Copa America Centenario – USA 2016 A (re)união da(s) América(s) Em 1916 disputou-se a primeira Copa América. A Argentina acolheu o torneio, que celebrou o centenário da assinatura da declaração de independência por parte dos argentinos. O sucesso deste torneio levou o uruguaio Rivadavia a propor a criação da CONMEBOL, que nascia a 9 de Julho de 1916, o dia da independência da Argentina. O quarteto fundador incluía Uruguai, Argentina, Brasil e Chile. Com intermitências, a prova foi decorrendo ao longo dos anos sem um hiato temporal entre eventos certo. O Paraguai estreia-se em 1921, a Bolívia em 1926. O Peru debuta e organiza a competição na sua estreia, em 1927. O Equador começa com as suas participações em 1939. Depois de abdicar presença durante uma década, a Colômbia realiza finalmente a sua entrada em competição no ano de fim de II Guerra Mundial, 1945. Entre 67 e 75 a prova não se realizou e foi precisamente em 1975 que a Venezuela, o décimo elemento da CONMEBOL, debutou em prova. Um começo complicado, num formato distinto do anterior e do actual, encaixando no grupo de Brasil e Argentina (1-26 foi o saldo para a ‘Vinotinto’ nos quatro encontros, casa-fora, realizados, incluindo-se um 11-0 na visita à Argentina de Ardiles e Kempes, apenas batido pelos 12-0 da Argentina ao Equador em 1942). Dos 10 membros da confederação apenas Venezuela e Equador ainda não lograram levantar a taça, sendo que o México, como convidado, atingiu a final por duas ocasiões, em 93 e em 2001, continuando em busca do pioneirismo como primeira nação não-CONMEBOL a erguer o caneco. A América foi primeiramente vista como o é, um continente, dentro do universo FIFA. Apesar das várias desistências que evitaram confrontos directos nas qualificações para o Mundial de
38, onde Cuba se apurou por desistência de todos os teóricos adversários, que englobavam México, Costa Rica, Guiana Holandesa (hoje Suriname), El Salvador, EUA e Colômbia, até que se criaram a Confederação Norte-Americana e a Centro-Americana e caribenha, nos anos 40, posteriormente fundidas para redundar na CONCACAF. A enorme diferença competitiva entre o sul e o norte, nesses primórdios e durante o século XX, ditou a importante divisão, permitindo uma evolução mais equilibrada no norte e centro da América. No entanto, esta Copa América do centenário pode e deve ser o início de um novo ciclo na competição, crescendo para 16 equipas nacionais e incluindo selecções de todo o continente americano, situação que deveria ser extensível à Libertadores, já aberta aos emblemas mexicanos, num formato com parecenças à Liga dos Campeões Asiáticos. Vencedor pela última vez em 2011, o Uruguai detém o recorde de títulos (15), adiante dos 14 argentinos, dos oito brasileiros e do par conquistado por Paraguai e Peru. Bolívia venceu em 1963, a Colômbia em 2001 e o Chile estreou-se como campeão na passada edição, 2015. O colombiano Hernan Dário Gómez (corrente seleccionador do Panamá), com 20 encontros, e Oscar Tabarez (o eterno timoneiro ‘charrua’) com 23 desafios, estão já no top cinco dos treinadores com mais partidas na Copa América, devendo o uruguaio alcançar o pódio, ‘Pacho’ Maturana tem 27, nesta edição, ainda distantes dos quase impossíveis 44 jogos e sete títulos do argentino Guillermo Stábile.
1 - Levi’s Stadium, casa dos San Francisco 49ers, serå um o palco de abertura da prova. https://www.facebook.com/levisstadium/
2 – O Gillette Stadium acolhe os New England Patriots e os New England Revolution, sendo outro dos relvados a receber a Copa América Centenário. https://www.facebook.com/GilletteStadium/photos_stream
3 – O Soldier Field de Chicago, dos Chicago Bears, também será agraciado com partidas da Copa América 2016. https://www.facebook.com/Soldier-Field369331536927/photos_stream
4 – Em Houston é o NRG Stadium a ser anfitrião da competição. nrgpark.com/nrg-stadium
5 – O MetLife Stadium, casa de NY Jets e NY Giants, é outro dos enormes palcos da Copa América 2016. Este será o palco da final, aqui durante o recente Supercross. https://www.facebook.com/MetLifeStadium/photos_stream
6 – Em Orlando será o, agora, Camping World Stadium, palco dos encontros de Orlando City SC e Orlando Pride, a acolher o evento. https://www.facebook.com/CampingWorldStadium/photos_stream
8 – O ‘avôzinho’, Rose Bowl, de Los Angeles não podia faltar nesta prova. https://www.facebook.com/RoseBowlStadium/photos_stream
7 – O Lincoln Finantial Field, espaço de evolução dos Philadelphia Eagles, faz parte dos alinhamentos na Costa Leste. https://www.facebook.com/lincolnfinancialfield/photos_stream
10 – Phoenix e o University of Phoenix Stadium, onde os Arizona Cardinals, vai receber, entre outros, a ‘Pequena Final’ da Copa América Centenário. https://www.facebook.com/UOPStadium/photos_stream
9 – Uma das ‘pátrias’ norte-americanas do ‘soccer’, Seattle e o seu Centurylink Field, onde jogam os Seahawks e os Sounders, não podia falhar. https://www.facebook.com/centurylinkfield/photos_stream
O começo da prova https://www.youtube.com/watch?v=mOcHWoclDlE https://www.youtube.com/watch?v=y3yRcc7LfU0 Imagens da Copa América de 1921 https://www.youtube.com/watch?v=y6FrhOE6gPg Uma viagem pelo tempo https://www.youtube.com/watch?v=VwWYBOcZd-4 O título boliviano de 1963 https://www.youtube.com/watch?v=OHJ12lZtXwo A vitória peruana de 1975 https://www.youtube.com/watch?v=x54goprINoI Depois de 1953, o Paraguai volta a festejar o triunfo em 1979 https://www.youtube.com/watch?v=aZUPWVYEeIA 16 anos depois o Uruguai volta a ganhar a Copa América em 1983, a 12.ª do seu historial https://www.youtube.com/watch?v=3T3OYDNpKsE Bem mais longa foi a espera do Brasil, entre 1949 e 1989, para nova vitória https://www.youtube.com/watch?v=c39QunCsPuw Num modelo com ronda final a quatro, a Argentina voltou a celebrar a vitória em 1991, 32 anos após o anterior sucesso https://www.youtube.com/watch?v=wHAgEDmVSvA Os argentinos defenderam o ceptro com sucesso em 1993 https://www.youtube.com/watch?v=AOzrIVR0MfI Em 1995 os ‘charruas’ voltam a ganhar, prosseguindo como força dominadora da competição https://www.youtube.com/watch?v=jfhfZ1IuNMw A melhor geração boliviana atingiu a final em 1997, apenas cedendo para o Brasil https://www.youtube.com/watch?v=gFtOlY0yE4A Brasil e Uruguai voltam a jogar pelo título em 99, sorrindo desta feita à ‘canarinha’ https://www.youtube.com/watch?v=0xKW0ty530w
A final de 2001 assegurava um inédito vencedor. O México jogava para o primeiro triunfo ‘forasteiro’ enquanto a Colômbia, organizadora, já no período pós-Valderrama, sem Higuita, ‘El Tren’ Valencia, Bermúdez, Valenciano ou Lozano, entre outros, surpreendia tudo e todos, com o enorme ‘Pacho’ Maturana ao leme, para o debutante título, assente na veia goleadora de Aristizábal e na perfeição defensiva que os levou a uma conquista sem conceder qualquer golo. Óscar Córdoba, Iván Córdoba, Mario Yepes, Bedoya, Restrepo, Cortés, Grisales, Giovanni Hernández, Jairo Castillo, Murillo, Vargas, Orozco, Ramírez, Ferreira, Jersson González, Ivan López ou o falecido guardião Calero, compuseram o naipe de campeões. https://www.youtube.com/watch?v=QgUbIoSSPwA Em 2004 o Brasil ganha novamente e repete-o em 2007, a derradeira ocasião em que venceu. https://www.youtube.com/watch?v=dS0Ru1n0ZiE https://www.youtube.com/watch?v=8KzcFH4cnvs Uruguai e Paraguai disputaram o ceptro de 2011 https://www.youtube.com/watch?v=uOhQPF4kr9c O Top 10 de golos da edição 2015 da Copa América https://www.youtube.com/watch?v=QXl9e_L2TZA https://www.youtube.com/watch?v=HqLLQuxQonM A edição 2016 está muito aberta, não somente por ser jogada fora da América do Sul mas particularmente pelos choques térmicos inerentes a jogar entre a Costa Leste e Oeste norteamericanas, entre a sempre ventosa Chicago, na margem dos Grandes Lagos, e o calor e humidade da Flórida, podendo sorrir a competição à selecção que melhor se adaptar a estas condições.
11 – Os norte-americanos pretendem provar que conseguem jogar de igual para igual diante dos congéneres americanos. Anfitriões pretendem o título, sob égide do controverso e contestado alemão Klinsmann. Foto: www.ussoccer.com
Elementos no futebol britânico, no futebol alemão e no México misturam-se com os da Major League Soccer na pré-convocatória de Klinsmann. Zardes e Nagbe podem dar muito que falar na competição, contudo a surpresa da chamada final pode bem ser Jordan Morris, recémchegado à MLS do futebol universitário, a marcar consecutivamente nos últimos quatro encontros dos Sounders na principal liga norte-americana. Pulisic, presente no último Mundial de sub17, em 2015 na Nova Zelândia, parte do Borussia Dortmund, sonha com uma entrada nas escolhas definitivas.
O mais recente desafio dos EUA observou uma goleada, 4-0, sobre a Guatemala na corrida rumo ao Mundial de 2018. Porto Rico, Equador e Bolívia servirão de teste para a prova. https://www.youtube.com/watch?v=o8wgEoRUtT8 O argentino Pekerman, titulado e venerado pelas suas capacidades e competências a nível da formação, prossegue a busca de um título sénior que sustente os inigualáveis três campeonatos mundiais que ganhou enquanto seleccionador dos sub20 argentinos. Depois de ter ‘ameaçado’, Pekerman cumpriu e os ‘cafeteros’ que se mudaram para o ‘El Dorado’ chinês quedaram-se fora dos pré-seleccionados. Também a estrela Radamel Falcao
ficou fora das escolhas, assim como Téo Gutiérrez, ou seja, as três principais escolhas do ataque nos últimos antes, onde se inclui igualmente Jackson Martínez, não estarão nos EUA. Dos pré-convocados constam alguns nomes de peso sem muitos minutos na temporada, o guardião Ospina, Zapata, James Rodríguez, Carlos Sánchez, que desceu com o Aston Villa, mas por outro lado tem Cuadrado em alta motivacional após a mudança para Turim, o exsportinguista Arías, bicampeão na Holanda, com o título do PSV obtido no derradeiro desafio, ou o ex-Sporting Braga Pardo, campeão no Olympiacos. O cobiçado adolescente Marlos Moreno pode ser uma das surpresas na convocatória e, consequentemente, uma das revelações da competição. Outro adolescente que poderá entrar na lista final é Benedetti, que comparam a Riquelme, mais uma jóia do Deportivo Cali. Com Barrios (22), Celis (23), Cardona (23), Cuéllar (23), Higuita (22), Pérez (23) e Roa (22) como outras possíveis opções para o meio-campo, este prevê-se cheio de garra e vontade de mostrar serviço. https://www.youtube.com/watch?v=onBSd7BxWBU https://www.youtube.com/watch?v=yt4yOiLG0zk GR: Cristian Bonilla (Atlético Nacional, COL), David Ospina (Arsenal, ENG), Camilo Vargas (Argentinos Juniors, ARG), Róbinson Zapata (Santa Fe, COL).
Def: Felipe Aguilar (Atlético Nacional, COL), Eder Alvarez (River Plate, ARG), Santiago Arias (PSV, NED), Cristian Borja (Santa Fe, COL), Farid Díaz (Atlético Nacional, COL), Frank Fabra (Boca Juniors, ARG), Deiver Machado (Millonarios, COL), Stefan Medina (Pachuca, MEX), Yerry Mina (Santa Fe, COL), Jeison Murillo (Inter Milan, ITA), Oscar Murillo (Pachuca, MEX), Helibelton Palacios (Deportivo Cali, COL), William Tesillo (Santa Fe, COL), Cristian Zapata (AC Milan, ITA).
Med: Wílmar Barrios (Deportes Tolima, COL), Nicolás Benedetti (Deportivo Cali, COL), Edwin Cardona (Monterrey, MEX), Guillermo Celis (Junior, COL), Juan Guillermo Cuadrado (Juventus, ITA), Gustavo Cuéllar (Flamengo, BRA), Cristian Higuita (Orlando City SC, USA), Vladimir Hernández (Junior, COL), Sebastián Pérez (Atlético Nacional, COL), Andrés Felipe Roa (Deportivo Cali, COL), James Rodríguez (Real Madrid, ESP), Carlos Sánchez (Aston Villa, ENG), Daniel Torres (Independiente Medellín, COL).
Av: Carlos Bacca (AC Milan, ITA), Roger Martínez (Racing Club, ARG), Marlos Moreno (Atlético Nacional, COL), Dayro Moreno (Club Tijuana, MEX), Luis Fernando Muriel (Sampdoria, ITA), Felipe Pardo (Olympiacos, GRE), Harold Preciado (Deportivo Cali, COL), Luis Quiñones (Pumas UNAM, MEX), Adrián Ramos (Borussia Dortmund, GER)
Oscar Ramírez é o homem do leme na Costa Rica. ‘El Machillo’ foi um médio internacional, tendo somado 75 encontros com a ‘Sele’, fazendo parte da história do futebol costa-riquenho com o primeiro apuramento e participação em fases finais de mundiais, o Itália’90.
12 – A Costa Rica apresentar-se-á vestida com a New Balance. www.fedefutbolcr.com
Keylor Navas assume estatuto de estrela maior agora que faz parte da constelação Real Madrid, onde Bryan Ruiz do Sporting CP tem igualmente posição de líder, no relvado e no balneário. Por outro lado, a ausência do central Giancarlo González é a grande surpresa desta pré-convocatória. O futebolista do Palermo ficará fora da Copa América por fadiga, justificação dada por Ramírez, para que esteja a topo na altura da disputa do hexagonal final de acesso ao Mundial 2018. Pouco usado por Wenger, apesar deste ter recusado a sua saída, não surpreende tanto a não chamada de Joel Campbell. Celso Borges e uma das belas surpresas do Mundial 2014, Yeltsin Tejada, deverão continuar a pautar o miolo da Costa Rica. Nos nomeados existem alguns nomes que causaram um certo espanto, particularmente o veterano Johnny Woodly, avançado de 35 anos, ainda sem jogos pela ‘Sele’, que esteve entre 2009 e 2015 no futebol chinês. Na Noruega desde 2013, o central Bismark Acosta é outro dos nomes inesperados na lista. Será interessante observar quem acompanhará Junior Díaz na lateral esquerda, ou se este, com perda de espaço no Darmstadt, será ultrapassado pelos jovens da MLS Matarrita (New York City, 21 anos) e Waylon Francis (Columbus Crew, 25 anos) nas opções definitivas de Ramírez. No mais recente desafio a Costa Rica bateu a Jamaica de forma clara. https://www.youtube.com/watch?v=r7pSgGhWbS8
Ramón Díaz foi dos primeiros a avançar com a lista final para a Copa América 2016. ‘Pelado’ está à frente do Paraguai e o anúncio dos ‘Guaranis’ foi realizado por um jovem cego, Santiago Medina, em representação da Fundación Saraki, que o fez lendo a convocatória em braille, numa belíssima iniciativa. https://www.youtube.com/watch?v=CtqmwXteGds Numa selecção veterana, há ainda assim azo a renovações, surgindo novos nomes prometedores, nomes como Almirón, Robert Piris, Romero, Balbuena, Bruno Valdez ou Gómez, a ‘teenage sensation’ Blas Riveros e, claro, o ‘adoptado’ Iturbe. https://www.youtube.com/watch?v=e37dkAiSNX0 https://www.youtube.com/watch?v=sYm_Z8tpCRg https://www.youtube.com/watch?v=G37GXbp3mzk https://www.youtube.com/watch?v=goqQOn39NkM https://www.youtube.com/watch?v=hYJ3iGlNJBo https://www.youtube.com/watch?v=bYGPEdDEDhY https://www.youtube.com/watch?v=b5z7LAJjaGk
Muito contestado no Brasil, como na primeira passagem, Dunga continua a apostar num futebol de marcha atrás e a grande novidade da convocatória canarinha é mesmo a ausência de Neymar Jr, que estará na Olímpica do Brasil em busca do inédito ouro olímpico no futebol.
Depois de uma bela ponta final na guarda da baliza do Benfica, Ederson entrou nos 23 de Dunga para a Centenário, sendo que é igualmente a primeira escolha da Olímpica, ficando para saber se o jovem dobrará competições. Também Fabinho, Marquinhos, Rodrigo Caio, Douglas Santos, Rafinha e Gabriel estão na mesma situação, sendo o avançado adolescente do Santos a outra surpresa da chamada. https://www.youtube.com/watch?v=JnGHjHcu_1A https://www.youtube.com/watch?v=eNZj2AE_MLo Como sucede com a dependência, nas mais variadas áreas, a não-presença de Neymar pode servir de libertador para outros elementos, quer Hulk, quer Willian ou Douglas Costa, até Rafinha, Lucas Lima ou Coutinho, além de ‘Gabigol’, com um enorme peso – Batistuta – na alcunha que lhe foi aplicada. Quinteros deverá apostar nos consagrados da ‘Tri’, ainda que Antonio Valencia permaneça em dúvida depois de mais uma época marcada por lesões. O central Darío Aimar, que se mudou em Fevereiro da Liga Loja para o Barcelona SC, de 21 anos, ainda busca estreia absoluta na ‘Tri’ mas poderá ser uma surpresa nos 23 equatorianos. https://www.youtube.com/watch?v=aU6EYxvk76M Outro nome novo no panorama equatoriano é o lateral Mario Pineida, que já pede mais oportunidades na equipa nacional, também ele reforço do Barcelona Guayaquil no último defeso e poderá ser o grande beneficiado em caso de impossibilidade de presença de Antonio
Valencia. No seu ex-clube ainda permanece o quebra-‘cabezas’ Bryan Cabezas, 19 anos, flanqueador cheio de truques nos pés que opta por prosseguir no Independiente Del Valle mas não por muito tempo. https://www.youtube.com/watch?v=MZPQ6-wAJjk Também do Independiente Del Valle são o médio defensivo Orejuela e o avançado Jose Angulo, que não deverão entrar na lista final mas fazem parte do futuro ‘Tri’. https://www.youtube.com/watch?v=KUz_olGLydo
GR: Alexander Domínguez (Liga de Quito), Esteban Dreer (Emelec), Máximo Banguera (Barcelona) y Librado Azcona (Independiente del Valle). Def: Juan Carlos Paredes ( Watford, Inglaterra), Mario Pineida (Barcelona S.C.), José Quintero (Liga de Quito), Arturo Mina (Independiente del Valle), Gabriel Achilier (Emelec), Jorge Guagua (Emelec), Frickson Erazo ( Atlético Mineiro, Brasil), Robert Arboleda (U. Católica), Darío Aimar (Barcelona S.C.), Luis Caicedo (Independiente del Valle), Walter Ayoví (Monterrey, México), Óscar Bagui (Emelec) y Cristian Leonel Ramírez (Ferencbaros, Hungría). Med: Antonio Valencia (Manchester, Inglaterra), Ángel Mena (Emelec), Renato Ibarra (Vitesse, Holanda), Christian Noboa (Rostov, Rusia), Fernando Gaibor (Emelec), Pedro Larrea (El Nacional), Segundo Alejandro Castillo (Barcelona), Pedro Quiñónez (Emelec), Alex Bolaños (Santa Cruz, Brasil), Carlos Gruezo (FC Dallas, Estados Unidos) y Jefferson Orejuela (Independiente del Valle). Av: Jefferson Montero (Swansea, Inglaterra), Bryan Cabezas (Independiente del Valle), Michael Arroyo (América, México), Fidel Martínez Tenorio (Pumas, México), Enner Valencia (West Ham, Inglaterra), Felipe Caicedo Corozo (Espanyol, España), Jaime Ayoví (Godoy Cruz, Argentina), José Angulo (Independiente del Valle), Juan Cazares (Atlético Mineiro), Miller Bolaños (Gremio, Brasil), Junior Sornoza (Independiente del Valle) y Daniel Angulo (Liga de Quito).
