FAZENDA VERTICAL + HIS CARBONO NEUTRO
ANUAR EL BACHA
FAZENDA VERTICAL + HIS CARBONO NEUTRO Como produzir de maneira eficiente e ao mesmo tempo sustentável atualmente ?
CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES |
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO | TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
ANUAR HUSSEIN SAKR EL BACHA
|
ORIENTADOR:
FERNANDO PUCCETTI LATERZA
SÃO PAULO 2020
3
AGRADECIMENTOS
Eficiência
Após esse longo ano, devido a todos os acontecimentos com a pandemia de COVID-19, a sensação é de dever cumprido.
capacidade de realizar bem um trabalho ou desempenhar adequadamente uma função; aptidão; capacidade; competência
Agradeço inicialmente a todos os docentes e funcionários da Belas Artes pelo conhecimento transmitido, desafios e todo apoio em cada
Sustentável Uso restrito. Que pode ser realizado sem que haja prejuízo (riscos)
dificuldade, durante os cinco anos de curso.
Agradeço ao meu orientador Fernando Puccetti Laterza, este trabalho não existiria sem sua contribuição. Obrigado pela
ao ambiente: desenvolvimento sustentável.
Habitar
paciência, apoio, conhecimento e dedicação com que me orientou e ensinou, não somente durante o TFG, como em outras disciplinas também.
Levar pessoas para ocupar um local desocupado. Em especial a Beatriz Avancini pela companhia nas horas de
Público
trabalho, apoio, motivação, conselhos e incontáveis ajudas. Meus amigos pelo apoio, ajuda, paciência e amizade.
Público: Relativo a população, povo ou coletividade. Agradeço
a
minha
família
pelo
incentivo,
apoio
e
me
proporcionarem tudo.
5
01
sumário .................................................................................................... 7
02
introdução .............................................................................................. 9
o que ? por que ? conceitos e intenções
03
referências .............................................................................................. 19
home farm sunqiao urban agricultural district jardim edite brock commons tallwood house
04
o local ..................................................................................................... 51
onde ? contexto histórico o terreno região legislação operação urbana fluxos e insolação
05
o projeto ............................................................................................... 75 objetivo
evolução do partido diagramas conceituais programa de necessidades tabelas perspectivas desenhos técnicos
06
detalhes ............................................................................................... 125
ampliações das unidades cortes detalhados sistema estrutural soluções utilizadas no projeto fluxo da biomassa mobiliário urbano
08
bibliografia ........................................................................................ 141
01 sumário
02 introdução
Introdução + Justificativa
O tema da pesquisa aborda questões ligadas ao meio ambiente, como a
Outro fator de importância mundial é a crise hídrica, que ocorre por
sustentabilidade e questões sociais, como a falta de moradia adequada
vários fatores, a são exemplos: o desperdício, o consumo
para pessoas de baixa renda. Surgiu assim, a ideia da implementação de
inconsequente, a urbanização e principalmente a irrigação agrícola,
um edifício multifuncional, contemplando uma Fazenda Vertical, um
que além disso, contamina a água e o solo com uso de agrotóxicos,
mercado público e habitações de interesse social. O projeto foi idealizado
fertilizantes e pesticidas.
para ser implantado na região do Itaim, bairro nobre da cidade de São Paulo, onde contrastaria das torres comerciais do entorno.
De acordo com a ONU, a Declaração dos Direitos Humanos diz: “Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a
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Atualmente, o Brasil é um dos países com maior índice de desmatamento
si e a sua família saúde e bem e bem-estar, inclusive alimentação,
no mundo. Visando novas áreas de produção agrícola e maior capacidade
vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais
de plantio, ocorre a contaminação do solo, por meio do uso exagerado de
indispensáveis”. Em São Paulo há um déficit habitacional enorme, o
agrotóxicos nas grandes fazendas agrícolas.
Plano Estadual de Habitação de São Paulo 2011-2023 identificou
Outro fator a ser considerado é a quantidade de alimentos desperdiçados.
que há um déficit habitacional de, aproximadamente, um milhão de
De acordo com a Onuverde, esse desperdício começa na colheita e tem
moradias, e na inadequação habitacional, aproximadamente, três
seu ápice no seu transporte e nas próprias centrais de abastecimento. O
milhões de moradias. O plano da subprefeitura de Pinheiros
crescimento populacional de acordo com a Embrapa, indica que em 2050 a
implantou a Operação Urbana Faria Lima, a qual visa de suprir o
produção agrícola precisará crescer globalmente 70%, e quase 100% nos
atendimento habitacional das comunidades e das ocupações
países em desenvolvimento, para alimentar a crescente população.
irregulares da região e do seu entorno.
Introdução
11
Introdução
conceitos e intenções
E D I F Í C I O
M U L T I F U N C I O N A L
As cidades vivas, as quais operam vinte e quatro horas por dia, se
Os edifícios multifuncionais, então, incitam as pessoas a se encontrarem, a
destacam pela funcionalidade e diversidade de usos que oferecem ao
conversarem, a passearem. Trata-se de estimular, mais que reprimir, o
público. Em menor escala, o mesmo pode ser dito de um edifício
potencial humano dos cidadãos: têm função humanizadora. (DZIURA, 2003,
multifuncional. Ao propor o uso diversificado, automaticamente espera-se
p.32)
que ocorra a utilização do equipamento de diversas formas, em diferentes horários, por diferentes pessoas, minimizando assim o vazio em determinados horários. O equipamento estará sempre à disposição independentemente do uso específico. Assim sendo, percebe-se que esses edifícios podem proporcionar as chamadas cidades vivas, mais um estímulo.
Nas
ruas
prósperas,
as
pessoas
devem
aparecer
em
horários
diversificados. Esses horários são calculados em intervalos curtos, a cada hora, ao longo do dia. Já justifiquei essa necessidade no âmbito social ao discutir a segurança nas ruas e também sobre os parques urbanos. (JACOBS, 2011, p.109)
12
Introdução
Zeidler (1985) afirma que o edifício multifuncional é uma ideia, um conceito,
ando aberturas para o público e interação com a parte interna do mesmo, e
e não tanto uma tipologia definida com precisão. Nessa categoria entram
na parte externa o mínimo ou até a não existência de barreiras físicas,
aquelas construções que das três funções principais da vida humana,
fazendo, assim, com que as pessoas se sintam acomodadas na edificação.
contêm mais uma. O autor entende também que não deve semente integrar essas funções internas, mas que o edifício ainda precisa se relacionar com um contexto urbano. (ZEIDLER apud DZIURA, 2009, p.39)
Segundo Zeidler (1985) o edifício multifuncional não funcionara seguindo apenas uma premissa de diversos usos, mas sim ele depende do conceito e ideia do que ele defende inserido num contexto, para fazer sentido e ter a concepção de um edifício multifuncional.
