Campeonato Portugal Prio 1617 Guia Mediático Intermédio

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António Valente Cardoso

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Quem terá mais energia para subir?

Campeonato Portugal Prio – Busca da Salvaçao Com um campeonato desajustado, que continua a estrangular clubes, o salto para a LedmanLigaPro, o respectivo encaixe de receitas televisivas e a bem mais ampla visibilidade mediática são razões bastantes para procurar a subida a todo o custo

É norma nos media centro-europeus lançarem-se guias das ligas futebolísticas no início da época e na retoma após a habitual pausa invernal. Esta ideia segue esse exemplo. A 1.ª Fase viu uma equipa, menos mediatizada, fechar as 18 rondas sem perder, com 12 triunfos e seis empates, na Praia da Vitória, São Miguel, Açores, vendo os bracarenses de S. Pedro de Merelim perder somente o derradeiro encontro da fase regular, Merelinense que apenas havia empatado dois encontros antes. Mas haverá alguma constante, consegue-se perceber um trabalho continuado a nível de direcção, técnica e de gestão, que leve os clubes a estarem habitualmente entre os dois primeiros e disputarem o acesso ao segundo escalão do futebol luso?

Campeonato Portugal Prio – Campos de Oportunidades, Esperança e Desespero


António Valente Cardoso

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A tabela abaixo mostra os clubes que, ao longo das temporadas em que o Campeonato Nacional de Seniores/Campeonato de Portugal Prio, estiveram na decisão de subida. FASE DE SUBIDA Merelinense AD Oliveirense Amarante Marítimo B UD Oliveirense Salgueiros Gafanha Lus. Vildemoinhos Fátima Operário Praiense Torreense Sacavenense Real Massamá Farense Louletano Vizela Fafe Bragança Estarreja Vilaverdense Gondomar Anadia Pedras Rubras Cova da Piedade Casa Pia Benfica C. Branco União Leiria 1.º Dezembro Angrense Moura Famalicão Varzim Sousense Mirandela Cesarense Mafra Caldas AD Nogueirense Freamunde V. Guimarães B Boavista S. João Ver Limianos Oriental Sertanense Ferreiras

16/17 ZNS ZNS ZNS ZNS ZNS ZNS ZNS ZNS ZSS ZSS ZSS ZSS ZSS ZSS ZSS ZSS LLP LLP 4A 8C 3A 7C 3D 9B LLP 4G 5E 3E 7G 9F 4H LLP LLP 6C 7A 9C 3F 5F 8D LLP LLP LN AF Aveiro 9A 6G 4E AF Algarve

15/16 AF Braga 3B 6C 6A LLP 3C 9D 4D AF Santarém 3E 4ZS 7G 8G 4G LLP 6H 1ZN 2ZN 3ZN 4ZN 5ZN 6ZN 7ZN 8ZN 1ZS 2ZS 3ZS 5ZS 6ZS 7ZS 8ZS LLP LLP 9C 4A 5D LLP 3F 4E LLP LLP LN AF Aveiro 5A LLP 7F AF Algarve

14/15 AF Braga 5B 6B LLP LLP 6ZN 9D 8ZN 8F 3ZS 5H 6F 6G AF Lisboa LLP 8ZS 3B 3ZN 5A 3D 3A 5C 6D 8C 3G 2ZS 4ZS 3F 7ZS 3H 6H 1ZN 2ZN 4ZN 5ZN 7ZN 1ZS 5ZS 6ZS LLP LLP LN 10D 9A LLP 4F 7H

13/14 AF Braga 6B 4C LLP LLP 5C AF Aveiro 8D 4F 3G 7G 7F AF Lisboa AF Lisboa LLP 7H 3ZN 3A 5ZN 10D 7A 3C 4D AF Porto 4H 4G 2ZS 3ZS 6G AF Açores 3H 8B 4B 8C 4A 7ZN 6ZS 6F 5E 1ZN 2ZN 4ZN 6ZN 8ZN 1ZS 4ZS 5ZS

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António Valente Cardoso Pinhalnovense Loures

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5H 5G

10H 3G

8G 5G

7ZS 8ZS

Aquilo que se constata observando o desempenho dos clubes presentes nas fases de subida de cada temporada, desde o término da III Divisão e rearranjo da II Divisão B em Campeonato Nacional de Seniores/Campeonato de Portugal Prio, é que os clubes que conseguiram subir tiveram, na sua maioria, um comportamento constante de topo, estando anteriormente na zona de acesso à subida ou falhando-a por pouco. Não deixa contudo de ser agradável verificar que em 64 ‘vagas’ nestas quatro temporadas couberam 49 emblemas distintos, o que sustenta de forma ainda mais evidente esta diversidade. Merelinense e Fátima, este com investidor estrangeiro e a retornar após breve passagem pelo distrital de Santarém, fogem à norma, passando directamente dos distritais para a fase de acesso à LedmanLigaPro. FASE DE SUBIDA TREINADORES Merelinense AD Oliveirense

16/17

15/16

14/15

13/14

Micael Sequeira Alexandre Ribeiro

Micael Sequeira Tonau

Hugo Santos António Carvalho

Pedro Pinto Ludgero Castro

Pedro Pinto João Luís Martins Ludgero Castro

UD Oliveirense

Pedro Miguel

Salgueiros

Paulo Gomes

Gafanha

Rui Amorim Filipe Cândido Nuno Pedro

Carlos Miguel

Filipe Gouveia Sérgio Ribeiro Carlos Miguel

Lus. Vildemoinhos

Rogério Sousa

Rui Cordeiro

Rui Cordeiro

Fátima

João Henriques Silveira Ramos

Artur Marques João Bastos Bruno Sousa Paulo S. Gomes Paulo J. Gomes Carlos Miguel Nuno Pedro Rui Cordeiro Sérgio Fonseca João Henriques

Pedro Rocha Paulo Vida Orlando Costa Fernando Ribeiro Pedro Pinto Carlos Graça Filipe Neto Rui Nascimento Ludgero Castro Artur Marques

Richard Branco Ricardo Monsanto

Nuno Domingos Bruno Saraiva Vasco Cordeiro Carlos Filipe Dias André Branquinho Manuel Chalana Francisco Faria Jorge Vicente Luís Brás Nuno Carvalho

Amarante Marítimo B

Operário Praiense

André Branquinho Francisco Agatão

André Branquinho Pedro Lima

André Branquinho Francisco Faria

Torreense

Rui Narciso

Filipe Moreira Rui Narciso Luís Morais Momade Akil

Filipe Moreira

Sacavenense

Tuck

Luís Silva

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Pedro Pinto Ivo Vieira

Henrique Nunes Artur Marques


António Valente Cardoso Real Massamá Farense Louletano

Vizela

Filipe Martins

Ivo Soares

Bragança

Ricardo Soares Rui Quinta Agostinho Bento Tonau Zé Gomes

Estarreja Vilaverdense

Sandro Botte António Barbosa

Gondomar Anadia

José Alberto Fernando Pereira

Pedras Rubras Cova da Piedade Casa Pia

Artur Alexandre Hélder Pereira Sérgio Boris Tiago Zorro

Benfica C. Branco

Ricardo António

Fafe

União Leiria

1.º Dezembro Angrense Moura

Famalicão

Varzim

Nuno Kata Rui Amorim José Martins Hugo Martins Miguel Prenda Eduardo Almeida Tiago Raposo

Ulisses Morais Nandinho

Sousense

Armando Evangelista João Eusébio Hélder Nunes

Mirandela

Pedro Monteiro

Cesarense

Joaquim Martelinho Manuel Monteiro

Mafra

Pedro Silva

Sports Expert Tuck Rui Sousa Jorge Prazeres Luís Manuel Eurico Gomes Ivo Soares Ricardo Soares

Agostinho Bento André David Sandro Botte Nelito Carlos Cunha José Alberto João Pedro Mariz Fernando Pereira António Pedro

Rui Sousa

João Silva Rui Sousa

Bruno Saraiva Luís Manuel

José Quadros Manuel Balela

Emanuel Simões Ricardo Soares Agostinho Bento

Emanuel Simões

Rui Vilarinho André David Sandro Botte Nelito José Alberto João Pedro Mariz António Pedro

Sérgio Boris Tuck Filipe Coelho Hugo Andriaça Rui Amorim Jorge Casquilha Nuno Kata

Sérgio Boris Sérgio Ricardo Bruno Baltazar Ricardo António

Pedro Silva Roldão Duarte

Paulinho João Sousa Roldão Duarte

Nuno Guia Nélson Santos Tiago Raposo Daniel Ramos

Bruno Ribeiro Rui Gregório Nuno Guia Daniel Ramos

Quim Berto Nuno Capucho Óscar Nogueira Hélder Nunes Nuno Barbosa Pedro Monteiro Joaquim Martelinho

Vítor Paneira Quim Berto Filipe Cândido

Joaquim Martelinho

Jorge Neves Jorge Paixão

Jorge Simão António Pereira

Rui Rodrigues Jorge Casquilha

Rui Amorim

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Agostinho Bento Rui Vilarinho Sandro Botte José Nuno Azevedo Tonau José Alberto Luís Simões Fernando Pereira António Pedro Sérgio Boris José Viriato Ricardo António Luís Bilro Rui Nascimento Rui Rodrigues Paulinho Roldão Duarte Joaquim Mendes Bruno Ribeiro José Vieira José Vilaça Daniel Ramos José Augusto Vítor Paneira Filipe Cândido Ricardo Chéu Nuno Lima Nuno Costa Rui França Luís Miguel Elói Zeferino Filipe Moreira


António Valente Cardoso Caldas AD Nogueirense Freamunde

José Vala Rui Vale Carlos Brito Ricardo Chéu

V. Guimarães B

Vítor Campelos

Boavista

Erwin Sanchez Miguel Leal Ricardo Maia

S. João Ver Limianos

Fernando Rego Rui Teixeira Artur Jorge Paulinho António Pereira

Oriental

Sertanense

Gonçalo Monteiro

Ferreiras Pinhalnovense

Toni Seromenho Eduardo Almeida Jorge Prazeres João Sousa Luís Silva

Loures

Ricardo Moura Paulo Fernandes Rui Vale Filó Carlos Pinto Carlos Brito Marco Alves Vítor Campelos Petit Erwin Sanchez Adolfo Teixeira Carlos Cunha Fernando Rego João Barbosa Litos Jorge Andrade Sérgio Gaminha Tuck Natanael Costa Ricardo Moreira Paulinho Eduardo Almeida João Sousa António Pereira Andrejs Stolcers

Sports Expert José Mauro Luís Brás Vítor Silva João Pires Filó

Ricardo Moura Pedro Ilharco Carlos Pinto

Armando Evangelista

Armando Evangelista

Petit

Petit

Miguel Avelar Francisco Baptista Alberto Fernandes Jaime Matos

Francisco Baptista

João Barbosa

João Barbosa

Sérgio Gaminha

João Sousa Nikola Popovic

Ricardo Moreira Quim Bruno Ribeiro Daniel Kenedy José Viriato Tuck

Ricardo Moreira Luís Manuel Carlos Lóia

Carlos Cunha

Luís Silva Carlos Alves

A dança de cadeiras é bem notória também no terceiro escalão português, onde apenas quatro formações, das que já disputaram pelo menos um acesso à LedmanLigaPro, mantiveram os treinadores por todo este período, com Agostinho Bento, um histórico do Fafe, a sair depois de muitos anos ao leme do clube. A consistência do trabalho, como se viu com Sérgio Boris, é o melhor exemplo para o sucesso, ainda que muitos dos treinadores também saíram dos clubes para abraçarem projectos profissionais, em escalão superior ou no estrangeiro.

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A diversidade é clara. São dezenas os antigos profissionais, com jogos na ‘Primeira’, há antigos internacionais lusos, antigos internacionais jovens portugueses, futebolistas com carreiras inteiras entre a IIB e a III Divisão e igualmente elementos oriundos da academia, das

universidades, o que é bastante salutar. Há uma clara renovação de quadros, muitos dos nomes ‘clássicos’ do futebol secundário português, apesar de subsistirem em vários emblemas e merecerem honras por tal, têm sido ultrapassados por ideias mais inovadoras, metodologias novas, menos ‘vícios’, inevitáveis com o acumular dos anos, mas que criam um lindo contraste a mostrar não existir uma fórmula única para atingir o sucesso, mais imediato ou a médio e/ou longo prazo, salvo a estabilidade para a consecução do trabalho.

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Acima os ‘mapas’ das Zonas Norte e Sul para o Play-off de Subida à LedmanLigaPro 2017/18.

Estrelas em Ascensão A crise financeira e económica que assolou – e continua bem viva – o mundo abalou os clubes portugueses, fecharam-se as amplas torneiras bancárias e municipais, obrigando a procurar – a sério – receitas e invertendo, ainda que bastante lentamente, uma tendência de investimento e aposta em futebolistas, alargando-se o olhar sobre o terceiro escalão por parte dos emblemas das duas ligas profissionais. SPORTING CP Uma das estrelas da primeira metade do CNS 13/14 foi o camaronês Lewis Enoh, autor de 10 golos em 14 desafios pelo Sourense. O avançado de 24 anos, agora, fez alarido mediático internacional com a aquisição e apresentação leonina, 60 milhões de euros de cláusula de rescisão, apenas para alinhar, pouco, na formação secundária de Alvalade. Depois da cedência ao Leixões em 14/15 rumou à Bélgica e alinha no Lokeren.

Pedro Tiba é uma das referências para os que evoluem no Campeonato Portugal Prio depois de saltar do Tirsense para o Vitória FC em 2013. Foto: Vitória FC

VITÓRIA FC SETÚBAL Um dos clubes a mirar mais o CNS/CPP tem sido o Vitória FC de Setúbal. Fábio Pala, lateral de 24 anos formado no Casa Pia, trocou Pina Manique pelos sadinos, contudo não teve qualquer oportunidade no Vitória em 14/15 e regressou ao terceiro escalão. Na época anterior os sadinos haviam resgatado Pedro Tiba ao Tirsense, para a carreira que se tem visto o médio realizar.

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O lateral esquerdo Ruca regressou no mercado invernal à terra que o viu nascer, Tondela, mas a sua carreira fez-se nas camadas jovens pelos Repesenses e pelo Beira-Mar, estreando-se como sénior nos tondelenses ainda na IIB. Depois de Vilaverdense, Oliveira de Frades, Mirandela e Mafra, a campanha nestes levou-o até Setúbal, de Quim Machado, onde foi utilizado em 24 encontros.

João Costa, ‘Costinha’ em Portugal, experimentou o Fredericia dinamarquês antes de regressar a Portugal para o Lusitano Vildemoinhos, agora a brilhar no Vitória FC. Foto: MaisFutebol.

Costinha iniciou-se no Esperança Coimbra, foi ‘olhado’ pelo FC Porto e em júnior regressou a Coimbra para representar a ‘Briosa’. Fez-se sénior no Sertanense e passou pelo Tocha antes de experimentar a segunda dinamarquesa ao serviço do Fredericia. Em meados de 2013/14 regressou a Portugal para alinhar no Lusitano Vildemoinhos e a época e meia em Viseu despertou a atenção sadina, com propriedade. O sucesso das contratações internas levou a incremento da aposta e em 2015 chega a Setúbal também Vasco Costa. O avançado limiano tinha marcado 10 tentos pelo clube da terra em 13/14 e 12 no Fafe em 14/15, pedia mais tempo de jogo no Vitória. No Bonfim cada vez mais se aprofunda a pesquisa no Campeonato de Portugal Prio e em 2016 chega ao Sado João Amaral, extremo formado no Vilanovense e que vinha brilhando no terceiro escalão, primeiro em Mirandela, depois em Pedras Rubras e Oliveira de Santa Maria. Tem justificado a todos os níveis a contratação e deveria levar outros clubes a olharem de forma bem mais atenta para a qualidade no CPP. NACIONAL MADEIRA

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Manuel Machado também olha com atenção os escalões secundários, ele que levou o Vitória SC a um título nacional de sub19 e tem um enorme lastro como técnico. Em 2015 os ‘alvinegros’ trouxeram para a Liga NOS directamente do CNS o esquerdino Mauro Cerqueira, formado entre Sporting CP e Estrela da Amadora, que passou por Eléctrico Ponte de Sor na III Divisão, por Naval e pelo Moura no CNS, indo os madeirenses aos alentejanos requisitar o jovem. Já Rui Correia, com ‘pedigree’ de ‘Primeira’ havia sido ‘pescado’ no Portimonense que o foi recrutar ao Fabril Barreiro na III Divisão em 2013. PAÇOS DE FERREIRA Os ‘Castores’ em 2015 tiveram Jorge Simão a recrutar de forma cirúrgica no mercado secundário. Marco Baixinho, outro elemento com formação em Sporting CP e Benfica (neste somente uma temporada juvenil), andou épocas no Carregado e no Mafra, sendo aqui que o técnico o orientou e o levou para a Mata Real. Miguel Vieira, outro central, havia sido levado de Espinho para a Vila das Aves, onde o Paços de Ferreira o encontrou.

Marco Baixinho é outro excelente exemplo de transição, aqui ainda ao serviço do Mafra. Foto: CD Mafra

Romeu Rocha é outro bom nome a realçar. O médio formado entre FC Porto e Penafiel estreou-se no futebol sénior onde se iniciou, no Paredes, clube onde desceu, subiu, desceu até saltar para o Aves em 2011, recrutado em 2013 pelo Paços de Ferreira, situação semelhante ao irmão Vasco Rocha, com um trajecto espelhado no mais velho. RIO AVE O avançado Zé Pedro passou pelas camadas jovens de Limianos, Vianense, FC Porto, Boavista e Sporting Braga. Como sénior jogou por Tourizense e Limianos, onde os nove golos em 14/15 o levaram até Vila do Conde. Não teve oportunidades no Rio Ave e está no Académico Viseu.

