I EDIÇÃO 2009
Mochila Arte de Acampar Nós e amarras Pontes Torres de observação Abrigos Mastros Mobiliario rústico Facão e Machado Códigos Sinais de pista Fogueiras
PREPARADO POR: JEREMIAS CARLOS MAXAIEIE
INTRODUÇÃO
A Apostila PIONEIRIAS é resultado de um projecto de 2 anos. O seu ponto forte é a riqueza em ilustrações. Elas tornarão bastante fácil a transformação destas pioneirias em obras reais. Amigo lider, não existem motivos para falta de actividades cativantes no teu clube. Na instrução, deve-se começar pelo básico: Como arrumar uma mochila para um acampamento de pioneirias; Como montar um acampamento; Como usar um facão ou um machado; como fazer nós, etc. Depois virão as actividades mais interessantes onde os desbravadores, já no campo, poderão usar cordas e paus para erguer grandes obras de engenharia rústica. Não te esqueças que o sucesso depende, em primeiro lugar, do teu entusiasmo e da tua vontade em contagiá-lo aos desbravadores que estás dirigindo.
Jeremias Maxaieie Mestrado em actividades Recreativas pelo Clube V.D.E
SEMPRE FIRME!
CAPÍTULO I: MOCHILA
A mochila é um item indispensável para qualquer aventureiro, usamos em jornadas, acampamentos, actividades de montanhismo, acantonamentos, etc. No entanto devemos saber qual é o material necessário para cada ocasião e como acondicioná-lo correctamente dentro da mochila adequada. Não podemos exagerar na quantidade de coisas que devemos levar, pois será um incômodo carregar todo aquele peso extra, além de que, o máximo que o corpo humano aguenta sem o risco de causar lesões na coluna é 1/3 do peso de quem o carrega.
Dicas - Separe todo o material que você ira usar e espalhe-o no chão, verifique novamente se não falta nada, separe-o por grupos, então distribua ele corretamente na mochila. - Roupas, agasalhos ou cobertores Podem ir às costas, prevenindo qualquer desconforto causado por objectos rígidos ou ponteagudos. - O ponto de equilíbrio de uma mochila dever ser alto, portanto, guarde o material mais pesado em cima, junto às costas. - Embale as roupas e todo material que corre risco de estragar caso molhe, em sacos plásticos mesmo que a mochila seja impermeável ou com capa de chuva, pois sempre pode acontecer algum imprevisto. - O peso deve ser muito bem dividido, equilibre os objectos na mochila para que a mochila não pareça mais pesada depois. Siga o exemplo do desenho:
Partes de uma Mochila
Tipos de mochila
Uma mochilinha de 30 litros.
Uma mochila de 50 litros. Uma mochila cargueira com abertura inferior Mais pra "média" que "ataque", mas não "cargueira". - A bolsa superior serve para armazenar alimentos, estojo de primeiros socorros, mapas, bússolas, etc. - Alça para pendurar serve para pendurar a mochila em algum lugar sem que ela ocupe espaço no chão. - Alças dos ombros servem para carregar a mochila, devem estar curtas e ajustadas de forma que a barrigueira posicione-se na região da bacia - Apoio dorsal serve para que a mochila fique mais confortável e ajustada nas costas - Apoio da bacia serve para que a mochila fique mais confortável e ajustada na bacia - Barrigueiras devem estar apertadas o suficiente para agüentar parte do peso da mochila sem que os movimentos e a respiração fiquem comprometidos. O limite máximo, de peso que você pode levar é de 1/3 (um terço) do seu peso corporal ideal, o que varia com sua altura e seu tipo de estrutura física. Mas 1/3 do peso corporal é o limite máximo. Existe um limite confortável e seguro. Este depende do quanto você está em forma, de seu vigor físico (o que varia com a idade) e da sua habilidade motora. Existem mochilas de ataque e cargueiras. Os tamanhos das mochilas são dados pelo volume que elas comportam, em litros. Uma mochila de 25 litros (de ataque) é pequena, só mesmo para um passeiozinho bem curto. Uma mochila de 90 litros (cargueira) já é bem grande, cabendo muita carga dentro dela. Se você está planejando uma caminhada até um acampamento-base de onde partirão passeios menores, isto significa que a mochila de ataque vai ser, inicialmente, levada dentro da cargueira. Portanto, você precisa de uma mochilinha bem flexível, feita em material fino (algo semelhante a náilon). Já se você pretende fazer uma caminhada, sem pernoite, mas, que irá durar por todo o dia, uma mochila de material mais resistente, e menos flexível, será necessária. Pense em algo até 55 litros. Seja lá qual for, a mochila deve ter as alças acolchoadas com material não muito macio. E este acolchoamento deve ser bem largo, de modo a distribuir bem o peso, diminuindo a pressão. Desde de que ela não ultrapasse a largura de seus ombros, quando completamente cheia, ela pode ter bolsos por todos os lados e fitas para transporte externo.
Capa para a Mochila Eu ainda não conheço uma mochila realmente impermeável... E nem nenhum dos autores dos muitos artigos que já li! Por isto é que foram criadas as capas para mochilas. Mas a capa não cobre toda a mochila! É verdade. A face da mochila que toca as nossas costas fica descoberta. Ainda assim, mais de 75% da superfície da mochila estarão protegidos. O que já ajuda muito! Mochila molhada é mochila pesada.
Embalagens Toda a roupa extra deve ser embalada em sacos plásticos fechados de modo estanque. O saco de dormir deve estar dentro de um saco plástico fechado do modo mais estanque possível. Caso chova (ou sua mochila caia dentro d'água) o saco de dormir é o item que NÃO deve se molhar.
O Centro de Gravidade Um centro de gravidade muito alto fará com que você caia de cabeça dentro do riacho, quando se agachar pra beber! Caso você se incline para um lado, a mochila te puxará ainda mais para lá. E isto, se estiver escalaminhando uma encosta pedregosa, pode significar uma queda! Uma mochila lateralmente desbalanceada tira seu equilíbrio ao andar, sacrifica mais um ombro, um dos pés e os músculos de uma das pernas. O objetivo é fazer com que o centro de gravidade da mochila fique tão junto ao seu corpo e tão baixo quanto possível. Quanto mais junto do seu corpo, menos a mochila te puxará para trás. Quanto mais baixo, menos instabilidade (desequilíbrio) a mochila provocará quando você se inclinar. Mas, respeitando estas condições tanto quanto possível, também devemos lembrar que certos itens exigem fácil acesso por serem de uso urgente como em casos de acidentes, chuva, frio súbito... e diarréias! Outros itens são de uso freqüente: água, mapa, bússola, chapéu, óculos escuros, filtro solar...
Carregando a Mochila Antes de mais nada, junte tudo. Mochila, tralha, roupas, comida... TUDO! e confira com uma lista de checagem. Está tudo aí? Separe os itens de uso urgente agrupando-os. Separe, noutro grupo, os itens de uso freqüente. Com a "ferragem" da barraca, isolante térmico, e a lona de forro, forme um terceiro grupo, pois estes são os únicos itens que eu acho que podem ir amarrados ao exterior da mochila, se necessário. Dos itens restantes, veja quais os mais pesados. Separada a barraca de sua armação, fica muito mais fácil socá-la lá no fundão. Coloque uma panela dentro da outra (se possível) ou encha-as com itens menores (comida ensacada é uma boa). Vamos imaginar a mochila dividida em 4 zonas volumétricas. A zona A é o bolso do capuz. As zonas B, C e D formam o compartimento principal da mochila. O zíper inferior de acesso marca a divisa da zona D. Os bolsos laterais não estão incluídos, porém se houver um bolso traseiro, este será considerado zona C. Coloque na mochila as coisas mais pesadas primeiro. Assim, encha as zonas D e B primeiro, depois a C, a zona A e, finalmente, os bolsos laterais e amarre os itens externos. A zona D é formada pelo terço inferior do compartimento principal. Aqui ficam as coisas mais pesadas. A barraca vai para a zona D. Se ali ainda couber mais coisas, os enlatados serão os próximos candidatos. Na zona B ficam as coisas mais pesadas que não couberam na zona D. A "ferragem" da barraca vai para a zona B, podendo intrometer-se na zona D. O mesmo vale para o isolante térmico, caso caiba. As panelas também podem ir para a zona B. Quanto mais em baixo, melhor. O saco de dormir vai para o alto das zona B/C. No topo do compartimento principal ficarão a caixa de PS e seu abrigo contra chuva (anorak ou poncho). Na zona C ficam coisas relativamente leves: comida ensacada, roupas, etc. As meias e cuecas devem ser espremidas nos espaços vagos, que certamente sobrarão às dezenas!
Zona A: este é o compartimento mais fácil de ser alcançado sem parar de andar. Aqui devem ficar os itens mais leves: lanterna, mapa, 1 mosquetão com sua fita solteira, faca de caça/canivete, etc. Bolsos laterais: garrafas d'água, biscoitos e por aí afora... Para completar, amarre os itens externos. Muito bem! Aposto que, depois de tudo feito e com a mochila às costas, você se olhou no espelho e se achou lindo! Pois é.... agora vá à farmácia mais próxima e suba na balança. Aproveite, e no caminho, balance o corpo, deixe cair uma moeda e agache para pegá-la, veja se a mochila está te puxando para algum lado, para frente ou (demasiadamente) para trás. Se a balança acusar que seu peso (com a mochila) aumentou mais de 30%, significa que tem coisa demais aí dentro. Ou se você sentiu a mochila te puxando ou atrapalhando seus movimentos, significa que ela não está adequadamente balanceada. Nesses casos, volte pra casa e comece tudo de novo...
Sugestões de carga MOCHILA PARA BIVAQUE • Mochila confortável e pequena 1 calça comprida, 1 bermuda ou shorts, 2 camisetas, máquina fotográfica com filme, calçado reserva, confortável, 1capa de chuva ou anoraque, 1 cantil ( 1 litro), material de higiene pessoal , material de cozinha, 1 chapéu / boné / gorro, 1 par de meias, 1 agasalho, 1 impermeável ou capa de chuva, 1 pequena farmácia pessoal e repelente para mosquitos. MOCHILA PARA JORNADA 2 DIAS • Mochila confortável média 2 camisetas, 1calça comprida, 1calção, 2 roupas íntimas, 3 pares de meias, 1 agasalho, 1 impermeável ou capa de chuva, 1 cobertor grosso ou saco de dormir ou rede, 1 tênis confortável reserva, material de higiene pessoal, material de cozinha, 1 lanterna pequena e pilhas reserva, 1 canivete ou faca, 1 cantil de 1 litro, 1 pequena farmácia pessoal e maquina fotográfica com filme. MATERIAL PARA ACAMPAMENTO DE 2 OU 3 DIAS •
Mochila confortável grande 4 camisetas, 2 calças compridas, 2 calções, 2 roupas íntimas, 3 pares de meias, 2 agasalhos, impermeável ou capa de chuva, cobertor grosso ou saco de dormir ou rede, tênis reserva confortável, material de higiene pessoal, material pessoal de cozinha, farmácia pessoal, lanterna com pilhas reserva, canivete ou faca, cantil 1 litro e máquina fotográfica com filme
MATERIAL DE HIGIENE PESSOAL • Toalha, sabonete, escova e pasta de dentes, escova para cabelos ou pente, desodorante, cotonetes. MATERIAL PESSOAL DE COZINHA • Prato de metal ou plástico, garfo, faca, colheres grande e pequena, caneca de plástico ou metal, pano de louça. FARMÁCIA PESSOAL • 4 gazes, anti-séptico, band-aid, pinça, telefones de emergência, tesoura, pomada contra irritação, analgésico, algodão, bandagem triangular e outros medicamentos necessários dependendo de pessoa para pessoa.
CAPÍTULO II: ARTE DE ACAMPAR OBJETIVOS DO ACAMPAMENTO · Ajudar jovens e juvenis a sentirem a proximidade de Deus e se tornarem familiarizados com Ele através da criação. · Preparar nossos juvenis para o tempo de tribulação vindoura. · Aumentar a familiarização dos acampantes. · Aprender a viver ao ar livre. · Ensinar confiança própria. · Satisfazer o espírito de aventura. · Desenvolver o vigor físico. · Por em prática os ensinamentos aprendidos no Clube. COMO ESCOLHER UM BOM LOCAL PARA ACAMPAR Um bom local para acampar deve ter água potável próximo ao local do acampamento, o terreno deve escoar a água da chuva com facilidade. Deve ser de fácil acesso, porém não próximo das cidades, a fim de evitarmos visitas inesperadas. O local deve oferecer segurança aos acampantes. Deve ter lenha próxima. Antes de qualquer coisa, deve se obter o máximo de informação sobre o local onde você irá levar sua unidade ou Clube, por meio de mapas, cartas topográficas, ou informações de amigos e pessoas que conheçam o local. Assim fazendo, a unidade ou Clube evitará maiores problemas quando for acampar no local. Devemos sempre evitar terrenos que sejam pedregosos, pois dificulta a armação das barracas, abrir valetas e torna desconfortável ao dormir. Terreno encharcado deixa o local enlameado trazendo dificuldades em acender fogo, ao caminhar e etc... O terreno arenozo torna difícil a montagem das barracas, por não oferecer resistência na colocação dos espeques. As encostas de elevações trazem problemas com enxurradas e deslizamentos, e a cume de elevações por ventar forte. Não devemos acampar debaixo de árvores, afim de evitarmos queda de galhos, e por ser a árvore um destino de raios de trovão. Devemos montar nossas barracas com a frente virada para onde o vento sopra, e não de frente para o vento. Topografia - Condições de escoamento de água e solo próprio para fixar e montar as barracas. Espaço suficiente para o acampamento e actividades. Acesso - Estradas dá para passar a condução? Se chover dá para voltar? Segurança - À distância segura de rios, local de enxurradas, encostas, animais perigosos, marginais, pântanos. Pontes seguras? Recursos naturais - Lenha, bambus, cachoeiras com água potável, árvores para actividades com corda, bosque para trilhas, etc. Quando for acampar, você deve tomar os seguintes cuidados: 1 - Antes de qualquer coisa, deve-se obter o máximo de informação sobre o local aonde você irá, por meio de mapas, fotos topográficas, ou informações de amigos e pessoas que conheçam o local. Assim evitará maiores problemas quando for acampar no local. 2 - Quando acampando, a barracas devem estar bem esticadas e quando possível, a barraca ter um sobre-teto (ex: plástico). Se você perceber que irá chover, cave uma valeta com cerca de 8 cm. 3 - A sua barraca deve estar a sotavento, isto é, com a frente da barraca para onde o vento sopra, assim como a cozinha e o fogo desta, pois o fogo ficando assim, o fumo e as fagulhas não cairão sobre a barraca. 4 - Evite armar sua barraca em terreno: a - Pedregoso: dificuldade para dormir, armar a barraca, abrir valetas, etc. b - Encharcado: problema de lama, dificuldade para acender o fogo, etc.
c - Arenoso: dificuldade em armar a barraca que poderá cair com um simples vento e outros problemas. d - Terreno inclinado: problema de enxurradas, a barraca dificilmente ficará esticada. e - Encosta de ladeiras: problemas de enxurradas e deslizamentos de terra. f – Cume de elevações: muito vento. g - Debaixo de árvores: problemas de queda de galhos, frutos ou da própria árvore; para além do perigo dos relampagos 5 - Antes de sair é indispensável fazer o cardápio das refeições e a lista dos gêneros e as quantidades de compra. Os alimentos devem ser variados e fortes, bastantes ovos e leite, frutas e verduras quando possível. 6 - Cavar uma vala ou trincheira para servir de latrina é outro ponto muito importante, deve ser uma das principais coisas a serem feitas ao chegar no local de acampamento. A vala por trincheira de latrina deverá ter 60 cm de profundidade, 90 cm de comprimento e 30cm de largura. A largura é importante para que quem a use, possa se agachar sobre a vala, com um pé de cada lado. A terra retirada deve ser amontoada atrás da vala, e uma pá fica a disposição para colocar terra na vala após o uso. As paredes podem ser de lona ou plástico preto, deve começar ao chão e ir até 1,80m. 7 - Deverá haver também um mictório, que se faz escavando um buraco e enchendo-o até o meio de pedras de drenar, facilitando o escoamento. E as latrinas devem ficar a favor do vento, cerca de 100 m do acampamento e bem escondida. Isso é muito importante. 8 - Escolha de um bom local: a - Água potável próxima b - facilidade em encontrar lenha c - Solo poroso bem drenado, quase plano em que a chuva não alague nem faça lama, de preferência se for gramado. d - Paisagem bonita e agradável e - Fácil acesso A água Quando se acampa, devemos escolher um local que tenha água boa para beber, mas mesmo assim todo cuidado é pouco. coe a água em pano limpo, ferva-a, e se for preciso purifique-a com cloro, iodo, ou com produtos químicos apropriados. Latrinas Deve se cavar uma vala ou trincheira com 60 cm de profundidade, 90 cm de comprimento e 30 cm de largura para servir de latrina. este local deve ser cercado com lona ou plástico escuro e ficar pelo menos a 100 m da cozinha e bem escondido. Sua localização deve estar de maneira que o vento não traga o cheiro de volta para o acampamento. Deverá haver também um mictório, que se faz escavando um buraco, enchendo-o de pedras até o meio, facilitando assim o escoamento da urina. Alimentação Antes de acampar o primeiro passo a dar é a elaboração do cardápio, preparando a seguir a lista de compras. Os alimentos devem ser variados, nutritivos e de fácil preparo. Deve ser organizada uma escala de serviço, de maneira que todos possam participar do preparo da alimentação, bem como da limpeza dos utensílios da cozinha. Lembre-se de que todos devem participar não só na cozinha mas, em toda e qualquer atividade do acampamento, pois o que comanda e lidera não é aquele que e faz tudo sozinho, mas aquele que motiva outros a fazer.
EQUIPES DE UM ACAMPAMENTO Cada membro da unidade ou do Clube deve saber de antemão o que fazer ao chegar no local do acampamento. Deve-se dar tarefas a todos, de maneira que cada um tenha responsabilidade em fazer algo em prol do acampamento, evitando-se sobrecarga de tarefas e a demora na montagem do acampamento. Tudo deve ser feito com alegria, mesmo as mais ingratas tarefas. O verdadeiro Desbravador vai acampar com espírito de união. 1. Equipe De Cozinha Antes do acampamento deve-se elaborar o cardápio, preparando-se a seguir a lista de compras. Alimentos variados, nutritivos e de fácil preparo. Deve ser organizada uma escala de serviço, de maneira que todos possam participar do preparo da alimentação, bem como da limpeza dos utensílios da cozinha. Lembre-se: todos devem participar não só da cozinha mas em toda e qualquer atividade do acampamento, pois o que comanda e lidera não é aquele que faz tudo sozinho, mas aquele que ensina e motiva outros a fazer. 2. Equipe De Transporte Responsável pela cobrança das passagens, arranjar condução e orientar quanto ao percurso. 3. Equipe De Programa Elaborar um programa escrito, com horários para tudo, corinhos, pensamentos, orientações, etc. Este grupo organiza todas as atividades e faz funcionar os horários. Diz quem fará o quê. Organiza a segurança e faz a escala dos oficiais do dia. 4. Equipe De Intendência Providencia todo material para as atividades e instruções, inclusive para a cozinha. 5. Equipe De Eventos Planeja e executa as atividades recreativas e instrutivas do acampamento.
6. Equipe De Infra-Estrutura Montagem de todos os aparatos como: cozinha, latrinas, toldos, mastros, limpeza, pista de obstáculos. Obs: Cada unidade fornece alguns desbravadores para esta equipe.
MATERIAL Material da unidade A unidade deve ter duas barracas, machadinha, facão (2), facas (2), lanterna, corda de 20m, repelente, cordinhas finas, serra, estojo de primeiros socorros, apito, Iscas de fogo, bandeirim, utensílios de cozinha, plástico ou lona para cobrir a cozinha e outro para abrigar da chuva ou do sol forte.
Material individual do desbravadorCada desbravador ao acampar deve levar: Bíblia, hinário, lição, seu uniforme completo, mochila, capa ou plástico, lanterna, canivete, agasalho, roupa de uso pessoal, cordinha, chinelo, colchonete, saco de dormir ou cobertor, prato e copo de plásticos, talheres, estojo de costura e material de higiene. Todo esse material deve estar acondicionado em saco plástico, evitando de molhar em caso de chuva. Obs: não trazer a casa inteira para o acampamento e nem esquecer o essencial.
DICAS Dividir responsabilidades Cada membro da unidade ou do clube deve saber de antemão o que fazer ao chegar ao local do acampamento. deve-se dar tarefas a todos, de maneira que cada um tenha responsabilidade em fazer algo em prol do acampamento, evitando-se a sobrecarga de tarefas e a demora na montagem do acampamento. Tudo deve ser feito com alegria, mesmo as mais ingratas tarefas. O verdadeiro desbravador vai acampar com espírito de união.
As últimas coisas a fazer á noite Antes de dormir deve-se escovar os dentes, proteger a água, os alimentos e a lenha, cobrir as brasas do fogão de maneira que tenhamos algumas brasas vivas pela manhã. Veja se nada foi deixado ao sereno. Afrouxe os cabos da barraca. Faça o culto e ore antes de dormir. Geralmente o horário de recolha é as 10:00 da noite, no máximo, esta é a hora do silêncio obrigatório.
Ao acordar Assopre o fogo, reavivando-o, ponha mais lenha e a água para ferver, escove os dentes, estique os cabos da barraca, pendure ao sol a roupa de dormir, prepare o desjejum, limpe e arrume a barraca, passe uma revista no local de acampamento para ver se tudo está em ordem, faça o culto matina e hastie a bandeira. Todos os acampantes devem estar fora das tendas as 6:00 da manhã.
REVISANDO 1. Mesmo com tempo bom deve-se levar capa de chuva ou plástico. (Desbravador) 2. Antes de ir dormir, afrouxar os cabos das barracas, proteger a água e a lenha, cobrir as brasas, ver se nada foi deixado no sereno, fazer culto e orar. (A Unidade) 3. Coar a água em pano limpo, ferver se preciso ou colocar cloro. (Equipe de Cozinha) 4. Não armar barracas de frente para o vento. (Unidades) 5. Latrinas: 60 cm. de profundidade x 90 cm. de comprimento x 30 cm. de largura. Longe da cozinha, cercado de lona plástica, bem escondido e localizado de forma que o vento não traga o cheiro de volta para o acampamento. (Infra-estrutura) 6. Ao preparar o cardápio, não por alimento cárneo. (Cozinha) 7. Encha o Sábado de atividades espirituais interessantes. (Eventos) 8. Ao acordar: Acender o fogo, por água para ferver, esticar os cabos da barraca, pendurar ao sol a roupa de dormir, preparar o desjejum, limpar e arrumar a barraca, revistar o local para ver se tudo está em ordem, fazer o culto matinal, hastear a bandeira. (Unidade) 9. Bem antes de sair para acampar cada um deve saber como arrumar a mochila e o que levar. (Intendência) 10. Só levar um volume para o acampamento. (Desbravador)
ECOLOGIA 1. Expressamente proibido cortar qualquer arbusto ou árvore verde. 2. Queime todo plástico e embalagens possíveis. 3. Amasse as latas e leve-as de volta. 4. Vidros? Se você ainda carrega este peso e perigo... levar de volta. Não compre sucos, conservas ou qualquer coisa embalada em vidro. (Já existem opções em plásticos para tudo) 5. Aterre as latrinas, replante a grama, apague totalmente o fogo. não deixe vestígios no local. Passe um pente fino, recolhendo tudo o que não for da natureza.
O FOGO O fogo é indispensável em qualquer acampamento. Pode ajudar como pode ferir, aquecer ou queimar, preservar vidas ou matar. Precisamos tomar algum cuidado ao lidar com o fogo. Para haver fogo precisamos de: a. Combustível - Material próprio b. Comburente - bastante ar c. Temperatura Saber fazer uma fogueira com ou sem fósforos ou isqueiros é uma condição indispensável para quem pretende aventurar-se por regiões selvagens ou inabitadas. Embora necessitemos conhecer também os métodos primitivos de fazer o fogo, sabemos que hoje não é difícil nem incômodo transportar um isqueiro ou algumas pequenas caixas de fósforo. Neste caso, é preciso impedir que os fósforos se molhem numa travessia de rio ou num banho de chuva inevitável. Para tanto, isole as caixas numa embalagem plástica com fita adesiva ou cubra os palitos de fósforo com parafina líquida (Massa de vela derretida é uma boa opção) antes de sair para a sua aventura. Antes de ter a chama é necessário, porém, armar a fogueira.
TIPOS DE ACAMPAMENTOS Existem vários tipos de acampamentos. Iremos saber sobre alguns deles abaixo: Campori - Acampamento envolvendo todos os desbravadores de uma região, provincia ou País. Gerais - Acampamentos envolvendo todos os desbravadores dum mesmo Clube. Por unidade (Campunid) - Acampamento que envolve apenas uma unidade específica, ou várias unidades. Directoria - Acampamento que envolve apenas a diretoria (pessoas responsáveis pela organização e direção) de um ou mais Clubes.
ESQUEMAS DE ACAMPAMENTO Há dois tipos de esquema de acampamento: Em forma de Ferradura e em Quarteirão. A primeira coisa que devemos fazer ao chegar ao local de acampamento, é marcar o centro do local onde se pretende acampar. As barracas deverão ser colocadas em “U”. Na frente deverá ser erigido (colocado) um mastro. A primeira barraca a ser montada no acampamento é a de INTENDÊNCIA, permitindo assim que todo material de trabalho ou gênero alimentício não fique exposto ao tempo. Esta barraca deverá ficar com sua frente totalmente virada para o lado em que nasce o sol (leste), permitindo assim que receba os primeiros raios solares e arejar seu interior, porém à tarde deve estar protegida por uma leve sombra. Em seguida arma-se todas as outras barracas de acordo com o esquema do Diretor (responsável pelo acampamento), sendo porém que a barraca de PRIMEIROS SOCORROS armada por último no quarteirão ou forma de ferradura, e deverá ser construído um portão. Obs: O portão do acampamento, terá que ser construído bem em frente à barraca de intendência. Tendo armado tudo, arma-se o banheiro. O mesmo deverá ficar no mínimo 50m de distância do acampamento, verificando-se também a direção do vento, para que o mau cheiro não siga para o lado do acampamento com o vento. No final do acampamento Só devemos deixar o local do acampamento nossos agradecimentos. Há anos atrás, um Coordenador da UEB dos Desbravadores deveria visitar um Clube que estava acampando mas, devido a uma confusão de datas, ele chegou somente no dia em que o Clube havia se retirado do local algumas horas antes. Mais tarde, na sede do Clube, ele disse: “cheguei tarde para ver o acampamento, e procurei durante duas horas por todo o local, mas não pude
encontrar onde o Clube estava acampado. Não pode haver maior elogio do que este. Deixe o local de acampamento pelo menos como você gostaria de encontrá-lo quando chegasse. Antes de sair queime todo o lixo. Amasse as latas e enterre-as junto com que for de vidro, ou leve para casa de volta. Aterre as latrinas, assinalando o local, e as demais valas feitas. Replante a grama. Apague totalmente o fogo, não deixando nenhum vestígio no local. Passe um pente fino final, recolhendo tudo o que não fizer parte da natureza.
Algumas actividades para o acampamento Cross: A unidade deverá escolher 2 membros para representá-la em um percurso com obstáculos, e no final passar uma linha pela agulha. Quando for completado o percurso terão direito a responder 2 perguntas sobre história dos desbravadores, para conseguir um bônus extra. Avaliação: Tempo Nós: As unidades serão avaliadas a qualquer momento, por membros da diretoria, por isso deverão ter cordinha da cor da unidade todo o tempo. Os nós que serão avaliados são os seguintes: Nó direito, fateixa, escota, pescador, cirurgião. Lais de guia, corrediço, voltar do fiel, volta do ribeira, volta do salteador. Avaliação: nó correto e explicação Ordem unida: As unidades serão avaliadas em ordem unida parada e em marcha. Avaliação: Postura, execução e erros. Túnel do desbravador: A unidade deverá escolher um representante que irá passar por um túnel com um certo número de objetos relacionados a desbravadores e identificá-los. Avaliação: Tempo e numero de objetos identificados Pão no espeto: As unidades deverão preparar,a massa o fogo e assar o pão no espeto. Avaliação: Participação de toda a unidade, pão assado, regras de segurança com o fogo e tempo Maquete: As unidades receberão um tema para a construção de uma maquete que poderá ser construída unicamente com materiais da natureza. Avaliação: Tempo, criatividade, concordância, materiais Caça ao tesouro: Através de versos bíblicos as unidades deverão procurar objetos espalhados pelo campo, cada objeto encontrado trás um verso que leva a outro objeto. Avaliação: Tempo P.S: As unidades farão atendimentos de primeiros socorros solicitados pela diretoria na hora da prova. Avaliação: demonstração e explicação correta
A BARRACA A barraca é o equipamento principal do acampamento. Ao comprar a barraca deve-se pesquisar muito bem, pois a grande variedade de modelos, marcas e materiais pode confundir o comprador. Deve-se ter em mente na hora da compra o número de pessoas a que a barraca se destina, se vai ser levada de carro ou carregada nas costas, etc. Há modelos importados de qualidade superior e mesma faixa de preço que os modelos nacionais, que perdem de longe quando o assunto é acabamento da barraca. Basta comparar.
Eis algumas características de alguns modelos mais comuns: 1. Barraca do tipo Canadense
o o o o
É um dos modelos mais tradicionais, de formato triangular quando vista de frente. Fácil de montar, pode ser encontrada em tamanhos variados. Como sua armação geralmente é de metal, é pesada para ser carregada a pé por trechos longos. O material também influi na escolha, sendo as feitas de lona mais quentes e pesadas que as fabricadas em nylon.
2. Barraca do tipo Bangalô o
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Também tradicional, parece uma casa. Tem quartos e uma varanda onde pode ser instalada a cozinha. É muito pesada por possuir a armação de metal e ser fabricada em lona. Abriga no mínimo 5 pessoas. Boa para famílias inteiras.
3. Barracas do tipo Iglu
o o o o o
Vários modelos, de formato variável, desde o tradicional iglu até modelos tubulares semelhantes a casulos. Há modelos grandes de base hexagonal com capacidade para mais de cinco pessoas. A armação é de fibra sintética (vidro, carbono), muitas vezes mais leve que as armações metálicas. São fabricadas em nylon e muito leves para carregar. Perdem em durabilidade para as de armação metálica.
