Jornal APUSM edição novembro 2014

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Periódico mensal da Associação dos Professores Universitários de Santa Maria Santa Maria / RS / Brasil

ANO 46 nº21

Novembro - 2014

Noite Tropical e o Jantar do Coral:

Fechamos 2014 com salões lotados! Crônica:

Máximo e os Morangos Vermelhos Página

04

Pioneiros:

Páginas

07 e 11

Memória:

Xadrez:

Veterinários Entrevista A final do com o professor Brasileirão 2014 homenageiam Vallandro Arlindo Mayer na Associação Página

13

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Página

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EDITORIAL

Periódico mensal da Associação dos Professores Universitários de Santa Maria

Novembro 2014

Mais um ano...

Tania Moura da Silva*

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ezembro... Abrimos o último mês de 2014. Nesta mesma época em 2013 realizamos a primeira edição do Bazar de Natal. Este projeto foi idealizado a partir da história do artesanato que acompanha a formação histórica da humanidade. Relembrando um pouco... Nesta evolução o artesão era responsável por todo o processo produtivo, começando pela escolha e tratamento da matéria-prima, pela idealização do produto e pelo planejamento de todas as etapas do processo de fabricação. No século XIX estes profissionais eram considerados detentores de todo o conhecimento técnico especializado... Os livros de história aprofundam melhor e com mais pertinência este assunto, faço esta referência apenas para pontuar sobre a origem de nosso projeto relacionado “Bazar de Natal” que foi pioneiro no ano de 2013 e neste ano em segunda edição fez parte de nossa agenda cultural obtendo êxito em sua realização. Neste segundo evento contamos com a participação de inúmeros artesãos que coloriram e redecoraram o nosso Salão Cultural apresentando seus trabalhos. Foram belíssimas peças em exposição durante uma semana de evento. Vários artigos confeccionados com todo o saber de cada profissional e com o carinho de quem aplica seu tempo, criatividade e habilidades para transformar em “utilidades” a matéria-prima escolhida para a sua fascinante arte da transformação. Mais uma vez honrou-nos tê-los conosco, e para 2015 desejamos contar mais uma vez com o talento e com a presença de cada um dos artistas que

estiveram aqui, prestigiando nosso Bazar e tornando mais especial este evento. Ainda no tema artistas, no dia 14 de novembro, para comemorar os 47 anos de nossa querida Associação contamos com a exposição de quadros da artista plástica e professora aposentada Lia Achutti, com peças em pintura a óleo, tapeçaria de recorte e aplicações de bordados. Obrigada Professora Lia pelo seu talento e dedicação. Todos esses acontecimentos que embelezaram nossas dependências nos lembram da proximidade do Natal e do término de mais um ano. Assim como o algodão se transforma em fibra, que vira fio, que forma o novelo, que origina o bordado, ou o tapete, ou a toalha, e tantas outras utilidades. Assim também deve ser o interior de cada um de nós. Nossa essência a cada ano se renova. Nossa busca diária e pessoal deve incluir e aprimorar essa prática. Renovar nossas rotinas, atualizar nossas impressões, aprimorar nossas técnicas, reprogramar os roteiros e atualizar nossas metas nos possibilitam crescer, progredir. Isso deverá ser uma constante em nosso dia. O Natal simboliza nova vida, pois nele comemoramos o nascimento do Homem que tudo modificou, trazendo a certeza da vida eterna, com amor, fé e esperança. Momento doce e cheio de significado. Fim de ano é tempo de reflexão. É hora de olhar o passado de modo agradecido e de encarar o futuro com novos planos, revigorando o calor da amizade e da união. Tempo de pensar em tudo que foi conquistado na nossa vida profissional e pessoal e agradecer a Deus por tudo, seja de bom ou ruim, pois neste ano, muitas conquistas foram feitas,

barreiras foram superadas e sonhos estão se tornando realidade. Que neste Natal você e sua família sintam mais forte ainda o significado da palavra amor, e que por meio desse amor seu caminho seja muito iluminado, transformando seu coração a cada dia, fazendo que você viva sempre com muita felicidade. Teremos outras 365 novas oportunidades de viver uma vida plenamente feliz. E, nessa expectativa a APUSM é construída diariamente a partir dos seus associados. Cada novo membro que se associa a esta casa torna maior a responsabilidade em servir, proporcionar bem estar, garantir direitos e horas de lazer e divertimento a todos. É por esta razão que se renovar a cada ano tornou-se o grande desafio para o nosso grupo de trabalho, para mudar o que precisa ser mudado e manter tudo o que deu certo. Que a parceria Associação e Associados seja um elo cada vez mais forte de respeito e confiança de dias melhores. Que a busca da paz e da felicidade seja, para os nossos associados, não somente uma intenção, mas um compromisso em todos os dias de 2015. Vamos juntos, neste Natal olhar uma festa maior, a festa do nascimento de Cristo dentro de nossos corações. É com esse anseio que nos despedimos nesta edição, com o desejo sincero de que a renovação seja uma constante em sua rotina, que o Deus menino seja esperado com o coração renovado com a esperança firme de um futuro próspero e desafiador e com a fé revitalizada de que somos capazes de enfrentar desafios e obtermos o sucesso desejado. (*Colaborou: contabilista Ana Paula Dal Povolo)

Novos associados Cleci Menezes Moreira (Unipampa) Fabio de Araújo Pedron (Unipampa) Lana Carneiro Almeida (Unipampa) Mara Regina Rodrigues Ribeiro (Unipampa) Margot Agathe Seiffert (IFF) Errata: Na página 10 da edição de outubro do Jornal da APUSM, na crônica “Poquita Fe”, de autoria do professor Eduardo Ayala, nossa revisão se equivocou em três ocasiões. Pedimos desculpas ao nosso cronista e também associado, assim como nossos leitores. São elas:

Morgana de Melo Machado (Unifra) Roberta de Vargas Zanini (Unipampa) Rosane Rosa (UFSM) Thiago Durand Mussoi (Unifra)

(1) Quando o autor se refere ao artigo “o sujeito não muda” (1º parágrafo), apenas afirmou que esse personagem “não se imuta, não se altera nem muda, fica quieto”. (2) “Poquita fe” é nome singular de uma música e da alcunha do protagonista. Portanto, a preposição “De”, que precede a “Poquita fe” alterou, em termos literários, a peculiaridade nominal e a

razão de ser do título. (3) na dedicatória que o autor faz a Wilson Soriano, leia-se “entranhável” e não “estranhável” Também na ultima edição, na página 11, na matéria “As Guardiãs – Retratos de Mulher”, pisamos na bola ao trocarmos o nome da fotógrafa Bibiana Silveira por Bibiana Siqueira. Desculpa Bibiana!

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* Caso queira atualizá-lo ou mandar alguma sugestão envie um e-mail para: jornal@apusm.com.br

Associação dos Professores Universitários de Santa Maria Fundada em 14/11/1967 Av. Nossa Senhora das Dores, 791 CEP: 97050-531 - Santa Maria/RS Fone/Fax: (55)3223 1975 ou (55) 32214856 - www.apusm.com.br E-mail: apusm@apusm.com.br DIRETORIA EXECUTIVA Presidente: Tania Moura da Silva Vice-Presidente Jesus Renato Galo Brunet 1º Vice-Presidente: Ony Lacerda da Siva 1º Secretário: Quintino Corrêa de Oliveira 2º Secretário: Darcila Dela Canal Castelan 1º Tesoureiro: Renato Ilo Londero 2º Tesoureiro: Luiz Antônio Rossi de Freitas CONSELHO DE CURADORES Titulares Ivan Henrique Vey Waldyr Pires da Rosa Etevaldo Vargas Porto Suplentes Antônio Motta Flores Antônio Roberto Bisogno JORNAL DA APUSM Informativo mensal da Associação dos Professores Universitários de Santa Maria - Fundado em 30/03/1971. Supervisão Geral Gaspar Miotto Jornalista Responsável Ricardo Ritzel MTB: 12773 Fone: (55) 3221-4856 Ramal 25 jornal@apusm.com.br Diagramação Rodrigo de Oliveira Fortes Tiragem 4.000 exemplares O Jornal da APUSM aceita a colaboração da Comunidade Universitária

Distribuição gratuíta e dirigido aos associados


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Periódico mensal da Associação dos Professores Universitários de Santa Maria