O argentino Gareca foi o escolhido para o necessário processo de renovação da selecção peruana, onde Pizarro e Farfan já não constam e Guerrero caminha para a veterania. Nos 40 escolhidos constam diversos jovens locais de valor, nomes como Abram e Cossio do Sporting Cristal, Miguel Araujo do Alianza Lima, Benincasa, Trauco e Édison Flores do Universitario, Christofer Gonzáles dos chilenos do Colo Colo, ou os já referenciados Andy Polo e Ivan Bulos. https://www.youtube.com/watch?v=VcTxYG1cpt4 https://www.youtube.com/watch?v=grHSPPfLakE https://www.youtube.com/watch?v=aayxd_iz0iw https://www.youtube.com/watch?v=JLUwtGmsn1o
Yoshimar Yotún, em combinação com Cueva ou com uma surpresa que pode chegar com Edison Flores, e, especialmente, Yordy Reyna contam dar bem que fazer aos adversários. O jovem ‘Red Bull’ poderá libertar-se ofensiva com Guerrero ou Ruidíaz a funcionarem como pilares referenciais entre os centrais. https://www.youtube.com/watch?v=Z51T2FQqG20 Ainda por estrear na selecção peruana está Hohberg. Neto de um dos bons avançados dos anos 60, Juan Eduardo Hohberg, argentino naturalizado uruguaio, estrelou no Peñarol campeão ‘charrua’ em sete ocasiões entre o final dos anos 40 e o início da década de 60, estando ainda com o Uruguai no Mundial suíço de 1954 e vencendo a primeira Libertadores em 1960. Nasceu em Lima, onde a família vivia, mas mudou-se para o Uruguai com esta aos 10 anos, aí evoluindo futebolisticamente no clube ‘familiar’, o Peñarol. Em 2014 retornou ao Peru e a sua classe e criatividade ofensivas não passaram despercebidas a Gareca. A escassa utilização do hispano-peruano Benavente na Bélgica pode abrir a porta à chamada de Gonzáles e Hohberg para pautarem o jogo ofensivo do Peru. https://www.youtube.com/watch?v=k_k6yq_hvVE
A tarefa do Haiti não se prevê nada fácil mas a seu favor a nação francófona da Hispaniola sabe que qualquer ponto será bem-vindo pelos adeptos haitianos. O Monte da Forca e o Sport Clube Vila Real podem gabar-se de entrada nos preliminares da Centenário com a pré-chamada do lateral esquerdo Alex Christian Júnior. https://www.youtube.com/watch?v=nEhHOYDJ1mo O menino da academia PSG Christian Lambese é um dos vários jovens a competir em França que Neveu cortejou e traz a esta pré-convocatória, a par de Alceus ou Jeff Louis. https://www.youtube.com/watch?v=0uXNAovPmfE Mas a grande esperança volta a assentar numa das revelações da última Gold Cup, Duckens Nazon, um ‘Puro-sangue’ de rua, diamante em bruto que se pode tornar num brilhante futebolista se tiver técnicos que o saibam moldar da melhor forma. https://www.youtube.com/watch?v=fZBdCBxv8bE Dentro dos muitos elementos que alinham nas diversas divisões norte-americanas, Derrick Etienne, produto da Academia do NY Red Bulls, de 19 anos, ainda limitado à segunda formação Red Bull, terá a primeira experiência com a equipa principal, ainda que não deva entrar na lista final. https://www.youtube.com/watch?v=gXeNWC_oE3Y GR: (4) : Johny PLACIDE (STADE DE REIMS), Steward CEUS, Luis Valendi ODELUS (AIGLE NOIR), Brian SYLVESTRE (CAROLINA RAILHAWKS) Def: (14): Romain GENEVOIS (OGC NICE), Judelin AVESKA (ATHLETICO URUGUAY), Mechack JEROME (ARMADA FC), Stéphane LAMBESE (PARIS SAINT GERMAIN), Réginal GOREUX (STANDARD DE LIEGE), Jean Sony ALCENAT (FC VOLUNTARI), Kim JAGGY (FC AARAU), Alex CHRISTIAN (FC VILLAREAL), Jean Jacques PIERRE (PARIS FC), Paulson PIERRE (BALTIMORE SC), Chadeley GERMAIN (PETIT GOAVE FC), Wilguens ARISTIDE (FICA), Carlens ARCUS (Troyes AC), Andrew JEAN BAPTISTE (Estrella San Agustin) Med: (12) : Kevin LAFRANCE (CHROBRY GLOGOW), Jean Marc ALEXANDRE (FORT LAUDERDALE STRIKERS), Max HILAIRE (STADE OLYMPIQUE CHOTELAIS), Soni MUSTIVAR (SPORTING KANSAS CITY), Pascal MILLIEN (ARMADA FC), Sebastien THURIERE (SAN ANTONIO FC), Sony NORDE (MOHUN BAGAN), James MARCELIN (CAROLINA RAILHAWKS), Zachary HERIVAUX (NEW ENGLAND REVOLUTION), Bryan ALCEUS (GIRONDINS DE BORDEAUX), Junior DELVA (DON BOSCO) Av: (10) : Jean Eudes MAURICE (HANOI FC), Kervens Fils BELFORT (1461 TRABZON) Duckens NAZON (STADE LAVALLOIS), Jeff LOUIS (SM CAEN), Wilde Donald GUERRIER (WISLA KRAKOW), Herve BAZILE (SM CAEN), Manchini TELFORT
(CAVALY), Woodensky CHERENFANT (FICA), Jonel DESIRE (ASC), Derrick ETIENNE Jr. (NEW YORK RED BULLS)
O Uruguai é crónico candidato ao triunfo. Os ‘charruas’ serão provavelmente a mais bemsucedida nação no futebol, no rácio população/títulos, pedindo sempre e desde sempre meças aos ‘gigantes’ vizinhos entre os quais o país está entrincheirado, Brasil e Argentina.
Tabarez mantém-se no comando e nomeou 35 elementos para a Centenário, que quererão por certo ganhar, como o fizeram na estreia da prova, como um clube uruguaio o fez no debute da Libertadores, futebol que deu ainda os únicos ouros olímpicos na história da nação sulamericana, triunfo nas edições de 1924 e 1928. Lodeiro é uma baixa recente após ter sofrido mais uma lesão na sua carreira. Coates, Maxi Pereira, Álvaro Pereira, Fucile e ‘Cebola’ Rodríguez continuam no naipe, onde Luis Suárez e Cavani serão ameaças a cada momento. Aprimorado pelo conhecedor Paulo Sousa durante esta temporada na Fiorentina, Matías Vecino pode ser o galgo que o miolo uruguaio necessita para realizar a ligação com os letais atacantes. De passada larga, alto, revela boas capacidades em progressão, posiciona-se bem, tem uma completa leitura lateral de jogo e, ainda que conservador, Tabarez até o pode ter como arma secreta para o torneio. A recente lesão muscular deverá ser debelada a tempo da prova. https://www.youtube.com/watch?v=-lWj3mzqB1I
No Peñarol vai-se fabricando um médio de altíssimo potencial, Nández, uma carraça de rápida decisão e boas mudanças de velocidade. Com somente 20 anos ainda não deverá entrar no ‘cut’, contudo é um jovem a seguir atentamente. https://www.youtube.com/watch?v=M2zKMyibEVw O colombiano Osorio é o homem do leme no México que, depois de duas finais, procura a primeira conquista da Copa América. Diego Reyes, Miguel Layún, Héctor Herrera, Corona e Raúl Jiménez estão na lista preliminar. ‘El Titan’ Salcedo alinha no Chivas local depois de alguns anos em Salt Lake City, mas o central de 22 anos é cortejado na Europa por emblemas ingleses, alemães, italianos, podendo rumar à Europa neste Verão. https://www.youtube.com/watch?v=KSCk0OrwiZY Depois do imbróglio, Giovanni dos Santos está de novo entre os eleitos mexicanos e Osorio revelou que conta com ele para a Copa América, que poderá ter os manos ‘Zizinho’, e será uma selecção imensamente apoiada na fase de grupos, encontros no Arizona, Califórnia e Texas, três dos estados com maiores comunidades mexicanas nos EUA. Orbelín Pineda, Hirving Lozano e Candido Ramírez fazem parte da nova vaga de agitadores a mexer com a Liga Bancomer MX, ainda não terá chegado a sua hora mas já se vão habituando à elite. https://www.youtube.com/watch?v=oj67fz3fmAs https://www.youtube.com/watch?v=JYsNXFPjmng https://www.youtube.com/watch?v=scpun1u_RII
Os ‘Reggae Boyz’ apresentam-se com um recém-campeão inglês, Wes Morgan, e uma velha raposa no banco, o alemão Schaefer.
Os laterais jamaicanos são de observar. Presentes na MLS, estes mostram-se sempre muito ofensivos. Alvas Powell foi campeão na temporada passada com os Portland Timbers e Kemar Lawrence brilha nos Red Bulls e é uma das mais-valias da Jamaica. https://www.youtube.com/watch?v=DOPwGjtGg1Q Os onze futebolistas locais na preliminar deverão ficar todos excluídos da lista final, no entanto o trabalho preparatório melhorará os seus índices e, caso algum entre, o duplo sonho poderse-á concretizar. Com cinco golos nas oito primeiras rondas da Veikkausliiga finlandêsa, Dever Orgill pode ser a surpresa reservada para o ataque. No IFK Mariehamn desde 2013, Orgill soma mais de 40 tentos em cerca de 70 partidas pelos finlandeses. https://www.youtube.com/watch?v=8GBDI0WONrs
1
Andre Jason
Blake
Philiadelphia Union
Philadelphia ,USA
2
Ryan Andre Oneil
Thompson
St. Louis FC
St. Louis , Missouri
3
Shaven Sean
Paul
Portmore United
Portmore, St. Catherine
4
Duwayne Oriel
Kerr
Unattached
Unattached
5
Michael Anthony
Hector
Reading FC
Reading,England
6
Adrian Joseph
Mariappa
Cystal Palace
London, England
7
Alvas Elvis
Powell
Portland Timbers
Oregon, USA
8
Westley
Morgan
Leicester City
Leicester, England
9
Garath James
Mcleary
Reading FC
Reading,England
10 Kemar Michael
Lawerence
New York Red Bulls
New York, USA
11 Joel Valentino
Grant
Exeter City
Devon, England
12 Joel Joshua
McAnuff
Leyton Orient
Leyton, England
13 Dever Akeem
Orgill
IFK Marieham
Marieham, Finland
14 Allan Thimmoy
Ottey
Montego Bay United
Montego Bay, St.James
15 Giles Gordon Kirlue
Barnes
Houston Dynamo
Houston , Texas
16 Andrew Anthony
Vanzie
Humble Lion
Clarendon , Jamaica
17 Andre Anthony
Clennon
Vaasan Palloseura
Vaasan, Finland
18 Simon Jonathon
Dawkins
S.J Earthquakes
San Jose, USA
19 Clayton Andrew
Donaldson
Birmingham City
Birmingham,England
20 JaVaughn Tidley
Watson
NE Revolution
Foxborough, USA
21 Jermaine Omar
Taylor
Portland Timbers
Oregon, USA
22 Lee Trevor
Williamson
Blackburn Rovers
Lancashire,England
23 Rudolph William
Austin
Brondby IF
Brondby, Denmark
24 Junior
Flemmings
New York Red Bulls
New York, USA
25 Rosario
Harriott
Harbour View FC
Kingston, Jamaica
26 Chevonne Omille
Marsh
Cavalier SC
Kingston, Jamaica
27 Michael George
Binns
Portmore United
Portmore, St. Catherine
28 Vishinul Phillip
Harris
Arnett Gardens FC
Kingston, Jamaica
29 Damano Rio
Solomon
Portmore United
Portmore, St. Catherine
30 Upston Junior
Edwards
Portmore United
Portmore, St. Catherine
31 Jamar Kasheef
Loza
Norwich City
Norwich England
32 Omar Duke
Holness
Real Salt Lake
Salt Lake, USA
33 Oneil David
Fisher
Seattle Sounders
Seattle, USA
34 Darren Dmitri
Mattocks
Portland Timbers
Oregon, USA
35 Ladale, Osagie
Ritchie
Montego Bay United
Montego Bay, St.James
36 Demar Constantine
Phillips
Real Salt Lake
Sandy, USA
37 Ricardo, Wayne
Morris
Portmore United
Portmore, St. Catherine
38 Romeo,Ovando
Parkes
Pittsburgh River
Pittsburgh, USA
39 Sergio,Akeen
Campbell
Pittsburgh River
Pittsburgh, USA
40 Akeem Habdulle
Chambers
Waterhouse FC
Kingston, Jamaica
Depois de décadas como o parente pobre da CONMEBOL, a pátria do basebol na América do Sul, igualmente nação com forte presença lusa e luso-descendente, foi fechando o espaço para os restantes e na última classificação a Venezuela foi até à última. A ‘Vinotinto’ já não depende somente de Paéz, Rivas, Savarese, Urdaneta, Rey, Dudamel ou Arango, evoluiu, tem uma equipa, demonstra alternativas e cresce o interesse pelo futebol localmente. O luso-venezuelano Mário Rondón lesionou-se na liga chinesa e foi substituído na preliminar pelo ex-sportinguista Jeffren. 31 dos 40 pré-convocados pelo antigo guardião Dudamel farão os jogos preparatórios. Para a baliza o titular Dani Hernández tem a companhia de três jovens em aprendizagem. Recém-consagrado campeão da Liga Ledman Pro com o FC Porto ‘B’, ainda sem trânsito garantido para a equipa principal, Víctor García pode ter aqui uma boa montra para buscar outras paragens, pois no clube já está em regressão competitiva. Outro ‘português’ com índices de confiança em alta é Jose Velázquez, parte da histórica época do Arouca, com qualificação europeia. Vigoroso, vistoso e espectacular é o jovem central Wilker Ángel, ainda no Táchira mas que pode ter na Centenário uma ponte para uma liga mais competitiva, ele que já está no radar de emblemas sul-americanos e europeus. https://www.youtube.com/watch?v=HzGeRMQfCHA Se Juanpi funcionar bem com Tomás RIncón e Otero é um meio-campo capaz de causar estragos e causar dissabores à oposição. O jogo de abertura diante da Jamaica pode ser o que menos mediatismo chama mas será um dos mais curiosos de seguir. Rómulo Otero rumou ao Chile em 2015 e no Huachipato mostra que as exibições pelo FC Caracas e pela ‘Vinotinto’ não eram fogachos, está na linha de sucessão para o trono de Arango. https://www.youtube.com/watch?v=7b4jlkVVWrc O menino Yangel Herrera ainda é júnior de primeiro ano contudo era o jogador de campo com mais minutos pelo Atlético Venezuela. Dudamel leva-o para os amigáveis e a sua versatilidade pode bem trazer um bombom que ninguém aguardaria. Mesmo que não entre nos 23 Yangel é nome a fixar e não tardará a deixar a Venezuela.
https://www.youtube.com/watch?v=hbNDj6DK7sc Outro dos recentes surgimentos no futebol ‘vinotinto’ é o médio ofensivo/avançado Jacobo Kouffaty, a exibir-se em boa nota na cedência do Lara aos equatorianos do Cuenca, a ambientar-se à selecção principal, contudo não devendo entrar nas escolhas finais. https://www.youtube.com/watch?v=qjxvm8CvhmY
Daniel Hernández José Contreras Wuilker Fariñez Eduardo Herrera Alexander González Roberto Rosales Víctor García Daniel Benítez Wilker Ángel Jhon Chancellor José M. Velázquez Oswaldo Vizcarrondo Mikel Villanueva Rolf Feltscher Tomás Rincón Yangel Herrera Carlos Suárez Arles Flores Arquímedes Figuera Alejandro Guerra Adalberto Peñaranda Luis M. Seijas Juan Pablo Añor Jacobo Kouffati Rómulo Otero Jeffren Suárez Salomón Rondón Christian Santos Andrés Ponce Yonathan del Valle Josef Martínez
Portero Portero Portero Portero Lateral D. Lateral D. Lateral D. Defensor C. Defensor C. Defensor C. Defensor C. Defensor C. Lateral I. Lateral I. Volante D. Volante D. Volante D. Volante D. Volante D. Volante O. Volante O. Volante O. Volante O. Volante O. Volante O. Volante O. Delantero Delantero Delantero Delantero Delantero
Tenerife (España) Deportivo Táchira Caracas F. C. Deportivo Lara Huesca (España) Málaga (España) Porto B (Portugal) Deportivo La Guaira Deportivo Táchira Mineros de Guayana Arouca (Portugal) Nantes (Francia) Atlético Malagueño (España) Duisburg (Alemania) Genoa (Italia) Atlético Venezuela Carabobo F. C. Zamora F. C. Deportivo La Guaira Atlético Nacional (Colombia) Granada (España) Santa Fe (Colombia) Málaga (España) Deportivo Cuenca (Ecuador) Huachipato (Chile) Eupen (Bélgica) West Bromwich (Inglaterra) NEC (Holanda) Sampdoria (Italia) Kasimpasa (Turquía) Torino (Italia)
Martino está a procurar construir uma selecção em torno de Messi, já anunciou que a ‘albiceleste’ ganha com um ‘9’, o que indiciará titularidade de Higuain, numa belíssima época pelo Nápoles. Resta saber onde encaixa a estrela ascendente do plantel, Dybala. Apesar da menor produção em 15/16 ‘Kun’ Aguero terá lugar assegurado, algo com que Lavezzi também contará, notando-se ainda a presença de um Tévez único nas soluções que oferece e Correa em afirmação nos ‘colchoneros’ e que pode ser campeão europeu.
Dificilmente Gaitán entrará nas escolhas finais, o mesmo sucedendo com Acosta. Lamela, por seu turno, voltou aos grandes momentos, muito por responsabilidade do compatriota Pochettino, e pede meças por um lugar nos 23 também. Depois de ter visto o gémeo avançado adiantar-se na carreira e projecção, agora é o gémeo central, Ramiro Funes Mori, a vingar na Europa e ganhar espaço na selecção. A luta pelas vagas no centro da defesa promete, Otamendi, Garay, Musacchio, Roncaglia, Gonzalo Rodríguez, Demichelis, além de Rojo, Pinola e Maidana, para quatro expectáveis vagas, é bem apertado. https://www.youtube.com/watch?v=keGMVdQLn8Y
GR: Romero, Rulli, Guzmán, Marchesín, Andújar. Def: Musacchio, Roncaglia, G. Rodríguez, Rojo, Zabaleta, Otamendi, Demichelis, Funes Mori, Garay, Mas, Casco, Mercado, Maidana, Vangioni, Pinola. Med: Mascherano, Augusto Fernández, Kranevitter, Banega, E. Pérez, Biglia, Pereyra, Lamela, Pastore, G. Pizarro. Av: Messi, Correa, Higuaín, Dybala, Agüero, Di María, Gaitán, Lavezzi, Tevez, Acosta. Com mais de 30 anos de banco e depois de já ter liderado a nativa Colômbia e o Equador a edições anteriores da Copa América, Hernan Darío Gómez está encarregado de procurar o quase impossível com o Panamá, que tem a vantagem de abrir diante de Bolívia, enquanto Argentina e Chile jogam uma sempre rasgada ronda inicial, que pode catapultar a ‘Marea Roja’ para um feito completamente inesperado. Os ligamentos deixaram o central Román Torres, dos Sounders, fora das escolhas finais, onde não consta igualmente o consagrado dianteiro Blackburn. Dois jovens na Europa viram companheiros de equipa entrarem nas contas, ficando no entanto cortados, como são os casos do avançado Alfredo Stephens, do Dunajska Streda, que viu o lateral Éric Davis nos 23 mas acabou batido pelo ganho de forma recente do veterano Blas Pérez e a explosão do miúdo Ismael Díaz no FC Porto B, e Yoel Bárcena do RNK Split, com outro elemento da dianteira, Abdiel Arroyo, seu parceiro, a conseguir tomar parte do seleccionado. Aliás, Arroyo é um dos jovens que pode captar a atenção dos olheiros na prova, caso tenha minutos. https://www.youtube.com/watch?v=egKMoAbCzGY
Baldivieso é o actual seleccionador da Bolívia e não tem tarefa simples para, sequer, avançaram além da fase de grupos. A sua geração (a de Etcheverry, Sandy, Trucco ou Erwin ‘Platini’ Sánchez) foi a que mais brilhou nos altos Andes, alinhando a maioria dos seus elementos no estrangeiro. Actualmente o grosso dos bolivianos quedam-se pela liga local, o que justifica parcialmente a travessia no deserto do futebol boliviano. Primo do lateral direito Diego Bejarano, Danny Bejarano é um dos nomes novos a surgir no panorama boliviano. A passagem pela Grécia foi falhada e retornou em Janeiro à Bolívia cedido ao Bolívar, ele que é formado no Oriente Petrolero. Médio todo-terreno, tem uma razoável meia distância, bom na pressão alta, tem uma boa margem de progressão ainda. https://www.youtube.com/watch?v=84GTci4Mrro O adolescente da Primavera rossonera Sebastián Gamarra também faz parte desta pré-lista, começando a ambientar-se à equipa principal, a que aspira. Igualmente adolescente ainda é o avançado Bruno Miranda, que se mudou para a Universidad Chile e já alinhou na equipa principal da U. https://www.youtube.com/watch?v=kLDFctByUw4 Marcelo Moreno está na lista mas afirmou que não iria participar na Copa América Centenário.
GR: Carlos Lampe (Sport Boys), Romel Quiñónez (Bolívar), Juan Carlos Robles (San José) y Guillermo Viscarra (Oriente Petrolero). Def: Ronald Eguino, Nelson Cabrera y Erwin Saavedra (Bolívar), Diego Bejarano y Luis Fernando Marteli (The Strongest), Omar Morales y Edward Zenteno (Wilstermann), Enrique Flores (Universitario), Marvin Bejarano (Oriente Petrolero), Cristian Coimbra (Blooming), Ignacio García (Nacional Potosí) y Luis Gutiérrez (Hapoel Ironi Kiryat Shmona-ISR). Med: Walter Veizaga, Alejandro Chumacero y Raúl Castro (The Strongest), Pedro Azogue y Alejandro Meleán (Oriente Petrolero), Rudy Cardozo y Danny Bejarano (Bolívar), Samuel Galindo (Petrolero), Fernando Saucedo, Cristhian Machado (Wilstermann), Mario Parrado (San José), Sebastián Gamarra (Milán-ITA), Jhasmani Campos (Kazma FC-KUW) y Martin Smedberg-Dalence (IFK Goteborg-SUE). Av: Rodrigo Ramallo y Rodrigo Vargas Touchard (The Strongest), Luis Hurtado y Carmelo Algarañaz (Petrolero), Juan Carlos Arce (Bolívar), Gilbert Álvarez (Real Potosí), Juan Eduardo Fierro (Universitario), Bruno Miranda (Universidad de Chile-CHI), Marcelo Martins Moreno (Changchun YataiCHN) y Yasmani Duk (Cosmos-USA). Finalmente o detentor do ceptro, Chile, que abrirá a sua defesa diante da eterna rival Argentina. O hispano-argentino Pizzi foi o homem escolhido para suceder a Sampaoli e a empreitada não se afigura nada simples. A equipa nacional permanece compacta, escolhas fortes para a baliza onde o potencial enorme de Toselli ainda não lhe granjeia sequer uma posição entre o trio (deverá disputá-la novamente com Garcés, atrás de Bravo e Herrera). Felipe Campos do Palestino tem-se exibido em bom plano e poderá ser a alternativa para a lateral direita. Fugindo ao padrão chileno, o alto central Enzo Roco conseguiu afirmar-se no Espanyol e isso pode ter-lhe garantido uma das vagas na baixa defesa do campeão em título. https://www.youtube.com/watch?v=NKJ6hdXRE3E Marcos Bolados do Antofagasta vai sentindo os passos da principal selecção, ainda que deva fazer parte do lote de sacrificados, é um dos nomes para o futuro. De regresso ao Chile, Nico Castillo está afinadíssimo com a Católica, 10 golos em sete encontros da Primeira chilena servem para entrar nas escolhas e mesmo fazer sombra ao que será escolhido para acompanhar Alexis na dianteira. A maior surpresa foi a ausência de Valdivia dos pré-convocados, algo que levou mesmo a comentários negativos por parte de alguns dos pesos-pesados da equipa, como Vidal, e pelos
adeptos. Os dois desafios de suspensão que tem de cumprir são a razão utilizada por Pizzi para justificar a sua não escolha, de acordo com a imprensa local. O principal beneficiado com a opção de não incluir Valdivia poderá ser mesmo Diego Valdés. O criativo do Audax Italiano tem estado a alto nível no campeonato chileno, mas conta com a rivalidade de Rabello e do naturalizado Pablo Hernández no lugar de ‘alternate’ a Matías Fernández, que deverá voltar a assumir o papel de maestro na ausência de Valdivia. https://www.youtube.com/watch?v=7pXNXthmH9Y
Copa América Centenário Jornada 1
Grupo A A última ocasião em que a Colômbia venceu o jogo inaugural foi em 2001, precisamente o ano em que os ‘Cafeteros’ ganharam a competição.