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TONDELA

O sucesso do CD Tondela assenta em muitas fundações, a direcção, as equipas técnicas, todo o corpo administrativo e técnico e, claro, os futebolistas, como Bruno Monteiro e Edu Machado. Foto: CD Tondela

Carlos Pinto iniciou a temporada 14/15 no Tondela e com ele levou vários dos elementos que haviam brilhado em Freamunde. O antigo ‘champions’ Rui Nereu, agora novamente no Freamunde, um dos melhores de 16/17 na Liga NOS, o lateral boavisteiro Edu Machado, que subiu com o Freamunde, o Tondela e o Chaves, um talismã de qualidade, Vítor Alves, actualmente com o mesmo técnico no Santa Clara, Bruno Monteiro, que permanece como solução de recurso nos ‘auriverdes’, Luís Machado, agora no Feirense, outro talismã de subidas e Joel, que Carlos Pinto recruta novamente – estava no Vilaverdense, para o Santa Clara em 2017. Joel é um dos goleadores CPP 16/17 com 10 concretizações na primeira fase. Antigo internacional jovem português, Cláudio Ramos não teve oportunidades no D. Afonso Henriques e estreou-se como sénior em Amarante. Em 2011 rumou a Tondela, fruto da boa época no Marão e tem sido uma das figuras na Segunda e Primeira ligas. CHAVES Os ‘Valentes Transmontanos’ haviam levado João Góis da Sertã para Trás-os-Montes em 2013 e o Paços Ferreira captou-o para a Mata Real em 2015. O pujante avançado João Vieira formou-se na União Leiria, andou no Marítimo sem quaisquer oportunidades para se mostrar na primeira equipa e foi recrutado pelo Chaves ao Torreense em 2014. O Moreirense assinou com ele em 2015, mas rumou a Santa Maria da Feira, ajudando os ‘Fogaceiros’ a subirem, agora alinha no Vizela. Arnold estreou-se como sénior no Rebordosa e o Chaves recrutou-o ao Limianos em 2013, cedendo-o ao ‘satélite’ Pedras Salgadas. Na temporada passada ainda começou em Chaves mas logo se mudou para Setúbal, onde Couceiro tenta agora trabalhá-lo como lateral direito.

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ACADÉMICA COIMBRA Formado na Briosa, Hugo Seco realizou o trajecto sénior na II Divisão B. mas a temporada 13/14 no Benfica e Castelo Branco captou novamente os olhos dos ‘Estudantes’ e o polivalente ala, retornado em 2017 ao máximo escalão, Feirense, após uma passagem pela liga Hugo Seco brilhou no Benfica e Castelo Branco e já experimentou o estrangeiro, búlgara, foi um dos agora retornado ao futebol luso. Foto: blogue Box-to-Box reforços da Académica para 14/15. VITÓRIA SC GUIMARÃES A boa temporada 13/14 do BC Branco observou também o central João Afonso, um local formado inteiramente na cidade albicastrense, rumar à ‘cidade-berço’ e a ganhar dimensão no Vitória SC, agora a alinhar pelo Estoril-Praia. Dénis Duarte ainda não chegou seriamente à primeira equipa, mas será esse o objectivo para o central lourinhanense que os ‘Conquistadores’ recrutaram no Torreense. GIL VICENTE O lateral direito Ricardinho regressou a Barcelos após a boa experiência no Vilaverdense. Esta é outra das boas formas de trabalhar, colocar os jovens formandos da academia a rodar, para ganhar ‘calo’, nos escalões secundários. Depois de um 14/15, na Primeira, com pouco mais de 300 minutos, Ricardinho tem-se afirmado completamente nas duas mais recentes temporadas.

O central João Afonso é outro belo exemplo albicastrense. Foto: blogue Brigada do Peão

O central Sandro Costa deixou os ‘Galos’ para alinhar no Sporting Braga quando era iniciado. A temporada sénior de debute foi realizada no Vilaverdense, onde os gilistas o viram e novamente o fizeram regressar a ‘casa’. Léléco chegou do Boavista da Praia para o Estrela de Vendas Novas em 2011, passou pelos açorianos do Madalena e do Operário, com uma estada

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no Juventude de Évora pelo meio, reforçando o Gil Vicente em 2015, apenas para seguir para a UD Oliveirense. Joga no Felgueiras esta época. MOREIRENSE Os ‘Cónegos’ também olharam para o CNS 13/14 e levaram o cabo-verdiano Patrick, que se havia mostrado no Joane, mas este tem tido poucas oportunidades, quer nas duas épocas no ‘Moreira’, quer esta temporada no Famalicão. Também do Joane chegou o médio centro Hélio Cruz, formado entre Olivais e Moscavide, Benfica e Estrela Amadora, sem qualquer oportunidade, voltou ao CNS, mas foi repescado por Atlético CP em 15/16 e joga agora no Penafiel. O brasileiro Victor Braga chegou a Portugal para os juniores do Marítimo. Ajudou o Alcanenense a regressar aos Nacionais em 2012, passou duas épocas em Leiria e foi aí que o Moreirense o fisgou, apenas alinhando uma partida pelos ‘Cónegos’. Está no Famalicão. Depois de uma carreira jovem dividida entre Carcavelos e a Academia de Alcochete, Tiago Morgado rumou ao Real Massamá como juvenil e fez aí o tirocínio sénior. Médio centro, esteve na descida do clube em 2013 e no regresso aos nacionais em 2015, faz parte dos quadros do Moreirense. Outro nome que o ‘Moreira’ foi buscar a Massamá é o luso-guineense Ença Fati, ala com formação de futsal e que esta temporada alinha no Leixões após três temporadas em Moreira de Cónegos.

BOAVISTA A subida administrativa levou Pedro Costa, Carlos Santos, Afonso Figueiredo, Miguel Cid, Carraça, Gouveia, Cris, Montenegro, Fary, Bobô e Zé Manuel do CNS para a Liga NOS, a maioria produtos das ‘Panteras’.

Bukia chegou a Portugal oriundo de Barumbu. Depois de brilhar no Vila Real vai-se mostrando no Bessa. Foto: Leopardsfoot

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Emmanuel Hackman chegou do Gana para integrar o elenco do Vila Real, clube ao qual o Boavista o foi buscar em 2015. Em 16/17 encontra-se a somar minutos no Aves. Por seu turno, Andre Bukia, antigo júnior do Sporting Braga, também rumou do Monte da Forca para o Bessa, mas ficou no plantel boavisteiro e vai jogando na Liga NOS. Digas foi contratado para a época corrente depois dos bons desempenhos no Salgueiros. Ala gaiense de 24 anos, Digas fez-se no Candal, subiu a sénior no clube, passou ainda pelo Infesta na IIB e pelo Bragança antes de rumar ao ‘Velho Salgueiral’. Foi cedido pelas ‘Panteras’ ao Fafe. BELENENSES Com genes futebolísticos, filho do antigo lateral direito José Carlos, o lateral esquerdo Filipe Ferreira realizou formação entre o CAC Pontinha e o Atlético CP, onde subiu a sénior. Foi nos de Alcântara que subiu da IIB à Segunda Liga e em 2012 rumou ao Belenenses. Em 2016 passou a ‘Castor’. Outro nome a chegar ao Restelo após anos de IIB/III/Distrital é o ponta-de-lança Tiago Caeiro. Apesar de ter passado pelos iniciados da Luz, a sua formação é realizada maioritariamente no Vilafranquense, onde se faz sénior. Após três épocas na III ruma aos Açores para representar o Operário, segue-se Juventude de Évora e Atlético Cp, que sobe da IIB à Segunda Liga e em 2012, ainda na Liga Orangina, o Belenenses trá-lo para o Restelo. FEIRENSE Zé Mário prometia bastante. O Sporting CP foi buscá-lo à Sanjoanense para os iniciados, passou pela Naval na Primeira mas seguiu depois os escalões secundários pelo Tocha e Cesarense, clube ao qual os ‘Fogaceiros’ o foram buscar, retornando a um clube que representou enquanto júnior, no entanto mal jogou. Outro avançado, Ricardo Valente formou-se entre FC Porto e Leixões. A estreia sénior é realizada no Esmoriz, na IIB, passa por Aliados Lordelo e Fafe até ser recrutado pelo Feirense em 2013. A meio da época 14/15 troca o Estádio do Mar pela cidade-berço. Nesta temporada, sem oportunidades por parte de Pedro Martins, rumou à Mata Real para 2017.

João Oliveira mostrou-se bem no Vilaverdense e rumou ao Algarve para reforçar o Olhanense. Foto: O Vilaverdense

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OLHANENSE O lateral Rodolfo Lourenço formou-se entre a Académica e o FC Porto. Como sénior alinhou no Tourizense, no Sertanense, na AD Nogueirense, de onde viajou para Olhão. Está neste momento no Freamunde. Para Olhão rumou também o médio bracarense João Oliveira após boas temporadas com a camisola do Vilaverdense. Outro lateral a estrear-se no futebol ‘profissional’ em Olhão é Carlos Freitas, formado no Vitória SC com três temporadas de CNS/CPP, duas em Felgueiras e a passada em Ponte de Lima, tendo captado o interesse no José Arcanjo. PORTIMONENSE Médio centro amarantino, formado no Amarante, Landinho faz uma bela temporada de ‘despedida’ da IIB e ruma ao Portimonense, onde mal joga, alinha no Felgueiras, regressa ao Amarante e na época passada ajudou o Fafe a subir, sendo um dos habituais ‘amarelos’ em 16/17 na LedmanLigaPro. FARENSE Fábio Gomes foi recrutado no outro extremo do país, ao Bragança. Em 2015 rumou a Angola e regressou para ajudar o Vizela a subir depois de alinhar no Sertanense. Está no Operário e apontou 16 golos em 18 partidas na fase regular! Em Loulé fez-se João Reis, foi recrutado pelo Farense em 13/14 e esteve na subida flaviense, alinhando agora no Santa Clara. Hugo Ventosa completou a formação no Estrela Amadora, estreou-se como sénior no Sintrense, passou ainda por Sertanense, Torreense e Moura antes de chegar a Faro. Esta época está no Operário. Já Roni foi recrutado pelos ‘Leões do Algarve’ ao Atlético Reguengos Monsaraz e permanece em Faro. AVES Marco André, formando dos ‘Castores’, foi recrutado pelo Aves de Fernando Valente ao Famalicão. Teve poucas oportunidades e voltou ao CNS/CPP para representar a AD Oliveirense, mudando-se em 2016 para o Fafe. O brasileiro Perdigão, que tão boa conta de si tem dado no Chaves em 16/17, foi outro elemento ‘pescado’ pelo Aves no ‘Fama’ depois de ter entrado em Portugal pelo Tourizense. ACADÉMICO VISEU

Luisinho subiu patamares com o renascido Académico Viseu e na época passada experimentou o Bessa. Foto: Boavista FC

Outro produto da boa escola vitoriana, o esquerdino João Carneiro somou anos a fio no Fafe até despertar interesse do segundo escalão. Não jogou

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muito em Viseu e voltou a Fafe, mas para logo rumar à Póvoa de Varzim. Em 16/17 está novamente em Fafe, mas mantendo-se na LedmanLigaPro. Depois de se estrear em Portugal no Penafiel, à altura na IIB, Alex Porto regressou para alinhar no ‘terciário’ Felgueiras, sendo recrutado pelo Académico Viseu em 14/15. Na temporada passada rumou a Caldas de Vizela, que ajudou a subir e onde permanece. Também para Viseu rumaram o compatriota Clodoaldo, que alinhou no Cinfães em 13/14, o luso-suíço Marcel, que experimentou o Académico mas voltou ao rival de Viseu, o Lusitano de Vildemoinhos. Luisinho deixou Fornos de Algodres para rumar a Alcochete em iniciado, foi júnior da ‘Briosa’ e estreou-se como sénior no clube da terra. Em 2010 esteve no Pampilhosa e passou para o Académico Viseu na III Divisão, clube com o qual subiu até à, actual, LedmanLigaPro. Na época passada esteve no Bessa e regressou a Viseu para 16/17. São muitos os cabo-verdianos a subirem degraus e o central Mathaus faz parte desse naipe. Chegou júnior ao Tourizense, aí subiu a sénior e em 2015 rumou a Viseu. Está no Freamunde. Gradíssimo retornou ao CPP, agora ao serviço da Sanjoanense, após trocar o Salgueiros pelo Académico Viseu em 2015.

Um dos miúdos lançados no futebol sénior aquando do fim do, entretanto regressado, Salgueiros, Joel Vital realiza uma sólida carreira e chegou à Covilhã. Foto: O Jogo

SPORTING COVILHÃ O central Joel foi um dos juniores que o Salgueiros utilizou na nefasta época 04/05. O jovem mostrou-se e saltou para os juniores do Benfica, passou depois por Canedo, Madalena, Candal, Cinfães, onde os covilhanenses o ‘pescaram’, fixando-se desde 2013 no clube.

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O lateral direito Tiago Moreira fez-se no FC Porto, após iniciação no local Varziela, andou pela IIB, desceu à III para alinhar na AD Oliveirense, que leva ao CNS e onde é recrutado por Chaló para os ‘Leões Serranos’. Esta época trocou a Estrela pela Madeira e representa o União Madeira. João Traquina mudou-se do Ginásio Alcobaça para a Académica quando era juvenil. O EstorilPraia foi buscá-lo ao Tourizense em 2009, mas não jogou e voltou a Touriz. Em 2013/14 dividiu-se entre Naval e Sertanense, sendo o Covilhã a levá-lo para as ligas profissionais. A boa época levou-o ao Restelo, contudo retornou à Covilhã para a segunda metade de época e no Verão passou regressou a Coimbra para representar a Académica.

Traquina é outro belo exemplo de ascensão. Foto: O Derbie

O criativo gaiense Zé Tiago iniciou-se no Boavista, passou pelo Candal, onde faz a estreia sénior. Passa por Torre de Moncorvo, Oliveira do Douro, Macedo de Cavaleiros, pelos ‘Panteras Negras’ na IIB e pela AD Oliveirense, clube ao qual os ‘Leões Serranos’ o resgatam, mudou-se para a Vila das Aves em 16/17. Luís Rocha é mais um formando do Vitória Sc sem espaço na primeira equipa. Central, passou por Torcatense, AD Oliveirense, Mirandela, Merelinense, Lousada, Vizela, onde capta os olhos covilhanenses, realiza depois duas épocas em Freamunde e esta temporada acompanha o Feirense na Liga NOS. A equipa ‘B’ dos ‘Leões Serranos’ também tem servido para promover alguns elementos para a primeira formação, como sucede com o guardião Igor Rodrigues, oriundo de Leiria, formado no Marrazes, passando ainda por União Leiria, Sporting Pombal e Leixões antes de se estrear na distrital coimbrã pelo Tocha, passou pelo Oliveira do Hospital, onde o Covilhã o foi buscar,

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depois da bela época na equipa ‘B’, campeã distrital 2016, subiu à LedmanLigaPro, situação extensível a Bouças e Fabinho, estes sem espaço de jogo na primeira equipa. BEIRA-MAR Agora no Distrital, em busca da retoma, o Beira-Mar recrutou para 14/15 o ugandês Edema, goleador no Águias do Moradal. Apesar de se manter no terceiro escalão, o avançado de 24 anos continua a mostrar dotes de goleador, faz 10 no Limianos a temporada transacta e neste 16/17, ao serviço do Anadia, já leva seis.

O jovem guarda-redes André Moreira estreou-se pelos seniores do Ribeirão, onde se formou, enquanto ainda júnior de primeiro ano. É um dos maiores talentos futuros para as balizas portuguesas. Foto: O Mundo dos Guarda-Redes

UNIÃO MADEIRA Formando de Caldas e Benfica, o experiente guardião Ricardo Campos, internacional por Moçambique, não teve hipóteses nas ligas profissionais até Vítor Oliveira o ter ido buscar ao Torreense para ajudar na ascensão do União Madeira, onde se mantém, hoje com 31 anos. Também ao CNS o clube madeirense foi buscar o avançado cabo-verdiano Kisley, que havia alinhado no Felgueiras e agora joga pelo Famalicão.

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André Moreira é um dos grandes talentos futuros nas balizas lusas. Depois de toda a formação no Ribeirão, estreou-se na equipa sénior ainda como júnior de primeiro ano, passou uma época praticamente sem jogar no Moreirense mas brilhou ao mais alto nível no União Madeira e apenas a sua lesão o impediu de continuar a somar tempo, é suplente do Atlético Madrid. O ala Amilton chegou a Portugal para alinhar nos regionais pelo Peladeiros de Vila Nova da Cerveira, esteve no Ourense, voltou aos regionais vianenses para alinhar no Valenciano, subiu ao Varzim e da Póvoa saltou para a Madeira e para o União. Começou 16/17 em Portimão e Vítor Pereira levou-o para o 1860 Munique. Delmiro chegou de Cabo Verde para o Madalena em 2010, esteve no Lusitano Vildemoinhos no distrital viseense e passou pelo BC Branco, chegando em 2013 ao União Madeira. Esteve em Faro na época passado e alinha pelo Varzim na corrente temporada. SANTA CLARA Depois de uma ‘vida’ em Fafe, o lateral luso-francês Mike rumou ao Santa Clara em 2013, ajudou o Chaves ao tão desejado regresso à divisão maior em 2016 e está no Sporting Covilhã. Guilherme formou-se no local Alverca, começou o futebol sénior no Vilafranquense e, após se dividir entre Fátima e BC Branco em 13/14, foi contratado pelo Santa Clara, esteve no Olhanense na temporada transacta regressando agora ao CPP e mais perto de casa para representar o despromovido Mafra. Marocas fez-se no Imortal Albufeira e foi no BC Branco que o Santa Clara o requisitou, mal alinhou nos açorianos e na UD Oliveirense ainda marcou quatro golos apesar de passar a maior parte do tempo a partir do banco, está no Vilafranquense. TROFENSE Formado no Benfica, o guarda-redes Rui Santos passou pelos históricos lisboetas Atlético e Oriental, também por Casa Pia e Oeiras rumando em 2013 a norte para alinhar pelo Vianense, onde é captado pelo Trofense, realiza sete encontros mas volta ao terceiro escalão, onde está em 16/17 ao serviço do Ponte da Barca. Igualmente guardião, também com passagem pelo Caixa Futebol Campus do Seixal, mas formado inicialmente no Vitória FC, Diogo Freire fez debute sénior no Algarve, alinhou no Estrela Vendas Novas e União Montemor, altura em que o Trofense o foi buscar ao Alentejo. Passou por Aves e está no Académico Viseu. Na Trofa continua o senegalês Papa Alassane Ndiaye, formando do Estrela Amadora e que o Trofense foi buscar ao Sacavenense. Importante na boa temporada do Louletano está a ser Costinha, central que o Trofense recrutou ao Naval em 2014. O luso-guineense Nanissio, recentemente parte dos debutantes ‘Djurtus’ na Taça Africana das Nações, fez-se no Galitos do Barreiro, passou pelo GDR Portugal e em 2013/14 trocou a Naval pelo Trofense. Na temporada passada deixou a Trofa e rumou a Barcelos, alinhando no Felgueiras esta temporada.

