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AES BRASIL EXPANDE PROJETO VIRTUAL POWER PLANT

AAES Brasil está ampliando o projeto P&D Aneel de Planta Virtual de Energia (VPP, do inglês Virtual Power Plant), lançado em 2017, com o objetivo de potencializar a comercialização de energia no mercado brasileiro. A segunda fase da iniciativa, que deve ser concluída em 2022, conta com recursos de cerca de R$ 1,7 milhão. De acordo com Júlia Rodrigues, gerente de P&D e Inovação da AES Brasil, para permitir o uso da plataforma em escala comercial, foi identificada a necessidade de ajustes e novas funcionalidades, motivando a realização da segunda etapa do projeto.

Na primeira fase, que contou com investimento de R$ 3,2 milhões, a empresa desenvolveu um sistema agregador de portfólios, que gerencia, de maneira remota e automática, diversas unidades consumidoras, a fim de garantir a otimização dos recursos energéticos e contratos, de acordo com o perfil e necessidades do cliente. De acordo com Júlia, o software da VPP visa otimizar o portfólio agregado, mitigando riscos e custos para produtores, consumidores e prosumers. “Na prática, a ferramenta foi desenvolvida para ser utilizada por nossa comercializadora varejista, aproveitando os avanços regulatórios desta modalidade, trazendo ganhos do ‘efeito portfólio’ através da agregação da carteira”, comenta. A segunda fase do projeto visa aprimorar a solução, com novas funcionalidades, para criar uma plataforma de planejamento e controle de risco de carteira, envolvendo clientes e permitindo a futura participação no programa de resposta da demanda. De acordo com a gerente de P&D e Inovação da AES Brasil, a meta é gerar benefícios econômicos para os diversos clientes dentro de uma VPP, reduzindo custos de operação e possibilitando possíveis trocas de excedentes de energia. “Qualquer cliente dentro da VPP sempre estará mais bem posicionado do que se estiver atuando no mercado de maneira individual”, afirma. “Hoje, com a evolução do mercado livre de energia, as indústrias e grandes estabelecimentos comerciais estão cada vez mais dispostos em fazer compra de energia diretamente com as geradoras”, completa. Ainda segundo a executiva, a experiência adquirida durante a primeira fase do projeto mostrou a preferência dos consumidores varejistas por soluções simples, como já oferecidas por distribuidoras de energia e,

ao mesmo tempo, econômicas como as ofertadas no mercado livre.

A VPP da AES Brasil opera dentro dos limites regulatórios do comercializador varejista. De acordo com a gerente, a ferramenta também permite o crescimento expressivo desta carteira, frente à migração massiva de novos clientes nos próximos anos, trazendo escalabilidade nas operações e mitigando riscos, e permitindo aos clientes custos de energia otimizados frente à concorrência. “Uma funcionalidade importante da VPP, que aguarda definições regulatórias, é a resposta da demanda. Com o avanço regulatório, e em conjunto com a nossa solução de microrredes, clientes pequenos e médios estarão aptos a participar neste novo mercado, apesar de eventualmente não cumprirem os requisitos individualmente, através da agregação proporcionada pela VPP”, conclui.

Júlia Rodrigues, gerente de P&D e Inovação da AES Brasil: “Companhia visa a aperfeiçoar modelo já desenvolvido e abrir novas oportunidades de comercialização no mercado de energia”