Em sumário, o uso proposto por um edifício multifuncional, no contexto urbano, pode causar a compactação da cidade, gerando uma intensificação urbana. Tais edificações, podem ser convidativas, apresent-
13
Introdução
conceitos e intenções
F A Z E N D A
V E R T I C A L
Nas últimas décadas, os grandes centros urbanos vêm crescendo cada vez
,as fazendas verticais poderiam atuar como autônomas instalações de
mais. Como consequência disso, o aumento do consumo e da procura de
regeneração da água de esgotos urbanos, gerando reaproveitamento da água
alimentos. Nas cidades, para a ser possível a oferta de determinados tipos de
poluída (cinzenta), bem como o aproveitamento energético dos resíduos
alimentos se faz necessário um longo trajeto, das grandes áreas de cultivo,
orgânicos (restos de alimentos e fezes).(LUCENA, 2016, p.32)
até os estabelecimentos que precisam ser abastecidos. Durante esse trajeto, é alto o índice de perda desses alimentos. Desse modo, a busca de um modelo alternativo de produção agrícola que aconteça dentro das cidades, se torna
fundamental. O mundo inteiro depende da escassa disponibilidade de recursos naturais, entre eles a terra, destinada para o cultivo, a água e o ar. Outro ponto salutar está na contribuição desses empreendimentos urbanos
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Um meio alternativo para a solução de alguns problemas das cidades, como citou Lucena (2016) é a água de esgotos, o reaproveitamento da dessa água poluída e o aproveitamento de resíduos orgânicos. Sendo assim, a Fazenda Vertical funcionaria como uma engrenagem sustentável para o meio ambiente, utilizando-se de recursos que seriam descartados e recuperando parte do ecossistema.
(fazenda vertical) na possibilidade de recuperação do ecossistema como um
[...]”forma segue a função” como uma das principais diretrizes para a vida na
todo, sabe – se que a maioria das grandes cidades ainda não encontrou o
terra, no entanto destaca que os arquitetos e engenheiros ao planejar uma
bom uso para seus lixos ou resíduos. No caso especifico do Brasil, São Paulo,
fazenda vertical devem ser conduzidos por esse conceito também, mas de
Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outras capitais, continuam sofrendo com
forma que seja construída para satisfazer as necessidades do cultivo e não
seus detritos e suas causas, como parasitas e demais doenças relacionadas
necessariamente a nossa. No entanto, isso significa que as condições
ao frágil sistema de saneamento público. Sob esses paradigmas
ambientais dentro da fazenda vertical serão intoleráveis para o ser humano, pe-
Introdução
lo contrário, as plantas e o homem geralmente tem um meio ideal
Segundo Amaral (2018) uma Fazenda Vertical pode ser implementada em
semelhante, o que os faz coexistir de forma harmônica. (MUROTANI apud
edifícios de tamanhos diversos, uma vez que dependem da sua produção
DESPOMMIER,2010, p.180)
e de quais equipamentos vão apresentar, diversificando assim o porte do empreendimento. Nos dias atuais, com as tecnologias existentes é
Segundo Sullivan, (LOUIS SULLIVAN) a frase “forma segue a função” significaria o resultado de um objeto, seguindo os princípios das suas funcionalidades. De acordo com Despommier (2010), ao projetar uma Fazenda Vertical, é primordial a preocupação com as necessidades do cultivo, com a luz solar natural, entre outros. Atualmente, é possível se utilizar de diversos tipos ambientes capazes de cultivar alimentos de forma segura e eficaz.
possível produzir alimentos sem a necessidades do uso do solo, são exemplos os sistemas hidropônico, aeropônico e aquapônico, os quais apresentam novas soluções para a produção de alimentos de forma
segura. Em resumo, o conceito escolhido versa sobre uma nova maneira de produção de alimentos de forma segura, conjuntamente combatendo os paradigmas do que se entende como um local de cultivo ideal. Localizado em um centro urbano, onde é gerada uma quantidade grande de resíduos
De forma genérica, a fazenda vertical é representada por uma edificação, de orgânicos, os mesmos podem ser utilizados de maneira a gerar energia na tamanho variável, para produção confinada de hortaliças e arvores frutíferas, Fazenda Vertical, assim como a reutilização da agua cinzenta. Assim por meio do cultivo em solo ou sistemas hidropônico, aeropônico ou sendo, o equipamento é capaz de ser inserido em qualquer centro urbano, aquapônico, utilizando agua como meio de transporte de nutrientes, sem a minimizando o transporte de produtos e a distribuição deles. necessidade do emprego de agrotóxicos, [..] (AMARAL, 2018, p.12)
15
Introdução
conceitos e intenções
H A B I T A Ç Ã O
D E
I N T E R E S S E
S O C I A L
O programa de habitação de interesse social, tem como objetivo possibilitar
lazer, transportes, vemos que a precariedade habitacional abrange
o acesso à moradia adequada para a população de baixa renda, a qual vive
contingentes ainda maiores da população. (SAMPAIO/PEREIRA, 2003,
em situações irregulares ou não possui meios financeiros para a compra da
p.167)
casa própria. De maneira geral, são famílias detentoras de, em média, até Segundo Sampaio (2001) o conceito de habitação envolve não apenas o três salários mínimos. fato da posse da casa própria, mas também a região a qual esta inserida. É Voltada para a população carente, esse programa é de extrema de extrema importância a existência de equipamentos os quais essa importância para que todos tenham o seu próprio lar. Em geral, as população possa desfrutar, são eles os de saúde básica, centros habitações de interesse social se encontram em bairros afastados, esportivos, centros culturais e transporte publico acessível. consequentemente, marginalizando essa população. Para o projeto, seguese uma premissa da não marginalização da população carente, o projeto do equipamento se dará em um dos bairros mais abastecidos e centrais da cidade de São Paulo.
Os Considerando-se a habitação não somente em relação às condições do imóvel em si, mas também no que se refere a seu entorno e ao que ele disponibiliza em termos equipamentos de saúde, educação e cultura,
16
Introdução
Se o mercado de trabalho relega parte da população à pobreza, o mercado
Nelas, o homem de certo modo habita e não habita, se por habitar entende-
imobiliário nega aos pobres a possibilidade de habitar no mesmo espaço
se simplesmente possuir uma residência (HEIDEGGER, 2002, p.125).s
em
que
moram
os
que
podem
pagar.
