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Série Atividades em Campo

MANUAL TÉCNICO DE ACAMPAMENTO Um guia prático para clubes

Instrutor: Edson Luiz


PLANEJAMENTO Todo acampamento tem um objetivo, seja ele instrutivo ou recreativo, mas todos na verdade tem apenas uma finalidade, desenvolver o potencial dos desbravadores. Pôr isto é necessário que antes de ir acampar deve-se fazer um planejamento do que se irá se realizar durante o acampamento. Esquema de abordagem para se fazer um bom planejamento Como já vimos, todo acampamento tem um objetivo, seja recreativo ou instrutivo. Qual é o seu objetivo? O que fazer para Pôr que você quer fazer um acampamento? desenvolver o potencial de cada acampamente. Esta pergunta se refere ao local onde pretendemos acampar; você deve fazer um Onde vamos acampar? reconhecimento do local onde vai acampar, procurando ver se ele oferece as condições para o que o seu clube intenciona realizar. Esta pergunta se refere ao membro do Quem vai conosco? clube ou de sua unidade. Todos os membros do clube ou de sua unidade estão preparados para acampar? Qual o material que possuímos para realizar Um acampamento sempre é diferente do este acampamento? outro. Um acampamento de praia é diferente de um acampamento de campo; ambos exigem alguns tipos de materiais de camping diferentes. Vamos a pé? De trem ou de Carro?

Quando vamos?

Esta pergunta se refere ao meio de transporte; procure melhor meio de transporte possível para chegar ao local do acampamento. Esta pergunta se refere ao período em que vai acampar: inverno, verão etc..

TIPOS DE ACAMPAMENTOS

Quando falamos em acampar (e falamos nisso o tempo inteiro!), essa simples palavra pode gerar diferentes impressões em cada pessoa. A verdade é que os diferentes tipos de acampamentos são diretamente relacionados aos diferentes tipos de campistas! Há quem, para acampar, precise apenas de uma simples barraca e mais nada. Tem também aqueles que só acampam de trailer ou motor home. Existem ainda pessoas que buscam lugares super estruturados, com amplas áreas de lazer. E, por fim, tem gente que acampa apenas quando está realizando trilhas, travessias ou outras aventuras. O que importa não é o local ou a estrutura, e sim o desejo de estar integrado com a natureza, de forma sustentável. Confere abaixo as explicações sobre os diferentes tipos de acampamentos. Se você nunca acampou, mas curte estar em meio à natureza, certamente tem um tipo que se encaixa bem certinho para você!


Pelo local Selvagem: É aquele que acontece em locais ou áreas naturais, sem qualquer estrutura, simplesmente em meio à natureza. Costumam ser realizados por pessoas que gostam de se afastar dos centros urbanos e curtir o contato com o meio ambiente em seu estado mais primitivo. Não tem tomada, nem banheiro, nem nada de infraestrutura. No local, só vai ter aquilo que você mesmo levar.

Estruturado (ou organizado): Basicamente, é quando acampamos em um camping! Você pode ficar pensando: “mas tem diferentes tipos de campings”. Isso é fato! Tem campings que são praticamente clubes de luxo, com piscinas e mil opções de lazer, até com qualidade melhor que muitos hotéis, e tem também aqueles campings que não passam de um simples terreno com um banheiro caindo aos pedaços. Mas então, o que define ser um camping ou não? Basicamente, é a forma como o proprietário do terreno considera o local, se o seu objetivo é receber ou não receber campistas. E agora você pode ter se questionado: “e não tem legislação que formaliza e regula isso?” Bom, na teoria sim, mas na prática é bem diferente. Isso é complexo, mas futuramente podemos escrever um artigo especificamente sobre isso.

Pela estrutura Motor home e Trailer: Existe uma grande variedade de tipos de trailers e motor homes (e outros veículos motorizados que se transformam em um local para dormir), principalmente fora do Brasil, mas aqui também tem várias opções. Alguns motor homes são realmente grandes e extremamente confortáveis, ideais para pessoas que precisam de um pouco mais de estrutura, mas que mesmo assim não querem deixar de viajar e estar em contato com o meio natural. Uma característica é que, apesar de dar bastante autonomia para os campistas se deslocarem para diferentes lugares, ele fica limitado a ir apenas até onde chegam as estradas. Na verdade, acampar com trailer ou motor home é um segmento específico dentro do Campismo que pode ser chamado de Caravanismo, embora esse termo não seja mais muito utilizado.


Barraca: É a forma de acampar mais difundida aqui no Brasil. Existem também barracas de todos os tipos, tamanhos, pesos e qualidades. Há barracas com grandes estruturas e divisões de quartos, ideais para famílias inteiras, e há aquelas pequenas o suficiente para abrigar apenas uma pessoa deitada e nada mais. Acampar com barraca é uma opção muito versátil: há quem passe um mês acampando com barraca em um camping estruturado em uma praia badalada, e há também quem a use para fazer travessias de dias e dias em lugares isolados e longe da civilização. Com conhecimentos técnicos e uma barraca leve, você ganha a liberdade de chegar em praticamente qualquer lugar que seus pés possam te levar. Claro que você vai precisar ter um equipamento (a barraca) adequado ao seu estilo de camping.

Bivaque: É quando se acampa sem usar barracas. Pode-se dormir direto sobre as estrelas, usar algum abrigo natural, alguma lona ou, ainda, utilizar redes. Bivaques costumam ser realizados em situações em que a pessoa não pode carregar grandes quantidades de equipamentos. Mas para realizar esse tipo de acampamento, é importante que a pessoa tenha conhecimento sobre o clima e o local onde pretende pernoitar, para que não passe a noite ao relento, debaixo de chuva.

PLANEJAMENTO Todo acampamento tem um objetivo, seja ele instrutivo ou recreativo, mas todos na verdade tem apenas uma finalidade, desenvolver o potencial dos desbravadores. Pôr isto é necessário que antes de ir acampar deve-se fazer um planejamento do que se irá se realizar durante o acampamento.


Esquema de abordagem para se fazer um bom planejamento Como já vimos, todo acampamento tem um objetivo, seja recreativo ou instrutivo. Qual é o seu objetivo? O que fazer para Pôr que você quer fazer um acampamento? desenvolver o potencial de cada acampamente. Esta pergunta se refere ao local onde pretendemos acampar; você deve fazer um Onde vamos acampar? reconhecimento do local onde vai acampar, procurando ver se ele oferece as condições para o que o seu clube intenciona realizar. Esta pergunta se refere ao membro do Quem vai conosco? clube ou de sua unidade. Todos os membros do clube ou de sua unidade estão preparados para acampar? Qual o material que possuímos para realizar Um acampamento sempre é diferente do este acampamento? outro. Um acampamento de praia é diferente de um acampamento de campo; ambos exigem alguns tipos de materiais de camping diferentes. Vamos a pé? De trem ou de Carro?

Quando vamos?

Esta pergunta se refere ao meio de transporte; procure melhor meio de transporte possível para chegar ao local do acampamento. Esta pergunta se refere ao período em que vai acampar: inverno, verão etc..


COMO ESCOLHER UM BOM LOCAL PARA ACAMPAR Um bom local para acampar deve ter água potável próximo ao local do acampamento, o terreno deve escoar a água da chuva com facilidade. Deve ser de fácil acesso, porém não próximo das cidades, a fim de evitarmos visitas inesperadas. O local deve oferecer segurança aos acampantes. Deve ter lenha próxima. Antes de qualquer coisa, deve se obter o máximo de informação sobre o local onde você irá levar sua unidade ou Clube, por meio de mapas, cartas topográficas, ou informações de amigos e pessoas que conheçam o local. Assim fazendo, a unidade ou Clube evitará maiores problemas quando for acampar no local. Devemos sempre evitar terrenos que sejam pedregosos, pois dificulta a armação das barracas, abrir valetas e torna desconfortável ao dormir. Terreno encharcado deixa o local enlameado trazendo dificuldades em acender fogo, ao caminhar e etc... O terreno arenozo torna difícil a montagem das barracas, por não oferecer resistência na colocação dos espeques. As encostas de morros trazem problemas com enxurradas e deslizamentos, e a crista de morros por ventar forte. Não devemos acampar debaixo de árvores, afim de evitarmos queda de galhos, e por ser a árvore um para raio natural. Devemos armar nossas barracas com a frente virada para onde o vento sopra, e não de frente para o vento.

TOPOGRAFIA - Condições de escoamento de água e solo próprio para fixar e armar as barracas. Espaço suficiente para o acampamento e atividades.