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Crônicas

As sobrancelhas do Sr. reitor Celina Fleig Mayer*

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onvidados para o churrasco de aniversário da Presidente da APUSM, Tânia Silva, numa noite de outubro de 2014, tivemos a satisfação, para não dizer sorte, da companhia, numa mesa ao acaso, de Quintino Oliveira, Roberto Bisogno e Adarci Antoniazzi. Se ficássemos apenas com o Quintino e outros conhecidos, a noss a satisfação também também seria enorme, porque o Quintino é, na verdade, o maior comunicador que Santa Maria já teve. Mas, com o aval do Roberto, as histórías narradas pelo amigo, transformavam-se em verdadeiras lições de História da UFSM que mereciam, obrigatoriamente, serem escritas para a posteridade. Quando Quintino relatava algo – e sempre avisando, nos vieses que fazia, que “isso aí é um outro caso”, desenvolvendo o fato, o outro acrescentava mais um pouco. Foi então que ficamos sabendo que,em muitas das reuniões que se fez até que aquele gigante se erguesse e hoje é uma Universidade,ocupando um lugar muito destacado entre todas do Brasil, tinha um personagem que merece a veneração de Santa Maria. Trata-se do idealizador e fundador, o Dr. Mariano da Rocha Filho – um homem que eu nunca tinha visto sob o prisma que eles nos revelavam. E entre risos e rememorações, mas sempre enaltecendo o primeiro Reitor, no maior respeito, um contava – o Quintino, e o outro confirmava, o Roberto, quando o Adarcy também aumentava o relato com algo novo e que só fazia com que nos deliciássemos com histórias enciclopédicas. Mariano da Rocha não conhecia empecilhos, sonhava e ia em busca do que achava melhor para que a Universidade se concretizasse naquele campo que lhe foi doado por uma tradicional família de Camobi. A parte mais cômica, Quintino e Roberto se encarregaram de lembrar: quando havia uma reunião com o Dr. Mariano, e todos tentavam mostrar soluções inteligentes, ele ficava silencioso, como que alheio ao que os outros falavam. Mas, lá pelas tantas, pedia a pala-

Morangos Vermelhos Máximo José Trevisan*

vra, colocava as mão nas sobrancelhas (cerradas, um detalhe que Quintino fez questão de frisar)- e, de uma delas arrancava um fio. Daí dava sua solução, exatamente correta, o que deixava o grupo pasmo, já que tinham gerado longas conversas e divergências sem chegar a um consenso. Sua inteligência e perspicácia eram seu grande trunfo, e o que ele sugeria, fechava exatamente com o que deveria ser feito, numa simplicidade que só os sábios percebem. Foi uma noite de churrasco, confraternização e aprendizado. Descobri que o Dr. José Mariano da Rocha Filho fez muito mais do que alguém possa descrever, e teve uma capacidade prodigiosa de se sair com brilhantismo de qualquer “saia justa”, com uma desenvoltura só possível aos bem-aventurados. Depois desse jantar de aniversário, passei a valorizar o fato de ter frequentado e me formado numa Faculdade da UFSM do Dr. Mariano. Duvido que no Brasil inteiro se encontre histórias, relatos e provas de persistência e visão de alguém que tenha sido pioneiro em “inventar” uma Universidade no interior de um Estado. Mais, passei a reverenciar a figura de um homem que, se nascido na Idade da Pedra ou daqui um século, teria se sobressaído ou se destacaria de qualquer forma. Ele não foi um comum mortal. Teve um sonho, absurdo para muita gente da sua época, mas nada o deteve, em tempo algum em nenhuma circunstância, segundo a agradável narrativa de Quintino, coadjuvado pelos outros dois colegas. O fundador e primeiro Reitor da UFSM foi a prova de que não existem barreiras para os persistentes e destemidos, para não dizer “teimosos”, no sentido de acreditar em si mesmo, contra toda a corrente. E, quanto às suas sobrancelhas, nunca se ouviu falar que tivessem escasseado ou aparentassem algumas falhas... frisou bem,o Quintino. E Marianinho teve motivos de sobra para cultivar seu cacoete em centenas de ocasiões...

H

á algum tempo, em programa de tevê, ouvi o psiquiatra João Lino Rodrigues dizer: “Só há uma forma de não envelhecer: morrer jovem!” Ainda hoje lembro essas palavras e vejo que a razão estava com ele: só é velho quem gozou o privilégio de viver bastante! Tomava chimarrão (era domingo, de manhã!), e passei a me perguntar: viver bastante, mas para quê? Apareceram algumas respostas, mas não descobri outra mais simples: viver para ser feliz! Há motivo maior para justificar uma longa vida se não para ter mais tempo de concretizar sonhos, em que até os menores e os mais íntimos tenham voz e vez? Utopia?.. Mas alguém consegue viver feliz sem um sonho por realizar, um amor para viver? Onde começa ou quando termina a sabedoria de envelhecer? A superficialidade do nosso tempo não mata, mas muitas vezes deforma quando não nos deixa entender a própria idade construída de momentos únicos, irrepetíveis e especiais. Amar a vida, quando a juventude escorre de todos os poros, é uma coisa. Amar a vida, quando a pele está enrugada e a dor não é figura de retórica, mas companheira real e presente em (quase) todos os dias, isso exige muito de lucidez e atenção de cada um. Envelhecer, sem gostar de viver, é morar à beira-mar, sem gostar de sol. Amar-se é outra condição imprescindível para viver bem por longo tempo! A vida oferece muitas surpresas. A vida é uma grande surpresa!.. Um dia destes li uma estória zen: “Um homem ia pela flores-

ta quando ouviu um rugido terrível. Era um leão. Ele teve muito medo e pôs-se a correr. Mas a floresta era densa, e o sol já se estava pondo. Não viu por onde ia e caiu num precipício. No desespero, agarrou-se a um galho que se projetava sobre o abismo e lá ficou. Foi quando, olhando para a parede do precipício, viu uma pequena planta que ali crescia. Era um pé de morangos. Nela havia um morango vermelho. O homem estendeu o braço e colheu a fruta. Comeu-a prazerosamente.” A estória termina assim. Não conta se o homem se salvou ou não. Importa saber? Fico a pensar naqueles que o mundo endeusa: os heróis sem medo, os vencedores. Mas, se o homem da nossa estória não tivesse tido medo, certamente não teria corrido; se não tivesse corrido, não teria caído no precipício; se não tivesse caído, não se teria agarrado a um galho; se não tivesse se agarrado, não teria visto a pequena planta e colhido a oportunidade e a experiência de comer um morango vermelho à beira de um precipício!.. A vida está cheia de densas florestas e de leões, de precipícios e de morangos. Por que viver? Como viver? Para que viver? Certos momentos parecem morangos vermelhos pendurados em planta frágil, na parede de um precipício. A vida e a morte são mestras em ensinar essa lição. Às vezes, temos dificuldade em aprendê-la, mesmo quando, agarrados a um galho no precipício, vemos à frente, ao alcance da mão, um morango vermelho pronto para ser saboreado!... * maximotrevisan@uol.com.br


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Foto na História

Em 1962, o desfile dos “bixos” da Universidade de Santa Maria (UFSM), literalmente, fechava o trânsito no Centro da cidade com seus carros alegóricos, alegria e muita irreverência.

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Fotos: reprodução Patrimônio Arquivístico da UFSM

Naquele ano, um veio em forma de dentadura, onde a Miss Odonto desfilava com uma placa com os dizeres: “A Odonto saúda os dentados e desdentados de Santa Maria”.

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Curiosidades APUSM Esta coluna é a colaboração mensal do pessoal da Arquivologia que está fazendo um belo trabalho com o acervo da APUSM e, em breve, estará disponível para quem quiser conhecer toda a história da instituição. O primeiro campeonato de futebol de campo dos profissionais liberais (Copa APLUB) promovido pela APUSM em Santa Maria teve início no mês de maio de 1971 com a participação das equipes dos Cursos de Agronomia, Direito, Economia, Engenharia, Farmácia, Medicina e Odontologia. A competição foi disputada no Estádio Tarso Dutra, na cidade universitária, com turno e returno, onde os quatro primeiros colocados disputaram um quadrangular final, partindo dos zero pontos. No dia 27 de novembro a copa teve seu encerramento com uma final acirrada entre as equipes da Odontologia e Engenharia. Nesta decisão, destacou-se o professor Jairo que marcou os gols de sua equipe, garantindo um marcador de 2x1 e o título de campeã para a Odontologia. A segunda Copa APLUB, realizada no ano de 1972, com início no dia 6 de maio, contava com a

seleção da veterinária, além das outras equipes que já haviam disputado sua edição anterior. O campeonato, agora também disputado no estádio do Riograndense, ocorreu novamente em turno e returno, filtrando para a próxima fase apenas os quatro primeiros colocados, que foram: Odontologia, Engenharia, Farmácia, Economia. Nesse quadrangular final, a Odonto faturou novamente a Copa e ficou com a taça APLUB, pois pelas regras do campeonato, ficou decidido que a equipe que se firmasse bicampeã, consecutivamente ou não, ficaria com a taça em definitivo. Visando não acabar com a diversão dos nossos professores, a APLUB cedeu para a APUSM uma nova taça para poder ser disputada em 1973, no entanto, a copa acabou não acontecendo. Não estaria na hora de testar o fôlego de nossos atletas docentes?