O contestado Klinsmann, com algumas escolhas tomadas como dúbias nesta sua passagem pela selecção norte-americana, arranca com uma derrota, clara, perante uma equipa nacional colombiana que não parte, de todo, como candidata, face às muitas baixas, por opção também, particularmente nos arietes. Zapata, autor do golo inaugural, considerado o homem do jogo.
foi
A Colômbia teve o domínio quase total sobre os EUA, revelou-se superior a nível colectivo e a nível individual, não sofrendo qualquer questão o seu triunfo. Já para os EUA, que ambicionavam chegar ao encontro decisivo, muito terá que ser alterado para poderem aspirar a atingir, pelo menos, as meias-finais. No segundo tempo a Colômbia volta a entrar bem melhor, contudo os norte-americanos tiveram momentos de pressão perto da hora de jogo, sem contudo criar real perigo às redes de Ospina. Um livre de Dempsey, aos 63, teve resposta à altura do guardião do Arsenal, que se revelou seguríssimo a cada intervenção. 1 – Estatísticas oficiais do encontro EUA 0-2 Colômbia. Foto da página oficial da competição no facebook, https://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenari o
O momento mais negativo para os ‘Cafeteros’ prende-se com a possível lesão no ombro de James Rodríguez, que regressou aos enormes momentos com a
Copa America Centenario Jornada 1
Grupo A A última ocasião em que a Colômbia venceu o jogo inaugural foi em 2001, precisamente o ano em que os ‘Cafeteros’ ganharam a competição.
O contestado Klinsmann, com algumas escolhas tomadas como dúbias nesta sua passagem pela selecção norte-americana, arranca com uma derrota, clara, perante uma equipa nacional colombiana que não parte, de todo, como candidata, face às muitas baixas, por opção também, particularmente nos arietes. Zapata, autor do golo inaugural, considerado o homem do jogo.
foi
A Colômbia teve o domínio quase total sobre os EUA, revelou-se superior a nível colectivo e a nível individual, não sofrendo qualquer questão o seu triunfo. Já para os EUA, que ambicionavam chegar ao encontro decisivo, muito terá que ser alterado para poderem aspirar a atingir, pelo menos, as meias-finais. No segundo tempo a Colômbia volta a entrar bem melhor, contudo os norte-americanos tiveram momentos de pressão perto da hora de jogo, sem contudo criar real perigo às redes de Ospina. Um livre de Dempsey, aos 63, teve resposta à altura do guardião do Arsenal, que se revelou seguríssimo a cada intervenção. 13 – Estatísticas oficiais do encontro EUA 0-2 Colômbia. Foto da página oficial da competição no facebook, https://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenari o
O momento mais negativo para os ‘Cafeteros’ prende-se com a possível lesão no ombro de James Rodríguez, que regressou aos enormes momentos com a
selecção e poderá ser uma forte baixa para o restante torneio, substituído aos 72 minutos por Celis. Bacca ainda enviou uma bola à trave aos 77 minutos, numa altura em que a Colômbia volta a passear sobre os norte-americanos.
https://www.youtube.com/watch?v=yHi1O2ijFXg
14 –Autor do primeiro golo da Centenário, Zapata foi igualmente eleito o melhor em campo. Foto da página oficial da competição, www.ca2016.com
Um dos factores chaves no triunfo colombiano prende-se com a forma como Pekerman coloca a equipa de forma dinâmica em campo, Torres a funcionar como pivô mas daí para diante trocas constantes entre os elementos ofensivos entre o médio equilibrador e o avançado centro, Bacca. James começou mais pelo interior na primeira parte, contudo o seleccionador argentino dos colombianos inverteu posições entre o capitão e Edwin Cardona, que voltou a exibir-se em altíssima nota, não se compreendendo como a Europa não o vê, jogando Cardona por dentro na segunda metade e James a partir do flanco esquerdo para o meio. Já nos EUA não é compreensível a utilização de Jermaine Jones, especialmente com Bradley no papel de ‘6’, não funcionando o germano-norte-americano como médio de ligação e perdendo aí a ‘Stars and Stripes’ a luta pelo meio-campo face à mobilidade adversária e à falta da mesma pelos EUA. Dempsey esteve longe do que pode oferecer e Wood, mais aberto em contraponto com a sua posição mais central na Alemanha, deveriam ter invertido papéis ou, pelo menos, terem trocado, a par de Zardes, de forma a confundir marcações e tirar melhor partido do que cada um pode oferecer. Klinsmann parece idealizar uma selecção ao estilo recente espanhol, alemão ou até português, contudo não colocou os jogadores que melhor se enquadram nesse papel. Um dia a mais de descanso é vantajoso para EUA e Colômbia, aguardando ambos o desfecho do desafio entre Costa Rica e Paraguai. ‘Cafeteros’ defrontam ‘Guaranis’ na 2.ª jornada, enquanto os norte-americanos medem forças com os ‘Ticos’.
Copa America Centenario – Dia 2 Desilusão, surpresa e esperança Depois de um bom jogo de abertura de competição, o segundo dia da Copa 100 observou encontros excessivamente contidos e onde o temor da derrota superiorizou-se claramente à vontade do triunfo.
As altas temperatura e humidade em Orlando contribuíram de sobremaneira para um jogo muito pobre, marcado mais pelas quezílias do que pelo futebol em si. Paraguai e Costa Rica sabiam que um triunfo, face à derrota norte-americana, as colocaria com boas possibilidades de apuramento para os quartos-de-final, contudo tal não se confirmou no encontro, que o Paraguai dominou, controlou, mas no seu contínuo estilo de ‘Itália da América do Sul’ baixou ritmo, pausou e pareceu esperar que o golo surgisse por si. Ramón Díaz demorou demasiado tempo a alterar e a equipa não tirou partido da insegurança que Pemberton demonstrou logo no arranque da partida, acabando por rematar pouquíssimo e mal, ao contrário da Costa Rica, que conseguiu mais remates encaixados, valendo sempre o ultra-veterano Justo Villar, seguro nas redes ‘guaranis’. Na primeira parte sobressaiu Romero, um esquerdino que jorra talento e poderia fazer ainda mais mossa caso tivesse sido utilizado mais pelo interior. No pólo oposto Derlis González, mais
preocupado com os despiques com Matarrita, nem tanto em produzir positivamente para a equipa. Jorge Benítez mal se viu e Lezcano foi abnegado mas com pouca bola. Do lado ‘Tico’ Bryan Ruiz até começou bem, mas foi-se perdendo no encontro. Celso Borges esteve ao seu nível habitual, não se dá muito por ele mas posiciona-se e cobre o miolo de forma excepcional. O seu parceiro de miolo, Yeltsin Tejeda, teve o mérito de não se atemorizar com o amarelo mostrado poucos segundos depois do começo do encontro. Ureña é voluntarioso mas não é o avançado que a Costa Rica necessita, falta um homem mais letal e que não perca tantas bolas recebidas na frente. Caso a partida tivesse começado mais tarde, em horário europeu, daria para ter adormecido. Cortejado por vários emblemas europeus, escrevendo-se mesmo sobre abordagens do FC 15 – Estatísticas oficiais do encontro. Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAmericaCente nario
Porto, o jovem central ‘guarani’ Gustavo Gómez foi eleito o Homem do Jogo.
https://www.youtube.com/watch?v=FEMeHXJYarA
16 – O prémio de Homem do Jogo entregue ao central Gustavo Gómez. Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenario
Guerrero faz história, dá vitória ao Peru e torna-se, com 27 golos, no maior goleador do país. O Peru foi superior, percebeu que o era, entrou de rompante e quase marcou, valendo Placide a defender e parar várias situações de perigo. Perto do quarto de hora de jogo, finalmente, a selecção haitiana consegue ajustar marcações, ter alguma posse e aliviar o sufoco a que foi submetida pela ‘Albirroja’.
Neveu não estava satisfeito e aos 39 minutos retira um Hilaire que nada estava a fazer no relvado, não construindo e não conseguindo parar as avalanches ofensivas, para colocar em campo Jean-Marc Alexandre, uma mudança que Hilaire não aceitou bem. Apesar da entrega, os haitianos não conseguiram 17 – Estatísticas oficiais do jogo. Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAmerica Centenario
fazer a bola chegar a Duckens Nazon, uma das
revelações da Gold Cup 2015 mas que neste desafio apenas se fez notar pela distinta cor capilar. A juventude da selecção peruana não se fez sentir. Os laterais Revoredo e Trauco mostraramse muito bem, Cueva foi sempre irreverente, Vilchez estabeleceu boas notas de transição, enquanto Edison Flores foi uma revelação. Apesar de Guerrero ter sido o Homem do Jogo, eleição natural face ao golo, o canhoto do Universitario Deportes foi o melhor em campo e, com esta exibição, já deve ter atraído interessados fora do Peru, tendo inclusive atirado uma bola ao poste em cima do intervalo. https://www.youtube.com/watch?v=yuLn6ozsdx8
18 – Autor do único golo do desafio, Guerrero foi o natural eleito como Homem do Jogo. Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenario
Depois de desperdiçar oportunidades para inaugurar o marcador e/ou aumentar a vantagem para ter confortabilidade, o Peru de Gareca fechou o encontro com o maior susto. Belfort, entrado para o lugar de Duckens Nazon, cabeceou na última jogada do desafio, apenas para ver a bola sair um pouco ao lado, ficando o avançado prostrado no relvado a chorar face ao falhanço, numa das imagens que marcará a competição por certo.
O Brasil de Dunga continua a não convencer e no jogo inaugural, diante do Equador, não foi além do nulo.
O Equador ainda não se refez do encontro, onde viu uma concretização legal ser anulada já no decorrer da segunda metade. Alisson não conseguiu responder da melhor forma ao remate de Bolaños, aos 66 minutos, no entanto o árbitro assistente indicou que a bola já teria sido pela linha de fundo antes do cruzamento, numa definição onde o vídeo-árbitro teria sido fundamental. Ainda assim, foi muito mais Brasil, com Willian sempre irrequieto, a dar água pela barba às linhas atrasadas da ‘Tri’. Os ‘canarinhos’ tiveram muito mais posse, num jogo com demasiadas faltas (28), perdas de bola (46) e passes falhados (110), tendo o veterano Dreer, eleito o Homem do Jogo, resolvido os poucos remates que não foram impedidos pela sua linha defensiva. Com este resultado e o triunfo peruano, a ‘Albirroja’ partirá para o encontro face ao Equador com a 19 – Estatísticas oficiais da partida, Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAmeric aCentenario/
certeza de um triunfo assegurar o apuramento para os quartos-de-final. Do lado brasileiro, o encontro com o Haiti obriga a vitória e os caribenhos revelaram-se bastante disponíveis mas totalmente acessíveis, com problemas nas primeiras fases de construção e em fazer chegar a bola aos nomes de maior destaque, Guerrier e Nazon. https://www.youtube.com/watch?v=RCi4JUeFTs4
20 – O guarda-redes equatoriano foi votado o Homem do Jogo. Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenario/
Copa America Centenario – dia 3 A força de 10, as bolas paradas e um verdadeiro cabeça-de-cartaz
Depois de um segundo dia com três encontros medíocres, o terceiro dia renovou o gosto pelo futebol com duas partidas interessantes, mesmo que com momentos especulativos, com busca de triunfo e intensidade, particularmente o encontro entre Uruguai e México, que justificou as expectativas em seu torno.
Depois de ter honrado completamente o convite para a Copa América de 2015, onde perdeu os encontros mas esteve sempre perto de outro resultado e a dar muito que fazer aos adversários, a Jamaica de Schaefer voltou a exibir-se em bom nível e o triunfo da Venezuela por 1-0, ainda que justificado, podia bem não o ter sido, até pelas duas bolas nos ferros por parte dos ‘Reggae Boyz’. Schaefer optou por deixar o regressado capitão e campeão inglês Wes Morgan no banco, mantendo a aposta em Mariappa e Taylor com Hector como médio defensivo. A expulsão de Austin logo aos 24 minutos, já depois dos venezuelanos terem aberto a contagem por Martínez, pouco depois da bola na barra por Watson, começou por afectar o desempenho jamaicano, passando os ‘Vinotinto’ a controlar a partida, mas a lesão de Kemar Lawrence, o pujante, veloz e dinâmico lateral esquerdo dos Red Bulls, observou Schaefer remodelar toda a linha defensiva, entrando Morgan, passando Watson da direita para a esquerda e colocando Mariappa como defesa direito, viu a Jamaica subir de produção e na segunda metade foram os jamaicanos a criarem mais perigo para as redes de Dani Hernández, ainda que Andre Blake tenha também ele realizado uma notável parada a um ‘voo de peixe’ de Ángel aos 70 minutos.
Se os alas McAnuff e McCleary e o avançado Barnes se destacaram em 2015, desta feita foram bem anulados pelo desempenho defensivo venezuelano, quer por Rosales e Feltscher nas laterais, quer pelo impositivo Vizcarrondo e Wuilker Ángel no centro da defesa, não esquecendo o dínamo Tomás Rincón, primeiro construtor, sempre bem na leitura de jogo. O perigo surgiu nas bolas paradas, onde a linha defensiva ‘Reggae’ foi realmente ameaçadora, na concretização, com Je-Vaughn Watson, Mariappa e Taylor e disporem de oportunidades soberanas para marcarem a favor dos caribenhos. 21 – Estatísticas oficiais do Jamaica x Venezuela. Foto: ttps://www.facebook.com/2016CopaAmerica Centenario/
Apesar da boa exibição, especialmente com menos um, Schaefer vê-se com os problemas da lesão de Lawrence a ausência de Austin por castigo no próximo desafio. Donaldson, Barnes, McCleary e McAnuff terão de entrar mais no jogo.
https://www.youtube.com/watch?v=TzcFynCEt1g
O segundo encontro do Grupo C foi realmente bom de ver. Alta intensidade em cada duelo, rispidez quanto baste, ou não estivessem os ‘Charruas’ no relvado, cada metro quadrado caríssimo, duas expulsões por acumulação que, por sinal, fizeram a diferença – positivamente – para as respectivas selecções.
22 – Autor do único golo, Josef Martínez foi naturalmente votado o Homem do Jogo. Foto: ttps://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenario/
Começou mal o arranjo. Uma gafe organizacional permitiu o soar do hino chileno em vez do uruguaio, deixando os futebolistas ‘celestes’ incrédulos, situação pela qual a organização já se desculpou. Estávamos a chegar aos três minutos e já abanavam as redes. Guardado pela esquerda, com o México a alinhar no seu habitual esquema de três centrais, a centrar e Herrera a pressionar
Álvaro ‘Palito’ Pereira, que acaba por introduzir a bola na própria baliza, abrindo completamente o encontro.
Sem poder contar com Luís Suárez, Tabarez optou por ter Cavani na frente, Diego Rolán a entrar pela esquerda, Carlos Sánchez mais contido na direita e Lodeiro no papel dividido entre ‘9,5’ e ‘10’, nas costas do avançado ‘parisiense’. O México revelou-se mais perigoso no decorrer da primeira metade, contudo realce para uma belíssima jogada aos 30 minutos por parte do Uruguai, Sánchez coloca em Lodeiro, este tem uma abertura magistral, ao seu melhor estilo, deixando Cavani frente-a-frente com Talavera, que realiza uma soberba mancha.
Rafa Márquez não acusa o passar dos anos e voltou a exibir-se em bitola bem alta, sendo mesmo escolhido como Homem do Jogo. O central e capitão do México não só ‘xerifou’ a linha defensiva como cobriu algumas indiscrições dos colegas, realizando pelo menos duas dobras em compensação dignas de observar, cobrindo metros e defendendo Talavera de maiores apuros. A expulsão de Vecíno, em cima do intervalo, por acumulação de amarelos, teve o condão de acordar o Uruguai, que criou vários sustos aos mexicanos, particularmente em bolas paradas, com Godín e Giménez a se mostrarem ofensivamente. O jogo continuava durinho, de parada e resposta, não se notando nos ‘Charruas’ a inferioridade numérica, bem pelo contrário. Aquino esteve fora do jogo e o México ganhou com a entrada de Lozano. No entanto, foi a expulsão de Guardado, também por 23 – Estatísticas oficiais do México 3-1 Uruguai. Foto: ttps://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenario/
acumulação de amarelos, um pouco ‘forçada’ pela insistência uruguaia, teve um efeito contraproducente
nos sul-americanos e acordou a ‘Tri’. O México voltou a dominar o encontro e criou várias situações de ataque e golo iminente no jogo 10x10, depois do Uruguai ter empatado, precisamente na sequência do livre que expulsou o lateral-ala esquerdo do México, e, daí, Herrera assumiu novamente protagonismo. Apesar de ter sido Rafa Márquez o votado melhor, foi o médio portista a encostar o defesa no primeiro golo, a marcar o terceiro, a ser o mais activo na pressão alta, a ganhar bolas e rematar, a par de Lozano, a estar na jogada do segundo, obtido pelo capitão. Golos que demonstraram a vital importância das bolas paradas. O México dá um passo gigantesco rumo aos quartos-de-final, onde o Uruguai também acredita poder estar, foi derrotado mas exibiu-se de forma convincente – e igual a si mesmo, dentro das ideias de Tabarez.
https://www.youtube.com/watch?v=TkPLCSW9PlY
24 – Capitão Rafa Márquez votado pelos adeptos o melhor no relvado. Foto: ttps://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenario/
Copa America Centenario, dia 4 Dilúvio tropical e a partida mais aguardada A primeira jornada da Copa América 2016, do Centenário, fechou-se com o encontro mais esperado, um sempre excitante Argentina x Chile, rasgadinho, aliás, ponto comum a ambos os desafios do Grupo D, muito físicos, à moda sul-americana, com um excesso de faltas, intensos.
Debaixo de uma forte chuvada tropical, poucos dias depois do primeiro encontro em Orlando ter sido marcado por uma onda de calor sufocante, o Panamá 2-1 Bolívia foi bom de seguir. Apesar de serem duas das selecções individualmente menos fortes na prova, quer panamianos, quer bolivianos, mostraram muito maior abnegação e vontade em disputar o encontro que qualquer das seis selecções que actuaram no segundo dia da competição. Depois de uma Gold Cup fraquíssima, Blas Pérez, um dos mais reputados internacionais do Panamá, voltou a mostrar-se como ‘9’, concretizando por duas vezes para garantir a vitória aos centro-americanos e sendo votado o Homem do Jogo. Lampe exibiu-se em melhor nível que o veterano Penedo, a deixar a desejar no golo sofrido, numa bola em que guarda-redes e central Cummings facilitaram ao ponto de Hernan Dario Gómez ter retirado o central pouco depois. Já o guardião boliviano ainda evitou algumas situações perigosas para a sua baliza e nada pôde fazer nos golos sofridos, apesar da precipitação na saída durante a jogada que observou o segundo panamiano.
A Bolívia entrou muito acanhada na partida, com o Panamá a irromper de forma avassaladora, apenas conseguindo os sul-americanos equilibrar as operações a partir do quarto-de-hora. Do lado panamiano o futebol foi sempre mais trabalhado, construído em passe, já Baldivieso colocou a Bolívia a jogar directo, bolas em profundidade procurando a velocidade de Juan Carlos Arce, solto atrás de Duk, tentando ainda aproveitar a qualidade do ‘sueco’ Smedberg-Dalence nas bolas paradas. Ao intervalo o antigo médio internacional boliviano alterou a configuração táctica dos ‘verdes’. Abdicou de um dos três centrais, Eguino, colocou Meléan ao lado de Azogue e Saucedo, que ocupava esse lugar, deu lugar ao esquerdino Campos, abrindo este na esquerda e Smedberg mais fixo na direita com Arce a soltar-se ainda mais no apoio a Duk, que esteve 25 – Estatísticas oficiais do Panamá 2-1 Bolívia. Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAmerica Centenario/
muito apagado.
Deu resultado, pois a Bolívia entrou bem melhor no segundo tempo, com Arce a chegar mesmo ao golo do empate, mas este tento teve o condão de acordar novamente o Panamá, que volta a assenhorar-se do desafio. O colombiano Gómez leu bem, retirou Cummings, reposicionou Roderick Miller na sua posição ‘natural’, central, e entrou Henríquez para a lateral esquerda. Gabriel Torres mal se viu na frente e a entrada de Tejada e do jovem Arroyo inovou a frente, estando estes dois envolvidos na bela jogada que culminou com o golo vitorioso, bastando a Blas Pérez encostar para a baliza. https://www.youtube.com/watch?v=rcCeVzsCt6M
26 – Autor do primeiro bis da Copa Centenário, Blas Pérez recebeu o troféu de melhor em campo. Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenario/
Como destacou o CONMEBOL, o Argentina x Chile foi o primeiro encontro de Mundial ou Copa América sem Messi desde 2006!
Santa Clara recebeu um bom jogo, a repetição da final de 2015 da prova, com a Argentina a ‘vingar’ a derrota com este triunfo. Se o Chile se revelou um pouco melhor colectivamente, as individualidades argentinas fizeram a diferença. Alexis Sánchez pouco se viu, enquanto Gaitan entrou bem mas foi Di María a brilhar mais alto, colocando Isla, Medel, Jara, Aranguiz, Díaz em trabalhos amiúde. Foi mesmo o jogador do PSG quem abriu a contagem, numa saída rápida pouco depois do intervalo, em perfeito entendimento com Banega, que se exibiu igualmente muito bem, nos equilíbrios e nos apoios ofensivos, sendo o médio do Sevilha autor do segundo, com retribuição de Di María. Romero mostrou-se bem na baliza, tem uma saída a fechar o ângulo aos 29 minutos de alta nota, acabando por falhar nos descontos, saindo a destempo no golo chileno, já tardio. Apesar dos argentinos terem quase o dobro dos remates dos chilenos, estes encaixaram mais na baliza, o que valoriza Romero. Marcelo Díaz procurou sempre compensar, acabando por baixar de nível com o decorrer do encontro, algo que se notou em todo o meio-campo da ‘Roja’, onde Vidal teve fogachos mas foi inconsistente e, por vezes, posicionou-se mal em recuperação, obrigando a maior esforço compensatório da equipa.
Higuain mal se viu. Na forma da sua vida no Nápoles, acabou por não ter bola para fazer a diferença, algo que também ‘atacou’ Vargas. Nota para as boas combinações na esquerda chilena entre Mena e Beausejour durante o primeiro tempo. Mercado sentiu dificuldades e o Chile sentiu a saída por lesão do lateral Mena.
https://www.youtube.com/watch?v=26KBtlpZqRQ
Copa America Centenario, dia 5 Uma goleada de pequenino e um café apurado Arranque da segunda jornada dos grupos com um inesperado e enganador 4-0 dos EUA à Costa Rica e vitória ‘cafetera’ sobre os ‘guaranis’ que garantiu desde 27 – Estatísticas oficiais do Argentina 2-1 Chile. Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAme ricaCentenario/
já o apuramento da Colômbia para os quartos-de-final. A Costa Rica entrou muito melhor na partida com os EUA, onde Klinsmann não realizou uma única alteração,
28 – Di María foi escolhido como o melhor da partida. Foto: https://www.facebook.com/2016CopaAmericaCentenario/
apesar da exibição descolorida diante da Colômbia. Já os ‘Ticos’ viram Ramírez obrigado a algumas mudanças, alterações que tiveram influência directa no desfecho. A expulsão de Waston obrigou a câmbios profundos na linha central da defesa, onde Duarte passou de central pela esquerda para central pela direita e o defesa esquerdo Calvo, que também alinha a central, a entrar para terceiro central. Tejeda, que havia sido admoestado poucos segundos após o arranque do primeiro jogo também saiu e entrou no onze Bolaños, deixando Celso Borges praticamente sozinho na ‘sala de máquinas’ do miolo.