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ATLÉTICO CP

Tiago Duque também sobe patamares desde o Sintrense. Foto: ProEleven

Internacional jovem português e grande esperança para a defesa nos sub17, Tiago Duque iniciou-se no Amora local, passou pelo Ginásio Corroios, foi juvenil no Sporting CP e júnior no Benfica. A estreia sénior fez-se no Sintrense, onde os de Alcântara o recrutaram, mudou-se para Olhão em 2015 e ali permanece. O setubalense Luís Cortez formou-se entre o Vitória sadino e o Sporting CP, internacional luso dos sub15 aos sub19, foi recrutado pelo Atlético ao Torreense, mas ainda não vingou, apesar do elevado potencial exibido nas camadas jovens, está em Ponte da Barca em 16/17. Bjorn Maars Johnsen, estado-unidense-norueguês, altíssimo avançado que se revelou em Portugal no Louletano e do Atlético saltou para a liga búlgara, agora a alinhar no histórico de Edimburgo Hearts.

FAMALICÃO O ‘jesuíta’ Vilaça pensou por certo em novamente trazer o seu Tirsense para os escalões profissionais, mas em 2013 trocou Santo Tirso por Famalicão e foi o ‘Fama’ que ajudou a subir à Segunda Liga, ali se mantendo após 10 anos seniores no Tirsense. Da casa é Daniel, antigo internacional jovem luso que trocou Famalicão pelo FC Porto nos juvenis e fez estreia sénior em Joane. Em 2014 voltou a Famalicão para ajudar o clube a subir à LedmanLigaPro. Jorge Miguel, feito no clube, Joel Monteiro, formado no Salgueiros, e Pedro Correia são outros nomes que subiram com o ‘Fama’. Nera chegou a Famalicão no defeso do último Verão. Lateral esquerdo, formou-se na cidadeberço, onde nasceu, entre os Amigos Urgeses, o Vitória SC e o Vizela, estreando-se noutra formação vimaranense, o Serzedelo, ajudou o Limianos a subir em 2011 e nas últimas temporadas dividiu-se, Felgueiras e Tirsense, Bragança e Limianos, até que o ‘Fama’ o estreia na LedmanLigaPro. Outra novidade 16/17 é o cabo-verdiano Fred Lopes, que subiu a sénior no Tourizense, foi recrutado pelo Mafra na Sertã, sem alinhar nos ‘auriverdes’ e, após volta ao Sertanense, chega ao Famalicão para saborear a LedmanLigaPro. Também debutante no segundo escalão 16/17 é o médio centro André Perre, beneditense que se formou em casa, em Leiria e em Rio Maior, onde se fez sénior, passou por Peniche, Torres Vedras, Fátima e regressou a Leiria a meio de 13/14. É um dos médios que há muito pedia patamares superiores, para quem acompanha(va) a IIB/CNS/CPP e prova, quer com Ulisses Morais, quer com Nandinho, que tem lugar nas ligas profissionais.

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FREAMUNDE O brasileiro Allan não vingou após trocar o Sporting Espinho pelo Freamunde e continua a evoluir no CPP, nesta época ao serviço do Gouveia. Pelo contrário, o compatriota Bruno Santos subiu do Sourense para o Freamunde de Filó e daí saltou para o Paços de Ferreira, que representa desde a época passada. Com o clube subiram nomes como Rui Raínho, Amadeu ou Tiago Leão. LEIXÕES Fábio Zola passou todos os escalões do Cesarense e em 2013 trocou Cesar por Matosinhos, pouco alinhando no Leixões. Esta época está no Bragança. João Lucas estreou-se no futebol sénior no Benfica e Castelo Branco. Lateral esquerdo, iniciouse no Ginásio Corroios, andou por Sporting CP, Belenenses e fechou o ciclo formativo no Benfica, captando os olhos do Mar após os bons desempenhos nos albicastrenses. Também em estreia na LedmanLigaPro está o central João Freitas, com formação dividida entre 1.º Dezembro, Estoril e Sporting CP, começando o futebol sénior no Moura. Passou por Sertanense, Amora e Casa Pia, três épocas até ser convencido pelo Leixões. Gonçalo Gregório, avançado feito entre a Amoreira e o Restelo, que se estreou como sénior no Loures, passando a meio de 14/15 para o Casa Pia, onde marcou 12 tentos na temporada passada, razão pela qual foi recrutado pelo Leixões, agora nos ‘Leões de Faro’, já com um golo em dois encontros como suplente utilizado. VARZIM Paulo Cunha formou-se entre Braga e Vila do Conde, como sénior o guardião andou por Mirandela, Valença, Marinhas, Viana do Castelo, Ribeirão e Santo Tirso antes da activação da ‘B’ dos ‘Lobos do Mar’ o ter levado até à Póvoa de Varzim, onde aos 30 anos sobe à primeira equipa e se estreia na LedmanLigaPro.

O trajecto de Joel Ferreira até à Amoreira. Fotomontagem: Record

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Como ele o bem mais jovem Tiago Alves, formado entre Alcochete e a sua Coimbra natal, com estreia sénior no Varzim B e promovido em 16/17 à primeira equipa poveira. MAFRA O Mafra, apesar da fugaz passagem pela LedmanLigaPro, tem sido um bom alimentador do futebol profissional. No Estoril-Praia evolui agora o central Joel, com passagem por todos os escalões formativos do FC Porto, estreia sénior no Gondomar, clube ao qual os ‘auriverdes’ o recrutaram. Apesar da descida do clube, mudou-se para os ‘canarinhos’ e está a afirmar-se no clube da Linha. ORIENTAL Outro produto da formação leonina, após iniciar-se no Ginásio Corroios, o avançado Henrique Gomes rumou ao Engenheiro Carlos Salema pela mão de João Barbosa, que o foi buscar ao Carregado. Peter Caraballo tem uma herança genética pesada e formou-se, como seria de esperar, no Sporting CP. Aos 24 anos o avançado luso-suíço continua em busca de afirmação ao mais alto nível tendo-se estreado no segundo escalão pelo Oriental, que continua a representar. COVA DA PIEDADE O esquerdino Carlos Alves subiu a sénior no Belenenses, mas apesar de integrar o plantel, sem uma equipa ‘B’ para crescer, acabou por nunca sentir a ‘Cruz de Cristo’ oficialmente em termos seniores. Andou pelos outros históricos lisboetas, Atlético e Oriental, rumou à margem Sul para alinhar no ‘sucessor’ do Montijo, o Olímpico, jogou ainda no Oeiras e pelo 1.º Dezembro de Sintra antes de subir à Segunda Liga com o Oriental, em 2015 voltou à margem Sul, agora para fazer parte da história com o Cova da Piedade de Sérgio Boris, voltando à, agora, LedmanLigaPro. Bruno Bernardo e Filipe Godinho são outros dois elementos que se estreiam com o clube no segundo patamar. VIZELA Aos 35 anos Pedro Albergaria por certo já não imaginaria que ainda teria nova oportunidade na LedmanLigaPro. Um dos melhores guardiões da sua geração, formado no Bessa e internacional jovem português, nunca teve oportunidades no Boavista e a carreira fez-se essencialmente na IIB, Feirense, Gondomar, ajudou o Estoril-Praia a regressar à Segunda Liga em 2003, rumando ao Maia, onde seriam de esperar mais oportunidades no debute nas ligas ‘profissionais’ lusas. União Lamas, Famalicão, Marco até se fixar em Santo Tirso, defendendo a negra ‘jesuíta’ durante cinco épocas, seguiu-se Ribeirão, São João de Ver e Vizela, que ajuda a subir com Ricardo Soares. O médio Luís Ferraz, um nativo de S. Pedro de Merelim e formado no local Merelinense, mudou-se para Caldas de Vizela em 2012 e tem sido uma das pedras fundamentais neste retorno vizelense à LedmanLigaPro.

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CAMPEONATO de PORTUGAL PRIO 16/17

O estádio onde alinha habitualmente a melhor defesa da fase regular, o Sacavenense. Foto: SG Sacavenense

Com seis golos sofridos em 18 encontros, o primeiro na recepção ao Real Massamá para a 4.ª Jornada, clube autor de metade dos tentos encaixados pelo Sacavenense pois derrotou novamente a formação de Tuck, agora por 2-1, no retorno, um no triunfo por 3-1 sobre o 1.º Dezembro, outro na vitória por 2-1 diante de Sintrense e finalmente no empate a um com o Loures, ainda assim apenas apurado na derradeira ronda para a fase de subida, aí ultrapassando o algoz Real SC e mantendo-se adiante do Sintrense, com uma bela campanha também mas ficando-se pelo 3.º lugar a dois pontos do líder e a um do 2.º. Hugo Cardoso, guarda-redes de 30 anos que começou no CAC Pontinha, passou pelo Sporting CP e fechou o ciclo jovem no Estrela Amadora, é o líder desta muralha, ele que regressou a Portugal após passagem pelo Sporting Macau. O jovem Dinamite, David Augusto, pode ser um dos que saltará já para as ligas profissionais. Lateral esquerdo de 22 anos, formado no Estoril-Praia, faz duas épocas seniores no Sintrense antes de ‘descer’ aos distritais para alinhar no Oeiras. Tuck já o havia debutado no futebol sénior em Sintra e levou-o para Sacavém. O cabo-verdiano Yaka Medina chegou a Portugal oriundo do Batuque ainda júnior. Começou júnior no Oeiras e as três épocas seniores de início fizeram-se em regionais. Tuck treinou-o no Loures em 14/15 e foi buscá-lo aos algarvios do Almancilense para anular avançados contrários, no centro ou à direita. O seu parceiro, centro-esquerda, é Diogo Duque, que chegou a Sacavém em 2013, ajudou o clube a regressar aos nacionais e assume-se patrão da defesa. Como alternativa surge Diogo Oliveira, um formando azul, titularíssimo na temporada passada mas que perdeu espaço para Medina. Carlos Bebé é luso-cabo-verdiano, central ou defesa direito, em caso de necessidade, e também tem sido vastamente utilizado nesta temporada. Carlos Saavedra, veterano de 36 anos, é a extensão do técnico no relvado, replicando as funções que Tuck desempenhava enquanto jogador e equilibrando o miolo. Há cerca de uma década experimentou à Segunda Liga, primeiro com Barreirense, depois com Trofense,

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optando por emigrar na grande massa lusa que rumou a Chipre. Saavedra esteve na Primeira cipriota seis épocas, passando ainda uma na Segunda helénica antes de retornar, foi outro dos orientados por Tuck em Loures que este levou para Sacavém. O cabo-verdiano Nuno Borges, recrutado em 2015 ao Igreja Nova, dá o tom mais ofensivo, enquanto Fábio Arcanjo, tem-se mostrado também importante no terreno. Tiago Santos é o terceiro elemento que Tuck orientou em Loures e recrutou para o Sacavenense. O polivalente avançado, preferencialmente extremo, chegou a ser internacional jovem luso, representava o Benfica, fez parte da segunda tentativa ‘B’ em Portugal, mas depois de Casa Pia e Real Massamá rumou à III espanhola, onde esteve sete temporadas, regressando para alinhar no Loures em 2014. Uma das vedetas ofensivas tem sido o luso-angolano Herlander. Formado entre Lourel e Estoril-Praia, foi no primeiro que Herlander se estreou como sénior. Tuck levou-o para o Sintrense em 2013 e agora convenceu-o a regressar dos Açores, para onde rumou a meio da época passada depois de iniciá-la no Loures. Tem já sete golos. Com Herlander veio do Sporting Ideal Janú Silva, que já leva seis golos apesar de mais vezes a jogar a partir do banco, é o quarto futebolista que Tuck orientou em Loures e leva para Sacavém. Fábio Horta chegou iniciado ao Sacavenense e é um dos avançados de serviço. Quem perdeu espaço no flanco ofensivo com a chegada de Tuck foi Cláudio Sanches, um dos mais utilizados nas últimas épocas no clube.

O Fátima chega directamente do distrital escalabitano para liderar a Série E com o melhor ataque de toda a competição. Foto: Médio Tejo

João Henriques iniciou a época no Fátima, somou quatro triunfos, um empate e três derrotas, chegando depois o consagrado Silveira Ramos, com muitos anos de FPF, para obter nove vitórias e um empate, garantindo o apuramento para a fase de subida antes da última jornada.

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Nuno Ribeiro começou como titular da baliza. Guarda-redes de 32 anos, Nuno fez toda a formação no Estrela da Amadora, estreando-se como sénior na III Divisão ao serviço do Abrantes. Esteve no Fátima em 07/08, mal jogando, seguindo depois para o União Serra, Lusitânia Lourosa, Monsanto, Alcanenense, União Tomar, deixando os nabantinos para ser vice-campeão andorrano no Lusitanos. Regressou em 2015 à zona de Santarém para brilhar no retorno do Fátima aos Nacionais e agora rivaliza com o italiano Vimercati, antigo guardião jovem do Milan AC, pela titularidade. No ataque os golos vêm de todos os locais. Zé Miguel, extremo que se iniciou no Marrazes, passou por Sporting CP, Naval e União Leiria, estreou-se como sénior no clube onde tudo começou, o Leiria e Marrazes, logo se mudando para o Fátima, mas com poucos minutos em duas épocas. Seguiu-se o Tocha, o Anadia, o Sertanense e a assinatura pelo Olhanense, sem minutos, descendo ao BC Branco e agora rumando a Fátima, onde tem quatro golos. O brasileiro Caleb é outro rival pelos flancos, chegou do Louletano e ainda não marcou, apesar dos muitos minutos de relvado. O veterano Pedro Emanuel é bem conhecido na Região do Oeste. Aos 35 anos não parece perder fulgor no balançar das redes. Depois de estar no Marinhense quase uma década, rumou ao Monsanto em 2010, esteve ainda no Sporting Pombal e em 13/14 dividiu-se entre Fátima e União Leiria, deixando Leiria a meio da temporada seguinte para alinhar no Peniche e na temporada passada somou 16 tentos no título e subida do Fátima, agora já leva seis, objectivando certamente ir além da dezena, o costume por época. Os 8-0 à Naval 1.º Maio influíram naturalmente no ataque e o russo oriundo do Anzhi Dzhamal Dibirgadzhiev marcou meia dúzia aí, estando com 10 concretizações em menos de 300 minutos de utilização! Bem se pode dizer que pede mais tempo de jogo! O tunisino Hamza Jouini, 20 anos, já tinha marcado três tentos na subida e agora soma dois. Jorge Neves, um homem da casa, habitualmente está mais nas coberturas, mas já somou o seu golo/ano habitual. Já Rodrigo Dantas, que passou por Estoril-Praia, Belenenses e Varzim, deveria ter mais minutos, face ao seu trajecto, já tendo deixado Fátima para reforçar os canarinhos do São Bento. Já João Martins acumula tempo no centro do terreno, um produto do CADE do Entroncamento que tem uma relação muito próxima com o Fátima. Ulisses tem, como João Martins, dois golos, ele que é brasileiro e chegou do Louletano. Miguel Neves, vital na subida, homem da casa, perde fulgor neste retorno aos Nacionais, situação extensível a Fábio Coça, outro elemento com dois golos, mas que denota a grande rotatividade dos elementos utilizados. Tiago Rosa, lateral direito feito na Reboleira, chegou esta temporada oriundo do Penafiel e tem sido o mais usado no lugar. O antigo internacional Laranjeiro, formado em Leiria, tapa todos os buracos e já tem cinco golos. Apenas falhou um encontro da primeira fase. Outro elemento muito experimentado, também antigo internacional jovem, o esquerdino Bruno Simão chegou a Fátima oriundo do Atlético CP, ele que já experimentou as ligas romena, eslovaca, azeri e moldava. Carlos André chegou a Portugal aos 20 anos, ajudou o Tondela a subir à Segunda Liga, passou por Chipre, Angola e Tailândia, voltando agora do Bangkok FC para reforçar o Fátima.

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Presente em todos os encontros e somente substituído por uma ocasião, André Sousa formouse na União Leiria, estreou-se como sénior no Marinhense, passou por Portomosense e Alqueidão da Serra nos distritais, regressando aos Nacionais para alinhar no Pombal e regressando a Leiria em 2013. Foi vital para a subida do Fátima na época passada e continua a mostrar-se fundamental nesta temporada. Mauro chegou em 2016, formado no Mealhada, passou ainda por Pampilhosa, Oliveira de Frades, Oliveira do Bairro, Sertanense e Mafra, sendo recrutado na Sertã. O polivalente Nélson Sousa, formado em Leiria e com passagens na Segunda Liga por Ovarense, Estoril-Praia, União Leiria (aqui debutou na máxima liga portuguesa) e Chaves, parece ter também descoberto em Fátima o local ideal para jogar.

Fábio Gomes tem sido destaque no Operário, apontando mais de 40 por cento dos golos da primeira fase dos ‘Operários’. Foto: Clube Operário Desportivo

Aos 28 anos, Fábio Gomes foi o melhor marcador da primeira fase, alinhando no Operário de Lagoa, Açores, clube ao qual rumou depois de dividir a temporada passada entre o, posteriormente, promovido Vizela e o Sertanense. Em 13/14 fez uma notável temporada em Bragança, levando-o à LedmanLigaPro pelo Farense e em 2015 ao Recreativo Caála de Angola.

