Din창mica de Grupo Olga Rebord찾o Oliveira
U. F. Dinâmica de Grupo
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INDICE A. Definição de objectivos • •
Objectivos gerais da Unidade de Formação Objectivos específicos da Unidade de Formação
B. Introdução C. A dinâmica de grupo • • • • • • • • • • •
Definir o grupo Caracterizar as relações interpessoais no grupo e o espírito que nele se desenvolve Avaliar o número ideal de membros de um grupo de trabalho Avaliar a importância da coesão do grupo Enumerar as vantagens e as desvantagens do grupo Caracterizar o grupo eficaz e eficiente Identificar os comportamentos de um bom participante no grupo Identificar as barreiras que impedem a comunicação no grupo Avaliar a importância da comunicação no grupo Identificar e caracterizar os vários comportamentos negativos do indivíduo, quando inserido no grupo Caracterizar o grupo produtivo e maturo
D. Conclusão E. Bibliografia F. Actividades de dinâmica de grupo
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A. DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS
Objectivos Gerais da U.F. • • • •
Compreender e avaliar a importância do grupo na dinâmica de relações interpessoais; Avaliar a importância do grupo para o crescimento e o equilíbrio individual nos planos socio-afectivo e intelectual; Reflectir sobre o tipo de participação que o caracteriza, como membro do grupo; Melhorar a sua participação grupal.
Objectivos Específicos da U. F. • • • • • • • • • • •
Definir o grupo; Caracterizar as relações interpessoais no grupo e o espírito que nele se desenvolve; Avaliar o número ideal de membros de um grupo de trabalho; Avaliar a importância da coesão de grupo; Enumerar as vantagens e as desvantagens que o grupo apresenta; Caracterizar o grupo eficaz e eficiente; Identificar os comportamentos de um bom participante no grupo; Identificar as barreiras que impedem a comunicação no grupo; Avaliar a importância da comunicação no grupo; Identificar e caracterizar os vários comportamentos negativos do indivíduo, quando inserido no grupo; Caracterizar o grupo produtivo e maturo.
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B. INTRODUÇÃO
O Sistema de Patrulhas é o método de trabalho do Escutismo, por natureza. Há quem afirme mesmo que é a sua essência. Ora este Sistema implica desenvolver actividades em grupo, com tudo o que isso implica. O estudo da dinâmica de grupo, torna-se, assim, uma necessidade básica para todos os Dirigentes que pretendem efectuar um trabalho sério e eficaz no Escutismo, seja com o seu Bando, Patrulha e/ou Equipa, seja com a sua Unidade ou no seu Agrupamento. Como Formador do CNE, o Dirigente é chamado a desempenhar uma função acrescida de responsabilidade, o de formar novos Dirigentes para o Movimento. Para isso, é necessário, não só os conhecimentos técnicos da acção formativa, mas o saber estar ALERTA para as pessoas que frequentam os cursos a elas destinados. É na relação interpessoal com os adultos que a mensagem escutista é percebida e entendida. Se as nossas acções não coincidirem com o nosso discurso, corremos o risco de sermos responsáveis pelo fracasso do recrutamento daquele adulto e da distorção da mensagem do Fundador. O espírito de observação e permanente abertura aos outros constituem, assim, as nossas ferramentas mais poderosas. O trabalho que a seguir é apresentado não esgota o tema que constitui a Dinâmica de Grupo. Trata-se, simplesmente, de um documento de trabalho, renovável e de um auxiliar ao Formador. Por isso, relaxe e desfrute de um tema que poderá ser apaixonante. Critique e proponha alterações. Eu agradeço.
Olga Oliveira
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C. A DINÂMICA DE GUPO
1. Definir o grupo
O grupo é um conjunto limitado de pessoas, unidas por objectivos e características comuns que desenvolvem múltiplas interacções entre si. O grupo humano tem: • • • •
uma estrutura; durabilidade no tempo; uma certa coesão; um conjunto de normas.
Em face desta definição podemos concluir que, na presença de um conjunto de pessoas, nem sempre se pode chamar um grupo. Um grupo de pessoas que esperam na fila de bilhetes para o cinema, não formam propriamente UM GRUPO porque, apesar de terem um objectivo em comum (ir ao cinema), não estabelecem relações entre si. Por outro lado, as pessoas que se encontram numa festa podem comunicar entre si e estabelecer relações, mas não formam um grupo porque a sua relação é momentânea e não tem um caracter de permanência, a não ser que se conhecessem anteriormente. O GRUPO é muito mais do que a soma de todos os indivíduos que o compõem. No seio do grupo, as pessoas desenvolvem a sua estrutura pessoal através da troca de ideias e do diálogo. O grupo pensa e age de modo diferente de qualquer um dos seus elementos considerados individualmente. Cria-se uma consciência colectiva que não é igual à soma das consciências individuais. O facto do grupo se constituir com determinados objectivos, gera, entre os que o compõem, um fenómeno de interacção que faz com que eles se influenciem reciprocamente. Porém, a homogeneidade do grupo, não deverá anular a heterogeneidade daqueles que o compõem.