Bryan Ruiz entrou muito bem no encontro, criando apuros para o último reduto da ‘Stars and Stripes’, foram 15 minutos de domínio costa-riquenho. Os EUA acantonaram-se atrás, linhas baixas, sem grande pressão, espreitando o contra-ataque. Uma grande penalidade infantil de Gamboa permitiu aos norte-americanos abrirem a contagem, deixando-os ainda mais confortáveis na situação de espectadores. O penalti abalou os ‘Ticos’, Ruiz desapareceu do desafio e a saída por lesão de Ureña ainda ofereceu menor interacção ofensiva, com Saborio a entrar
aos 18 minutos mas a ser visto apenas aos 45! Depois do bom começo, a Costa Rica começou a perder imensas bolas na primeira fase de construção, notando-se bem a falta de rotinas entre Duarte e Gamboa, sendo mesmo o bom central do Espanyol a ter nova perda de bola primária e a permitir o 2-0 aos EUA. Antes do intervalo Wood tem uma boa rotação e remate para o 3-0. Sem fazer grande alarido, jogando como uma selecção inferior, limitando-se a especular com o encontro e tirar partido dos erros de um adversário que assumiu a partida. Não é grande augúrio para o futuro, apesar do resultado parecer estrondoso para os norte-americanos. Do lado da Costa Rica, Joel Campbell continua a não justificar, sequer, a convocatória. A época praticamente sem jogar nota-se bem. O avançado centro, seja Ureña ou Saborio, não oferece linhas, não interage com os criativos, o que emperra a máquina na criação de possíveis situações de perigo em jogadas colectivas. Celso Borges não pode fazer tudo sozinho no meiocampo. Neste desafio há que elogiar a mente prática norte-americana, no entanto, como selecção teoricamente superior e a alinhar em casa, seria de esperar mais e melhor, até porque não é todos os dias que se recebem tantas ofertas defensivas.
Jermaine Jones foi votado pelo público como o melhor da partida, denotando enorme subida de produção face ao desafio perante a Colômbia. https://www.youtube.com/watch?v=xakYzV5E-d4
A Colômbia entrou como candidata, controlou, criou oportunidades e James Rodríguez, que assustou no primeiro encontro com suspeita de luxação no ombro/braço, está-se a candidatar claramente a jogador do torneio. O ‘10’ da Colômbia foi intratável, assistiu para o golo de Bacca e marcou o segundo, assumindo na plenitude o estatuto de campeão. Apenas depois dos dois golos de vantagem se observou a uma reacção ‘guarani’, que teve um remate para a baliza de Ospina anulado pouco depois da meia hora de jogo, viu a bola embater com
estrondo no ferro em livre directo, já nos descontos da primeira parte e ainda teve Ospina a realizar uma notável parada, a adiar o golo, por alturas da hora de jogo. Os ‘cafeteros’ geriram os dois golos de avanço durante a segunda metade, o que permitiu maior posse ao Paraguai, que passou a controlar, este entregue pelos colombianos, e podia mesmo ter perigado o triunfo. Os colombianos atacaram pela certa e Villar viu uma bola entrar, mas a jogada também já estava anulada por fora-de-jogo. O suplente Ayala reduziu num enormíssimo remate do médio centro dos argentinos do Lanús. Ospina continuou a brilhar na segunda metade. Pode não encher as medidas de Wenger, que o colocou como segunda opção no Arsenal após o ter contratado, mas foi o garante do triunfo na segunda metade com algumas intervenções de altíssimo nível de dificuldade. Logo após a expulsão por acumulação de Romero, a Colômbia envia uma bola ao poste por Cardona. A saída de Romero viu a Colômbia assenhorar-se novamente do encontro, momentaneamente. Aos 87 minutos o Paraguai até podia ter empatado com Bruno Valdez a rematar e ser um companheiro a servir de defesa, existindo resposta imediata da Colômbia, num final de encontro carregado de intensidade. O Paraguai vai pagando o preço da falta de ambição, deixou arrastar o primeiro desafio, fechando a zero e apenas reagiu neste segundo encontro quando já estava dois golos abaixo. O segundo tempo, no entanto, dá alguma esperança aos paraguaios. Uma vitória sobre os norte-americanos no terceiro jogo apura os ‘Guaranis’ para os quartos-de-final. https://www.youtube.com/watch?v=A9-1NsMifDI
James RodrĂguez foi o natural escolhido como melhor em campo.
Copa America Centenario, dia 6 Sem vodu para o samba do candomblĂŠ
Diante de um Haiti esforçado mas pouco organizado, com um pivô defensivo pesado, pouco participativo na construção e facilmente ultrapassado nas coberturas, particularmente perante um veloz no drible e decisão como é Philippe Coutinho, o Brasil passeou e o acumular do resultado acabou por ser natural, valendo ainda Placide que, com uma mão cheia de paradas, impediu um marcador ainda mais volumoso. Para os que escorregam na crítica fácil, na diferença de valores entre as selecções, justificando uma grande clivagem entre as nações sul-americanas e algumas centro-norte americanas, basta recordar que há um ano apenas, em meia-final, o Paraguai viu a Argentina aplicar 6-1. Em 2007, nos quartos-de-final, o Brasil deu 6-1 ao Chile e o México 6-0 ao Paraguai, em 1999 o Brasil goleou a Venezuela por 7-0, resultado idêntico ao obtido pela ‘canarinha’ nas meiasfinais de 1997 face ao Peru, isto para não ir mais longe. Cada jogo vale por si só. Se Dunga não mudou nada face ao 0-0 com o Equador, Neveu retirou Hilaire, que já havia sido substituído na 1.ª metade diante do Peru, para posicionar Jean-Marc Alexandre, Belfort assumiu a titularidade na dianteira, igualmente confirmando a alteração durante a primeira partida, enquanto Guerrier deu lugar ao antigo futebolista de Leixões e Rio Ave, Jean Sony, procurando o técnico francês reforçar o apoio a Goreux, algo que também não teve grande resultado. Notaram-se muitas dificuldades nos posicionamentos por parte do Haiti. A muito superior condição técnica brasileira deixava facilmente para trás o primeiro oponente e as dobras abriam várias brechas não compensadas devidamente, com os futebolistas do Haiti a deixarem-se ficar para trás demasiadas vezes depois de batidos. Depois do golo inaugural brasileiro, por volta dos 20 minutos, o Haiti consegue pela primeira vez trocar a bola no meio-campo adversário. Aos 41 minutos o Haiti tem o primeiro remate à baliza canarinha, mostrando-se Alisson, a ‘compensar’ a gafe da partida diante de Equador.
Quando o resultado é tão volumoso não há muito a dizer. Excelente primeira parte de Coutinho, que foi eleito o homem do jogo e culminou o desafio com um hat-trick. Renato Augusto bisou e ainda nota para os dois jovens do Santos, Gabriel Barbosa e Lucas Lima, ambos a entrarem e a marcarem. Um momento marcante foi, naturalmente, o tento de honra do Haiti, bastante celebrado pela enorme comunidade francófona que habita nos EUA, especialmente na Flórida. Marcelin foi o autor do primeiro golo haitiano na Copa América, igualmente o primeiro golo de sempre do Haiti ao Brasil, agora com um parcial de 17-1 em três desafios realizados entre os dois países. https://www.youtube.com/watch?v=esa-JQuOWcM Entrada avassaladora do Peru, com Cueva cada vez mais imbuído do papel de maestro, que lhe conferiu Gareca, abrindo o marcador e observando de perto outro dos destaques da ‘albirroja’, Edison Flores, a apontar o segundo. O Equador ainda nem tinha ‘entrado’ na partida e já estava a perder 2-0, Guerrero massacrava a defesa equatoriana.
Tapia e Vilchez começam a assumir o controlo do meio-campo e o Equador equilibra a partida, notando-se uma atitude mais passiva do Peru face à vantagem de 2-0, um erro comum em muitas equipas, buscar a gestão prematura de vantagens nem tão confortáveis, especialmente quando estão por cima e têm oportunidade de continuar a dominar.
Os peruanos não alteraram nada nos titulares do primeiro encontro, enquanto o titular da baliza equatoriana, Domínguez, voltou à posição, pese embora o bom desempenho de Dreer diante do Brasil. A contenção peruana depois da entrada de rompante teve custos, não conseguindo mais a selecção de Gareca tomar conta do desafio, onde o Equador assumiu a posse e criou várias ocasiões de apuro para as redes de Gallese. O 2-1 perto do intervalo deu a confiança necessária e o Equador entrou na segunda parte ao estilo do arranque peruano, acabando por igualar nos primeiros cinco minutos do segundo tempo. Enner Valencia cresceu com o jogo, com o golo, obtendo mesmo mais votos na eleição do melhor da partida. Gareca tentou mudar. Retirou um apagado Hohberg para colocar Andy Polo, meteu Ruidiaz e Yotun, dois elementos para a dianteira, mas o Peru continuou a revelar dificuldades em soltar-se da malha equatoriana. Gallese foi colocado mais à prova que Dominguez. Faltou ao Peru um pensador para o meio-campo, com a
selecção ‘inca’ a perder demasiadas bolas nos primeiro e segundo processos de construção. Tudo fica em aberto para a 3.ª jornada no Grupo B, onde podemos ter mesmo Brasil, Peru e Equador empatados com cinco pontos e serem os golos a decidirem o apuramento.
https://www.youtube.com/watch?v=xUNXB4v2a8Q
Copa America Centenario, dia 7 Áspero ‘Vinho Tinto’ enferruja os ‘Charruas’ Inesperadamente, a Venezuela surpreende e apura-se para os quartos-de-final à 2.ª jornada, acompanhada pelo México, decidindo ambos a liderança na ronda final. O maior vencedor da prova, Uruguai, fica-se pela fase de grupos, algo que não sucedia desde 1997. Foi um encontro carregado de marcos, Maxi Pereira somou a 113.ª internacionalização, ultrapassando Forlán como o mais internacional uruguaio, mas não estará satisfeito face à
derrota, ainda que tenha sido dos mais inconformados entre os ‘charruas’. José Salomón Rondón tornou-se no primeiro venezuelano a marcar golos em três edições distintas da Copa América e a Venezuela volta a vencer o Uruguai 10 anos depois!
A partida foi dura, como é hábito na América do Sul, com a Venezuela a revelar-se à altura do confronto com o Uruguai, historicamente conhecido por não ‘dar’ nenhuma bola nunca. A certa altura, entre os 10 e os 15 minutos, por aí, houve uma excessiva sucessão de faltas e apito, contudo o árbitro começou a deixar jogar mais e a intensidade colocada foi alta mas sem nunca ultrapassar limites, rudeza, virilidade mas respeito. Tabarez realizou diversos câmbios mas a equipa não melhorou. O desempenho menos conseguido de Álvaro Pereira na esquerda levou à titularidade de Gastón Silva, que não comprometeu, ainda que tenha sido pela direita venezuelana que mais perigo surgiu. O expulso Vecino deu lugar a Álvaro González, enquanto Gastón Ramírez entrou para a posição de Diego Rolán e Lodeiro viu-se relegado para o banco, entrando Stuani, que mal se viu. Ramírez à esquerda é um desperdício e o veterano técnico uruguaio demorou demasiado tempo a alterar a equipa, que não funcionava. Cavani voltou a exibir-se muito abaixo do exigível. A pressão para cobrir a ausência de Suárez terá sido demasiada e o avançado parisiense foi demasiado trapalhão e atrapalhado, com uma sofreguidão por fazer bem mas realizando quase todas as acções de forma precipitada e sem qualquer empatia com Stuani.
Em contraponto esteve a Venezuela, unida, colectiva, com enorme espírito de entreajuda, um par de médios Figuera-Rincón com todas as noções de posicionamento, vendo-se um Tomás Rincón menos interventivo nos processos de finalização, face ao passado, mas bastante compenetrado nas compensações e apoios frontais e laterais. A Venezuela entrou mais afoita, com Dudamel a dar a titularidade ao irreverente Peñaranda, que tão bem tinha entrado no jogo inicial, encostado na esquerda mas sempre pronto para flectir para dentro e desequilibrar. Josef Martínez é uma muleta que Rondón usa bem, baralhando marcações e combinando bem, curto e com muita rapidez. A precoce lesão de Rosales, inquestionável titular na lateral direita, deixou azo a dúvidas. Os ‘vinotinto’ abanaram um pouco nos minutos que se seguiram, mas Alexander González entrou de forma superior. O médio ala do secundário espanhol Huesca, reconvertido na Suíça de lateral em médio e transferido do Young Boys para Espanha em Janeiro, ocupando posição ainda mais adiantada nos aragoneses, González esteve mais do que à altura do desafio, entendeu-se bem com Guerra, anulou Ramírez e Rolán e conseguiu ter várias acções ofensivas de realce, não se coibindo nunca de subir em apoio ao ataque. O golo é fruto de uma obra de arte de Guerra, que viu Muslera adiantado e merecia que a bola tivesse entrado. O guardião ainda conseguiu tocar para a barra e Rondón mostrou-se letal como não o foi Cavani, teve a oportunidade e soube colocar o pé de forma a que a bola entrasse, com Muslera a fazer bem a mancha, sempre felino, mas sem hipóteses. Quase em cima da pausa é novamente Guerra a ter uma boa oportunidade de golo. O resumo da partida https://www.youtube.com/watch?v=0KMJnrb_7HY Uma imagem importante fica ao intervalo. A equipa venezuelana reunida a conversar e motivar-se colectivamente e em apoio, em pleno relvado, antes de rumar ao balneário. Gastón Ramírez mostrou-se no início da segunda metade, quando passou a pisar zonas mais interiores do relvado, vendo-se também um pouco, quase nada, de Stuani. Foram 20 minutos de domínio uruguaio com a Venezuela a ter dificuldades em sair da sua defesa, mas aguentando estoicamente as investidas ‘charruas’.
Peñaranda, apoiado pela parelha de médios centro, consegue dar algum conforto e respiro à linha mais atrasado aos 65 minutos e aos 68 o jovem que brilhou no Granada na última época desperdiça uma belíssima oportunidade, desmarcando-se para se isolar apenas com Muslera pela frente, numa jogada em que devia ter marcado. Aos 75 minutos volta a estar em destaque pela negativa, agora falhando um passe que poderia dar uma concretização fácil à Venezuela e ‘matar’ o jogo. Os últimos minutos foram de sufoco para a Venezuela. Lodeiro realiza um passe primoroso para Cavani que remata ao lado da baliza de Dani Hernández. Aos 91 Cavani tem mais uma boa ocasião, que falha. Já aos 94 minutos, com Muslera a subir à área, vendo contudo o canto batido antes de poder fazer algo, Otero recebe e atira para a baliza deserta, saindo a bola no entanto um pouco ao lado. Dudamel montou bem a sua equipa, que revelou um querer e um voluntarismo extraordinários, além de boas notas individuais para diversos dos elementos, superiorizandose ao líder da qualificação sul-americana para o Mundial 2018, um Uruguai pouco colectivo e revelando uma absoluta falta de inspiração. O encontro completo https://www.youtube.com/watch?v=-x83NAvIRpI Rondón foi o votado pelos cibernautas como o melhor em campo.
Osorio foi bastante ousado no embate com a Jamaica. O seleccionador mexicano passou de um sistema de três centrais para um de três defesas, abrindo Araujo na direita e Moreno na esquerda nos processos de construção, com Rafa Márquez a regressar a uma posição que conhece bem, pivô defensivo, e Yasser Corona a alinhar como o central ‘líder’. Na direita foi titular o avançado centro Raúl Jiménez, do Benfica, e na ala esquerda foi ‘Tecatito’ Corona do FC Porto a jogar, posicionando-se Layún a par de Dueñas como médios interiores e Herrera no apoio mais próximo a ‘Chicharito’ Hernández.
Na baliza, apesar da bela exibição de Talavera, também houve mudança com a entrada de Ochoa.
Esta fase de grupos reuniu os finalistas de Copa América e Gold Cup 2015. Na jornada inaugural tivemos o Argentina x Chile e aqui o México x Jamaica, com os argentinos a ‘vingarem’ a derrota e os mexicanos a repetirem a vitória, esta valendo eliminação dos ‘Reggae Boyz’. Os primeiros 20 minutos foram do México. A rigidez jamaicana viu-se face a uma enorme mobilidade da ‘Tri’ e o golo foi o culminar natural do domínio, com ‘Chicharito’ a apontar o seu 41.º golo, ficando agora a um apenas de Borgetti, o maior goleador da história da ‘Tri’. O desenho táctico mexicano, contudo, abriu algumas brechas defensivas e quando a Jamaica começou a entrar no jogo, continuando dominada pelos mexicanos, e foi mesmo Donaldson a impedir o empate, funcionando o avançado como defesa por volta dos 30 minutos, ele que havia desperdiçado a primeira oportunidade logo aos sete minutos. Ochoa mostrou-se seguro, parando os remates de McCleary e Hector antes do intervalo.
‘Memo’ Ochoa voltou a revelar-se importante diante de Hector, realizando uma bela parada já com 2-0 no marcador. Na segunda parte Osorio percebeu os desequilíbrios, posicionando Layun como defesa direito e Moreno a fixar-se como defesa esquerdo, dando maior liberdade a Corona para desequilibrar. O extremo do FC Porto foi dos melhores em campo. Blake quase oferecia o segundo à passagem da hora. As chaves da vitória mexicana https://www.youtube.com/watch?v=RFVlAm2fwmU Peralta entrou aos 78 minutos e somente três minutos depois realiza o segundo, mostrando-se excelente concretizador numa jogada bem bonita com ‘Chucky’ Lozano e Herrera, que acaba por assistir quase sem querer, sendo um mau domínio do portista a ver Peralta irromper e rematar para o golo. Vitória incontestável de um México com muita ambição. Se vários encontros têm observado baixas assistências no estádio, o México x Jamaica teve ontem mais de 80 mil no Rose Bowl, sendo certo que a ‘Tri’ continuará a mobilizar estes números enquanto estiver em competição. Partida completa aqui https://www.youtube.com/watch?v=DkbojsYJBDY Chicharito Hernández foi votado o melhor no relvado.
Copa America Centenario, dia 8 Campos de maravilha, mas sem força Vidal a 100, e o atribulado passeio argentino, até entrar o Messi(as)
O Chile massacrou a Bolívia em posse, dispôs de diversas oportunidades de golo, contudo a entrega boliviana não merecia ter cedido apenas com uma grande penalidade convertida aos 100 minutos! Apesar de ter estado novamente menos bem, face ao que se espera, Arturo Vidal foi decisivo, apontou os dois golos chilenos, relançando a ‘roja’ na defesa do título. Alexis Sánchez exibiu-se bem acima do primeiro encontro, mas nota-se que combina bem melhor com Pinilla, a entrada de Vargas durante a segunda parte coincidiu com o desaparecimento do avançado do Arsenal, repetindo o que havia acontecido na partida inaugural. Do lado verde boliviano, a equipa de Baldivieso não se coibiu de fazer faltas. Nos primeiros 15 minutos andou perto das 10 faltas, assinaladas, com Alexis e Vidal a serem os mais massacrados, não os deixando sequer efectuar um domínio tranquilo, percebendo a Bolívia que dali vinha o maior perigo.
Em relação ao primeiro encontro, Mena saiu como já se sabia, recuando Beausejour para a sua nova posição, lateral esquerdo, Orellana entrou para a ala direita, passando Alexis para a esquerda e Marcelo Díaz foi substituído por Pablo Hernández. Na frente titularidade para Pinilla em detrimento de Vargas. Do lado da Bolívia entrou Gutiérrez para o centro da defesa, este pela esquerda, Saavedra ocupou a lateral direita e o meio-campo viu saírem Saucedo e Azogue para entrarem Castro e Meleán. Smedberg e Arce inverteram posições primárias, partindo o sueco-boliviano da
esquerda e o capitão da direita, este sem o destaque da primeira partida, pouco se vendo hoje nos aspectos ofensivos, apesar de algumas investidas rápidas da Bolívia. Apesar do completo domínio, rompido em alguns momentos com velozes saídas da Bolívia, o Chile apenas cria uma real oportunidade aos 40 minutos, com Lampe a falhar a intercepção, Vidal a atrasar e Alexis a quase fazer golo, servindo o central Zenteno como guarda-redes, blocando a bola com a barriga.
O Chile tentou marcar antes do intervalo, encostando a Bolívia às cordas, mas sem que esta se desmanchasse defensivamente, sempre com os alas muito solidários no apoio aos laterais, nota aqui para o trabalho de Smedberg-Dalence e de Arce nesse capítulo. A entrada na segunda metade mostrou um Chile com vontade continuada e o golo foi corolário natural dessa forte pressão. Baldivieso acredita e a perder retira Castro para fazer entrar Jhasmani Campos e o esquerdino cumpriu com o desejado pelo técnico e o que se aguardava, criou embaraços logo e, num livre soberbo, executa uma concretização de livro e para entrar nos livros. Bravo bem voa mas a bola só pára com as redes traseiras da baliza. Enorme golo.
https://www.youtube.com/watch?v=SQVObRh0L4k Pizzi não revelou qualquer originalidade nas mudanças. A equipa jogava bem, apertava mas não marcava e surgia sempre uma perna, um corpo a impedir o golo.
Aos 72 minutos, Lampe bloca um livre de Alexis e está tranquilo na recarga de Puch. Nova oportunidade dourada para os chilenos aos 87, sendo quase milagre a redondinha não ter entrado. O trio de centrais bolivianos resgatava-se mutuamente a cada ataque chileno. Em cima dos 90, uma tentativa de bicicleta de Vargas atinge a têmpora de Eguino e o central pela direita cai desamparado e com ligeira perda de conhecimento, assustando todos. Foram quase cinco minutos a garantir que o defesa estava bem. O juiz dá oito minutos de descontos e é aos 97 minutos, quando já todos os jornalistas escreviam certamente o fecho de crónica com empate, que Gutiérrez – ainda que com o braço atrás das costas – vê um centro embater-lhe no braço e é assinalada grande penalidade. Vidal não desperdiça a oportunidade caída do céu e garante os três pontos ao Chile. https://www.youtube.com/watch?v=D299LZnYG-0 A Argentina entra tranquila, em posse, apoiada e chega facilmente ao golo logo aos sete, com Di María a cruzar e Otamendi a inaugurar o marcador.
Inesperadamente, o Panamá reergue-se e começa a dar que fazer. Blas Pérez, de regresso aos tempos áureos em virtude dos razoáveis desempenhos nos EUA, torna-se forte incómodo para toda a defensiva argentina, arranjando picardias com quase todos os elementos fruto da sua imponência física.