EMPRESA DE SERVIÇOS Ex CONQUISTA CERTIFICAÇÃO INÉDITA

AIdeal Work Consultoria e Projetos Ltda., com sede na cidade de Macaé, RJ, foi a primeira empresa do Brasil de serviços de inspeção e manutenção de equipamentos e instalações Ex a ser certificada de acordo com os requisitos da ABNT NBR IEC 60079-17 - Atmosferas explosivas - Parte 17: inspeção e manutenção de equipamentos e instalações Ex. O escopo da certificação envolve equipamentos elétricos, de instrumentação, de automação e de telecomunicações para instalação em áreas classificadas contendo gases inflamáveis (Grupo II) ou poeiras combustíveis (Grupo III) e serviços de inspeção (visual, apurada ou detalhada) e manutenção de instalações e equipamentos com tipo de proteção por invólucro à prova de explosão (Ex “d”), segurança aumentada (Ex “e”), segurança intrínseca (Ex “i”), encapsulamento (Ex “m”), não acendível (Ex “n”), imersão em líquido (Ex “o”), equipamentos e sistemas de transmissão que utilizam a radiação óptica (Ex “op”), invólucros pressurizados (Ex “p”), imersão em areia (Ex “q”), proteção especial (Ex “s”) e proteção contra ignição de poeira combustíveis por invólucro (Ex “t”).

A certificação foi realizada pela DNV - Det Norske Veritas, que é um Organismo de Certificação Ex de avaliação da conformidade sobre competências pessoais Ex, empresas de serviços Ex e competências pessoais para atmosferas explosivas. As auditorias e avaliações da conformidade foram feitas de acordo com os requisitos indicados na ABNT NBR IEC 6007917 e ABNT NBR ISO 9001: Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) – Requisitos.

De acordo com Roberval Bulgarelli, em função da elevada quantidade de “desvios” frequentemente encontrados nas inspeções práticas

de campo dos equipamentos e das instalações elétricas, de instrumentação, de automação e de telecomunicações em áreas classificadas contendo gases inflamáveis ou poeiras combustíveis, verifica-se que somente a avaliação da conformidade por meio da certificação dos equipamentos elétricos e mecânicos Ex tem se mostrado insuficiente para garantir a segurança das instalações em atmosferas explosivas e das pessoas que nelas trabalham. “Desta forma, existe também a necessidade de que as empresas de serviços Ex evidenciem, por meio de avaliação da conformidade, pela sistemática de certificação, as devidas competências e sistemas de gestão da qualidade para o atendimento dos requisitos normativos aplicáveis das Normas Técnicas Brasileiras adotadas idênticas da Série ABNT NBR IEC 60079 (Atmosferas explosivas), para a execução dos respectivos serviços sobre equipamentos e instalações Ex”, afirma.

Ainda segundo ele, atualmente muitos contratos de serviços Ex de em presas das indústrias de Óleo & Gás e Petroquímica têm exigido a certificação de competências pessoais Ex de executantes e supervisores e de empresas de serviços Ex, como forma de assegurar que os serviços sejam realizados de forma adequada.

EDP MIRA INFRAESTRUTURA PARA VEs AÉREOS

AEDP assinou recentemente um memorando de entendimento com a Eve Urban Air Mobility Solutions, empresa criada pela Embraer dedicada ao desenvolvimento do ecossistema da mobilidade aérea urbana, que prevê a colaboração das duas empresas nessa área. O objetivo é que as ambas as companhias cooperem na pesquisa de modelos operacionais para soluções de infraestrutura de carregamento necessárias para permitir que aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), foco de pesquisa da Eve, comecem a operar. “Um futuro de baixo carbono passa necessariamente pelo desenvolvimento da mobilidade elétrica, seja ela terrestre ou aérea. É por isso que assinamos este memorando com a Eve, para estudar possíveis formas de participar e contribuir para esse futuro visionário dos eVTOLs, particularmente nos aspectos relacionados ao nosso negócio, que são as soluções de energia e infraestrutura de carregamento”, destaca Andrea Salinas, diretora de Inovação e Ventures da EDP no Brasil. A parceria será desenvolvida por meio das equipes de Inovação da Eve e da EDP, em conjunto com sua unidade de investimento em capital de risco no Brasil, a EDP Ventures Brasil. As soluções a serem pesquisadas incluem a tecnologia e equipamentos para carregamento de eVTOLs em vertiportos, requisitos e disponibilidade de energia, infraestrutura em estações de carregamento, gestão de cargas e formatos de negócios, gestão e fornecimento de energia, logística de operação e integração com o sistema de gerenciamento e controle de voo. Com os resultados das análises, as empresas pretendem avaliar o desenvolvimento de uma infraestrutura energética de mobilidade aérea urbana. “Nossa colaboração com a EDP é um importante passo para o desenvolvimento da Eve enquanto trabalhamos para trazer nosso eVTOL de emissão zero ao mercado. Este é um passo na preparação do ecossistema de mobilidade aérea para o futuro do voo urbano”, disse Andre Stein, presidente & CEO da Eve.

A EDP tem a meta de eletrificar 100% de sua frota até 2030 e desenvolver novos produtos e soluções comerciais para promover a descarbonização. A empresa possui mais de 1500 estações elétricas em todo o mundo. Com a parceria com a Eve, a empresa pretende contribuir para a implementação de soluções abrangentes de carregamento em mobilidade aérea urbana para apoiar futuros veículos e sistemas desse mercado.

Objetivo é desenvolver modelos operacionais para soluções de infraestrutura de carregamento de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical

CPFL NOS HOSPITAIS É RECONHECIDO PELA ONU

Oprograma CPFL nos Hospitais, que implanta programas de eficiência energética em hospitais com recursos do PEE-Aneel, foi reconhecido pela ONU como exemplo de boa prática ligada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A iniciativa visa reduzir os custos de energia em instituições públicas e filantrópicas. Segundo a CPFL, o reconhecimento se deve à integração dos indicadores ambientais, sociais e econômicos gerados pelo CPFL nos Hospitais, que contribuem diretamente para os ODS.

Programa de eficiência energética já atendeu 84 instituições públicas com energia solar e retrofit de iluminação e atenderá mais 214 hospitais

Empresa investe R$ 6,5 milhões em P&D

ARGE, distribuidora do grupo CPFL Energia no Rio Grande do Sul, e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) finalizaram três de cinco projetos de Pesquisa e Desenvolvimento que estavam sendo desenvolvidos em parceria desde 2016. No total, a companhia investiu R$ 6,5 milhões em inovações para melhor gerenciamento da energia na universidade.

Um dos projetos concluídos foi um sistema de gestão de gerenciamento da energia elétrica gerada e consumida na UFSM, criando o conceito de “Campus Inteligente”. Com investimento total de R$ 1 milhão, a solução permite monitoramento em tempo real do consumo de energia, controle da iluminação pública por telecomando, melhor aproveitamento da usina solar fotovoltaica e gestão mais eficiente dos sistemas internos de climatização e iluminação. A estimativa é que a economia de energia atinja R$ 150 mil por ano.

Outro projeto finalizado foi uma plataforma de inteligência computacional para a operação de redes elétricas em tempo real, com enfoque em regiões com características rurais, que teve investimento de R$ 2,97 milhões. O sistema permite detectar e restaurar episódios de interrupção de energia com mais rapidez, reduzir os índices de perdas de energia, melhorar a qualidade do fornecimento ao consumidor e garantir uma operação mais eficiente. Segundo a companhia, esse projeto contribuiu para a montagem de um laboratório vivo de testes das soluções desenvolvidas, no Campus da UFSM, agregando medidores inteligentes de energia, religadores, bancos capacitores e controle de sistema de iluminação pública, sendo toda a infraestrutura coberta por uma rede de comunicação de longo alcance e baixo consumo de energia, chamada LoRaWan. Além disso, o projeto resultou na publicação de mais de 30 artigos científicos da UFSM em eventos nacionais e internacionais, livros, teses de doutorado, dissertações de mestrado e dois registros de softwares no INPI.