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Quem foram os mais utilizados de cada emblema na Fase Regular do Campeonato Portugal Prio? De um lado o onze que prevíramos nos Guias Mediáticos que lançáramos no arranque da prova, do outro os futebolistas mais usados. A cinza estão os reforços para 16/17. Os alinhamentos posicionais são indicativos, nem sempre correspondem aos modelos mais utilizados, antes ajustando-se aos elementos com mais minutos na Fase Regular. MERELINENSE

O brasileiro Luiz Alberto chegou já com a temporada em andamento e ‘roubou’ a posição a João Paulo; Micael Sequeira tem-se mostrado mais ambicioso e apenas alinha com um médio mais de posição – e este também com boas competências construtivas, dando mais lugar à capacidade criativa, com todo o sucesso. O jovem Crespo, nascido em Lyon, de 20 anos, depois de duas épocas a mediar entre os juniores e os seniores do Neves, clube onde fez a estreia ‘nacional’ em 15/16, a revelar-se como uma das surpresas e figuras do CPP 16/17, já leva seis golos. Tanela voltou ao clube onde completou a formação e também soma seis tentos na fase regular. Bié é o jogador mais utilizado a partir do banco, por 10 vezes Micael Sequeira o lançou durante o encontro. AD OLIVEIRENSE

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Paulo e James dão mais consistência de trabalho e ligação na AD Oliveirense, a realizar uma bela temporada e a qualificar-se para a fase de subida pela primeira ocasião, na temporada de estreia de Alexandre Ribeiro fora do Distrital portuense e em Nacionais seniores. O lateral vimaranense e o médio centro nigeriano mantêm os lugares apesar dos reforços. Fininho, que tanto prometia no futsal jovem, sempre sonhou com o futebol e está de volta a Oliveira de Santa Maria após três temporadas em Caldas de Vizela, é o ala que mais vezes tem saltado do banco. O avançado camaronês Dibola Júnior já leva sete tentos, apesar de ter apenas 533 minutos de jogo! Dibola chegou a Portugal com 19 anos, alinhou no Vila FC, no Sobrado e na época passada obteve notáveis 22 golos no Ponte da Barca, ajudando de forma decisiva o clube a vencer o Distrital vianense com 13 pontos de avanço. Não tardará a ser testado em divisões superiores, seja em Portugal ou noutro país. VILAVERDENSE

Depois de muito prometer no Vitória SC e nas selecções jovens portuguesas, Pedro Freitas limitou-se pelos escalões secundários no seu Minho. Em 2014 rumou aos Açores para se estrear na LedmanLigaPro com o Santa Clara e foi um dos últimos a entrar em Vila Verde, retornando ao Vilaverdense oito anos depois de ali ter alinhado. Ganhou claramente a posição aos jovens Bruno Martins, Palha e Mário. O luso-francês Mickael Pereira tem sido a solução para a lateral direita. Joel é a mais recente estrela ofensiva que o Santa Maria produziu, na linha de nomes como Nélson Oliveira ou Hugo Vieira. Depois de ajudar o Tondela a subir à Liga NOS alinhou, pouco, no Aves e chegou a Vila Verde com espírito de missão. 10 golos depois volta à LedmanLigaPro, agora para defender as cores do Santa Clara. Também o sul-coreano Yeo chegou cedido pelo Gil Vicente, já com a temporada a decorrer, para ganhar protagonismo no miolo.

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António Barbosa estreia-se como treinador principal sénior depois de anos na formação e uma época, a passada, como preparador físico da equipa. Para debute não está nada mal! BRAGANÇA

O lateral direito Tiago Oliveira apenas falhou um minuto na primeira fase. Já o maiato Serginho é totalista no centro da defesa. Amadu Turé está a revelar-se letal na frente e tem como servidores Danilo e o oliveirense Fábio Zola, uma belíssima aquisição dos transmontanos. A bela campanha do luso-suíço Jonathan Fragnoli leva-o a deixar Bragança neste Inverno para reforçar o candidato Merelinense. Depois de muitos anos como profissional, o antigo lateral direito Zé Gomes começou como adjunto de Rui Vilarinho no Bragança, assumiu depois os juniores do Rio Ave e estreia-se de volta a Bragança, agora no papel de treinador principal. TORCATENSE

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Na segunda temporada de sénior, Zé Pedro chegou a S. Torcato oriundo do Vizela e Francisco Branco tem apostado no jovem de 19 anos. Tiago Lobo trocou o Vieira por S. Torcato em Outubro e está a estrear-se no terceiro escalão português após ter realizado a formação no Moreirense e ter experimentado a III Divisão com o Serzedelo. Nota para os dois irmãos do internacional luso Vieirinha, ambos a alinharem no Torcatense após passarem pelo crivo formativo do Vitória SC. Francisco Branco é um nome indissociável dos momentos mais altos do Torcatense, foi ele que estreou o clube nos Nacionais, como adjunto, regressando a este como técnico principal em 05/06, na III Divisão, apenas por um mês. Voltou em 2007 para realizar três temporadas e em 2012 volta a S. Torcato, após um par de anos no Arões, para solidificar o projecto e trazê-lo novamente, em 2015, aos Nacionais, agora no Campeonato Portugal Prio. MONTALEGRE

Seria de esperar que o veterano Riça fosse titular nas redes, contudo Viage tem apostado no miúdo cabo-verdiano Márcio da Rosa, oriundo das camadas jovens do Chaves, que integrou a pré-época flaviense e foi cedido aos vizinhos do Montalegre, onde o corpo técnico tem todo um passado associado aos ‘Valentes Transmontanos’. A ligação entre Montalegre e Chaves é notória na quantidade de formandos flavienses que aqui alinham, como é o caso do veterano João Fernandes, que veio dar solidez ao miolo após muitas temporadas no Chaves. No regresso aos Nacionais, o Montalegre tem alguns experimentados, mas igualmente vários jovens de elevado valor e potencial, como o ‘Gverreiro’ Nené, os senegaleses Baba e Zacharia, Yann, Hugo Silva ou Aliu, o jovem guineense que ganhou a titularidade no último terço da primeira fase e soma golos em catadupa, são já oito em cerca de 850 minutos de utilização. Viage custou em apostar nele, mas ele tem confirmado a nossa ‘aposta’.

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MIRANDELA

O jovem gaiense Virgílio Pinto está a aproveitar bem a estreia sénior, após completar o trajecto formativo no Rio Ave, onde realizou também boas temporadas. Não tardará a retornar a um clube de maior dimensão. O seu companheiro nos Arcos, Bruno Pacheco, também se vai mostrando no miolo mirandelense. Dois ex-juniores a iniciarem bem o trajecto sénior, com muitos minutos acumulados e evolução em contexto real de competição, aquilo que é mais importante, especialmente ao lado do muito experimentado Bruno Magalhães, um formando do Chaves. Contratado em Setembro, o alemão Stefan Haas foi pedra de toque no Mirandela, entretanto a deixar Trás-os-Montes, agora em Almancil para a segunda fase. Pedro Silva, médio de 22 anos formado no Chaves, vai também assumindo espaço. A linha ofensiva com Gil, guineense de 22 anos, e Jordão, extremo vianense de 20 anos, tem igualmente potencial para sonhar em voos mais altos. PEDRAS SALGADAS

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O central ex-internacional jovem e formando do FC Porto Sandro Fonseca, é um dos nomes a continuar a seguir, para perceber se evoluirá em subida. O centro da defesa é bem jovem e tem João Costa, um ‘Cónego’ de formação, na terceira época sénior, depois de duas no distrital bracarense ao serviço do Pevidém, é mais um debutante dos nacionais. Existiam grandes expectativas em torno de Belinha, mas o brandoense já abandonou Pedras Salgadas e vai alinhando no Estarreja. Nuno Rodrigues, extremo tabuense, chegou do Oliveira do Hospital para ser um dos totalistas da Fase Regular da prova. Já o luso-cabo-verdiano Marco Barros, vulgo ‘Iniesta’, tem-se mostrado como um dos melhores, cinco golos e bom futebol. Nota ainda para o veterano brasileiro Gustavo Souza, com três golos em três partidas, e Valter, irmão de Rudy, que prossegue caminho no CPP. LIMIANOS

Muitas novidades, Ângelo Rego a chegar já durante a época para ganhar logo o lugar à direita, com excepção para Jojó, que vai evoluindo na lateral esquerda de Ponte de Lima desde 2011, ainda júnior na altura, a par de Kiko, outro jovem que fechou o trajecto formativo no Limianos e, ainda júnior, logo se mostrou na principal equipa, na temporada transacta. Zé Nando, 20 anos, chegou do Neves a meio da temporada passada e começa a ganhar protagonismo no meio-campo limiano. Moreira foi primeira escolha enquanto esteve em Ponte de Lima, no entanto mudou-se para o histórico Tirsense com o decorrer da temporada. Lane Nhaga, jovem guineense, foi cedido pelo Feirense e ultrapassou Chiva por um lugar na frente.

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PONTE DA BARCA

Rui Santos agarrou o lugar na baliza, Nuno Santa Marta na lateral, Anton Dolgyi no miolo, jovens que procuram a afirmação numa equipa que luta pela manutenção após sagrar-se campeão vianense e que mantém a estabilidade no corpo técnico, apesar das muitas alterações no plantel. Depois de iniciar Ivo, o habitual lateral esquerdo, José Pequeno começou a experimentar o ala de base Tiago Silva, antigo internacional jovem com formação no FC Porto e que chegou do Varzim B Apesar da má primeira fase na tabela, nota para o antigo leão Luís Cortez, finalmente com tempo de jogo para demonstrar o potencial que evidenciava nas camadas jovens. AMARANTE

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O trabalho ‘em casa’ dá frutos e Pedro Pinto realiza uma Fase Regular perto da perfeição para aproximar os amarantinos de patamares nunca antes atingidos. Tiago Silva, o jovem Armando, César, no caso de Diogo Vila é um local mas formado no Vila Meã – ele que faz parte do lote de totalistas da primeira fase, além de boa parte das alternativas, são feitos no clube, um dos bons exemplos de como se deve trabalhar a formação, particularmente em escalões secundários, onde essa ainda assume maior preponderância na sobrevivência dos emblemas e na própria ligação com a comunidade local. MARÍTIMO B

Finalmente Ludgero Castro deixa o papel de pronto-socorro e assume de forma definitiva a direcção técnica da equipa ‘B’ maritimista e consegue colocá-la em posição para disputar o retorno à LedmanLigaPro. Tomás Mota é a grande novidade, um esquerdino do Porto, internacional jovem luso, formado entre Leixões e FC Porto, que aspira naturalmente a dar o salto para a primeira equipa. O luso-cabo-verdiano Diney, um dos capitães de equipa, jogou mais como central e foi chamado aos trabalhos da equipa principal de forma mais permanente depois de somar todos os minutos na Fase Regular desta competição. Nomes como Filipe Oliveira ou Carlos Daniel já deviam ter dado o salto, interna ou externamente, somam já demasiados anos ‘B’ e já estão em regressão evolutiva. O sãotomense Barbeiro é outro nome que já pede equipa ‘A’ ou um desafio de maior dimensão. FELGUEIRAS 1932 Apesar da boa prestação felgueirense, Ricardo Silva deixou o clube e será Horácio Gonçalves o responsável para a Fase de Manutenção. O maduro Vítor Pinto é mais um dos elementos que alinhou em todos os minutos da Fase Regular. Naníssio colocou o Felgueiras no mapa internacional ao participar na CAN’2017.

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ALIANÇA GANDRA

No mais alto momento da sua história, o Aliança de Gandra fechou a Fase Regular no 4.º posto, naquele que foi o seu debute em Nacional. O local Mário Rocha tem muito a ver com esta ascensão meteórica do clube, em claro contraste com a visível decadência em históricos emblemas do distrito do Porto. Nomes como Pedro Sousa, um formando ‘Castor’, é um dos que aspira a etapas superiores, mas é de realçar o facto de a maioria dos titulares vir do distrital portuense, o que sublinha a competitividade que, quem conheça esse espaço competitivo, lhe é reconhecido. André Rateira começou a época, mas entretanto mudou-se para o Lixa, destacando-se a chegada do brasileiro Léo Bonfim, que chegou a Portugal para o Bonfim, alinhou no Boavista aquando deste na IIB, esteve na Segunda Liga por Naval e Gondomar, passou pelo herdeiro histórico esloveno Olimpija e ainda alinhou no também histórico Salgueiros antes de Sobrado.

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TROFENSE

Bruno Pereira tem trabalhado em formação, mas não se está a dar nada mal na Trofa, num clube que esteve em risco de insolvência e procura se reinventar. O experimentado Murta foi o titular da equipa, mas entretanto rumou à AD Oliveirense e é o jovem angolano Kadú, já com 22 anos e ainda longe de cumprir o que se aguardava quando lançado como possível sucessor de Helton no FC Porto, a garantir as redes. O central Mika também começou no Trofense 16/17 após ter ajudado o Feirense a subir à Liga NOS, mas mudou-se entretanto para os ‘Capões’. O plantel foi desenhado para um regresso à LedmanLigaPro e a não entrada na Fase de Subida levou a um natural êxodo, especialmente dos futebolistas com mais nome e outros interessados. Pedro Matos, por exemplo, chegou dos juniores do Rio Ave e já rumou à exequipa de Bruno Pereira, o Sporting Braga B. Por outro lado, o regresso ‘pé mágico’ de Ricardo Fernandes, 12 anos após deixar a ‘Primeira’ para realizar carreira no exterior, dá que falar e já são sete tentos para o veterano esquerdino de 38 anos, sendo André Viana o grande ‘sacrificado’ com a chegada do ‘louro’. Ricardo Fernandes e Hélder Sousa somam quase 80 anos na ‘casa das máquinas’ trofense. Diogo Firmino, um promissor madeirense, tem finalmente espaço para espraiar o seu talento após três temporadas de sénior quase sem somar minutos, à medida que continue a ganhar confiança pode voltar a patamares superiores, é jogador para continuar a seguir de perto. Achávamos que Rafael Silveira agarraria o lugar em cunha, mas é o australiano Carter a exibir talento, com nove golos em menos de 900 minutos de utilização. Aos 22 anos, Carter foi um achado já com a época em andamento e chama certamente a atenção.

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SÃO MARTINHO

Um dos mais renomados dos escalões secundários, Jorge Regadas elevou o São Martinho a lugares nunca antes alcançados, manteve o clube no Campeonato Portugal Prio na temporada passada, contudo saiu à 5.ª ronda, sendo substituído pelo limiano Carlos Cunha. Erick Daltro já regressou ao Brasil. A acompanhar naturalmente é o central Diogo Bianchi, 19 anos e todo o potencial para subir, subir, subir, abençoado no São Martinho pela companhia do consagrado Orlando, nesta temporada de volta à posição central depois de alinhar mais como médio de contenção na época transacta. Outro nome forte a acompanhar, também antigo internacional jovem luso, é Micael Babo, ele que havia realizado todo o trajecto sénior até aqui no segundo escalão português. Também o médio ‘Gverreiro’ Diogo Silva se estreia no futebol sénior com muitos minutos e este deve ser mero pro forma, pois antevê-se que rapidamente ascenda no futebol luso. O ataque tem sido bastante experimentalista, mas Ba ‘roubou’ o lugar ao veterano compatriota Bobô, expectável titular da equipa. CAMACHA

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O central Roberto é um dos elementos mais velhos que o técnico Pedro Andrade no plantel e o veterano de 34 anos faz parte do naipe de totalistas da Fase Regular. São vários os membros do plantel que já passaram os 30 anos, faixa à qual o treinador ainda não chegou. Nomes como Tony, Rúben Andrade, Miguel Fidalgo ou Márcio Abreu faziam prever uma campanha mais ambiciosa, contudo a Camacha fecha muito distante dos lugares de acesso à LedmanLigaPro. CANIÇAL

Hélder Moreira, antigo formando do Marítimo que nunca foi além da equipa ‘B’, agora com 33 anos, faz parte do núcleo de totalistas da Fase Regular. Com a equipa a marcar poucos golos, será de esperar que o ex-júnior do Marítimo Alexandre Perestrelo comece a ter mais algum espaço, ele que tem sido basicamente utilizado a partir do banco. PEDRAS RUBRAS

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Aos 40 anos e depois de uma carreira nos distritais do Porto, o central Tó, que apenas havia experimentado a III Nacional fugazmente com a UD Valonguense, está na estreia do Pedras Rubras nos Nacionais, contribui para duas subidas deste e continua a somar minutos no centro da defesa. Seria de esperar que Pedro Cervantes, com carreira realizada nos escalões profissionais, chegasse e assumisse importância no meio-campo, contudo não tem sido assim. O responsável é Dinis Lopes, aposta de ambos os treinadores para o miolo. Aos 22 anos o médio centro ainda tem tudo para crescer, depois de passar pelos escalões de formação de Salgueiros, Senhora da Hora e Varzim. Numa temporada em que o objectivo passa unicamente pela manutenção, nota ainda para o menino Bruno ‘Messi’, 20 anos, que na temporada passada se dividiu entre Sanjoanense e Bustelo após ter concluído o processo formativo sob égide de Vasco Seabra, nos juniores ‘Castores’, um esquerdino cuja evolução é de seguir. TORRE DE MONCORVO

Leandro Pedrosa fez carreira como defesa. Gaiense, formou-se no FC Porto, mas logo como sénior estreou-se no Torre de Moncorvo, esteve nos escalões profissionais com a Ovarense em 03/04, regressando a Torre de Moncorvo em 2008 para fechar o ciclo de futebolista e aqui iniciar o de técnico. A equipa continua a balançar entre o distrital brigantino e os nacionais, esta é a sua temporada de estreia efectiva como treinador principal. Como facilmente se observa, o rigor comanda e o plantel que subiu do distrital brigantino permanece, sem conseguir capitais de investimento, há que ter uma gestão bem cuidada e apostar na prata da casa. A lesão de Valadares face ao Pedras Rubras, que o deixou de fora quase metade da competição, também não ajudou a uma melhor prestação. O esquerdino Maçorano, ainda com idade júnior mas já na segunda época com a primeira equipa de Moncorvo, procura aqui a oportunidade para vingar no ‘Belo Jogo’, ele que Canadas multiplicam-se na esquerda.

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UD OLIVEIRENSE

Pedro Miguel voltou à sua terra para procurar repor a Oliveirense na LedmanLigaPro. Depois de um começo pouco promissor, os oliveirenses ultrapassam toda a concorrência para terminar a fase regular no cimo da Série C da Fase Regular. O veteraníssimo Paiva chegou para ser titular – e assim começou, contudo o miúdo Filipe Ferreira assume-se como o sucessor de João Pinho. Aos 20 anos o ‘jesuíta’ formado entre a cidade-berço e o Olival começou a época em Olhão, mas logo se mudou para Oliveira de Azeméis, sendo uma das principais figuras da recuperação oliveirense. Com Filipe Ferreira a equipa venceu sete encontros, empatou dois e apenas perdeu uma ocasião. Pedro Miguel também tem testado diversas soluções na defesa, Leozão, Diogo Silva e Tiago Melo, Raúl Martins, Kiki Ballack e Ricardo Tavares têm-se revezado na defesa, ainda em busca dos melhores encaixes. O avançado Diogo Fonseca perdeu espaço para a surpresa colombiana Cuero e já deixou Oliveira de Azeméis, regressando ao seu arquipélago natal, os Açores. João Amorim, tão promissor nas camadas jovens, parece ganhar novamente terreno e confiança após duas épocas com poucos minutos na Vila das Aves, bem acompanhado pelo também ainda jovem Mendes, um ‘Bebé do Mar’ de formação, filho do antigo avançado Mendes que, por sinal, também envergou a camisola ‘unionista’ na carreira. SALGUEIROS O brilhante começo de temporada de Rui Amorim ao leme do Salgueiros levou-o à LedmanLigaPro, contudo a passagem pelos Açores foi pouco conseguida e está agora a orientar a União Leiria. Bruno Marinho teve a oportunidade de se estrear em Nacionais, no entanto o trabalho do ex-técnico do Leverense não satisfez a gestão e chegou o antigo internacional jovem luso Filipe Cândido, que conseguiu manter o ‘Velho Salgueiral’ na rota da subida.