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Página do associado na internet

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antendo a sua promessa de transparência, a direção da APUSM disponibiliza aos seus associados uma página em seu site na internet com informações como as planilhas com os balancetes dos meses anteriores, estatuto do associado e

as movimentações dos valores de seus convênios. A fim de facilitar o domínio de sua página de associado no site, desenvolvemos um tutorial, para que você mesmo possa efetuar seu cadastro e consequentemente seu primeiro acesso sem dúvidas.

Passo

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Nesta etapa, é necessário buscar o Primeiro acesso, informando seu CPF e clicando em efetuar cadastro.

Confira a baixo o modelo passo-a-passo: • Acesse o site pelo www.apusm.com.br • Após entrar no site da APUSM, você irá perceber que no canto superior direito da página inicial, encontra-se ao lado das notícias em destaque, o Painel do Associado. • Digite seu CPF/ CNPJ no espaço destinado e clique em [Clique aqui] • Feito isto, o site irá lhe encaminhar a uma nova página, a página de acesso ao sistema. • Digite novamente o CPF/CNPJ no espaço destinado e após clique em efetuar o cadastro. • No andamento do seu registro a página irá solicitar-lhe seu e-mail e demais dados. • Crie uma senha, e memorize-a. Será útil para demais acessos. • Após definidas senha e e-mail, estará concluido o cadastro inicial. • Após registrado e logado, o associado terá disponível para acesso as planilhas com os balancetes dos meses anteriores, estatuto do associado e as movimentações dos valores de seus convênios.

Acesso ao site APUSM. Para o primeiro acesso: Passo

Passo

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Finalmente você está no Painel do Associado. Confirme seu nome que irá aparecer automaticamente nos dois espaços em amarelo na sua tela. Neste espaço você navega com setas para cima e para baixo de acordo com a necessidade

Em seu primeiro acesso basta informar somente os números de seu CPF e clicar onde a seta laranja esta indicando. Você será direcionado para a próxima etapa do cadastro

Confirme o seu nome que irá aparecer automaticamente nos dois espaços em amarelo na sua tela. Basta agora informar o seu endereço de E-MAIL e definir uma SENHA, lembrando que é de uso pessoal por conter informações particulares.

Passo

3 É possível visualizar e mesmo salvar o estatuto atualizado, seu registro em cartório e os balancetes mensais, mais abaixo é possivel ver os débitos mensais do plano de saúde, mensalidade, seguro, telefonia e convênios. • Atenção: se os dados não estiverem condizentes, favor entrar em contato pelo telefone 55 3221 4856 / 3223 1975 / 3026-3565, ou se preferir, pelo e-mail apusm@apusm.com.br .


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Coral promove jantar musical

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m evento ímpar. O Jantar do Bife à Milanesa já está consagrado como sucesso de público e sabores. Com o Salão Cultural da Associação lotado de alegria, cortesia e claro, ótima gastronomia, os integrantes do Coral da APUSM, devidamente vestidos a caráter com avental em alusão ao jantar, receberam e reverenciaram os quase 300 convidados.

O evento contou com a tradicional e saborosa gastronomia de Vale Venetto, a qual tem como característica um cardápio regado a bife à milanesa, galeto, risoto e saladas variadas. A sobremesa, assim como a decoração do evento, foram produzidas por pais, amigos e colaboradores do Coral. “Estou maravilhada, encantada com esta festa. Confesso que eu não esperava encontrar o salão lotado e festivo como encontrei hoje. E, ainda, fui muito bem recebida junto de amigos e família. Parabenizo, primeiramente, a Associação em assumir e manter o Coral como membro, como uma parte sua. Espero que even-

tos deste cunho sejam cada vez mais inseridos na programação anual.” Enfatiza Ondina Alves, professora aposentada. “Um Sucesso, assim posso definir o Jantar do Bife à Milanesa . É a primeira vez que promovemos esta iniciativa, é uma honra, uma graça e uma satisfação ver o Salão Cultural lotado desta maneira”, enfatiza Nei Beck, regente do Coral da APUSM. Nei ainda complementa ressaltando que o ano de 2014 foi maravilhoso para o Coral, que graças o apoio e auxílio da APUSM tornou-se possível que o grupo integrasse e participasse de festivais e encontros, além de ter o privilégio

de, pela primeira vez, expor a toda comunidade seu trabalho. Após o jantar, o Coral fez uma breve apresentação, que foi seguida de um sorteio de brindes oferecidos por seus colaboradores. O jantar contou com o apoio da APUSM e de amigos do Coral. Todo o montante arrecadado será investido em uma viagem a ser realizada por todos integrantes do coro.

APUSM realiza ação comunitária na Vila Maringá

27 de novembro, o Dia de Ação de Graças, ou Dia de Dar Graças, conhecido em inglês como Thanksgiving Day, é um feriado celebrado em gratidão a Deus, com orações e festas, pelos bons acontecimentos ocorridos durante o ano. Com o intuito de revigorar este sentimento, a APUSM promoveu no último dia 27 de

novembro uma ação social na Vila Maringá, beneficiando cerca de 40 famílias, as quais foram calorosamente acolhidas e recebidas no Centro Social São Francisco, localizado no centro da comunidade. As famílias foram selecionadas conforme indicação da líder comunitária e coordenadora do Centro Social, Marisete Teresi-

nha Gabby, que priorizou as mais carentes e com menores recursos para receberem cestas básicas. Além disto, cerca de 50 crianças receberam presentes de Natal arrecadados entre os associados APUSM, amigos e familiares que compareceram aos mais diversos eventos sociais da Associação durante o ano de 2014. A confraternização foi regada a salgados, refrige-

rantes, bolos variados e biscoitos. O sorriso no rosto de cada mãe e pai por serem agraciadas com as cestas e os presentes demosntra que a iniciativa promovida pela APUSM foi um sucesso. Esta já é a segunda Ação Social proporcionada pela Associação dos Professores Universitários de Santa Maria para a comunidade da Vila Maringá.


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Uma só entre as melhores do mundo

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Brasil tem apenas uma universidade entre as 150 instituições de ensino superior preferidas por grandes empresas ao redor do mundo. É o que diz a pesquisa anual Global Empolyability Survey, feita com 4.500 recrutadores de diferentes companhias em 20 países e publicada pelo “New York Times`. Para esses recrutadores, o critério mais importante ao avaliar uma universidade é, de longe, a formação de profissionais prontos para o mercado. Como era de se esperar, EUA e Reino Unido são os países com mais universidades bem colocadas. A britânica Cambridge, por exemplo, aparece em primeiro lugar, seguida da americana Harvard. Entre as dez melhores, há seis instituições do Tio Sam, entre elas o Instituto Tecnológico da Califórnia (CalTech) e o Instituto de Tecnologia de Massassuchetts (MIT). O Brasil, que ano passado constava da lista completa com dois nomes, aparece agora apenas com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), na 109ª posição. Ano passado, a FGV estava em 93º lugar, e a Universidade de São Paulo (USP), que em 2013 ficou com o 113º, saiu do ranking. Este é o quarto ano consecutivo da pesquisa, publicada pelo “New York Times`. Além de ouvir dos recrutadores quais as suas universidades favoritas para caçar talentos, os responsáveis pela consulta pergun-

taram a eles quais os principais critérios para formular essas opiniões. Em busca do futuro - Segundo os recrutadores, as únicas nuvens que devem existir na cabeça de futuros graduandos são as i-clouds. Seus pés devem estar plantados em suas áreas de especialização, como resultado de uma formação mais focada na prática e no trabalho em estágios. De acordo com 37,1% dos entrevistados, a empregabilidade é o critério nº 1 para a escolha da universidade. A diferença do ranking atual para os outros é a maior preocupação com as habilidades profissionais dos formandos, em vez do desempenho acadêmico deles. Os resultados pretendem delinear um modelo global de Universidade do Futuro, identificando os segredos por trás das grandes marcas e destacando as questões que merecem mais atenção. Entre os destaques,

é notável a globalização do ensino superior, do emprego e das informações. Mas, segundo 60,7% dos entrevistados, um modelo de universidade global ainda vai surgir. – Os resultados da pesquisa confirmam que “global” é a palavra chave para as universidades do amanhã – afirma Laurent Dupasquier, diretor-associado do Emerging, que usa uma metáfora futebolística para explicar seu ponto de vista: – Os jogadores de primeira linha, as marcas globais (que tendem a ser americanas ou britânicas) continuam a liderar, enquanto outras universidades anglo-saxônicas, principalmente aquelas com jogadores regionais, tendem a não se sair tão bem, com uma queda média de cinco posições em relação ao ano passado. É como se a liga dos campeões fosse uma comunidade internacional, e que pen-

sa internacionalmente, enquanto os demais estudantes continuam com uma visão local. Enquanto as primeiras colocadas permanecem anglo-saxônicas, com pouco menos de 50% do total (3% abaixo da pesquisa realizada no ano passado, com os EUA ocupando 28% deste percentual), o notável crescimento das universidades asiáticas no ranking é um fator crucial para o seu entendimento. Trinta instituições asiáticas passaram a representar 20% do ranking total, o dobro do percentual alcançado na primeira pesquisa, realizada em 2010. Um resultado particularmente significativo para a China (com 7 instituições), que teve suas universidades que já estavam no ranking subindo em média cinco posições, com a entrada de mais duas instituições na lista. Outros destaques são a Coreia do Sul e Hong Kong, com quatro universidades listadas, e o crescimento das instituições indianas – cinco universidades listadas, sendo duas novatas na lista anual.