Por sua vez, o projeto “Planejamento Dinâmico de Operações” contou com investimento de R$ 1 milhão aplicado no desenvolvimento de metodologias para dimensionamento e alocação de equipes para atendimento à demanda, a fim de permitir melhor planejamento dos serviços a serem realizados, com mais agilidade, considerando criticidade, tempo de deslocamento e atividade e quantidade de clientes afetados.

Os investimentos em P&D e Eficiência Energética fazem parte do plano de sustentabilidade da CPFL Energia, que prevê a aplicação, até 2024, de mais de R$ 1,8 bilhão.

Até o final de 2020, o programa contribuiu com 84 instituições públicas localizadas nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Outros 115 projetos estão em andamento e 109 em processo de formatação. Foram instalados 5,5 MWp de capacidade instalada de sistemas fotovoltaicos, com 13,6 GWh de geração anual, além de implantadas 55 830 lâmpadas LEDs, com economia estimada de R$ 6,37 milhões ao ano pela redução do consumo de energia. Com as ações, 1 027 tCO2 de emissões foram evitadas, equivalentes ao plantio de mais de 6 159 árvores.

O valor investido entre o início do programa, em 2019, e dezembro de 2020, foi de R$ 72,2 milhões. Além disso, a CPFL investiu cerca de R$ 8 milhões em ações de melhorias de infraestrutura e humanização hospitalar, beneficiando 340 mil pessoas. Por meio da conta de energia, R$ 4,2 milhões foram doados por clientes das distribuidoras do grupo a 105 hospitais. Segundo a empresa, com a pandemia da Covid-19 o projeto ganhou importância, pois ajudou a melhorar o serviço prestado pelas instituições públicas de saúde, que devem economizar cerca de R$ 18 milhões ao ano com a redução da conta de energia, valor suficiente para custear o atendimento médico de mais 75 mil pacientes por ano.

O programa conta com três frentes de trabalho: ações de eficiência

energética, investimento na melhoria dos hospitais e um programa de doação em conta de energia para hospitais. As iniciativas de eficiência energética contam com investimento de até R$ 150 milhões nas quatro distribuidoras do Grupo CPFL e atenderá até 300 hospitais. Já os investimentos na melhoria nas condições dos hospitais, que somam R$ 4,8 milhões desde 2018, tem o objetivo de ampliar a oferta de serviços e expandir a prestação de serviços médico-assistenciais, apoiar a formação, o treinamento e o aperfeiçoamento de recursos humanos, além de realizar pesquisas clínicas, epidemiológicas, experimentais e socioantropológicas. O terceiro pilar do Programa CPFL nos Hospitais permite aos clientes realizar doações para os hospitais por meio da conta de energia. Essa iniciativa arrecada, em média, R$ 3,7 milhões por ano, recursos que auxiliam a gestão diária dos hospitais participantes.

REIVAX REALIZA COMISSIONAMENTO REMOTO EM UHE

Por meio da sua filial Reivax of Switzerland - RoS, baseada na Suíça, e que atende os mercados europeu e asiático, a multinacional brasileira Reivax Automação e Controle realizou comissionamento de um regulador de tensão em formato 100% remoto. A operação, realizada em função da pandemia de Covid-19 para garantir a continuidade do serviço de forma segura, sem expor os profissionais envolvidos no comissionamento ao risco de transmissão da doença, foi implementada na usina hidrelétrica Pulangi IV, localizada na província de Bukidnon, nas Filipinas.

Segundo a companhia, esse tipo de atividade engloba testes, treinamentos e auxílio aos operadores da UHE para utilização dos equipamentos, e, para viabilizar o comissionamento a distância, foi necessária uma infraestrutura diferenciada composta por aparelho de notebook li-

Em função da pandemia, validação de equipamentos de controle da geração de energia na usina foi realizado remotamente

gado à internet e com acesso remoto ao equipamento Reivax. “Para o sucesso do procedimento, tivemos uma força tarefa das equipes do Brasil e Suíça, além do time parceiro local, Qualitron e o cliente final nas Filipinas para que os testes de validação do equipamento, ensaios e ajustes alcançassem o mesmo padrão de qualidade dos testes in loco”, explica Fariborz Shokoofh, CEO da RoS.