Surge
uma
demanda
economicamente inviável, mas socialmente inegável. Desta contradição se origina a habitação social. (SINGER apaud BONDUKI, 2004, p.71)
Enquanto o mercado imobiliário nega o mesmo espaço para todos, favorecendo apenas as classes média e alta, a população mais pobre segue vivendo nas periferias, distantes dos centros. A habitação de interesse social possibilita a inserção dessa população em um contexto melhor. Uma ponte, um hangar, um estágio, uma usina elétrica são construções e não habitações: a estação ferroviária, a auto-estrada, a represa, o mercado são construções e não habitações. Na auto-estrada, o motorista de caminhão está em casa, embora ali não seja a sua residência; na tecelagem, a tecelã está em casa, mesmo não sendo ali a sua habitação.
17
Introdução
03 referĂŞncias
Estudos de caso e referências
H O M E
F A R M
Arquitetos: Spark architects Local: Singapura Área: 68.000 m²
Ano: 2014
O projeto da Home Farm, é um projeto conceitual idealizado para resolver
As possibilidades de remuneração dos trabalhadores residentes da Home
problemáticas de Singapura, tais como o envelhecimento da população e a
Farm podem incluir: pagamento de salário, compensação de contas de
urbanização sufocando a área rural. O projeto em questão, foi desenvolvido
aluguel ou serviços públicos, compensação de custos de assistência
combinando lares para idosos e a agricultura urbana. O projeto foi
médica na clínica no local ou produtos gratuitos.
escolhido como referência por usar alta tecnologia em favor do equipamento, por retomar a concepção do alimento como prioridade na sociedade, por aproximar da cidade o meio ambiente, por introduzir a fazenda vertical como uma forma alternativa de produção agrícola, e, finalmente, por integrar moradia e trabalho, como por exemplo plantio, colheita, triagem, embalagem, passeios, vendas no local, entrega e limpeza.
21
Referências
25
ReferĂŞncias
Estudos de caso e referências
S U N Q I A O
U R B A N
A G R I C U L T U R A L
D I S T R I C T
Arquitetos: Sasaki Associates Local: Xangai, China Área: 100 hectares
Ano: 2017
O Sunqiao urban, é um projeto de masterplan com aproximadamente 24
O projeto foi escolhido como referência de uma fazenda vertical, por
milhões de habitantes para alimentar, juntamente com a escassez de terras
apresentar, inovações tecnológicas, ideias futuristas, por apresentar ao
agrícolas na região de Xangai. Um projeto proposto situado entre o
consumidor alimentos de extrema qualidade e sustentavel. Um masterplan
aeroporto de Xangai e o centro da cidade, com 100 hectares, que será
complexo com inúmeras atividades e não apenas a agricultura urbana, ele
introduzido em toda a área da cidade famosa por seus arranha-céus . O
cria uma interativade com o todo complexo, com seus museus, áreas de
escritório Sasaki vai além, de corresponder a falta da demanda agrícola,
educação, programa comunitário de restaurantes e mercados.
querem transformar a região, com o uso da agricultura num laboratório vivo , para fins de pesquisas, educação, interação e inovação. Entretanto o Sunqiao representa muito mais do que apenas uma produção de alimentos, o masterplan incorpora o museu de ciência, mercado, estufa interativa, mostruário hidropônico e outros.
29
Referências
33
ReferĂŞncias
34
ReferĂŞncias
35
ReferĂŞncias
Estudos de caso e referências
J A R D I M
E D I T E
Arquitetos: H+F Arquitetos, MMBB Arquitetos Local: São Paulo, Brasil Área: 25.714 m²
Ano: 2010
O projeto do Conjunto Jardim Edite, localizado em uma região valorizada da cidade de São Paulo, teve como objetivo criar habitações de interesse social e tornar-se parte integrante do panorama urbano de uma região atrativa da cidade, foi o primeiro edifício de habitação de interesse social com experiência de verticalidade e o uso de elevadores. O programa do prédio possui equipamentos públicos como creche, unidade básica de saúde e restaurante escola. O projeto serve como inspiração pela forma como foram resolvidas as plantas das unidades habitacionais, dívidas em dois tipos, o edifício lamina e edifício torre. O projeto, composto por três torres de 15 andares contendo 252 unidades habitacionais de área média de 50m², também é reconhecido por seu uso multifuncional.
37
Referências
1 BLOCO RESIDENCIAL B 2 BLOCO RESIDENCIAL A 3 RESTAURANTE-ESCOLA 850m² 4 UBS 1300m² 5 CRECHE 1400m² SALA DE ESTAR LAVANDERIA COZINHA W.C QUARTOS APARTAMENTOS CIRCULAÇÃO VERTICAL BLOCO B
BLOCO A
43
Referências
Estudos de caso e referências
B R O C K
C O M M O N S
T A L L W O O D
H O U S E
Arquitetos: Acton Ostry Architects Inc Local: Vancouver, Canadá Área: 15.115 m²
Ano: 2017
O projeto Brock Commons Tallwood House, moradia estudantil da
Contudo, a madeira foi utilizada com o principal material na estrutura, mas
University of British Columbia (UBC) é uma residência híbrida, de madeira
no interior do edifício não é perceptível. Precisaram utilizar técnicas como
maciça,
fechamentos em drywall e paineis de concreto para atender os códigos de
composta
de
18
andares,
localizado
em
Vancouver.
O
equipamento pode abrigar até 404 alunos e compreende uma mistura de
obra e segurança contra a incêndio.
unidades de quartos, estúdios, espaços de convívio e estudos, e na cobertura um lounge. A escolha desse projeto como referência é devido a sua estrutura de madeira maciça, acima de um pódio de concreto e dois núcleos rígidos de escada de concreto, e seus painéis madeira laminada cruzada (CLT). A madeira é um material sustentável e versátil que pode armazenar, ao invés de emitir o dióxido de carbono.
37
Referências
47
ReferĂŞncias
04 o local
Contextualização do local
O N D E
?
Sede de grandes empresas como Google, Facebook, Camargo Corrêa e outras líderes do setor de tecnologia, finanças, publicidade, construção, garantindo um setor forte de grandes empresas para a cidade. A população residente pertence ás classes média, média alta e alta. Administrada pela subprefeitura de pinheiros, considerada uma “zona de valor A” que faz divisa com alguns bairros como, Jardim Europa, Jardim Paulistano, Ibirapuera, Vila nova conceição e Vila olímpia. Local: São Paulo, Brasil Subprefeitura: Pinheros Bairro: Itaim Bibi
A infraestrutura do bairro é completa de serviços, áreas de lazer, centro culturais e possui os melhores bares e restaurantes da cidade, mesmo sendo um bairro
Endereço: Av. Juscelino Kubitschek, 1998 Área: 9.120 m²
com característica residencial. A sua localização é privilegiada, possui fácil acesso aos principais pontos de interesse da cidade e também é situada próxima
O projeto de edificação ficará localizado em uma das regiões mais nobres da
de importantes vias de acesso, como, Av. Juscelino Kubitschek, Brigadeiro faria
cidade de São Paulo, no Itaim, bairro altamente adensado pela elite paulistana. A
lima, Nove de julho, Cidade jardim, Santo amaro, Marginal pinheiros e das
região é provida de ótima infraestrutura, equipamentos públicos de fácil acesso e
avenidas dos bandeirantes, nações unidas, Brasil e Rebouças.
mobilidade através de transportes públicos e ciclovias.
