Exposição de Fotografia Francisco Silva_APAarte

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AgĂŞncia Portuguesa do Ambiente e Projeto APArte apresentam

Porque olhas o Mundo Fotografias de Francisco Silva EdifĂ­cio-sede da APA | 21 de julho a 25 de agosto 2014

F


EXPOSIÇÃO As imagens que compõem esta exposição são uma pequena seleção de momentos significantes, de realidades olhadas, congeladas e trabalhadas pela sensibilidade agridoce do fotógrafo, cujo processo fotográfico anda de mão dada com a escrita: por vezes a foto sugere um texto, outras é o texto que sugere a foto. Ambos movidos pelo sentimento, pelo estado de espírito, pela vivência.

AUTOR Francisco

Silva é técnico superior do quadro da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) . Fotógrafo amador, é licenciado em Geologia Aplicada e do Ambiente pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Desde cedo com fascínio pelo mundo dos gadgets e em especial pelos equipamentos fotográficos e de vídeo, foram várias as máquinas que foi experimentando como jovem curioso, rapidamente se transformando no fotógrafo dos encontros familiares. Com a chegada da fotografia digital, o gosto pela fotografia e sua edição tornaram-se uma paixão que se enraizou no modo de vida: seja com uma das suas máquinas dedicadas ou com telemóvel equipado de boa resolução fotográfica, é impensável passar sem equipamento adequado. Sem qualquer formação específica, começou a divulgar as suas fotografias via internet, em sites e blogues dedicados (Olhares, Flickr, 500px) e em redes sociais (Fotolog, Facebook, Instagram), recolhendo a aprovação e simpatia dos visitantes

Contacto: francisco.silva@apambiente.pt


FOTOGRAFIAS

1. Realidade filtrada

2. Sombra sagrada

3. Recortes no céu

4. Amor ao pôr-do-sol

5. Mais um outono

6. Relativiza a beleza

7. Perdido, em vôo

8. Toca, o brilho

9. Conquistador

10. A Vida está em nós

11. Um, dois, três...magia!

12. Às cores

13. Palete de emoções

14. Giro, que gira o sol!

15. Dead windows

16. E no fim, restos de tudo!

17. Esperando (demasiado)

18. Um simples momento

19. Há lugares encantados

20. Em luta por mim


Realidade filtrada

Quando constr贸is uma mentira, dificilmente ela aguentar谩 o peso do futuro...



Sombra sagrada Não esquecer: projetamos mais do que uma sombra porque somos iluminados por diferentes tipos de luz‌



Recortes no céu

…que assustam as nuvens que teimam em preencher de algodão doce, efémero, os vazios que se deveriam preencher com sorrisos feitos de espessa segurança… e os cinzentos que reinam, polvilhados por flashes de visitas a reinos e mundos longínquos, inexistentes, mas capazes de fornecer matéria prima dúbia, sem se saber se nos alimenta ou destrói enquanto nos embala num abraço aconchegante. porque somos iluminados por diferentes tipos de luz…



Amor ao pôr do sol

Na intersecção de dois conjuntos fechados, o mundo criado e partilhado alarga-se, procurando conquistar o seu espaço, querendo dos dois conjuntos fazer um só…



Mais um outono Neste teatro de ilusões dançam dormentes as dores. Num palco pleno de emoções caem por terra os amores. Uma, duas, três (folhas a cair...) e chegou apenas mais um outono.



Relativiza a beleza A velha questão entre o que é belo e o que não o é ou o que não era e passou a ser ou vice-versa ou o contrário disso ou ainda o inverso - o avesso por fora e por dentro tão relativo quanto a própria relatividade, verdade?



Perdido, em voo E eu, vagueando no mundo... um mundo que não sei se é meu, onde as respostas me fogem, escapam, fintam e acabam refugiadas em ti e no teu ser… fechado.