ACESSO - Estradas dá para passar a condução? Se chover dá para voltar? SEGURANÇA - À distância segura de rios, local de enxurradas, encostas, animais perigosos, marginais, pântanos. Pontes seguras?

RECURSOS NATURAIS - Lenha, bambus, cachoeiras com água potável, árvores para atividades com corda, bosque para trilhas, etc. Quando for acampar, você deve tomar os seguintes cuidados: 1 - Antes de qualquer coisa, deve-se obter o máximo de informação sobre o local aonde você irá, por meio de mapas, fotos topográficas, ou informações de amigos e pessoas que conheçam o local. Assim evitará maiores problemas quando for acampar no local. 2 - Quando acampando, a barracas devem estar bem esticadas e quando possível, a barraca ter um sobre-teto (ex: plástico). Se você perceber que irá chover, cave uma valeta com cerca de 8 cm. 3 - A sua barraca deve estar a sotavento, isto é, com a frente da barraca para onde o vento sopra, assim como a cozinha e o fogo desta, pois o fogo ficando assim, o fumo e as fagulhas não cairão sobre a barraca. 4 - Evite armar sua barraca em terreno: a - Pedregoso: dificuldade para dormir, armar a barraca, abrir valetas, etc. b - Encharcado: problema de lama, dificuldade para acender o fogo, etc. c - Arenoso: dificuldade em armar a barraca que poderá cair com um simples vento e outros problemas.


d - Terreno inclinado: problema de enxurradas, a barraca dificilmente ficará esticada. e - Encosta de morro: problemas de enxurradas e desmoronamento. f - Crista de morro: muito vento. g - Debaixo de árvores secas: problemas de queda de galhos ou da própria árvore. 5 - Antes de sair é indispensável fazer o cardápio das refeições e a lista dos gêneros e as quantidades de compra. Os alimentos devem ser variados e fortes, bastantes ovos e leite, frutas e verduras quando possível. 6 - Cavar uma vala ou trincheira para servir de latrina é outro ponto muito importante, deve ser uma das principais coisas a serem feitas ao chegar no local de acampamento. A vala por trincheira de latrina deverá ter 60 cm de profundidade, 90 cm de comprimento e 30cm de largura. A largura é importante para que quem a use, possa se agachar sobre a vala, com um pé de cada lado. A terra retirada deve ser amontoada atrás da vala, e uma pá fica a disposição para colocar terra na vala após o uso. As paredes podem ser de lona ou plástico preto, deve começar ao chão e ir até 1,80m. 7 - Deverá haver também um mictório, que se faz escavando um buraco e enchendo-o até o meio de pedras de drenar, facilitando o escoamento. E as latrinas devem ficar a favor do vento, cerca de 100 m do acampamento e bem escondida. Isso é muito importante. 8 - Escolha de um bom local: a - Água potável próxima b - facilidade em encontrar lenha c - Solo poroso bem drenado, quase plano em que a chuva não alague nem faça lama, de preferência se for gramado. d - Paisagem bonita e agradável e - Fácil acesso

EQUIPES DE UM ACAMPAMENTO: Cada membro da unidade ou do Clube deve saber de antemão o que fazer ao chegar no local do acampamento. Deve-se dar tarefas a todos, de maneira que cada um tenha responsabilidade em fazer algo em prol do acampamento, evitando-se sobrecarga de tarefas e Tudo deve ser feito com alegria, mesmo as mais ingratas tarefas. O verdadeiro Desbravador vai acampar com espírito de união.

1. Equipe De Cozinha Antes do acampamento deve-se elaborar o cardápio, preparando-se a seguir a lista de compras. Alimentos variados, nutritivos e de fácil preparo. Deve ser organizada uma escala de serviço, de maneira que todos possam participar do preparo da alimentação, bem como da limpeza dos

Utensílios da cozinha. Lembre-se: todos devem participar não só da cozinha mas em toda e qualquer atividade do acampamento, pois o que comanda e lidera não é aquele que faz tudo sozinho, mas aquele que ensina e motiva outros a fazer.


2. Equipe De Transporte Responsável pela cobrança das passagens, arranjar condução e orientar quanto ao percurso.

3. Equipe De Programa Elaborar um programa escrito, com horários para tudo, corinhos, pensamentos, orientações, etc. Este grupo organiza todas as atividades e faz funcionar os horários. Diz quem fará o quê. Organiza a segurança e faz a escala dos oficiais do dia.

4. Equipe De Intendência Providencia todo material para as atividades e instruções, inclusive para a cozinha.

5. Equipe De Eventos Planeja e executa as atividades recreativas e instrutivas do acampamento.

6. Equipe De Infra-Estrutura Montagem de todos os aparatos como: cozinha, latrinas, toldos, mastros, limpeza, pista de obstáculos. Obs: Cada unidade fornece alguns desbravadores para esta equipe.

Mochila : Sua Casa Ambulante A mochila é o objeto mais importante de uma atividade, pois dentro dela, vão estar todos os seus materiais pessoais e alguns coletivos. Nunca deixe a mochila largada em lugares desconhecidos. É importante tomar alguns cuidados para não tornar a caminhada desconfortável e a viagem desprazerosa. A mochila deve ser do tipo escoteira, com alças de três pontos (duas nas costas e uma na cintura) e, todo o conteúdo deve ser pré acondicionado em sacos plásticos, para evitar acidentes com umidade. Já dentro dos plásticos, as vestimentas devem ser arrumadas como rocamboles, enroladinhas, para tornar seu volume menor. A relação de materiais e equipamentos a seguir, procura orientar “como” e “o que” levar numa atividade de campo. Lembre-se que um escoteiro tem de ser capaz de arrumar sozinho e carregar sua própria mochila, portanto observe sempre estes princípios básicos. “QUANTO MENOS PESO MELHOR” “QUANTO MENOS VOLUME MELHOR”     

Todo material deve ser MARCADO com seu nome, principalmente o uniforme; Acampamento não é desfile de moda. Leve roupas e tênis confortáveis e de preferência mais VELHOS; Coloque cada item num saco plástico, cuidando para que as roupas, toalhas e coisas macias fiquem no lado que estará em contato com suas costas e as coisas duras no fundo; Objetos que serão usados freqüentemente devem ser colocados na parte de cima (material de higiene, prato, caneca, etc.); Esta relação pode ser adaptada para mais ou menos dias, retirando-se ou acrescentando-se itens de vestuário.

O Material Aqui está uma listagem básica, mas lembre-se , cada atividade necessita de um material específico, procure saber qual o tipo de atividade para melhor montar sua mochila.


Mochila p/ Bivaque ( 12 h)  Mochila confortável e pequena  1 calça de abrigo  1 camiseta  Máquina fotográfica com filme  Calçado reserva, confortável  1 cantil ( 1 litro )  1 escova de dente  1 pasta de dente  1 escova ou pente para cabelos  1 toalha pequena  Papel higiênico  1 chapéu ou boné  1 par de meias  1 agasalho  1 impermeável ou capa de chuva

Mochila p/ jornada (2 dias)  Mochila confortável média  3 camisetas  1 calça comprida  1 calções ou bermudas  2 roupas íntimas  Roupa de Banho: o Meninos: Short de banho o Maninas: Maiô ou Biquini c/ Short de Lycra  3 pares de meias  1 agasalho  1 impermeável ou capa de chuva  1 cobertor grosso ou saco de dormir  1 tênis confortável reserva  Chinelos  Escova, pasta de dente e sabonete  1 toalha  1 desodorante  Papel higiênico  1 escova ou pente para cabelo  1 lanterna pequena e pilha reserva  1 canivete ou faca  1 cantil ( 1 litro)  1 prato, talheres 1 caneca  1 máquina fotográfica com filme

O QUE LEVAR PARA UM ACAMPAMENTO DE 3 DIAS: VESTUÁRIO  04 - Camisetas  03 - Roupas íntimas (cuecas ou calcinhas/soutiens)  01 - Conjunto de moletom  03 - Shorts ou bermuda  01 - Calção de banho ou  01 - Maiô/biquini c/ short de lycra  03 - Pares de meia  01 - capa de chuva  02 - Agasalhos para frio  02 - Tênis sobressalente  01 - Chinelo de borracha  01 - Calça jeans  01 - Poncho (opcional)

EQUIPAMENTO  01 - Mochila confortável grande;  01 - Colchonete  01 - Saco de dormir  01 - Isolante térmico  01 - Lanterna com pilhas novas e de reserva  01 - Garrafinha de água ou cantil p/ levar na cintura  01 - Canivete ou faca (converse com seu chefe)  01 - Caneta e bloquinho de papel  06 - Sacos plásticos para roupas sujas  01 - Repelente contra insetos (não aerosol)  01 - Protetor solar (não aerosol)  01 – Máquina fotográfica (opcional)  Documento pessoal e a sua carteirinha da UEB, documento de convênio médico, remédio de uso continuo (entregar para a chefia)