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Contextualização do local
Contextualização do local
C O N T E X T O
H I S T Ó R I C O
O bairro do Itaim surge com o ex-governador de São Paulo e general José
dos rios, as ruas Tabapuã, Doutor Renato de Paes barros, Joaquim
Vieira Couto de Magalhães, que em 1896 compra um terreno (chácara
Floriano e João Cachoeira surgiram como um centro comercial da região,
itahy), que hoje representa o bairro do Itaim bibi e alguns dos seus
porém só em 1970 com a canalização do Córrego do Sapateiro e a
vizinhos. O general nunca ocupou o terreno e depois do seu falecimento,
concepção da Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, a valorização do
seu irmão Dr. Leopoldo Couto de Magalhães acabou se estabelecendo e
local se elevou.
vivendo com sua família e seu filho Leopoldo Couto de Magalhães Júnior – o "seu Bibi“. O terreno foi divido em 30 lotes por seu filho o “seu bibi” e
O Itaim iniciou sua verticalização com a elaboração de condomínios
negociado com comerciantes português e italianos, atraindo famílias de
residenciais direcionados ás famílias de classe média alta e alta.
operários para a região.
Consequentemente os locais de comércio do bairro adaptaram-se a demanda local e diversificaram-se através de lojas de grife, restaurantes
56
Em 1927 a companhia light iniciou suas obras no rio pinheiros, com o
renomados, bares, supermercados, casas noturnas e outros. Em meados
objetivo de inversão fluvial e aprofundamento do próprio para levar as
de 1990 a Avenida Brigadeiro Faria Lima teve uma expansão entre a
aguas do tiete a represa Billings. Contudo o desenvolvimento da região
Juscelino Kubitschek e a Avenida Cidade Jardim, no qual contou com a
começou a acelerar, canalizando os córregos e resolvendo um dos
segunda valorização do Itaim Bibi, neste caso voltado aos imóveis
problemas do local, que eram as enchentes. Entretanto com a canalização
comerciais. Surgindo assim os arranha céus, edifícios espelhados.
Contextualização do local
O parque do povo, começou em meados de 1930 com a ocupação das áreas da várzea do Rio Pinheiros para a pratica do futebol amador. A cartografia de 1930 (Figura 1) representa como era a ocupação da várzea, que o Rio Pinheiros não tinha seu curso retificado, e sim, o seu formato natural, com curvas sinuosas. Hoje a localização do parque, se mostra a Inundação do Rio pinheiros
margem oposta do rio na época.
Os clubes que jogavam na várzea do rio, permaneceram mesmo após as obras da empresa light, continuaram com o uso da área para a pratica do futebol
amador,
com
a condição
de
preservar, colaborar contra
perturbações de posse, furtos de areia e invasão do local. Assim, essas funções foram estendidas para todos os clubes participantes do futebol amador. A área do parque foi cada vez mais se consolidando como espaço de futebol de várzea, e em meados de 1990 começou o processo de tombamento, garantindo que a área fosse utilizada para prática de esportes ou lazer.
Av. Brigadeiro Faria Lima 1969
57
Contextualização do local
PARQUE DO POVO
Figura 1
58
Contextualização do local
Figura 2
59
Contextualização do local
Contextualização do local
O
T E R R E N O
O
terreno
estudado,
apresenta-se
desocupado
e
inutilizado, em uma região de grande importância para a
cidade. O terreno é delimitado pelas Avenidas Presidente Juscelino
Kubitschek, Henrique Chamma
e a
Rua
Professor Geraldo Ataliba, possuindo acesso em todas as ruas e com fluxo intenso de carros. O seu entorno imediato possui grandes edifícios, atravessando a Avenida Henrique
chamma, encontre-se outro terreno desocupado e logo depois o parque do povo. Diante desta análise, é possível tirar partido para a criação de uma edificação atrativa, convidativa e expansiva.
60
Contextualização do local
Contextualização do local Subprefeitura Pinheiros – Rendimento Nominal Mensal Domiciliar (salários mínimos)
R E G I Ã O
A região da subprefeitura de pinheiros, apresenta um dos melhores IDH do município. Apresenta um alto nível de
escolaridade, e um bom rendimento nominal mensal. A região oferece mais de 625 mil trabalhos formais, e no Fonte: IBGE Censo Demográfico
distrito do Itaim bibi são 51% desse valor, atuando de maneira significativa na geração de renda. Empregos Formais na Subprefeitura Pinheiros e Distritos
A infraestrutura da região, é uma das melhores da cidade de São Paulo, por apresentar transporte coletivo de qualidade, equipamentos de importância, como, hospital público,
clubes
de
comunidade,
bibliotecas, Sesc, teatro e muito mais.
62
Contextualização do local
assistência
social,
ÁREA DO TERRENO
ASSISTÊNCIA SOCIAL
PARQUES
CLUBES DA COMUNIDADE
FAVELAS
SEGURANÇA
CULTURA
EDUCAÇÃO PÚBLICA
BIBLIOTECA
SAÚDE PÚBLICA
MERCADO MUNICIPAL
RESTAURANTES
HIS REAL PARQUE
ESPAÇOS VAZIOS
MARCOS REFERÊNCIAIS
TERMINAL
PONTOS NODAIS
METRO
LIMITES
CPTM
ÁREA ENVOLTÓRIA DO
TERRENO PARA PROJETO
PATRIMONIO HISTÓRICO
63
Contextualização do local
O p e r a ç ã o
u r b a n a
A operação Urbana, apresenta novas diretrizes projetuais. Operação Urbana Consorciada Faria Lima
64
Contextualização do local
U s o
d o
s o l o
A analise deste mapa de uso predominante do solo, observamos o alto padrão residencial da região, e também muitos comércios. Comércio e serviço
Residencial horizontal médio/alto padrão
Residencial Comercio/ serviço
Residencial vertical médio/alto padrão
C i c l o v i a
L i n h a
....
....
Ciclovia
e
Linha de ônibus
p o n t o
d e
ô n i b u s
Ponto de ônibus
65
Contextualização do local
H i e r a r q u i a
d a s
v i a s
O entorno imediato do terreno, nos apresenta uma
hierarquia viária, nela é possível compreender a sua estrutura viária e suas relações de fluxos. Com base no mapa ao lado, pode observar a sua estrutura. A via de transito rápido (VTR), onde se encontra a Marginal Pinheiros, é uma via sem interseções de nível,
sem acesso a direto a lotes e sem passagens de pedestre diretas e possui uma velocidade máxima de 90 km/h. Este é um importante conector para acesso motorizado de maiores distancias ao terreno. O lote é rodeado por Via Arterial a, que faz ligações entre regiões, e atendem um tráfego de veículos mais pesado, logo, é geradora de altos níveis de poluição atmosférica. As vias coletoras na região, tem um papel de conectar as vias arteriais e locais.
