Atraversar

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ATRA VERSAR – de ANTONIO MIRANDA, livro-de-artista numa experimentação gráfica (arte verbal) de de 70 (setenta) poemas visuais montados em computador, composta. Montagem artensanal com capa dura e perfurada, de apenas 20 (vinte) exemplares montados e costurados pelo artista e co-editor da poexilio, Impressão em cores, 16,5x16 cm. Faz árte de um projeto com dois volumes independentes — este “Atra versar” e o “Atra verso”, com poemas experimentais manuscritos, os dois numa única caixa artesanal, edição de vinte exemplares exclusivos para bibliófilos e um deles depositado no acervo da Biblioteca Nacional de Brasília. Por último, os dois livros foram transformados em e-book, separadamente, sem restrições de cópias e divulgação em qualquer formato, parcial ou completamente, desde que citando a fonte.





antonio miranda

atraversar

poexilio 2016








MORTE vida é urgência. desfazer-se. AMPULHETA, sem recomeço reconheço SUA emergência emerge e afunda sem profundidade. CHEGUEI à idade da insolvência, da eternidade. a deus!

(Brasília, 16.03.2014)


É um jogo de xadrez sem pedras, só palavras. Sem vitória: ato contínuo, infinito insolúvel — da episteme X à doxa. PARADOXO... infinito até que, até quando para quem no Apocalipse. Elipse em contraponto!!!Sub terfúgios, disfarces, malen tendidos, enfrenta mentos. O dito pelo não dito — o mal dito e a fé sem questiona mentos.


ORIGINAL (estado ôntico) HÁ-DE SER


metamatemĂĄtico

—



velozes

voragens vozes


REBANHO Ó RAÇÃO !!! !! I


POR FAVOR, NÃO personalizem

DEUS com manto e cabelos brancos — pronto para morrer! (quero um deus vivo, jovem, seja branco ou preto, mulher, lá o que for)





eva: difusa progenitora: primeva musa. A HISTĂ“RIA nus enterrerĂĄ.







SIMULAÇÃO sim! variação genotípica — morfogênese processo quântico, mediante: mediando / convertendo (0x1) no par (1x0) DUAL


sexo simultâneo com 16 alternativas putativas! Algorítimos. Ritos ritmo processando paralelos em 4 bilhões de vaginas virtuais em 1 segundo... Mas apenas um orgasmo. SEM MÃOS, MÃES, perdão sem mais. (ESCROTÍNIOS)


MAL dito e-mail

na cara do narcisístico você longe de mim mens agem tru ação literária LIBERTÁRIA ... (tenho dito)



poesia do saber e do renovar além da mímesis Poïesis


MÁXIMAS 1. poema: exercício de finitude perscrutando além definitivo — precipício do ser 2. sondagens: margens deslizes imagens miragens do não! 3. personagens de ficção: lugares do jamais não obstante: persistir



FE DE RAÇÃO BRASIS


ARGILA “A invenção é uma reminiscência” Pierre Lévy

MEUS vestígios minerais materialidade de origem “meu território” ágoras virtuais coletivo desterritorializado ubiquidade interativa subjetividades transformadoras ir longe sem sair daqui buscar identidades em qualquer lugar (memória territorial) reconhecer-se, ser-se inseri / ações Voo Cuiabá – BSB 11/09/2015


de um deus para todos a um deus em cada um


OIKÓS*, ÓTICO “Pertencer é sempre diminuir suas potências de ser.” Pierre Lévy

as palavras potencializam e me agenciam meu nome no cartório no cartão de crédito qualificado no mapa estabele sendo condições rituais garante posições

* grego: casa


P (l) Á G I N A em vez de paráfrase no lugar da interpretação o e-gnorante copia corta-e-cola vê mas não lê e se lê não entende — entendeu?



DO PARTICULAR AO UNIVERSAL

mapas conceituais, fractais relacionais. Mais e mais: visĂŁo molecular, especular.


DEVIR devir de um coletivo dever solidário de dentro e não de fora mas em comunhão diálogo — logo, escuto! a visão não vem de lá: daqui: de confronto e interação.


CosmovisĂŁo. Sim e nĂŁo. No conjunto, ente e continente. UNIFICANTE, edificante na diversidade : ...


GOD Save the

Drag QUEEN de direito DIRETO sem preconceito


EM VEZ DE em vez do eu e do outro: os dois! quem é o outro? —“é alguém que sabe.” informa Pierre Lévy. Potências do ser — de solitário a solidário. Autoajuda ao contrário.