Toca o brilho ding-dong toca o brilho em nós ding-dong absoluta e completamente mágico brilho que nos faz descobrir (onde?) outros nós (em nós?) e imaginar-reinventar-redefinir-redesenhar novos traços de mundos nunca antes achados/ esquecidos por nunca terem sido pensados sentidos ou sofridos ding-dong (ouço-me) ding-dong. Escuta-te.



Conquistador Às vezes, entra-se num mundo onde as nuvens são algodão doce, onde as cores fazem páginas de vidas inventadas. Onde os prédios são peças de lego e há carros, aviões, naves e bases lunares… as pessoas têm super-poderes e podemos trocar cabeças, e braços e pernas e… Às vezes, é tão fácil ser feliz.



A vida está em nós Pena que não chegue tão longe ao ponto de fotografar a imaginação… …mas ainda espero ter alcance para captar a plena emoção.



1,2,3…magia! Por vezes, uma pequena/ grande combinação de fatores - mais ou menos aleatórios - ocorre, ainda que relativamente frágil, pouco visível ou aparentemente sem importância. Mas é vida. E não vais conseguir criar nada mais mágico que isso.



Às cores Palavras que em tempos gastei agora vazias de tudo. Olhares que outrora olhei arrumam-se lá bem ao fundo. Na música que toca por nós longe de outros ouvidos, nas flores que erguem a voz clamando versos contidos. Ao sol que é teu amigo, derretendo a neve mais fria. Às cores que trazes contigo.



Palete de emoçþes Se pudesse misturar as cores (pintar-te ao calor do sol) Se pudesse nunca sonhar a cores (viver-te a preto e branco) ‌e pintar-te da cor das flores.



Giro, que gira o sol! A natureza aceita-se. Aceita-nos. N처s, como parte dela, n찾o a aceitamos...n찾o nos aceitamos...



Dead Windows Podia sempre esperar que algo acontecesse: que um vidro se partisse que uma telha cedesse para o vazio podia até aguentar a ruína mas não podia deixar que a cor fugisse dos meus olhos.



E no fim? Restos de tudo… E no fim? No fim tudo são restos de gestos que se apagam até desaparecer. Duras mais nas memórias de alguém, um pouco mais, mas apenas até seres esquecido, um dia… se não fores significante para ti, agora desperdiçaste o teu começo.



Esperando… (demasiado, talvez…) Se pensarmos um pouco, veremos que falta algo relacionado com isto, com aquilo, com a pessoa, com a situação… claro que muitas vezes o melhor é não pensar para além daquilo que em cada momento nos parece preencher. Ou direcionar o pensamento para aí mas, inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde acabamos sentados, imóveis (e tudo a acontecer à volta e um vazio por preencher, às vezes indefinido) a sentir que nos falta alguma coisa.



Um simples momento Deixemos que a relatividade da altura nos brinde com uma pincelada frenética de medo apenas causado por uma sensação que nada mais tem do que ser instantaneamente desconhecida ao nosso corpo e mente: um simples e único momento! Quero ver usando os outros 4 sentidos.



Há lugares encantados Há um lugar encantado dentro de ti ou de mim, há um lugar encantado onde me quedo fechado. Passando os campos de flores árvores florestas subindo a montanha com raras giestas no pico mais alto respiro o ar puro e atiro-me em frente rolando o chão duro feliz paro exausto sacudo o pó, levanto os olhos e percebo-me só. E à minha frente aquele caminho por entre as cores que esculpi sozinho.



Em luta por mim Lutam monstros e fantasmas e seres da escuridão, lutam o sol e a chuva e o mundo como um pião. Lutam anjos sorridentes, bruxas de cabelos de ouro lutam com armas de amor como se eu fosse um tesouro. (dança a dor que se move ca dentro dançamos nós, a viver o momento)



Informações: APA | Departamento de Comunicação e Cidadania Ambiental Divisão de Comunicação e Relações Públicas rp@apambiente.pt


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