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2. Caracterizar as relações interpessoais no grupo e o espírito que nele se desenvolve
Os membros do grupo, quando se propõem realizar uma tarefa comum, apresentam uma certa coesão que os força a agir na perseguição dos objectivos mantendo-os unidos, ou seja, coesos. Uma das condições básicas para que os membros do grupo cooperem é a CONFIANÇA que se deverá desenvolver entre eles. Vários estudos, como por exemplo de Loomis, 1967) mostraram que, quando os parceiros de um jogo não se vêm nem se conhecem, tendem a aumentar a sua rivalidade. O paradigma que serviu de estudo a este problema da cooperação, competição e rivalidade foi uma velha história grega conhecida como “Dilema do Prisioneiro”. A história conta que, dois prisioneiros, estavam presos em duas alas diferentes de um castelo, e ambos recebem a informação que nessa noite podem fugir. Cada um recebe a chave de uma cavalariça, encontrando-se a cada uma delas, um cavalo velho. Porém, forma informados que se os dois se dirigissem para uma outra cavalariça, com as duas chaves, poderiam abrir a porta onde se encontrariam dois cavalos novos e fogosos. O problema consiste em saber se cada um tem a confiança suficiente no outro, para se dirigir a essa cavalariça. Trata-se de um dilema porque, ou os dois confiam um no outro e poderão fugir sem problemas, ou cada um pensa em si e corre o risco de ir buscar o cavalo velho, mesmo sabendo que este não os poderá levar longe. Se confiarem um no outro, poderão fugir os dois com cavalos novos e fogosos. Estes prisioneiros dificilmente confiariam um no outro porque não se conhecendo, não desenvolveram qualquer experiência interactiva. Nos grupos, onde a cooperação é elevada, as pessoas sentem-se motivadas pelo trabalho produzido e mantêm um alto nível de frequência de comportamentos que as levam à solução dos problemas. Quando o comportamento individual é importante para o sucesso do grupo (contribuindo com uma ideia ou uma solução para o problema) o
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indivíduo sente-se apoiado e aprovado pelos restantes membros do grupo. Isso leva, geralmente, a aumentar o seu desempenho. O bom contributo de um membro do grupo conduz os restantes a reforçarem, ainda mais, o seu desempenho. A competição não anula a cooperação no seio do grupo. Pelo contrário, esta, quando não é exagerada, mas sim moderada, satisfaz os participantes do grupo e aumenta o seu desempenho. De um modo geral, a competição aumenta a interacção e o dinamismo do próprio grupo.
No grupo, podemos distinguir os comportamentos relacionados com a TAREFA e os comportamentos relacionados com a MANUTENÇÃO. O grupo existe em função da necessidade de se executar uma tarefa comum e da necessidade de se manter coeso em unidade de trabalho. Cada membro do grupo tem uma função, ou seja, desenvolve determinado papel relativamente à tarefa a realizar. Comportamento de tarefa – diz respeito a algo que se pretende realizar, seja planificar uma reunião, resolver um problema, construir um curso, entre outros. O grupo procura realizar essa tarefa e, enquanto isso não acontece, os seus membros estão sob tensão e ansiosos. Comportamento de manutenção – resulta da necessidade de se desenvolver e manter relações de trabalho satisfatórias, que facilitem a realização da tarefa. A manutenção refere-se ao modo como as pessoas se relacionam entre si quando trabalham.
É, assim, necessário o formador estar atento durante o decorrer do curso, de forma a prevenir que situações normais de tensão e ansiedade interfiram no relacionamento das pessoas que estão a frequentar o CIP ou o CAP, por exemplo. Assim, quando se prepara uma Unidade de Formação, pode e deve fazer parte dessa preparação, alguns jogos e/ou actividades que permitam descontrair o grupo. No final deste texto de apoio, encontram-se, em anexo, alguns pequenos jogos que poderão ajudar a descontrair e no fortalecimento da coesão de grupos.
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3. Avaliar o número ideal de membros de um grupo de trabalho.