HIGIENE  01 - Cabide (de arame)  04 - Pregadores de roupa  01 - Saboneteira com sabonete  01 - Pasta dental e Escova de dente  01 - Desodorante  01 - Rolo de papel higiênico  01 - Pente ou escova de cabelo  01 - Toalha de banho  01 - Toalha de rosto

ALIMENTAÇÃO  01 - Sacola de pano para os utensílios (embornal)  01 - Prato de plástico ou alumínio (não descartável)  01 - Caneca de plástico ou alumínio (não descartável)  01 - Colher, garfo e faca (não descartável)  01 - Pano de prato (enrolar os talheres)


O QUE É PROIBIDO LEVAR: 1- Vidros, louças ou qualquer outro tipo de material que ao quebrar possa provocar ferimentos. 2- Mini-games, brinquedos, walk-man, bichinho virtual, rádios ou qualquer outro tipo de bugiganga, pois não haverá tempo para uso. Aproveite a oportunidade do contato com a natureza fazendo coisas diferentes daquelas que podemos fazer na cidade, e fazer novos amigos. 3- Balas, chocolates, salgadinhos ou qualquer outro tipo de “contrabando”. Descontrolam a alimentação e causam distúrbios orgânicos, alem disto, podem gerar problemas de relacionamento ou algum desconforto entre os escoteiros, além de atrair para barraca, formigas e outros visitantes indesejáveis. 4- Evite levar produtos em forma de aerossol tipo desodorante, repelente, protetor solar, etc.

ESQUEMAS DE ACAMPAMENTO Há dois tipos de esquema de acampamento: Em forma de Ferradura e em Quarteirão. A primeira coisa que devemos fazer ao chegar ao local de acampamento, é marcar o centro do local onde se pretende acampar. As barracas deverão ser colocadas em círculos. No centro deverá ser erigido (colocado) um mastro. A primeira barraca a ser montada no acampamento é a de INTENDÊNCIA, permitindo assim que todo material de trabalho ou gênero alimentício não fique exposto ao tempo. Esta barraca deverá ficar com sua frente totalmente virada para o lado em que nasce o sol (leste), permitindo assim que receba os primeiros raios solares e arejar seu interior. Em seguida arma-se todas as outras barracas de acordo com o esquema do Diretor (responsável pelo acampamento), sendo porém que a barraca de PRIMEIROS SOCORROS armada por último no quarteirão ou forma de ferradura, e deverá ser construído um portão. Obs: O portão do acampamento, terá que ser construído bem em frente à barraca de intendência. Tendo armado tudo, arma-se o banheiro. O mesmo deverá ficar no mínimo 50m de distância do acampamento, verificando-se também a direção do vento, para que o mau cheiro não siga para o lado do acampamento com o vento.

Machado e Machadinha

A diferença entre o machado e a machada (ou machadinha) está no tamanho. O machado é grande e usa-se com as duas mãos. A machada é mais pequena e basta uma mão para a manobrar. O Desbravador costuma usar a machadinha.


Nomenclatura do Machado:

Utilização do Machado O Desbravador sabe usar o machado e a machada corretamente.

A machada, usada só com uma mão, requer mais pontaria do que força. De fato, os golpes com a machada são dados pausadamente, calculando sempre o local do golpe, e sem excesso de força. Uma machada não se pega com as duas mãos desferindo fortíssimos golpes no alvo. O machado, apesar de ser pegado com 2 mãos, usa-se também pausadamente, sem força excessiva e apostando sempre na pontaria.

A machada, por poder ser usada apenas com uma mão, deve ser pegada pela «pega», na ponta do cabo, e não a meio do cabo. Tem-se melhor balanço, e é preciso fazer-se menos força. SIM

NÃO


Sempre que se começa a usar um machado, deve-se verificar o seguinte: 1- se a cunha está bem fixa; mergulhar o machado em água faz inchar a madeira e assim garantir melhor a fixação do cabo na lâmina; 2- se não há ninguém à volta que possa ser atingida por um golpe;

Para cortar um ramo, nunca o devemos fazer em cima da terra, pois a lâmina acabará sempre por se enterrar no solo, estragando o fio. Deve-se sempre apoiar o ramo em cima de um cepo mais grosso. SIM

NÃO

O ponto onde vamos cortar deve estar bem apoiado e o mais fixo possível. INCLUDEPICTURE "http://geocities.yahoo.com.br/jacksonalexa Nunca se deve desferir golpes com o machado sobre um ponto do ramo ndre/Acampamento/Machadinha/machado1 que esteja sem apoio, pois o efeito 3.gif" \* MERGEFORMATINET será muito pouco e o ramo ao vibrar pode fazer com que o machado salte e atinja o utilizador. NÃO SIM

A inclinação do machado é importantíssima para os efeitos dos golpes. Nunca se devem dar os golpes com a lâmina num ângulo de 90º, ou seja, na vertical. Deve-se inclinar sempre o machado para fazer aproximadamente um ângulo de 60º.

Os golpes devem ser alternados, ora inclinado para a esquerda ora para a direita.

O machado nunca deve ser usado como martelo, pois não foi para isso que foi feito.


Desbastar um Tronco

Para limpar ou desbastar um ramo ou tronco, começa-se pelo início (parte mais grossa) e vai-se avançando em direção à ponta, no sentido de crescimento da árvore. Se os golpes forem dados no sentido contrário, acabará por rachar o tronco.

NÃO

SIM

Cortar um tronco na vertical (ou abater uma árvore) A técnica apenas precisa de duas zonas de golpe: a primeira de um lado, e a segunda do lado oposto e mais em cima. Esta técnica aplica-se tanto para um ramo, como para um tronco, como para uma árvore. No caso de uma árvore, esta cairá para o lado da primeira zona de golpe.

Para cortar uma vara verde, seguras pela parte de cima para a vergar. Os golpes devem ser dados com inclinação de 60º e não perpendicularmente à vara. Vergar a vara aumenta o efeito de corte do machado.

SIM

NÃO

Rachar Lenha


Para rachar lenha, começas por cravar a lâmina no tronco (não precisa de ser com muita força), junto a uma das extremidades. De seguida, vais batendo com o conjunto tronco-machado em cima de um cepo. Aos poucos e poucos o machado vai-se enterrando cada vez mais no tronco, rachando-o ao meio.

Fazer uma Estaca

Para afiar uma estaca, deves apoiá-la em cima de um cepo, e golpeares com pontaria, como na figura. A cada golpe rodas um pouco a estaca.

Uma estaca deve ter a parte de trás ligeiramente desbastada, como na figura acima, para evitar que, ao bater na nela, se desfaça.

Segurança Para além de saber manejar corretamente o machado, o Desbravador deve igualmente saber tomar todas as medidas de segurança relativamente a esta ferramenta. Tal como a faca de mato ou outra qualquer ferramenta cortante, o machado não deve ser deixado caído no meio do chão, encostado a uma árvore e muito menos ainda cravado no tronco vivo de uma árvore.

O seu manejo deve observar regras de segurança para o utilizador, assim como para pessoas que se encontrem por perto.


Deves ter todo o cuidado ao usares o machado para que este não te atinja uma perna ou um braço. Se estiveres a segurar com a mão no tronco ou ramo que cortas, verifica se a mão não fica ao alcance de nenhum golpe desviado por acaso.

O mesmo cuidado deves ter com as pernas, as quais deverás abrir conforme a posição em que estejas a cortar, de modo a que o machado nunca te atinja a perna, mesmo no caso de um golpe mal dado e que se desvie.

Como guardar o machado O machado deve ficar guardado dentro da respectiva bainha, ou cravado num cepo ou num suporte próprio montado no campo.

num cepo

num suporte próprio

Para cravar o machado num cepo é comum verem-se alguns a desferirem grandes golpes sem grandes resultados. A técnica consiste unicamente em espetar a lâmina em bico, e não com o fio todo. Para além disso, a lâmina deve ficar paralela ao cepo.

SIM

NÃO

NÃO


Transporte O transporte do machado é outro fator importante na segurança. Quando o transportares na mão, segura-o sempre pela lâmina, e nunca pelo cabo. Os pequenos quando pegam no machado pela primeira vez, costumam andar a passear com ele segurando no cabo e balanceando-o «à índio», arriscando-se a bater com a lâmina nas pernas ou a atingir algum colega. Se o machado for grande podes levá-lo ao ombro, mas sempre com o fio da lâmina virado para fora.