Pesquisadores cobram gestão mais cuidadosa

A aprovação das metas de investimento do Plano Nacional de Educação deve dobrar o gasto público por estudante até 2030. O alerta é de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas e foi divulgado hoje (8), durante o seminário Financiamento e Gestão da Educação no Brasil. Segundo eles, sem melhoria na gestão, o montante de recursos pode não gerar os resultados desejados. `Se não tomarmos cuidado com a gestão,não chegaremos a 10% do PIB [Produto Interno Bruto, investidos na educação] e não teremos o que o povo espera, que é educação de qualidade`, disse o pesquisador Fernando de Holanda Barbosa. Ele defende escolas mais atrativas no ensino médio, nível no qual é preciso entender as causas das altas taxas de reprovação. `Se você alocar mais dinheiro para escolas que têm falhado, só vamos gastar mais dinheiro para ter o mesmo resultado.`

O também pesquisador Fernando Veloso lembrou que o financiamento da educação reivindica maior fatia do PIB, enquanto o gasto por aluno é o que tem maior impacto. Apesar da meta de atingir 10% do PIB na educação em dez anos superar o orçamento de países desenvolvidos com o setor, o investimento brasileiro por aluno é de aproximadamente um ter-

ço da média desses países. O investimento por aluno cresceu duas vezes e meia entre 2000 e 2011, passando de R$ 1.962 para R$ 4.916, conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para Veloso, os resultados não acompanharam esse ritmo. `Houve progresso nos anos iniciais do ensino fundamental, um progresso

menor nos finais e uma estagnação do ensino médio`, salientou. Segundo Veloso, as projeções para a população brasileira apontam para redução de 4 milhões de alunos no ensino fundamental até 2020, ano em que começará a cair o número de estudantes de 15 a 17 anos. Ele acrescentou que, em um cenário com garantia 10% do PIB e crescimento médio de 2% ao ano, até 2050, o investimento por aluno pode aumentar três vezes e meia. Entre as iniciativas apresentadas como exemplo, estão parcerias com a iniciativa privada em escolas públicas do estado do Rio e o modelo adotado pelo Ceará, que mudou a lógica de repasses do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para premiar municípios que reduzissem o analfabetismo e o abandono escolar, além de exigir projetos ambientais e avanços na saúde. Fonte: Vinicius Lisboa-Agência Brasil


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Fotos Lorenzo Franqui / APUSM

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Mais um Bazar de Natal... Lorenzo Franchi

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uem gosta de artesanato e demais produtos trabalhados e confeccionados a mão, não pôde deixar de prestigiar o II Bazar de Natal da APUSM, promovido no Salão Cultural entre os dias 10 e 15 de novembro. A novidade deste ano foi que a exposição foi antecipada, tendo em vista que em sua primeira edição, em 2013, teve uma proximidade muito grande com os festejos de final de ano. Outro atrativo foi a abertura para a comunidade expor seus produtos e confecções, já que apenas os associados tinham este direito. O Bazar contou com cerca de 20 estandes dispostos no Salão Cultural, tendo uma variedade abundante de produtos artesanais com as mais variadas técnicas de produção. A Presidente da Associação dos Professores Universitários de Santa Maria, Tânia Moura da Silva, ressalta que nesta segunda edição do Bazar, a APUSM quer valorar o artesanato como arte, promovendo não só quem o faz e o expõe, mas também quem o cultiva. Tânia conclui dizendo que “a ideia surgiu com a proposta inicial de levar a APUSM para fora do seu prédio, para que esta possa ser vista e acolhida pela sociedade, assim como ela faz com a comunidade ao acolher os mais variados eventos em sua casa”.

A Feira foi para a Praça

Quem estiver nas proximidades da Praça dos Bombeiros, não pode deixar de prestigiar o artesanato produzido pela tradicional Feira da Gare, que agora está sendo realizada na Praça dos Bombeiros devido a reformas na histórica estação ferroviária santa-mariense.. O evento ocorre todos os sábados das 14 às 20 horas, até o fim das obras na Gare, na Praça dos Bombeiros. A feira contém mais de 20 estandes, com os mais variados tipos e estilos de artesanato, os quais podem ser adquiridos com valores simbólicos, variando de R$ 2 a R$ 400, como os tradicionais enxovais de banho.


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Fotos Lorenzo Franqui / APUSM

Dançando em uma noite tropical

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noite de 5 de dezembro ficará marcada na memória de quem foi ao jantar baile de encerramento das atividades de 2014 na Associação. A começar pela recepção calorosa dos anfitriões da I Noite Tropical da APUSM, passando pela elegante decoração preparada pelo Setor de Eventos, a gastronomia refinada de Norberto Da Cás e a música envolvente da Banda Realce. Acrescente a tudo isto Biscoitos da Sorte como lembrança do evento, ClicStudio do Mario Sarturi para as melhores poses, sorteio de cinco Cestas de Natal e um Tablet de última geração e, é claro, sucesso total de público que esgotou os ingressos com bastante antecedência, lotou completamente o Salão Cultural e trouxe muita vida, alegria e dança para comemorar a chegada do verão na Associação dos Professores Universitários de Santa Maria.

Lucimar Casagrande e a Presidente

Dança foi até alta madrugada

Banda Realce deu o tom da festa

Estão de parabéns a Comissão de Eventos da APUSM, o Setor de Eventos, assim como os anfitriões da festa: Bitotech, Paulo Sarkis, Máximo Trevisan, Lucimar Casagrande, Edison Domingues, João Delazzana, Wagner Advogados, Reitoria da UFSM, Pedro Brum Santos e CAL e José Zanella.

Refinada gastronomia de Da Cás

Só elogios para as recepcionistas


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Novembro 2014 Reprodução Facebook Amigos do Cemitério Israelita de Philippson

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Cemitério de Phillipson será restaurado

T

ombado pelo Estado como Patrimônio Cultural dos Judeus, o cemitério Israelita de Philippson, município de Itaara, será restaurado. O objetivo é preservar a memória da comunidade judaica no Brasil e no mundo, e a história da imigração organizada de judeus para o Brasil. “A colônia judaica representa o berço da primeira imigração judaica organizada no país, em 1904 pela Jewish Colonization Asociation, oriundos da Bessarabia, (Polônia, Romênia e Ucrânia), hoje Moldávia. O cemitério

é a testemunha material desse processo como bem arquitetônico permanente”, destaca o presidente da Sociedade Beneficente Israelita de Santa Maria e coordenador do projeto, Sergio Klinow Carvalho. No último dia 21 de novembro, uma solenidade no Gabinete do secretário Estadual de Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil, marcou oficialmente o início das obras. O projeto prevê a consolidação e restauração dos muros do cemitério; restauração e adequação do portal de entrada; retirada das pedras do calçamento atual, Reprodução Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul

Dia 21 de novembro, uma solenidade no Gabinete do secretário de Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil, marcou oficialmente o início das obras

reintrodução de grama; instalação de novos passeios de pedras; drenagem do terreno; restauração, consolidação e limpeza dos túmulos; instalação de bancadas com mapeamento dos túmulos. As ornamentações existentes em alguns túmulos também serão restauradas pela equipe da Gessônia Carrasco. De acordo com o Sergio, o trabalho de pesquisa já está em andamento e as obras estruturais devem iniciar em janeiro. O cronograma prevê a duração de até seis meses, considerando início e término de obras. “Este período poderá ser modificado, dependendo das condições climáticas, já que o cemitério está a céu aberto”, alerta. Os recursos que viabilizam o projeto foram captados pelas SBISM juntos a comunidade judaica no Brasil e exterior e de uma família em especial, que mantém suas origens brasileiras em Philippson. “Manter acesa sua história e preservar a memória daqueles que nos antecederam será um dos maiores benefícios dessa obra. Também ganham o Estado e o País, já que a constituição sócio-cultural do séc.XX está também ligada a este monumento”, avalia Sergio. O projeto é uma iniciativa da