Na barragem de Pulangi IV, o comissionamento envolveu a instalação do regulador digital de tensão RTX Power, responsável por controlar a tensão terminal do gerador, de forma estável e dentro dos padrões de qualidade exigidos pela concessionária local. Ao todo são três unidades geradoras de 94,5 MVA cada, em operação na usina hidrelétrica.

A Reivax, fundada em 1987 em Florianópolis, SC, fornece equipamentos para controle da geração de energia na América Latina e está presente em mais de 40 países em cinco continentes. Com crescimento anual médio de 15%, a empresa mantém filiais em Montreal, no Canadá, e na Suíça.

ENEL USA DRONE PARA INSPEÇÃO DE REDE SUBTERRÂNEA

AEnel Distribuição São Paulo está investindo no uso de drone para inspecionar a sua rede de distribuição subterrânea. Em parceria com a empresa suíça Flyability, que adaptou o drone para voar em espaços confinados, o equipamento é protegido por uma estrutura esférica de proteção, evitando que choques contra as paredes e quedas danifiquem o drone e as suas câmeras.

Com 10,7 mil estruturas que dão acesso à rede subterrânea, conhecidas como caixas, eletricistas realizam

Projeto em São Paulo é feito em parceria com empresa suíça e vai agilizar trabalho complexo feito por eletricistas

regularmente nesses locais inspeções visuais e instrumentais, que incluem termografias e medições elétricas e de gases, para garantir a segurança e o pleno funcionamento das instalações. Esses espaços são confinados e repletos de transformadores e chaves, o que torna o trabalho complexo e exige treinamentos específicos e reciclagens anuais.

Enquanto a inspeção tradicional da rede subterrânea exige o envolvimento de três eletricistas, a operação e manuseio do drone requer o envolvimento de apenas dois profissionais. As condições identificadas dentro das caixas são registradas por uma câmera 4k para análise em campo e encaminhadas posteriormente para a área de análise da distribuidora, para eventuais ações de manutenção. O equipamento gera um vídeo de toda a inspeção, que pode ser consultado para uma análise adicional, sem que exista a necessidade de entrar novamente no espaço.

A cada três anos, a distribuidora precisa varrer 100% dos transformadores de sua rede subterrânea e periodicamente verificar também os demais ativos para realização da manutenção. Com o drone a expectativa é executar essa atividade em menos tempo que o habitual, de forma mais rápida, com a análise das imagens em tempo real. Os primeiros testes do novo drone foram realizados no bairro da Vila Olímpia, zona sul da capital, e faz parte do conjunto de ações do projeto Urban Futurability, que tem desenvolvido mais de 40 iniciativas para transformar a região em um bairro digital e sustentável.

PARCERIAS EM ELETROMOBILIDADE AVANÇAM NO BRASIL

Ocentro de pesquisas Lactec, de Curitiba (PR), e a Renault criaram um programa de compartilhamento de carros 100% elétricos, pelo qual colaboradores do Lactec poderão usar dois veículos Zoe, produzidos pela montadora no Brasil, em sua planta em São José dos Pinhais (PR).

Com o sistema Renault Mobility, já utilizado em outros projetos de mobilidade elétrica da montadora no mundo, os colaboradores podem reservar um carro por dias, horas ou mesmo minutos, para atender a compromissos rápidos. O chamado carsharing opera no modelo de estações, em que os funcionários retiram e devolvem os veículos em locais determinados e podem fazer livre uso dos automóveis durante o período de reserva. Por meio de um aplicativo, é possível visualizar a disponibilidade dos veículos e fazer a reserva.