De qualquer forma, depois da abertura do marcador por Otamendi, com mais uma assistência de Di María, o argentino em maior evidência, o Panamá começou a ameaçar a baliza de Romero. Infelizmente para a ‘Marea Roja’ esta sofreu diversas contrariedades, começando logo por Pimentel, lesionado antes dos 20 minutos. Pimentel havia sido a grande surpresa panamiana na Gold Cup 2015, desconcertante e irreverente, prometia complicar a vida a Rojo, acabando por dar lugar ao ainda mais jovem Camargo. A primeira meia hora ficou ainda marcada por um festival de cartões e Godoy leva amarelo pouco depois dos 20 minutos e tem uma atitude menos conseguida com Gaitán, encostando a cabeça à do criativo do Benfica para ver o segundo amarelo, em cima da meia hora. O Panamá ficava reduzido a 10, mas nem assim esmoreceu. Não se notou até ao intervalo a baixa panamiana, com os restantes elementos a compensarem a ausência, ganhando preponderância Cooper, um bombeiro especializado a apagar todos os fogos. Di María sai tocado antes do intervalo, entrando para o seu lugar Lamela, uma baixa de peso para a Argentina, foi o elemento + nos dois encontros. A exigência física de alinhar com menos um começou-se a sentir na última meia hora. Messi entra, percebendo ‘Tata’ Martino a desnecessidade de ter dois elementos mais de equilíbrio e retirando o amarelado Augusto Fernández para fazer entrar o ‘10’. Um dia depois da indiscrição de Maradona, dizendo em ‘off’ – mas gravado e ouvido por todos – que Messi não era um líder, a estrela do Barcelona mostrou como lidera no relvado, hat-trick em menos de 20 minutos e aquilo que se revelou até um obstáculo bem mais complicado do que previsto desmoronava-se com a chegada do ‘profeta’ tão ansiado, encarnado bem Messi o papel de Messias argentino. ‘Kun’ Aguero fechou a contagem num 5-0 que diz muito do peso do astro argentino mas pouco do encontro, bem mais equilibrado, mesmo com a ‘Marea Roja’ a alinhar a 10 desde os 31 minutos. Messi foi o eleito Homem do Jogo, naturalmente, apesar de ser o próprio a confirmar que ainda não se encontra a 100 por cento. https://www.youtube.com/watch?v=cAew1z_apXg
Este foi um dos melhores jogos da Copa América. Aliás, o nível tem subido e o oitavo dia ofereceu dois bons espectáculos.
https://www.youtube.com/watch?v=oUcN7h0abr4
Copa America Centenario, dia 9 Rodar todos os grãos do café deu à Costa uma Rica despedida No fecho do Grupo A assistiu-se à melhor exibição norte-americana, a mais desenvolta pelo menos, atrevida, com uma boa primeira parte, baixando o ritmo mas controlando depois do golo e resistindo à investida ‘guarani’ na segunda metade, depois da expulsão de Yedlin. O jovem lateral direito norte-americano bem pode ser multado pela US Soccer. O duplo amarelo que recebeu no espaço de um minuto logo no arranque de segunda metade não é compatível com um profissional, demonstrando completo descontrolo emocional – e sem qualquer razão aparente.
Klinsmann apostou no mesmo onze inicial pela terceira vez seguida, algo que não acontecia com a ‘Stars and Stripes’ desde 1930, no Mundial inaugural! Uma nota deixada por Paul Carr da ESPN no lançamento da partida. Do lado paraguaio Ramón Díaz realizou diversas mudanças. Preocupado com Wood, que tem sido dos melhores norte-americanos, colocou um terceiro central a titular – Balbuena – arrastando o veterano Paulo da Silva para fechar a direita da defesa, Victor Ayala foi o parceiro de Ortiz no meio-campo, Almirón passou para a esquerda, regressando Derlis González à titularidade. Na frente estreia a titular para Sanabria. As mudanças ‘guaranis’ não produziram efeitos práticos. Os EUA viram Wood mostrar-se novamente como um dos melhores e o ataque paraguaio não funcionou. Lezcano foi pouco eficaz e Sanabria não justificou a titularidade. Antes de Dempsey abrir o marcador o Paraguai dispôs de uma excelente oportunidade, num ataque de 3x1 mas Brooks foi enorme e conseguiu ganhar em velocidade e cortar a bola. Foi o central norte-americano o eleito melhor em campo neste jogo.
https://www.youtube.com/watch?v=VUDAATyUO5Y A perder ao intervalo, ‘Pelado’ Díaz retirou Balbuena, voltar à dupla central original, recuou Ayala para lateral direito e colocou em campo Iturbe. O ex-futebolista do FC Porto demorou bastante a entrar no jogo mas nos últimos 20 minutos conseguiu ganhar a linha consistentemente a Orozco, entrado para suprir a expulsão de Yedlin, e centrar de forma acutilante, não tendo no entanto homens à altura dos cruzamentos na área. Jorge Benítez, que não entrou muito bem, conseguiu uma boa iniciativa individual, com sorte e atrapalhação pelo meio, contudo Guzan superou a oposição. O veterano guardião norte-americano revelouse superior e somou três ou quatro paradas de nota, sendo o garante do triunfo e apuramento dos EUA para os quartos-de-final. A segunda metade, condicionada pela expulsão, observou os EUA regressarem ao ritmo habitual dos encontros anteriores, colocarem o jogo em banho-maria, saindo somente pela certa para o ataque, já sem Dempsey, o sacrificado para compensar a lateral direita. Zardes tem sido uma desilusão no torneio, era expectável que explodisse na competição mas o modelo preconizado por Klinsmann não favorece o jovem avançado californiano, filho de pais ganeses e com um bisavô brasileiro, com demasiadas exigências defensivas em apoio ao flanco, apesar de poder ser potenciado em bolas longas, em profundidade, no espaço, mas que exigem maior precisão de passe. https://www.youtube.com/watch?v=lKLDqZTJ4Jk
Com o apuramento garantido, Pekerman aproveitou a partida diante de Costa Rica para dar minutos ao plantel e descansar quase todos os titulares ‘cafeteros’. Apenas Pérez se manteve no onze.
Sem soluções afirmativas na dianteira, Ramírez ‘inventou’ Venegas e Bolaños, com o primeiro a revelar-se bem mais certeiro e desequilibrador no encontro, a abrir o marcador e criar a situação que dá nova vantagem aos ‘Ticos’ ainda antes do intervalo. Celso Borges voltou a mostrar os seus excepcionais dotes no passe longo, criando através de uma assistência de uns 50 metros a situação ideal, com domínio perfeito de Venegas, rotação sobre si mesmo e belíssimo remate para o 1-0 da Costa Rica. Os motores ainda mal tinham aquecido e respondia a Colômbia numa grande iniciativa do ‘alternate’ lateral esquerdo Fabra, a receber em posição de extremo, flectindo para dentro, passando pela oposição, tabela curta, concretização. Belo bloco – peitaça – de Pemberton a remate de Roger Martínez aos 28 minutos. Fabra com demasiadas iniciativas individuais, faltalhe ganhar noção de tempo de passe, mostra-se um rompedor mas exagera na forma. Apesar disso, apresenta-se com uma pujança física e ofensividade assinaláveis. Depois de brilhar no Envigado, Deportivo Cali e Independiente Medellín, mudou-se em Janeiro para o Boca Juniors mas é jogador com
potencial para dar rapidamente o salto rumo à Europa. Apesar das alterações ao intervalo, com James e Cardona a entrarem no relvado, são os costariquenhos por cima num jogo de parada-reposta. https://www.youtube.com/watch?v=Vy51E_JVPZQ Acosta sobe pela esquerda e assume-se como construtor pouco depois dos 50 minutos, criando uma bela jogada em que deixou pelo caminho meia equipa ‘cafetera’, não tendo depois Bryan Ruiz a melhor conclusão para a subida do central.
Depois da brilhante assistência para a abertura do placard, Celso Borges conclui uma bela iniciativa colectiva e os ‘Ticos’ despedem-se com a melhor exibição e passam a 3-1. A entrada de James Rodríguez colocou Marlos Moreno no flanco direito com o ‘10’ a partir da esquerda. Aos 66 minutos Pekerman reforça vontade de vencer e retira o central Aguilar para colocar Cuadrado a fazer todo o flanco direito, com Medina a passar para o lado de Mina e o pivô Carlos Sanchez a dar mais apoio às costas do extremo campeão italiano na Juventus. Foi a entrada de Cuadrado que revolucionou positivamente o jogo colombiano. O extremo ocupou todo o flanco direito, mais a atacar, Marlos Moreno deambulou para a esquerda e James posicionou-se no centro, passando a revelar-se finalmente no jogo, com passes decisivos. O golo de Marlos Moreno é disso exemplo, uma brilhante jogada colectiva, com paciência, James, meio-esquerda, Celis, Sánchez, Cuadrado, Cardona, bela desmarcação, Cuadrado ganha a linha, passa atrasado e Marlos, melhor a partir da direita conclui para o 2-3. Os dois últimos golos, um para cada selecção, foram hinos à envolvência colectiva e como o futebol pode e deve ser, exemplos para mostrar e ensinar. Continuaram os colombianos a pressionar, até porque a derrota relegava-os para 2.º face à melhor diferença de golos total dos EUA, primeiro critério para o posicionamento na tabela. Os costarriquenhos sentiram a saída de Celso Borges, perdendo o meio-campo por completo desde aí, mas seguraram-se defensivamente. Não foi à toa que o filho do antigo internacional costa-riquenho – e seleccionador – nascido no Brasil, Alexandre Guimarães, foi o mais votado para receber o prémio de Homem do Jogo.
A Costa Rica despediu-se mas sai bem, ficando para Ramírez uma boa lição. Apesar da Colômbia se ter apresentado com uma formação ‘alternativa’, os ‘Ticos’ mostraram-se muito melhor ofensivamente sem Ureña e Saborio, que nos dois jogos anteriores alinharam na frente, sem nunca se integrarem ou darem linhas aos companheiros. https://www.youtube.com/watch?v=e293Y9rG9AY
Copa America Centenario, dia 10 Um fácil póquer equatoriano e o braço peruano nos quartos O Equador tinha a perfeita noção que estava a obrigado a vencer – e por uma diferença de dois golos – para garantir, desde logo, o apuramento para os quartos-de-final. A entrada da ‘Tri’ foi lancinante para o Haiti, já de si mal distribuído no terreno. Foram oportunidades atrás de oportunidades até surgir, naturalmente, o golo equatoriano. https://www.youtube.com/watch?v=SnwNt_lkIwA Quinteros colocou Erazo no centro da defesa, mantendo Mina e retirando Achilier e deu a titularidade a Jaime Ayoví, passando este a jogar em ‘cunha’ e soltando Enner Valencia nas suas costas, uma equipa mais ofensiva, com mais poder de fogo junto da baliza, mas equilibrada. Já Neveu, fica por saber se permanecerá no comando do Haiti, a exibir-se bem abaixo do que fez na passada Gold Cup. Depois de dois encontros com onzes excessivamente contidos, o francês resolveu colocar toda a linha ofensiva junta, dando a titularidade a Belfort, Duckens Nazon e Jean-Eudes Maurice, além do médio ofensivo Sony Nordé, que mostrou alguns pormenores individuais interessantes. Com este quarteto virado para a frente, sem as devidas
coberturas, o par do meio-campo e a linha defensiva, que facilmente se ‘desposicionaram’ em busca de fornecer coberturas para a avalanche ofensiva equatoriana.
Nazon mostrou-se finalmente mas não foi bem acompanhado por Belfort ou Maurice. Domínguez, no entanto, revelou a razão da sua titularidade nas redes equatorianas, foram três ou quatro situações de apuro que resolveu, quer num par de duelos 1x1, que fechou bem, quer num livre potente de Meshak, por exemplo. Jaime Ayovi justificou a titularidade e depois do tento de abertura por Enner Valencia, combinou bem com este para concretizar o segundo, assegurando desde logo o apuramento condicional. Placide esteve inseguro, foi igual a si mesmo, por vezes com as habituais extravagâncias a uma mão, mas noutras a falhar saídas aéreas, permitindo mesmo golos por essas falhas. Gruezo voltou a exibir-se em grande nível nos equilíbrios, numa selecção onde Antonio Valencia pouco defende na direita e Montero idem-idem na esquerda, o jovem de 21 anos, uma das revelações do Mundial 2014 mas falhou na mudança para a liga alemã, agora recuperando a alegria na MLS, com reflexos positivos igualmente na ‘Tri’. Gruezo e Noboa enchem de ar e vigor o miolo central equatoriano e foi o ‘russo’ Noboa (são já nove anos de liga russa nas pernas, onde se incluem títulos nacionais no Rubin Kazan, com seis meses de passagem pela Grécia em 2015) a apontar o terceiro, que deu a necessária tranquilidade para não tremer face às respostas em velocidade do Haiti.
O Haiti conseguiu-se recompor, continuando sufocado pelos ataques continuados, direita-esquerda, sem cessar, do Equador, mas com a equipa mais solidária. A perda de muitas bolas no primeiro processo de construção resultou em mais lances de perigo e originou mesmo o derradeiro tento do desafio.
Paredes foi um dínamo pela direita, mais do que Walter Ayovi, causando constantes calafrios a Jaggy, ultrapassado amiúde pelo equatoriano, que teve ocasiões de golos e criou oportunidades para Antonio Valencia, Enner Valencia, Jaime Ayovi, Cazares e Montero. Sem o fulgor de outrora, Antonio Valencia acabou por fechar a contagem nos 4-0, ficando o Equador a saber desde já que jogará diante de EUA nos quartos-de-final (em caso de empate entre Brasil e Peru apuram-se os ‘canarinhos’ em 1.º e o Peru é 3.º; o triunfo do Peru dá à ‘Albirroja’ a vitória no grupo). O Peru partiu para o derradeiro encontro depois de ter desperdiçado a vantagem de dois golos sobre o Equador, sabendo que apenas a vitória assegurava o apuramento para os quartos-definal.
Sem surpresa, Enner Valencia foi votado o melhor do encontro, dando que pensar ao seleccionador equatoriano. A ‘Tri’ ganha com um dianteiro mais perto deste para que Enner se solte e faça mais mossa com espaço. https://www.youtube.com/watch?v=LmE49ZNP1rM
Dunga é obrigado a prescindir de Casemiro, castigado, optando por alinhar o ‘reclamado’ Lucas Lima à frente de Elias, como ‘6’ e Renato Augusto, um pouco mais adiantado, tendo Coutinho mais aberto na esquerda com o menino do Santos a ocupar preferencialmente o espaço do médio criativo. Coutinho tenta sempre buscar a sua zona natural, o meio, no entanto a titularidade de Lucas Lima pode criar sobreposição de papéis e espaço. Insatisfeito publicamente com a produção de Jonas, o técnico brasileiro dá igualmente a titularidade ao outro jovem do Santos, Gabriel Barbosa, o ‘Gabigol’ – não original, esse sempre será Batistuta. No Peru Gareca mete no onze inicial o central Balbín como médio mais recuado, Corzo entra no lugar de Revoredo para a lateral direita e Andy Polo é primeira opção em detrimento de Hohberg. Balbín a titular permite libertar mais facilmente Vilchez para os processos de construção, dando igualmente azo aos laterais para subirem de forma mais contundente, ficando o ‘pivô-central’ pouco à frente dos centrais.
Primeiros 10 minutos de posse peruana. Brasil na expectativa, a procurar bolas em velocidade para Gabriel. Filipe Luís a penetrar, Coutinho a cruzar para baralhar a marcação, remate do lateral esquerdo bem blocado por Gallese. Cueva a perder a bola em zona proibida perto dos 20 minutos, mas Ramos a proteger a rectaguarda. O Peru revelava dificuldades na decisão, falhando vários momentos de passe. Soberba parada de Gallese aos 26 minutos, numa estirada impressionante a remate de Gabriel em mais uma perda de bola peruana no primeiro processo de construção, com Elias mais ofensivo na pressão, algo que Casemiro, posicional, não faz, a recuperar bolas no miolo ofensivo. O Peru pode-se queixar de uma grande penalidade por marcar em cima do intervalo. Gareca retira o ‘fixo’ Balbín para colocar o ‘asa’ Yotun, a dar muito mais profundidade ao jogo numa posição que não lhe é habitual, a par – mais adiantado e com maior liberdade – de Vilchez, na casa das máquinas, mediando esse papel com o de interior esquerdo, mas sempre a partir da posição emparelhada no centro do terreno, ele que é um habitual velocista pela banda esquerda. A instrução de Dunga no balneário deve ter sido para os ‘canarinhos’ serem ainda mais contidos, não se observando à pressão e recuperação alta de Elias no jogo, remetido para a posição de ‘pivô fixo’, incluindo na construção. Já o Peru passou a pressionar mais alto. Guerrero lutou mas faltou-lhe o fulgor de outros tempos, acabando mesmo por atrapalhar em algumas acções. O peso histórico do avançado, a forma como se impõe, contudo, continua a ser essencial na selecção peruana. https://www.youtube.com/watch?v=PBhGgNmq2eQ Coutinho é desperdiçado no jogo. Depois da exibição que produziu encostá-lo ao flanco é perder toda a capacidade criativa do ‘10’ do Liverpool. Ainda assim, foi Philippe Coutinho a causar primeiro perigo a Gallese na segunda metade, já perto dos 70 minutos. Dunga terá algo em seu ‘favor’, Lucas Lima não justificou a titularidade ‘exigida’ por dezenas de figuras do futebol brasileiro, conseguindo com isso empalidecer o que Coutinho pode trazer ao jogo interior. Guerrero consegue dominar, desmarca na direita Polo, que bate Filipe Luís, com Miranda a revelar a sua falta de ritmo e confiança – algo que se notou durante toda a partida – e Ruidiaz a fazer balançar as redes aos 75 minutos. O juiz valida a concretização num primeiro momento, mas depois conferencia com os auxiliares e o quarto árbitro durante mais de três
minutos, dando finalmente o golo à ‘Albirroja’, uma bola colocada na baliza com o braço por Ruidiaz. Rodríguez e Ramos alinharam bem com Gallese no impedimento de situações de golo para o Brasil. Cueva cresceu com o jogo. Finalmente, já depois dos 80 minutos, o Brasil sobe em bloco, faz pressão e passa a buscar o golo, apesar de Dunga apenas ter estreado Hulk no lugar de Gabriel Barbosa, sem desfazer as amarras defensivas da ‘canarinha’. Coutinho aproxima-se de Hulk e é Lucas Lima a abrir mais à esquerda. Gallese com boa noção de espaço de área, a fechar ângulos e revelar-se seguro face a cada investida. Foi o guardião peruano a receber o troféu de melhor em campo.
O triunfo peruano é polémico face ao golo concretizado, mas foi a equipa que buscou mais a vitória e elimina o Brasil na fase de grupos. Definidos os primeiros desafios a eliminar. EUA x Equador e Peru x Colômbia. https://www.youtube.com/watch?v=yc6q5l2kSkw
Copa America Centenario, dia 11 Em busca da história, Arouca na Copa e uma insossa despedida da ‘Charrua’ desinspirada Venezuela e México, por razões distintas, buscam a história. Os mexicanos buscam a vitória na Copa América há anos já, sendo habituais convidados na prova, pretendem juntar o título da competição sul-americana aos múltiplos que detém da Gold Cup, tornando-se dessa forma no primeiro ‘verdadeiro’ campeão continental americano.
A ‘Vinotinto’, que alinhou de amarelo, procura a melhor participação de sempre. Já igualou o primeiro apuramento para os quartos, em 2007, e tentará certamente repetir as meias-finais de 2011. Osorio aproveitou o apuramento para alterar profundamente a ‘Tri’. Corona entrou para a baliza, a linha de três no centro da defesa deu lugar à parelha Reyes-Moreno, Molina entrou para médio defensivo, Torres Nilo para a lateral esquerda, Aguilar na lateral direita, Peralta para a dianteira, Guardado e Herrera foram os interiores e Lozano e Aquino os extremos. Na Venezuela Dudamel mexeu consideravelmente menos. Entrou o ‘arouquense’ Velazquez no lugar de Vizcarrondo, o lesionado Rosales viu Alexander Gonzalez ocupar a titularidade na direita, Seijas regressou para emparceirar com o capitão Tomás Rincón e na frente dupla novidade, o ‘holandês’ Christian Santos e Del Valle, ex-cedido ao Paços de Ferreira e dos quadros do Rio Ave.
A bela concretização do central do Arouca que deu vantagem à Venezuela e continua a correr o mundo virtual. https://www.youtube.com/watch?v=f9HIhxmqWB0 O jogo foi bastante aberto, conseguindo os venezuelanos abrir o marcador por intermédio do central do FC Arouca Velazquez, concluindo acrobaticamente para um bem celebrado avanço no marcador. A Venezuela mirava a liderança do Grupo C. As ocasiões foram-se dividindo pelas duas balizas, com Aquino a sair lesionado aos 18 minutos, entrando o ‘abanador’ ‘Tecatito’ Corona. Foi uma vantagem controlada pela ‘Vinotinto’.
Rincón e Seijas bem nas coberturas, a selecção muito compacta e Peñaranda a ser um quebracabeças para os mexicanos, que lhe deram a devida importância, rapidamente o procurando derrubar a cada posse. Feltscher e Gonzalez começaram bem ofensivamente mas foram obrigados a permanecerem mais contidos face às investidas do México. Herrera e Guardado iniciaram o jogo bastante interventivos mas foram desaparecendo da partida, bem anulados pelos médios venezuelanos. A vantagem venezuelana ao intervalo apenas espantava quem não viu o encontro. Personalizada, a selecção de Dudamel anulou o México, com Peralta a ser uma desilusão na frente. Se Feltscher se revelou superior em quase todos os momentos à oposição, mesmo depois do ‘estouro’ de Peñaranda, a colocação no terreno de Layun no recomeço valeu a subida notável da produção de ‘Tecatito’ Corona e Alexander González sentiu imensas dificuldades com as investidas pelo seu flanco. Dani Hernández faz aos 73 minutos duas defesas ‘impossíveis’, continuando a somar paradas para entrarem nos melhores momentos da competição. Um digno sucessor do, agora, seleccionador Dudamel nas redes venezuelanas.
As entradas de Corona e, especialmente, Layun mudaram o cariz do encontro na segunda metade, onde o México carregou fortemente, encostou a Venezuela atrás, com Peñaranda a pecar na finalização, o aspecto em que terá de melhorar. Foi o extremo do FC Porto Corona a desencadear toda uma jogada que redundou no empate, por si conseguido, individualidade máxima ao serviço da equipa. A segunda metade do portista valeu-lhe o troféu de melhor em campo. A ‘gazua’ Corona foi a figura mexicana do segundo tempo. https://www.youtube.com/watch?v=y6pSxYraKUE Josef Martínez obriga Corona a uma parada vistosa por via de uma conclusão acrobática já dentro dos últimos 10 minutos. Quer venezuelanos, quer mexicanos, dispuseram de oportunidades para vencerem o jogo na parte final do desafio mas o apito final deu-se com o 1-1. Um empate final que mantém o México na frente do Grupo e ‘obriga’ a Venezuela a enfrentar a Argentina nos quartos-de-final. Este foi um desafio bastante cativante de seguir.