SBISM (SOC. Beneficente Israelita de Santa Maria), com o apoio do IPHAE-RS (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico do Estado), da FIRS (Federação Israelita do RS) da Sra. Alegria Steinbruch (proprietária da Fazenda Philippson, onde se localiza o cemitério), do Instituto Judaico Marc Chagall de Porto Alegre, das prefeituras de Santa Maria e Itaara, gestão cultural e administrativa da Lahtu Sensu Administração Cultural. Fonte: Site da Federação Israelita do Rio Grande do Sul. *O professor Sérgio Sergio Klinow Carvalho é associado da APUSM


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Estes pioneiros e suas histórias

Arlindo Mayer: “Faria tudo outra vez”

O

s amigos do santa-mariense Arlindo Rodrigues Mayer sempre souberam que ele iria ser engenheiro. Ele sempre teve a certeza de ser um professor. E foi como professor do Curso de Engenharia que a vida dele se uniu à história da Universidade Federal de Santa Maria, assim como à própria fundação da APUSM, da qual foi seu terceiro presidente. Ele é filho mais novo entre nove irmãos gerados pela união do tropeiro João Artur Mayer e a dona de casa Rosa Rodrigues Mayer. “E todos vivos”, ressalta com alegria o professor e, como todo bom engenheiro, conclui com números: “O mais velho tem 92 anos, e eu, 74”. Mayer relembra que, a princípio, a UFSM não foi um projeto profissional planejado. Ele já havia se formado há quatro anos e estava em um bom posto de trabalho em Porto Alegre, quando em 1967, veio o convite para integrar o quadro de professores da então incipiente universidade santa-mariense. “Pesou também na decisão de voltar a Santa Maria que a família é toda daqui”, confessou. Um convite para voltar “Quem me convidou para ingressar na UFSM foi o Oberon da Silva Mello. Um amigo de longa data, colega desde o ginásio até o Curso de Engenharia Elétrica na

Fotos assessoria APUSM

Universidade do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Nós nos formamos juntos. Ele voltou para Santa Maria e se tornou chefe de Departamento aqui na Universidade. Eu fiquei trabalhando na capital. Quatro anos depois veio o convite para ser Auxiliar de Ensino. Aceitei, mas mantive meu emprego na capital e, só um ano depois, pedi demissão e voltei por inteiro. Três anos depois, realizei o concurso para Professor Assistente e fui construindo minha carreira por 33 anos aqui na UFSM, até a aposentadoria em 1994”. Santa Maria, antes e depois “Houve uma grande mudança

Atenção Associado APUSM: - Não haverá atividades administrativas na Associação nos dias 24, 26 e 31 de dezembro de 2014 - A partir do dia 5 de janeiro até o dia 28 de fevereiro de 2015, o horário de atendimento será das 8h às 14h. - Não haverá atendimento administrativo no dia 18 de fevereiro de 2015. - A partir do dia 2 de março, será retomado o horário normal de atendimento, das 8h às 12h, e das 14h às 18h.

em Santa Maria com a fundação da UFSM e, naquela época, mesmo a universidade sendo pequena, incipiente, já se sentia que seriam significativas as mudanças. Acredito também que o próprio desenvolvimento da UFSM em exigir cada vez mais conhecimento de seus professores também se refletiu no crescimento de Santa Maria. Em 1967 eram poucos professores com Mestrado. Hoje, no mínimo, para entrar na Universidade tem que ter doutorado. Só para vocês terem uma ideia, eram somente três Engenharias: Civil, Elétrica e Mecânica. Hoje são 12 , mais a Arquitetura e todos funcio-

nando no mesmo prédio(...). Mas não imaginávamos que a cidade e a própria UFSM iriam crescer tanto. Acho que até o Mariano não imaginava nada disto” Curso de Engenharia Os colegas mais próximos eram o Oberon, o Bennettti (ex reitor) e o engenheiro Minussi. E, depois, o Felipe Muller (também ex reitor). Mas o que mais eu guardo na memória era o nível de camaradagem que existia entre os professores, funcionários e alunos. Tanto que nestes momentos de convívio entre as aulas e a preparação das aulas se construíram grandes amizades. Era a famosa e irresistível hora do cafezinho. E foi tanto cafezinho que eu troquei pelo chimarrão para não perder este momentos”. Ser professor O que eu posso dizer mesmo, de coração, foi que a atividade docente, de professor, só me trouxe alegrias. Foi gratificante. Eu nunca tive problemas com alunos. E hoje, eu me dando conta, sempre teve um aluno diferenciado em minhas aulas, que se sobressaía sobre os demais e me estimulava ainda mais em melhorar, em me aperfeiçoar. Tanto que digo, sem dúvida alguma, que faria tudo outra vez. Seria professor de novo!

NOTA DE ESCLARECIMENTO


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Andrea Palladio e o norte-americano

Pedro Baggiotto*

O

s Estados Unidos acabam de reconhecer Andrea Palladio como o “Pai da Arquitetura Americana”. Um passo destinado a ter reflexos positivos de alto significado para Vicenza. A confirmação da notícia chega com a delegação de empresários da Cofindustria de Vicenza, que esteve visitando os Estados Unidos para uma missão que teve a participação também da Fundação de Estudos Universitários do Município de Vicenza e do Banco Popular de Vicenza. Em Washington, os vice-presidentes da Associação, Giuseppe Zigliotto e Carlo Brunetti, junto com o presidente do Grupo de Jovens, Paolo Mantovani, foram recebidos no Congresso com a tutela dos deputados Bill Pascrell e Patrick Tiberi, autores do texto da recente resolução de reconhecimento de Andrea Palladio como fundador da arquitetura norte-americana. Uma Resolução do Congresso dos EUA “é um ato de grandíssima importância, tratado com grande atenção e depois de quase dois anos de estudos, como esta sobre Palladio”, observa Paolo Mantovani. Se trata de uma decisão que reconhece a for- Casa Branca te influencia do gênio vicentino sobre a arquitetura americana, começando exatamente a própria Casa Branca, um prédio que demonstra com vigor as diretrizes arquitetônicas palladianas. O texto da Resolução do Congresso exprime a gratidão em relação a Palladio por ter permitido o nascimento e o desenvolvimento de um modelo arquitetônico americano que

Quem foi o arquiteto

Projeto original da Villa Capra

Villa de Monticello de Thomas Jefferson

no decurso do tempo marcou parte significativa dos mais prestigiosos edifícios do pais. Ao ser aprovada, foi a primeira Resolução do Congresso americano em favor de um arquiteto. E, para nós, vicentinos, é motivo de orgulho, uma espécie de significado da marca que Andrea Palladio deixou nos Estados Unidos. Com voto unânime na Câmara, como também do Senado norte americano, subscreveram a “Concurrent Resolution 259” que declara o padovano Andrea Palladio (1508 – 1580) “Pai da Arquitetura Americana”. A aprovação por parte da Câmara dos representantes aconteceu em 17 de novembro de 2010, sendo que no Senado foi realizada no dia 6 de dezembro do mesmo ano.

As premissas da Resolução 259 apreciam os aspectos salientes da influencia palladiana nos Estados Unidos, definidos os “Quatro Livros da Arquitetura” como a mais importante publicação sobre arquitetura de todos os tempos, modelo para imagem arquitetônica do mundo ocidental e a fonte primeira para os arquitetos norte-americanos, desde os tempos coloniais até hoje. O documento segue citandos os edifícios símbolos do palladianismo americano, da Villa de Monticello de Thomas Jefferson, à Casa Branca, sede do governo daquele país. Refere explicitamente ao empenho pela valorização palladiana desenvolvida em parte pelo Comitê Nacional Italiano para as celebrações de “Palladio 500 anos” e o Centro de Estudos de Andrea Palladio junto ao Instituto Italiano de Cultura nos Estados Unidos, além de diversas instituições norte-americanas. *Pedro Baggiotto pertence ao Circulo Vicentini de Santa Maria e também é associado APUSM.

A rq u i t e t o italiano, Andrea Palladio, de nome verdadeiro Andrea de Pietro Della Gondola, nasceu em Pádua, em 1508, e morreu em Vicenza, na Itália, em 1580. É um dos principais arquitetos do Renascimento italiano, começou a trabalhar como simples canteiro mas o seu valor foi reconhecido pelo Conde Gian Giorgio Trissino que lhe possibilitou uma educação humanista. Mais tarde, visitou os monumentos da antiguidade clássica em Verona, Istria e Roma, que estudou e analisou. O seu protetor possibilitou-lhe também o contacto com membros da aristocracia da região que lhe encomendariam a conceção de numerosas “villas” pelas quais ficaria famoso. Em 1546, recebe a incumbência para a remodelação da Câmara de Vicenza, conhecida por a Basílica, que realiza fazendo uso rigoroso das ordens arquitetónicas clássicas. Nas suas villas usou os motivos da arquitetura clássica - pilastras, colunas, frontões - sem contudo lhes atribuir a monumentalidade inerente aos modelos da antiguidade mas sim conferindo-lhes uma escala humana. A mais famosa destas casas é a Villa Capra (1567), mais conhecida por La Rotonda, um edifício quadrado com um salão central redondo encimado por uma cúpula. Em Veneza, projeta várias igrejas, a mais conhecida é San Giorgio Maggiore. A sua última grande obra foi o Teatro Olímpico em Vicenza, inspirado nos teatros romanos e possuidor de um cenário permanente representando ruas com fachadas de estilo clássico. Palladio foi também autor da obra I Quattri Libri dell’Architectura (1570) que ajudou a propagar o seu estilo por toda a Europa. Fonte: Infopedia.