Num grupo, o grau de satisfação dos seus membros diminui à medida que aumenta o número de participantes, porque estes têm menos probabilidades de se expressarem e de apresentarem os seus pontos de vista. É por essa razão que os grupos seleccionados para os cursos de formação não deverão ultrapassar os trinta formandos, sendo o número ideal de vinte e quatro, distribuídos por quatro grupos de seis. O elevado número de elementos, no grupo, aumenta os problemas interpessoais, diminui a unidade da acção e a realização da tarefa. A partir de um certo número, a produtividade do grupo é inversa ao número dos seus participantes. Um grupo de dois elementos é eficaz quando, entre eles, existe uma certa intimidade, ou seja, cada um conhece o outro de forma aprofundada. O seu trabalho é eficaz na procura de ideias ou soluções quando entre os dois existe uma grande amizade e confiança recíproca. É também por esta razão que, na elaboração dos grupos/patrulhas dos cursos de formação, não deverão ficar no mesmo grupo duas pessoas do mesmo Agrupamento pois tenderão a “monopolizar” as ideias do grupo onde estão inseridas. Um grupo de três elementos é útil e produtivo quando é necessário resolver problemas precisos e, de certo modo, definidos (Anzieu, 1964). Quando se trata de tomar decisões, o grupo de três é menos produtivo do que um grupo de cinco ou seis elementos. O grupo de cinco ou seis elementos, parece ser, segundo as experiências, o mais produtivo e o mais rico em interacções. Neste caso, é possível a divisão do trabalho e todos poderão intervir e expressar-se o mais possível, sem que se perca a visão de conjunto e o objectivo do grupo. Os grupos com mais de seis elementos perdem a sua unidade quer no plano da amizade, quer no plano das relações interpessoais, quer na cooperação, quer no plano da acção.
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Os elementos do grupo não têm que ter, necessariamente, estruturas pessoais semelhantes, para serem funcionais. Porém, a cooperação é dificultada se pertencerem a culturas ou a grupos sociais muito diferentes e o formador não tiver isso em conta na programação da unidade de formação. Por outro lado, é a diversidade que nos enriquece a todos. O fundamental para o grupo é a confiança interpessoal e a motivação para a realização de uma tarefa comum.
4. Avaliar a importância da coesão do grupo.
Festinger (1950) define o conceito de coesão do grupo como “o resultante de todas as forças que actuam sobre os membros para que permaneçam em grupo”. Contudo, o conceito de coesão não poderá ser analisado sem o de atracção interpessoal. As pessoas que constituem o grupo, devem sentir alguma atracção entre si, mantendo uma boa relação. Deste modo, as pessoas partilham algo de comum, partilham uma denominada IDENTIDADE. No CIP, há uma necessidade maior de trabalhar este aspecto, enquanto que no CAP, os formandos são já Dirigentes com alguma experiência no Movimento, havendo, à partida, alguns objectivos em comum. É pelo facto das pessoas cooperarem e apresentarem atitudes semelhantes, que se tornam coesas, existindo entre elas atracção interpessoal. Não é por acaso que quando termina um curso, fica uma ligação interpessoal privilegiada entre os participantes desse curso, reconhecendo-se mutuamente, não raras vezes, pelo 1º CAF de 2001, por exemplo.
Em suma, podemos afirmar que os elementos do grupo são coesos porque: existe uma interdependência entre si, trabalham em conjunto para um objectivo comum e este é conseguido com o trabalho de todos;
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existe uma semelhança entre os membros do grupo, o que faz com que eles executem as actividades de grupo; existe oportunidade de todos participarem nas decisões. O grupo apresenta tanto mais sucesso, quanto mais coeso for.
A coesão do grupo permite, de um modo geral, que os seus membros: permaneçam juntos; confiem e sejam leais; se sintam seguros; se deixem influenciar pelo grupo; aumentem significativamente a sua satisfação, à medida que o trabalho se desenvolve; intensifiquem a sua interacção.
Um grupo coeso é fundamental para as decisões de rotina. Porém, pensa-se que quando é necessário criar novas ideias para resolver situações ou novos problemas, o grupo coeso pode apresentar algumas dificuldades. Neste caso, as pessoas manifestam atitudes semelhantes, desenvolvendo o que se denomina por pensamento de grupo. Elas pensam que são impenetráveis e invulneráveis e, qualquer ideia que se introduza, contra esse pensamento, não é bem aceite. Os grupos coesos apresentam menos discordância entre os seus membros. Tal facto pode trazer vantagens e desvantagens para o desenvolvimento do grupo. O grupo coeso, não aceita facilmente as críticas dos seus membros, quer elas venham do interior, quer do exterior do grupo. As visões alternativas nem sempre são bem aceites. A coesão do grupo pode ser mensurável, avaliando até que ponto cada um dos membros do grupo se identifica com os restantes. O grau de envolvimento do indivíduo com as actividades de grupo e os seus membros, pode constituir a medida de coesão. Nos grupos coesos, a avaliação que cada membro faz dos outros elementos é mais positiva e favorável do que a avaliação feita em grupos pouco coesos. O grupo é tanto mais coeso quanto maiores forem as recompensas e as satisfações que o grupo oferece aos seus membros.
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Texto A coesão do grupo é determinada pela força dos laços que ligam os elementos individuais num todo unificado. Os factores que conduzem à coesão do grupo são: • •
•
A proximidade física: as pessoas que trabalham juntas ou que passam muito tempo juntas, têm mais tendência para a coesão. Trabalho igual ou semelhante: as pessoas que fazem trabalhos semelhantes defrontam-se com os mesmos problemas e podem entreajudar-se, o que é uma forma de tornar o grupo coeso. A homogeneidade: a coesão do grupo é tanto maior quanto mais forem as características comuns dos seus membros, tais como a raça, a idade, o status social, as atitudes ou os valores.