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A baliza tem sido mais do luso-guineense Jonas, a impor-se a Fonseca, filho do antigo guardião com o mesmo nome, que acaba por ganhar mais tempo de jogo face à ida de Jonas para a CAN’2017.

A equipa mescla experiência e juventude, como se pede, contando ainda com diversos antigos internacionais jovens portugueses. Nomes como João Miguel, Sérgio Duarte, este que prometia vingar no Nacional da Madeira mas não o fez, Tiago Cerveira, Bruno Simões, Ivo ou Aylton têm condições para atingir patamares superiores. Além de Jonas, Steven e Ricardo Rocha atrás, a linha da frente tem enorme quilometragem profissional, quer Hernâni, quer Cafú, seja Jorge Gonçalves ou Rui Lima, somam muitos anos de Primeira, experiências em ligas estrangeiras, um plantel realmente candidato à subida. Nota final para Rui Faria, sobrinho do famoso adjunto de José Mourinho com o mesmo nome, canhoto, central ou médio, já com dois golos na prova e a mostrar-se opção bem válida, exibe cada vez mais maturidade e experiência, tem 24 anos, ou seja, um futuro grande ainda pela frente. SANJOANENSE Flávio das Neves sofreu um duro revês a fechar a Fase Regular. Depois de passarem praticamente toda a competição nos lugares de acesso à Fase de Subida, os ‘alvinegros’ terminam em 3.º, a dois pontos dos dois primeiros e logo batidos pelos grandes rivais, a UDO. Há décadas que o mais pequeno concelho de Portugal, São João da Madeira, tem a sua ADS a produzir talentos para o desporto nacional, seja no hóquei em patins, no andebol, no basquetebol, no atletismo e, claro, no futebol. Veloso, Secretário, Vermelhinho, António Sousa, Ricardo Sousa, José Sousa, Cândido Costa, Litos, Rui Correia, Gil Dias, Paulinho, Benjamim… glórias do passado e do futuro num emblema que prossegue a formar jovens de topo apesar de constantes dificuldades financeiras.

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Alexandre Pardal é um dos vários elementos formados em casa e que subiram novamente o clube da distrital aveirense para o CNS/CPP. O nigeriano Junior Pius, 21 anos apenas, chegou a Portugal para integrar os juniores do FC Porto, passou pelo Aves e nestas duas temporadas recentes, primeiro em Cesar, agora em S. João da Madeira, acumula muitos minutos, é totalista da Primeira Fase. Ao seu lado tem jogado mais outra surpresa da prova e outro antigo formando portista, o poveiro Vinícius, numa dupla bem imponente. Não é por ser filho do treinador que Rúben Neves continua a ter protagonismo. O médio de 25 anos já foi associado a emblemas de escalão superior e realizou duas razoáveis temporadas no Aves antes do retorno a ‘casa’. Tem qualidade para voltar à LedmanLigaPro. Esperava-se mais de Zé Pedro, entretanto a trocar a ADS, onde se iniciou e de onde rumou ao FC Porto, pelo Gafanha, ele que continua sob contrato com os ‘Dragões’. Também ligado ao FC Porto, novamente, está agora o ponta-de-lança André Pereira, cujos seis golos captaram a atenção ‘B’ e já faz parte do plantel da LedmanLigaPro. COIMBRÔES

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O campeão do mundo de Riade, Bizarro, soma a quarta temporada no emblema gaiense. Antigo guardião, tem feito carreira de técnico essencialmente neste escalão, ainda sem a almejada oportunidade de dar o salto para as ligas ‘profissionais’. Foi um bom desempenho, terminando a Fase Regular com 30 pontos, a somente quatro do acesso à subida, naquela que é a melhor fase do clube no futebol. A defesa é bem rodada, todos acima dos 30 anos, à excepção de Diogo Costa, central de 24 anos, bem integrado pelos experientes companheiros. Já o médio de contenção Filipe Cardoso, em casa, regressou ao clube em júnior após passagem pelo Boavista, e continua aqui, aos 22 anos, apesar de se lhe ver potencial para chegar a outras conquistas. Tomás Gomes, também jogador do centro do terreno, é outro jovem a seguir atentamente, também iniciado no clube, entretanto a rumar ao Leixões, passando igualmente por FC Porto, e retornado na época passada para se estrear como sénior. Fábio Pimenta chegou do Mafra para ser decisivo, cinco golos em menos de 400 minutos de utilização torná-lo-ão bem importante para a segunda fase. É mais um avançado ‘made in’ Santa Maria! (Algum dia hão-de ir ao clube de Galegos descobrir a fórmula para produzir tantos goleadores de qualidade). CINFÃES

Rooney e Santiago Silva têm sido utilizados preferencialmente como alternativas ofensivas, sendo destaque o luso-guineense Pio Júnior, que chegou de Macau, viu e está a marcar. Óscar Barros continua a mostrar-se como lateral superior, sendo estranha a sua saída do Rio Ave. Tem tudo para se afirmar no contexto do futebol português. Nuninho era bastante promissor, mas tarda em se afirmar na plenitude, já distantes vão os tempos de esperança nas camadas jovens ‘panteras’. A qualidade está lá, no entanto necessita de maior regularidade e, acima de tudo, percepção e entrosamento colectivo, será tão melhor quanto mais oferecer e acrescentar à equipa, não somente enquanto indivíduo mas integrado nas manobras de entendimento e desenvolvimento colectivo.

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SOUSENSE

Depois de praticamente uma década a trabalhar na formação, primeiro no FC Porto, depois no Leixões, Hélder Nunes aceitou o primeiro projecto sénior durante a temporada passada, na Foz do Sousa, ali permanecendo, num clube sem grande historial mas que se mantém firme no CNS/CPP. O Sousense é mais um exemplo de humildade e capacidade directiva. O trabalho é muito feito em casa e foi com a ‘prata da casa’ que o clube chegou e se mantém na posição onde se encontra. O grosso do plantel é da região e nomes como Chico, Vítor Hugo, Paulinho, Telmo, Tozé Neves, Zé Miguel ou João Oliveira são mesmo formados no clube. Fábio e Stéphane prosseguem a saudável rivalidade pelas redes. O miúdo Vítor Andrade trocou o Pedras Rubras pela Foz do Sousa e vai somando minutos novamente no clube, onde se estreou como sénior após formação no FC Porto. Nota ainda para Ângelo, esta época com 13 golos em 18 partidas e a captar o interesse de emblemas de escalão acima GONDOMAR

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Finalmente, depois da estreia sénior com o Boavista na IIB, mas sem a continuidade expectável, Cavadas tem um treinador que aposta de forma consistente e contínua e não fossem os oito tentos encaixados nas últimas duas rondas da Fase Regular estaria com uma das melhores defesas da Série, apesar do 7.º lugar final. Esperávamos que Pedrosa agarrasse o lugar na lateral direita, contudo Baldaia segurou a posição. Tiago Silva está a realizar um ano ao nível do que fez no Sousense em 14/15, no que a golos diz respeito – foram 12, objectivo que quererá superar nesta época. Em contraponto está Tiago Serralheiro, prolífico goleador júnior nos ‘Castores’ que aguardávamos fosse primeira escolha, mas que mal pisou ainda os relvados no Campeonato Portugal Prio. Aliás os jovens Serralheiro e Chico Sousa, este com passado por FC Porto, Boavista e oriundo dos juniores leoninos, não têm merecido, de todo, a confiança de José Alberto, tal como Miguel Cid, que já deixou Gondomar. O Gondomar está determinantemente apostado em revigorar o clube. Além dos acordos relacionados com a China, o clube ‘dourado’ criou equipa ‘B’, a alinhar no distrital portuense, e Diogo Dentinho, que tão bem se tem mostrado ali, poderá realizar a segunda metade da temporada já como opção da primeira equipa, sublinhando a importância de se possuir essa estrutura para amenizar a transição jovem/sénior e dar maior espaço evolutivo e avaliativo para os jovens da formação. ESTARREJA

Sandro Botte já é quase instituição no Estarreja, soma praticamente uma década no banco do clube, com uma saída e regresso na época seguinte pelo meio, apesar dos jovens 43 anos, mantendo-se essa aposta segura em quem é da casa, conhece bem todo o clube e o seu entorno. Tal como o Gondomar, também o Estarreja criou uma equipa secundária, que compete no distrital aveirense, para melhor trabalhar, potenciar, avaliar e burilar os miúdos da casa.

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Marco Sá trocou Lourosa por Estarreja no início da época, mas está de volta ao Lusitânia e será novamente João Oliveira a garantir as redes para a restante época. Outro elemento que rumou ao clube foi o médio Fredy. Também Carela e João Pinto deixaram Estarreja rumo ao distrital aveirense, estando agora em Espinho para tentarem ajudar os ‘Tigres da Costa Verde’ no retorno aos nacionais. A equipa tem visto várias mudanças no plantel e chegou o criativo Belinha, uma ainda esperança do futebol luso, brandoense formado no FC Porto, que já leva 10 partidas desde que chegou, depois de ter começado a temporada no Pedras Salgadas. CESARENSE

O mau começo de temporada, sob o leme de Martelinho, foi menorizado com a mudança de comando técnico e o Cesarense, um dos emblemas ‘nacionais’ do século XXI, a crescer no contexto Aveiro-Norte e tomar espaço de históricos em claras dificuldades como União Lamas, Sporting Espinho, Lusitânia Lourosa, Ovarense, Esmoriz ou outros como S. João de Ver, Arrifanense, Cucujães, Avanca, Fiães ou São Roque, sedimentando presença no panorama nacional e mesmo potenciando uma equipa feminina de onde saltou uma das sensações lusas, Andreia Norton, agora no Sporting Braga. A luta será feroz pela manutenção no Campeonato de Portugal Prio, até para evitar a queda no, neste momento, fortíssimo e bastante equilibrado Campeonato Safina. O Cesarense também compreende a importância de ter uma equipa ‘B’, que alinha na II Divisão aveirense, tal como a do Estarreja. Tiago Jogo parecia destinado a impor-se no Feirense, mas o médio vê o tempo a passar e as ligas profissionais cada vez mais longínquas, começou a temporada em Cesar mas entretanto rumou à Gafanha da Nazaré. Num dos onzes mais diversos da nossa previsão, nota para uma das boas surpresas da época, o ex-júnior espinhense Ivo Lucas, exemplo perfeito da utilidade da equipa ‘B’ cesarense, onde realizou a estreia sénior na temporada passada e a ser a transição ajustada para agora se mostrar na primeira equipa. Pode dar o salto em breve para outros patamares.

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MOIMENTA DA BEIRA

O brasileiro Kevin chegou do Aves e ‘roubou’ o lugar na baliza a Márcio, que entretanto deixou o Moimenta e regressou ao Sporting Lamego, precisamente o emblema que havia trocado pelo campeão viseense em 2012, recordando-se que foi Márcio Guilherme um dos artífices dos dois títulos distritais do Moimenta em 2014 e 2016. Apesar das muitas novidades, sobretudo jogadores da região mas com rodagem ‘nacional’, o Moimenta da Beira já alterou três vezes de técnico e avizinha-se complicada a manutenção. Note-se que vários dos reforços acabaram por não se confirmarem como tal. GAFANHA

O projecto que se desenvolve na Gafanha da Nazaré visa trazer a equipa para as ligas profissionais, tomando como exemplos os sucessos de Arouca e Tondela. A Fase Regular foi tranquila e o Gafanha, que assegura a transmissão online dos seus encontros caseiros e alguns

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extramuros (quando autorizados pelos adversários), em mais uma importante inovação em termos de comunicação, imagem e marketing, até foi dos primeiros a garantir vaga na Fase de Subida. Até a escolha técnica, coincidência ou não, se pode relacionar com os arouquenses e tondelenses. Nuno Pedro, 35 anos, antigo médio, fez parte do plantel do Arouca que subiu da III à II Divisão B em 2008 e está no plantel do Tondela que assegura a mesma subida na época seguinte, 08/09! O sanjoanense Diogo Almeida chegou e arrebatou a baliza. Vítor Nogueira já deixou o plantel e está no Sourense. Bem-Haja, bairradino, já consta dos cadernos de notas de alguns observadores. No outro flanco também Pedro Tavares, 22 anos, já com experiência de II Liga no Leixões, sobe no radar dos olheiros. O cabo-verdiano Adilson Vaz é mais um dos totalistas da Fase Regular, enquanto Pedro Santos, produto das escolas de Estarreja e Feirense, aos 21 anos acabados de completar, começa a afirmar-se no centro da defesa. Rúben Silvestre e Pedro Oliveira, ambos ainda bem jovens mas já com rodagem de Segunda Liga, têm tido menos protagonismo do que antevíramos na nossa antevisão do Campeonato de Portugal Prio. LUSITANO VILDEMOINHOS

O histórico viseense é outro dos bons exemplos no trabalho de gestão, mas também de comunicação, neste escalão, claramente ambicionando atingir a LedmanLigaPro e retomar no relvado a forte rivalidade ‘viriata’ citadina com o Académico Viseu. Com três títulos de campeão distrital sénior em Viseu, Daniel Oliveira deixou o promovido Moimenta da Beira para integrar bem o onze do clube onde concluiu o processo formativo. Vai-se dividindo com o polivalente Paulo Oliveira na lateral direita. O luso-suíço Marcel está a realizar uma época notável, com maior liberdade ofensiva face ao musculado miolo de Rogério Sousa, está a mostrar que deveria ter tido mais oportunidades na passagem pelo Académico Viseu. Ele e o já bem conhecido Hélder Rodrigues, têm dado bem que fazer a todas as defesas adversárias. O miúdo Márcio Santos, que tem formação no futsal,

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chegou oriundo do Sabugal, onde apontou 12 golos, mas ainda procurando adaptar-se aos companheiros da dianteira. ANADIA

O Anadia jogou até à última pela passagem, ficando a um ponto do almejado objectivo. É o transmontano Fernando Pereira, antigo médio/defesa esquerdo, que chegou a alinhar uma vez na Primeira pelo Chaves, ainda bem jovem, ajudou o Leça a subir ao topo em 95 e esteve na subida do Beira-Mar também à Primeira em 98, mantendo-se em Aveiro na temporada seguinte. A vida e a carreira seguiram na região, onde já orientou Gafanha, Recreio Águeda campeão distrital de 2008, Avanca e Anadia, que garantiu no CNS em 2014, antes da passagem pelo Braga B, e voltou ao Anadia no início de 2016 para garantir o apuramento para a Fase de Subida, que falhou por um triz desta feita. A equipa tem ainda o mérito de ter vários produtos da casa. Manuel Gama saiu para o Benfica quando menino mas faz carreira sénior no concelho natal, João Nogueira, de somente 22 anos, fez toda a vida futebolística aqui, o ex-júnior Fábio Duarte, que tem sido lançado a partir do banco a espaços, aliados a nomes de interessante talento como o alentejano Ricardo Katchana, que tão bem vinha jogando nos ‘Galos do Botaréu’, João Ricardo, médio espinhense que chegou já com a época a decorrer e mostra-se mais-valia clara, ou Hugo Muxa, de volta a Portugal após a experiência gaulesa nos Lusitanos Saint Maur. Outro nome a reter é Forbes, sobrinho do antigo avançado Forbs, que leva quatro tentos em menos de 400 minutos de utilização. MORTÁGUA Diogo ‘Pirolo’ Ribeiro, lateral-ala direito, é outro elemento que realizou todos os minutos da Fase Regular. Já o ‘Amor’ Rúben Martins continua a somar épocas com golos em catadupa e é estranho ainda não ter sido recrutado para as ligas profissionais, quer no Marrazes, quer em Pombal, o extremo denotou gosto pela baliza, na época passada dividiu-se entre a Sertã e Mortágua, não tendo aqui marcado qualquer tendo, mas já parece afinado com os companheiros e percebido por Maná, uma vez que apontou 10 golos na Primeira Fase.

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O vianense João Vasco, ainda bem jovem também, é outro elemento em destaque no Mortágua, são 19 tentos dos 33 obtidos entre o vianense e Rúben Martins. RECREIO ÁGUEDA

João Pedro Mariz regressou a Águeda 11 anos depois para retomar as rédeas do clube neste regresso aos nacionais, contudo após o término da Fase Regular o moitense saiu e é o veterano José Rachão a retornar aos ‘Galos do Botaréu’. Rachão passou pelo Recreio na segunda metade dos anos 80, saiu em 89/90, mas ficou referenciado no clube, outro que percebe a importância fulcral de fazer chegar os seus encontros ao maior auditório possível, tendo um canal para as transmissões. André Aranha junta-se ao núcleo de totalistas da Fase Regular, um médio bairradino a seguir com atenção, versátil, equilibrador, com golo, soma a sexta temporada sénior com qualidade, esta temporada trocando Anadia por Águeda. O goleador de Caracas está como o vinho, aos 32 anos Zé Bastos continua a somar golos atrás de golos.

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A chegada do antigo internacional jovem André Nogueira liberta ofensivamente Rodrigo, lateral-extremo que apenas conheceu uma vestimenta futebolística até ao momento, a do Recreio. GOUVEIA

Até ao momento, Jorge Cardoso apenas havia treinado futebol sénior em Gouveia, deixando o clube após 14 rondas do Campeonato Portugal Prio. No seu lugar assumiu o adjunto Brazete, que chegou a alinhar na Primeira Divisão ao serviço do Famalicão e terá a tarefa de garantir a permanência dos serranos. O jovem cabo-verdiano Elvis Mendes afirmou-se directamente no Desportivo nesta sua estreia sénior. Elvis tem sido um dos agradáveis debutes na competição, situação extensível ao compatriota e parceiro de flanco Ednilson, também estreante no CPP. TOURIZENSE

Os jovens Hugo Meira, Chico Chen ou Igor Baldé tiveram bem menos protagonismo nesta Fase Regular face ao que aguardávamos na antevisão da mesma, também porque João Bastos experimentou imensas soluções na linha defensiva.