Há mais de nove anos, o Lactec participa de estudos para o desenvolvimento de soluções que favoreçam a eletrificação do transporte no Brasil. Cinco deles estão em andamento no momento e os pesquisadores do instituto estão focados em duas frentes: criar estruturas de recarga de veículos junto com modelos de negócio para a comercialização da energia elétrica utilizada e inserir a mobilidade elétrica nas rotinas operacionais das concessionárias do setor elétrico.

O Parque Tecnológico Itaipu (PTI- BR) e a TMovi Electric, startup brasileira que monta carros elétricos da empresa

Colaboradores do Lactec vão poder utilizar dois veículos Zoe em Curitiba. Já no PTI, ideia é testar sistema de monitoramento e compartilhamento e aprimorar baterias de carro da TMovi Electric

Tesla vai expor carro elétrico de luxo em evento no Brasil

Pela primeira vez, um carro elétrico da marca Tesla será exposto em evento no Brasil. Durante o VE Open, marcado para 23 a 25 de setembro na Praça Charles Miller, em São Paulo, a representante da montadora no Brasil, a Osten, planeja expor uma das versões que compõe o modelo Y da Tesla, cujos preços oscilam entre R$ 525 mil e R$ 780 mil no mercado brasileiro.

O modelo Y é um SUV totalmente elétrico, de tamanho médio, capaz de acomodar até sete adultos. Equipado com tração integral e motor de 480 CV, a versão Performance (top de linha) acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos, atingindo velocidade máxima de 250 km/h. A autonomia da bateria é de 487 quilômetros.

Além da mobilidade elétrica, o modelo tem recursos luxuosos, como radar frontal (fornecendo uma visão de longo alcance de objetos distantes), câmeras traseiras, laterais e frontais. Tem ainda volante aquecido, todos os assentos com aquecimento, teto solar panorâmico, faróis de neblina em LED, sensores de estacionamento (com alerta de ponto cego) e tecnologias de segurança ativa (como frenagem automática de emergência). Além da venda, os carros da Tesla também estão disponíveis pelo serviço de assinatura mensal, com contrato mínimo de um ano.

Durante o VE Open, em setembro, montadora vai mostrar o modelo Y, com preços que variam entre R$ 525 mil e R$ 780 mil

argentina Sero Electric, também firmaram parceria em eletromobilidade. Em comodato, o PTI-BR recebeu no fim de julho o veículo versão Sedan da startup, que ficará por seis meses no parque em Foz do Iguaçu (PR), localizado na área da hidrelétrica, para pesquisas.

A ideia da parceria é testar no carro o sistema de monitoramento e compartilhamento MoVE, da PTI. Além de avaliar a integração da solução, os pesquisadores vão trabalhar também na melhoria e no desenvolvimento e fabricação de baterias para os veículos da TMovi.

Com célula fabricada em alumínio, o veículo pesa aproximadamente 400 quilos, já contando a bateria. Feito de plástico de engenharia ABS, o mesmo utilizado por grandes montadoras, outra característica positiva do modelo é o tamanho reduzido, o que o torna fácil de manobrar e estacionar.

O veículo vem com o carregador embarcado, com conector para recarga em qualquer tomada. Com carregamento total da bateria em quatro horas, ele tem autonomia entre 100 e 120 km rodados. Segundo a startup, é possível rodar mais de 100 km com apenas R$ 4,75.

A TMovi instalou fábrica em Toledo, no Paraná, para montar os veículos que chegam semidesmontados da empresa argentina. A meta é produzir 100 unidades desse modelo em 2021. A empresa atua na locação dos veículos elétricos e é representante exclusiva para comercialização, montagem e fabricação dos carros pela Sero Electric.

BBCE BATE RECORDE DE NEGOCIAÇÃO NO SEMESTRE

No acumulado dos seis primeiros meses do ano, o BBCE - Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia atingiu o melhor desempenho de negociação desde o início de suas operações em 2012. Foram negociados no período 188.943 GWh, uma alta de 35% em relação ao mesmo período de 2020.