66
Contextualização do local
.... ....
Via de Transito Rápido (VTR)
....
Via Arterial
Em Branco - Vias Locais
Via Coletora
67
Contextualização do local
Contextualização do local
L E G I S L A Ç Ã O
O terreno escolhido para o projeto da Fazenda Vertical e HIS se encontra em
Incentivos urbanísticos estabelecido pela Operação Urbana. A Lei 13.769 da
uma área de ZM, que ocorre a Operação Urbana Consorciada Faria Lima. A
Operação Urbana Consorciada Faria Lima 2004 estabelece, em seu artigo 13,
Lei 13.769 da Operação Urbana Consorciada Faria Lima 2004 estabelece, em
que:
seu artigo 5, que:
Art. 13 - Os proprietários de imóveis não desapropriados e contidos no interior do perímetro da presente operação poderão usufruir dos seguintes incentivos:
68
Art. 5º A Operação Urbana Consorciada Faria Lima tem como diretrizes
II - Para lotes com área igual ou superior a 2.000 m² (dois mil metros
urbanísticas:
quadrados), será concedido, de forma gratuita, um incentivo, em área
V - criação de condições para ampliação da oferta de habitações
de construção computável, igual a 20% (vinte por cento) da área do
multifamiliares em áreas de melhor qualidade ambiental, de forma a
lote, desde que a edificação disponha, no pavimento térreo, de áreas
possibilitar o atendimento do maior número de interessados; VIII -
destinadas à circulação e atividades de uso aberto ao público;
incentivo a usos diferenciados nas áreas contidas no perímetro da
III - para qualquer lote com área superior a 1.000 m² (mil metros
Operação Urbana, com ocupação do pavimento térreo para fins
quadrados), será concedido, de forma onerosa, o aumento do
comerciais até o máximo de 70% (setenta por cento) da área do lote;
potencial construtivo do lote, estabelecido na legislação vigente de
XI - provisão de Habitação de Interesse Social, melhoramentos e
uso e ocupação do solo, acrescido, quando for o caso, dos incentivos
reurbanização em locais definidos pelos órgãos competentes da
do inciso I deste artigo, até atingir o índice máximo de 4 (quatro)
municipalidade, destinada à população favelada residente na área da
vezes sua área, atendidas as demais exigências da legislação vigente
Operação Urbana e região do seu entorno;
e as disposições estabelecidas nesta lei;
Contextualização do local
IV - Para lotes com área superior a 1.000 m² (mil metros quadrados),
III - as edificações nos lotes do Setor Faria Lima devem obedecer ao
além do benefício constante do inciso III deste artigo, e desde que
seguinte:
atendidas suas exigências, serão concedidos, de forma onerosa, mais
a) recuo de frente de 10,00 metros para os lotes lindeiros de frente
os seguintes incentivos:
para a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, exceto para o
a) Aumento da taxa de ocupação para uso residencial, comercial e de
subsolo cujo recuo de frente deverá ser aquele previsto em lei
serviços, até o limite de 70% (setenta por cento) da área do lote,
ordinária vigente na data do protocolamento da proposta;
conforme coluna C da Tabela de Conversão constante do artigo 8º Tabela com diretrizes urbanísticas da Operação Urbana Consorciada Faria
desta lei; Lima: Lei especifica para a área do projeto. A Lei 13.769 da Operação Urbana
C.A
4
Consorciada Faria Lima 2004 estabelece, em seu artigo 14, que:
T.O
0,70
GABARITO
N/D
protocolamento da proposta de participação na Operação Urbana
ZONEAMENTO
ZM
Consorciada Faria Lima, ficam estabelecidas, para os imóveis
RECUO LATERAL
3m
RECUO RONTAL
5m
TAXA DE PERMEABILIDADE
0,25
Art. 14 Além das disposições gerais da legislação vigente na data do
contidos no interior do perímetro desta operação que vierem a utilizar os incentivos desta lei, as seguintes disposições específicas: (Redação dada pela Lei nº 13871/2004)
69
Contextualização do local
Contextualização do local
O P E R A Ç Ã O
U R B A N A
C O N S O R C I A D A
F A R I A
L I M A
A OUCFL tem como objetivo a melhoria da acessibilidade viária e de pedestres,
Objetivos :
a reorganização dos fluxos de tráfego, priorizando o transporte coletivo, bem
• Atender a demanda por equipamentos e serviços
como a criação e qualificação ambiental de espaços públicos e o atendimento
públicos sociais, especialmente de saúde e de assistência
habitacional às comunidades que vivem em ocupações irregulares localizadas
social;
em seu perímetro ou no entorno imediato.
• Promover ações indutoras do desenvolvimento econômico local, especialmente pela geração de empregos e pelo estímulo ao comércio e serviços locais;
• Qualificar os espaços livres públicos, especialmente os vinculados ao comércio e os vinculados às centralidades; • Melhorar a acessibilidade e mobilidade local, regional e de acordo com o Plano de Mobilidade de São Paulo PLANMOB; • Promover o atendimento habitacional e a regularização fundiária de acordo com as diretrizes do Plano Municipal de Habitação - PMH;
70
Contextualização do local
Contextualização do local
E S T U D O
D O
F L U X O
E
I N S O L A Ç Ã O
O terreno é cercado por vias arteriais, são elas a Av. pres. Juscelino Kubitschek, Henrique Chamma e Rua Prof. Geraldo e essas são importantes para o tráfego de passagem e chegada ao terreno, com um alto fluxo de carros. Com o estudo da orientação solar, foi possível planejar considerações para as aberturas e fechamentos das futuras fachadas. A fachada norte, a qual possui a maior incidência solar durante o dia, deverá receber proteção contra incidência solar, e com planejamento de produzir biomassa e diminuir a poluição da cidade. O mesmo vale para a fachada oeste, onde se encontra também a avenida com maior fluxo de carros. Fachada sul, deverá receber aberturas, garantindo a ventilação cruzada, e leste também.
72
Contextualização do local
12h
10h
15h
7h
73
Contextualização do local
05 o projeto
O projeto
O B J E T I V O
76
O projeto busca contribuir para a solução de problemas importantes da
Os mesmos serão responsáveis pelo cultivo e venda dos produtos nos
cidade de SP, principalmente carência de habitação, insegurança alimentar
mercados, que por sua vez oferecera ao público os alimentos cultivados na
e
necessidades
Fazenda Vertical. O equipamento multifuncional usufruirá de um sistema
contemporâneas da sociedade, neutralizando o máximo possível de
autossuficiente. Por meio desse, será possível conceder a cidade de São
carbono como forma de mitigação ao aquecimento global e aos efeitos de
Paulo um respiro urbano.
mudanças climáticas.