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Rodrigo Thompson chegou oriundo da UD Oliveirense, marcou cinco golos em 10 partidas e rumou ao Algarve, reforçando o Lusitano VRSA. Pedrinho Rodrigues, ex-júnior do Sporting Braga, é uma das revelações da Fase Regular do Campeonato de Portugal Prio. AD NOGUEIRENSE

Rui Vale realizou uma longa carreira como guardião, defendendo até aos 40 anos e no CNS. A época passada iniciou-se na área técnica tomando conta dos guarda-redes da AD Nogueirense, na equipa de Paulo Fernandes, que rumou ao Brasil e logo Vale pegou nas rédeas do plantel e assegurou a manutenção no CPP, algo que procurará realizar novamente nesta época. O jovem Luís Pedro, que coabitou com Rui Vale no Oliveira do Hospital, foi um dos reforços para esta temporada, agarrando o lugar de pêndulo do meio-campo, emparelhando novamente com o luso-brasileiro André Cetim, antigo companheiro nos oliveirenses, em 14/15. Cetim é mais um dos totalistas da Fase Regular. Miguel Garcia, de 19 anos, é que está a ter menos protagonismo do que antecipáramos, depois de Paulo Fernandes o ter lançado e Rui Vale ter continuado a dar-lhe algumas oportunidades na época transacta. O tabuense Berna, criativo de 22 anos, é mais um elemento que fez parte do plantel do Oliveira do Hospital na época de adeus de Rui Vale e que seguiu com o, agora, técnico para Nogueira do Cravo, no mesmo concelho. Outro elemento ‘recuperado’ pelo antigo guardião é o veterano avançado brasileiro Ronan. O jovem luso-russo Sergey Kundik realizou alguns encontros interessantes e o seu representante, o antigo guardião internacional jovem luso Sérgio Leite, colocou-o em Chipre. PAMPILHOSA Fernando Niza, um dos históricos dos bancos da IIB/III/CNS/CPP, deixou o Pampilhosa, onde estava desde 2002, com um hiato de cerca de dois anos entre 2006 e 2009. Ele que tem uma ligação habitualmente longa e forte com os clubes que orienta, sucedeu assim no Lousanense, também no União Coimbra. Fernando Rodrigues, habitual preparador físico, estreia-se neste 16/17 como técnico principal sénior, aos 49 anos, com uma Fase Regular não muito

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promissora para um emblema que já se habituou aos nacionais. Desde que subiu em 2002, o Pampilhosa não mais retornou ao distrital aveirense.

Seria de esperar que Ricardo Tavares, regressado ao clube após uma temporada na Naval, pegasse de estaca, mas apesar da época menos conseguida não foi opção e já está em Soure, emblema onde alinhou cinco épocas e de onde se mudou para Pampilhosa em 2014. O ultra-veterano Joeano continua a acumular golos e não foi por ele que o clube fechou em penúltimo da sua série. O brasileiro de 37 anos apontou nove dos 16 golos da equipa na Fase Regular. Roberto regressou à Gafanha da Nazaré a meio da Fase Regular e estará na luta pela subida à LedmanLigaPro. ACADÉMICA/SF

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Esta deveria ser a equipa ‘B’ da Académica, assente em estudantes das várias universidades coimbrãs, mas com ligação directa ao núcleo profissional, mas é outra equipa, gerida pela academia, em clivagem com a gestão da Académica/OAF, num exemplo daquilo que não deveria suceder, nem as forças tutelares, quer do universo universitário, quer da cidade e da região, o deveriam ter permitido. O antigo lateral Tó Sá assumiu a equipa na época passada, mas saiu após 11 jornadas, sucedendo-lhe o antigo guardião Vítor Alves. A permanência afigura-se tarefa hercúlea. Artur Taborda, ex-júnior da ‘Briosa’, foi uma das novidades, chegando depois de não somar quaisquer minutos com Costinha, para ganhar espaço no meio-campo. Já João Rosas, oriundo da equipa ‘B’ academista, não tem assumido a preponderância que aguardávamos que ganhasse, ao contrário do colega Bruno Beato, que tomou conta da lateral esquerda libertando o cabo-verdiano Nito para funções mais atacantes. O esquerdino João David Correia subiu directamente dos juniores da Académica para o centro da defesa da AAC/SF, situação idêntica à de Pedro Lagoa, outro esquerdino que sobe dos juniores da AAC/OAF e tem procurado dar criatividade ao miolo ofensivo da equipa, e de Henrique Leça, madeirense ex-Sporting CP, Marítimo e Académica, também na estreia sénior a seguir os passos dos colegas juniores da AAC/OAF. FÁTIMA

Após um arranque que não satisfez a direcção, claramente apostada em levar o Fátima à LedmanLigaPro, João Henriques foi substituído pelo consagrado das selecções Silveira Ramos, que apurou facilmente o clube para a Fase de Subida, saindo já perto do arranque da Segunda Fase por alegadas razões pessoais. O ‘miúdo’ Bruno Álvares, bicampeão macaense ao leme do Benfica de Macau, de apenas 30 anos, é o eleito para tentar levar o Fátima novamente para as ligas profissionais. O plantel é claramente pensado para a subida, com vários antigos internacionais jovens lusos, diversos futebolistas muito rodados nos escalões superiores e apenas a confirmação de um favoritismo claro que se previa. Mas a Fase de Subida é que se faz a doer e aí se verá toda a capacidade deste conjunto.

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Rodrigo Dantas tem sido a desilusão, esperava-se bem mais preponderância por parte do ‘carioca’, entretanto retornado ao Brasil para representar o São Bento. Já o miúdo do Cáucaso, mencionado anteriormente neste trabalho, Dzhamal Dibirgadzhiev, confirma-se como uma das grandes sensações da Fase Regular apesar da escassa utilização, 10 golos em 263 minutos é obra, mesmo com o hexa diante da Naval, pedindo bem mais tempo de jogo. OPERÁRIO LAGOA

André Branquinho é um orgulhoso homem da casa, passou pelos juvenis, onde se sagrou campeão ‘miguelense’, posteriormente passando a orientar os juniores e ser adjunto de Agatão, sucedendo ao antigo médio durante a temporada 12/13 e permanecendo ao leme do clube que procura uma inédita promoção à LedmanLigaPro, onde se estrearia também – em caso de manutenção do Santa Clara – um derby de São Miguel na Segunda Liga profissional. O vila-condense João Jesus trocou o Pedras Rubras, onde se formou, pelos Açores e faz parte do lote de totalistas da Fase Regular. A equipa, apesar dos reforços, tem vários formandos em casa, como é o caso de Patrício Coelho, um extremo local que se vai afirmando de forma consistente, esta época a ter Gonçalo Reyes, produto das escolas sadina e benfiquista, como flanqueador também, ainda que nos Açores se vá mostrando como interior igualmente, criando ainda mais competitividade e vontade de evoluir, ambos a servirem com qualidade o goleador Fábio Gomes, na melhor época de carreira a apenas dois tentos do máximo pessoal, no Bragança em 13/14. UNIÂO LEIRIA Foi na recta final, por diferencial de golos, que a União Leiria perdeu o acesso à Fase de Subida para o Operário, goleador face ao Carapinheirense. Tal como o Fátima, também o histórico apostou forte em chegar à LedmanLigaPro e procura na secretaria ainda ter essa oportunidade.

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O antigo médio Kata foi director desportivo na temporada passada, mas iniciou no banco o projecto 16/17, dando lugar a Rui Amorim, que no Campeonato de Portugal Prio 16/17 permanece invicto, são sete encontros, sete triunfos, divididos entre Salgueiros e União Leiria. O antigo internacional moldavo Clescenco assegurou a transição. Uma das surpresas foi a opção pelo portomosense Wilson, formado entre o Portomosense e a União, em detrimento do ‘pantera’ e antigo internacional jovem português entre os sub16 e os sub19 Ricardo Neves, este a ‘recuperar’ o lugar com a entrada de Rui Amorim. Depois de ser revelação em 15/16, o central Benny acabou relegado para segundo plano, tendo o regresso de Rukas ao Lis em muito contribuído para tal, e rumou a Castelo Branco. No clube desde os oito anos de idade, deixa Leiria aos 20 em busca de continuar o processo de afirmação. Tem potencial. O plantel recebeu ainda a mais-valia João Coimbra. Regressado a Portugal após a experiência indiana, o antigo internacional luso em todas as categorias até aos sub21, campeão europeu de sub17 em 2003, volta ao terceiro escalão 11 anos depois, tendo somente o feito no ano de estreia sénior, na segunda tentativa ‘B’, ao serviço da equipa secundária do Benfica, onde se formou. A catadupa de golos do brasilo-angolano Jorginho – 11 – levou-o ao Algarve, onde tentará ajudar o Farense a subir novamente à LedmanLigaPro. SERTANENSE Na Sertã sonhou-se com a subida, o clube entrou na última jornada em zona de Fase de Subida, contudo a derrota para o líder Fátima e os triunfos de Operário e União Leiria relegaram a formação de Gonçalo Monteiro – óptimo trabalho – para a 4.ª posição. Gonçalo Monteiro esteve também no título do Benfica de Macau em 2015, foi observador para o Estoril-Praia de Vinícius Eutrópio, aquando da tomada de conta do clube da Linha por parte da Traffic e coordenou o scouting belenense sob égide de Van der Gaag, aprendizagem por isso com treinadores de ideias bem positivas, futebol atraente, com escolas muito diversas, agora apresentando-se em estreia, com avaliação bem positiva numa série bem complicada.

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O luso-guineense Tito Júnior, no seu terceiro ano sénior, faz parte do grupo de futebolistas que alinharam em todos os minutos da Fase Regular, tal como os cabo-verdianos Danilson e Kelvin. Com uma equipa inteiramente nova, é de enaltecer ainda mais o campeonato realizado, com ‘fogaceiros’, alentejanos, algarvios, guineenses, cabo-verdianos, angolanos, ‘alfacinhas’, ‘tripeiros’, suíços, moçambicanos, brasileiros, minhotos, beirões, ou seja, uma multitude de origens, com a lusofonia como centro nevrálgico. BENFICA E CASTELO BRANCO

Não seria nunca fácil, mas o BC Branco atingiu a derradeira ronda da Fase Regular ainda a sonhar com a Fase de Subida, empatado com União Leiria e Operário na 3.ª posição a dois pontos do Sertanense, mas o empate na visita aos açorianos do Sporting Ideal fechou todas as hipóteses. O bom desempenho da formação de Ricardo António levou, contudo, a uma das maiores sangrias de titulares neste ‘defeso’ intermédio do CPP, o que obrigou a direcção albicastrense a trazer algumas soluções para fazer face à cobiça de emblemas acima na pirâmide futebolística lusa.

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Ricardo António ficou, para nós, aquém na carreira de futebolista, tendo prometido bem mais quando surgiu no Paços de Ferreira, depois de se estrear como sénior precisamente em Castelo Branco, oriundo da cidade-berço. A relação do antigo central com Castelo Branco é enorme, envergou o emblema mais de uma década e já são quatro anos de banco. Olhando para a ascensão de outros técnicos do CNS/CPP às ligas profissionais, parece ser uma questão de tempo até que o vimaranense também lá chegue, com o BC Branco ou assumindo outro emblema. O mérito de Ricardo António é ainda maior, pois do BC Branco têm saído anualmente futebolistas para as ligas profissionais, algo se está a fazer bem na ‘cidade-branca’. A partida diante do Vitória Sernache não chegou aos 90 minutos por inferioridade numérica dos de Cernache do Bonjardim, o que torna totalistas elementos como Miguel Lázaro, Edgar e André Cunha, mesmo sem cumprirem os 1620 minutos regulamentares dos 18 encontros. Gilson Varela rumou ao Pinhalnovense, Ballack já alinhou pelo LedmanLigaPro Cova da Piedade e Adul Seidi foi contratado pelo Marítimo, deixando as ‘Águias Beirãs’ praticamente sem ataque titular. SPORTING IDEAL

Luís Roquete está a colocar o Ideal no ponto máximo da sua história. O sexagenário tem o nome inevitavelmente associado ao Estoril-Praia, pois durante anos foi o ‘treinador da casa’ nos ‘Canarinhos da Linha’, rumando aos Açores em 2013, ofereceu ao clube a Liga MEO Açores de 2015 e conseguiu uma manutenção tranquila na época passada, disputando esta temporada o acesso à Zona de Subida, ficou a três pontos do 2.º lugar! O que Luís Roquete tem feito é inédito nos ‘Leões da Ribeira Grande’, é verdade que já haviam assegurado a manutenção nos nacionais, mas somente quando os Açores tinham uma série autónoma dentro da III Divisão. Depois de trocar Ideal por Praiense, o lateral-médio esquerdo Xexé voltou a casa para retomar o lugar. Paulo César, apesar de ser o melhor marcador, acaba por ter menos tempo de jogo que os parceiros-rivais da dianteira, Ivan Reis e Nuno Amaral. Aliás, é bastante interessante comparar os dados de desempenho, na relação tempo de jogo/golos obtidos, entre os

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açorianos Paulo César e Nuno Amaral, nas últimas épocas, ambos com muitos golos mas o primeiro a denotar maior índice de eficiência, um golo a cada cerca de 248 minutos para Amaral em nacionais, um tento a cada cerca de 190 minutos para Paulo César, ambos já com mais de 100 partidas disputadas entre III/IIB/CNS/CPP. ARC OLEIROS

Paulo Machado foi avançado, formou-se entre o União Coimbra natal e o Sporting CP, concluindo o processo formativo na Académica. A carreira sénior fez-se na zona centro, entre IIB, III e Distritais, agora no banco conseguiu promover o Oleiros, vice-campeão distrital albicastrense a aproveitar a recusar ‘B’ do Sporting Covilhã em integrar o CPP para se estrear como técnico nos nacionais. Uma das novidades é o ‘estudante’ António, que chegou a Oleiros proveniente da Académica B para ganhar a baliza a Luís Pedro. O central Tiago Gomes, de 23 anos, soma-se ao grupo de totalistas da Fase Regular. Chiquinho era uma das grandes expectativas no clube, foi titular em todos os jogos praticamente, mas entretanto regressou para perto de casa, já alinhando em quatro partidas com a camisola do São Martinho. Tínhamos também enormes expectativas no jovem avançado chinês Yaqi He, até começou a titular, mas perdeu espaço. CARAPINHEIRENSE Depois de três anos na Académica B, o lateral-médio esquerdo João Neves faz finalmente a estreia nos nacionais seniores, sendo totalista da Fase Regular, tal como o defesa-médio canarinho Guilherme. JP Mendes, formando da Académica estreou-se nos seniores ao serviço da Naval na época passada, ainda júnior, competindo na frente com Ricardo Faria. Cortesão é o grande artífice do Carapinheirense ‘nacional’, trazendo a equipa já por duas ocasiões até um patamar nunca antes atingido, com dois títulos distritais pelo meio.

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VITÓRIA SERNACHE O polivalente Samuel Alves rumou ao Japão. Vladimir começou a titular, como seria de esperar, contudo mudou-se para Gafete, em Portalegre. Apesar da época difícil do Vitória Sernache, é bom observar o ex-sadino Gonçalo Pessoa a finalmente, após duas temporadas com pouquíssimo tempo de jogo, finalmente a ter espaço e tempo de jogo.

Apesar da renovação do plantel com vista à manutenção no Campeonato de Portugal Prio, a Fase Regular deixou claramente a desejar e será uma tarefa bem difícil manter Cernache do Bonjardim nos nacionais, trabalho duro aguarda o antigo guardião António Joaquim. NAVAL 1.º MAIO Um dos mais antigos emblemas do desporto nacional passa por uma das piores fases da sua história e a extinção é uma ameaça real. A equipa de futebol anunciou que não participaria na

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Fase de Manutenção, mas um investidor de última hora garantiu a, expectável, presença. É pena que uma cidade como a Figueira da Foz esteja tão divorciada das suas referências desportivas, sentiu isso o Ginásio Figueirense, sente esse vazio no estádio que honra uma das grandes figuras do desporto que Portugal desconhece, José Bento Pessoa, um ciclista que só não foi gigante porque a periferia lusa não o permitiu, tivesse nascido e crescido no âmago da Europa, numa Bélgica ou França, e seria bem famoso e carregado de vitórias bem maiores que

as obtidas por este figueirense. Olhando pela positiva, que pelo menos esta situação tenha servido para que alguns jovens se lancem no futebol sénior, nomes como o totalista Fred Jesus, Flávio Silva, Leandro Filipe, Amadu, André Machado ou Igor Ribeiro podem dar o salto rumo a outros patamares. PRAIENSE

O titular da temporada transacta, Filipe Soares, rumou a Angra do Heroísmo e defenda agora as redes do Angrense. Na baliza do Praiense está o ex-internacional jovem Tiago Maia, estrela em potencial a procurar ainda confirmar qualidade, descendo novamente ao terceiro escalão

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para ascender a outros patamares. Breno é outro nome a acompanhar, central açoriano, formado no Operário, a acompanhar Agatão nesta empreitada dos operários. Marco Aurélio também trocou a Lagoa por Angra do Heroísmo e o Angrense. Rui Gomes e André Martins perderam espaço face à temporada anterior, o médio ofensivo gaiense foi uma grande promessa das escolas boavisteiras mas não confirmou no trajecto sénior o que dele se aguardava. Diogo Careca junta-se ao núcleo de futebolistas com todos os minutos na Fase Regular. Hélder Arruda prossegue o brilho sob o leme de Agatão, seria de esperar que o Santa Clara, onde se formou, o ‘repescasse’ para a LedmanLigaPro. TORREENSE

Rui Narciso regressou a Torres Vedras, local onde se iniciou em funções técnicas nas camadas jovens, no final da temporada transacta para suceder a Filipe Moreira. Esta Fase Regular foi realizada com distinção, numa disputa a três até final, com o despromovido Mafra a acabar por ser o excluído da Fase de Subida. Um dos totalistas da Fase Regular foi o lateral direito David Rosa, requisitado por Rui Narciso, que o havia levado já para Malveira na temporada passada. O central Fábio Santos, um local formado entre o Lourinhanense e o Torreense, também realizou todos os minutos da Fase Regular. Outro nome que foi seleccionado pessoalmente por Rui Narciso, seu técnico nas duas temporadas anteriores no Atlético Malveira, chama-se Bonifácio e está a corresponder à chamada. Num Campeonato de Portugal Prio com muitos jovens chineses, fruto de diversos – e necessários – protocolos com academias e organizações da China, que é o mais recente grande interessado no fenómeno futebol enquanto ‘ideal político’, LIngfeng Zhang e Boxuang Feng, o primeiro médio de 19 anos e ex-júnior do Sporting CP, o segundo um polivalente médio

