta) minutos; g) Período de tempo médio de atendimento telefônico no sistema “0800” menor ou igual a 5 (cinco) minutos; Este fator será avaliado pelo atendimento ou não dos itens elencados, e terá os seguintes valores:
197
Quadro 29 – Adequação da estrutura.
Adequação da estrutura de atendimento ao público
Valor
Atendimento de 3 (três) ou menos itens
0
Atendimento de 4 (quatro) a 5 (cinco) itens
0,5
Atendimento de 6 (seis) a 7 (sete) itens
1
Fonte: Adaptado a partir do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento.
Com base nas condições definidas nos itens anteriores, o Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público IESAP será calculado de acordo com a seguinte fórmula:
IESAP = 3 x (Valor Fator 1) + 4 x (Valor Fator 2) + 3 x (Fator 3)
O sistema de prestação de serviços e atendimento ao público do prestador, a ser avaliado anualmente pela média dos valores apurados mensalmente, será considerado: CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
I - inadequado se o valor do IESAP for igual ou inferior a 5 (cinco); II - adequado se for superior a 5 (cinco), com as seguintes
gradações: III - regular se superior a 5 (cinco) e menor ou igual a 6 (seis); IV - satisfatório se superior a 6 (seis); Metas: A partir de 2016 – IESAP = Adequado a Regular A partir de 2019 - IESAP = Adequado a Satisfatório
Indicadores de Nível de Qualidade percebidas pelo Usuário A verificação dos resultados obtidos pelo prestador será feita anualmente, até o mês de dezembro, através de uma pesquisa de opinião realizada por empresa independente, capacitada para a execução do serviço ou instituição de ensino superior conveniada com a PMC.
198
A pesquisa a ser realizada deverá abranger um universo representativo de usuários que tenham tido contato devidamente registrado
com
o
prestador,
no
período
de
3
(três)
meses
a n t e r i o r e s à realização da pesquisa.
Os usuários deverão ser selecionados aleatoriamente, devendo, no entanto, ser incluídos no universo da pesquisa, os três tipos de contato possíveis: I - atendimento via telefone; II - atendimento personalizado; III - atendimento na ligação para execução de serviços diversos.
Para cada tipo de contato o usuário deverá responder a questões que avaliem objetivamente o seu grau de satisfação em relação ao serviço prestado e ao atendimento realizado. Assim, entre CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
outras, o usuário deverá ser questionado: I - se o funcionário foi educado e cortês; II - se o funcionário resolveu satisfatoriamente suas solicitações; III - se o serviço foi realizado a contento e no prazo compromissado; IV- se, após a realização do serviço, o pavimento e/ou instalações públicas foram adequadamente reparados e o local limpo; V - outras questões de relevância poderão ser objeto de formulação, procurando inclusive atender a condições peculiares. As
respostas
a
essas
questões
devem
ser
computadas
considerando-se 5 (cinco) níveis de satisfação do usuário: I – ótimo; II – bom; III - regular; IV – ruim; V – péssimo. A compilação dos resultados às perguntas formuladas, sempre considerando
o
mesmo
valor
relativo
para
cada
pergunta 199
independentemente
da
natureza
da
questão
ou
do
usuário
pesquisado, deverá resultar na atribuição de porcentagens de classificação
do
universo
de
amostragem
em
cada
um
dos
conceitos acima referidos.
Os
resultados
obtidos
pelo
prestador
serão
considerados
adequados se a soma dos conceitos ótimo e bom corresponderem a 70% (setenta por cento) ou mais do total, onde este resultado representa o indicador ISC (Índice de satisfação do cliente).
Metas sugeridas: Até 2018 - ISC=50 % - Curto Prazo Até 2024 - ISC=70 % - Médio Prazo Até 2035 - ISC superior a 90 % - Longo Prazo. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
200
Referências Bibliográficas ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 1985. Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos: NBR-8419. ABNT: Rio de Janeiro, 9p. ABLP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LIMPEZA PÚBLICA. Guia de orientação para adequação dos Municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Disponível em http://www.ablp.org.br/pdf/Estudo_Selur_2014_final.pdf. Acesso em setembro. 2014. ______. Três anos após a regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): seus gargalos e superações. Disponível em http://www.ablp.org.br/pdf/Guia_PNRS_11_alterado.pdf. Acesso em setembro. 2014. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2013. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. São Paulo. 112 p. 2014. Disponível em <http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2013.pdf>. Acesso em: 10 de outubro de 2014. ______. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2010. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. São Paulo. 200 p. 2011. Disponível em http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2010.pdf. Acesso em 06 de maio de 2014. ______. Resíduos Sólidos: Manual das Boas Práticas no Planejamento . ed. Português. Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. São Paulo. 106 p. 2014. Disponível em 201
http://www.abrelpe.org.br/arquivos/manual_portugues_2013.pdf. Acesso em 04 de novembro de 2014. BRASIL. Lei nº. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Brasília, 27 de abril de 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9795.htm>. Acesso em 14 julho 2014.
______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> . Acesso em 20 outubro 2014. ______. Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. DOU, publicado em 11.01.2007. ______. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. DOU, publicado em 03.08.2010. ______. Decreto 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. DOU, publicado em 23.12.2010.