Pode-se destacar dentre os diversos conceitos e estratégias utilizadas para
O objetivo do projeto é desenvolver um edifício multifuncional composto por
a criação do projeto a presença do viés ecológico, com o intuito de
três conceitos: uma Fazenda Vertical, habitações de interesse social e um
incentivar os moradores e demais frequentadores do edifício a adotarem
mercado público.
um estilo de vida saudável, focado em ações sustentáveis, sejam elas pela
A Fazenda Vertical funcionará como o principal pilar do edifício híbrido.
redução de gases nocivos ao ambiente, produção de energia por meio de
Nela serão cultivados alimentos seguindo o sistema hidropônico,
fontes renováveis ou baixo consumo energético, sem destituir do edifício
produzidos de maneira segura, sem uso de agrotóxicos, priorizando o não
seu design e eficiência.
desperdiço de alimentos, água e energia, evitando o desmatamento para
A madeira laminada colada cruzada (CLT) consiste na sobreposição de
novas terras agrícolas. Através da Fazenda Vertical, será proporcionada
camadas de lâminas de madeira maciça coladas em sentidos opostos e
aos moradores das Habitações Sociais propostas no projeto, oportunidades
alternados, são compostos por número ímpar de camadas (3, 5 ou 7).
de trabalho.
Essas camadas durante seu processo de colagem, são submetidas a um-
poluição
atmosférica,
Contextualização do local
e
também
responder
às
A grande pressão, gerando um produto final leve, de dimensionamento
módulos são revestidos com um dióxido de titânio superfino (TiO2), uma
estável, com uma elevada capacidade de suporte de carga, permitindo sua
tecnologia de combate à poluição que é ativada pela luz do dia ambiente.
utilização em diversos elementos construtivos, tais como paredes, lajes e
Empregando uma configuração única dessa tecnologia, as telhas
coberturas.
neutralizam os poluentes do ar quando localizadas perto do tráfego ou em
Para o projeto em questão, a escolha da matéria prima proveniente de uma
condições densamente poluídas.
matriz regenerativa florestal aflora e reforça aos moradores das HIS
Os módulos são um ornamento modular funcional, mas altamente
(habitação de interesse social) a diretriz renovável e sustentável utilizada
decorativo, alcançando uma sinergia entre a forma de design e a tecnologia
para construção das moradias. Além disso, é notável a eficiência de
molecular. Inspirado por fractais na natureza, as formas onduladas
estruturas de madeira no sequestro gás carbônico da atmosfera em regiões
maximizam a área de superfície do revestimento ativo para difundir a luz,
de alta emissão de poluentes, contribuindo significativamente para a
turbulência do ar e poluição.
purificação do ar na região. Por fim, deve-se citar que ao utilizar madeira na construção de HIS, é fornecido o subsídio de crédito de carbono.
Diante disso, evidencia-se que os elementos arquitetônicos selecionados contribuem para a consolidação do conceito de edifício carbono negativo. O
A escolha de revestimento da fachada segue o mesmo caminho, para tal foi
termo se refere a edifícios projetados com o intuito de minimizar os efeitos
utilizado o prosolve370e, que consiste em um módulo arquitetônico
negativos que a construção e operação causa ao meio ambiente, ou seja,
decorativo que pode efetivamente reduzir a poluição do ar em cidades
edifícios capazes de no mínimo produzirem energia em quantidade igual à
quando instalado perto de vias de tráfego ou em fachadas de edifícios. Os
que consomem, tornando-se assim autossuficientes.
77
Contextualização do local
Evolução do partido
78
Após ampla pesquisa de referências, e da analise do local e aos conceitos,
Com o propósito de proporcionar a continuidade da praça central no nosso
começou o desenvolvimentos das ideias e vontades, adequada para o
lote e a nossa preocupação com serviços ecossistêmicos, foi desenvolvida
local.
uma cobertura rampada, com teto verde para atingir e superar a quota
A elaboração de um edifício verticalizado, unindo a habitação de interesse
ambiental definida. Com a escavação do subsolo, reutilizaremos parte
social com a fazenda vertical, tem como intuito fornecer utilidade de
dessa terra para a cobertura, que será sustentada por laje nervurada e
maneira eficiente para o lote. Os principais pilares levados em
pilares em “V” de concreto, garantindo a estrutura e uma fachada
consideração para a elaboração do projeto foram o parque do povo, a
diferenciada.
região verticalizada e a insolação do local. A primeira etapa constituiu a
A distribuição do programa de necessidades, foi essencial para definirmos
introdução de três blocos, o primeiro verticalizado para a face norte, o
o fluxo interno do edifício, devido a necessidade de um fluxo organizado,
segundo bloco em frente com apenas 2 pavimentos, e o terceiro bloco
por conta da fazenda vertical. O térreo aberto ao público com mercado,
interligando os dois, formando assim um único edifício em “U”. Em seguida,
área de exposição e auditório. Subsolo para estacionamento do mercado e
elaborou-se a praça central do projeto, com o objetivo de entregar e
auditório, com apoio de serviços. Do 1º pavimento ao 6º, encontra-se áreas
qualificar aquele espaço urbano para a cidade. Com projeto de expansão
de educação, pesquisas, serviços e apoio, produção da fazenda vertical,
da praça até o parque do povo, elevando assim uma parte da Avenida
restaurantes e lazer. A partir do 7º pavimentpavimento torna-se pavimento
Henrique Chamma, com o mesmo desenho de piso da praça.
tipo com a produção da fazenda, e as unidade de habitação. N
Contextualização do local
P A R T I D O Principais diretrizes de projeto Nos três últimos pavimentos do edifício, encontra-se restaurantes e um -
Respeitar o gabarito do entorno;
-
Espaço de caráter publico e democrático;
Para a concepção estrutural do edifício, foi projetado com concreto armado.
-
Conexão com o parque do povo;
Para o maior prédio, foram criadas duas caixas de circulação vertical de
-
Aproveitar a insolação do edifício;
concreto. Além disso, o desenvolvimento da Habitação de Interesse Social,
-
Uso da madeira como método construtivo sustentável;
que têm início a partir do sétimo pavimento, foi projetado com a estrutura de
-
Ter áreas de lazer, descanso e descontração, gerando um espaço
rooftop, com uma bela visão da cidade de São Paulo.
Madeira Laminada Colada Cruzada. Desse modo, a utilização da madeira
publico qualificado para a cidade;
possibilita a venda de credito de carbono para subsidiar o edifico, além de
-
Fluxos internos e convidativos dentro da quadra;
ser uma fonte renovável e sustentável.