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Xadrez: os campeões jogaram aqui

magine um torneio com quatro Mestres FIDE, um Mestre Nacional e outros 50 jogadores de destaque do circuito brasileiro de xadrez. Enfim, não teve partida fácil para ninguém. Pois, aconteceu e foi aqui na APUSM! E não foi somente uma competição. Foram duas: a final do Campeonato Brasileiro de Xadrez Rápido 2014 (20 minutos para cada enxadrista) e também a Final do Campeonato Brasileiro de Xadrez Blitz (5 minutos para cada Jogador) No torneio de Xadrez Rápido, o novo campeão do país é o Mestre Nacional catarinense,

Marco Aurélio Cordeiro, seguido do Mestre FIDE paranaense Vitório Chemim e do gaúcho e também Mestre FIDE, Felipe Menna Barreto. O melhor santa-mariense foi o MF Ivan Boere, que ficou na quarta colocação. No Blitz quem levou a melhor foi o atual campeão gaúcho, o pelotense, Anderson Donay, com Felipe Menna Barreto em segundo e Ruiz Patroclo em terceiro. A Confederação Brasileira de Xadrez já anuncio que deseja realizar a final do Brasileirão de Xadrez Rápido e Blitz de 2015 novamente na APUSM.

A arte de Lia Achutti

Sucesso total a exposição de trabalhos da artista plástica, professora aposentada da UFSM e associada da APUSM, Lia Achutti, realizado no hall de entrada da Associação entre os dias 14 e 28 de novembro. As obras expostas foram escolhidas ao longo de sua carreira, sendo algumas em óleo sobre tela e as outras construídas sobre

recortes de tecidos. Segundo a artista, a inspiração dos trabalhos vem da obra de Érico Veríssimo e de suas reminiscências da infância. A professora é uma das próximas entrevistadas no quadro “Estes Pioneiros e suas Histórias”, elaboradas pela Assessoria de Comunicação e publicadas no jornal e no site da APUSM.

A abertura da exposição contou com grande numero de pessoas que foram prestigiar a artista e professora em sua mostra na APUSM

A presidente da APUSM Tânia Moura da Silva e o presidente do SMXC Jorge Boabaid, entregaram os prêmios aos novos campeões brasileiros


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Jurídico

E o direito ao adicional de insalubridade

S

ervidor tem direito ao adicional de insalubridade desde quando exerce atividades prejudiciais à saúde. O laudo pericial é o documento que atesta as condições do ambiente de trabalho, mas o direito ao pagamento existe a contar da exposição do trabalhador aos agentes insalubres. Servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento obtiveram decisão judicial que reconhece o seu direito à percepção do adicional mesmo em período anterior a conclusão do laudo técnico. Representados por Gomes e Bicharra Advogados Associados, parceiro de Wagner Advogados Associados, os servidores conquistaram o resul-

tado favorável por meio da 1ª Vara da Justiça Federal do Amazonas. O adicional de insalubridade é pago aos trabalhadores que exer-

cem atividades em local insalubre, expostos a agentes químicos, físicos ou biológicos prejudiciais à saúde. A verba foi cancelada por

mais de um ano, sendo retomada somente após a realização do laudo que aferiu insalubridade em grau médio no local de trabalho dos autores da ação. Na decisão favorável aos servidores, destacou-se que “a verificação das condições insalubres apenas atestam um fato, tendo natureza declaratória, o que faz nascer o direito de receber o adicional correspondente, porém não a partir do laudo, e sim da efetiva submissão do servidor às condições adversas”. A sentença ainda é passível de recurso. Fonte: Wagner Advogados Associados e Gomes e Bicharra Advogados Associados.

O que é o Auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez

Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez podem ser computados como carência na Região Sul. STJ restringiu decisão do TRF4 que antes abrangera todo o território nacional O Ministério Público Federal ajuizou ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para que fosse possível o cômputo do tempo de benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) como período de carência. Foi determinado que o INSS proceda ao cômputo, contudo, a decisão que previamente era válida para todo o Brasil, ficou restrita para a Região Sul. O processo visa à modificação de Instruções Normativas que vedam a contagem de tais períodos como carência, normas que contrariam a legislação previdenciária. A carência é o tempo mínimo de contribuição que o trabalhador precisa comprovar para ter direito a um

benefício previdenciário e varia de acordo com o benefício a ser usufruído. O benefício é devido desde que o auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez sejam intercalados por períodos de efetivo exercício, de acordo com entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Considerando que a ação foi

movida em Porto Alegre, o relator da 6ª Turma do STJ, Ministro Rogério Schietti Cruz, determinou que os efeitos da decisão devem ser restritos à competência territorial do órgão em que o processo foi ajuizado, o TRF4, tendo validade nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Fonte: Wagner Advogados Associados

O advogado e sócio do escritório Wagner Advogados Associados, Flávio Ramos realiza todas as quintas-feiras pela manhã, das 10h ao meio-dia, orientações jurídicas aos associados da Associação dos Professores Universitários de Santa Maria (APUSM). Ramos é especializado nos assuntos relacionados a questões funcionais do servidor público como: carreira, vínculos do professor ao serviço público, entre outros. O escritório atua nesta área há cerca de 30 anos. Neste ano o escritório também está atendendo aos professores associados que possuem vínculos com instituições particulares. Assuntos relativos ao regime geral da previdência- INSS destes associados podem ser esclarecidos pelos advogados. Para isso, basta que o associado utilize este serviço nas quintas-feiras.


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Academia de Medicina Veterinária faz homenagem póstuma para Vallandro Prof. Titular Air Fagundes dos Santos

E

m Assembleia da Academia Rio-Grandense de Medicina Veterinária (ARIMEV) realizada em 26 de outubro, na sala de Conferências do Centro de Ciências Rurais, Cláudio Mussói do Centro de Ciências Rurais (CCR) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), foi prestada homenagem póstuma ao médico-veterinário Armando Vallandro, falecido em 2014 aos 94 anos. O professor Vallandro, como era conhecido no meio universitário, ocupou a Cadeira de nº 01 da ARIMEV. A solenidade contou com a presença dos acadêmicos: Maristela Lovato (Presidente), Augusto Langeloh (Vice-presidente), Andréia Troller Pinto (Tesoureira), Air Fagundes dos Santos, Élbio Jorgens e Augusto César da Cunha e dos seguintes convidados: Serena Vallandro e seus familiares, Paulo Afonso Burmann e Paulo Bayard Dias Gonçalves, respectivamente Reitor e Vice-reitor da UFSM, Irineo Zanella - Diretor do CCR e João César Dias Oliveira - Coordenador do Curso de Medicina Veterinária. A presidente da ARIMEV, professora Maristela, no ato de abertura da Sessão Solene, ao declarar aberto os trabalhos, cumprimentou os convidados. Logo passou a palavra ao seu confrade Air Fagundes dos Santos, ocupante da cadeira nº 11 da Entidade, encarregado de prestar a homenagem ao professor Armando Vallandro. Confira abaixo, um resumo do discurso do acadêmico, Air Fernandes, em homenagem à trajetória do professor Armando Vallandro: Inicialmente o professor Air agradeceu o privilégio por ter sido escolhido a prestar tão significativa homenagem e, ao mesmo tempo, lamentou a impossibilidade da participação do Acadêmico Ney Luis Pippi por estar viajando ao exterior. Considerando que essa importante missão estava projetada para ser compartilhada entre ambos. Aproveitou para esclarecer que aceitou o convite por ter convivido com o homenageado por mais de 30 (trinta) anos, desde os tempos de estudante até sua aposentadoria na UFSM. Convivência, especialmente, na Coordenação do Curso de Medicina Veterinária, o que lhe permitiu absorver muito da sua experiência como homem de grande visão. Destacando-se, deste aprendizado, os primeiros passos