A coesão é tanto maior quanto maior for a comunicação entre os membros do grupo. “A coesão – a atracção magnética dos membros para com o centro invisível do grupo – aumenta se o facto de fazerem parte dele for, de alguma forma, proveitoso para os indivíduos. Estudos realizados confirmam que há maior probabilidade de que os membros se sintam atraídos para o grupo, se este tiver um bom registo de êxitos no passado no que respeita à competição com os outros. (...)” A coesão do grupo é uma arma de dois gumes. Vejamos alguns prós e contras dos grupos coesos: VANTAGENS: • Maior cooperação. • Comunicação mais ampla e mais fácil. • Aumento da resistência à frustração. • Reduzida rotatividade da força de trabalho. • Menor absentismo. • Baixa tolerância para com os preguiçosos. DESVANTAGENS: • • • •
Vida mais fácil para quem entra de novo. Restringe a abertura a novas ideias. Resiste a mudanças no que respeita às práticas existentes. Os outros grupos vêem-no como sendo de trato difícil, reduzindo assim a possibilidade de colaboração intergrupal.
In A Gestão Eficiente de uma equipa
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5. Enumerar as vantagens e desvantagens que o grupo apresenta.
as
VANTAGENS
1. Tomada de decisão de maior risco Ao contrário do que anteriormente se pensava, os grupos tomam decisões que envolvem maior risco do que as pessoas tomam individualmente. Como é que se pode explicar este fenómeno? Uma das explicações possíveis reside no fenómeno da difusão da responsabilidade. Quando a decisão do grupo é muito arriscada, em caso de falhar, nenhum dos indivíduos do grupo se considera, individualmente responsável pelo acontecimento. Caso a decisão tomada pelo grupo tenha sucesso, o mérito é, quase sempre, assumido por todos em conjunto e, por cada um em particular.
2. Maior rapidez e eficácia na concretização dos objectivos
Os indivíduos que constituem um grupo têm determinados objectivos a atingir que podem ser designados como os objectivos do grupo. Estes objectivos, devem coincidir com os de cada elemento que integra o grupo, considerados na sua individualidade. Através do grupo, cada indivíduo atinge muito mais rapidamente o seu objectivo porque os esforços de muitos e a diferenciação de papéis facilita o desempenho e aumenta a produtividade, reduzindo, significativamente, o tempo da sua realização.
3. Enriquecimento das decisões As decisões tomadas em grupo tendem a ser muito mais ricas e ajustadas aos objectivos do que as tomadas individualmente. Pressupõem o empenho e a intervenção de vários sujeitos que se enriquecem pela sua diferença, permitindo o progresso, a variedade e a validade das decisões.
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4. Divisão de tarefas Os vários sujeitos podem intervir numa tarefa comum, cada um contribuindo com os seus conhecimentos e capacidades. “Dá” o seu conhecimento mas também “recebe” dos restantes elementos do grupo. A divisão de tarefas aumenta a cooperação e o respeito de cada um, pelo trabalho do outro. A divisão de tarefas exige a diferenciação de papéis dos diferentes membros do grupo, o que, consequentemente, cria expectativas mútuas e condiciona a comunicação no seu interior.
5. Criação de laços de amizade O grupo é tanto mais coeso e produtivo quanto maior for a amizade e a confiança entre os seus membros. Não raras vezes, os grupos estendem a sua actividade a outras áreas como o lazer. O sujeito sabe, assim, que a sua individualidade é respeitada porque é um elemento importante e necessário para o todo que é o grupo. 6. Segurança As ideias, valores e atitudes expressas ou defendidas pelo grupo tendem a ser expressas por cada um dos seus elementos, sem que temam as reacções do público. O facto de saberem que mais alguém comunga dessas ideias e desses valores, dá-lhes segurança e força para os manifestar.
7. Poder e influência face ao exterior Todo o grupo sofre a influência social da comunidade onde se insere. Existe, pois, uma dinâmica externa ao grupo, ao qual este não pode ser alheio. O grupo pode interferir positivamente na realidade social, ou pelo contrário pode ser por ela condenado. A influência aumenta à medida que se fizer notar. Por vezes, o grupo responde a uma série de problemas que o poder civil ou político não conseguiu responder.
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DESVANTAGENS 1. Tomadas de decisão empobrecidas Por vezes, as decisões são tomadas tendo em vista os interesses da maioria dos elementos do grupo. É mais uma decisão por consenso. 2. Pensamento de grupo É frequente, em grupos com alguma história de sucesso, que os seus elementos se sobrevalorizem, dada a estima e a consideração por parte do meio onde estão inseridos. Por vezes, os indivíduos assumem comportamentos que conduzem a tomadas de decisão ineficazes. Pensando que são os melhores no campo de tomadas de decisão ou na busca de soluções, menosprezam os grupos concorrentes, rejeitam toda a informação divergente, recusando-se a consultar informação técnica.