ENTE CIRCULANTE – MUTANTE Nômade até no coletivo: plural vendo-se no espelho do mundo — singular no plural plural nas singularidades! Ver-se vivo, viver! Pensar reflexivamente. Valendo-se de e desfazendo normas: normal é o excepcional. Lei universal faz bem e faz mal. Em m o v

i

m

e

n

t

o.


DIVERSIDADE é vista como adversidade pela TRA(D)IÇÃO TRADIÇÃO não aceita SIM ou não.


! Suportar o Mundo: Hércules do Saber. Aprender a dialogar, e a ouvir. Conhecer vi vendo. Mutante. Mas o LIVRO tem seu lugar — não é na estante. Livros, livres.


NÔMADES e mônadas —do arbitrário ao livrearbítrio TODOS CONTRA O TUDO: o absolutismo... de incerto a correto enquanto, durante...


SEM PARADIGMAS Parabrisas Em vez de uma vida linear, territorial Voar sem paraquedas! apenas causal ir ao fractal hologrรกfico multilateral intertextual

.


. multimodal

hipertextual

: anim (a) ção

em vez de ser apenas -------*nota de rodapé

.


AFOITA, AÇOITA o que se lhe interponha tudo que seja desigual : anormal é ser sempre igual. Petrarca: “pois sempre o igual vai o igual aumentar e até um contrário ao outro se acumula”.


B LOGOS

FERA

um vend aval de textos de m ensagens, cáos fertilizando poliniz ando O saber não é a penas acumul ativo. Além dos paradigmas cismas,

sismos:

ci r

c

u

l

a

n

d

o


QUE O ESTÉTICO NÃO SEJA APENAS ESTÁTICO ...


Desmesmizar Modelizar x Teorizar Simular em vez de Similar. De um lado a todo lugar de nunca para sempre de uma ciência para todas de um corpo para o coletivo e vice-versa: Imaginar alÊm do aqui — daqui para jamais!


em movimento permanente expandindo-se: o ser se multiplica, interage coletiviza-se, civiliza-se. “Construção do ser pelo poder”

Vaticina Pierre Lévy,

projetando-nos no ciberespaço. Do território para o universo de sempre para todo o sempre jamais, e mais e mais.


“Eu acho é pouco” diz o nordestino busco muito mais! Do território para o universo de sempre para todo o sempre jamais, e mais e mais.


VIVER em diferentes dimensões espaços que não são lugares fixos, recriáveis

cambiantes,


Diversos momentos e espaços na memória recorrente Corrente de vida em expansão — vir-a-ser e retroceder recuperar e reviver. Temporalidades.


PLURAL, mais do que Ăşnico. Alteridade. Individual no coletivo ver- se em outros ver- se a partir dos outros. Outridade.


Ver o poema animado: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/antonio_miranda_16_conversar.html


este livro não acaba: ainda nem começou prá valer vai daqui até nunca vem de sempre para jamais


até

onde

vai

este caminho sem volta? muitos versos eu não escrevi: o genocídio ainda nem terminou a Igreja reconheceu o irreconhecível? não é um talvez começo pela 22ª. edição


,

É,

VALHA esta que é VELHA : “não é diamante, é de amante”


muito além do bem (ainda) bem mal, aquém...

e também

NEM TUDO QUE RELUZ SEDUZ, JESUS avestruz cruz *


TUDO QUE É MONO é para os monos: monoteismo monocracia EU PREFIRO O POLÍGRAFO


Questão de opinião? Razão...

Argumentação... Sei não. (Prefiro:



VC EH A VIÚVA do Dinho (Mamonas assassinas!) Sou o irmão fac-símile do Donovan Nós não escapamos de rebanhos das galeras, das certificações comunhões, chavões — somos daquela Geração agora dicionarizada reinterpretada que nem nós mesmos entendemos


MORTE TEMOR


NA VELHICE sรณ (s) sobram os ide ais da juventude


PERSISTO NISTO ISTO : POESIA


POESIA ĂšTIL a poesia pode nos ensinar a plantar couve e como chegar Ă s estrelas : dos quanta aos quantos

daqui a todos os cantos



COLOFÃO Acabou-se de imprimir pela editora alternativa poexilio em Brasília, março de 2016, o projeto ATRA VER SAR. Escrito em 2015, composto por 70 poemas em experimentação gráfica (Arte Verbal) e digital, de (20) vinte exemplares compostos e costurados a mão, com os apoio do webdesiger Nildo na montagem do e-book e Zenilton Gayoso na arte final dos exemplares.





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