202
______. Panorama do Saneamento Básico no Brasil - Visão estratégica para o futuro do saneamento básico no Brasil. Volume nº VI – Versão preliminar. Ed. Ministério das Cidades. 224p. ______. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306 de 07/12/2004. ______. CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução CONAMA no 358 de 29/04/2005. CETESB. Manual de operação de aterro sanitário em valas. Aruntho Savastano Neto ... [et al.]. – São Paulo : CETESB, 2010. 24 p. : il. color. 26,5 x 19,5 cm Projeto Ambiental Estratégico Lixo Míni. Governo do Estado do Ceará. Municípios Cearenses, 2013. Disponível em: http://www.ceara.gov.br/municipios-cearenses/782-municipiosCÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
com-a-letra-c#munic-pio-crate-s. Acesso em 28 de maio de 2014. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2008. Coordenação de População e Indicadores Sociais - Rio de Janeiro: IBGE, 2010. 222p. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico, 2010. Disponível em: www.cidades.ibge.gov.br. Acesso em: 26 maio 2014. IPECE, Perfil Básico Municipal, 2013. Disponível em: www.ipece.ce.gov.br/publicacoes. Acesso em 26 maio 2014. LOVATO, P.S. Verificação dos parâmetros de controle de agregados reciclados de resíduos de construção e demolição para utilização em
203
concreto. 2007. 182f. Dissertação (Mestrado em engenharia civil) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2007. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS 2008 – publicado em 2010. Disponível em http://www.censo2010.ibge.gov.br/ Acesso em 10/06/2014. NUNES, Denise Silva. Educação ambiental: Perspectivas e desafios na sociedade de risco. Âmbito Jurídico, Rio Grande, v. XIII, n. 75, abr. 2010. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7 349>. Acesso em: 12 fev. 2014. PINTO, T. P. Utilização de resíduos de construção. Estudo do uso em argamassas. 1986. 140 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia) Departamento de Arquitetura e Planejamento da Universidade de São CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Paulo, São Carlos. Prefeitura Municipal de Crateús . Diagnóstico do Plano de Saneamento Básico de Crateús, 2014. Versão Preliminar. SEDUC, Índices educacionais, 2010. Disponível em: portal.seduc.ce.gov.br. Acesso em: 28 maio 2014 SESA, Índices de saúde, 2012. Disponível em: www.saude.ce.gov.br. Acesso em: 28 maio 2014. SiBCES, Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, 2006. Disponível em: http://www.agrolink.com.br/downloads/sistema-brasileiro-declassificacao-dos-solos2006.pdf. Acesso em 27 de maio de 2014. UNEP, 2007. Integrated Solid Waste Management Plan: Set of Guidelines for Practitioners. United Nations Environmental Programme Division of 204
Technology, Industry and Economics International Environmental Technology Centre Osaka/Shiga, Japan, 2007. UNEP; Instituto Venturi Para Estudos Ambientais, 2009. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Novo Hamburgo, RS. Vol. 1. Disponível em http://www.unep.or.jp/ietc/GPWM/data/T3/IS_5_1_ISWM_VOLUME_I.pdf. Acesso em 10 de setembro de 2014. UN-HABITAT, 2009. Planning Sustainable Cities: Global Report on Human Settlements 2009. 2006 p. United Nations Human Settlements Programme. USA, 2009.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
205
ANEXOS ANEXO 1 – REGISTROS FOTOGRÁFICOS ANEXO 2 – LEGISLAÇÃO APLICADA A RESÍDUOS SÓLIDOS ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO APLICADO
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
206
ANEXO 1 – REGISTROS FOTOGRÁFICOS 1) Reunião do Grupo de Trabalho(GT) Executivo
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
2) Visita Técnica da Equipe do Instituto Venturi ao Município de Crateús
Fonte: SEMAM e Instituto Venturi
207
3) Reunião do Grupo de Trabalho(GT) Suporte
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: SEMAM e Instituto Venturi
4) Convite para a Audiência Pública
208
5) Público presente
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: SEMAM e Instituto Venturi
209
6) Caracterização e Quantificação dos Resíduos no ponto de disposição
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: SEMAM e Instituto Venturi
210
7) Caracterização e Quantificação dos Resíduos no ponto de geração
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: SEMAM e Instituto Venturi
211
8) Curso de Capacitação em Educação Ambiental para Professores da rede pública de ensino
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: SEMAM e Instituto Venturi
212
9) Oficina de eletroeletrônicos para catadores, estudantes e professores.
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: SEMAM e Instituto Venturi
213
10) Curso de Licitações e Compras Sustentáveis para servidores municipais.
11) LEVE - Local de Entrega Voluntária Escolar CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: SEMAM e Instituto Venturi
214
12) Galpão da Associação de Catadores - RECICRATIÚ
13) Lixão CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Fonte: SEMAM e Instituto Venturi
215
ANEXO 2 – LEGISLAÇÃO APLICADA A RESÍDUOS SÓLIDOS A lista abaixo não é exaustiva, tendo por finalidade apenas facilitar o trabalho dos gestores na identificação das principais normas aplicáveis ao tema.