MONTANDO BARRACAS Diversos são os tipos de barracas, havendo também improvisações com lonas de diferentes tamanhos. Obs.: não se devem armar barracas em terrenos em declives fortes (grandes inclinações), cabeça de morro ou crista de serra, em solo úmido e argiloso, em que possa formar poças de lama, ou em terreno perigoso em que a irregularidade de fincar estacas e espeques prejudicando o trabalho de instalação. Os terrenos arenosos exigem cuidados especiais na fixação dos espeques ou estacas para maior segurança da barraca. Espeques ou Estacas - serão cravados no solo de modo a construírem uma boa ancoragem; o ângulo do material a se cravado no solo e de 45 graus em relação ao terreno. Piso da Barraca - é necessário uma boa impermeabilização. A irradiação do calor terrestre traz sempre umidade pela evaporação. As paredes da barraca devem estar ajustáveis ao solo, para que não haja corrente de ar e não entre pequenos animais (alguns perigosos). BARLAVENTO - é o lugar onde sopra o vento. SOTAVENTO - é o lugar para onde vai o vento. A barraca deve Ter a porta de entrada voltada para o sotavento, para evitar maiores prejuízos. Pode-se verificar com facilidade a direção do vento: movimento da copa das árvores, soltando no ar folhas, pedaços de papel, uns poucos de pó, umedecendo o dedo e notando de que lado ele esfria mais depressa. A insolação da barraca é indispensável, assim como seu arejamento. PERMITINDO O AREJAMENTO DA BARRACA: Deve estar colocada de modo a receber os raios solares, de preferência pela manhã, ou pelo menos durante seis ou oito horas. Por outro lado, sua fixação deve possibilitar o levantamento das abas ou extremidades durante o dia, para que o movimento do ar retire a umidade decorrente da evaporação do solo. Não estando chuvoso o tempo, todo material existente no interior da barraca deve ser inteiramente exposto ao sol. PREVILEGIOS DE QUEM ACAMPA Existem alguns privilégios que só tem quem acampa. E se for no outono, melhor ainda. Veja só: · Dormir em barraca. · Comer uma comida gostosa. · Escutar as crianças dizerem que não dormiram por uma série de motivos, sendo que na noite anterior ficaram até tarde conversando... · Visão espetacular da natureza. · A inspiração e a presença de Deus. · Cânticos alegres, animados e bonitos. · Escutar histórias junto à fogueira. · Sentir o calor da fogueira. · Admirar as faíscas que sobem e o contraste da fogueira com a noite escura. · Acordar alguém que já está dormindo ao final da programação da fogueira. · Sentir a barraca gelar às 4 horas da manhã. · Aprender coisas novas. · Conhecer melhor as pessoas. · Acampar no alto de uma montanha e admirar a paisagem.
· Deslumbrar-se com o amanhecer, quando é visto um mar de algodão formado pela neblina, com várias ilhas que são as pontas dos montes. · Maravilhar-se com o pôr do sol. · Emocionar-se com a beleza de uma noite completamente estrelada. · Sentir o ar frio da noite. · Caçar um tal de "tirisco" e ainda não encontrar "o dito cujo". · Contar piadas ao redor do fogo. · Rir das piadas ao redor da fogueira. · Seguir trilhas em meio à natureza. · Pelo menos uma noite ir dormir tarde. · Escutar apenas o barulho dos grilos. · Escutar apenas o silêncio da natureza. · Escutar o canto dos pássaros. · Sair da rotina. · Evitar o "stress". · Esquecer um pouco as coisas artificiais e supérfluas da nossa vida. · Valorizar o que temos. · Aprender um pouco mais de humildade. · Reafirmar o segredo do sucesso: a união. · Extravasar alegria. · Brincar. · Sorrir. · Sonhar. · Ver, ouvir e sentir coisas novas. · Sentir o calor do sol. · Crescer física, mental e espiritualmente. · Aprender valiosas e importantes lições. · Valorizar ainda mais a amizade. · Relembrar que temos um Grande Deus!!! · Esquecer a televisão e o computador. · Valorizar as coisas simples da vida. · Carregar uma mochila pesada. · Chegar em casa e lembrar que esqueceu algo no acampamento!!! · Brincar com os amigos. · Perceber o cuidado e a proteção de Deus. · Ter histórias para contar. · Aproveitar alguns dos melhores momentos de nossa vida!!! Acampar faz muito bem à saúde!!! Se queres ser um bom acampante... 1. Seja pontual – O atraso irá causar perca de pontos para a equipe 2. Será feito as chamadas das equipes em cada atividade, esteja Presente!!! 3. Nenhum acampante deve ultrapassar os limites estabelecidos para o acampamento sem autorização 4. Cuidar dos objetos pessoais 5. Usar trajes adequados para cada momento 6. Durante as atividades, dar o melhor de si e estimular o melhor dos outros 7. Evitar todo espírito de competição valorizando a participação 8. Respeitar a privacidade dos outros 9. Não permitir em qualquer situação o surgimento de discussões e brigas 10. Estão proibidas brincadeiras de mau gosto... 11. Respeitar os responsáveis pela ordem e seguir suas orientações
12. Zelar pela limpeza e ordem do acampamento com o objetivo de deixá-lo melhor do que foi recebido 13. Não entrar nas dependências da cozinha, a menos que seja solicitado 14. Silêncio após o horário estabelecido 15. Os casos omissões deste boletim de informações serão resolvidos pela diretoria Penalidades cabíveis... 1ª - Perca de pontos do desbravador 2ª - Perca de pontos do desbravador e da equipe 3ª - Convite para retirar-se do acampamento
CAPITULO III: FACA DO MATO A faca de mato é uma ferramenta bastante útil para o Desbravador e, por isso, deve ser bem comprada e bem cuidada. Ao comprares a faca de mato, verifica se o cabo é resistente e se está bem equilibrada. Normalmente as facas de mato já são vendidas com uma bainha. Se a tua não tiver, deves arranjar-lhe uma o mais depressa possível. Podes sempre decorar a bainha da faca com coisas que te identifiquem, como uma espécie de marca pessoal.
Para verificares se a faca está bem equilibrada, tenta precisamente equilibrar a faca em cima de um dedo, colocando este no início da lâmina, mesmo junto ao cabo.
Como entregar a Faca de Mato a outra pessoa Alguns acabam sempre por se cortarem com facas de mato (e mesmo canivetes) ao receberem-nas de outra pessoa. O Desbravador deve saber como entregar corretamente uma faca de mato, e também ter o devido cuidado ao recebê-la de outra pessoa. Não há uma maneira única de entregar a faca de mato. Apenas é preciso ter cuidado para ninguém se cortar na lâmina.
NÃO - ao dar a faca com a lâmina para a frente, a pessoa que a recebe pode-se cortar, mesmo que lhe vá pegar no cabo. Uma faca deve sempre ser entregue co m o cabo livre para se lhe pegar. NÃO - quando a pessoa que recebe puxar a faca, a lâmina desliza sobre os dedos de quem está a entregar, cortando-os de imediato.
SIM - a pessoa que entrega a faca de mato nunca se corta, porque os dedos estão fora do alcance da lâmina. Por seu lado, a pessoa que a recebe, tem o cabo completamente livre para lhe pegar, ficando igualmente fora do alcance da lâmina.
Como cortar um pau com a Faca de Mato
Para evitar que se corte um dedo ou uma mão, os movimentos da faca devem ser sempre feitos para fora do nosso corpo, no sentido oposto à mão com que seguramos no pau ou ramo. Assim, a lâmina da faca nunca vem contra nós por azar !
SIM
NÃO
Cuidados a ter com a Faca de Mato A faca deve andar sempre na bainha, quando não estiver a ser usada. No fim dos acampamentos e actividades, deves sempre cuidá-la, seguindo os seguintes passos: 1- Limpá-la cuidadosamente de todos os detritos, usando petróleo se for preciso; 2- Secar bem toda a faca, por causa da ferrugem; 3- Sfiar bem a lâmina para ficar pronta para a próxima atividade; 4- Untar toda a lâmina (e outras partes metálicas) com óleo para a proteger da ferrugem; 5- Embrulhá-la num bocado de plástico, para conservar o óleo; 6- Guardá-la numa gaveta ou caixa onde ficará em segurança. Enquanto estás no campo e te estás a servir da faca de mato, podes precisar de a pousar e não teres a bainha perto, ou então teres a faca tão suja que não a queiras guardar na bainha. Alguns cometem os maiores erros nestas alturas, mas você, como bom desbravador, fará o correcto.
NUNCA deves espetar a faca numa árvore viva nem na terra. Se espetares a lâmina na terra poderás encontrar uma pedra que te estrague o fio da lâmina. De qualquer maneira, mesmo espetando em areia, há sempre prejuízo para o fio da lâmina.
Para além disto, deves ainda ter o cuidado de deixar a faca de maneira a que ninguém se corte na lâmina. Deixar a lâmina no meio do chão é um dos erros mais comuns de alguns: para além de apanhar demasiada humidade e de alguém a poder pisar e parti-la, alguém descalço ou de chinelos pode passar e cortar-se. Também espetar uma faca num cepo pode ser perigoso, pois alguém se pode cortar ao passar com um pé ou uma mão, para além de acabar por torcer o bico da faca caso seja espetada de ponta.
Deves nunca esquecer que quando espetas uma faca num cepo, é apenas por alguns minutos ou segundos, e que o local não pode ser freqüentado por outras pessoas, senão alguém se pode cortar.
NÃO deves usar a tua faca de mato (ou canivete) num veículo em movimento, como por exemplo num comboio ou autocarro. Um solavanco inesperado pode causar um acidente com a lâmina. No caso de uma travagem brusca, a faca pode vir mesmo a espetar-se no corpo (teu ou de outra pessoa). Quando começas a usar a faca de mato, e tal como no caso do machado, deves ter a preocupação de verificar se tens pessoas junto a ti, que poderiam vir a ser vítimas de algum deslize da lâmina. Se transportares a tua faca de mato dentro da mochila, deves ter cuidado para não a enfiar à força no meio das coisas, pois o bico da faca pode furar a bainha e rasgar o material ou mesmo a mochila. Ao cortares uma espia ou cabo, não cortes na vertical, mas sim obliquamente, tal como com o machado.
CAPITULO IV: MACHADO OU MACHADINHA A diferença entre o machado e a machadinha está no tamanho. O machado é grande e usa-se com as duas mãos. A machadinha é bem menor e basta uma mão para manobrá-la. O Desbravador costuma usar a machadinha.
Utilização do Machado O Desbravador sabe usar o machado e a machadinha corretamente. A machadinha, usada só com uma mão, requer mais pontaria do que força. Os golpes com a machadinha são dados pausadamente, calculando sempre o local do golpe, e sem excesso de força. O machado, apesar de ser pego com duas mãos, usa-se também pausadamente, sem força excessiva e apostando sempre na pontaria.
A machadinha, por poder ser usada apenas com uma mão, deve ser pega na ponta do cabo, e não meio do cabo. Tem-se melhor balanço, e é preciso fazer-se menos força.
Sempre que começamos usar um machado, devemos verificar o seguinte: •
Se a cunha está bem fixa. Mergulhar o machado em água faz inchar a madeira e assim garantir melhor a fixação do cabo na lâmina.
•
Se não há ninguém por perto que possa ser atingido por um golpe.
Para cortar um galho, nunca devemos fazer sobre terra, pois a lâmina acabará sempre atingindo o solo, estragando o fio. Deve-se sempre apoiar o galho em cima de um cepo mais grosso.
SIM
NÃO
O ponto onde vamos cortar deve estar bem apoiado e o mais fixo possível. Nunca desferir golpes com o machado sobre um ponto do galho que esteja sem apoio, pois o efeito será fraco e o galho ao vibrar pode fazer com que o machado salte e atinja o utilizador.
SIM
NÃO
SIM
NÃO
A inclinação do machado é importantíssima para o efeito dos golpes. Nunca se deve dar os golpes com a lâmina num ângulo de 90º, ou seja, na vertical. Deve-se inclinar sempre o machado para fazer aproximadamente um ângulo de 60º.
Os golpes devem ser alternados, ora inclinados para a esquerda ora para a direita.
O machado nunca deve ser usado como martelo, pois não foi para isso que foi feito.
Desbastar um tronco
Para limpar ou desbastar um galho ou tronco, começa-se pela parte mais grossa e vai-se avançando em direção à ponta, no sentido de crescimento da árvore. Se os golpes forem dados no sentido contrário, acabará por rachar o tronco.
SIM
NÃO
Cortar un tronco na vertical A técnica precisa de duas zonas de golpe: a primeira de um lado, e a segunda do lado oposto e mais em cima. Esta técnica aplica-se tanto para um galho, como para um tronco, como para árvores. No caso de uma árvore, esta cairá para o lado da primeira zona de golpe.
Para cortar uma vara verde, segure pela parte de cima para envergar. Os golpes devem ser dados com inclinação de 60º e não perpendicularmente à vara. Vergar a vara aumenta o efeito de corte do machado.
SIM
NÃO
Rachar Lenha Para rachar lenha, comece por cravar a lâmina no tronco (não precisa ser com muita força), junto a uma das extremidades. Em seguida, vai batendo com o conjunto tronco-machado em cima de um cepo. Aos poucos o machado vai-se enterrando cada vez mais no tronco, rachando-o ao meio.
Fazer uma estaca Para afiar uma estaca, devemos apoiá-la em cima de um cepo, e golpeá-la com pontaria, como na figura. A cada golpe vire um pouco a estaca.
Uma estaca deve ter a parte de trás ligeiramente desbastada, como na figura, para evitar que, ao bater nela, se desfaça.
Segurança Além de saber manejar corretamente o machado, o Desbravador deve igualmente saber tomar todas as medidas de segurança relativamente a esta ferramenta. Tal como a faca, canivete ou outra ferramenta cortante, o machado não deve ser deixado caído no chão, encostado a uma árvore e muito menos cravado no tronco vivo de uma árvore.
O seu manejo deve observar regras de segurança para o utilizador, assim como para pessoas que se encontrem por perto.
Devemos ter todo cuidado ao usar o machado para que este não atinja sua perna ou braço. Se estiver segurando com a mão no tronco ou galho que esta sendo cortado, verifique se a mão não esta ao alcance de nenhum golpe desviado por acaso.
O mesmo cuidado devemos ter com as pernas, as quais deverão estar conforme a posição em que esteja cortando, de modo a que o machado nunca te atinja a perna, mesmo no caso de um golpe mal dado e que se desvie.
Como Guardar o Machado O machado deve ficar guardado dentro da respectiva bainha, ou cravado num cepo ou num suporte próprio montado no campo.
Para cravar o machado num cepo é comum ver pessoas desferirem grandes golpes sem grandes resultados. A técnica consiste unicamente em espetar a lâmina em bico, e não com o fio todo. Para isso, a lâmina deve ficar paralela ao cepo.
SIM
NÃO
NÃO
Fabricar uma bainha Como a maior parte dos machados não traz bainha, devemos saber fazer uma com facilidade, para que o machado ande sempre protegido e possa ser transportado à cintura. O material ideal é o couro. Se não tiver couro, pode usar qualquer tecido grosso do tipo lona, que não se rompa com facilidade. Para reforçar podemos fazer duas ou três camadas. Depois de cortar com o feitio que se indica na figura, abra orifícios para passar o cinto e para enfiar o cabo do machado. Estes orifícios, no caso de usar tecido, devem ser costurados do mesmo modo que as casas dos botões nas camisas, para não se rasgarem. Depois, é só coser com fio grosso, e colocar um botão. Num sapateiro encontrara com facilidade um botão de pressão de fácil uso.
Transporte O transporte do machado é outro fator importante na segurança. Quando o transportar na mão, segure-o sempre pela lâmina, e nunca pelo cabo. Os iniciantes, quando pegam no machado pela primeira vez, costumam andar com ele segurando no cabo e balanceando-o, arriscando-se a bater com a lâmina nas pernas ou atingir algum colega. Se o machado for grande poderá levá-lo ao ombro, mas sempre com o fio da lâmina virado para fora.
Quando se passa o machado a outra pessoa, devemos entregá-lo sempre segurando na lâmina, para que se possa pegar facilmente no cabo.
SIM
NÃO
Conservação Para evitar a ferrugem, devemos seguir alguns conselhos: • • •
Quando regressar de uma actividade, limpe bem o machado, para tirar toda a sujeira e humidade. Para retirar ferrugem, use palha de aço. Para conservar o machado sem ferrugem, unte a lâmina com óleo, e embrulhe com plástico.
Afiar uma Lâmina
Para afiar a lâmina podemos usar uma simples pedra de esmeril, que devemos manter molhada com água ou, melhor ainda, com óleo. Use movimentos circulares, deslocando para frente. Se a pedra for grande, fixe-a (por exemplo, num cepo) e imprima ao machado os movimentos circulares (observe a figura). Se a pedra for pequena, pegue nela com uma mão e, tendo cuidado para não se cortar, anda com ela igualmente em movimentos circulares, mantendo o machado fixo.
Se a lâmina tiver fissuras, devemos começar usando um lima para fazer desaparecer, e só depois usar a pedra de esmeril. Quando estiver desbastando a lâmina do machado, para retirar as fissuras, tenha cuidado. O fio da lâmina deve ficar com uma forma nem muito longa nem muito curta. Observe a figura para ver qual é a melhor forma.
Reparação do Cabo Se por acidente, ou qualquer outro motivo, o cabo do machado se partir, eis uma forma fácil de retirar os restos da madeira do cabo de dentro do olhal da lâmina. Cave um pequeno buraco na terra onde enterrara ligeiramente a lâmina deixando o olhal de fora.
Depois, faça uma pequena fogueira em pirâmide por cima, para queimar a madeira. Logo que acabe o fogo, poderá retirar facilmente os restos de madeira queimada de dentro do olhal, devemos mergulhar a lâmina em água fria para que não destempere.
Depois de feito o cabo novo, inseri-lo no olhal e fixá-lo com uma cunha.
O machado deve ser bem equilibrado. Para testar o equilibro, coloque o machado sobre o dedo indicador, na zona onde acaba o cabo e começa a lâmina. Se o machado se equilibrar é porque está em boas condições de equilíbrio.
Num machado bem alinhado, o gume da lâmina deve estar em linha com a ponta do cabo.
Para evitar que o cabo rache ao bater com a ponta numa superfície dura, devemos cortar essa mesma ponta.
CAPITULO V: NÓS E AMARRAS Amarra Diagonal Amarra Diagonal serve para aproximar e unir duas varas que se encontram formando um ângulo agudo. É muito utilizada na construção de cavaletes de ponte, pórticos etc. Para começar usa-se a Volta da Ribeira apertando fortemente as duas peças, dão-se três voltas redondas em torno das varas no sentido dos ângulos, e em seguida, mais três voltas no sentido dos ângulos suplementares, arrematando-se com um anel de duas ou três voltas entre as peças (enforcamento) e uma Volta de Fiel para encerrar. Pode-se também encerrar unindo a ponta final a inicial com um nó direito.
Amarra Quadrada Amarra Quadrada é usada para unir dois troncos ou varas mais ou menos em ângulo reto. O cabo deve medir aproximadamente setenta vezes o diâmetro da peça mais grossa. Começa-se com uma Volta de Fiel bem firme ou uma Volta da Ribeira. A ponta que sobra desse nó, deve ser torcida com o cabo para maior segurança ou utilizada para terminar a amarra unindo-se a ponta final com um nó direito. As toras ou varas são rodeadas por três voltas completas redondas entre as peças (enforcamento) concluindo-se com a Volta do Fiel na vara oposta ao que se deu o nó de início ou com o nó direito na extremidade inicial.
Amarra de Tripé Esta amarra é usada para a construção de Tripés em acampamentos, afim de segurar lampiões ou servir como suporte para qualquer outra finalidade. A amarra de tripé é feita iniciando com uma Volta da Ribeira ou Volta do Fiel, passando alternadamente por cima e por baixo de cada uma das três varas, que devem estar colocadas lado a lado com uma pequena distância entre elas. Não é necessário o enforcamento nesta amarra, pois ao ajustar o tripé girando a vara do meio a amarra já sofre o "enforcamento" sendo suficientemente presa. Entretanto, em alguns casos o enforcamento pode ser feito, passando voltas entre as varas e finalizando com uma volta do fiel ou nó direito preso a extremidade inicial.
Balso pelo seio Este nó forma uma laçada dupla. É uma boa cadeira porque é possível sentar-se confortavelmente nele. Muito útil para subir ou descer uma pessoa ou volume. Geralmente se faz no meio da corda e é considerado um nó de salvamento. Nesse caso, lance a corda para a pessoa já com o nó feito para poder içá-la com segurança.
Volta do Salteador
Utilizado para prender uma corda a um objeto, com uma ponta fixa e outra que quando puxada desata o nó. Serve para descermos de uma arvore, escarpa ou barranco. É um nó extremamente perigoso, deve estar bem feito e ajustado quando utilizado para descermos com ele.
Lais de Guia Utilizado para formar uma alça que não corre. É um nó para salvamento. Tem a vantagem de poder ser feito utilizando apenas uma das mãos. Útil quando precisamos usar uma das mãos para se agarrar num barranco, ou como se estivesse caído dentro de um buraco com o braço quebrado. Nesse caso o faremos em volta de nosso tronco para que uma outra pessoa possa nos içar com segurança. Quando for içar alguém, lance a corda com o Lais de Guia já feito.
Borboleta
Utilizado para fazer uma alça no meio do cabo. Não corre e nem perde a forma. Muito resistente e rápido de fazer.
Nó de Escota Usa-se para unir dois cabos de bitola diferente ou para fixar um cabo a uma argola.
Volta do Fiel Chamado simplesmente de fiel este nó é a forma mais rápida de se fixar a corda, podendo ser reajustado ou desfeito com facilidade. Muito utilizado para iniciar uma amarra e segurar a corda atada á um poste. Não corre é resistente e seguro com um bom arremate de segurança na ponta.
Nó em Oito
Utilizado para arrematar provisoriamente a ponta de um cabo. Quando feito em laçada pode ser utilizado na cintura com um mosquetão em escaladas.
Nó Direito Utilizado para unir dois cabos de mesmo diâmetro e para finalizar algumas amarras. Não deve ser utilizado para montanhismo ou rapel.
Prusik Este é um nó auto-blocante, ou seja, sob tensão ele trava e quando frouxo ele corre facilmente. Em resgates, ascensões por uma corda fixa ou mesmo em cabo de aço, o Prusik é muito utilizado e quase sempre essencial. A corda utilizada para este nó deve ter aproximadamente a metade do diâmetro da corda principal, tendo suas pontas emendadas com um pescador duplo.
Nó de Catau Utilizado para reduzir o tamanho de uma corda sem cortá-la, ou para para isolar alguma parte danificada da corda, sem deixá-la sob tensão. Atua com forte tensão e quando o uso for permanente se reforça com um cote nos extremos.
Nó de Pescador Utilizado para unir linhas de pesca, cordas corrediças, delgadas, rígidas, cabos metálicos e até cabos de couro.
Nó volta redonda com 2 cotes
Utilizado para prender uma corda a um bastão. É um nó muito útil, não se desfaz facilmente, bom para esticar toldos ou barracas.
Nó do Cirurgião Este nó é uma variação do nó direito, conta com uma volta a mais na laçada oferecendo mais força ao nó.
Volta da Ribeira
Utilizado para prender uma corda a um bastão, tronco, galhos, etc. É necessário manter este nó sob tensão.
Nó de Aselha
É utilizado para fazer uma alça fixa no meio de um cabo. Difícil de ser desfeito quando tencionado porém muito rápido de ser feito.
Nó de Correr Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda. Utilizado para fazer rabéola de pipas. Útil para aplicação de força quanto mais se puxa, mais ele aperta.
Boca de Lobo
Este nó parece um Prusik, porém com apenas uma volta. Serve para fixar um cabo a algo rapidamente.
Nó de Arnez
É utilizado para fazer uma alça fixa no meio de uma corda sem utilizar as pontas.
Cadeira de bombeiro É um nó simples e rápido de atar quando se precisa subir ou descer uma pessoa de uma árvore, barranco ou outro ponto. É seguro, porém mais utilizado em caso de emergência ou quando a altura não oferece grandes riscos. Para estes casos, existem cadeiras mais elaboradas e seguras.
Nó de Barril
Colocado o barril sobre um cabo faça um meio nó (nó simples) sobre o mesmo. Abra o nó deslocando sobre a lateral do barril ate seu terço superior. Arremate as pontas
CAPITULO VI: PIONEIRIAS Pontes O Clube de Desbravadores objectiva motivar o esforço cooperativo para um fim comum que é democrático. Na prática duas coisas sobressaem, os hábitos se fixam e dão oportunidade de exercer iniciativa domínio de si mesmo e autoconfiança. O Método Desbravista guia os jovens para que façam o que é justo e ensina-lhes bons hábitos, próximo ao ideal.
As pontes Mateiras para os Desbravadores são de grande importância, pois não sabemos quando iremos encontrar obstáculos pelo caminho como riachos, lagos, braços de rio e etc. Até mesmo na questão de travessia de uma árvore para outra, quando se trata de um acampamento suspenso, ou quando queremos ficar longe do chão por alguma razão natural do ambiente que incomode muito como insectos, animais, humidade entre outras coisas.
A construção de pontes demonstra uma grande habilidade e é uma excelente actividade. Todavia observe bem as condições de segurança para evitar acidentes.
A melhor maneira de se aprender é a pratica constante, sempre que possível, possuindo os materiais necessários e tempo disponível, construa uma ponte, comece com as mais simples e vá pouco a pouco se aperfeiçoando.
Torres Entre as características de um Desbravador está a faculdade de observador, por esta razão a construção de torres que facilitam esta acção são imprescindíveis. A coordenação de uma equipe de jovens permite levantar com facilidade uma torre de observação. Cada jovem fazendo sua tarefa planejada e correcta oportuniza um trabalho colectivo, estabelecendo valores individuais. As construções necessitam antes de mais nada de espírito de equipe, coordenação e disciplina. Habilidade e dedicação também são importantes.
Não há campista que suporte a tentação de construir uma torre de observação para satisfazer a sensação de domínio, localização e percepção visual da área acampada, proporcionando maior nitidez e claridade à visão e aos ouvidos. Porém uma torre de observação requer uma técnica de segurança, firmeza e equilíbrio em seu planejamento.
Quando a construção é feita em árvores, devemos proteger a casca com panos, câmaras de pneu ou elementos naturais que estejam ao nosso alcance. Protegendo assim o habitat natural deixaremos o campo após o uso exactamente como o encontramos.
As construções aéreas feitas por gosto ou por necessidade de sobrevivência além de ser um refúgio seguro em locais temperados ou quentes, porque se isola a humidade e se livram das inundações, são fáceis de camuflar, mostram um panorama muito amplo, destacando a firmeza da luz e o esplendor do céu.
Mesas A mesa deve ser bem planejada e sua construção caprichada pois toda a unidade devera caber sentada nela durante as refeições. Alem de servir como apoio para fogareiros, lampiões e mantimentos, é em torno da mesa que se passa boa parte do acampamento.
Um tripĂŠ ĂŠ suficiente para se fazer uma mesinha, porem os melhores Desbravadores certamente preferirĂŁo uma mesa mais elaborada, equilibrada e resistente.
Mastros Não se pode prescindir de um mastro durante um acampamento para termos a oportunidade de render tributo à Bandeira Nacional. Não pode existir limites à criatividade.
Portais Um portal bem montado, um acampamento bem organizado, tudo limpo e em seu lugar. Isso ĂŠ um autentico acampamento
.
Da mesma forma que o capricho e esmero do Desbravador, um acampamento bem montado, limpo e organizado, confere dignidade e respeito pr贸prio, mostra a qualidade e excel锚ncia de seus ocupantes.
Ter um bom acampamento ĂŠ fazĂŞ-lo com a melhor boa vontade e esmero, em qualquer lugar onde se encontre e com os elementos e materiais que estiverem disponĂvel.
Balsas Explorar um rio, acampando da mesma forma como um jornada é uma excelente actividade. Porem não se deve admitir na embarcação alguém que não saiba nadar, que não use colete salva vidas e que não tenha conhecimento de todas as regras de segurança exigidas para este tipo de actividade. Uma dessas regras é sempre carregar consigo um apito, de tom agudo, para usá-lo em caso de emergência.
Carregar o equipamento mínimo necessário para este tipo de actividade é obrigação de todos os participante. Temos que verificar se existe colete salva-vidas para todos, se os remos estão em boas condições e são em numero suficientes, cordas para apoio, primeiros socorros, saber as condições de onde se vai navegar, comunicar as autoridades locais sobre sua actividade, possuir algum meio de comunicação em caso de emergência, quer seja radio, celular ou outro meio existente, não abrir mão de todas as autorizações exigidas. Verificando estes itens e se organizando uma actividade segura o êxito já esta garantido.
Catapultas Na sede ou fora da cidade no campo, se tem a oportunidade de desenvolver jogos simples ou sofisticados, o importante é a liberdade de ação e criação para arrancar uma risada do jovem mais rebelde, sacudir o apático e motivar o introvertido. A catapulta foi um artefato de guerra usada na antiguidade. Os Desbravadores podem divertir-se lançando balões com água nas outras unidades. A arte de construir boas pioneirias para se ter actividades interessantes deve ser factor motivador para o Desbravador.
Ancoragens
Para cada situação existe um tipo de ancoragem diferente, no caso de não contarmos com a possibilidade de material de apoio, podemos improvisar como mostra as figuras a seguir.
A quantidade de corda é fundamental para definirmos o tipo de ancoragem que faremos, sempre levando em conta a tensão a que se sujeitará esta corda.
Temos que nos preocupar com a segurança de nossa ancoragem, garantir que ela não vá se desprender, que esta perfeitamente fixa e que a corda possua a espessura conveniente para o fim desejado.
É freqüente a necessidade de segurar fortemente um cabo, para suportar o esforço de uma tensão, isto se faz com uma ancoragem, dependendo de sua fixação para que não se desprenda.
As variantes são as maiores possíveis, para cada situação, um tipo diferente.
Devemos garantir que as estacas não estejam rachadas, as amarras estejam bem feitas e a espessura da corda seja apropriada.
Umas estacas cravadas no solo, amarradas umas as outras, uns pedaços de madeiras presos em cruz e enterrados, duas ripas grossas e fortes cravadas em diagonal ou um tronco bem preso, são ancoras colocadas em sentido contrário a tração como ponto fixo para prender um cabo.
A escolha da melhor ancoragem só a prática nos ensina e esta se adquire fazendo.
Pioneirias Variadas Não a limite para suas construções, deixe fluir sua criatividade e mãos a obra. Você sentira uma imensa satisfação ao termino da construção de sua pioneiria, adquirirá habilidades, conhecimentos e destreza.
É possível realizar qualquer construção ao ar livre, por mais inútil que pareça, porque, com essa mesma atitude inventiva os grandes gênios tem alcançado os limites da tecnologia e os grandes acampadores a comodidade e diversão.
A pedagogia que propõe os jogos Escoteiros são simples, estimulantes, divertidas, sugerem verdadeiras aventuras com espírito de equipe, desmotivam o uso de passatempos sedentários e dão uma fonte de idéias realizadas ao ar livre em acampamentos e excursões.
Na sede é fácil e útil montar pioneirias para a unidade praticar nós e amarras e se divertir com o desafio. Tome cuidado e observe as regras de segurança utilizando somente materiais de qualidade e em bom estado de conservação.
Latrina é algo indispensável em acampamentos onde não existe banheiros. Portanto nunca deixe de construí-la quando for ao campo.
É estimulante um leito cômodo onde se possa descansar. Isolar o corpo do frio e da humidade é prioritário para a saúde. A palha é excelente para esse fim, muito cômoda, justificando amplamente a iniciativa de construir um tear.
Abrigos Existe uma inesgotável diversidade de modelos de abrigos e formas de acampar que só a experiência nos ensina. Uma simples lona em forma de tenda basta para construirmos um abrigo. Outro fator importante é sabermos aproveitar os materiais que a natureza nos oferece para a montagem de nosso abrigo. Não importa a altura de um abrigo ou o material que contamos para construí-lo, o importante é utilizar o que esta ao nosso alcance, para fazer da vida ao ar livre uma arte. A sobrevivência e a busca de conforto no campo desenvolvem o talento de fazer como uma lona plástica, diferentes desenhos de abrigos e tendas para acampamentos improvisados. Isso não quer dizer que não se tenha programado o acampamento, e sim que, com a lona que faz parte do equipamento, pode-se adaptar-se facilmente as necessidades em caso de alguma emergência. A escolha do local é muito importante, tente escolher uma área elevada e com um pequeno caimento, pois no caso de chuva você não correrá o risco de ter seu abrigo ou barraca alagada. Jamais monte seu abrigo na encosta de morros que apresentam riscos de desabamento, bem como sob árvores velhas que podem ter galhos derrubados com o vento. Tente imaginar o caminho que a água fará em caso de chuva forte, procurando por sinais que demonstrem tais caminhos. Carregar na mochila uma lona plástica é imprescindível, pois alem de poder proteger a própria mochila, serve para construir abrigos e nos proteger do sol, vento, frio e chuva, também como isolante do chão úmido e gelado, devendo fazer parte do equipamento para excursões e jornadas.
Lona Se você for usar lonas para contruir um abrigo com lona há várias formas rápidas e fáceis de se fazer isto. A lona irá automaticamente lhe dar uma proteção contra o vento e a chuva. Mas lembre-se dos seguintes pontos: * Prefira contruir abrigos naturais. * Nunca durma no chão diretamente, forre o chão com folhas ou gramas. * Preste atenção no vento e escolha uma local adequado. * Tome cuidado com a drenagem. Se chover você não quer levantar no meio do temporal. * Sempre tenha ventilação. Um abrigo completamente fechado pode ser quente, mas pode ser perigoso.
a) Um abrigo simples, útil se seu abrigo não é muito grande. b) Melhor contra a chuva. O abrigo deve ficar em declive para manter o ocupante seco. c) Um abrigo como um telhado. Prenda a extremidades para evitar que o vento e a chuva entrem. d) Talvez o mais simples de todos eles. Protege do vento. Não é bom se a lona for muito pequena. e) e f) Um bom pequeno e estreito abrigo. Construa o fim do triângulo virado para onde provém o vento. Somente
confortável para dormir dentro. Uma dupla camada de lonas é preferível se o material utilizado não for totalmente impermeável como as modernas lonas plásticas.
Tenda Uma tenda é um muito fácil de construir e pode ser bastante prática. Tudo que você precisa fazer é amarrar algumas varas como se você fosse fazer um tripé. Amarre-os no chão e quando levantá-los escolha o ângulo que desejar.
Uma tenda com um ângulo mais íngrime irá ser mais eficiente contra a chuva, mas um ângulo menor (mais aberto) irá deixar um espaço maior dentro da tenda. Cubra a tenda com lonas (cubrir com vegatação não é muito eficaz e prático). É interessante enterrar as estacas se o ângulo escolhido for pequeno.
CAPITULO VII: CÓDIGOS Código Semáforo ou Homógrafo Desde o início de sua história o homem sempre buscou se comunicar e transmitir suas mensagens de maneira confiável e rápida. Os estafetas e mensageiros, a pé ou a cavalo, foram durante muito tempo a única forma disponível de comunicação à distância, embora lentos e sujeitos a "acidentes de percurso"...
A semáfora é um sistema óptico de sinalização baseado nas diversas posições que duas bandeirolas coloridas podem assumir quando empunhadas pelo transmissor. Na terminologia semafórica, cada caractere (que pode ser uma letra, um numeral ou um sinal de serviço) é representado por uma posição diferente das bandeirolas, formando, assim, um alfabeto próprio. A semáfora é a técnica de transmissão mais barata que podemos praticar em nossas atividades. Com muito pouco dinheiro compra-se todo o material necessário para a confecção das bandeirolas. Ao contrário das torres de rádio, não há necessidade de manutenção nem de preocupação com a vida útil do equipamento e as restrições regulamentares e legislação são inexistentes! O único inconveniente da utilização da semáfora está no fato que ela é impraticável à noite!
As Bandeirolas O único material necessário para a prática da semáfora consiste de um par de bandeirolas para cada posto de transmissão. E essas podem ser facilmente confeccionadas por sua unidade. As bandeirolas são tradicionalmente quadradas, divididas diagonalmente em dois triângulos coloridos. As cores devem sempre contrastar com a cor predominante da natureza atrás do posto transmissor. Por isso é que a combinação de cores preferida são vermelho e branco, vermelho e amarelo, e preto e amarelo. Tradicionalmente a cor mais escura (vermelho ou preto) fica junto ao cabo.
O tamanho das bandeirolas deve permitir que elas sejam visíveis de longe (entre 300 e 500m pelo menos) contanto que não sejam grandes demais que cheguem a atrapalhar. Uma bandeirola de 50 cm é considerada de
bom tamanho. As bandeirolas são normalmente feitas de pano e enroladas no cabo para transporte. Acontece que em situações de pouco vento as bandeirolas não são bem visíveis. Assim, costuma-se fazer também "bandeirolas duras": basta utilizar uma vareta na transversal do cabo.
A Técnica Para praticar a semáfora, é preciso constituir equipes de transmissão (ou "postos de transmissão"), compostas de 2 ou 3 pessoas O "transmissor", responsável pela codificação dos sinais. É quem maneja as bandeirolas. O "receptor", que decodifica a mensagem sendo recebida de outra equipe de transmissão. Deve ter sempre um binóculo à mão! O "gravador" ou "secretário", responsável pelo registro das mensagens recebidas e das transmitidas também. O transmissor e o receptor podem ser a mesma pessoa. O papel do gravador durante a transmissão deve ser o de ler, letra por letra, o conteúdo da mensagem. Assim o transmissor não deve se preocupar em memorizar o texto, apenas transmitir cada letra. Antes de começar a transmissão os postos devem estabelecer suas posições de tal forma a serem facilmente vistos um pelo outro. Não esqueça que o fundo é muito importante para uma boa visualização. Escolha sempre um posicionamento que faça o maior contraste possível. Para facilitar, comece chamando a atenção, fazendo o sinal abaixo:
Atenção - para iniciar a seção de comunicação
Uma vez identificados os postos, é comum (e às vezes necessário) fazer-se um "ajuste fino" das estações de transmissão. Para isso utiliza-se naturalmente, as bandeirolas para transmitir sinais de serviço. Veja alguns deles:
Desloque-se para a direita (DD)
Desloque-se para a esquerda (EE)
Venha para mais perto (PP)
Vá para mais longe (LL)
OK, Nós estamos prontos (K)
Recebido e entendido (R)
Enquanto você estiver aprendendo os sinais (ou caso o colega da estação receptora seja também um novato), você deve fazer o sinal de "pronto" ou de "espaço" entre cada caractere. À medida que você for ficando mais à vontade com as bandeirolas, poderá usar o sinal de espaço apenas entre as palavras.
Espaço - Para separar cada letra, durante a aprendizagem. Depois, só use para separar palavras.
A Aprendizagem A única maneira de se aprender bem a semáfora é visualizar, visualizar e visualizar! Duas palavras podem resumir a técnica de aprendizagem: memorização e treinamento. Fora isso, você pode escolher algumas técnicas alternativas de memorização:
- Comece aprendendo ciclo por ciclo (A-G, H-N, O-S, etc.). - Aprenda os sinais opostos (A e G, I e X, N e U, etc.). - Memorize as letras mais freqüentes primeiro (E, T, A, O, I, N, S, R, L, D...) e forme o máximo de palavras a cada nova letra Mas nunca use um espelho para aprender! Você vai memorizar tudo ao contrário. A semáfora tem a característica de se ter de aprender a transmitir e também a receber. São dois alfabetos diferentes. Aquele que você transmite é o oposto daquele que você recebe -- mas o espelho mostra o inverso. A melhor forma de praticar é com um amigo. ALFABETO SEMAFÓRICO:
A ou 1
B ou 2
C ou 3
D ou 4
E ou 5
F ou 6
G ou 7
H ou 8
I ou 9
J ou 0
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V
Y
Z
W
X
CAPITULO VIII: FOGUEIRAS TIPOS DE FOGUEIRA Cercadura de Pedra – óptimo para cozinhar quando venta.
Cama rápida – Rápida e útil quando não exitem muitos recursos para suporte.
Fogo de estrela – Serve tanto para cozinha como para aquecimento.
Fogo de caçador – São usados dois troncos verdes para suporte. Óptimo quando não existem suportes de pedra. Deve exitir uma abertura maior na parte virada oa vento de modo a aumentar a combustão.
Altar de cozinha – Permite menor esforço da vértebra pois não é necessário inclinar-se ao cozinhar. Termine o altar com uma base de troncos verdes. Forre a base com folhas verdes e ponha terra por cima, para evitar que o altar entre em chamas.
Fogo de conselho (Pirâmede) – Existem vários tipos de fogo de conselho mas este é o mais usado (Depois do fogo estrela), ópimo para grandes acampamentos com um número de acampantes superior a cinquenta. A base é um quadrado de 1 a 1,2m de lado, com troncos muito grossos, indo o diâmetro diminuindo em altura até 1 a 1,2m do solo. O bloco central é constituído por, acendalha e lenha fina.
Outro fogo de conselho bastante usado é o CONE, onde os trocos são colocados em círculo e obliquamente, formando assim um cone com a boca virada para baixo. O bloco central é constituído por, acendalha e lenha fina.
Polinésia – Fogueira de conselho usada em lugares com muito vento (Praias), faz-se um buraco redondo no chão, ser fôr possivel, colocam-se pedras na base do buraco e depois faz-se o fogo.
Fogo reflector – Excelente para aquecimento da tenda. A barrera deve estar contra o vento. A entrada da tenda deve estar aberta e virada à barreira . Assim o calor é drenado para o interior da tenda. Mantehna uma distância de pelo menos três metros e meio entre a fogueira e a tenda.
Ar quente
Vento
Fogo de Trincheira – Muitos confundem-o com o fogo Polinésia por serem feitos em buracos. A diferença é simples: O polinésia é um fogo de conselho enquanto que o fogo de trincheira é de cozinha. Lembre-se de fazer uma abertura maior no lado de onde vemo vento para melhorar a combustão. Os recepientes de cozinha podem ser suportados por pequenos trocos verdes cobertos de barro e crusados sobre o burraco. Não sendo possivel colocam-se os recepientes sobre as bermas da trincheira. Certifique-se que o burraco tenha uma largura menor que o diâmetro do utensílio de cozinha.
Fogo de Suporte em Pedra – Bastante usado entre nós.
FOGUEIRA SEM FÓSFORO Utilizando madeira podre, fibras vegetais, corda, ramagens secas, tiras finas de casca de árvore, madeira pulverizada bem seca, fios de pano, gaze para curativos, penas finas de pássaros ou ninhos de passarinho ou de ratos campestres prepare uma mecha (ou isca) e acenda-a utilizando um destes métodos:
Com lente de vidro A chama poderá ser obtida fazendo-se incidir na isca os raios solares, através da lente de um binóculo, de uma câmera fotográfica, lente de óculos, etc. Concentre os raios solares sobre a mecha com uma lente, que pode ser a de uma máquina fotográfica ou a lente convexa de um binóculo.
Pedra dura Golpeando-se uma pedra dura com uma faca, dedaço de aço ou outra pedra dura, resultarão faíscas que atingindo a isca, produziram fogo. Segure um fragmento de rocha bem dura o mais perto possível da mecha. Com a lâmina de uma faca ou um pedaço qualquer de aço fira a rocha com movimentos de cima para baixo, rapidamente e bem próximo à mecha, para que as faíscas assim produzidas caiam bem no seu centro. Uma vez acesa a mecha, assopre-a ou abane-a com cuidado, até surgir a chama. Feito isso, vá adicionando à mecha a lenha antes preparada, começando sempre pelos gravetos mais finos e aumentando o tamanho da lenha aos poucos. Na colocação da lenha, vale dizer mais uma vez, todo o cuidado deve ser tomado para não abafar a chama, dispondo a madeira de forma que o oxigênio continue a ter acesso ao interior da fogueira.
Com pilha ou baterias e bombril Um pedaço de palha de aço (bombril) ou outro material semelhante, de fraca resistência, ligado aos pólos de duas pilhas ou a uma bateria incendiar-se-á facilmente. Também poderá provocar faíscas com dois pedaços de fios ligados aos pólos (positivo e negativo) da bateria. Leve as pontas destes fios junto à isca e os encontre e afaste rapidamente, o resultado será um curto-circuito, com faíscas suficientes para ignição da isca, ou seja, pegue duas pilhas na mesma posição que ficam na lanterna. Espiche e enrole uma fina mecha de bombril e feche curto ligando da ponta + da primeira pilha à parte negativa da segunda pilha. O bombril não agüenta a carga e incendeia. Tenha iscas de fogo preparadas à mão.
Tira Fazendo-se atrito com uma tira de couro ou uma corda de qualquer fibra num tronco morto ou seco, junto à uma isca, esfregando-a com um movimento contínuo que deverá ser aumentando em ritmo progressivo. O atrito produzirá o calor suficiente para a isca pegar fogo.
Madeira com madeira (Atrito) Muitos são os métodos de produzir fogo pelo atrito (arco e pauzinho, feito rodar por uma volta de corda do arco; ranhura ou estria; tira de couro, etc.). Se o método escolhido for o sulcador (pauzinho), corra-o para cima e para baixo no sulco (ranhura), acelerando o ritmo até obter fogo na isca; mas todos esses métodos, requerem práticos. Se você conhece bem um desses métodos, não deixe de usá-lo, mas não se esqueça, também, que a pederneira (pedra dura) e o aço dar-lhe-ão os mesmos bons resultados, com menos trabalho.
CAPITULO IX: SINAIS DE PISTAS Esta é uma boa actividade de observação. Primeiro você deve aprender os sinais de pista, que os Desbravadores usam para se comunicar nas trilhas da floresta e nos campos. Alguns são idênticos aos usados no passado pelos aventureiros, indígenas e exploradores. Nas estradas, nos campos e no mato, encontramos sinais deixados no chão, nas árvores e nos rios, por animais ou pessoas. A essas pegadas, quando tomadas numa direção e com um fim, é que denominamos "pista". Seguir uma pista exige observações que pões em jogo a acuidade dos sentidos e o vigor da inteligência. Quem se dedica a essa actividade adquire conhecimentos muito úteis e elevado grau de percepção das coisas. Naturalmente que seguir uma pista real para a descoberta de um animal ou pessoa, demanda oportunidades e interesses que muitas vezes nos escapam. Por isso é que os Desbravadores iniciam o aprendizado utilizando sinais convencionais próprios, colocados em pontos que facilitam a observação. O aprendizado na pista feito teoricamente na sede, não pode ter significado, pois o objectivo é habituar o Desbravador com as observações naturais. São assim criadas oportunidades para a aquisição do conhecimento, objectivando a acuidade dos sentidos e o jogo do raciocínio. Uma história inventada durante uma excursão, a procura de um elemento fugido do acampamento, são situações que podem parecer reais.
No aprendizado dos sinais convencionais observe o seguinte: a. b. c. d. e. f. g. h.
Os sinais são feitos à direita dos caminhos. Os sinais devem ser visíveis. Quando venta não podem ser utilizados papéis ou folhas. Os sinais não devem ser traçados a mais de um metro de altura do solo. Nos cruzamentos de estradas deve sempre ser colocado o "caminho a evitar" nas que não vão ser utilizadas. Nos lugares de movimento devem ser feitos muitos sinais. Os sinais devem ser traçados obedecendo as condições do terreno: em terrenos difíceis de 2 em 2 metros, nas rochas de 5 em 5, nas matas de 20 em 20, nos campos de 30 em 30 metros. Nos casos de interesse geral não empregar sinais convencionais limitados à unidade, e sim os adotados geralmente.
Vários são os sinais empregados em nossas actividades. Outros podem ser convencionados pela unidade ou clube. O sinal de "perigo" deve ser colocado onde quer que exista algum, sobretudo onde há "caminho a evitar'. A pista sempre tem um começo e um final marcados com sinais característicos. Se você perder a pista volte até o último sinal que achou e procure com atenção nas proximidades até achar o próximo. Ande devagar e com os olhos bem atentos. Pode ser usado qualquer material para se fazer os sinais de pista, depende apenas da criatividade de cada um. Agora é com você.
Início de Pista
Fim de Pista Voltar ao ponto de partida
Este sinal é usado também tradicionalmente como marca de luto. Voltar à Esquerda
Caminho a seguir, por aqui
Voltar à Direita
Caminho a evitar
Caminho a Seguir com separação de elementos
Exemplo de separação de uma Patrulha, 2 elementos pela Exemplo de separação, os Águias vão pela esquerda e esquerda e 3 pela direita os Morcegos pela direita
Caminho a seguir com transposição de obstáculo
Amigo
Inimigo
Água Potável
Água Boa
Água Perigosa
Pode-se beber e cozinhar
Não é boa para beber, mas pode ser usada para lavagens ou tomar banho
Pode estar contaminada ou ser perigosa para tomar banho devido a forte corrente
Indicação para Lenha
Lenha boa ou têm autorização para apanhar
Lenha má ou não têm autorização para apanhar
Esperar Aqui
Exemplos para esperar até aparecer alguém
Exemplos para esparar durante 15 minutos
Mensagem escondida
Exemplos de mensagem escondida a 6 passos Capela
Voltar pelo mesmo caminho
Aqui é um local bom para acampar
Seguir a toda a velocidade
Local bom para acampar nesta direcção
Acelerar o passo
Cavar aqui
Acampamento nesta direcção
Caminho no sentido inverso
Perigo
Alguns sinais ideológicos para Acampamento
Acampamento à beira de um rio ou lago
Acampamento de 3 noites
Acampamento de Patrulha
Vala para transpor
Primeiros Socorros
Procurar qualquer coisa
Rio para atravessar
Também pode ser usada para latrinas
Alguns Sinais Ideológicos para pessoas
Chefe
Guia de Grupo
Guia de Patrulha
Sub-Guia de Patrulha
Perigo!
Caminho a Seguir
No sentido da pedra maior Por aqui
No sentido da parte mais alta Por aqui
No sentido do pau maior
Voltar à Esquerda
Voltar à Direita
No sentido da pedra maior
No sentido da pedra maior
Caminho a evitar
Caminho a seguir
Vire a esquerda
Vire a direita
Obstáculo a frente
Perigo
Espere aqui 10 minutos Volte ao ponto de reunião
Acampamento nessa direção Nos separamos, 2 foram para direita e 3 foram para esquerda
Dispersar
Acelerar o passo
Reunir
Escalar nesta direção Cruzar a ponte
CAPITULO X: PRIMEIROS SOCORROS Transporte de acidentados