Quando se passa o machado a outra pessoa, deves entregá-lo sempre segurando na lâmina, para que lhe possam pegar facilmente no cabo.

SIM

NÃO

Conservação Para evitar a ferrugem, deves ter em atenção alguns conselhos: 

quando regressas de uma atividade, limpa bem o machado, para tirar toda a humildade;  para retirar ferrugem, usa palha-de-aço;  para conservar o machado sem ferrugem, unta a lâmina com óleo ou outra gordura, e envolve-a com plástico;

Afiar a Lâmina Para afiares a lâmina podes usar uma simples pedra de esmeril, a qual deves manter molhada com água ou, melhor ainda, com óleo. Usa movimentos circulares, deslocando para a frente. Se a pedra for grande, fixa-a (por exemplo num cepo) e imprime ao machado os movimentos circulares (observa a figura). Se a pedra for pequena, pega nela com uma mão e, tendo cuidado para não te cortares, anda com ela igualmente em movimentos circulares, mantendo o machado fixo.


Se a lâmina tiver bocas (ou lâmina romba), deves começar por as fazer desaparecer usando uma lima (de preferência triangular), e só depois usar a pedra de esmeril.

uma lâmina com "bocas" Quando estiveres a desbastar a lâmina do machado, para lhe retirar as bocas, tem cuidado. O fio da lâmina deve ficar com uma forma nem muito longa nem muito curta. Observa a figura para veres qual é a melhor forma.

Reparação do Cabo Se por acidente, ou qualquer outro motivo, o cabo do machado se partir, eis uma forma fácil de retirar os restos da madeira do cabo de dentro do olhal da lâmina. Começas por cavar um pequeno buraco em terra úmida onde enterras ligeiramente a lâmina deixando o olhal de fora. Depois, fazes uma pequena fogueira em pirâmide por cima, de modo a queimar a madeira. Logo que acabes e possas retirar então facilmente os restos de madeira queimada de dentro do olhal, deves mergulhar a lâmina em água fria para que não destempere.

Depois de feito o cabo novo, insere-o no olhal e fixa-o com uma cunha.

O machado deve ser bem equilibrado. Para testar o equilibro, colocas o machado sobre o dedo indicador, na zona do «pescoço», onde acaba o cabo e começa a lâmina. Se o machado se equilibrar é porque está em boas condições de equilíbrio.

Num machado bem alinhado, o gume da lâmina deve estar em linha com a ponta do cabo.


Para evitar que o cabo rache ao bater com a ponta numa superfície dura, deve-se cortar essa mesma ponta.

USO DE CANIVETE, FACÃO E MACHADINHA O canivete, o facão e a machadinha devem ser tirados de sua bainha somente quando utilizados. O canivete é usado para cortar cordas, sisal e coisas pequenas. Ao utilizar a machadinha ou facão deve-se sempre cortar a madeira em forma de “V”, mantendo as Mostre sua habilidade em cortar em "V" com a machadinha. E todas as regras de segurança possíveis. O facão serve para cortar pequenos arbustos, abrir trilhas no mato e limpar o local do seu campsite. Este teste deve ser feito na prática observando as regras de segurança. A machadinha serve para cortar lenha e árvores caídas. Dicas Todos as ferramentas de corte requerem cuidados especiais:  Mantenha-as sempre limpas, secas e afiadas;  Para manter os instrumentos limpos depois de uma viagem, lave-os bem, depois lubrifique as partes de aço. No caso dos canivetes pode ser usado óleo de spray para tirar a sujeira interna;  Para lubrificar podem ser usados vários tipos de óleos, uma opção é vaselina sólida que faz menos sujeira;  Se elas ficam pelo chão, ou enterradas no solo, a umidade e a sujeira acabam com elas.  Se ficam esquecidas à noite, a chuva e o orvalho podem enferrujá-las, além de que alguém pode se machucar nelas.  Se ficam perto do fogo, o calor destempera o aço, tornando a lâmina imprestável.  Quando terminar o trabalho, coloque a ferramenta limpa e afiada na bainha ou estojo.  Limpe bem a lâmina antes de guardar na bainha ou estojo, porque depois de sujar a bainha por dentro, ela é que suja a ferramenta. Sempre que a ferramenta não estiver em uso, deixe-a na bainha.  Não use a faca, ou canivete, para abrir latas, pois isto estraga a lâmina e pode causar acidentes.  Não martele as ferramentas. Se você não está conseguindo cortar, talvez seja porque não está sendo usada a ferramenta adequada. Parece mentira, mas quanto mais afiada está uma ferramenta de corte, menos perigosa ela é. A faca sem fio escapa em vez de cortar e dá bem mais trabalho. Além destas questões de segurança, cuidar da manutenção das ferramentas também significa economia, pois assim elas podem durar bem mais tempo e prestar bons serviços a você.

Regras de uso de facão e machadinha  São ferramentas, não brinquedos.  Devem sempre estar bem afiados.  Quando você estiver usando-os certifique-se de que não tem ninguém perto, sempre prestando atenção ao seu redor.  Não corte em direção ao corpo, para não se cortar.


 Tenha um local definido para cortar lenha - "chopping area". Dentro do Chopping Area tenha um ou mais troncos, chamados de cepos, para apoiar madeiras durante o corte (veja desenhos). Prenda o cepo usando pegs, para que não role.  No caso de precisar andar com as ferramentas (exemplo: para ir até o bambuzal) use sempre a bainha e aponte sempre para baixo.  Não bata-os no chão ou em pedras, e não enfie no chão nem em árvores. A machadinha não deve ser usado com martelo.  Respeite a natureza, corte somente o necessário. Evite danificar árvores a toa.  Quando as ferramentas não estiverem em uso, elas devem ser bem limpas e guardadas na sua bainha.

Nota: Prefira usar um serrote para cortar bambus. O Facão deixa um acabamento pontudo e pode rachar a peça. Como cuidar  Antes de usar e guardar as ferramentas, verifique que estão corretamente afiadas.  Na Sede - As ferramentas devem ser guardadas em local seco; uma pequena camada de vaselina deve ser passada nas partes metálicas, para reduzir a oxidação (ferrugem). Antes de guardar, os cabos de madeira de qualquer ferramenta devem ser tratados com óleo de linhaça ou óleo de peroba, para evitar que fique ressecado e assim reduzir o risco da madeira rachar durante uso.  No camp tenha um local para guardar as ferramentas, não deixando-as jogadas no chão, evitando que fiquem úmidas, e eliminando o risco de alguém tropeçar. Nos acampamentos, o óleo de cozinha é adequado para passar nas partes metálicas das ferramentas, para proteger contra ferrugem - faça isso à noite ou quando a ferramenta não será usada por bastante tempo; no acampamento não passe óleo no cabo para que não escorregue da mão  Antes de ir ao acampamento, verifique se a cabeça da machadinha está bem presa. No caso de estar solta, reforce com uma cunha.  No caso do cabo do facão ficar solto em um camp, você pode colocar silvertape.

Usando o facão e como passa-lo a outra pessoa machadinha

O bom uso da machadinha

Partes da


Carregando a machadinha

Afiando a machadinha

CANTO DO LENHADOR

NÓS E AMARRAS

Nós

Marinharia– arte ou profissão do marinheiro, restrito aos dias de hoje a atividades do tipo: dar e fazer nós, trabalhos em cabos e lonas e realizar pequenas manobras de peso. O que nos interressa neste momento são exatamente os dois primeiros itens. Um nó feito com esmero e correto se mantém em sua finalidade e se desata com rapidez; um nó incorreto se desata ou aperta sem que possas controlar ao aplicar tensão nele. A aprendizagem desta técnica é mais fácil com uma pessoa que faça e explique passo a passo, mas

- Arremates de cabos


Nó direito: Serve para emendar cabos do mesmo diâmetro Ou em uma alça,atando-a em seu local.Para dar O nó,toma-se um chicote(que é a ponta do cabo) em cada mão e da-se meia volta cruzando a esquerda sobre a direita e, após,outra meia volta desta vez cruzando a direita sobre a esquerda e segurando os chicotes. Apertar o nó.


Volta do Fiel:

É o nó( volta) por excelência do mateiro. Utiliza-Se para iniciar e arrematar a maioria das amarras nas pioneirias. Existem dois modos de se fazer: a) volta do fiel ao tronco é aquela volta que se faz direto no tronco ou cepo,passando por baixo de sua própria parte fixa; passa-se novamente em volta do cepo e para terminar o nó, cruza-se o chicote por baixo dele mesmo e aperte fortemente. b) volta do fiel simples é aquela volta que se desliza no tronco ou poste, posteriormente; fazem-se dois laços e sobrepõem-se o esquerdo sobre o direito. Após é que se desliza sobre o poste , puxando suas extremidades com firmeza.