Professor médico-veterinário Armando Vallandro

para criação do Estágio Curricular Supervisionado nos cursos de Medicina Veterinária, mais tarde uma realidade no ensino superior brasileiro. Começou lembrando que Armando Vallandro, natural de Santa Maria, graduou-se em Medicina Veterinária, em 1945, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Veio exercer, na sua terra natal, a profissão no serviço público, atuando em inspeção de carnes e derivados. Atividade de grande interesse em segurança alimentar. Merecendo destaque, nos primeiros anos da década de sessenta, o fato de Vallandro ter participado sob a liderança de José Mariano da Rocha Filho, ao lado de outros profissionais, das primeiras tratativas para instalação da Universidade de Santa Maria, particularmente em relação aos cursos de Agronomia e Medicina Veterinária. O professor Air apontou como marco inicial na vida acadêmica do homenageado, o convite feito por Mariano da Rocha, em março de 1963, para lecionar na nova instituição de ensino. Lotado no Instituto de Microbiologia e Parasitologia, depois denominado Departamento, onde atuava esse mentor da criação da primeira universidade do interior do Rio Grande do Sul. Antes de começar a falar dos principais feitos do homenageado, o orador fez questão de enaltecer que certamente o professor Armando Vallandro foi o único reitor de universidade pública que fez um ciclo completo na administração do ensino brasileiro. Ou seja, saindo da sala de aula, onde lecionou em seis cursos de graduação (Medicina Veterinária, Medicina, Farmácia, Enfermagem, Odontologia e Agronomia) e retornando, como ex Reitor, à sala de aula no Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, lecionando

nos cursos de Medicina Veterinária (a disciplina de Medicina Veterinária Preventiva) e Zootecnia (a disciplina de Higiene e Profilaxia Animal), até o momento da aposentadoria compulsória como servidor público. Ensinando, o que mais gostava de fazer, após ter ocupado todos os cargos administrativos na mesma Instituição que lhe abriu às portas. Sua caminhada em direção à gestão universitária, disse, começou já nos primeiros anos como docente, quando foi procurado por alguns dos seus colegas de ensino para que assumisse a Direção da Faculdade de Veterinária (mais tarde, Curso de Medicina Veterinária). Para que isto acontecesse, exigiu que seus pares decidissem mediante votação. Assim, tornando-se o 2º Diretor da Faculdade de Veterinária, com a distinção de presidir a 1ª cerimônia de Colação de Grau. Colocando no mercado de trabalho, em 1965, os primeiros médicos-veterinários graduados pela UFSM. Permanecendo neste cargo por quase 10 (dez) anos. A seguir, com mais de uma década de docência, o segundo grande passo foi assumir a Vice-Direção do Centro de Ciências Rurais (CCR) por 3 (três) anos, atendendo convite do engenheiro agrônomo Derblay Galvão, mais tarde o 3º Reitor da Instituição. Quase que naturalmente, pela sua capacidade administrativa e com Derblay elevado a cargos na Reitoria, passou a exercer, de 1975 a 1978, a Direção do CCR. Como terceiro passo importante nessa incursão pela administração universitária, ao sair da Direção do Centro, foi à nomeação a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis - como 1º Pró-Reitor da mesma. Tão logo, veio a Vice-Reitoria para, finalmente, em dezembro de 1982, assumir a Reitoria - como 4º Reitor da UFSM. Onde permaneceu até o final de 1986.

O professor Vallandro na sua forma de administrar, como Reitor, voltou-se, entre outras preocupações, aos hospitais da UFSM. Transferindo o Hospital Universitário de Santa Maria para a Cidade Universitária, com novas estruturas. Promovendo melhorias no Hospital Veterinário Universitário (HVU) que havia sido inaugurado em 1973. Contudo, sem deixar de dispensar especial atenção, por ser produtor rural e egresso do CCR, ao aproveitamento da área territorial do Campus Universitário para a geração de alimentos provenientes da pecuária e da agricultura. Visando a comercialização, a preços acessíveis, para a comunidade universitária e para demais interessados. Para isto, efetivou a produção de hortifrutigranjeiros. Na produção animal deu destaque a frangos e ovos. Resumindo a sua trajetória universitária, que começou com como professor auxiliar (no ensino básico) - no Departamento de Microbiologia e Parasitologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS), teve continuidade como Diretor/Coordenador da Faculdade de Veterinária/Coordenação de Curso da Medicina Veterinária. De pronto, Vice-Diretor e Diretor do CCR, Pró-reitor, Vice-reitor e Reitor. Regressando à sala de aula, onde ficou por 4 (quatro) anos como um simples professor da graduação, como fazia questão de demonstrar. Desta vez, no ensino profissionalizante - no Departamento de Medicina Veterinária Preventiva do CCR. Vallandro, ao encerrar seu mandato como Reitor, com certeza, poderia ter ido para Brasília, convites não lhe faltaram, mas abdicou para cumprir sua missão na UFSM e encerrar nela sua “vida universitária”. O professor Air finalmente comentou que Vallandro na vida privada, além de produtor rural e militante na política partidária e profissional, tinha uma paixão por cavalos de corrida, sendo um contumaz frequentador do Jockey Club Santamariense. Ainda, quando jovem, conhecido como Picolé, havia sido jogador de basquete nos tempos áureos desse esporte em Santa Maria. Porém, na maneira de ser e agir, sua maior característica foi o respeito e a consideração que dispensava aos colegas de profissão, pouco importando se eram jovens ou idosos. Essas são as nossas lembranças do eterno Professor Armando Vallandro, concluiu o Acadêmico Air em nome da Academia Rio-Grandense de Medicina Veterinária.


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Saúde

Para tirar o sal de sua vida

O

s grãos têm cor e textura igual aos de sal e servem para salgar os alimentos. Mas as semelhanças ficam por ai. Ele tem uma grande diferença que está na composição: no lugar do sódio, potássio. O produto atende pelo nome de ‘salgante’. Vendido há pelo menos uma década nos EUA e na Europa, acaba de ser aprovado no país pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Como substitui completamente o sódio, que é o grande vilão da pressão arterial, pelo potássio, o novo temperante nutriente, que esta presente em frutas e verduras ajuda a combater doenças cardiovasculares. Assim sendo, poderia ser uma espécie de salvação para hipertensos. Mas não é bem assim. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a maioria da população ingere muito sódio e pouco potássio, presente em alimentos como banana, castanha, feijão, ervilha e verduras em geral. A OMS não estabelece limites máximo para o consumo do nutriente, que pode reduzir a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares. Além disto tem efeitos benéficos sobre a saúde dos ossos. O salgante, porém, tem uma lista de ressalvas e contraindicações. Pessoas com insuficiência renal por exemplo, que tendem a acumular potássio no organismo. Por isto, correm risco de morte se consumirem o salgante. O excesso

do nutriente também pode causar parada cardíaca. Hipertensos e diabéticos – o maior público-alvo do produto – que já costumam receber orientações para reduzir o consumo de sal – também devem ter cautela ao consumirem o novo tipo de sal. Um terço desses pacientes pode ter algum grau de insuficiência renal. Quem tem hipertensão e toma remédios que retenham potássio (como os diuréticos poupadores de potássio e os inibidores da enzima de conversão da angiotensina) também não devem consumir o produto, dizem os médicos da sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. As informações sobre os riscos e contraindicações não constam no site ou na embalagem do produto. “A verdade é que estamos preocupados com esse lançamento”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia. “É preciso se certificar de que seus rins estão funcionando plenamente antes de usar o produto. “Em pessoas com função renal normal, o excesso de potássio é excretado pela urina. Uma coisa que o salgante que começou a ser disponibilizado no mercado brasileiro, não perdeu, foi o preço salgado: R$ 16,90 por cada pote de 100 g (www.biosalgante.com.br). O produto, que tem cor e textura de sal, deixa um sabor residual amargo e metálico na boca. Caso seja aquecido a mais de 180 graus, esse gosto se acentua.

Sal na Argentina: só pedindo

Nos últimos quatro anos, a Argentina conseguiu baixar o consumo de sal per capita através de acordos voluntários com a indústria alimentícia. No primeiro, firmado em 2010, os fabricantes de pão reduziram em 25% a quantidade de sódio do alimento. Pouco tempo depois, o acordo foi ampliado para empresas responsáveis por 435 alimentos de consumo em massa. Além disso, bares e restaurantes de algumas províncias passaram a atender normas locais tirando o saleiro das mesas. Neste caso, o sal só é entregue caso o freguês peça.