O volume foi distribuído em 41.625 contratos, alta de 57% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Dessas operações, 25,6 mil (+82%) foram fechadas eletronicamente e 16 mil (+28,8%) formalizadas pela chamada boleta eletrônica. O volume financeiro total foi de R$ 29,1 bilhões.

Na avaliação do presidente do BBCE, Carlos Ratto, os números apontam o crescimento e amadurecimento do mercado livre e reforçam a tendência de migração dos negócios para a tela. Desde 2012, a BBCE negociou R$ 147 bilhões, divididos em 235 mil contratos de comercialização de 664 mil GWh. Historica mente com registro de me-

nores volumes negociados, em junho o ritmo se manteve elevado, com aumento de 40% no volume energético total em relação ao mesmo mês de 2020. Em comparação com maio (mês considerado forte em negociações), houve redução de 22%. O cenário positivo também pode ser observado no número total de contratos, que foi de 4736, redução de 36% em comparação com o maio de 2021 e aumento de 36% em relação a junho de 2020.

NOTAS

Tecnologia QR Code – A ISA CTEEP desenvolveu uma ferramenta para auxiliar as equipes técnicas em inspeções detalhadas realizadas em subestações. Por meio de um QR Code fixado nos equipamentos e com um aparelho leitor, informações sobre o estado operacional dos dispositivos são enviadas, em tempo real, para um sistema integrado de gestão, sendo possível emitir relatórios de manutenção planejada de todos os equipamentos a partir dos dados atualizados. Segundo a empresa, o acesso digital às informações permite às equipes obterem informações de equipamentos rapidamente, agilizando o atendimento. Inicialmente, a tecnologia está sendo testada na Subestação Baixada Santista, da Regional Taubaté, que atende a Baixada Santista, Litoral Sul e o Vale do Paraíba, em São Paulo.

Modernização – A Siemens concluiu um projeto de modernização de equipamentos de teleproteção na usina hidrelétrica São Simão, operada pela SPIC Brasil, subsidiária brasileira da State Power Investment Corporation of China (SPIC). A companhia conseguiu realizar a troca dos equipamentos sem interromper a operação essencial da usina, que conta com seis máquinas que são responsáveis pela geração de 1,8 GW, e está situada no Rio Para naíba, na divisa entre os estados de Goiás e Minas Gerais. No projeto, a Siemens forneceu equipamentos transceptores de teleproteção com interfaces ópticas integradas para otimizar a comunicação/operação entre a usina e a subestação. Segundo a empresa, a nova solução instalada unificou a teleproteção e a comunicação do sistema que antes era feito por dois equipamentos.

Economia de energia – A 2W Ener gia concluiu sua primeira aceleração de startup com a Lead Energy, uma plataforma que busca redução de custos de energia. A solução da Lead Energy faz uma avaliação da modalidade tarifária, demanda contratada, adequação de equipamentos técnicos, análise do consumo de energia e a possibilidade de uso de energia fotovoltaica ou migração para o mercado livre de energia, a fim de identificar possibilidades de economia na fatura de energia. A solução por enquanto está disponível para a região metropolitana de São Paulo, atendida pela distribuidora Enel SP, mas a meta é expandir a atuação para outras distribuidoras que atendem o Estado de São Paulo.

Fornecimento – A divisão de Grid Solutions da GE Renewable Energy fechou um contrato de serviços de modernização em seis subestações da Chesf localizadas nos estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco. O acordo prevê a substituição de cerca de 250 disjuntores e seccionadores, em operação há mais de 45 anos. Segundo a Chesf, a troca desses equipamentos de níveis de tensão de 69 kV, 230 kV e 500 kV proporcionará mais confiabilidade ao sistema de transmissão da companhia. A GE também vai oferecer treinamento aos técnicos da Chesf e kits de peças de reposição para cada tipo de equipamento. O processo de retrofit está previsto para ser concluído em 2025.

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