-
Preocupação com serviços ecossistêmicos;
-
Fachadas inteligentes;
Nas fachadas o edifício ganhou forma através da utilização de brises, cobogós e também o prosolve 370e e aquário de algas, ambos com viés sustentável, porém com atuações distintas. O primeiro reduz a poluição do ar, já o segundo produz biomassa. Diminuindo assim os impactos ambientais e desenhando a nova paisagem urbana do local.
79
Contextualização do local
O projeto
D i a g r a m a s c o n c e i t u a i s
1.
Iniciou-se com dois blocos, com a fachada
2.
voltada para o norte, assim garantindo a
Um único edifício em formato de “U”, garantindo uma praça central.
insolação total da fachada.
3.
Distribuição do programa de necessidades, escalonamento
do
edifício
conseguindo atravessar o lote.
80
Contextualização do local
e
pilotis,
4.
Concepção da cobertura rampada, apoiada nos pilares em “V”, e desenvolvimento da praça.
5.
Implantação do edifício na sua forma final, com a continuidade da praça, elevando uma parte da avenida Henrique Chamma.
81
Contextualização do local
O projeto
P R O G R A M A
D E
N E C E S S I D A D E S
METRAGEM (m²)
ESPAÇO HALL
478,00 m²
CIRCULAÇÃO VERTICAL
EXPOSIÇÃO
630,00 m²
RESTAURANTE
2.379,00 m²
BICILETÁRIO
257,00 m²
EDUCAÇÃO
1.039,00 m²
ESTACIONAMENTO
3.869,00 m²
AUDITÓRIO
1.130,00 m²
CAFÉ
391,00 m²
LAZER
1.355m²
HABITAÇÃO
7.847,00 m²
MERCADO
2.095,00 m²
PRODUÇÃO DA FAZENDA
8.940,00 m²
SERVIÇOS E APOIO
9.605,00 m²
TOTAL m²
82
O projeto
=
36.146 m²
O projeto
Á R E A S
Depósito de lixo Vestiário masc. Subtotal Vestiário fem.
Depósito de algas
70,5 440 123 44 48,5 48,5 39
Casa de máquinas
34
Reservatório inferior
85
Carga e descarga
230
Bicicletário
257
Estacionamento
Auditório Hall Circulação vertical Foyer Área de exposição Subtotal Mercado.
AMBIENTES Banheiro
3.120
4.643
Café Hall Circulação vertical
97,7 622,3 26 153 202 630 1.625 273
AMBIENTES
m2 90 328 26 173
Cozinha
61,5
Descompressão
203
Salas
515
Laboratórios Copa Guarda volumes
217 48 44,5
Administração Controle fazenda Subtotal Restaurantes
175 195 850
Circulação
TOTAL
m2
3.629
TOTAL
71,5
Subtotal
TOTAL
Banheiro
Área de vendas HIS
1ºpav.
Jardim interno
AMBIENTES
2ºpav.
32
339 3.265
m2
Banheiro Circulação vertical
50 92 26 40
Hall Área de descontaminação
338
Empacotamento Controle de qualidade Subtotal Limpeza das hortaliças
332 310
Berçario
290
Armazenamento de insumos
253 369
Circulação
2.100
TOTAL
3 º p a v .
m2
Banheiro
AMBIENTES
m2
Banheiro
50 26
Hall
92
Circulação vertical
1.187
Área de lazer
1.355
TOTAL
4 º p a v .
AMBIENTES Camarim Hall Circulação vertical
SUBSOLO
D E
TÉRREO
Q U A D R O
16,5
Hall
92
Circulação vertical
40
Área de descontaminação Subtotal Área de apoio técnico
40
Produção de hortaliças
906,5
1.095
TOTAL
83
Contextualização do local
O projeto
92
Área de descontaminação
40
Área de apoio técnico
37
Produção de hortaliças
760,5
946 AMBIENTES
m2
Hall
16,5
Circulação vertical
92
Área de descontaminação
40
Empacotamento
202
Tratamento das algas
152
Área compostagem de resíduos
TOTAL Subtotal
443,5
946
AMBIENTES
m2
Circulação
90
Circulação vertical
92
Área de descontaminação
40
Área de apoio técnico
60
Produção de hortaliças
379
Área técnica algas
36
Unidade A
56
Unidade B
62
Unidade C
65
1.110
TOTAL AMBIENTES Circulação vertical Restaurante
m2 92 350
Cozinha
69
Banheiros
18,5
490
O projeto
Circulação vertical Restaurante
m2 52,2 350
Cozinha
69
Banheiros
18,5
490 AMBIENTES Circulação vertical Restaurante Cozinha Banheiros Rooftop
m2 52,5 190 37 15 195,5
490
TOTAL
TOTAL
84
AMBIENTES
TOTAL
2 9 º p a v
TOTAL Subtotal
2 7 º p a v .
Circulação vertical
TOTAL
6 º p a v .
m2 16,5
2 8 º p a v .
Hall
.
5 º p a v .
AMBIENTES
Á R E A S
7 º p a v .
D E
2 6 º p a v .
Q U A D R O
AMBIENTES
m2
Área técnica
150
Reservatório superior
100
Subtotal
250
O projeto
T A B E L A S
C A P T U R A
D E
C O 2
Para a concepção do edifício estima-se a produção de 6.471,5t CO2.
OPERAÇÃO URBANA
UTILIZADO Apesar disso, com a utilização da Madeira (CLT), na elaboração da HIS, a
C.A
4 = 36.480m²
T.O
0,70 = 6.384m²
GABARITO
3,96 = 36.146m²
0,48 = 4.372m²
N/D
estimativa de redução de carbono na atmosfera, é aproximadamente 923 toneladas de carbono capturado, ou seja, a recuperação de 15%.