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ofensivo, igualmente de 19 anos e chegado a Torres Vedras para integrar os juniores do clube, face à relação com o empresário Qi Cheng, são dos futebolistas que mais tempo de jogo somaram na Fase Regular. MAFRA

José Cristo, presidente do Mafra, e o próprio clube, podem ser facilmente associados a Gilberto Coimbra e o ‘seu’ Tondela e a Carlos Pinho e o ‘seu’ Arouca, três homens que pegaram nos emblemas ‘amarelos’, sem tradição no futebol português, e os guindaram das respectivas associações distritais até ao futebol profissional, estes são três dos ‘grandes’ clubes portugueses do século XXI dado o crescimento que cada um deles teve e forma como colocaram os respectivos concelhos no mapa do futebol luso. Cristo apostava forte em retornar rapidamente à LedmanLigaPro, acabando por ver a equipa não aproveitar o empate da derradeira jornada entre Praiense e Torreense para segurar uma das duas posições na Fase de Subida, pois também se quedou por empate na recepção ao Vilafranquense. Pedro Silva é mais um jovem técnico em busca de afirmação. Aos 39 anos soma a segunda temporada de Campeonato de Portugal Prio depois de ter protagonizado uma das surpresas de 15/16 ao leme dos sintrenses do 1.º Dezembro, um dos apurados para a Fase de Subida no ano passado. É um dos rostos da renovação dos bancos lusos e não se estranhará que salte em breve para as ligas profissionais. Acreditávamos que André Caio, formado entre o Desportivo Castelo Branco natal e FC Porto, de 22 anos, tivesse finalmente tempo de jogo a sério depois de penar três épocas nos bancos da equipa B portista, mas a baliza foi dividida igualmente entre o albicastrense e o experimentado João Godinho. Uma das grandes ‘estrelas’ do CPP 16/17 é Pedro Almeida que, no seu estágio formativo, chegou a ser antevisto como futuro lateral da principal selecção lusa, internacional português entre os sub15 e os sub20, ainda à procura do seu próprio espaço, aos 23 anos. O jovem Juary acompanhou o técnico do 1.º Dezembro, outro elemento do CPP que deu gabarito

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internacional ao seu clube por ter estado com a Guiné-Bissau na Taça Africana das Nações 2017. Allef rumou ao Real Massamá, mas merece destaque nesta Fase Regular o também brasileiro Campanholo, com nove golos apontados em menos de 800 minutos de utilização, sendo crível que comece a ser mais vezes titular na Fase de Manutenção, ele que chegou a Mafra oriundo do União Madeira B. ALCANENENSE

Bem distantes da luta pela Fase de Subida, os de Alcanena foram os melhores dos outros. José Torcato tem realizado um belíssimo trabalho nos ‘aurinegros’. A história do técnico de 48 anos quase se confunde com a recente do Alcanenense, ele que ali começou a carreira de técnico principal, estava a formação na III Divisão, no final do século passado, esteve depois no Mirense, no Alqueidão da Serra, no histórico União Tomar, regressando a Alcanena com o clube na pior fase da sua história, enterrado na II Distrital escalabitana. Torcato recuperou o clube desportivamente, reerguendo-o paulatinamente até à III Divisão Nacional em 2012. Desde aí têm sido épocas sempre na parte superior da tabela classificativa, a ‘roçar’ os lugares de subida. O jovem brasileiro Max Ferrer perdeu a titularidade com a chegada de Hélio e rumou a Canas de Senhorim. O leiriense Luís Oliveira também já deixou Alcanena e está agora na Marinha Grande a tentar ajudar o Marinhense no regresso aos nacionais. O ex-júnior Bruno Ferreira é o ‘suplente de luxo’ de José Torcato, é um jovem a acompanhar atentamente, tal como Miguel Miguel, filho de Paz Miguel, de regresso à sua região após a experiência em Pedras Salgadas, essencialmente a entrar a partir do banco com José Torcato. Também o internacional jovem turco Merih Demiral já não faz parte do plantel alcanenense, tendo rumado à equipa B do Sporting CP. Outra baixa para a Segunda Fase é o cabo-verdiano Luís Tavares, oito tentos no campeonato valeram-lhe a mudança para o candidato Praiense, açorianos que levaram igualmente o nigeriano Igwe, ex-júnior do Alcanenense com boas

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prestações, o que por certo satisfaz a equipa técnica no trabalho realizado para potenciar estes jovens. Note-se que o boavisteiro Idé havia alinhado em Alcanena na época passada e há ainda que destacar a bela réplica oferecida na Taça de Portugal ao Feirense de José Mota por parte dos comandados de José Torcato. Estas saídas abrirão ainda mais espaço para os também esperançosos cabo-verdianos Bob e Simão Moreno. CALDAS

Depois de uma vida desportiva na linha defensiva caldense, José Vala mantém-se ligado ao clube, cujo vínculo apenas se quebrou na transição atleta-treinador, passando por outros emblemas, na qualidade de adjunto do também antigo defesa Gila, com quem retornou no mesmo papel ao Caldas em 2008. Depois de três temporadas na Associação Espeleológica Óbidos voltou agora ao Caldas, onde sucedeu Ricardo Moura. Nuno Januário, nascido na Suíça, médio ofensivo de 20 anos, pede olhar atento por parte dos observadores profissionais. Luís Farinha, Diogo Clemente, o surpreendente reforço Alexandre Cruz e, claro, o goleador João Rodrigues também ainda estão em fase progressiva e de aquisição de conhecimentos futebolísticos, podendo aspirar a voos mais altos. Já Fábio Sabino vem perdendo fulgor no clube, tal em muito associado à chegada de Alexandre Cruz, que se revelou goleador em Alcobaça na temporada passada. VILAFRANQUENSE O bem alicerçado novo projecto desportivo em Vila Franca de Xira deu-nos ideia de que a equipa estaria na luta pelos lugares de promoção. Contudo, a cuidada gestão deverá mirar a solidificação do clube no CPP, sustentar, avaliar a concorrência e alvos de mercado, para então atacar a subida, talvez em uma ou duas temporadas. Foi o antigo lateral José Sousa, em estreia no futebol sénior, a liderar a equipa neste regresso aos nacionais, entretanto substituído por Filipe Coelho, de volta ao clube após fugaz passagem

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pelo Estádio do Mar e a LedmanLigaPro (16 partidas a orientar o Leixões), mas mais um jovem técnico que tem tudo para ambicionar chegar alto no futebol português e internacional.

Tiago Martins, Bernardo Carlos, Diogo Izata, Nélson Veiga, Charles Monteiro (S. Tomé e Príncipe), Dénis Martins, Diogo Barbosa e Gutty Sereno compõem um vasto lote de antigos ou correntes internacionais jovens lusos, no caso de Charles internacional são-tomense e o veterano Nélson Veiga internacional cabo-verdiano, reforçando o pensamento de presente e futuro do clube. Miguel Lourenço ainda tem idade júnior, mas é central para voar bem alto. Depois de se iniciar no Juventude Castanheira, trocou os iniciados do Benfica pelos juvenis de Vila Franca e já faz a segunda temporada como sénior a todo o vapor apesar dos tenros 18 anos. Alfa Semedo é outro grande talento, tal como Diogo Izata, sénior de primeiro ano em plena afirmação. Menos espaço do que antecipáramos tem tido Carlos David, ele que foi vital na subida do Vilafranquense e o seu desempenho quando chegou ao clube, em 2014, ainda júnior, captou logo a atenção do Benfica, trocando Vila Franca de Xira pelo Seixal nessa mesma época, mas logo regressando ao Ribatejo. A chegada do algarvio Marocas ‘roubou’ igualmente espaço de evolução e afirmação ao avançado guineense Nélson Landim, sénior de primeiro ano, mas este tem respondido bem às chamadas, com dois golos em menos de 300 minutos de jogo. GAFETENSE O Mosteirense, do concelho de Arronches, sagrou-se campeão portalegrense mas abdicou da subida e foi o vice-campeão, Gafetense, do Crato, a estrear-se no segundo escalão nacional, sendo João Vitorino o homem do leme para este debute. Uma equipa do interior alentejano, completamente renovada, obrigada a várias deslocações aos Açores (algo que a FPF e o Governo, que subsidia as deslocações, deveriam explicar, não faz nenhum sentido colocar as formações insulares em séries com equipas do interior profundo, quando existem séries compostas praticamente por formações da Grande Lisboa e

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Grande Porto que, numa perspectiva economicista, assegurariam bem menos custos a todos os envolvidos), teria sempre dificuldades na manutenção, mas esta Fase Regular foi acima do

esperado. Depois da boa temporada nos juniores do Oeiras, Elton Tavares estreia-se no futebol sénior em Gafete com todos os minutos alinhavados na Fase Regular. O guineense Vladimir chegou de Cernache do Bonjardim para agarrar lugar no miolo do terreno. Nota para a enorme juventude do plantel às ordens de João Vitorino, muita irreverência e vontade de afirmação no futebol para contrapor à falta de experiência no futebol sénior e em nacionais. LUSITÂNIA AÇORES

O local João Eduardo Alves deu a Liga Meo ao Lusitânia, fazendo regressar o histórico de Angra do Heroísmo aos nacionais e o objectivo passa pela permanência, numa disputa que se prevê acesa face ao rival Angrense.

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Sem espaço no Ideal, onde se formou, o jovem defesa Samuel Moniz chegou a Angra e pegou de estaca no Lusitânia, relegando Celso para o banco. Dário Simão, Miguel Ficher, Duarte Cordeiro, Cris Silveira e João Melo são outros jovens açorianos a fazerem nome no clube. ANGRENSE

A estreia de Miguel Prenda como técnico principal, após três épocas como adjunto de Roldão Duarte no clube, não foi muito feliz, apenas um triunfo em sete desafios do CPP e a direcção a trazer o também muito jovem, 38 anos, Eduardo Almeida, já com enorme rodagem internacional, Hong Kong, Tanzânia, Malásia, Hungria, Laos e o retorno a Portugal para tomar conta do Pinhalnovense, de onde saiu em total desacordo com, por palavras do próprio, imposições directivas no que toca a futebolistas a alinhar. Veremos o que o homem de Alenquer fará na Fase de Manutenção. Na Fase Regular, em mais desafios, não foi além do que havia conseguido Prenda, uma vitória e um empate. GINÁSIO ALCOBAÇA

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Foi brava a luta pela subida em Leiria na temporada passada, cinco clubes somaram mais de 60 pontos, Alcobaça, Marinhense, Beneditense, Pombal e Guiense, contudo o regresso aos nacionais tem-se revelado bem difícil e Ginásio apenas somou oito pontos, tal como o Angrense. A Fase de Manutenção mostrará se a equipa tem garra para se manter. Filipe Faria foi o obreiro da subida, mas apenas resistiu oito partidas – uma vitória – nesta estreia em nacionais, sucedendo-lhe o nazareno Francisco Mota. Apesar das dificuldades, nota para os jovens que estão a aparecer, Ricardo Soares, Paulo Brites, Fred, Diogo Santana, Vasco Pontes (filho do antigo guardião e actual técnico Vítor Pontes). SACAVENENSE

Depois de salvar o Sacavenense da descida, Tuck liderou o emblema de Sacavém até à vitória na Série G e ida à Fase de Subida, com a melhor defesa de toda a prova, como detalhámos no início deste documento, num duelo até à última com Real Massamá e Sintrense. O cabo-verdiano Yaka Medina e Diogo Duque são totalistas da Fase Regular 16/17. Dinamite faz jus à alcunha atribuída, um dínamo pela esquerda. Fábio Arcanjo, Fábio Horta, Herlander ou Janú Silva têm nos maduros Saavedra, Tiago Santos, Nuno Borges ou Hugo Cardoso modelos para os ajudarem a melhorar e aspirarem às ligas profissionais. REAL SC MASSAMÁ Com carreira defensiva realizada sobretudo em Lisboa, desde o formativo Estrela Amadora, passando por Estoril-Praia, Oriental, Atlético, Odivelas e Pêro Pinheiro, com uma passagem pela Madeira ao serviço do Câmara de Lobos, Filipe Martins estreia-se como treinador sénior, depois de duas épocas nas camadas jovens do Real, com um excelente desempenho e apuramento dos de Massamá para a Fase de Subida.

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Filipe Mendes era o guardião titular, mas a crise na baliza belenense levou-o de volta ao Restelo, onde vinha ‘bancando’ desde 2012, retomando Patrick Costinha posição na baliza. Acreditávamos que Marlon Costa se afirmasse no Bonfim, mas o jovem médio luso-guineense tarda em confirmar o potencial e nesta temporada está a perder espaço no Real. O compatriota Brás, por seu turno, tem sido escolha primária de Filipe Martins para o meiocampo. Outros jovens a seguir no Real incluem o sul-africano Thabo Cele, Nuno Tomás, Rúben Marques e Érico. SINTRENSE

As ideias de jogo do antigo médio internacional português Luís Loureiro são bem cativantes, no entanto o técnico deixou o comando do Sintrense após fechar a somente um ponto da Fase de Subida, a dois de vencer a Série G, assumindo a equipa para a Fase de Manutenção o também ex-internacional Luís Boa Morte.

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O guardião Rodolfo rumou ao Olhanense, experimenta o segundo escalão pela primeira vez após 11 temporadas entre a III Divisão e a IIB/CNS/CPP. Valter Viegas integra o grupo de totalistas da Fase Regular. No segundo ano em Portugal, Iaquinta confirma a alcunha e continuar a somar golos. A chegada do guineense de 21 anos às ligas profissionais deverá estar para breve. João Olavo Simões rumou ao Sacavenense nesta fase de transição. No lado oposto está André Ceitil. O jovem médio de 21 anos foi bastante importante na histórica subida do Cova da Piedade, mas em Sintra não tem visto o protagonismo que antecipávamos. CASA PIA

Tiago Zorro subiu na hierarquia do Alverca e tomou conta da formação sénior na temporada passada. O bom trabalho captou a atenção dos ‘Gansos’ para suceder a Filipe Coelho, que entrou no lugar de Tuck e levou o Casa Pia até ao play-off apenas falhando aí o inédito acesso à LedmanLigaPro, após a ida deste para o Leixões. Sem ser opção no Vilafranquense, face à chegada de Hugo Cardoso, Nelson Pinhão rumou ao Casa Pia e arrebatou o lugar ‘1’ a Miguel Soares. Mateus Fonseca é mais um dos muitos produtos da academia leonina de quem muito se esperava, ainda sem confirmar como sénior, nota-se o talento – em Trofa foi bem visível – mas talvez falte o técnico que o encaixe no melhor lugar e o potencie colectivamente. LOURES Luís Silva regressou a Loures duas épocas depois de ter colocado o clube na Fase de Subida. A Fase Regular foi tranquila, acabando por deixar fugir os da frente no último terço da prova, com duas derrotas e três empates antes do triunfo a fechar a Primeira Fase, mas prevê-se que o Sportivo faça uma Fase de Manutenção tranquila.

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Face ao futebol de praia, Rapha Cruz arrancou como titular, mas o craque das areias Nuno Hidalgo retomou a titularidade no Loures e o jovem de 22 anos rumou a Malveira.

Ivo Dias está no lote de totalistas da Fase Regular. Este Loures é mais uma equipa bastante jovem plena de potencial. André Frias, Joel Neves, João Job, Serifo, Gonçalo Salvador, Jacinto Monteiro, Sérgio Nogueira ou Rui Batalha perfazem um enorme grupo de futebolistas ainda em crescimento e evolução, com potencial para chegarem mais longe no ‘Jogo do Povo’. ORIENTAL

O antigo defesa Paulinho, com carreira consolidada na Primeira, entre Benfica, Nacional, Estrela Amadora, Estoril-Praia e Salgueiros, largou o diminutivo fora do banco e faz carreira técnica como Paulo Mendes, a carreira tem sido realizada nos escalões secundários, com vários anos no O Elvas e no 1.º Dezembro. Foi ele que assumiu o Oriental, mas saiu à 8.ª jornada e agora faz parte da equipa técnica do Guizhou Renhe, segundo escalão chinês. Sucedeu-lhe o ‘Mourinho dos Pobres’, António Pereira, com quase 30 anos de divisões secundárias.

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Depois de participar activamente na subida do Cova da Piedade, Tiago Rente tem observado dificuldade em assumir o ‘9’ no Engenheiro Carlos Salema, com os técnicos a apostarem num ataque mais móvel. 1.º DEZEMBRO

O antigo defesa do Estoril-Praia Martins foi o eleito para assumir os destinos dos sintrenses em 16/17. Com praticamente uma década de banco ‘júnior’, esta primeira experiência sénior terminou logo à 4.ª jornada e entretanto José Martins voltou ao comando técnico dos juniores do Loures. Foi Hugo Martins, que por sinal estava a orientar os juniores do Estoril-Praia, o escolhido para a sucessão, naquele que é também o seu primeiro ‘banco titular’ sénior a sério, depois de ter coadjuvado Norton de Matos em Chaves e no União Madeira. Está a ser uma boa estreia, com 22 pontos somados na Fase Regular. João Manuel tem finalmente tempo de jogo após três épocas seniores mal experimentando o relvado. Romário Carvalho chegou do Boavista da Praia e vai ganhando minutos na defesa, nada mau para a estreia europeia, ao ponto de já ter rumado ao Aves. Diogo Baltazar, promessa estorilista, continua com falta de tempo de jogo, uma obrigatoriedade para continuar a evoluir, veremos se o terá na Fase de Manutenção. Martim Águas, a terceira geração, já teve algum mediatismo por alturas da Taça de Portugal e vai-se confirmando nos sintrenses. A sua chegada ao futebol profissional deverá ser apenas uma questão de tempo. Os golos do senegalês Diallo também não passam despercebidos acima e o avançado de 21 anos, cedido pelos avenses, deverá regressar ao Aves para efectivar no próximo defeso. Pedro Rosário, que tanto prometia, tarda em se afirmar e aos 23 anos volta ao ‘Primeiro’, onde se estreou como sénior, para se tentar relançar, mas não está fácil. Outra promessa jovem, Gonçalo Maria, está a tirar todo o partido desta chegada ao 1.º Dezembro. BARREIRENSE Um dos grandes viveiros do passado português, o histórico Barreirense continua a atravessar momentos difíceis, no entanto vai-se procurando segurar no CPP e promover jovens valores.