O Uruguai, maior vencedor da Copa América, despediu-se com um 3-0. A selecção que apontou o primeiro golo de sempre da prova, fica com o registo do tento 2500 da competição no adeus, com Corujo a ser o autor desse, o seu primeiro golo com a ‘celeste’ Apesar de a partida não decidir já nada estiveram em Santa Clara mais de 40 mil pessoas a ver o encontro. Os números nos estádios têm espevitado depois de se terem colocado algumas dúvidas sobre o interesse que a prova estaria a trazer. Do lado jamaicano Schaefer, que tinha dado tão boa conta quer na Copa América, quer na Gold Cup, ambas de 2015, acaba por perder esta prova. A equipa exibiu-se abaixo do esperado. Barnes longe do brilho anterior, Donaldson foi um mastigador, de pouco adiantou à frente de ataque. McAnuff e McCleary, que foram desequilibradores há um ano, desta feita também pouco se viram e a selecção perdeu muito com a lesão de Kemar Lawrence, especialmente porque o alemão – com diversas soluções para a lateral esquerda, optou por mudar o destro Watson de flanco e encostar Mariappa à direita, perdendo a profundidade que os laterais haviam dado em 2015. Esta partida deveria ter servido para dar oportunidade aos menos utilizados, observar possibilidades futuras, mas o seleccionador dos ‘Reggae Boyz’ não mexeu no onze e a equipa saiu claramente derrotada, o que é uma dupla derrota, pois alinhou os ‘titulares’ no sentido de não perder de forma muito contundente, o que acabou por suceder. Blake foi dos melhores da Jamaica. O guardião dos Union já havia impedido resultados mais volumosos e logo aos sete minutos foi a muralha que fechou o golo a Abel Hernández.
Tabarez agarrou-se em demasia aos nomes. Cavani foi um desastre na prova e a resposta de Abel Hernández, eleito melhor no relvado, neste terceiro encontro, já com tudo decidido, deve ter dado que pensar ao veterano e consagrado seleccionador ‘charrua’, poderia ter feito a diferença nos outros encontros. O posicionamento de Hernández até trouxe alguma liberdade a Cavani, ficando o avançado do Hull mais no centro e Cavani a abrir mais na esquerda. Lodeiro alinhou um pouco descaído para a meia esquerda, mas sempre buscando a sua zona de eleição, o centro criativo. Até chegar ao golo, o Uruguai dominou por completo o encontro, de forma tranquila. A resposta jamaicana ao golo fez-se com três cantos seguidos, mas Muslera e a defesa resolveram cada situação. O 1-0 viu o Uruguai consentir algum domínio à Jamaica, sem causar perigo evidente, o que explica os números finais de posse de bola. Aos 49 minutos Hector tem um bom remate na cabeça da área mas Muslera mostra-se seguro. A Jamaica entra bem na segunda parte, também porque o Uruguai permaneceu igual a si mesmo, golo obtido, linhas a baixarem, posse entregue ao adversário, busca do ataque rápido, no espaço, o que caracteriza o futebol uruguaio, mesmo que tenha um jogador como Lodeiro, capaz de definir, de ter bola, em enorme qualidade. Foi uma segunda metade morna. A Jamaica a tentar chegar ao golo, sem grande sucesso, o Uruguai a baixar o ritmo, pena para um jogo que deveria ser disputado nos moldes do excelente Colômbia x Costa Rica, onde os ‘cafeteros’ até jogavam a liderança do grupo. São opções técnico-tácticas que têm o condão de trazer ou afastar os adeptos do jogo. Um canto que viu ‘reflexo’ lento jamaicano originou mais uma rápida saída de bola uruguaia. Maxi Pereira assiste Cavani, que cabeceia ao ferro. O Uruguai, sem forçar nada, ameaçava o segundo, que chegaria um par de minutos depois. Arevalo Rios sempre activo a ganhar bolas foi um pêndulo nesses lançamentos, recuperando a bola nos processos de construção jamaicanos para lançar contra-respostas. Lodeiro ganha a linha na esquerda, numa jogada bem divisada, assiste, Hernández falha o remate que bate em Watson e anicha-se nas redes de Blake. Corujo entrou aos 82 minutos, com Tabarez a não brincar nada nas substituições, conservador e cheio de preocupação em segurar a vantagem. Abel Hernández deu lugar a Ramírez, isolando
novamente Cavani na frente, Vecino a reforçar o miolo no lugar de Carlos Sanchez e o lateralmédio direito, também médio de cobertura, para defender ainda mais o resultado. Entrado com intuito de segurar, acaba por ser o futebolista da Universidad Chile a apontar o terceiro uruguaio. Uma vitória relativamente fácil para o Uruguai na despedida, ainda que por números excessivamente expressivos para aquilo que os ‘charruas’ produziram. https://www.youtube.com/watch?v=obQfzImUKRM Abel Hernández a receber o prémio de melhor da partida.
Copa America Centenario, dia 12 Bravo rolo compressor depois da luva ‘esburacada’ e o lento tango argentino
https://www.youtube.com/watch?v=lEl1EYQqrGE Com a Argentina segura na liderança do Grupo D, onde apenas algo extraordinariamente bizarro lhe retiraria a vitória do grupo, Chile e Panamá defrontavam-se pelo segundo lugar, no grupo e, consequentemente, nos quartos-de-final. Claramente menos favorito à partida, o Panamá de Hernan Dario Goméz ainda tinha contra si a ausência de quatro pedras fundamentais numa selecção onde não abundam soluções. Baloy, Cooper, Godoy e Blas Pérez não são apenas titulares, são referências em todas as zonas do terreno e os castigos por acumulação de amarelos nos dois encontros anteriores e expulsão, no caso de Godoy, obrigaram o colombiano a refazer o miolo de transição à frente de Gabriel Goméz, introduzir um novo central a emparelhar com Miller e ‘inventar’ uma solução para a ausência do decisivo Blas Pérez, um dos melhores atacantes da Copa 100. O Chile entrou bem, Pizzi optou por jogar com duplo lateral na direita, posicionando Fuenzalida adiante de Isla, e fazendo regressar o pivô Marcelo Díaz e Vargas no ataque. À vontadinha foi o que pareceu o golo panamiano. Confortável e dominador, o Chile foi sobranceiro, Jara deixou-se desarmar pela pressão alta do ‘tanque’ Tejada, que dá na direita, onde Camargo surge em velocidade e remate para o ‘frango’ do torneio até ao momento. Bravo a abordar muito mal o lance e a ver a bola entrar nas suas redes.
O Chile não esmoreceu nem abanou. A ‘roja’ entrou com a perfeita noção da sua superioridade, da necessidade de triunfar e das fragilidades da ‘marea roja’.
Pela primeira vez se observou um Chile no melhor, com Vidal e Alexis muito participativos, a quererem a bola, procurando o jogo colectivo, com Vargas igualmente muito envolvido, assim como os laterais, especialmente Beausejour. Mais do que o jogo em si, percebeu-se um enorme querer chileno. Aos 15 minutos, 10 minutos após o golo sofrido, foi natural o empate. Bela jogada entre Vidal e Alexis, remate que Penedo consegue blocar mas Vargas faz o que se pede ao avançado centro, estar no local certo e concretizar quando a oportunidade surge. Penedo voa para anular Vidal, num belo
cabeceamento a cruzamento de Beausejour. O Chile envolve as duas laterais no jogo ofensivo, enorme largura e cruzamentos a choverem da esquerda e da direita. O Panamá tenta defender-se como pode, notando-se imenso as baixas da equipa. Chile a ganhar todas as bolas a meio-campo. Cinco homens na linha da cabeça de área em construção chilena para a ‘roja’, avassaladoramente sobre a ‘marea roja’, que resiste ainda assim. Beausejour a cruzar bolas perfeitas, atrás de bolas perfeitas, Vargas a responder e a dar a cambalhota em cima do intervalo, novamente linha ofensiva de cinco, desta feita na zona entre o penalti e pequena área, alinhados por Beausejour, o centrador. Uma avalanche ofensiva chilena ampla ao ponto de atacarem em 2-1-3-4, o que causou um calafrio face à incúria defensiva novamente. https://www.youtube.com/watch?v=zWUgTUJeGkA Nova perda de bola chilena no primeiro momento de construção, logo a abrir a segunda parte, e o entrado Abdiel Arroyo tem um forte remate que podia dar novo empate. No entanto, o Chile não desacelera na entrada, continua a carregar forte. Lançamento em profundidade de Isla, Vargas, no espaço, muito bem na recepção, viragem, assistência para Alexis que finaliza de forma brilhante! Arroyo a fazer a diferença ofensivamente, a mostrar-se, rematar e dar que fazer às linhas recuadas do Chile. Depois do Chile acalmar um pouco, passar a gerir o encontro, o Panamá reduz o marcador, novamente com uma bela oferta de Bravo, a não segurar ou, sequer, blocar, um cabeceamento relativamente à figura. Sempre a controlar, os chilenos chegam ao quarto. Fuenzalida, que começou como ala direito mas passou para lateral esquerdo no arranque da segunda metade, imita o anterior ‘inquilino’ da posição, Beausejour, e centra largo para excelente elevação de Alexis, que bisa como Vargas, este recolheu o prémio de melhor em campo.
Vitória natural chilena, passagem aos quartos-de-final para defrontar o México, no cabeça-decartaz dessa fase. Retirando os erros de Bravo e as permissividades defensivas demonstradas, este Chile pode fazer mossa.
Martino, já qualificado, dá minutos a diversos argentinos, remodela a defesa, com Roncaglia a entrar para defesa direito, Funes Mori a derivar para defesa esquerdo e o jovem Cuesta a entrar para o lado de Otamendi. Kraneviter é titular no meio-campo e para o ataque Higuain começa com a companhia de Lavezzi e ‘Kun’ Aguero. Já Baldivieso volta a ter Cabrera na defesa, agora a emparceirar com Azogue, adaptado a central pela direita, e Zenteno. O central Gutiérrez alinhou como defesa esquerdo e Campos, que entrou tão bem na segunda partida, entra para estar mais solto pela faixa esquerda. Meleán alinhou no miolo e Smedberg fechava à direita com Saavedra a entrar dentro para uma linha defensiva assustadoramente enorme. Entrada dominante da Argentina, posse e controlo da partida com os bolivianos a espreitarem contras rápidos. Arce sempre fora das rotinas colectivas, deambulando pela frente. Um livre frontal dá vantagem à Argentina antes dos 15 minutos. Livre de Lamela a embater na barreira e enganar completamente Lampe. Bolívia desnorteada e Argentina faz logo o segundo. https://www.youtube.com/watch?v=noCFrtTdSFE
A Bolívia entrou com tanto receio da Argentina que durante boa parte do encontro defendeu em 6-3-1, com uma linha defensiva de seis bem vincada e mesmo na saída de bola a selecção ‘verde’ não desmobilizava, não se desdobrava ofensivamente, sendo expectável que Baldivieso siga os passos de Dunga no Brasil e Ramón Díaz no Paraguai, saída do comando técnico depois desta participação. A lesão do avançado Duk viu o seleccionador colocar Diego Bejarano, ou seja, abdica do avançado centro e coloca um segundo lateral direito no relvado, quando já perdia por 2-0. O terceiro golo surgiu por alturas da meia hora e depois foi um coleccionar de oportunidades para a ‘albiceleste’, já com Messi em campo no segundo tempo, mas o resultado não foi além do 3-0. Cuesta, no seu segundo encontro com a selecção principal argentina, marca. Na segunda metade Campos ainda tentou desequilibrar com a bola no pé, contudo nunca teve companhia, ninguém saía no seu apoio, continuava toda acantonada atrás. Lavezzi recolheu o maior número de votos para a eleição de melhor no relvado.
Apesar de a Argentina ter alinhado com dois centrais nos flancos defensivos, quer Roncaglia, quer Funes Mori, deram profundidade e largura ofensiva, aproveitado as linhas excessivamente recolhidas da Bolívia, pareciam laterais de base, o que reprova ainda mais a ideia de Baldivieso para este encontro. https://www.youtube.com/watch?v=DsS9UWzqAiM Agora começa o ‘afamado’ ‘mata-mata’.
Copa America Centenario – Quartos I Um consagrado mau exemplo, ‘estrela’ de campeão, até aos golos mandona e depois sofredora Entrada mais afoita de todo o torneio para os EUA. Klinsmann obrigado a mexer no onze titular pela primeira vez, face ao castigo de Yedlin, entra o central canhoto Besler, que faz o corredor esquerdo e Fabian Johnson flecte da esquerda para a lateral direita. A opção de Arroyo, quando Jaime Ayovi tinha dado tão boa resposta no jogo anterior, libertando mesmo Enner Valencia, não se mostrou a melhor durante a primeira metade.
O Equador equilibra a partida, consegue ganhar várias vezes a bola no meio-campo mas a rigidez defensiva e posicional que o boliviano Quinteros impôs para este encontro impede os meiocampistas de se aproximarem e darem linhas de apoio ao avançado Enner Valencia. O domínio é repartido mas é Jefferson Montero a conseguir a primeira jogada de perigo, atirando ao lado da baliza de Guzan. https://www.youtube.com/watch?v=KOZ1tpdWdj8 Do lado dos EUA é Bobby Wood a mostrar-se mais no jogo. Zardes continua apagado. Jermaine Jones, desta feita sobre a meia direita com Bedoya sobre a meia esquerda – Klinsmann trocou os elementos interiores também pelas ligações já estabelecidas com os exteriores, começou com alguns passes transviados mas é ele quem acaba por assistir Clint Dempsey para um cabeceamento vitorioso. Os EUA chegam à vantagem aos 21 minutos. https://www.youtube.com/watch?v=Q_fcEtVOJuA A resposta imediata da ‘Tri’ até que é interessante mas somente momentânea. A posse de bola norte-americana demonstra desorientação defensiva do Equador, com dificuldade em se recompor do golo sofrido. Dempsey volta a ter uma boa oportunidade e é Dominguez a defender. https://www.youtube.com/watch?v=My7qo443xgE
Antonio Valencia excessivamente faltoso, podia ser expulso ainda no primeiro tempo. Aos 42 minutos é Bedoya a desmarcar-se bem, numa boa movimentação com Dempsey, mas Dominguez volta a revelar-se seguro na baliza.
Uma primeira parte que arrancou equilibrada mas que passou a ser quase totalmente norteamericana depois do golo. Nota ainda para o facto de o golo de Dempsey ter sido obtido no ‘seu’ estádio, ele que representa os Seattle Sounders. Já nos descontos uma falha defensiva do miolo estado-unidense viu Arroyo isolar-se, contudo Brad Guzan blocou para canto a bola. https://www.youtube.com/watch?v=XCOm1UM-ph4 O Equador necessita de Noboa e Gruezo mais interventivos na construção e a chegarem mais à frente. Equador entra bem. Livre lateral, bola na linha ganha ao primeiro poste, Enner Valencia a não dar o melhor seguimento. A ‘Tri’ a mostrar intenção e Enner Valencia a entrar forte. Noboa e Gruezo a, finalmente, penetrarem e darem vantagem e desequilíbrios favoráveis ao Equador no ataque à baliza dos EUA. https://www.youtube.com/watch?v=HuEWpu-Aelw Antonio Valencia a destruir o esforço colectivo. Árbitro expulsa Jones e dá segundo amarelo ao equatoriano. O experiente jogador do Manchester United deveria ter ficado no balneário. Valencia
agride Bedoya e deveria ter sido expulso, já o havia feito durante o primeiro tempo. Péssimo exemplo por parte de Antonio Valencia e Jermaine Jones, dois dos mais experimentados em campo. https://www.youtube.com/watch?v=_fbvsioPOz0 O jogo a fluir mais pela direita equatoriana, esquerda norte-americana, tirando partido da ausência dos dois elementos expulsos. Zardes a aparecer finalmente, mas fruto de bela iniciativa do capitão Bradley a ganhar metros em posse, dar em Zardes, que assiste bem Dempsey. Jogo a endurecer e a partir. Montero a continuar como um dos mais activos equatorianos, porventura o seu melhor encontro na competição. O extremo do Swansea ganhou consecutivamente a linha ou o interior a Fabian Johnson. Depois de várias oportunidades equatorianas, bola no espaço, Wood a ganhar na esquerda, bola no interior, Zardes a ganhar de cabeça para Dempsey, que remata para o jovem dos LA Galaxy encostar perto do poste e fazer o 2-0. Os EUA souberam tirar o melhor partido da saída, aparentemente tocado, do ‘chefe de orquestra’ Noboa. https://www.youtube.com/watch?v=iI2zwnXSd_M Livre lateral, canto curto, passe perfeito para a entrada da área e finalmente Arroyo, à terceira, a bater para o golo. A ‘Tri’ relança o encontro. Klinsmann retira imediatamente Dempsey e coloca o homem de contenção Beckermann, prioridade a segurar o resultado. https://www.youtube.com/watch?v=BRk2Np79zww Aos 76 minutos Montero volta a arrancar de forma incisiva, assiste na perfeição e Enner Valencia volta a falhar o golo. O cabeceamento sai a centímetros do poste. Novamente cabeceamento falhado por Enner aos 77. O avançado, desta feita, a desperdiçar demasiadas oportunidades flagrantes. https://www.youtube.com/watch?v=fOfgUvE2mfE Montero continua a ganhar a linha, excelente combinação com Walter Ayovi, mas falhou novamente a finalização. A ‘Tri’ a encostar os EUA às cordas. Foi um imenso sofrer, linhas baixas, vários erros e precipitações, mas o Equador não consegue bater Guzan – ou acertar na baliza, no caso de Enner Valencia neste encontro. Guzan a evitar um autogolo de Brooks já para além dos 90 minutos. Os EUA não necessitavam de sofrer tanto depois de tão boa primeira parte. O resultadismo de Klinsmann podia ter custado bem caro aos norte-americanos, quando a ‘Stars and Stripes’ estava melhor, dominava, controlava o jogo.
Arroyo torna-se mais perigoso na sua posição de origem, a partir do flanco direito, caso tivesse aí alinhado talvez o Equador conseguisse penetrações e desequilíbrios idênticos aos causados por Jefferson Montero no lado oposto. No próximo encontro Klinsmann será forçado a três alterações, algo que poderá abalar seriamente toda a dinâmica de jogo de um onze em relação ao qual o alemão não abdicar. No lugar de Bedoya estará naturalmente Zusi, que o substituiu em todos os encontros, mas Jermaine Jones e o excitante Bobby Wood serão mais complicados de mudar, pois os restantes futebolistas têm perfeita percepção de que são meras peças sobressalentes. No caso do veterano médio poderá ser Kyle Beckermann a ocupar a posição. Já a ausência do avançado que se mudará de Berlim para Hamburgo oferece várias possibilidades, Wondolowski com Dempsey mais solto atrás, pouco crível face à ideia de jogo de Klinsmann, o adolescente Pulisic, ainda que seja mais de miolo, ou o excelente Darlington Nagbe, mudança mais natural e que já merecia oportunidade do seleccionador. De Washington, bem perto da fronteira canadiana, os norte-americanos rumam ao Texas, mantendo-se na Costa Oeste, fica a aguardar o vencedor do Argentina x Venezuela, sendo a meia-final disputada em Houston.
Copa America Centenario, Quartos II Rasgar, virar e jogar… mas só dos 11 metros se apurar. Uma Ospina de herói! Pekerman regressou ao plano inicial de onze depois do ‘descanso’ do encontro final da fase de grupos. O compatriota Gareca, seleccionador do Peru, também retomou a dupla original do meio-campo Vilchez e Tapia mas manteve as escolhas iniciais para a direita do terceiro encontro, Corzo e Andy Polo. Nas bancadas quase 80 mil adeptos confirmam o sucesso da competição em termos de assistências.
Se houve um encontro rasgadinho, esta primeira parte está lá. É incrível como o juiz argentino conseguiu não mostrar um único amarelo. Não houve burburinho mas sobrou em rispidez, dureza e virilidade, com 15 faltas – assinaladas – ainda antes da meia hora e quase meia dúzia de entradas das equipas médicas de ambos os lados. O centímetro quadrado subiu imenso no custo para esta partida. A Colômbia entra melhor e logo aos três minutos Cuadrado descobre Bacca que, apesar de se deixar fechar, ainda consegue rematar de ângulo apertado, num primeiro calafrio para Gallese. O Peru tentou responder mas o jogo colombiano carrilou muito bem pela direita, em combinações entre Arias, Carlos Sánchez e Cuadrado, com James por vezes a aproximar-se também. Trauco, que tem sido um dos melhores laterais esquerdos da prova, cobiçado por emblemas europeus e norte-americanos, viu-se e desejou-se perante as múltiplas investidas, bem desdobradas, dos ‘cafeteros’ no seu lado. A maior oportunidade, contudo, surge da meia esquerda. James Rodríguez tem uma iniciativa individual, ganha metros frontais e remata, de pé direito, com a bola a embater na base do poste de Gallese. Trauco não abdicou de atacar e já depois dos 30 minutos combina de forma superior com Cueva e Flores, ganha a linha de fundo, centra junto à baliza e Ospina mostra-se muito atento na antecipação a Guerrero, sempre muito lutador na frente.
Vilchez revela preponderância no miolo peruano, conseguindo travar a euforia e ímpeto colomobianos e recuperar diversas vezes a bola. Ramos, por seu turno, procurar realizar passes longos em busca de Cueva no espaço ou de Guerrero para segurar e deixar respirar as linhas mais defensivas dos peruanos. https://www.youtube.com/watch?v=YFze0RIQgWQ Intervalo em branco mas com um jogou que deu para suar só de ver!