3. Pescador: Serve para unir dois cabos de nylon ou molhados. Basta para sua realização, fazer dois nós simples em suas extremidades: um sobre o outro, e apertando seus chicotes.

4. Nó de catau: É um nó que se faz no mesmo cabo e serve Encurtar ou fortalece ruma parte poída. Há duas Maneiras parafazê-lo .Em primeiro lugar,fazem-se duas dobras formando dois seios, após, uma laçada em cada extremo e, por fim, puxe tensionando. Este nó precisa manter a tensão no cabo para permanecer atado. Para desfazê-lo,basta tirar a tensão. Em segundo lugar,fazem-se três laços consecutivos , um sobre o outro. Desdize o laço central através dos laços das extremidades e puxe as pontas para firmar.

5. Escota: Utiliza-se freqüentemente para unir dois cabos de diâmetros diferentes, para unir um cabo a um laço e para fazer redes; com o cabo mais grosso se faz um laço e com o chicote do mais fino passa-se através e em volta do laço e por Baixo dele mesmo.


7. Volta da Ribeira Utiliza-se para levantar ou arrastar madeiras e pedras; também serve para iniciar a amarra diagonal.

Nó em Oito Utiliza-se para evitar o desfiamento da ponta de uma corda. Utilizado também por montanhistas para unir duas cordas (nó em oito duplo).

Nó Corrediço Serve para fazer uma alça corrediça em uma corda.

Fateixa Serve para prender um cabo a uma argola.

Cirurgião Serve para fechar incisões em

procedimentos cirúrgicos


Ordinário Serve para amarrar cabos de iça e cordas de grande bitola

Lais de Guia Utilizado para fazer uma alça fixa (e bastante segura) tendo em mãos apenas uma ponta da corda.

Amarras Se a excursão for de uma noite, serão necessárias poucas pioneirias, mas se for de uma semana ou mais, devem-se construir os elementos indispensáveis para que a estadia seja cômoda. Para isso é preciso saber e fazer com certa perícia as principais amarras. A amarra é a união de travessas ou vergas e varia segundo o diâmetro e a posição deles. A seguir mostraremos como fazê-las: 1. Amarra Redonda:


2. Amarra Quadrada: Une duas varas ou troncos cruzados ortogonalmente. De a volta do fiel na vara vertical e abaixo da horizontal e una-as com três voltas, mantendo sempre o cabo bem apertado. Para terminar e dar o reforço, dê três voltas por entre as varas e termine com uma volta do fiel na vara horizontal. Esta amarra é a base da maioria das pioneirias, por ser versátil e de grande resistência a torção. Não é necessário dar mais que três ou quatro voltas às varas para ganhar maior tensão, com economia do cabo ou sisal.

3. Amarra Diagonal

Une duas varas que se tocam de forma diagonal. Iniciando com a volta da ribeira entre as duas varas, na cruzada. Após, dê três voltas com o cabo no mesmo sentido da volta. Repita a operação dando agora as voltas no outro sentido da cruzada. Reforce-a com três voltas e termine com a volta do fiel.

Purificação da Água O corpo humano é composto de mais de 70% de água e, quando perde líquido, perde não apenas água mas sais minerais também. Assim, quando ele sente sede, significa que precisa não apenas d'água mas de sais minerais também (por isso o sucesso das bebidas isotônicas). E, se a água for poluída, ela não apenas matará a sede como poderá contribuir com algumas doenças desagradáveis. Então, melhor conhecer bem o "inimigo" e aprender a tratá-la de forma adequada. Assim, mesmo a água de uma travessia como a clássica Petrópolis-Teresópolis, que já está com praticamente todos os seus pontos d'água poluídos por visitantes descuidados, pode ser consumida. Dizem que, se você começa a sentir sede, é um sinal que seu corpo já está desidratado. Beba antes de senti-la. Para isso, defina um tempo (curto) e siga-o à risca. Por exemplo, tome um gole de uma garrafa pequena, sempre ao alcance da mão, de quinze em quinze minutos. O alarme do relógio pode te ajudar a lembrar com precisão esta importante tarefa.


Uma boa idéia pode ser deixar a sua garrafa na mochila do companheiro, para facilitar no acesso à mesma (mas isso só vale se vocês caminham no mesmo passo), o que te dará um trabalho a menos na hora de esticar a mão para pegar a garrafa e beber (quando o tempo é curto, tirar a mochila consome preciosos segundos que podem ser usados em coisas mais importantes). Um rio cristalino correndo no meio de um vale pode esconder impurezas que nós não vemos, como um animal se banhando ou usando o rio como banheiro um pouco acima de onde você está. Desta forma, aquela água "limpinha" e fresca que você acaba de pegar pode estar contaminada, mesmo que não pareça. Por isso, é fundamental saber tratá-la corretamente. Seguem algumas dicas de como se purificar a água deixando-a perfeita para o consumo:

Opções de tratamento da água A maioria das contaminações patogênicas causadas por microorganismos presentes na água é causada por: 1. Protozoários - inclui Cryptosporidium e Giardia (que causa giardíase). Todos os protozoários são maiores que 1 micron. 2. Bactérias - causam doenças como diarréia e disenteria. A maioria das bactérias são do tamanho de 0.5 micron, sendo que algumas como a Campylobactor chegam a 0.3 micron ou menores ainda. 3. Vírus - causam doenças como hepatite e polio, entre outras. Estão concentrados nos países em desenvolvimento.

As defesas 1. Ferver - destrói todos os patogênicos. O tempo recomendado vai de 3 a 10 minutos. 2. Tratamentos Químicos: a. Iodo - mata bactérias e vírus. Alguns protozoários como a Cryptosporidium são resistentes ao iodo. Por isso, não deve ser o único meio de tratamento, sendo bastante eficiente quando usado junto com o uso de filtros. Águas mais frias e/ou escuras pedem uma concentração maior de iodo ou mais tempo para fazer efeito. Grávidas e pessoas com problemas de tireóide não devem usar este método. Para a maioria das pessoas, o risco é pequeno se usado apenas durante duas ou três semanas continuamente. b. Filtros - remove os patogênicos maiores. Alguns removem protozoários e bactérias maiores (cerca de 0.5 microns ou menores). Como os vírus são muitas vezes menores que as bactérias, você não deve depender apenas deles. c. Purificadores - consiste em um ou mais estágios de filtragem da água, pegando os patogênicos maiores, juntamente com o iodo ou outro elemento que inativa os vírus. Este método se tornando muito popular como uma das melhores formas de se tratar a água ao ar livre. Entretanto, algumas reclamações foram feitas dizendo que o iodo não teve o desempenho propagado nas especificações.

Escolhendo um método de tratamento O dióxido de cloro é o tratamento que menos trabalho dá ao usuário e protege contra protozoários, bactérias e vírus. É facilmente adaptável a qualquer quantidade de água. Mais leve e compacto que uma garrafa d'água cheia, um kit de dióxido de cloro


funciona bem até para ser usado apenas durante o dia (caminhadas curtas feitas com mochila de ataque). O custo inicial é baixo mas pode ser caro se for tratar quantidades muito grandes de água. Outra opção para tratar os três tipos de patogênicos é, primeiro, tratar a água com iodo e, depois, filtrá-la. Se você se preocupa com a exposição ao iodo, você pode usar um filtro com carvão, que chega a remover entre 90 e 98% do iodo, reduzindo a exposição, o gosto e o cheiro ao mesmo, mas tenha certeza de não ter filtrado a água antes do iodo ter tempo suficiente para agir. Até os filtros mais baratos protegem contra protozoários e bactérias. Eles são uma ótima opção para aqueles que não precisam de proteção contra vírus, usam-no apenas ocasionalmente, viajam em grupos pequenos ou fazem viagens pequenas e não querem colocar químicos em sua água. Filtros mais caros também não usam químicos - geralmente, eles filtram muito mais litros d'água que os filtros baratos, antes de ser obrigado a trocá-lo. Isto acaba economizando dinheiro e peso no fim das contas e fazem deles a melhor opção para usuários freqüentes, viagens longas e/ou grupos grandes.