Legislação geral ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos sólidos – Classificação. Rio de Janeiro. 2004. BRASIL. Decreto nº 6.017, de 17 de janeiro de 2007. Regulamenta a Lei nº 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos. ______. Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei Federal nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007. ______. Decreto nº 7.390, de 09 de dezembro de 2010. Regulamenta os arts. 6º, 11 e 12 da Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC). CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
______. Decreto nº 7.619, de 21 de novembro de 2011. Regulamenta a concessão de crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI na aquisição de resíduos sólidos. ______. Decreto nº 7404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010. ______. Lei nº 11.107, de 06 de abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos. ______. Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. ______. Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional sobre a mudança do clima. ______. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Resolução nº 313, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.
216
Resíduos Sólidos Domiciliares (secos, úmidos e indiferenciados) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10005: Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólido. Rio de Janeiro, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10006: Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 10007: Amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 1298: Líquidos livres - Verificação em amostra de resíduos - Método de ensaio. Rio de Janeiro, 1993. ______. NBR 13221: Transporte terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010. ______. NBR 13334: Contentor metálico de 0,80 m³, 1,2 m³ e 1,6 m³ para coleta de resíduos sólidos por coletores-compactadores de carregamento traseiro – Requisitos. Rio de Janeiro, 2007. ______. NBR 13463: Coleta de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 1995. ______. NBR 13591: Compostagem – Terminologia. Rio de Janeiro, 1996. ______. NBR 13896: Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 1997. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
______. NBR 13999: Papel, cartão, pastas celulósicas e madeira - Determinação do resíduo (cinza) após a incineração a 525°C. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 14283: Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método respirométrico. Rio de Janeiro, 1999. ______. NBR 14599: Requisitos de segurança para coletores-compactadores de carregamento traseiro e lateral. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 15849: Resíduos sólidos urbanos – Aterros sanitários de pequeno porte – Diretrizes para localização, projeto, implantação, operação e encerramento. Rio de Janeiro, 2010. ______. NBR 8849: Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos – Procedimento. Rio de Janeiro, 1985. ______. Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006. Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às cooperativas. ______. Decreto nº 7.405, de 23 de dezembro de 2010. Institui o Programa PróCatador.
217
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva. ______. Resolução nº 316, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. Alterada pela Resolução nº 386 de 27 de dezembro de 2006. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 378, de 19 de outubro de 2006. Define os empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental nacional ou regional para fins do disposto no inciso III, § 1o, art. 19 da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e dá outras providências. ______. Resolução nº 386, de 27 de dezembro de 2006. Altera o art. 18 da Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002 que versa sobre tratamento térmico de resíduos. ______. Resolução nº 404, de 11 de novembro de 2008. Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos. ______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Resíduos de limpeza corretiva ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 1299: Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos – Terminologia. Rio de Janeiro, 1993. ______. NBR 13463: Coleta de resíduos sólidos. Rio de Janeiro, 1995.
Resíduos Verdes ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13999: Papel, cartão, pastas celulósicas e madeira - Determinação do resíduo (cinza) após a incineração a 525°C. Rio de Janeiro, 2003.
Resíduos Volumosos ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004.
218
______. NBR 13896: Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 1997. ______. NBR 15112: Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004.
Resíduo de Construção Civil ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13221: Transporte terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15112: Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e triagem Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 15113: Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes Aterros - Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 15114: Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de reciclagem Diretrizes para projeto, implantação e operação. Rio de Janeiro, 2004. ______. NBR 15115: Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos. Rio de Janeiro, 2004. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
______. NBR 15116: Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos. Rio de Janeiro, 2004. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA Resolução CONAMA nº 431, de 24 de maio de 2011. Altera o art. 3º da Resolução nº 307, de 05 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, estabelecendo nova classificação para o gesso. ______. Resolução nº 307 de 05 de julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Alterada pelas Resoluções 348, de 16 de agosto de 2004, e nº 431, de 24 de maio de 2011. ______. Resolução nº 348 de 16 de agosto de 2004. Altera a Resolução CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos.
Resíduos de Serviços de Saúde ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12807: Resíduos de serviços de saúde – Terminologia. Rio de Janeiro, 1993.
219
______. NBR 12808: Resíduos de serviço de saúde – Classificação. Rio de Janeiro, 1993. ______. NBR 12810: Coleta de resíduos de serviços de saúde – Procedimento. Rio de Janeiro, 1993. ______. NBR 13221: Transporte terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010. ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14652: Coletortransportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde - Requisitos de construção e inspeção - Resíduos do grupo A, 2001. ______. NBR 15051: Laboratórios clínicos - Gerenciamento de resíduos. Rio de Janeiro, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE VIGILANCIA SANITÁRIA – ANVISA. Resolução nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 006, de 19 de setembro de 1991. Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
______. Resolução nº 316, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. Alterada pela Resolução nº 386, de 27 de dezembro de 2006. ______. Resolução nº 330, de 25 de abril de 2003. Institui a Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos. Alterada pelas Resoluções nº 360, de 17 de maio 2005 e nº 376, de 24 de outubro de 2006. ______. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
Resíduos Eletroeletrônicos ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10157: Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação – Procedimento. Rio de Janeiro, 1987. ______. NBR 11175: Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho – Procedimento. Rio de Janeiro, 1990. ______. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.