3. Transformação do eu em nós O grupo poderá condicionar alguma perda de liberdade de acção dos sujeitos que o compõem. A coesão do grupo poderá ter como consequência o anular das próprias pessoas e a sua submissão ao NÓS, que é o grupo.
6. Caracterizar o grupo eficaz e eficiente.
Apesar da eficiência ser difícil de medir, dada a variedade e a natureza dos grupos, é possível, contudo, medir a eficiência da produtividade do grupo. •
Grupo eficaz – quando atinge os objectivos que se propôs atingir e no tempo preestabelecido.
•
Grupo eficiente – quando os membros se sentem bem e gerem bem os seus recursos para a consecução dos objectivos.
A produtividade do grupo pode ser medida:
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-
pelo grau de satisfação alcançado pelos elementos do grupo (em função das actividades realizadas, dos acampamentos ganhos, entre outros).
-
pelo número de problemas resolvidos ou objectos criados.
Quando se fala em medir a produtividade do grupo, devemos ter presente para quem é que essa produtividade é válida. O conceito de produtividade não é objectivo nem universal. O estudo do grau de eficácia do grupo implica a articulação, de forma adequada, das variáveis independentes, das variáveis dependentes e das variáveis intermédias. Variáveis independentes – são passíveis de se controlar externamente, que são directamente observáveis. Podem ser de três tipos: •
Variáveis estruturais: -
•
Variáveis ambientais: -
•
Tamanho do grupo Características dos membros Canais de comunicação existentes Papéis desempenhados
Local de trabalho do grupo Relação do grupo com outros grupos da comunidade Situação do grupo no seio da organização
Variáveis de tarefa: -
Natureza da tarefa Grau de dificuldade da tarefa Tempo disponível para a realização da tarefa
Variáveis intermédias -
o estilo de liderança as relações de amizade entre as pessoas a motivação a coesão
Variáveis dependentes – são as medidas de eficiência do grupo, que dependem quer das variáveis independentes quer das intermédias: -
a produtividade do grupo o grau de satisfação dos membros do grupo
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Por vezes, é difícil distinguir as variáveis dependentes das intermédias. Se o objectivo do grupo, por exemplo, é constituir uma boa liderança ou favorecer a coesão dos seus membros, estas surgem como variáveis dependentes e não como intermediárias. Qualquer tipo de classificação terá que ter em conta a estrutura e a natureza do grupo. Por isso, as variáveis podem não se apresentar exactamente como o esquema e a organização anteriormente referidas.
7. Identificar os comportamentos de um bom participante no grupo.
O indivíduo, uma vez inserido no grupo, deve participar todas decisões. Deve dar a sua opinião, contribuindo para o enriquecimento da tarefa e simultaneamente, para a coesão do grupo e o desenvolvimento das relações interpessoais. No grupo, todo o indivíduo deve: 1. Cooperar O que significa que deve colaborar na procura dos objectivos que o grupo fixou. Isso pode ser alcançado através do valor e das capacidades de cada indivíduo e do respeito pelas ideias de todos os membros do grupo. 2. Respeitar os outros Cada indivíduo no grupo é uma pessoa, uma unidade social que merece ser ouvida e compreendida. Cada deve esforçar-se por tentar ouvir as ideias dos outros membros. Mesmo quando existam ideias preconcebidas de outros membros do grupo, é necessário ter a abertura e a disponibilidade suficientes para ouvirmos e compreendermos o ponto de vista de cada um. 3. Integrar-se totalmente no grupo Significa que cada elemento do grupo deverá participar activamente na definição dos objectivos do grupo, tentando encontrar as soluções mais adequadas e intervir no plano das decisões. Todos devem ter a possibilidade de intervir e nenhum deverá monopolizar as intervenções.
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4. Servir o grupo, sem perder a sua individualidade O participante não deve ficar preocupado se a opinião do colega foi melhor aceite pelo grupo do que a sua. Isso só enriquece o seu ponto de vista e contribui para o amadurecimento da sua ideia, que ele julga positiva. 5. Não ser conformista O mundo está em permanente evolução e o grupo, porque responde às situações do meio e da realidade vivencial, também o está. O grupo só evolui e progride em função da maleabilidade dos seus membros para se adaptarem às novas situações.
8. Identificar as barreiras que impedem a comunicação no grupo.
No grupo, cria-se uma rede de comunicações e de relações interpessoais que é fundamental para o seu funcionamento. Os bloqueios podem afectar toda a vida do grupo.
1. Diferenças entre as pessoas Todas as pessoas que compõem o grupo são diferentes; tiveram experiências e vivências muito próprias, o que determinou a sua singularidade. No entanto, a diferença não é sinónimo de barreira. As diferenças devem ser conhecidas, respeitadas e aproveitadas para a produtividade e enriquecimento do grupo. 2. Juízos de valor Quando participamos num grupo, devemos ter muito cuidado com os juízos de valor e as apreciações que fazemos acerca do outro. Estes juízos de valor poderão transformar-se em preconceitos que irão, inevitavelmente, com a relação.
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3. Pensar somente em si próprio O egocentrismo impede que aceitemos que as nossas opiniões não são as únicas no mundo, que são relativas. Pensamos que o que defendemos é o melhor para o grupo e não escutamos sequer a opinião e o ponto de vista do outro. A riqueza do grupo está exactamente na diversidade de ideias pessoais que contribuem para a busca de soluções eficazes.
9. Avaliar a importância da comunicação no grupo.
É através da comunicação que os indivíduos transmitem as suas ideias e os seus sentimentos, ao grupo. Dada a divergência e as diferenças entre os indivíduos no grupo, é possível que cada um tenha a sua maneira particular de ver e compreender as situações; todos eles diferem no modo de se exprimirem e de compreenderem a mensagem do outro. Toda a mensagem, deve ser explícita, clara, para que o receptor possa compreender, evitando, assim, mal entendidos. É, pois, assim, necessário conhecer o grupo, para que a mensagem seja codificada de forma adequada, em função do nível de apreensão e de descodificação do receptor. A má comunicação cria tensão no grupo e condiciona a frustração. O participante que não é ouvido, ou que não compreende as mensagens do grupo, sente-se rejeitado e poderá, ou isolar-se, ou reagir violentamente, provocando tensões no grupo. Quando a comunicação existe verdadeiramente, o grupo progride na consecução dos seus objectivos, torna-se coeso e os seus membros enriquecem as suas capacidades e habilidades.
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10. Identificar e caracterizar os vários comportamentos negativos do indivíduo, quando inserido no grupo.
Quando o grupo está no início da sua constituição ou existe à pouco tempo, é provável que o indivíduo sinta dificuldade em se ajustar. A integração no grupo exige a identificação pessoal com os objectivos do grupo e a participação plena do indivíduo. A adaptação ao grupo implica a vontade de aceitar os outros e o desejo de ser aceite. O indivíduo que se insere no grupo tem já um determinado status, uma determinada forma de ser e de se relacionar com os outros. Ele conhece-se a si e apercebe-se da sua capacidade de aceitação dos outros. Cria uma certa expectativa em relação ao modo como vai ser visto pelo grupo. O indivíduo cria uma percepção acerca do que os outros pensam de si. Estar no grupo permite a realização de novas experiências interpessoais. É, pois, necessário, que o indivíduo se abra ao grupo, se lhe apresente honestamente e apto a realizar as mudanças necessárias para o bom funcionamento do grupo. Todo o indivíduo, uma vez inserido no grupo, não deseja anular-se mas, pelo contrário, pretende, a partir dele e no seu interior, manifestar a sua individualidade, fazer-se notado. Ele necessita de sentir que o grupo o compreende e o aceita tal como é, e se manifesta.
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Eis alguns comportamentos possíveis do indivíduo, na sua vivência grupal: Comportamento • Negativo
•
Fantasia
•
Agressivo
•
Identificação
•
Projecção
•
Regressivo
•
Deslocação
•
Racionalização
•
Obsessivo
Descrição Corresponde ao indivíduo que não participa no grupo, não colabora e não se manifesta. É um sujeito que está ausente. O indivíduo sente que o grupo não lhe dá a devida atenção. Para se sentir estimado inventa situações e factos passíveis de elevar o seu conceito e de chamar sobre si a atenção do grupo. O indivíduo encontra no grupo a possibilidade de reagir de forma agressiva. Transfere para o grupo os seus problemas pessoais. O objectivo é, geralmente, chamar a atenção. O indivíduo está sempre de acordo com os outros, especialmente com quem se sente mais protegido. Identifica-se com o outro, não porque acredite, de facto, nas verdades que reflecte e assume, mas porque assim não se expõem ao outros, sentindo-se protegido. Tem a ilusão de que é estimado. Comportamento dos indivíduos que, geralmente, não assumem o que dizem e o que fazem, quando são criticados. Não sendo capazes de aceitar a sua própria responsabilidade, projectam nos outros a razão da sua conduta. Normalmente são pessoas que não têm confiança em si próprias. Quando o indivíduo sente que não é capaz de intervir no grupo, colaborar ou contribuir com soluções adequadas, pode adoptar o papel de “bobo”, de forma a divergir do verdadeiro objectivo. Reflecte a necessidade que o indivíduo tem de desviar o assunto ou o tema abordado pelo grupo, para outro tema, onde ele próprio se sinta mais à vontade e mais seguro. Necessidade de justificar e encontrar razões para tudo quanto dizem e afirmam. Manifesta alguma falta de comunicação sincera com o grupo. Preocupação com pequenos detalhes, pouco importantes para o grupo. São indivíduos muito escrupulosos e fixos em determinadas ideias, das quais dificilmente se desprendem.
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11. Caracterizar o grupo produtivo e maturo. A produtividade do grupo pode ser entendida segundo dois pontos de vista: 1 – do interior do grupo 2 – do exterior do grupo A produtividade, como já foi retirado para a eficácia, pode significar tanto a escolha realista dos objectivos do grupo e a satisfação dos seus membros, como o que ele produz de facto. As seguintes características descrevem um grupo maturo e produtivo: a) Possui um clima psicológico de liberdade, permitindo que cada um exprima os seus sentimentos e pontos de vista; b) Promove um elevado nível de intercomunicação; c) Define claramente os seus projectos e objectivos, de acordo com todos; d) Promove a iniciativa individual, de forma a encontrar a solução mais racional e eficaz; e) Partilha a direcção e a liderança do grupo; f) Utiliza inteligentemente as qualidades dos seus membros;
diferentes aptidões,
capacidades
e
g) Mantém o equilíbrio apropriado entre a produtividade do grupo e a satisfação dos seus elementos; h) Articula os objectivos do grupo com as necessidades individuais dos seus elementos; i) Sabe resolver os problemas sócio-afectivos que surgem e é capaz de fazer as modificações exigidas; j) Cultiva a solidariedade e a coesão, sem anular a individualidade; k) Estabelece um equilíbrio propício entre o espírito de cooperação e o espírito de competição, entre os seus membros; l) Mantém o equilíbrio entre o elemento racional e o expressivo ou emotivo.
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D. CONCLUSÃO
Terminamos aqui uma breve recolha de itens relacionados com a dinâmica de grupo. Estes não pretenderam ser exaustivos, somente alertar para alguns aspectos relacionados com a(s) dinâmica(s) que, inevitavelmente, se criam aquando da constituição de grupos, quer sejam nos cursos de formação, quer sejam expontâneos. Actualmente, existem vários livros dedicados a este tema, provenientes de vários países, nomeadamente norte-americanos. As referências bibliográficas que apresentamos a seguir, são somente alguns livros que poderão servir como ferramentas úteis ao formador. Finalmente, uma palavra de incentivo ao novo formador do CNE. A tarefa de formar novos Dirigentes para o nosso movimento é de extrema importância. Não é, no entanto, a tarefa mais importante. Todos, mas todos, somos importantes neste Servir como Dirigente no Movimento. Tudo aquilo que foi dito anteriormente serve como linhas de orientação, também para as nossas equipas de formação. Como equipa(s), formamos um grupo em cada uma das nossas regiões e também aqui poderão surgir tensões entre os indivíduos constituintes desta(s) equipa(s). Cabe a cada um de nós mantermo-nos Sempre Alerta Para Servir, respeitando os outros e a nós próprios.
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E. BIBLIOGRAFIA
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Adir, J. (1988). A gestão eficiente de uma equipa. Lisboa: EuropaAmérica.
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Berloquin, P. (1991). 100 Jogos Lógicos. Lisboa: Gradiva.
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Brandes, D. & Phillips, H. (1977). Manual de jogos educativos. Lisboa: Moraes Editores
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CNE - Divisão Pedagógica Nacional (1993). Jogos para Exploradores. Lisboa: CNE
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Conselho da Europa (1995). Promover a saúde da Juventude Europeia. Lisboa: Edição conjunta do Ministério da Educação e da Saúde.
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Fachada, M. O. (2000). Psicologia das Relações Interpessoais. Lisboa: Edições Rumo (3ª Ed.)
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Jesuíno, J. C. (1987). Processos de liderança. Lisboa: Livros Horizonte.
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Projecto Vida (?). Prevenir a brincar. Lisboa: Projecto Vida
•
Sanders, P. & Swinden, L. (1995). Para me conhecer, para te conhecer. Lisboa: APF
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F. ACTIVIDADES DE DINÂMICA DE GRUPO
As actividades que se encontram nas páginas seguintes, são apenas um número muito reduzido das que, naturalmente, existem. Pretendem, tão somente, constituir um pequeno contributo para uma possível base de dados com jogos e/ou actividades a construir de forma a que possa ser acedida por todos os formadores do CNE. Alguns são já conhecidos, mas os bons resultados que têm dado, obrigamnos a colocá-los nesta pequena síntese.
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Actividade Prática
A máquina registadora Um negociante acaba de acender as luzes de uma loja de calçado, quando surge um homem pedindo dinheiro. O proprietário abre a máquina registadora. O conteúdo da máquina registadora é retirado e o homem corre. Um membro da polícia é imediatamente avisado. Fritzen, S. J. (1981) Exercícios Para Dinâmica de Grupos
Depois de ler, uma só vez esta história, responda ao questionário que se encontra na página seguinte:
U. F. Dinâmica de Grupo 26
Assinale com uma cruz nas respectivas colunas, as afirmações, conforme as considere verdadeiras (V), falsas (F) ou desconhecidas (D), de acordo com a história.
1. Um homem apareceu, assim que o proprietário acendeu as luzes da sua loja de calçado.
V F D
2. O ladrão foi um homem.
3. O homem não pediu dinheiro.
4. O homem que abriu a máquina registadora era o proprietário.
5. O proprietário da loja retirou o conteúdo da máquina registadora e fugiu.
6. Alguém abriu a máquina registadora.
7. Depois do homem pedir o dinheiro, apanhou o conteúdo da máquina registadora e fugiu.
8. Embora houvesse dinheiro na máquina registadora a história não diz a quantidade.
9. O ladrão pediu dinheiro ao proprietário.
10. A história regista uma série de acontecimentos que envolvem três pessoas: o proprietário, um homem que pediu dinheiro e um membro da polícia.
U. F. Dinâmica de Grupo 27
Actividade prática – Os qualificativos Eis uma lista de qualificativos que permitem descrever os indivíduos.
Leia a lista e assinale os qualificativos que melhor correspondem à ideia que tem de: _________________________________________________________
1. Generoso
Mesquinho
2. Perspicaz
Ingénuo
3. Infeliz
Feliz
4. Irritável
Bom carácter
5. Extravagante
Simples
6. Sociável
Associável
7. De confiança
Falso
8. Popular
Impopular
9. Arrogante
Modesto
10. Rude
Doce
11. Agradável
Desagradável
12. Estável
Instável
13. Frívolo
Sério
14. Egocêntrico
Altruísta
15. Criativo
Rígido
16. Forte
Fraco
17. Desonesto
Honesto
•
A sua percepção coincide com as dos restantes membros do grupo?
•
Porque existem diferenças entre essas percepções?
•
Quando julga ou “classifica” os outros, fá-lo em que bases?
•
Costuma alterar as opiniões que faz acerca dos outros? Quando e porquê?
•
Como descreve o seu melhor amigo e a pessoa de que menos gosta, aos seus pais?
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Actividade – O assalto • Objectivo: perceber a influência de determinados comportamentos no funcionamento do grupo. •
Dimensão do grupo: subgrupo de trabalho de 5 a 8 elementos
•
Tempo exigido: trinta minutos aproximadamente
•
Processo: o Solicitar ao grupo um número suficiente de voluntários para participar no subgrupo de trabalho; o Informar que os restantes deverão constitui-se como observadores; o Instalar os participantes; o Distribuir o texto a cada um dos participantes e ler em voz alta para os restantes; o Informar os participantes que devem chegar a uma conclusão tendo em conta não só o enunciado do problema como o rótulo que cada um dos companheiros apresenta; o Referir ainda que:
Os elementos do subgrupo terão de chegar a consenso; Não poderão utilizar o voto para lá chegar; Deverão evitar mudar de ideias só para evitar o conflito; Deverão tentar argumentar e tentar defender os seus pontos de vista;
o O formador deverá então, individualmente com cada um dos observadores, indicando-lhe qual dos membros do subgrupo de trabalho deverá observar. •
Condições arquitectónicas: sala com cadeiras e uma mesa suficientes para a discussão do grupo. As restantes cadeiras deverão formar um U.
•
Situação:
A seguir a um assalto, os empregados de um banco descrevem o assaltante: - segundo o porteiro, o assaltante era alto, de olhos azuis e vestia uma gabardina e um chapéu; - segundo o caixa, o assaltante era baixo, de olhos negros e vestia uma gabardina e um chapéu; - segundo a secretária, o assaltante era de estatura média, tinha olhos verdes e vestia um sobretudo e um chapéu;
U. F. Dinâmica de Grupo 29
-
segundo o director, era alto, de olhos cinzentos e vestia uma gabardina, não usando chapéu;
Questão: Qual era a figura do assaltante, sabendo que cada uma das testemunhas descreve, somente um pormenor com exactidão?
• Solução: O quadro seguinte regista as consequências do 1º parágrafo. Continue de acordo com os dados que são referidos.
Porteiro Caixa Secretária Director
Olhos Azuis Negros Verdes cinzentos
Estatura Alta Baixa Média alta
Roupa Gabardina Gabardina Sobretudo Gabardina
Chapéu Sim Sim Sim Não
Cada testemunha descreveu correctamente um pormenor; A cada pormenor corresponde uma testemunha, e uma só, que o descreveu correctamente; O assaltante não pode usar chapéu porque esse pormenor foi descrito por três testemunhas, e não por uma; O Director acertou neste pormenor, logo não tem razão nos outros três; Logo, o assaltante não era alto, nem usava gabardina nem tinha olhos cinzentos; Então vestia sobretudo, logo tudo o mais que a secretária disse, estava errado; O porteiro acertou ao dizer que era baixo; O caixa acertou ao dizer que era baixo; Então o assaltante era baixo, tinha olhos azuis, vestia um sobretudo e não usava chapéu;
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Actividade
É capaz de descobrir uma pessoa que, nos últimos cinco anos...? Tenha mudado de casa
Tenha mudado de emprego
Tenha sido promovida
Tenha tido um filho
Lhe tenha morrido um parente ou amigo íntimo
Tenha mudado de chefe
Se tenha casado ou mudado de companheiro
Tenha tido tempo livre depois do emprego