Comparação dos tratamentos de água Método/Patogenia Ferver (3/10 min) Iodo

Protozoário

Bactéria

Vírus

Sim

Sim

Sim

A maioria exceto Cryptosporidium

Sim

Sim

Dióxido de Cloro

Sim

Sim

Sim

Filtro (1 micron)

Sim

Não

Não

Filtro (0.2 micron)

Sim

Sim

Não

Filtro (0.5 micron)

Sim

A maioria exceto Campylobactor

Não

Filtro (1 micron ou menor usado com iodo)

Sim

Sim

Sim

Por último , há o excelente método SODIS É um sistema barato e efetivo de purificação de água para consumo (além da fervura e cloração, por exemplo), e que, mesmo em situações ausência de infra-estrutura e ainda que com céu completamente nublado, funciona. Porém, em dias totalmente nublados, são necessárias 48 horas para purificação (dois dias ao sol), ao invés das 6 horas suficientes em dias sem nuvem ou parcialmente nublados. O método não é nenhuma novidade e é recomendado pela OMS, inclusive. É objeto de diversos estudos publicados por pesquisadores, inclusive brasileiros, já que é aplicado em comunidades do Brasil, que não dispõe de abastecimento pela rede pública ou mesmo saneamento básico. É certo que a filtragem e fervura da água são menos trabalhosas e mais recomendadas; mas na sua impossibilidade, o SODIS ( de “solar disinfection“), pode ser uma opção para diminuição de riscos de contaminação a índices aceitáveis.


LIMPEZA E CONSERVAÇÃO A destruição causada pelo lixo abandonado nos parques nacionais é um problema triste e também oneroso. Barbara Jioy, em seu livro “Camp Craft”, menciona o depoimento de um guada florestal, dizendo que a sujeira dos acampamentos é uma da maiores ameaças às reservas florestais. Ele apela aos diretores de acampamentos para que incluam um curso completo sobre o valor da vida silvestre, da vida no campo, sobre boas maneiras no meio ambiente, e as técnicas necessárias para se viver bem e com sucesso ao ar livre. Às vezes os acampantes pedem permissão para fazer uma fogueira e preparar suas refeições em terreno gramado. Os bons acampantes irão primeiro limpar cuidadosamente a área onde a fogueira deverá ser feita, tirando parte do gramado em placas de terra. Depois de terminado o acampamento, as placas deverão ser recolocadas de tal maneira que se mostre que nenhum prejuízo foi causado à área. Outro ponto de limpeza, higiene e conservação, é a respeito de quando a pessoa vai ao banheiro. Sempre deve deixá-lo limpo o quanto for possível. Se tem descarga, puxe. Se for no mato, latrina, cubra os detritos (pode ser coberto com cal). Não urine ou defeque pelo caminho. Muitos precisam usar e você também precisará depois. É muito triste ver as condições sanitárias em acampamentos, por pessoas que praticam atos de vandalismo, sujando e inutilizando banheiros. Faça a sua parte! Lembre-se sempre desse ditado: Não tire nada além de fotos, Não deixe nada além de pegadas, Não mate nada além da fome Não Queime nada além de calorias Como um Bom Desbravador eu Devo:  Ter sempre em mente a conservação do meio ambiente.  Ajudar quando e onde puder.  A conservar nossa matas, águas, minerais.  Solo, campos e vida silvestre.  Ser cuidadoso com as fogueiras.  Construir minha fogueira em lugar seguro, e mantê-la sob controle, me certificando de que o fogo está extinto antes de eu sair.  Ser limpo na vida ao ar livre.  Não perturbar a beleza natural pelo meu lixo e sujeira.  Não poluir rios nem correntes de água.  Respeitarei as propriedades públicas e particulares.  E não causarei nenhum dano.


FOGOS Em um acampamento, encontramos 4 objetivos para fogos: 1º Cozinhar 2º Produzir claridade (para iluminar o acampamento) 3º Aquecer as barracas e a guarda noturna. 4º proteger durante à noite; o acampamento não deve ficar sem uma fogueira. Ela tanto aquecerá a noite fria, como protege o acampamento de possíveis ataques de feras, como também de cobras, escorpiões, etc.. Antes de acender um fogo lembre-se: 1) Não brinque com o fogo. 2) Não o ascenda debaixo de árvores. 3) Não deixar com labaredas altas. 4) Não ascender junto a vegetação seca. 5) Não destrua o gramado. 6) Limpe bem a área. Afastando folhas, capins, lixo, etc... 7) Para combater possíveis incêndios, manter sempre uma pá no local. 8) Use a regra do “usou, apagou”. Nunca abandone aceso. 9) Não acender próximo demais das barracas. Nota: 1. Mantenha sempre um estoque de lenhas. 2. Em tempo chuvoso cobri-la com uma lona impermeável. 3. Á os guardas são responsáveis pôr mantê-las acesa. 4. Em tempo de chuva, fazer uma proteção para o fogo, e o mesmo para fogueira. ( mantê-las como o fogo baixo). 5. Trine ascender em tempo chuvoso, para Ter prática. 6. Um desbravador nunca gasta mas de três palitos para ascender um fogo, e nunca passa dos 5 minutos. 7. Na ausência de fósforo, existem outras opções naturais: a) Pedras que produzem faíscas, b) Paus – friccionado-os. c) Também pode-se usar, metais, lentes de graus, refletor de lanterna e isqueiro sem gás. Use capim seco, bom-bril, ninho de pássaros abandonados e frepas de pau para iniciar o fogo. Tipos de Fogos Fogo do Conselho: Antigamente, os caciques reuniam todos no centro da taba. Ascendia-se o fogo da paz, iniciava-se as danças. Os velhos guerreiros, donos de várias vitórias. Sua história de heroísmo, desafios, caçadas e batalhas, incentivam os curumins a seguirem o exemplo, tornado-se guerreiros, honra da tribo, defensores do povo. Nós os desbravadores também vibramos, principalmente no momento do fogo do conselho no acampamento. O diretor dá o sinal de reunião geral no centro do acampamento. Todos tomam posições ao redor da fogueira, em circulo. Canta-se então o hino de chamada à fogueira. (oração). O diretor pede responsável pelo fogo que o ascenda. Com palavras solenes: “oficialmente dou por aberto o nosso fogo do conselho que comecem as atividades”. Histórias, música, improvisos, rimas, peças cômicas, tudo é valido (desde que seja sadio). Como as unidades sempre apresentam partes ensaiada, devem seus membros permanecerem juntos, no circulo, com o bandeirim da mesma.


No encerramento, o diretor pede que todos dêem as mãos. Encerra com as suas próprias palavra. Faz-se uma oração, após a mesma entoa-se um corinho. Na Sexta feira à noite, o fogo é totalmente espiritual. Fogo Estrela: Foi usado pôr muito tempo pelos indíginas, para sinalizar e assar caças. É o fogo mais econômico e fácil de se fazer; dispensa marchado e outros objetos, sues paus não precisam estar cortados; dispensa-se que sejam podados e etc. junte alguns galhos e os arrume semelhantemente aos raios de uma roda, ascenda o fogo no meio e acrescente mais galhos ou troncos. Para usalo na cozinha, acrescentar três pedras que servirá como suporte (trempe) para as panelas. Leve em conta os benefícios do vento para cozinhar com rapidez.

Trincheira: É o melhor fogo de cozinha, usado em acampamento. Cozinha rápido, pode agrupar mais de uma panela e deixar um ótimo braseiro, que serve para assar, principalmente pão de acampamento, ou melhor, de espeto. Para fazer, para fazer, cava-se um vala, põe-se as lenhas, alguns galhos verdes e molhados atravessados, para colocar as panelas em cima. É muito importante a posição do vento. Colocar a boca do mesmo para na direção sotavento (direção de onde sopra o vento, se não o fogo não funcionará com precisão).

Fogo Refletor: Usado pelos desbravadores e acampantes, para aquecer panelas e o interior de um abrigo ou barraca, em dias frios. Usa-se toras verde, pedras, rocha ou um barranco. O calor é lançado para frente, dentre todos, o melhor refletor, é o papel alumínio, ascende-se o fogo e pronto. O abrigo ficará aquecido a noite inteira .

Altar de Cozinha: Faça uma mesa primitiva, deite palhas seca sobre ela, em seguida uma camada grossa de barro; deixe o barro secar. Pronto, é só fazer o fogo sobre o mesmo e você não precisará curvar-se em quanto estiver cozinhando.

Fogo do Caçador: Corta-se duas toras verdes de mais ou menos 10 cm de diâmetro e mais ou menos 90 cm de comprimento.


As ferramenta usada para corta lenha, deve ser cuidadosamente conservada e corretamente usada. Para as que possuem cabo de madeira, colocar em um balde com água pôr algumas horas, antes de usar. Saiba amolar um facão; não os deixem jogados pelo chão. Ver posição em que se deve trabalhar com uma faca; nunca uma árvore sem precisão. Tenha cuidado ao cortar um bambu.

Afinal, o que é o fogo? O que é fogo? Os antigos gregos consideravam o fogo um dos elementos fundamentais do universo, junto com a água, a terra e o ar. Esse conjunto faz sentido intuitivamente: você pode sentir o fogo assim como pode sentir os outros três elementos. Você pode também vêlo, cheirá-lo e movê-lo de um lugar para o outro. Mas o fogo é algo completamente diferente. Terra, água e ar são formas de matéria (eles são feitos de milhões de átomos agrupados). O fogo não é matéria, mas sim um efeito secundário visível e tangível da matéria em modificação (é parte de uma reação química). Normalmente o fogo surge de uma reação química entre o oxigênio na atmosfera e algum tipo de combustível (madeira ou gasolina, por exemplo). Obviamente, a madeira e a gasolina não pegam fogo espontaneamente só porque estão cercados de oxigênio. Para que a reação de combustão ocorra, você precisa aquecer o combustível até sua temperatura de ignição. Eis a seqüência de eventos quando um pedaço de madeira pega fogo: * alguma coisa aquece a madeira até uma temperatura bem alta. O calor pode vir de diferentes origens: um fósforo, um foco de luz, fricção, relâmpago ou outra coisa que já esteja queimando; * quando a madeira atinge aproximadamente 150ºC, o calor decompõe parte do material de celulose que constitui a madeira; * parte do material decomposto é liberado na forma de gases voláteis. Esses gases são conhecidos como fumaça (em inglês). A fumaça é composta de hidrogênio, carbono e oxigênio. O resto do material forma carvão, que é quase carbono puro, e cinza, que é composta de todos os minerais da madeira que não queimam (cálcio, potássio, etc). Carvão é o que você compra como carvão vegetal. É a madeira que foi aquecida para remover quase todos os gases voláteis, sobrando o carbono. É por isso que o fogo feito com carvão queima sem fazer fumaça;


a queima da madeira ocorre em duas reações separadas: * quando os gases voláteis estão quentes o suficiente (cerca de 260ºC, no caso da madeira), as moléculas constituintes se quebram e os átomos se recombinam com o oxigênio para formar água, dióxido de carbono e outros produtos. Em outras palavras, eles queimam; * o carbono do carvão também se combina com o oxigênio, que é uma reação muito mais lenta. É por isso que o carvão vegetal da churrasqueira pode continuar quente por bastante tempo. Um efeito secundário dessas reações químicas é muito calor. O fato de as reações químicas no fogo gerarem bastante calor novo é que mantém o fogo. Muitos combustíveis queimam em uma etapa. A gasolina é um bom exemplo. O calor vaporiza a gasolina e essa queima como gás volátil. Não há carvão. Os humanos também têm aprendido como dosar o combustível e controlar o fogo. Uma vela é um instrumento para vaporizar e queimar lentamente a cera.

à medida que se aquecem, os átomos de carbono que estão subindo (assim como os átomos de outros materiais) emitem luz. Esse efeito de "luz produzida pelo calor" é chamado de incandescência e é o mesmo tipo de efeito que cria a luz em uma lâmpada. É o que causa a chama visível. A cor da chama varia dependendo da temperatura e do material que você está queimando. A variação de cores dentro de uma chama é causada pelas diferentes temperaturas. Normalmente, a parte mais quente de uma chama (a base) é azul e as partes mais frias do topo são alaranjadas ou amarelas. Além de emitirem luz, as partículas de carbono que sobem podem se acumular nas superfícies ao redor, na forma de fuligem. O que há de perigoso nas reações químicas que ocorrem no fogo é o fato de serem autoperpetuáveis. O próprio calor da chama mantém o combustível na temperatura de ignição, contribuindo para que queime enquanto houver combustível e oxigênio. A chama aquece todo o combustível que há ao redor, de modo que esse também libera gases. Quando a chama causa a ignição dos gases, o fogo se alastra. Na Terra, a gravidade determina como a chama vai queimar. Todos os gases quentes presentes na chama são muito mais quentes (e menos densos) do que o ar ao redor, portanto, se movem para cima em direção à menor pressão. É por isso que o fogo normalmente se espalha para cima e também é por isso que as chamas ficam sempre "apontando" para o alto. Se você precisasse acender fogo em um ambiente de microgravidade - por exemplo, em um ônibus espacial - ele teria a forma de uma esfera.


O fogo forma uma esfera na microgravidade Variáveis do fogo Na última seção, vimos que o fogo é resultado de uma reação química entre dois gases, normalmente oxigênio e um gás combustível. O gás combustível é criado pelo calor. Em outras palavras, com o calor fornecendo a energia necessária, os átomos em um composto gasoso quebram suas ligações entre si e se recombinam com os átomos do oxigênio disponível no ar para formar novos compostos e muito mais calor. Somente alguns compostos se quebrarão prontamente e se recombinarão desse modo: os vários átomos precisam ser atraídos entre si da maneira correta. Quando você ferve água, por exemplo, ela assume a forma gasosa de vapor, mas esse gás não reage com o oxigênio do ar. Não há uma atração forte entre os dois átomos de hidrogênio e o átomo de oxigênio da molécula de água e os dois átomos da molécula de oxigênio, de modo que o composto de água não se quebra e recombina. Os compostos mais inflamáveis contêm carbono e hidrogênio, que se recombinam com o oxigênio de maneira relativamente fácil para formar dióxido de carbono, água e outros gases. Combustíveis inflamáveis diferentes podem pegar fogo em diferentes temperaturas. É preciso uma certa quantidade de energia térmica para transformar qualquer material específico em um gás e ainda mais energia térmica para desencadear a reação com o oxigênio. O nível de calor necessário varia dependendo da natureza das moléculas que constituem o combustível. A temperatura de ignição provocada é o nível de calor necessário para formar um gás que sofrerá ignição quando exposto a uma faísca. Na temperatura de ignição espontânea, que é muito mais alta, o combustível sofre ignição sem faísca. O tamanho do combustível também afeta a probabilidade de ele pegar fogo. Um combustível maior, como uma árvore grossa, pode absorver bastante calor e, portanto, é preciso bem mais energia para elevar a temperatura de uma parte em particular até a temperatura de ignição. Um palito de dente pega fogo mais facilmente porque se aquece mais rápido. A produção de calor de um combustível depende de quanta energia os gases liberam na reação de combustão e com que velocidade o combustível queima. Os dois fatores dependem, em grande parte, da composição do combustível. Alguns compostos reagem com o oxigênio de tal modo que sobra bastante "energia térmica extra". Outros emitem uma quantidade menor de energia. Similarmente, a reação do combustível com o oxigênio pode acontecer muito rapidamente ou mais lentamente. A forma do combustível também afeta a velocidade com que ele queimará. Pedaços finos de combustível queimam mais rapidamente do que pedaços mais largos, pois uma proporção maior de sua massa fica exposta ao oxigênio a qualquer momento. Você


poderia queimar uma pilha de lascas de madeira ou papel muito mais rapidamente do que poderia queimar um bloco de madeira com a mesma massa, pois as lascas e o papel têm uma área de superfície muito maior. Desse modo, o fogo de cada combustível se comporta de um modo peculiar. Os especialistas podem ter uma idéia de como um fogo iniciou observando o modo como afetou as áreas ao redor. O fogo de um combustível de combustão rápida, que produza muito calor, provocará um tipo de dano diferente do que um fogo de combustão lenta.