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Pedro Duarte, antigo defesa formado no clube, que chegou a passar por Estoril-Praia e fez parte do forte lote emigrante luso rumo a Chipre, onde esteve cinco anos, pendurou as chuteiras em 2014 no ‘seu’ Barreiro, logo pegando no Barreirense como treinador para vencer o distrital setubalense e trazer o clube novamente para os nacionais. A época passada segurou tranquilamente a permanência mas abandonou o comando técnico após a 13.ª ronda da Fase Regular 16/17. O antigo avançado Pedro Amora, que estava ao leme do Sesimbra, estreia-se como treinador nos nacionais ao pegar no Barreirense. Amir Abedzadeh tem um peso enorme sob as suas luvas, filho da ‘Águia da Ásia’, Ahmad Reza Abedzadeh, considerado por muitos como um dos dois melhores guardiões da história persa, à altura do já falecido Nasser Hejazi. Entrou em Portugal pelo Barreirense, com 23 anos, e os seus desempenhos já o levaram ao Marítimo. Se é verdade que o D. Manuel de Melo já não é a fábrica de futuras estrelas que durante décadas alimentou, especialmente, os ‘Grandes’ de Lisboa, continuam a surgir no Barreirense jovens promissores, como é o caso de Alexandre Rita, contratado esta temporada ao Oeiras, ou o local Janita, uma das surpresas na temporada transacta, a sua primeira sénior, um líder nato no relvado e polivalente, a mostrar-se também com qualidade a defesa direita, um espaço dividido entre ele, Carlos André e Luís Pedro quase equitativamente, Nuno Afonso Cunha, entretanto mudado para o Olímpico Montijo, é outro jovem central a observar melhor. Gonçalo Cruz, que fez parte da meteórica ascensão dos finlandeses do Peimari United, num dos anos, voltou à Margem Sul e trocou Pinhal Novo pelo Barreiro para 16/17, é outro jovem a seguir, assim como Fred, regressado ao clube onde se iniciou e que trocou pelo Vitória sadino em iniciado. Martin Luther King, após duas épocas sem minutos em Olhão, desceu ao CPP em 2015 para retomar trajecto evolutivo e é de crer que volte novamente às ligas profissionais em breve. Está a ter, nesta temporada, o tempo de jogo que precisava. Já Diogo Caramelo, que subiu o Cova da Piedade, rumou ao Barreiro mas tem jogado muito pouco. Esperávamos que este avançado, cuja aventura no Tampines Rovers acompanhámos atentamente, vingasse no

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futebol português, mas já começa a marcar passo várias épocas, nova emigração deveria ser considerada. O veterano luso-francês Alain Pilar, irmão do guarda-redes Christopher Pilar, regressou esta época ao clube onde se iniciou e é totalista da Fase Regular. Bruno Severino é outro futebolista já muito rodado de regresso ao clube onde começou para ajudar a revitalizá-lo. ATL. MALVEIRA

Alberto Bastos Lopes regressou ao activo no banco do Malveira cerca de 20 anos depois de por lá ter passado. O retorno do antigo defesa foi, porém, curto, deixando a formação após 12 jornadas. Apesar dos três títulos da III Divisão, da ‘limpeza’ que foi o regresso do Peniche aos nacionais, Estranhamente, Bastos Lopes não parece ter o crédito que o seu trabalho pede. O também antigo defesa, da mesma geração, Rodrigues Dias sucedeu-lhe deixando Reguengos de Monsaraz para voltar ao Campeonato de Portugal Prio. O polivalente Tomás Silva, apto a alinhar em ambas as faixas, como lateral puro numa defesa a quatro ou mais ofensivo numa linha de três centrais, Migas Duarte, David Amaro, Pedro Pedroso, o ‘xerife’, João Hilário, Miguel Lopes, Bruno Pais são os principais destaques, todos ainda sub23, de uma jovem equipa em busca de um lugar ao sol. ATLÉTICO CP Os de Alcântara caíram da LedmanLigaPro, viram o nome do histórico clube associado à viciação de resultados e a permanência nos nacionais começa a ser miragem. O herdeiro do União de Lisboa e do Carcavelinhos parecia dar passos no sentido da retoma há um par de anos, mas agora nuvens negras voltam a pairar sobre a Tapadinha. Este não foi certamente o debute desejado por Bruno Álvares como treinador principal em Portugal. O antigo médio Nuno Guia não tem conseguido melhor, um empate cada foi o pecúlio na Fase Regular. Bernardo tem sido o mais chamado para a baliza. Na sua terceira temporada de sénior no clube, vê a crise dar-lhe a oportunidade de somar minutos seniores. Vadinho, guineense ex-

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júnior alcantarense, está a aproveitar todo o tempo que soma nos relvados neste seu ano de estreia como sénior. Renato Fernandes pegou de estaca na defesa também. Bruno Saraiva já deixou o clube e vai evoluindo no Fabril, ele que faz também estreia sénior depois de fechar o ciclo jovem no Belenenses. Ricky, que havia deixado o clube para alinhar pelo 1.º Dezembro durante a temporada passada, ainda júnior, voltou a Alcântara para somar minutos. Vladimir Forbs estava a ser um dos melhores e por isso o aspirante Praiense levou-o para os Açores. Já Altair Júnior está no Barreiro e Bruno Bryan em Cernache do Bonjardim. André Galamba jogou todos os minutos da Fase Regular. FARENSE

Os ‘Leões de Faro’ anseiam por regressar ao máximo escalão. O clube passou por imensos problemas, esteve perto do fim, mas estabilizou nos nacionais. A equipa desceu da LedmanLigaPro mas visa o pronto regresso numa Série H dominada pelos emblemas algarvios.

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Lázaro Oliveira já apresentou bons princípios de jogo, estendendo para o banco a suavidade que colocava no relvado enquanto futebolista. Em Faro tem um plantel com elementos muito experimentados e o intuito é claro de regresso. Vasco Coelho é um dos elementos contrastantes, alto central eborense de 22 anos, contratado pelo Sporting Braga na temporada passada, sem minutos B, e cedido ao Casa Pia, procura confirmar-se em Faro. Também o ancorense Zé Oliveira vem do extremo oposto, do Vianense, na esteira de subir ao segundo escalão, algo extensível a André Vieira, um local que chegou do Operário para reclamar espaço. Lázaro tem optado por um miolo mais combativo, ágil e veloz, o que retira espaço ao veterano Neca, que críamos chegasse, como Jorge Ribeiro, para ser pedra-basilar, todavia a perder para o jovem local. O regresso de Livramento, depois de uma temporada na Bulgária e outra, mais o arranque desta, no campeão gibraltino, Lincolcn Red Imps, também retirou protagonismo ao lisboeta. Livramento somou seis golos em menos de 550 minutos, claramente decisivo. O brasileiro Ricardo Pires rumou a Castelo Branco e será uma das alternativas encontradas para fazer face à sangria ofensiva que os albicastrenses sofreram. A Faro chegou o brasileiro Jorginho, oriundo da União Leiria, com vista a trazer mais golos no ataque à subida. Também para a frente chegou do Almancilense Tavinho. Fábio Martins não conseguiu destronar Sunday Akinbule do eixo do ataque, onde Lázaro tem experimentado diversas soluções. LOULETANO

A forte história de Farense, Portimonense e Olhanense relega os de Loulé para quarto emblema algarvio, também um bom formador e que já esteve no segundo escalão, liga à qual quer retornar. No banco está o antigo guardião e internacional jovem luso Ivo Soares, bastante ligado ao Farense por sinal. Ivo trocou Vila Real de Santo António, onde realizou bom trabalho, por Loulé e continua a demonstrar qualidade no Louletano, que imita o feito de Jorge Portela, em duas épocas seguidas, com o vice-campeonato da Zona Sul em 2006 e 2007. Mesmo quando o Louletano alinhava na Liga de Honra, era comum o grosso do plantel ser formado em casa. Bruno Lúcio, que entretanto rumou a Angola, Fausto, Bruno Cordeiro,

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Guilherme Morais – outro miúdo em ascensão clara, são alguns dos exemplos de produtos da casa. Finalmente, Rafael Floro conseguiu tempo de jogo regular e a antiga promessa, oriundo do concelho, internacional jovem e que chegou a passar por FC Porto, rumando ao Olival para as épocas de júnior, e Sheffield Wednesday foi recrutado por Ivo ao Almancilense e já deu o salto novamente para os ‘pros’, assinando pelo Gil Vicente. Pedro Caeiro é outro jovem que Ivo trouxe de Almancil para dar continuidade à evolução e aos 21 anos pode ‘explodir’ e voar bem mais longe, tal como o beirão Rogério Mesquita e Diogo Martins. Pedro Vittori veio de Londrina para agarrar a titularidade na defesa. Um brasileiro de 21 anos que deve estar mesmo de passagem por Loulé para rumar a outras paragens mais altas. Já Youssouf Sow, nascido na Guiné-Conakry, chegou a Portugal para os juniores do Belenenses e nas duas últimas temporadas, quer no Castrense, quer agora em Loulé, está a exibir uma veia goleadora que não se lhe conhecia, porventura relacionada com a maior proximidade da baliza contrária, tem evoluído imenso sob a orientação de técnicos como Gilberto Gomes, Carlos Guerra, Calú e agora Ivo. Pode ser um caso sério face ao que apresentou no último ano e meio. LUSITANO VRSA

A aposta no antigo criativo Ricardo Sousa para o banco trouxe uma Fase Regular bastante tranquila para Vila Real de Santo António, em continuidade com o trabalho anterior após o regresso aos nacionais do Lusitano. O emblema também labora arduamente para regressar ao segundo escalão a médio prazo. Depois de uma vida no Lusitano local, com uma passagem pelos juvenis de FC Porto, o guardião João Azul foi chamado por Ivo para reforçar o Louletano na Fase de Subida. O feirense Leandro Silva está finalmente a ter uma época em cheio no CNS/CPP. Mera alternativa em S. João da Madeira e na Gafanha da Nazaré, é um conhecido do técnico, que o levou para o Algarve e lhe mostra toda a confiança no seu valor. Ruizinho também foi orientado por Ricardo Sousa na Sanjoanense e trouxe igualmente o conterrâneo para o Algarve.

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João Salas ainda é júnior de primeiro ano, mas Sousa tem dado muitos minutos ao jovem médio, que vai correspondendo bem, está a ser uma das revelações da época, como esperávamos. A chegada de Marcão é que lhe tirou algum protagonismo, mas é miúdo para deixar Vila Real de Santo António a breve trecho. Márcio ‘Maradona’ Sousa continua bem longe da ribalta que as camadas jovens prometiam. Aos 30 anos voltou ao terceiro escalão, mas mesmo no Lusitano tem-se deparado com dificuldades para ser o ‘maestro’ que se esperava da equipa. MOURA

Depois de chegar a Moura como adjunto, Tiago Raposo assumiu a equipa na temporada passada e esta época realizou uma Fase Regular tranquila, mas sem atingir a Fase de Subida alcançada em 15/16. Marcelo Prata saltou directamente dos juvenis mourenses e as exibições já o levaram para o Marítimo, onde evoluirá na equipa B. Os seus colegas dos juvenis, Pedro Diniz, subiu igualmente para a equipa sénior e vai somando minutos. Também o congolês Émile N’Goy está a ter uma bela estreia sénior, após chegar a Moura oriundo dos juniores do Santa Clara. Daniel Andrade regressou ao Moura após cerca de ano e meio nos juvenis do Benfica, retornou para integrar os seniores, ele que conhece bem Marcelo Prata, evoluíram juntos pelas camadas jovens dos alentejanos. A antiga esperança leonina Antoninho Silva tem finalmente, na sua quarta temporada sénior, até ao momento, tem de jogo regular e aprende com o veterano da casa Tó Miguel. PINHALNOVENSE A temporada tem sido bastante agitada no Pinhal Novo, particularmente pelas indicações dadas pelos vários técnicos que por lá passaram já de ingerência clara directiva na escolha dos alinhamentos. Apesar de tudo, a equipa terminou no meio da tabela durante a Fase Regular, longe da ambicionada vaga na Fase de Subida, mas bem distante dos lugares do fundo da tabela.

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Depois de Eduardo Almeida e Jorge Prazeres, chegou ao Pinhalnovense João Sousa, que havia orientado o clube já em 08/09, esperando-se que chegue ao final da época.

Jiajun Huang pode brevemente regressar à China para alinhar na Superliga, está a amadurecer para isso, caso não faça carreira ao mais alto nível na Europa, sempre uma possibilidade para o ainda bem jovem central de 21 anos. Ricardo Andrade, Janício, Laurindo, Custódio, Vítor Moreno perfazem muita quilometragem em relvados, mas tal não bastou para o clube atingir o objectivo desenhado no início da época, a subida. Luís Leite deixou o emblema e defende agora as cores do distrital lisboeta Alta de Lisboa, apostado em se estrear nos nacionais. O avançado luso-francês Sebastien Malagueira prova com golos o tempo de jogo que lhe é dado, sendo estranho não ter tido mais minutos em alguns dos clubes por onde passou. Leva seis golos em menos de 700 minutos de CPP depois dos 12 marcados pelo Juventude Évora em 15/16. ALMANCILENSE

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Em Almancil também houve grande dança de cadeiras. O algarvio de adopção Marito, bastante ligado ao Quarteirense, começou a temporada a orientar o clube, saiu ao fim de um empate e uma derrota. Seguiu-se Daniel Kenedy, convidado pelo Leixões pouco tempo depois, que orientou a Sociedade durante quatro rondas do CPP e duas eliminatórias de Taça. O antigo central Matias regressou ao activo como técnico principal dois anos depois, contudo deixou o Algarve à 17.ª jornada e regressou ao Porto, estando agora ao leme do Pasteleira. Voltou Marito para terminar a Fase Regular. Também em Almancil entrou um empresário e o lançamento de época ‘comparava’ o projecto em Almancil ao do RB Leipzig, mas poucos meses depois direcção e investidor terminaram ou estão a ponto de findar a relação e a formação algarvia terá que suar bastante para terminar a época, caso não encontre novos meios para garantir os salários. O ex-júnior do Estoril Rúben Dionísio dividiu a baliza com Joel, ambos a realizarem sete partidas, e Nélson Cruz, titular em quatro e substituto utilizado num quinto. Fábio Teixeira é totalista da Fase Regular. Fábio Felício tem jogado pouquíssimo, face ao seu valor, neste ano e meio de Almancil. Fábio Marques deixou o clube e alinha no Moncaparachense, Tigana já enverga a camisola do Mineiro Aljustrelense, Atabu está no Armacenenses e Tavinho, como acima referido, mudouse para os ‘Leões de Faro’. Bilro rumou à Finlândia para reforçar o RoPS Rovaniemi. MINEIRO ALJUSTRELENSE

Homem da casa, Vítor Rodrigues deu o título bejense ao ‘Mineiro’ e trouxe-o novamente para os nacionais, outro técnico ainda bem jovem e que estava a associar a orientação do Aljustrelense com a da selecção distrital de Beja. O objectivo é a manutenção e foi uma passagem tranquila de Fase Regular, sete pontos acima do trio que fechou a tabela. O plantel conta com diversos locais, como Rui Pirralho ou Estebainha, dando o mote alentejano e mineiro ao clube. Daniel Direito, um goleador dos distritais, não se conseguiu impor e voltou ao União Santiago. Já Diogo Gandarés está a afirmar-se no miolo, sendo de

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sublinhar a aposta do ‘Mineiro’ em alguns futebolistas dos distritais. Banana é um jovem de 23 anos a acompanhar, mas o realce vai todo para Tino, o luso-cabo-verdiano passou vários anos nos distritais lisboetas, estreou-se em Nacional no Vitória Sernache na época passada, onde o Aljustrelense o ‘pescou’ para 25 golos em 16 partidas do regional bejense. Depois dos 10 golos em 1100 minutos no Campeonato de Portugal Prio, o Leixões – já de Kenedy, que o defrontou, foi buscá-lo e o alto avançado já fez balançar as redes da LedmanLigaPro, saltando em meio ano do distrital de Beja para as ligas profissionais. ARMACENENSES

O jovem luso-holandês Sander Guerreiro, de somente 28 anos, cometeu o feito de estrear Os Armacenenses nos nacionais, logo na sua estreia efectiva como técnico principal. Guerreiro deixou o clube após 10 partidas e é o antigo avançado Rui Maside a regressar aos bancos lusos, ele que andou pelo Qatar e pelo Brasil como adjunto do ex-colega no Sporting CP Paulo Silas, que também tem como coadjuvante um antigo jogador dos campeonatos portugueses, o seu irmão e ex-central Paulo Pereira. Para a estreia o clube reforçou com algarvios experimentados como Bruno Costa, Hugo Luz, o flaviense com uma ‘costela’ algarvia Lameirão, Bruno Gonzalez, André Matias, no sentido de garantir a permanência tranquila. João Duarte está de volta ao futsal do Portimonense. SPORTING VIANA ALENTEJO Foram vários os emblemas em estreia no terceiro escalão português, a viverem o ponto mais alto da sua história futebolística, tal como sucede com o campeão eborense Sporting Viana. Depois de três no Piense, é João Daniel Rico, 30 anos, o treinador que tenta manter os vianenses alentejanos no CPP. A equipa foi totalmente renovada para enfrentar o nacional. São vários os cabo-verdianos no plantel, Gilson é o dono das redes, Fredy um dos centrais, entretanto rumado ao Atlético de Reguengos, Bruny, Nhuka, Kelvin e Leonel Levi ajudaram o clube a subir, estão em Viana do Alentejo há algumas temporadas, Djerman voltou a Viana do Alentejo após passagem pelo

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Juventude Évora, o médio é um dos totalistas e recente motivo de preocupação após uma paragem cardiovascular em pleno treino e, à data deste trabalho, em coma induzido.

O lateral é originário de Estremoz, passou pelas camadas jovens do Sporting CP e chega dos juniores gilistas para o debute sénior. O guineense Moia chegou dos Açores. FABRIL BARREIRO

O antigo central Manuel Correia está no Fabril, antigo CUF e Quimigal, há alguns anos e volta a colocar a formação nos nacionais. A luta pela manutenção promete ser intensa entre os vários emblemas promovidos dos distritais, o ‘Mineiro’ e um quarteto da Grande Lisboa, Casa Pia, Oriental, Loures e Sintrense. Se o filho central, Rui Correia, joga acima, o mais velho, avançado, Tiago, permanece com o pai no Fabril. O jovem Tiago Farinha, Faduley ou Heta são alguns dos ainda bastante jovens e com forte margem de progressão nesta equipa.

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Seria bastante interessante colocar um mapa de entradas e saídas, contudo a falta de informação por parte de vários dos participantes ditaria um quadro disforme, daí apenas a menção de algumas entradas e saídas junto aos emblemas, as mais relevantes.

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