220
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 023, de 12 de dezembro de 1996. Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos. Alterada pelas Resoluções nº 235, de 07 de janeiro 1998, e nº 244, de 16 de outubro de 1998. ______. Resolução nº 228, de 20 de agosto de 1997. Dispõe sobre a importação de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 401, de 04 de novembro de 2008. Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. Alterada pela Resolução nº 424, de 22 de abril de 2010. ______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Resíduos Pilhas e Baterias ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉNICAS. NBR 10157: Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação – Procedimento. Rio de Janeiro, 1987. ______. NBR 11175: Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho – Procedimento. Rio de Janeiro, 1990. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
______. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 023, de 12 de dezembro de 1996. Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos. Alterada pelas Resoluções nº 235, de 07 de janeiro de 1998, e nº 244, de 16 de outubro de 1998. ______. Resolução nº 228, de 20 de agosto de 1997. Dispõe sobre a importação de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo. ______. Resolução nº 401, de 04 de novembro de 2008. Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. Alterada pela Resolução nº 424, de 22 de abril de 2010. ______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.
221
Resíduos Lâmpadas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10157: Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação – Procedimento. Rio de Janeiro, 1987. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.
Resíduos Pneumáticos ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10157: Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação – Procedimento. Rio de Janeiro, 1987. ______. NBR 12235: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento. Rio de Janeiro, 1992. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
______. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 008, de 19 de setembro de 1991. Dispõe sobre a entrada no país de materiais residuais. ______. Resolução nº 416, de 30 de setembro de 2009. Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. ______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.
Resíduos Sólidos de Cemitérios CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 368, de 28 de março de 2006. Altera dispositivos da Resolução nº 335, de 03 de abril de 2003, que dispõe sobre o licenciamento ambiental de cemitérios. Alterada pela Resolução nº 402, de 17 de novembro de 2008.
222
Resíduos dos serviços públicos de saneamento ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13221: Transporte terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7166: Conexão internacional de descarga de resíduos sanitários - Formato e dimensões. Rio de Janeiro, 1992. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 005, de 05 de agosto de 1993. Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Alterada pela Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. ______. Resolução nº 005, de 15 de junho de 1988. Dispõe sobre o licenciamento de obras de saneamento básico. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Alterada pelas Resoluções nº 370, de 06 de abril de 2006, nº 397, de 03 de abril de 2008, nº 410, de 04 de maio de 2009, e nº 430, de 13 de maio de 2011. ______. Resolução nº 375, de 29 de agosto de 2006. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. Retificada pela Resolução nº 380, de 31 de outubro de 2006. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
______. Resolução nº 380, de 31 de outubro de 2006. Retifica a Resolução CONAMA nº 375 de 29 de agosto de 2006 - Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. ______. Resolução nº 410, de 04 de maio de 2009. Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, e no Art. 3º da Resolução nº 397, de 03 de abril de 2008. ______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. ______. Resolução nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA.
223
Resíduos de Drenagem ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13221: Transporte terrestre de resíduos. Rio de Janeiro, 2010. ______. NBR 7166: Conexão internacional de descarga de resíduos sanitários Formato e dimensões. Rio de Janeiro, 1992. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 005, de 05 de agosto de 1993. Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Alterada pela Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. ______. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Alterada pelas Resoluções nº 370, de 06 de abril de 2006, nº 397, de 03 de abril de 2008, nº 410, de 04 de maio de 2009, e nº 430, de 13 de maio de 2011. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 375, de 29 de agosto de 2006. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. Retificada pela Resolução nº 380, de 31 de outubro de 2006. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
______. Resolução nº 380, de 31 de outubro de 2006. Retifica a Resolução CONAMA nº 375 de 29 de agosto de 2006 - Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. ______. Resolução nº 410, de 04 de maio de 2009. Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, e no Art. 3º da Resolução nº 397, de 03 de abril de 2008. ______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. ______. Resolução nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA.
224
Resíduos Industriais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11175: Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho – Procedimento. Rio de Janeiro, 1990. ______. NBR 12235: Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento. Rio de Janeiro, 1992. ______. NBR 14283: Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método respirométrico. Rio de Janeiro, 1999. ______. NBR 8418: Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8911: Solventes Determinação de material não volátil - Método de ensaio. Rio de Janeiro, 1985. ______. NBR ISO 14952-3: Sistemas espaciais - Limpeza de superfície de sistemas de fluido. Parte 3: Procedimentos analíticos para a determinação de resíduos não voláteis e contaminação de partícula. Rio de Janeiro, 2006. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 008, de 19 de setembro de 1991. Dispõe sobre a entrada no país de materiais residuais. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 023, de 12 de dezembro de 1996. Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos. Alterada pelas Resoluções nº 235, de 07 de janeiro de 1998, e nº 244, de 16 de outubro de 1998. ______. Resolução nº 228/1997. Dispõe sobre a importação de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo. ______. Resolução nº 235, de 07 de janeiro de 1998. Altera o anexo 10 da Resolução CONAMA nº 23, de 12 de dezembro de 1996. ______. Resolução nº 362, de 23 de junho de 2005. Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado. ______. Resolução nº 401, de 04 de novembro de 2008. Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. Alterada pela Resolução nº 424, de 22 de abril de 2010. ______. Resolução nº 420, de 28 de dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.
225
Resíduos de serviços de transporte CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 005, de 05 de agosto de 1993. Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Alterada pela Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005.
