REDE MUNICIPAL - JORNAL MURAL - MARÇO 2013
AGORA É A HORA DE FAZER VALER A DECISÃO DA CATEGORIA
NÃO, AO ALFA E BETO!
A
decisão da categoria em assembleia precisa ser concretizada! Para tanto, no momento em que a discussão estiver em pauta nas escolas, atendendo ao que prevê o art.4º do Decreto nº 23.810/2013, todos precisam ser firmes e referendar o que já foi definido. É motivo de satisfação, fruto da nossa luta, o fato do executivo municipal ter recuado ao sair da imposição, da obrigação em adotar o Programa Alfa e Beto para a desobrigação, a opcionalidade, a escolha por parte da escola em adotar o programa da sua preferência. Não há dúvidas entre nós que o conceito de autonomia que defendemos não tem a mesma textura do conceito deles. Ou seja, a “autonomia” para eles é extremamente limitada e em muitos casos inexistente, já que não oferecem as condições necessárias para que seja exercida plenamente. Nós pensamos diferente! Mas, qual é a autonomia da escola que defendemos? Objetivamente, a escola quando exerce a sua autonomia plena passa a elaborar, executar e avaliar, validando o seu PPP, agregando todos os segmentos da comunidade escolar e local, para que todos se tornem corresponsáveis pelo processo ensino e aprendizagem. Ou seja, todos passam a construir a identidade da escola e, assim, a qualidade do ensino tende a melhorar. Continuaremos defendendo e levantando a bandeira da autonomia, de fato, na escola! Por isso, companheiros, mais do que nunca é preciso que todos discutam com os pais, envolvam seus alunos e expliquem o por-
quê da nossa decisão de rejeição ao Alfa e Beto. Torne-os seus parceiros agora e durante todo o processo de aprendizagem dos seus alunos.
cionalista que apresenta limitações no fazer pedagógico, transformando o professor num mero executor de atividades previamente estabelecidas;
ARGUMENTOS PARA AJUDAR NAS DISCUSSÕES, FRUTO DOS ESTUDOS REALIZADOS PELOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO NAS DIVERSAS ESCOLAS:
4. Homogeneíza o processo de ensino e aprendizagem, sem oferecer ao professor o direito de escolhas que possam suprir as necessidades de aprendizagem dos alunos;
1. A proposta pedagógica do IAB vai de encontro às diretrizes municipais que vêm sendo construídas pelos educadores há alguns anos, que por sua vez, estão em consonância com a LDB 9394/96, com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), e do Conselho Municipal de Educação;
5. Apresenta um quadro de horário e áreas de conhecimento engessadas e findadas em si mesma;
2. O Programa Alfa e Beto contraria o PPP e o Pacto Pela Educação adotado nas escolas desde o ano passado sem nenhum custo para a SMED;
7. Contem textos que violam a laicidade da escola pública e assumem uma perspectiva preconceituosa, com estereótipos racista e sexista, diante das diversidades, tratando diferenças e modos de vida de grupos distintos, de forma desrespeitosa;
3. Traz também uma grade curricular tradi-
6. Não respeita a subjetividade, os prévios saberes que os educandos trazem esfacelando a sua criatividade e criticidade;
8. A compreensão do alfabeto como um código e a centralidade da decodificação no processo de aprendizado onde a associação fonema-grafema é memorizada a partir do princípio da repetição; 9. Atividades que isolam o par fonema/ grafema de diversas maneiras, obedecendo a uma ordem rígida de apresentação, lançando-se mão inclusive de pseudotextos preparados especificamente para fins de decodificação e memorização; 10. Desconsidera a capacidade dos profissionais da educação quando não houve uma previa consulta para avaliarem se o Programa correspondia ou não às necessidades dos alunos da rede; 11. Contestamos a forma, ainda mal explicada, como o programa foi adquirido através do Instituto Alfa e Beto com um custo altíssimo – mais de 12 milhões -, sem licitação.
REAFIRMAMOS QUE:
A escola que queremos prevê que todos os educadores estejam inseridos nos processos decisórios porque nos sentimos equipe; A escola que queremos nos torna corresponsáveis, autores e atores na construção cotidiana da nossa história como indivíduos e como grupo de trabalho; A escola que queremos requer diálogo e não imposições, indivíduos cooperativos e não competitivos; À escola cabe formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem; prepará-los para participar da vida econômica, social e política do país, tornando-os aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igual. Essa é a função básica da escola!
Foto: Walmir Cirne
FORÇA E UNIDADE, SEMPRE!
acesse: www.aplbsindicato.org.br
aplbsind@gmail.com