Dicas - COMO ACAMPAR NA CHUVA

Acampar é literalmente viver com a natureza e conviver com as coisas boas, como as belas paisagens, ar puro, verde das arvores, entre tantas coisas inspiradoras, saiba se proteger no caso de chuvas inesperadas! Afinal estamos na natureza e ela nos oferece imprevistos inevitáveis. Por isso precisamos nos preparar para esses eventos e curtir da melhor forma possível. ALGUNS PASSOS IMPORTANTES: 1. Pense a respeito do local das suas férias, jornada ou expedição. Esteja preparado, pesquise sobre a região onde você pretente acampar, a época do ano e principalmente veja a previsão do tempo antes de ir viajar. Esses detalhes são importantes para você considerar todas possibilidades e se equipar bem para enfrentar tempos chuvosos e outros imprevistos da região. 2. Compre a barraca certa. As barracas são fabricadas em modelos diversos que servem para as mais variadas situações, indo desde campings em praias e campos até acampamentos base em alta montanha (acima dos 6-7 mil metros de altitude). Saber escolher uma barraca levando em conta as suas necessidades é essencial. (Veja o artigo sobre os tipos de barracas). 3. Arme a barraca apropriadamente. Coloque uma lona sobre a barraca antes de armá-la, veja se a lona cobre toda a extensão da barraca com folga. Coloque uma lona também em baixo da barraca, isso ameniza a humidade do chão no piso da barraca. Evite armar a barraca sobre irregularidades como: inclinações, montes e terra fofa. Tente armar a barraca no local mais alto do acampamento e plano. Amarre bem as cordas e as deixe bem esticadas, mas sem forçar a costura. Não arme sua barraca proximo a rios, lagos ou do mar. 4. Use uma lona como cobertura adicional ou um capacho. Se possível, amarre a lona nas árvores, cabos ou qualquer coisa alta até mesmo seu carro), para criar um telhado sobre a barraca. Isso vai ajudar a impedir a chuva de cair diretamente em cima da barraca. Esta é a solução mais fácil para acampar com um carro. A lona auxilia também a colocar os itens como: botas molhadas, sapatos, casacos para secar antes de levá-los para dentro da barraca. Leve casacos resistentes a água e fáceis de secar para facilitar as coisas - invista em uma boa proteção para manter-se seco e aquecido. 5. Verifique se a ventilação está adequada. A humidade da sua respiração na barraca pode condensar e causar uma chuva particular dentro da barraca. Ventilação adequada é a melhor resposta para impedir a condensação. Lembre-se, quanto mais ventilação, menos condesação. 6. Mantenha toalhas e panos de secagem rápida (toalhas super absorventes) prontos para secar o interior da barraca. Se o temido fluxo de água adentrar sua barraca apesar de tudo, seque com estas toalhas, torça e pendure para secar. O mais rápido você secar a água, menos ela vai invadir a barraca. Vale a pena sair de seu confortável saco de dormir e verificar porque a água está entrando - talvez a cobertura precise de ajustes ou mais ventilação é necessária.


7. Leve as coisas certas: Mantenha uma muda de roupa seca em uma sacola a prova dagua. Caso tudo dê errado e a água invada a barraca, você vai precisar de roupas secas. Tenha sapatos fáceis de calçar ou chinelos do lado de fora da barraca. Capas de chuva devem ficar dentro da barraca a noite. Pode estar um céu estrelado e uma noite agradável, mas se a tempestade chegar na calada da noite é bom tê-la por perto. Para aqueles que estão acampando no carro, leve guarda-chuvas extras. Opção para regiões frias ou com tendencia a mudanças bruscas no tempo: Tenha aquecedores de mãos e luvas apropriadas. Luvas leves e a prova dagua podem impedir que suas mãos congelem quando estiver armando ou desarmando sua barraca na chuva. 8. Tenha coisas interessantes para fazer quando estiver preso na barraca o dia todo. Leve livros, jogos, material de desenho, seu diário qualquer coisa que caiba na sua mochila e que seja do seu interesse. Um jogo útil para levar é um baralho (váras brincadeiras são possíveis) e ocupam pouco espaço. 9. Desmonte a barraca com cuidado. Limpe bem sua barraca e nunca guarde-a molhada ou úmida. Em caso de imprevistos, guarde-a com cuidado e arme-a novamente na primeira oportunidade em local seco e deixe-a secar ao sol. Não use agentes químicos, sabão neutro, pano com agua é o suficiente.

DICAS • Se estiver com o carro, estacione de modo a usá-lo para fornecer um abrigo, pode ser uma opção extra, e aconchegante para usar enquanto chove. • Uma barraca do tipo quatro estações é feita para o inverno frio, e não vai necessáriamente oferecer proteção melhor contra a chuva. Ela é feita para resistir a neve e ventos fortes. Usar este tipo de barraca no verão significa carregar mais peso. Vai ter menos ventilação que uma barraca 3 estações. • Use equipamentos resistentes a água e se possivel a prova d’agua. Compre equipamentos a prova dagua de qualidade. Seda seca mais rápido que algodão, e portanto, pense em usar lençóis de seda. Se você estiver acampando com carro, tenha certeza que seus travesseiros e roupa de cama seja do tipo que seque rápido. • Se ainda estiver chovendo quando for a hora de ir embora, você vai ter que desmontar a barraca debaixo de chuva. Seu equipamento não vai ter a chance de secar, e vai ter que ser guardado molhado. Quando chegar em um destino seco não esqueça de limpar e secar seu equipamento imediatamente, não guarde nunca ele sujo ou molhado, preserve a durabilidade dos seus equipamentos.

Dicas - Como cuidar de sua mochila

Veja abaixo algumas dicas: 1. Acondicione com cuidado os itens com pontas, como fogareiros e material de cozinha. Caso contrário, mesmo que não sejam afiadas, estas extremidades podem provocar furos em sua mochila. 2. Remova restos de comida e migalhas de sua mochila, pois o odor destes petiscos pode atrair animais e proliferar microorganismos, que acabam por estragar o tecido da mochila. Acondicione a comida em sacos plásticos antes de colocar na mochila, pois o cheiro pode atrair animais, mesmo não tendo mais comida na mochila. 3. Após cada caminhada, limpe bem sua mochila, esvaziando e sacudindo todos os compartimentos. Caso ela esteja realmente suja e precise de um banho, lave-a com cuidado, lembrando sempre de não esfregar o lado de dentro. Isso pode danificar o revestimento de PU, fazendo com que qualquer chuvinha molhe o interior da mochila. Por fora, esfregue com esponja ou escova macia, usando sabão neutro. Deixe secar a sombra.


4. Use sempre a capa de chuva na mochila, mesmo quando não estiver chovendo. Ela irá proteger a mochila contra sujeiras e arranhões. 5. Guarde sua mochila em local seco, fresco e arejado, para evitar a proliferação de fungos, que podem danificar o revestimento interno. 6. Quando você for levantar uma mochila cheia, pegue pelas duas alças simultaneamente, para não causar sobrecarga. O loop entre as alças também pode ser usado. 7. Não aperte demais as tiras de compressão. Isso vai causar esforço desnecessário nas costuras. 8. Cuide dos zíperes. Limpe-os, lubrifique-os com silicone em spray e não dê puxões fortes. Apare sempre os fios soltos do tecido, para que eles não se prendam no zíper. 9. Mantenha as fivelas presas para que, se forem pisadas, não sejam danificadas.

Dicas para escolher uma mochila

AO ESCOLHER uma mochila verifique o tempo de duração de sua viagem e a litragem ideal para cada situação. Como dica e parâmetro vejam a tabela abaixo, considerando que irá levar o mínimo possível de objetos.

Tipo de Aventura Trekking de um dia Trekking / Viagem de 2 dias (sem camping) Trekking /Viagem de 2 dias (com camping) Trekking /Viagem de 4 dias (sem camping) Trekking /Viagem de 4 dias (com camping) Trekking de longa duração (caminhadas extensas) Trekking com camping mais de 15 dias

Litragem indicada Daypack 30 – 40 40 – 50 40 – 50 50 – 60 40 – 50 75 – 85

Para reduzir o peso e o volume da mochila, evite levar artigos desnecessários. Antes de se aventurar, pesquise e colete informações sobre o local, é importante estar prevenido. Uma vez definido modelo e litragem, atende-se aos detalhes como conforto das alças lombares, dos ombros, sistema de ajustes, ventilação, quantidade de bolsos, acessórios e a relação peso x volume. Alça de ombro reforçado, acolchoado e desenhado para o máximo de conforto, ajusta-se a diversos biótipos através do uso de fitas especiais.


Dicas - Como ajustar sua mochila

COMO AJUSTAR SUA MOCHILA PARA AJUSTAR a mochila muitos fatores são considerados. Elas foram desenhadas e fabricadas sempre levando em conta a resistência dos materiais em sintonia com o movimento do corpo. Os materiais empregados e os sistemas de ajuste devem se adequar a estrutura física de cada pessoa. A pequena ilustração abaixo exemplifica um pouco o sistema de ajustes das alças. O mais importante é o peso estar sempre apoiando no sentido “para frente” e não inclinado para trás.


COMO CARREGAR SUA MOCHILA PARA CARREGAR a mochila de forma correta, sempre se atente a distribuição do peso, de acordo com a inclinação da caminhada (pode ser uma subida ou descida). Não se esqueça também que cada mochila tem fitas diferentes no lado externo para pendurar barracas, isolante térmico, saco de dormir, casaco e outros. Veja ilustração abaixo:



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