105 m
MADEIRA (CLT) UTILIZADO
CO2 ARMAZENADO
10.260m²
923,4 ton
HABITAÇÕES
TOTAL (m2)
TIPO
m²
QNTD. (uni)
A
56,00
76
4.256,00
B
62,00
38
2.356,00
C
65,00
19
1.235,00
19 pavimentos de HIS
7.847,00 m²
85
Contextualização do local
Imagem fachada norte
86
O projeto
Imagem rampa
87
O projeto
Imagem vista do pedestre
88
O projeto
Imagem praรงa
89
O projeto
Imagem fachada leste
90
O projeto
Imagem fachada sul
91
O projeto
Imagem รกrea de lazer cobertura HIS
92
O projeto
Imagem rooftop
93
O projeto
Imagem produção da fazenda
94
O projeto
Imagem interna da HIS
95
O projeto
O projeto
D E S E N H O S
-
PLANTAS
-
CORTES
T É C N I C O S
97
O projeto
B
C
C DET. 1
A
A
B
IMPLANTAÇÃO TÉRREO esc. 1:700 0m
2,5m
98
5m
O projeto
10m
37
Contextualização do local
Fluxo de veĂculos Fluxo de pedestre Acessos principais Acesso subsolo
DET. 1
99
O projeto
SUBSOLO esc. 1:450 0m
100
2,5m
5m
O projeto
10m
101
O projeto
1ยบ PAVIMENTO esc. 1:450 0m
102
2,5m
5m
O projeto
10m
103
O projeto
2ยบ PAVIMENTO esc. 1:450 0m
104
2,5m
5m
O projeto
10m
105
O projeto
3ยบ PAVIMENTO esc. 1:450 0m
106
2,5m
5m
O projeto
10m
107
O projeto
4ยบ PAVIMENTO esc. 1:450 0m
108
2,5m
5m
O projeto
10m
109
O projeto
5ยบ PAVIMENTO esc. 1:450 0m
110
2,5m
5m
O projeto
10m
111
O projeto
6ยบ PAVIMENTO esc. 1:450 0m
112
2,5m
5m
O projeto
10m
113
O projeto
7ยบ PAVIMENTO TIPO esc. 1:450 0m
114
2,5m
5m
O projeto
10m
115
O projeto
26 E 27ยบ PAVIMENTO esc. 1:450 0m
116
2,5m
5m
O projeto
10m
117
O projeto
28ยบ PAVIMENTO esc. 1:450 0m
118
2,5m
5m
O projeto
10m
119
O projeto
CORTE AA esc. 1:600 0m
2,5m
16 120
5m
O projeto projeto O
10m
CORTE BB esc. 1:550 0m 0m
2,5m
5m
10m
121
O projeto
CORTE CC esc. 1:550 0m 0m
2,5m
122
5m
O projeto
10m
Elevação Frontal esc. 1:2000
Elevação Lateral esc. 1:2000 0m
25m
50m
100m
123
O projeto
06 detalhes
Detalhes
A m p l i a ç õ e s
UNIDADE TIPO A
126
O projeto
d a s
56m²
u n i d a d e s
d a
H I S
esc. 1:100
UNIDADE TIPO B
62m² esc. 1:100
127
detalhes
UNIDADE TIPO C
128
O projeto
65m²
esc. 1:100
Detalhes
C o r t e s
d e t a l h a d o s
Corte
ampliado
ESC. 1:60 0m
130
O projeto
0,25m
0,50m
térreo
Corte
ampliado
ESC. 1:60 1m
0m
0,25m
0,50m
1m
área
de
produção
Corte
ampliado
HIS
ESC. 1:60 0m
0,25m
0,50m
1m
131
detalhes
Detalhes
S i s t e m a
e s t r u t u r a l
O sistema estrutural utilizado no projeto, inicia-se com concreto armado nos
Deverá haver um plano de manutenção do sistema construtivo, para os
seis primeiros pavimentos, utilizando a laje nervurada e pilares. O mesmo
casos de problemas com cupins ou outros organismos xilófagos. Como por
acontece para a cobertura, formada por pilares em “V” de concreto e laje
exemplo, caso alguma das paredes necessite de substituição, será
nervurada.
realizada com auxílio de um andaime. Caso não seja possível realizar a
A partir do 7º pavimento, a parte da HIS foi elabora com o sistema
substituição, existem outras possibilidades, como tratar o cupim na peça e
estrutural de Madeira Laminada Colada Cruzada (CLT), e na parte da
preencher os vãos com rezinas, até mesmo cortar a madeira por partes e
produção da fazenda, continua com concreto (laje nervurada e pilares),
substitui-las aos poucos.
seguindo os andares inferiores. Para a construção com a madeira, deve-se tomar alguns cuidados e
A madeira apresenta boas condições e comportamentos favoráveis, a
planejamentos durante seu uso, como evitar o cupim por exemplo. Um dos
resistência ao fogo, com funções de estabilidade e rigidez, criam um
métodos mais eficazes, são as barreiras químicas, que consiste em fazer
sistema de resistência a carga lateral eficaz, também oferecem um bom
furos de 30 a 50 cm no terreno onde serão injetados os cupinicidas, antes
comportamento dúctil e dissipação de energia, aguentando 120 minutos ao
da construção. Outras considerações são, ter uma obra limpa, sem deixar
fogo intenso, sem comprometer a estrutura. Além disso, por ser um
resíduos, madeiras jogadas e também outras formas de evitar o cupim,
elemento com bastante massa, existe uma barreira ao oxigênio, impedindo
como o tratamento da madeira, uso de produtos químicos líquidos e
a continuidade da combustão.
polvilhamento.
132
O projeto
B a r r e i r a
q u Ă m i c a
E s t r u t u r a
c o b e r t u r a
133
detalhes
S i s t e m a
134
e s t r u t u r a l
Tipo de madeira: Madeira de Pinus Taeda seca em estufa, com 12% +/- 2%
Tamanhos: Os painéis podem ser de 03, 05 ou 07 camadas (lamelas),
de umidade.
variando de 57mm à 250mm.
1. Sistema completo. (CLT e Concreto) O projeto
2. Concreto com 2 núcleos verticais.
3. CLT na HIS.
C o n e x Ăľ e s
d a
m a d e i r a
Fonte: crosslam
Fonte: crosslam
Fonte: crosslam
Fonte: crosslam
135
detalhes
Detalhes
C o r t e
136
O projeto
3 d
d e t a l h a d o
Prosolve370e
S o l u ç õ e s
u t i l i z a d a s
n o
p r o j e t o
Madeira Laminada Colada Cruzada (CLT)
Aquário de algas
Paineis de aço Hunter Douglas
137
detalhes
Detalhes
F l u x o
d a
B i o m a s s a
Os aquários de algas, instalados nas varandas das
unidades
habitacionais,
produzem
biomassa. As algas são direcionados a uma tubulação
central
pavimento, que compostagem
se de
e
guiados encontra resíduos,
ao a
sexto
área
de
tratamento,
armazenamento e empacotamento das algas.
138
O projeto
M o b i l i á r i o
u r b a n o
O objetivo principal para a praça central do projeto, é atuar como um espaço público possível de uso a todos, além de ser um espaço urbano qualificado para a cidade. A criação desse mobiliário, surgiu pela necessidade de aberturas zenitais para o subsolo, garantindo iluminação e ventilação. O mobiliário proposto, é um banco composto por abertura zenital e iluminação direta para a praça. A praça central, com o objetivo de ser convidativa e proporcionar uma experiência tranquila e calma, no meio da cidade de São Paulo.
139
detalhes
07 bibliografia
Bibliografia
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DZIURA,
Giselle.
Permeabilidade
espacial
e
zelo
urbanístico
no
projeto
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