A Colômbia volta a entrar melhor no encontro e o Peru não vacila, falta, falta. Gareca percebeu que a única forma de travar os ‘Cafeteros’ era enervá-los, apostar o máximo nos confrontos físicos. E resultou. Arias e Bacca combinam bem mas a bola não encontro melhor desfecho aos 52 minutos. Não muito depois é James novamente a desequilibrar, centra para o avançado, que não finaliza da melhor forma. Tapia é o primeiro admoestado, recebendo cartolina amarela aos 63 minutos. Os peruanos conseguiram sacudir a pressão e aos 70 minutos é o centrocampista Vilchez a surgir em ataque, pela meia direita e a sofrer falta do lateral Díaz na quina da área, resultando daí o terceiro amarelo do desafio. Sabendo que apenas a final terá prolongamento – um bom exemplo para análise, ambos os seleccionadores realizaram substituições ambiciosas, percebendo que um golo não obtido no tempo regulamentar levava o jogo para a decisão por grandes penalidades. Pekerman tira o apagado Cardona, no seu pior jogo da competição, para colocar o avançado Dayro Moreno, enquanto Gareca responde com a saída de Edison Flores, em claro défice físico, para fazer entrar Ruidíaz. Pouco depois é o médio mais defensivo colombiano, Torres, a dar lugar a Sebastián Pérez, enquanto Benavente entra no lugar do desaparecido Andy Polo. https://www.youtube.com/watch?v=Cu0nGQDx8_I Ospina acaba como herói. Se a Colômbia pareceu sempre mais perto do golo, a verdade é que foi o guardião do Arsenal, nos descontos, a ter uma vistosa defesa a um potente
cabeceamento de Ramos que daria um quase certo triunfo e apuramento da ‘albirroja’ face aos mais favoritos ‘cafeteros’. https://www.youtube.com/watch?v=3o15QXeCM4I
Na decisão dos onze metros os colombianos – por James Rodríguez, Cuadrado, Dayro Moreno e Sebastián Pérez, respectivamente – concretizaram os seus remates, enquanto no Peru Ruidiaz e Tapia marcaram, contudo o jovem lateral esquerdo Trauco viu Ospina ter agilidade para parar o seu com os pés, depois de já se ter lançado, enquanto Cuevo atirou para fora. https://www.youtube.com/watch?v=ZPxmkBl3GgU Apuram-se os ‘cafeteros’, mas a ‘albirroja’ pode despedir-se com a sensação de dever mais do que cumprido e com montra assegurada para Trauco e Vilchez, pelo menos. https://www.youtube.com/watch?v=MGZKyB47DjM
Copa America Centenario, quarto III IV Messi serviu um Malbec à ‘Vinotinto’, foi argentina a classe vinícola ; E ao sétimo… o Chile descansou! Maior derrota da história do México, maior vitória chilena de sempre!
Martino volta à forma inicial depois do descanso no terceiro jogo mas Messi é titular pela primeira vez e, por isso, é Gaitán a flectir para a esquerda, com o ‘génio’ do Barcelona a partir da direita. Dudamel também regressa à formação original, apenas obrigado a ter González na direita, face à lesão de Rosales.
Entrada avassaladora da Argentina, com Messi a exibir tremenda ‘fome de bola’. A Venezuela com dificuldade para se ajustar às movimentações argentinas e travar as investidas sucessivas. Depois de tentar penetrar, Messi refugia-se na linha direita, descobre Higuain na área e o ‘Pepita’ a marcar como se pede a um ponta-de-lança, todo esticado no chão a concretizar. https://www.youtube.com/watch?v=O-cp6bsTtOc O golo dá fôlego à Venezuela, que responde aos 11 minutos e está perto do golo, mas Romero mostra-se seguro. https://www.youtube.com/watch?v=D_zSIRtGcEU A Argentina continua a controlar e a Venezuela a evidenciar dificuldade nas marcações, contudo equilibra o encontro. Messi parece ser derrubado na área aos 22 minutos mas o árbitro dá ordem de seguir o encontro e no minuto seguinte é Gaitán a ganhar a linha na esquerda, passar atrasado para um remate de primeira de Higuain, que um defesa venezuelano bloca.
https://www.youtube.com/watch?v=WkNh1IvWQKw Augusto Fernández é o médio encarregado de cobrir a liberdade de Messi, estando mais preocupado no apoio a Mercado e fecho na direita. Antes da meia hora Ángel dá em Figuera, virado para a baliza, e o médio defensivo da ‘Vinotinto’ realiza um passe atrasado infantil, para ninguém, com Higuain a limitar-se a recolher, contornar Dani Hernández e bisar na partida. Isto pouco depois de Gaitán ser amarelado, o que o deixará fora da meia-final. Romero revela-se eficiente em várias ocasiões. Aos 34 minutos Mascherano é desarmado e é o guardião a impedir o golo a Salomón Rondón. Aos 39 o avançado volta a ter uma oportunidade, ganha de cabeça e bola vai ao ferro. https://www.youtube.com/watch?v=Oll3FABfIU Venezuela fecha a primeira parte por cima. Feltscher tem um remate aos 40 minutos, este bate num argentino e Romero volta a sobressair com um enorme golpe de rins. A perda de bola de Mascherano a deixar a ‘Albiceleste’ intranquila.
https://www.youtube.com/watch?v=nRUhpFkmxXw Finalmente, aos 42 minutos, a insistência venezuelana traz frutos e ganha grande penalidade, desta feita com uma saída a destempo de Romero. Seijas marca o penalti à ‘Panenka’ e Romero limita-se a agarrar a redondinha. Depois do amarelo logo aos quatro minutos, Seijas candidata-se a ficar no balneário ao intervalo. https://www.youtube.com/watch?v=OUCnsoV6sEM Argentina entra veloz na segunda parte, Messi novamente no papel de ‘10’, encontra Gaitán na esquerda, este ataca o espaço vazio, entra na área, dá atrasado em Higuain que, desta feita, falha a concretização. Apesar da infantilidade, Seijas permanece no terreno, não há alterações
ao intervalo, mas é o primeiro a sair, antes dos 10 minutos da segunda metade, para dar lugar ao excitante Juanpi e depois de mais uma perda de bola. Tomás Rincón cresce no jogo, foi ele que catapultou a equipa para diante e é novamente o médio ‘vinotinto’ quem dá bola à Venezuela na segunda parte. Josef Martínez tem estado discreto neste encontro. A Venezuela podia ter relançado o encontro ao intervalo, mas é a Argentina que ‘mata’ o encontro à hora do desafio. Mais um passe errado na zona defensiva venezuelana, recuperação de bola, Messi dá em Gaitán, este devolve ao capitão e Messi faz o seu quarto da Copa 100. O capitão argentino ‘pintou a manta’ e recebe o troféu de homem do jogo. https://www.youtube.com/watch?v=XGqmRMugagY
Rondón já merecia e aos 70 minutos vê uma bola a voar alta vinda direita, assistência primorosa de Tomás Rincón, eleva-se muito bem e raspa para o golo depois de bater no poste. A ‘Vinotinto’ nem celebra pois na resposta Lamela recebe de Messi, remata e Dani Hernández tem uma abordagem menos feliz, permitindo o 4-1 aos argentinos. https://www.youtube.com/watch?v=tZZxIsy9khI Expectativas goradas na entrada de Juanpi Añor. O jovem formado no Málaga não teve uma bola para tentar desequilibrar ofensivamente e quando a teve não deu sequência, perdendo-a facilmente. Acabou por ser um triunfo fácil da Argentina, no entanto condicionado pelos momentos acima notados, nomeadamente a infantilidade na marcação do penalti por Seijas, que levaria o jogo para o intervalo com 2-1 caso tivesse concretizado. Face ao jogo reactivo e na expectativa dos EUA, será um duelo bastante curioso entre argentinos e norte-americanos, até para perceber como Klinsmann colmatará as baixas por suspensão e condicionará os desequilíbrios que Messi promete fazer. Nota para as cerca de 48 horas extra de recuperação dos EUA face à Argentina.
https://www.youtube.com/watch?v=nhPjH76xurY
O México mantém os dois centrais, agora com Araújo e Moreno, abdicando da ideia de partida na prova – e que a ‘Tri’ já vem utilizando habitualmente há bastantes anos, com Aguilar na lateral direita, Layún à esquerda e Dueñas a segurar a posição de médio mais defensivo. ‘Chicharito’ Hernández é titular na frente e o miúdo Hirving Lozano, de 20 anos, também conquistou lugar após a exibição no terceiro encontro. Pizzi tem Fuenzalida na posição de Isla, Beausejour na lateral esquerda e é Puch quem entra no onze. Começo de encontro veloz para os dois lados. O Chile a conseguir criar as primeiras oportunidades, no entanto a finalizar de forma menos conseguida. Puch sem pressão, a entrar muito bem na partida, belo entendimento com Fuenzalida, é ele que consegue o primeiro brua no estádio, lançado por Vidal, o toque num mexicano é que impede um quase certo golo. O México tenta responder mas vai falhando no último passe. Edson Puch a marcar o primeiro. Permuta de posições no ataque, Alexis abre na direita, domina a bola, protege-a dos adversários, aguarda a chegada de Díaz à entrada da área, remate forte do médio, Ochoa palma e Edson Puch, na esquerda, a compensar e entender a movimentação de Alexis, encosta para o 1-0. https://www.youtube.com/watch?v=-7riuely4yc
Chile baixa o ritmo e finalmente, aos 20 minutos, o México consegue ter alguma construção de jogo. Equilíbrio de jogo, no entanto continua a ser o Chile a criar mais perigo. Puch a revelar-se o ‘duracell’ da equipa, fortíssimo e muito veloz ofensivamente e muito bem a fechar a subida de Layún na primeira parte. Pelo contrário, do outro lado Lozano parece sentir a responsabilidade do jogo e as exigências de uma bancada maioritariamente mexicana. Excelente desenvolvimento chileno com Vargas a segurar primeiro, esperar pela equipa, dar atrás em Puch, envolvimento de Vidal e Alexis, bola a bascular da direita para a esquerda, desmarcação, contudo Vargas ligeiramente adiantado. Uma entrada a destempo de Vidal vale-lhe amarelo e deixa-o fora das meias-finais. Depois do trabalho mais pela direita na primeira meia hora, o Chile vira para a esquerda, bem oleada, e é daqui que surge o segundo golo. Puch primeiro numa decisão precipitada na direita, a partir de uma bola que já havia iniciado na esquerda, o ressalto leva a bola para a lateral, Beausejour combina bem com Alexis, bola em Vargas, que se desmarca dentro da área e em suplesse bate facilmente Ochoa. O Chile chega ao intervalo totalmente por cima do jogo, inesperada superioridade da ‘roja’.
https://www.youtube.com/watch?v=TX2stHD7iIw Dueñas não conseguiu de todo, também por falta de apoio de Guardado e Herrera, travar o poderio do miolo chileno, onde Díaz-Aranguiz-Vidal combinam muito bem. Osorio retira Dueñas e o jovem Lozano ao intervalo, colocando Peña e Raúl Jiménez, que entra de rompante na segunda metade. Uma perda de bola de Herrera no miolo defensivo vê o Chile romper rapidamente e apontar o terceiro aos 49 minutos, Vidal vital na recuperação e combinação com Alexis, a parelha que tão bem se dá no relvado. O Chile não reduz velocidade, nova recuperação de bola e 4-0. O principal prato da refeição que compunha os quartos-de-final apresenta uma enorme surpresa na sua evolução, que se antevia bem equilibrada e até com favoritismo mexicano à partida.
Osorio deverá estar arrependido por ter abdicado do sistema de três centrais, que ainda acumulou um outro central (Reyes ou Rafa Márquez) na posição ‘6’. https://www.youtube.com/watch?v=7CI1tq5DIWY Novo envolvimento colectivo chileno de alto nível pela esquerda, Beausejour, Vidal e Alexis, com o extremo reconvertido em lateral a dar atrasado e Vargas a fazer o hat-trick, assumindo a liderança da tabela de goleadores da Copa 100. https://www.youtube.com/watch?v=-salATgpyDQ Aos 61 minutos, já com o ‘estalo’ (5-0) no marcador, o México tem a melhor oportunidade com Peña perto de marcar depois de Jiménez ter saído bem pela direita, ganho a área, na linha, e assistido Peña, mas a bola bate num chileno e sai para canto. As piores derrotas em toda a história do futebol mexicano foram um 8-0 de Inglaterra num particular em 61, 7-1 de Espanha no Torneio Olímpico de Amsterdão em 1928, 6-0 da Alemanha no Mundial de 1978 e cinco ‘estalos’, Itália em 66 e 84, ambos particulares, Alemanha em 66 e Brasil em 92, igualmente em amigáveis, e os 5-0 do Brasil no Mundial de 1954. O primeiro desaire de Osorio à frente do México já entra para os livros, é a maior derrota de sempre em jogos oficiais para os mexicanos. https://www.youtube.com/watch?v=6iNeJhIwLUo Para o Chile, é necessário ir à Copa América de 1979 (7-0 à Venezuela) para ver um resultado mais volumoso, em 1955 na Copa América também, foram 7-1 ao Equador, em jogos oficiais. Em 1997 o Chile bateu a Arménia por 7-0 num particular e iguala os 6-0 à Venezuela na qualificação rumo ao Mundial de 1998 e a mesma meia dúzia aplicada ao Iraque num amigável em 2013, ou seja, um 7-0 que iguala o maior resultado de sempre do futebol chileno. Mark González entra para o lugar de Beausejour e na primeira intervenção ganha a linha, vê Puch atirar no ferro e Vargas, com ângulo fechado consegue um poker. https://www.youtube.com/watch?v=L-gt9GcxpnI Nota ainda para Alexis Sánchez que, com o golo obtido, igualou Iván Zamorano como o segundo maior goleador de sempre da ‘roja’, 34 golos, agora a somente três do líder, Marcelo Salas. Com o ‘poker’ deste encontro, Eduardo Vargas já tem 31 tentos, é o 4.º e ameaça tornar-se no maior goleador da história do Chile, quem diria.
A ‘roja’ de Pizzi está em crescendo e o encontro diante da Colômbia é bastante prometedor. A final de 2015, que passou a pouco provável após a cinzenta entrada chilena, ganha todo um colorido novamente e pode mesmo repetir-se. https://www.youtube.com/watch?v=8FPp6_4Zs0o Que destruição! https://www.youtube.com/watch?v=BuvkTNzqj7w
Copa America Centenario, Meia-final I Nova obra-prima esculpida a pé esquerdo rumo à final! Argentina ao ritmo do tango a desconcertar os norte -americanos! Messi passou a ser o maior goleador (55) de sempre com a camisola da Argentina - e fê-lo através de um livre maravilhoso, descaído sobre a meia esquerda, bate a sobrevoar cruzado para a esquerda – e lado – do guarda-redes Guzan, com a bola a entrar perfeita no canto superior da baliza. https://www.youtube.com/watch?v=1ZEOgKXWMJo Klinsmann, com as várias baixas por castigo, foi obrigado a mexer e fê-lo erradamente. Andar toda uma competição sem um avançado centro clássico a alinhar e, face a uma equipa que tem no miolo e das linhas para o meio a sua maior força, retirar poder ao meio-campo para posicionar essa referência foi ouro para a entrada de rompante da ‘albiceleste’. Wondolowski falhou completamente na utilização também. Jogar com Beckermann e Bradley a defenderem em linha, soltando-se o capitão mais ofensivamente, depois de já se ter habituado a alinhar a ‘6’ sozinho antes, também não resultou, percebendo-se problemas em se ajustarem nos posicionamentos e coberturas.
Incrivelmente, até por ter Zardes na direita e Zusi na esquerda, os ‘centrais-laterais’ Mercado e Rojo funcionaram mais como extremos, acabando por encostar os alas norte-americanos bem perto dos laterais e conseguindo desequilibrar, pois quer Lavezzi, quer ainda mais Messi deambulam pelo interior, deixando as linhas abertas.
Logo aos três minutos um canto batido de forma curta vê Lavezzi dar em Messi e este, em décimas, a picar, devolvendo para um Lavezzi já isolado perante Guzan a abrir o marcador. https://www.youtube.com/watch?v=Jw1cTO-I04s O jogo tornou-se mais físico, o único terreno onde a ‘Stars and Stripes’ leva vantagem. A Argentina soube baixar o ritmo, procurando circular a bola até surgir a oportunidade de desmarcação. Com controlo da partida. Bradley perde uma bola no miolo, Higuain dá em Messi, este cavalga ofensivamente e somente Guzan impede o segundo tento. Nos primeiros 15 minutos os argentinos têm 70/30 em posse de bola! Avassaladores. https://www.youtube.com/watch?v=eKvRSbJS_F4 À passagem da meia hora é Wondolowski a derrubar Messi a uns 30 metros da baliza e o capitão argentino encarrega-se de fazer valer e dobrar o avanço. Golo para ver, rever e voltar a ver. https://www.youtube.com/watch?v=1ZEOgKXWMJo
Mercado e Rojo sobem rapidamente e Mascherano baixa para o meio dos centrais para iniciar a organização. A Argentina entra a controlar totalmente a segunda parte. Lavezzi descobre Higuain que domina, remata, Guzan ainda bloca, e ‘Pepita’ recarga para o 3-0. https://www.youtube.com/watch?v=61F3R7gYdzM Pulisic, entrado ao intervalo no lugar de Wondolowski, tenta remar contra a maré. O adolescente do Borussia Dortmund ganha a linha mas não consegue cruzar dentro das quatro linhas. A Argentina baixou completamente o ritmo e começa a desconcentrar-se um pouco. O miúdo entra para a esquerda e Zardes assume, finalmente, uma posição mais central no ataque. O tango argentino fica estragado aos 62 minutos. Lavezzi apenas com olhos na bola, não dá conta dos placards publicitários, apenas focado no domínio da bola, acabando por virar completamente desamparado, de costas, sobre os braços, com fractura do braço direito. https://www.youtube.com/watch?v=fhpzVxUyjs8 Messi assusta a cada aceleração. Entra pela meia direita, acompanhado de Mascherano, assiste o parceiro do Barcelona, mas este arranca atrasado. Pouco depois, recuperação em canto norteamericano e nova situação de perigo com canto obtido. https://www.youtube.com/watch?v=FeLXHuI0krE
Um passeio argentino, sem deixar de atacar, já a pensar no fim do encontro e na final. Boa jogada norte-americana pela direita aos 76 minutos, linha ganha, bola atrasada, mas sem conseguir finalizar. Klinsmann ‘acorda’ para Darlington Nagbe apenas aos 78 minutos do quarto encontro, um desperdício não usar o jovem nascido na Libéria e que é um dos ‘mais’ da MLS. Pedia muito mais minutos, até a titularidade, particularmente neste jogo com os vários castigados. Messi volta a desenvolver e a assistir Higuain para o 4-0, numa altura em que os EUA até equilibravam. A perda de bola na cabeça da área resulta numa alta probabilidade de se sofrer o golo. https://www.youtube.com/watch?v=VlfserpeNMo Os argentinos terminam o encontro com quase dois terços da posse de bola e com mais do triplo dos passes completados (625-191)! Não é necessário escrever mais nada. https://www.youtube.com/watch?v=4SNimExvh5M Não faltaram nomes grandes na antecâmara do encontro, como é o caso do trota-mundos Milutinovic, de uma família de futebolistas, antigo internacional jugoslavo, avançado goleador, mas que fez nome posterior como técnico, recordista de presenças em Campeonatos do Mundo com diferentes selecções (cinco), a par de Parreira. https://www.youtube.com/watch?v=HMrcRUb35Js Nas bancadas houve colorido e beleza, festa e animação de parte-a-parte. https://www.youtube.com/watch?v=GHlg3Tn7iZM https://www.youtube.com/watch?v=7dEMoY9cQZw Uma terceira abordagem à pérola de Messi, desta feita com a narração argentina. https://www.youtube.com/watch?v=1w5tRTCFxCA Os argentinos já somam 18 golos no torneio. https://www.youtube.com/watch?v=Nli_thU68WM Pode rever o jogo completo aqui https://www.youtube.com/watch?v=J3Xv93BuIOc
Copa America Centenario, Meia-Final II Depois da direita endiabrada, foi Bravo o maior soldado Um jogo com imensas expectativas. A Colômbia a surpreender na competição, até por se ter apresentado sem os seus três ‘primeiros’ avançados (Teo Gutiérrez, Falcao e Jackson Martínez), numa formação renovada e a trabalhar/crescer em redor de James Rodríguez.
Pekerman chega ao encontro com três jogadores em dúvida por terem saído tocados do desafio dos quartos-de-final, Daniel Torres recupera e é o interior direito do meio-campo, o lateral esquerdo Farid Díaz não, apresentando-se Fabra, que deu muito boa conta do recado quando foi chamado, talvez até melhor que Díaz, e também ausente do onze inicial fica Bacca, igualmente condicionado, com o aniversariante Roger Martínez a celebrar de véspera (faz anos a 23/06, mas joga a 22/06 nos EUA, 23 já na Europa) o 22.º aniversário com a titularidade no eixo do ataque. Pizzi não pode contar com dois elementos fundamentais no meio-campo. Arturo Vidal, que vem crescendo na competição, cumpre castigo após dois amarelos, enquanto Marcelo Díaz treinou condicionado até ao encontro e é baixa de peso como médio de cobertura. Na sua
posição estará Francisco Silva, um central-médio defensivo, que cresceu na defesa da Universidad Católica e chegou a ser usado na habitual linha de três antes da chegada de Pizzi ao comando técnico da ‘roja’, entretanto reconvertido para médio defensivo na passagem para a Europa e, agora, no México. No lugar de Vidal estará Pedro Pablo Hernández, médio nascido e criado na Argentina, do Celta. Mais conservador, o antigo avançado internacional espanhol nascido na Argentina, Pizzi, retira Puch, que tão boa conta de si deu na destruição mexicana, para reforçar o apoio defensivo, com o regresso de Isla para a lateral e a provável subida de Fuenzalida para médio direito. A Colômbia cria a primeira situação de relativo perigo através da velocidade de Roger Martínez. O jogo abre bastante equilibrado e dividido, as equipas a procurarem encaixar uma na outra. Chile a procurar ter a posse no miolo defensivo em busca de uma abertura. Esta surge aos seis minutos. Bola pelo flanco direito, defesa colombiana a falhar na marcação e no posicionamento. Aranguiz surge na área a colectar uma assistência inadvertida de Cuadrado ao segundo poste e a concretizar fácil. Toda a linha defensiva e média colombiana ficou parada. https://www.youtube.com/watch?v=YQeKYI3l3mY Este golo matutino favorecerá ainda mais o estilo de jogo chileno e os ‘cafeteros’ terão de se acautelar para as ‘mordidas’ letais da ‘roja’, agora ainda mais confortável no jogo. Está a ser a lateral esquerda colombiana a falhar. Fuenzalida fundamental no Chile. Está a ganhar o duelo a Fabra e é ele a encostar para o segundo. Bola em profundidade no espaço, Alexis com bela recepção, pronto remate, Ospina com ligeiro toque para bola no poste, Fuenzalida imita Aranguiz e encosta para o 2-0. Arranque de pesadelo para Fabra, que tão bem se tinha desempenhado antes. https://www.youtube.com/watch?v=iZtuFiKC95E Depois do atropelamento do México, o Chile volta a ganhar forte vantagem bem cedo no encontro. Está difícil para a Colômbia, com os chilenos em pressão muito forte no miolo defensivo. Silva a oferecer o modelo de primeira construção anterior do Chile, de Bielsa, Borghi e Sampaoli, baixando para o meio dos centrais para iniciar a construção de trás a três. Alexis volta a combinar com Fuenzalida, na direita do ataque chileno, arranca e é Ospina a impedir o golo. A indecisão entre Cardona, que joga mais interior na esquerda, e James, que não defende, está a deixar a nu todas as fragilidades de Fabra, que vê-se a braços com dois e três adversários. O lateral do Boca Juniors necessita de mais apoio. A hibridez posicional de James cria dificuldades nos posicionamentos dos colegas. Aos 16 minutos surge uma bola bombeada na área chilena mas Bravo revela-se seguro. Começa a mostrar-se a Colômbia. Cardona faz o necessário apoio a Fabra, recupera, vira na direita em Cuadrado, mas o centro não tem melhor resposta. James consegue desequilibrar, isola Roger Martínez, Bravo impede o golo aos 23 minutos. O guardião chileno mostra-se à altura dos acontecimentos. James aparece no jogo.