“Uma variante é o sal light, que é metade sódio e metade potássio, também tem esse problema, embora em menor escala. Imagino que a aceitação de um produto que é puro potássio será ainda mais difícil”, diz a diretora do departamento de nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Os diretores da Health, que faz o Bio Salgante, compara o produto aos adoçantes: “Adoçante in natura é horrível, mas, quando é misturado aos alimentos, esse

Desde então, as autoridades argentinas de Saúde estimam que duas mil mortes por ano causadas por problemas provocados pelo sal tenham sido evitadas. No ano passado, foi aprovada uma lei nacional com regras mais amplas sobre o consumo de sal. Os restaurantes teriam que limitar o uso de sal em suas comidas e ainda colocar cartazes informando sobre os efeitos negativos para a saúde. No entanto, os detalhes da nova legislação ainda precisam ser definidos para que as medidas entrem em vigor.

efeito é minimizado”. “O primeiro teste causa estranheza, mas peço sempre que repitam o teste uma, duas, três vezes. O paladar humano se adapta rapidamente. Acho que a maioria das pessoas vai gostar.” Sobre a segurança do produto, ele lembra que o salgante está disponível há anos em outros países e foi testado durante cinco anos em parceria com cientistas da USP e da Unifesp. “Só há problema para quem tem insuficiência renal crônica”, diz o diretor do fabricante.(Fonte: BBC)


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Guerra do Paraguai - 150 anos

Imagens da Guerra Grande da América

Acampamento da Tríplice Aliança em Tuyuty - 1868

Ricardo Ritzel

P

rimeiro, ufanada por uns e, depois, amaldiçoada por outros, a leitura sobre o maior conflito militar da América do Sul começa a ser contada de uma maneira mais sensata e madura depois de passados, exatos, um século e meio do início dos combates. Segundo uma nova geração de historiadores (de todas as nacionalidades) que estão com as mangas arregaçadas sobre o tema, ao que tudo indica, o conflito não foi um passeio militar brasileiro. Bem pelo contrário. O inimigo estava bem armado, motivado e soube aproveitar muito bem o conhecimento do terreno. Na verdade, naquela época, o Paraguai era uma grande zona desconhecida no coração do continente, um imenso vazio nos mapas militares, além de o governo paraguaio “não apreciar muito” a visita de estrangeiros, punindo aqueles que insistiam com maus tratos, prisões e, dependendo do

caso, até com a morte. E tudo isto sem muita cerimônia. E por falar em governo da época, durante algum tempo, alguns historiadores sustentaram um caráter republicano e democrático do presidente paraguaio Solano Lopez, chegando às raias de considerá-lo como um precursor do socialismo mundial. Porém, o que se está descobrindo hoje é que o homem foi um sanguinário ditador latino americano, o primeiro de uma longa linhagem sobre o continente. Outro mito sobre o conflito é que a guerra tinha sido determinada pela Inglaterra para conter a grande autonomia econômica paraguaia, que não se subjulgava aos interesses de Londres. Até hoje não foi apresentado nenhum documento provando tal teoria, e nem eram assim tão grandes os avanços econômicos e tecnológicos dos guaranis. Enfim, tudo girou mesmo entorno de uma disputa territorial sobre o acesso ao mar pelo Rio da

Trincheira paraguaia dizimada pelas forças da Tríplice Aliança - 1868

Prata, assim como a comunicação direta e estratégica com o então longínquo interior do continente através dos Rios Paraguai, Paraná e Uruguai. E, sim, começam a chegar também histórias fantásticas de homens e mulheres (muitos deles santa–marienses integrantes da Guarda Nacional ou da Cavalaria Rio–Grandense) que, de uma maneira ou outra, foram envolvidos em uma guerra, que todos pensavam acabar em seis meses, mas continuou ainda por seis demorados anos (1864 – 1870). Sendo que somente o Rio Grande do Sul, que contava com cerca de 440 mil almas em 1865, mobilizou mais de 33,8 mil homens. Ou seja, colocou em armas mais de 7% de seu contingente populacional. Grande parte dos combatentes e voluntários gaúchos era constituída por imigrantes alemães, com filhos e até netos nascidos no Brasil. Como resultado em vidas humanas, sem contar os custos para

manter o conflito por tanto tempo, cerca de 99,4% da população masculina adulta do Paraguai foi, literalmente, dizimada, excluindo meninos soldados, mulheres e anciões. Quanto ao Brasil, o país enviou para o conflito139 mil homens. Desses, cerca de 50 mil morreram, a maior parte devido a doenças e aos rigores do clima. O Uruguai participou da guerra com cerca de 5.500 soldados. Ao final do conflito, restavam por volta de 500. Já a Argentina, que contava no início com 30 mil homens, sofreu uma baixa de 18 mil soldados, em sua maioria, mercenários europeus e marinheiros convocados à força no cais do porto de Buenos Aires. Confira algumas imagens captadas durante o conflito e divulgadas nos últimos estudos. Elas são reproduções de originais guardados no Arquivo Nacional Uruguaio, em Montevideo, e Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Voltamos ao tema em 2015.

Oficiais argentinos confraternizam em Paso de La Patria - 1865


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Projeto Saúde da Água Fotos Comunicação Fundação Mõa

Um ano mais com nascentes limpas

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Projeto Saúde da Água, realizado pela Fundação MO´Ã com patrocínio da PETROBRAS, por meio do Programa PETROBRAS Socioambiental, e em parceria com a APUSM, SOCEPE, Prefeitura Municipal de Itaara e UFSM, promoveu na Sociedade Concórdia Caça e Pesca (SOCEPE), em Itaara, o encerramento anual das atividades desenvolvidas semanalmente com os Clubes de Eco-

logia Guardiões das Nascentes nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental Alfredo Lenhardt e Euclides Pinto Ribas e Escola Estadual de Ensino Médio de Itaara. O evento contou com a presença de mais de cem pessoas, entre alunos, pais e familiares de alunos, diretoras e professores das três escolas, o representante da 8ª Coordenadoria Regional de Educação e o Grupo de Escoteiros “Boca do Monte”.

As atividades tiveram o objetivo de sensibilizar e integrar a comunidade escolar através de ações recreativas e, também, divulgar o trabalho desenvolvido pelo projeto em 2014. Entre as atividades, o destaque foi a Gincana do Meio Ambiente, que propiciou aos participantes a percepção e a discussão de importantes temas ambientais com muita diversão. As tarefas realizadas envolveram a separação de resíduos, o entendimento da im-

portância da conservação das nascentes e matas ciliares e ainda relatos de pais e familiares dos alunos sobre como era Itaara no passado e como é atualmente. A equipe de Educação Ambiental do Projeto Saúde da Água, orientada pelo professor Adriano Severo Figueiró (UFSM), agradece a participação e o empenho de todos durante o ano, em especial aos Guardiões das Nascentes pelo comprometimento.


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Cidadania

CACC: para conhecer, para refletir...

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Centro de Apoio à Criança com Câncer – CACC - é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em 19 de março de 1996. O objetivo principal do Centro é receber crianças e adolescentes, carentes, de 0 a 21 anos portadoras de câncer, com um acompanhante, oriundos de todos os estados, que aqui chegam em busca de tratamento hemato-oncológico oferecido pelo Hospital Universitário de Santa Maria - HUSM, e permanecem hospedadas pelo tempo que for necessário, recebendo gratuitamente, alimentação, hospedagem, atividades de recreação e apoio psicossocial. O trabalho no CACC tem um caráter abnegado e voluntário, pois se acredita que as transformações sociais podem ser alcançadas por meio da auto-organização da sociedade civil. As ações são orientadas pela crença de que a luta contra o câncer pode ser encarada de maneira positiva, sempre com uma postura ética e de lisura na gestão dos recursos para fortalecem ainda mais

Fotos Divulgação CACC

As ações são orientadas pela crença de que a luta contra o câncer pode ser encarada de maneira positiva A sede própria do CACC está localizada na Rua Erly de Almeida Lima, 365, Camobi. O telefone é (55) 3226.4949

o relacionamento com a sociedade. Construída em 1999 em área cedida pelo DAER, a sua sede própria localizada na Rua Erly de Almeida Lima, 365, Bairro Camobi, foi ampliada em 2005, disponibilizando atualmente: - uma ala com 10 leitos individuais para pós-transplantados de medula óssea e seu acompanhante; - 45 leitos para hospedagem de crianças e adolescentes com seus

acompanhantes; - cozinha, lavanderia, brechó, área administrativa e recepção; - espaço para recreação e playground - 18 membros voluntários na sua direção, 7 funcionários, 2 estagiários e 15 voluntários Uma das ferramentas utilizadas pelo Centro de Apoio à Criança com Câncer na captação de recursos é o telemarketing. Esse sistema

Se você deseja ser uma doador, entre em contato pelo telefone (55) 3226.4949 Doe qualquer valor, nas seguintes contas: - Caixa Econômica Federal / 0532 / CC: 003570-0 - Banco do Brasil / 1484-2 / CC: 2496-1 - Banrisul / 377 / CC: 060035280-1 - Sicredi / 0434 / CC: 20704-7

funciona através de contatos telefônicos, após a ligação, o CACC encaminha um mensageiro credenciado, até sua residência ou trabalho, para arrecadar o valor doado.


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*AUXÍLIO EDITORIAL

Contribuição de R$ 500,00 por título, para docente associado que esteja publicando livro.


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