Resíduos agrosilvopastoris CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 334, de 03 de abril de 2003. Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. ----------------------------------------------------------
a) Leis, decretos e instruções federais DECRETO 50.877, DE 29 DE JUNHO DE 1961 Dispõe sobre o lançamento de resíduos tóxicos ou oleosos nas águas interiores ou litorâneas do país e dá outras providências. LEI 6.437, DE 20 DE AGOSTO DE 1977 Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
PORTARIA INTERMINISTERIAL 53 DE 01 DE MARÇO DE 1979 Dispõe sobre resíduos de risco e dá providências. LEI 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. LEI FEDERAL 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985 Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e dá outras providências. LEI 7.802, DE 11 DE JULHO DE 1989 Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. DECRETO 98.816, DE 11 DE JANEIRO DE 1990 Regulamenta a Lei 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
226
importação e exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. DECRETO 99.274, DE 6 DE JUNHO DE 1990 Regulamenta a Lei 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências. LEI 8.666, 21 DE JUNHO DE 1993 Estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços (inclusive de publicidade), compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. LEI 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995 Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previsto no artigo 175 da Constituição Federal, e dá outras providências. LEI 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 Tipifica e estabelece sanções aos crimes ambientais DECRETO 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999 Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
DECRETO 3.694, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2000 Altera e inclui dispositivos ao Decreto 98.816, de 11 de janeiro de 1990, que dispõe sobre o controle e a fiscalização de agrotóxicos, e dá outras providências. INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA 2, DE 19 DE SETEMBRO DE 2000 Institui, no âmbito do IBAMA, o Cadastro de Produtores e Importadores de Pilhas e Baterias e dá outras providências. LEI 10.165, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2000 Altera a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. LEI 9.966, DE 28 DE ABRIL DE 2000 Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. LEI 9.974, DE 6 DE JUNHO DE 2000 Altera a Lei 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
227
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. LEI 10.165, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2000 Altera a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. DECRETO 3.828, DE 31 DE MAIO DE 2001 Altera e inclui dispositivos ao Decreto 98.816, de 11 de janeiro de 1990, que dispõe sobre o controle e a fiscalização de agrotóxicos e dá outras providências. INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA 10, DE 17 DE AGOSTO DE 2001 Estabelece que as pessoas físicas e jurídicas constantes dos Anexos I e II da mesma IN, que se dedicam à consultoria técnica relacionada a questões ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividade efetiva, ou potencialmente poluidoras e as que se dedicam às atividades potencialmente poluidoras e/ou extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora, são obrigadas a inscrição no Cadastro Técnico Federal, instituídos pelo art. 17, incisos I e II, da Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, quando será emitido o Certificado Provisório com validade até 31 de março de 2002. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA 08 DE 15 DE MAIO DE 2002 Institui, no âmbito do IBAMA, os procedimentos necessários ao cumprimento da Resolução CONAMA 258, de 26 de agosto de 1999, quanto ao cadastramento de fabricantes e importadores de pneumáticos para uso em veículos automotores e bicicletas, assim como o cadastramento de processadores e destinadores de pneumáticos de veículos automotores e bicicletas. INSTRUÇÃO NORMATIVA 08 DE 18 DE SETEMBRO DE 2002 Disciplina o procedimento para aplicação de sanções administrativas por condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e para a defesa e o sistema recursal e a cobrança de créditos de natureza tributária e não tributária para com a Autarquia. INSTRUÇÃO NORMATIVA 22 DE 26 DE SETEMBRO DE 2002 Cadastro nacional de fabricantes e importadores de pilhas. LEI 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público privada no âmbito da administração pública. LEI 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005 Dispõe sobre normais gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências.
228
DECRETO 5.940, DE 29 DE OUTUBRO DE 2006 Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências. DECRETO 6.017, DE 17 DE JANEIRO DE 2007 Regulamenta a Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos. LEI 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico DECRETO 7.217, DE 21 DE JUNHO DE 2010. Regulamenta a Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências. LEI 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências. DECRETO 7.404, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2010 Regulamenta a Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
b) Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente RESOLUÇÃO CONAMA 5, DE 20 DE NOVEMBRO DE 1985 Dispõe sobre o licenciamento das atividades de transporte, estocagem e uso de pentaclorofenol e pentaclorofenato de sódio. RESOLUÇÃO CONAMA 1, DE 23 DE JANEIRO DE 1986 Institui o Relatório de Impacto Ambiental e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA 6, DE 24 DE JANEIRO DE 1986 Dispõe sobre a aprovação de modelos para publicação de pedidos de licenciamento. RESOLUÇÃO CONAMA 11, DE 18 DE MARÇO DE 1986 Acrescenta o inciso XVII ao artigo 2, da Resolução CONAMA 001, de 23 de janeiro de 1986. RESOLUÇÃO CONAMA 7, DE 16 DE SETEMBRO DE 1987 Dispõe sobre a alteração da Resolução no 7/87, que dispõe sobre a regulamentação do uso de amianto / asbestos no Brasil.
229
RESOLUÇÃO CONAMA 9, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1987 Dispõe sobre a realização de Audiências Públicas no processo de licenciamento ambiental. RESOLUÇÃO CONAMA 1, DE 13 DE JUNHO DE 1988 Dispõe sobre o Cadastro Técnico Federal de atividades e instrumentos de defesa ambiental. RESOLUÇÃO CONAMA 5, DE 15 DE JUNHO DE 19 Identifica e dispõe sobre Obras Sujeitas a Licenciamento. RESOLUÇÃO CONAMA 2, DE 22 DE AGOSTO DE 1991 Dispõe sobre o tratamento a ser dado às cargas deterioradas, contaminadas ou fora de especificações. RESOLUÇÃO CONAMA 6, DE 19 DE SETEMBRO DE 1991 Desobriga a incineração de resíduos sólidos de serviços de saúde como única forma de tratamento. RESOLUÇÃO CONAMA 8, DE 19 DE SETEMBRO DE 1991 Veda a entrada no país de materiais residuais destinados à disposição final e incineração no Brasil. RESOLUÇÃO CONAMA 5, DE 05 DE AGOSTO DE 1993 Estabelece classificação e procedimentos relativos a resíduos de portos e aeroportos bem como a resíduos provenientes de serviços de saúde. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
RESOLUÇÃO CONAMA 24, DE 07 DE DEZEMBRO DE 1994 Regulamenta importação de produtos radioativos no país. RESOLUÇÃO CONAMA 19, DE 24 DE OUTUBRO DE 1996: Regulamenta a impressão em amianto no país. RESOLUÇÃO CONAMA 23, DE 12 DE DEZEMBRO DE 1996 Regulamenta a importação de resíduos. RESOLUÇÃO CONAMA 228, DE 20 DE AGOSTO DE 1997 Regulamenta a importação de sucata de chumbo; RESOLUÇÃO CONAMA 237, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997 Regulamenta o licenciamento ambiental no país. RESOLUÇÃO CONAMA 235, DE 7 DE JANEIRO DE 1998 Altera a Resolução 23 de 1996 sobre a importação de resíduos. RESOLUÇÃO CONAMA 241, DE 30 DE JUNHO DE 1998 Estabelece limites de emissões de poluentes. RESOLUÇÃO CONAMA 244, DE 16 DE OUTUBRO DE 1998 Altera a Resolução 23 de 1996 sobre a importação de resíduos.
230
RESOLUÇÃO CONAMA 264, DE 26 DE AGOSTO DE 1999 Regulamenta licenciamento Co-Processamento Fornos Clínquer. RESOLUÇÃO CONAMA 267, DE 14 DE SETEMBRO DE 2000 Regulamenta o uso de substâncias que destroem a camada de ozônio. RESOLUÇÃO CONAMA 273 DE 29 DE NOVEMBRO 2000 Regulamenta o licenciamento de postos de combustíveis. RESOLUÇÃO CONAMA 275, DE 25 DE ABRIL 2001 Estabelece a padronização para cores de recipientes para resíduos sólidos. RESOLUÇÃO CONAMA 276, DE 25 DE ABRIL DE 2001. Prorroga o prazo para licenciamento de postos de combustíveis. RESOLUÇÃO CONAMA 281, DE 12 DE JULHO DE 2001 Dispõe sobre modelos de publicação de pedidos de licenciamento. RESOLUÇÃO CONAMA 305, DE 12 DE JUNHO DE 2002 Dispõe sobre licenciamento ambiental, estudo de impacto, ambiental e relatório de impacto no meio ambiente de atividades e empreendimentos com organismos geneticamente modificados e seus derivados. RESOLUÇÃO CONAMA 306, DE 5 DE JULHO DE 2002 Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
RESOLUÇÃO CONAMA 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. RESOLUÇÃO CONAMA 313, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002 Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos. RESOLUÇÃO CONAMA 314, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002 Dispõe sobre o registro de produtos destinados à remediação e dá outras providências. RESOLUÇÃO 316, DE 29 DE OUTUBRO DE 2002 Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. RESOLUÇÃO CONAMA 319, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2002 Dá nova redação à Resolução 273/2000 sobre prevenção e controle da poluição em postos de combustíveis. RESOLUÇÃO CONAMA 334, DE 3 DE ABRIL DE 2003 Estabelece procedimentos licenciamento ambiental para embalagens de agrotóxicos.
231
RESOLUÇÃO CONAMA 335, DE 3 DE ABRIL DE 2003 Dispõe de procedimentos para o licenciamento ambiental de cemitérios. RESOLUÇÃO CONAMA 340, DE 25 DE SETEMBRO DE 2003 Dispõe sobre a utilização de cilindros para envazamento de gases que destroem a camada de ozônio e dá outras providencias. RESOLUÇÃO CONAMA 344, DE 25 DE MARÇO DE 2004 Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos mínimos para avaliação do material a ser dragado em áreas jurisdicionais brasileiras e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA 348, DE 16 DE AGOSTO DE 2004 Altera a Resolução 307 de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. RESOLUÇÃO CONAMA 358, DE 29 DE ABRIL DE 2005 Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA 362, DE 23 DE JUNHO DE 2005 Regulamenta o uso para re-refino do óleo lubrificante. RESOLUÇÃO CONAMA 368, DE 28 DE MARÇO DE 2006 Altera dispositivos da Resolução n o 335, de 3 de abril de 2003, que dispõe sobre o licenciamento ambiental de cemitérios. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
RESOLUÇÃO CONAMA 371, DE 5 DE JUNHO DE 2006 Estabelece diretrizes aos órgãos ambientais para o cálculo, cobrança, aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos advindos de compensação ambiental, conforme a Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-SNUC e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA 375, DE 29 DE AGOSTO DE 2006 Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA 377, DE 9 DE OUTUBRO DE 2006 Dispõe sobre licenciamento ambiental simplificado de Sistemas de Esgotamento Sanitário. RESOLUÇÃO CONAMA 378, DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 Define os empreendimentos potencialmente causadores de impacto ambiental nacional ou regional para fins do disposto no inciso III, § 1º, art. 19 da Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965, e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA 380, DE 31 DE OUTUBRO DE 2006 Altera o Anexo I, da Resolução nº 375, de 29 de agosto de 2006.
232
RESOLUÇÃO CONAMA 381, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 Altera dispositivos da Resolução nº 306, de 5 de julho de 2002 e o Anexo II, que dispõe sobre os requisitos mínimos para a realização de auditoria ambiental. RESOLUÇÃO CONAMA 382, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2006 Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas. RESOLUÇÃO CONAMA 386, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2006 Altera o art. 18 da Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002 sobre sistemas de tratamento térmico de resíduos. RESOLUÇÃO CONAMA 401, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2008 mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. RESOLUÇÃO CONAMA 402, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2008 Altera os artigos 11 e 12 da Resolução 335, de 3 de abril de 2003, sobre licenciamento de cemitérios. RESOLUÇÃO CONAMA 404, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2008 Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos. RESOLUÇÃO CONAMA 416 DE 30 DE SETEMBRO DE 2009 Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
c) Resoluções e Portarias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária PORTARIA ANVISA 321, DE 28 DE JULHO DE 1997 Aprova as normas gerais para produtos desinfestantes domissanitários. PORTARIA ANVISA 344, DE 12 DE MAIO DE 1998 Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. RESOLUÇÃO RDC ANVISA 217, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2001 Aprova o Regulamento Técnico, Anexo a esta Resolução, com vistas à promoção da vigilância sanitária nos Portos de Controle Sanitário instalados no território nacional, embarcações que operem transportes de cargas e ou viajantes nesses locais, e com vistas à promoção da vigilância epidemiológica e do controle de vetores dessas áreas e dos meios de transporte que nelas circulam.
233
RESOLUÇÃO ANVISA RDC 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002 Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. RESOLUÇÃO ANVISA RDC 342, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002 Institui e aprova o Termo de Referência para elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos em portos, aeroportos, estações e passagens de fronteiras e terminais alfandegados de uso público a serem apresentados a ANVISA para análise e aprovação. RESOLUÇÃO ANVISA RDC 351, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2002 Gestão de Resíduos Sólidos em Portos, Aeroportos e Fronteiras. RESOLUÇÃO ANVISA RDC 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004 Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. RESOLUÇÃO ANVISA RDC 56, DE 6 DE AGOSTO DE 2008 Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos nas áreas de Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados. d) Leis, decretos e portarias estaduais do estado do Ceará CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Constituição Estadual. Arts. 259 a 271, “... proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas” (art. 259, II, XII), tratando ainda de política urbana e saneamento (arts. 271 e 289). O art. 15, incisos VI e IX, da Lei Maior Estadual, conferem competência comum à União, Estados e Municípios para o zelo com o meio ambiente e saneamento. Lei Estadual de nº 11.411/87, que estabelece a PEMA – Política Estadual de Meio Ambiente para o Estado do Ceará. Cria o COEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente e suas respectivas atribuições (art. 2º e seguintes); Cria a SEMACE – Superintendência Estadual do Meio Ambiente (art. 8º. e seguintes). Instrução Normativa SEMACE nº 2/2010 “regula os procedimentos para apuração de infrações administrativas por condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, a imposição das sanções, a defesa ou impugnação, o sistema recursal e a cobrança de multa e sua conversão em prestação de serviços de recuperação, preservação e melhoria da qualidade ambiental”. Lei nº 14.892/2011 que institui a Política Estadual de Educação Ambiental no Ceará. Decreto estadual nº 31.405/2014. Regulamenta a Lei nº 14.892/2011. Lei nº 13.103/2001 – cria a Política Estadual de Resíduos Sólidos.
234
Decreto nº 26.604/2002 – regulamenta a Lei nº 13.103/2001. Resolução COEMA nº 4 de 12/04/2012. Estabelece que o Licenciamento Ambiental no Estado do Ceará é regulamentado por meio de Resoluções expedidas pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente - COEMA, mediante Instruções Normativas e Portarias editadas pela SEMACE. Resolução COEMA nº O8/04. - Instrução técnica básica para o Licenciamento Ambiental. Instrução Normativa SEMACE nº 4, de 26/12/2013 estabelece normas e procedimentos a serem seguidos por ela “nas diversas etapas e fases do licenciamento ambiental dos empreendimentos, obras ou atividades utilizadores de recursos ambientais, potencial ou efetivamente poluidoras, bem como aqueles que causem, sob qualquer forma, degradação ambiental”. Lei Estadual nº 12.225/1993 considera a coleta seletiva e a reciclagem do resíduo como atividades ecológicas de relevância social e de interesse público no Estado. Lei Estadual nº 11.076/85, que dispõe sobre a fiscalização do comércio e controle do uso de Agrotóxicos e outros biocidas do Estado e dá outras providências. Lei Estadual nº 12.228/93 dispõe sobre o uso, a produção, o consumo, o comércio e o armazenamento dos agrotóxicos, seus componentes e afins bem como sobre a fiscalização do uso, de consumo, do comércio, do armazenamento e do transporte interno desses produtos. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Lei estadual nº 12.944/99, que dispõe sobre o descarte de pilhas de até 9 (nove) volts, de baterias de telefone celular e de artefatos que contenham metais pesados e dá outras providências. Lei Estadual nº 11.423/88, secunda disposição contida na Constituição Estadual, art. 259, XIX, de embargar reatores no território estadual, excetuados os que se destinem à pesquisa e ao uso terapêutico. Lei Estadual nº. 15.086/11 criou o Selo Verde para certificar produtos compostos de materiais reciclados. Recomendações do TCM – Tribunal de Contas dos Municípios, na gestão dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos nos municípios cearenses.
Legislação Municipal LOM - Lei Orgânica Municipal de 1.990 - Título VI, Capítulo V, trata do meio ambiente nos artigos 182 a 189, sendo os resíduos objeto do seu art. 185.
235
PPA – Plano Plurianual quadriênio 2014-2017 - possui quatro eixos de atuação para as políticas públicas, sendo eles: a) infraestrutura e meio ambiente; b) desenvolvimento social; c) desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda; d) gestão eficiente e participativa. As ações e programas ligados à política ambiental e resíduos sólidos está ligada ao primeiro eixo, mas guardando conexão com os demais. O PDDU - Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Crateús, Lei Municipal nº 453/2001 - determina em seu art. 37 que sejam incluídas no PPA as programações de investimento em obras de infraestrutura física. Leis Municipais nº 449/2001 e nº 453/2001, respectivamente, de Parcelamento do Solo Uso e Ocupação do Solo do município e Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU. Lei Municipal nº 450/2001 - Código de Obras e Posturas. Lei Municipal nº 566/2005 - cria o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – Condema. Lei Municipal nº 98/2010 – Cria a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM) de Crateús. Lei Municipal n º 134/2010 – Ratifica a celebração de Consórcio Municipal, com regulação intitulada Regimento Interno do Consórcio Municipal Para Aterro de Resíduos Sólidos – Unidade Crateús – Comares – UCR. CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Lei Municipal nº 203/2012, que tem entre seus fins promover a conscientização e a educação ambiental (art. 3º, inc. XXII). Lei Municipal n º 203/2012 - dispõe sobre a Política Ambiental do Município de Crateús. Lei Municipal nº 227/2012 - Trata do FUNDEMA – Fundo Municipal do Meio Ambiente. Lei Municipal nº 204/2012 - Institui o licenciamento ambiental e a taxa de licença ambiental, custos, análises e outros. Lei Municipal nº 248/2013 - Programa de Coleta Seletiva de Crateús, mediante convênio celebrado com a Associação de Catadores de materiais recicláveis de Crateús – Recicratiú.
236
ANEXO 3 – QUESTIONÁRIO APLICADO Contribuições para o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Gênero: ( )masculino ( )feminino Faixa Etária (idade): ( )15 - 21 ( )22 -28 ( )29 - 35 ( )36 - 45 ( )46 - 55 ( )acima de 55 Grau de Escolaridade: ( )primário ( )secundário ( )superior ( )nenhum Setor em que trabalha: ( )público ( )privado ( )estudante ( )aposentado ( )desempregado ( )diário oficial ( )ofício ( )rádio ( )site 1) Como você tomou conhecimento ( )colega/amigo ( )associação, entidade de dessa audiência? classe ou associação representativa de categoria ou setor da sociedade civil ( )escola ( )orgânico - recicláveis - rejeito ( )úmido - seco 2) Como os resíduos (lixo) gerados na ( )recicável - comum ( )não separo sua casa são separados? ( )outros_______________________ 3) Para onde vão os resíduos da ( )associação de catadores ( )aterro sanitário coleta seletiva de sua cidade? ( )lixão ( )outros______________________ 4) Para onde vão os residuos comuns ( )associação de catadores ( )aterro sanitário (coleta regular) da sua cidade? ( )lixão ( )outros________________________ As pilhas do seu radinho já estão nas últimas. E é dia de jogo de futebol do seu time favorito. Então, pilhas novas! 5) Mas... como você elimina as pilhas usadas? Resp.:__________________________________________________________________________ No inverno passado você tomou um remédio. Este ano a gripe lhe pegou e o médico receitou o mesmo medicamento. Você ainda tem meia caixa, mas ele está vencido. 6) Qual a destinação que você dá aos medicamentos vencidos? Resp.:__________________________________________________________________________ 7) O que é feito com o resto de comida (alimento) da sua casa? Resp.:__________________________________________________________________________ Batatinha frita é uma delícia, mas chega um ponto que o óleo "não dá mais". 8) Como você se livra do óleo usado? Resp.:__________________________________________________________________________ 9) Você conhece a Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil? ( )SIM ( )NÃO CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
Se preferir, escreva abaixo sua contribuição/sugestão para o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________
237
CÓPIA PARA CON SULTA PÚBLI CA
238