Uma bola dividida, com Pedro Pablo Hernandez ensanduichado entre dois colombianos, com a perna direita ‘traçada’ entre Cuadrado, obriga à saída do médio do Celta Vigo, que vinha fechando bem. O jogador ainda regressou ao relvado mas aquele joelho indicia algo sério. Sem mais soluções, Pizzi é obrigado a recorrer ao miúdo Pulgar, um médio defensivo sem grandes capacidades de construção. A Colômbia está a aproveitar e tem o melhor momento no jogo. Arias surge em zona de finalização, nas costas do lateral esquerdo, Bravo sobrepõe-se mais uma vez. Começa a ganhar preponderância no jogo o guardião chileno. https://www.youtube.com/watch?v=39HwHbwY4KQ
Cardona começa igualmente a surgir ofensivamente no encontro, ganha uma falta frontal aos 35 minutos para James Rodríguez bater, um pouco descaída para a esquerda. Os ‘cafeteros’ desperdiçam mais uma boa oportunidade. Mal cobrada a falta. O Chile procura colocar gelo no encontro. Bravo leva um amarelo por ‘queimar’ tempo no batimento. Jogo a ficar um pouco mais ríspido, intensidade sempre presente mas algumas entradas mais duras. James a exagerar no individualismo. Canto para a Colômbia e é Bravo em quatro ocasiões seguidas a resolver. Primeiro soca para fora da área, pára um remate de meia distância de Carlos Sánchez, sai a punhos a novo canto e, finalmente, agarra a bola aérea. https://www.youtube.com/watch?v=bKFVYfNUMxg Bravo a reclamar estatuto de melhor no relvado nesta primeira metade. Que fabulosa exibição, Brava mesmo! https://www.youtube.com/watch?v=pfjQj_VGgFM A ameaça de tempestade, trovoada, leva ao adiamento do recomeço do encontro por tempo indefinido. Paragem superior a duas horas devido à passagem de um forte temporal. https://www.youtube.com/watch?v=VQBpp6FTAyA Depois da pausa forçada, Pekerman retira Cardona, que não conseguiu funcionar como nos encontros anteriores, e entra o jovem Marlos Moreno, que inicia o segundo tempo encostado à faixa esquerda. Apesar de se observar a quantidade de água no relvado, a Colômbia arranca com uma bela jogada pela direita, sempre pelo chão. A bola não trava e a segunda metade inicia-se bem mais intensa do que previsto após a longa paragem. https://www.youtube.com/watch?v=A5DXh1epQYU
Face a tanta água presente, é evidente a superior qualidade técnica individual dos futebolistas, capazes de receber, fintar e passar rasteiro sem demonstrarem incómodo com o relvado, isto tendo em conta o peso que a relva tem no momento, cada movimento levanta água. O Chile está a estancar a melhor entrada colombiana, baixando novamente o ritmo da partida. Carlos Sánchez, que já havia sido admoestado na primeira metade, comete nova falta para amarelo (já podia ter visto ainda antes do primeiro) e é expulso, 57 minutos de jogo, vida muito complicada para os ‘cafeteros’. Apesar disso, o retraimento chileno mantém a Colômbia com possibilidades e são mesmo estes a criar novamente perigo nas imediações da baliza de Bravo. https://www.youtube.com/watch?v=3iKQoQiDjPA Beausejour falha a final após levar amarelo aos 65 minutos, acumulado ao que já trazia. Será interessante verificar quem Pizzi escolherá para a lateral esquerda, a primeira escolha (Mena) face à Argentina, jogo em que Beausejour começou na sua posição de raiz, ala, continua de baixa com um problema no tendão de Aquiles, pelo que terá de ser criativo, pode ser Fuenzalida na lateral esquerda, este baixar na direita e ir Isla para o outro lado, mesmo Mark González, em imitação ao que vem fazendo Beausejour. Roco pode igualmente ser solução, numa perspectiva mais defensiva, ou Puch como ala com Isla e Fuenzalida nas laterais. Ospina com defesa vistosa a cabeceamento de Pulgar, após cruzamento de Silva, os médios defensivos em processo ofensivo. Bravo com saída deslizante a fechar Marlos Moreno na linha final. Um passe atrasado do jovem atacante seria golo quase certo. A Colômbia não parece estar com menos um. James avança, remate frontalmente e Bravo, a dois tempos, agarra. Pekerman retira Fabra e, mesmo com menos um, alinha com três atrás e mete Pérez no miolo, Cuadrado e Marlos terão de percorrer todo o respectivo flanco. Aos 80 minutos sai Cuadrado e entra Bacca para os derradeiros minutos de forcing. A Colômbia termina com três defesas, dois médios e quatro jogadores na frente, Marlos Morena a abrir na direita, Roger Martínez a abrir na esquerda e James Rodríguez novamente a aproximar-se do ponta-de-lança, agora Bacca. Fecho de jogo complicado com uma entrada demasiado grosseira de Murillo e Bacca a empurrar os chilenos em defesa do central. Recontro sem excessos, contudo. Nova entrada, agora de James, os colombianos estão a perder a compostura. Agora é Marlos a ter uma entrada fora de tempo. O árbitro a dar quatro minutos desnecessários de desconto. E entra um ‘streaker’ no relvado. Finalmente, a longa jornada termina, já depois das 5h00 portuguesas! https://www.youtube.com/watch?v=xbOLKQKcLSg A final de 2015 repete-se, com Chile e Argentina a fecharem face ao mesmo adversário com que abriram a Copa 100. Ninguém diria, após o fraco jogo de abertura, que a ‘roja’ iria até ao fim na defesa do debutante título de 2015. A Argentina soma a quarta final nas últimas cinco edições mas já não levanta o troféu desde 1993.
https://www.youtube.com/watch?v=y-nIhBeiSLI Autor do golo de abertura e a assumir a responsabilidade do miolo devido à ausência de Vidal, Charles Aránguiz é votado o melhor do encontro, apesar de ter sido Bravo a brilhar mais alto na manutenção da vantagem.
A paragem foi tão longa que até deu para ‘analisar’ o desempenho dos limpadores da água! https://www.youtube.com/watch?v=q3Y8RztK3F0 A beleza feminina de Colômbia e Chile esteve bem presente no Soldier Field. https://www.youtube.com/watch?v=ke3_SUhu2mc https://www.youtube.com/watch?v=N0_qGWVjpd4
Copa America Centenario 3.º/4.º A pequena final deu café
Apesar de ser um encontro que, em termos europeus, acolhe muitas críticas, naquela míope visão de um ganha e todos os outros perdem, ao invés do bem mais ancestral pódio olímpico, que glorifica mais um mas não esquece e honra os outros, na Copa América continua-se a disputar, é importante ser-se 3.º, estar no pódio final. Assim, foram quase nulas as alterações de Colômbia e EUA para este desafio. Nos anfitriões há a despedida de Tim Howard da selecção, fazendo um derradeiro encontro, mas regressam todos os castigados das meias-finais, Jones, Wood e Bedoya, Orozco, solução de recurso aquando da expulsão de Yedlin, vê Klinsmann conceder-lhe a titularidade, novamente na lateral, com Besler a alinhar como central no lugar de Brooks. O lateral esquerdo Castillo não teve oportunidade alguma, o médio Perry Kitchen, de cobertura, e Nagbe também não. https://www.youtube.com/watch?v=II7BNFjixtg Também Pekerman mantém a sua equipa titular, podia rodar o plantel, ver os jovens centrais novamente em acção, assim como os irreverentes Marlos Moreno e Roa na frente, o que reitera a ampla importância que é dada a esta partida.
O jogo arranca rasgado, algo intenso, com uma ou outra oportunidade nos primeiros 15 minutos, mas sem criarem real perigo às balizas de Ospina e Howard, mas logo baixa de ritmo, o habitual estilo ‘klinsmanniano’, esfriar, congelar o jogo em busca de um espaço. Os colombianos apresentam-se com mais vontade de abrir o marcador, mais posse, com Cuadrado e James bastante interventivos neste arranque de partida.
https://www.youtube.com/watch?v=nq7KeF7I0aU O ritmo do jogo a baixar e a rispidez a crescer, com entradas fora de tempo e excessivo apito. Depois do desafio voltar a entrar no ‘eixo’, os EUA criam uma boa situação ofensiva é a Colômbia a ter uma brilhante jogada pela direita, Cuadrado dá em James Rodríguez, este coloca na área, bem perto da linha, onde surge o lateral Arías a desviar de cabeça, assistindo Bacca, que concretiza. https://www.youtube.com/watch?v=Gis32MeQLF0 Boa resposta norte-americana mas Bedoya não consegue o melhor remate, isto depois de Jones ter falhado o remate dentro da área, que ressalta num colombiano e vai para Bedoya (curiosamente descendente de colombianos) que não finaliza da melhor forma. Nova boa jogada norte-americana, Zardes domina, dá em Dempsey, este desmarca Wood, que recebe embalado, penetra na área, tem tudo para rematar, mas parece querer entrar com a ‘redondinha’ e acaba desarmado num excelente corte. Jermaine Jones continua duríssimo, leva um amarelo em cima do intervalo após entrada no ar de cotovelo a Cuadrado, naquela que foi já a segunda ou terceira falta duríssima do médio de contenção germano-norte-americano. Jones remata, a bola é desviada pela cabeça de Arías e quase dá autogolo. A Colômbia está a cometer alguns erros bizarros defensivamente em cima do intervalo. https://www.youtube.com/watch?v=A-LrWDxI2vU A direita colombiana continua a carburar muitíssimo bem. A formação ‘cafetera’ está a defender muito compacta, acantonada nos últimos 30 metros em bloco. Ospina ganha asas aos 51 minutos num livre que já cantava golo por Dempsey. Que voo
fantástico do guardião colombiano! O guarda-redes é mesmo eleito o melhor em campo. https://www.youtube.com/watch?v=vhjO4C9Pkgc
Depois do pesadelo que foi a meia-final, Fabra tem dado conta da lateral esquerda, apesar das trocas entre Zardes e Wood. Cardona também está mais fixo no flanco em apoio. Cuadrado tenta uma maravilha sobre Howard, bola na barra e no chão! Desenvolvimento pela esquerda, bola em James que dá no extremo direito para uma colherada que merecia golo. A Colômbia tem mais espaço, mas os EUA não desmoralizam. Wood atira ao poste da baliza de Ospina na resposta. https://www.youtube.com/watch?v=FseTUjApcVY A partida volta a animar nos subúrbios de Phoenix. EUA estão a pressionar, Wood volta a exagerar no individualismo, tem linha de passe aberta para Zardes e opta por forçar penetração pelo meio de três colombianos. Falta o critério a Bobby Woods para poder ser realmente um fora-de-série. Cardona aparece ofensivamente nos últimos 15 minutos. Aos 81 remata para Tim Howard fazer um voo acrobático e desviar a bola para canto. A reacção norte-americana esmoreceu, apesar das bancadas tentarem puxar pela selecção na busca do empate. Pulisic ganha dividida na direita, dá em Yedlin, belo cruzamento atrasado e mais uma vez Wood a falhar, desta feita a perder o remate. James desenvolve na direita, onde descaiu bastante durante o encontro, dá em Marlos Moreno, mas o jovem dianteiro não consegue desfeitear Howard, atira fraco e ao lado. Nos descontos Orozco deixa-se irritar por Arías e acabam os dois na rua. https://www.youtube.com/watch?v=c9rDOO1Tyhk Um golo foi o suficiente para ser a Colômbia a reclamar o ‘bronze’ centenário, voltando a bater os EUA, fê-lo no encontro de abertura, havia-o feito no jogo de 3.º/4.º da Copa América de 1995, nesse de forma bem mais contundente (4-1 com golos de Valderrama, Rincón e Asprilla!). https://www.youtube.com/watch?v=bDbisqtMtrs
Copa America Centenario – Final Novo Bravo título da ‘roja’ e uma maldição ‘messi(ânica)’
Martino tem Di María disponível para a final, sendo novamente titular. Biglia estreia-se como primeira escolha. O interessante médio ocupa a vaga de Fernández. Do lado da ‘roja’ está de volta Arturo Vidal, depois do castigo, assim como a âncora Marcelo Díaz, que completam o excelente trio do miolo a par de Aranguiz. Fuenzalida volta a alinhar como ala direito, em apoio a Isla, sendo Beausejour a tomar conta de todo o flanco esquerdo. https://www.youtube.com/watch?v=uSjbrQNgqec Antes dos 20 segundos Messi rouba a bola, dá em Banega e este remata à baliza. A Argentina a começar com pressão alta e forte, um pouco como o havia feito no encontro de abertura. A importância de impedir o meio-campo chileno, na máxima força, de poder pensar é compreendida e explicada por Martino. Começo de jogo bem acelerado.
Cinco minutos promissores de ambas as equipas. O metro quadrado está ao preço do Ipanema, ou seja, caríssimo. Se passa a bola, não passa o jogador. Alexis e Di María já o sentiram nas pernas.
Depois do bom arranque, seguem-se cinco minutos de faltas sucessivas, de parte a parte. A Argentina, depois de tentar um roubo para um golo madrugador, baixa o ritmo do jogo para a velocidade em que se sente mais confortável, acelerando quando chega a Messi. Este baixar da velocidade beneficia a Argentina pois o Chile tem maior intensidade no meio campo. Bravo muito presente no jogo da equipa, a oferecer linhas de passe e ser o primeiro construtor, em contraponto com Romero, com dificuldades no jogo de pés e a desentender-se com os seus defesas, já por duas ocasiões, na abordagem à bola. Messi com nova arrancada, a sacar amarelo a Díaz, obrigado a travá-lo em falta. Livre perigoso para a Argentina, descaído para a meia-direita, a fazer lembrar o da meia-final. A bola, desta feita, sai curta e Bravo recolha facilmente. Alexis exagera no individualismo, é desarmado por Biglia que lança Higuain na direita, mais um bom desenvolvimento ‘albiceleste’. O Chile está com alguma dificuldade em encontrar linhas de passe no miolo ofensivo. Em cima dos 20 minutos Alexis vira o flanco em Fuenzalida, que procura logo Vargas, mas o avançado não compreende a rapidez de pensamento e execução do lateral-médio direito. O Chile está a tentar as bolas longas. Medel comete um erro, não domina um passe fácil, vê Higuain isolar-se mas Bravo volta a ser imperador a fechar ângulo e baliza. O central arreganha-se em demasia com a bola já a rumar a canto e podia ter-se magoado a sério no poste. https://www.youtube.com/watch?v=GTn8ZA70kJ4 Nova falta sobre Messi, bola bem colocada em Otamendi, que cabeceia à malha lateral. Está a ser mais perigosa a Argentina. O Chile não consegue trocar a bola no meio-campo, a sua maior valia. A pressão argentina a resultar. Díaz a não conseguir executar bem hoje. O
condicionamento físico poderá estar a ditar este menor fulgor e risco do médio mais defensivo do Chile. Messi volta a atacar o espaço frontal, em nova recuperação de bola anormal no Chile, Jara batido em velocidade e Marcelo Díaz faz obstrução com segundo amarelo exibido. Aos 28 minutos o Chile fica com menos uma unidade no relvado. O ‘10’ argentino a fazer a diferença individualmente. https://www.youtube.com/watch?v=Q065ejXEFbM Di María procura surgir no encontro, remate do futebolista do PSG aos 32 minutos. Por enquanto, o Chile tenta reorganizar-se do ponto de vista defensivo. Primeiro burburinho aos 35 minutos. O Chile procura levar o encontro para o físico. Vidal e Mascheranos admoestados. Depois do bom começo de encontro, este baixo de nível, subiram os confrontos físicos, houve a expulsão e também contam-se já demasiadas perdas de bola. O Chile a pressionar o árbitro constantemente em busca de cartões. Messi tenta forçar o penalti e leva amarelo. https://www.youtube.com/watch?v=A0XVFdddxXw Rojo expulso aos 42 minutos por entrada violenta sobre Vidal, o médio chileno consegue retirar o defesa do jogo. A partida chega ao intervalo com 10 para 10. A pressão chilena sobre o juiz brasileiro a compensar. A Argentina não soube potenciar a vantagem numérica. Di María, que não tem estado bem ofensivamente, acaba a primeira parte como lateral esquerdo. Martino e Pizzi vão trocando argumentos nos bancos e a pressionarem a equipa de arbitragem. https://www.youtube.com/watch?v=54Q19BxOePE O Chile fecha em cima da Argentina, Isla e Beausejour finalmente a subirem – e ao mesmo tempo. A ‘roja’ ataca a toda a largura do terreno. Recomeço sem alterações. A Argentina parece menos preparada face à expulsão. O Chile ganhou dimensão com a entrada no jogo físico, do ‘empurra’, da pressão e está a prevalecer no relvado neste arranque de segunda metade. Funes Mori é agora o defesa esquerdo com Mascherano a recuar para o centro da defesa, Biglia toma a posição central do meio-campo, o pivô. O Chile foi trocando a bola com calma, mas perde-a e a Argentina tenta carregar. Novo livre sobre Messi, Beausejour com duas faltas quase seguidas, levou amarelo na primeira, terá de se cuidar para não ser igualmente expulso do encontro. Martino enche o miolo, retira Di María, ausente, dando entrada a Kranevitter, que se junta a Biglia e Banega no centro do terreno. O Chile terminou com 53 por cento de posse de bola ao intervalo e aumenta para 57 à hora de jogo. O Chile está a ter o domínio colectiva da segunda metade mas Messi é quem vai fazendo a diferença individual, a sacar amarelo atrás de amarelo. A Argentina não está a tirar o melhor partido das bolas paradas hoje. Alexis tenta imitar o astro argentino mas não consegue, está a pecar pelo excesso de individualismo o avançado do Arsenal.
Vargas ganha em velocidade, entra na área e remate para bloco de Romero. Bola bem virada da esquerda para a direita. Vargas perto do golo aos 80 minutos. O Chile ganha ânimo no final do jogo. Pressão para resolver dentro do tempo regulamentar. Este é o único desafio da competição a poder ir a prolongamento em caso de empate ao apito final do árbitro. https://www.youtube.com/watch?v=8VyzJEJ1qQ8 Kun Aguero a exibir pontaria bastante desafinado, os dois remates que o avançado tentou foram bem por cima. A Argentina continua a obter faltas nas imediações da grande área, contudo desperdiça ocasião atrás de ocasião. Excelente jogada na esquerda, em cima dos 90 minutos, Vargas a descobrir Beausejour, este consegue penetrar na área, dá perfeito em Alexis, mas este falha o golo, esta era uma bola de encostar apenas. Otamendi no bloco. Assim como em 2015, a final da Copa América entre Chile e Argentina não fica resolvida no tempo regulamentar. Parte-se para 30 minutos de tempo extra. https://www.youtube.com/watch?v=HwRLJW1BzlY Primeira grande situação no prolongamento. A Argentina ganha a posse, Jara chega primeiro, lança no espaço Puch ganha em velocidade, centra perfeito em Vargas e é Romero a voar para agarrar a bola. Vargas podia ter feito um pouco melhor no cabeceamento. https://www.youtube.com/watch?v=5D-0SDhQqUs Na resposta Messi bate um livre e Aguero na zona de penalti quase consegue ‘chapelar’ Bravo, mas o guardião chileno tem mais uma parada formidável. https://www.youtube.com/watch?v=YZg_eA-nnco
É novamente Bravo a receber o prémio de melhor no relvado.
Os treinadores guardaram substituições para o prolongamento, percebendo-se facilmente que ainda não estão dentro da regra da quarta substituição, permitida em caso de prolongamento e que entra em vigor pela primeira vez nesta prova. A Argentina melhor na segunda metade do prolongamento. Alguma aflição para o Chile. Novamente o caminho e o troféu serão definidos a partir dos 11 metros. Vidal é o primeiro a bater, Romero dá umas corridas na linha de baliza, toca nos postes, bola pouco desviada e Romero consegue parar. O tempo de espera de Vidal, com o juiz a falar com o guardião, foi muito favorável ao guarda-redes argentino. Messi, na resposta, bate por cima da trave. Confirma-se a falha de pontaria dos argentinos. Bravo estava batido mas a bola sai muito por cima. O jovem Nico Castillo, um dos entrados no prolongamento, não vacila, forte na direita de Romero, que voa para o outro lado. Mascherano imita Castillo, Bravo cai na esquerda, bola na direita. O patrão Aranguiz nem deixa Romero se mexer, bola na esquerda do guardião em força. ‘Kun’ Aguero é o seguinte. Remates durante o jogo completamente falhados, paradinha, Bravo adivinha mas a bola vai rasteira na esquerda para a malha lateral interior. Beausejour tem a responsabilidade do quarto, Romero cai na esquerda mas o esquerdino bate fácil na direita do argentino. Biglia não pode falhar, é o quarto penalti para a ‘albiceleste’. Bravo antecipa-se, voa para a direita e consegue parar o remate do médio argentino. Francisco Silva tem a taça no pé direito. Parece pressionado mas não falha, Romero cai para a esquerda, a bola vai rasteira para a direita. https://www.youtube.com/watch?v=rIogKhQ3_ig O Chile volta a vencer a Copa América. Até 2015 nunca haviam vencido e agora somam um improvável bis, fazem história com o título do centenário e, depois da polémica sobre o detentor, a defesa, a ida à Confederações de 2017, nem precisavam de tal, os chilenos dobram o triunfo e duplicam a legitimidade de defenderem a honra sul-americana na Taça das Confederações. https://www.youtube.com/watch?v=S0UatlScHws Messi parece carregar uma maldição com a selecção. No espaço de dois anos perde a final do Mundial no prolongamento, perde a Copa América 2015 nas grandes penalidades, sendo o único a concretizar dos 11 metros, perde novamente a Copa América, desta feita a de 2016, da marca do penalti, desta feita falhando redondamente, quando Vidal já havia falhado o seu, perdendo a oportunidade de dar vantagem aos argentinos logo no início da marcação. A ‘quente’ anunciou a despedida da selecção, ficando por saber se confirmará a decisão. https://www.youtube.com/watch?v=V3U2xhR2p7Y Os golos do Chile durante todo o torneio.
https://www.youtube.com/watch?v=RgO_PTip5OA
Os responsáveis do torneio têm idêntica visão à nossa e Claudio Bravo obtém a ‘Golden Glove’ de melhor guarda-redes da prova.
Esta é a eleita equipa do torneio pelos organizadores, apenas com argentinos e chilenos.
Alexis SĂĄnchez ĂŠ eleito o melhor jogador do torneio.
Vargas assegurou pleno chileno nos prémios individuais com a bota de ouro.
Para a Argentina vai o prémio fair-play.
Terminada a prova fica a nossa, sempre subjectiva, escolha dos melhores da edição 2016, num modelo habitual no leste da Europa, a eleição de 33 futebolistas, três equipas, para sermos diferentes (no caso, do Ocidente). Nós temos as nossas próprias ideias e visão, que abaixo partilhamos. A nossa equipa ideal
A segunda equipa:
A terceira equipa: