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Editorial

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Agência de design e posicionamento de marca se especializa em provedores

Com a multiplicação das empresas de Internet pelo país, oferecer os melhores planos já não é mais suficiente para o provedor se diferenciar da concorrência. Para conquistar novos clientes, é preciso ir além e começar a vender valor, não simplesmente preço ou mega. Ou seja, tornar-se uma marca desejada. Mas como estruturar um reposicionamento de branding e um plano de marketing eficaz em empresas de menor porte, longe dos grandes centros urbanos e comandadas por proprietários que dominam o universo técnico das redes, mas pouco entendem de design e comunicação?

Elcio Kudo, especialista em branding de alto impacto, com 26 anos de carreira, mais de 1000 projetos de design corporativo já realizados e 22 premiações nacionais, pode ajudar nesse sentido. Ele lidera hoje uma das consultorias mais procuradas no país pelos provedores, seja para criação de marca em uma nova operação, mudanças na identidade visual ou estratégias de marketing de longo prazo.

Com o aumento da demanda observada nos últimos anos, Kudo criou a ISP BRAND*IN, uma divisão especializada em telecomunicações e provedores de Internet da KUDO Marcas Disruptivas. “Sempre tive um pé em telecom, pois meu primeiro emprego foi na KDDI, uma operadora japonesa, em 1995”, diz Kudo, que é formado em Engenharia Civil pela Poli/USP, com especialização em Análise de Sistemas e Criptografia, e Arquitetura e Design pela FAU/USP.

Embora tenha se consagrado em trabalhos para grupos de diversos segmentos, como Telefonica, Vale, Grupo Pão de Açúcar, WalMart, Carrefour, Ricardo Eletro, Casa e Vídeo e Drogaria Araújo, é nas pequenas e médias companhias que o consultor enxerga o maior potencial de crescimento. “Os resultados são extraordinários”, diz.

No mercado de provedores, em particular, há muito a fazer para melhorar o reconhecimento da marca. “Basta abrir o site ou feed do Instagram das empresas para vermos as mesmas mensagens. Pessoas felizes segurando o celular, tablet ou notebook, com instalação grátis e ofertas imperdíveis. Além do predomínio das cores azul, verde, vermelho e laranja. É sempre mais do mesmo”, afirma o consultor.

De acordo com ele, a identidade visual é o primeiro contato com o cliente. Por isso é importante investir em um design exclusivo, com ilustrações que chamem a atenção do usuário. “É mais fácil gravar na

memória uma informação diferente da cor ou padrão básicos”, diz. Com o estabelecimento de um conceito forte e padronização dos elementos em todos os pontos de contato do cliente, não apenas nos sites e redes sociais, mas nos uniformes dos técnicos, frota de carros de instalação, panfletos, lojas e outdoors, é possível criar um conjunto da obra que reforça a assimilação da marca e, consequentemente, gera resultados de vendas. Para o provedor MOV, de Santarém, PA, uma operação que começou do zero, Kudo conduziu o projeto completo da criação da marca, com destaque para o design da loja. “Além do visual moderno, o local oferece a experiência de conectar a empresa com a cidade, um Loja da MOV em Santarém, PA multiuso e cultural para acess : espaço mode o à população rno, espaço moderno, mu cultural para acesso à ltiuso e população”, diz. Para um outro cliente, com atuação no interior de Minas Gerais, Kudo realizou todo o trabalho de mudança de nome e campanha de lançamento em três cidades simultaneamente em 60 dias. “Foi um projeto rápido, compacto e de baixo custo, com peças-chave que foram replicadas em várias ações”, diz. Há cerca de 10 anos atendendo o segmento de provedores, a ISP BRAND*IN tem crescido de forma exponencial nos últimos anos. Com a consolidação do mercado de telecom, o consultor também tem sido procurado para a criação de novas marcas a partir de fusões e aquisições de empresas, uma Elcio Kudo: maior operação ainda mais complexa por potencial nas envolver maior capilaridade, vários pequenas e médias sócios, culturas e histórias em cada empresas localidade onde nasceram. Compreender as particularidades desse universo é o que diferencia o trabalho de Elcio Kudo, que vende valor, desejo e diferenciação para seus clientes provedores. ISP BRAND*IN – Tel. (11) 91224-8062 Site: www.kudobranding.com.br

estradas rurais de Santa Catarina e os recursos previstos no projeto devem viabilizar a instalação dos serviços de telecomunicação nos municípios. A Secretaria da Agricultura dará o suporte para que os produtores consigam fazer a conexão com suas propriedades. Após a instalação da estrutura de fibra óptica nas estradas rurais, os agricultores contarão com o apoio da Secretaria para fazer a conexão com suas propriedades.

O Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) possui uma linha de crédito especial, com financiamentos sem juros, para que os agricultores conectem suas propriedades à infraestrutura de fibra óptica do município. “É um grande programa, uma ação de Estado, para levarmos Internet para o campo. Vamos gerar uma revolução no agro catarinense, aumentando a atratividade do meio rural, dando possibilidades de escolha e estudos para os jovens agricultores. Assim como as cidades, o interior também estará conectado”, comemorou Altair Silva.

O projeto de lei segue agora para sanção do governador Carlos Moisés, que está prevista para breve.

Fiepe adota hiperconvergência da Nutanix

A Nutanix, empresa especializada em computação em nuvem privada, híbrida e multicloud, anunciou que a Fiepe - Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco modernizou o ambiente de TI com soluções de hardware e software da empresa. Agora, a Federação segue no caminho de padronização e unificação dos sistemas para representar as indústrias do estado de Pernambuco, apoiando também projetos sociais, de educação e pesquisa e desenvolvimento.

Fundada em 1939, a Federação integra e coordena o Sistema Fiepe, composto por quatro órgãos vinculados: Sesi - Serviço Social da Indústria de Pernambuco, Senai Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Pernambuco, Instituto Euvaldo Lodi de Pernambuco e Ciepe - Centro das Indústrias do Estado de Pernambuco.

O sistema anterior englobava as quatro organizações e possuía ambientes com arquitetura multiplataforma, descentralizada e de difícil integração. Essa infraestrutura não teria capacidade e escalabilidade para sustentar as projeções de crescimento da Fiepe. Isso porque sua manutenção era complexa, de alto custo e não permitia realizar atualizações com um desempenho satisfatório, além de não atender a requisitos de segurança e backup.

“Nosso ambiente anterior exigia alto custo operacional, não permitia expansão ou escalabilidade e interoperabilidade. Ou seja, era um ambiente tecnológico que não acompanhava a evolução do negócio, além de onerar a equipe de TI com manutenções recorrentes. A complexidade do desafio de integrar tecnologias que não conversavam entre si era muito grande, então decidimos pela arquitetura hiperconvergente da Nutanix com objetivo de unificar nossos ambientes e prover capacidade de crescimento e expansão”,revela Antônio Fernandes, gestor de TI da Fiepe.

A implementação e a migração demandaram um período de cinco meses em que o time da Nutanix trabalhou em conjunto com a integradora Tech Channel e o próprio time de TI da Fiepe. Além de centralizar em uma única plataforma o gerenciamento do data center, ainda permitiu sensível aumento da performance de processamento, grande facilidade na gestão do ambiente, alta disponibilidade e segurança de dados em comparação à tecnologia anterior. Dessa forma, foi possível aumentar a confiabilidade e a eficiência de todo o ambiente tecnológico.

“Criamos um data center de 180 metros quadrados onde acomodamos uma área de autossuficiência enérgica e racks que suportam todos os nós da Nutanix. Foram migrados para lá cerca de 300 servidores, 200 bases de

dados, 130 redes, mais de 3200 usuários. Ainda, toda a migração foi feita sem parar a produção da Federação. Nós trocamos as turbinas do avião em pleno voo”, explica Fernandes.

A Fiepe realizou um mapeamento estratégico de crescimento com metas em novos serviços, associados e matrículas. Com a hiperconvergência, a Federação conta agora com uma plataforma amigável, com painel único de gerenciamento (dashboard), podendo focar inteiramente na qualidade dos serviços prestados pelas suas empresas.

As melhorias de desempenho nas rotinas diárias e economia de 35% de gastos com energia elétrica, suporte e manutenção, além da otimização do tempo em cerca 70% de equipe, já foram percebidos pela Fiepe. Além disso, foi implementado um novo sistema de backup que antes levava horas e hoje demanda poucos minutos.

Na plataforma Nutanix estão rodando sistemas críticos como ERP, CRM, gestão escolar, pesquisas, back office e outros. Setores distintos dos órgãos que compõem a Fiepe podem atualmente solicitar servidores à TI para novos projetos em questão de minutos, o que antes demorava dias.

Sede da Fiepe: padronização e unificação de sistemas

Para o futuro, a Federação irá ampliar seu leque de serviços. Além disso, espera uma redução de cerca de R$ 25 mil ao mês por meio da internalização de inúmeros processos que hoje estão hospedados em nuvem pública.

Nutanix – Tel. (61) 3521-7125 Site: www.nutanix.com/br

Nano Fiber: cabos pré-conectorizados com fabricação nacional

A Nano Fiber, com fábrica em São José dos Campos, SP, atua no fornecimento de cabos ópticos pré-conectorizados para provedores e operadoras. A marca pertence à M-WAS, companhia brasileira que também é dona da importadora e exportadora de cabeamento estruturado metálico Nano Access.

Criada em 2021, a Nano Fiber iniciou suas atividades em agosto, quando os

equipamentos para o parque fabril chegaram do exterior. A produção, porém, só começou em outubro, com o recebimento dos insumos utilizados no processo de conectorização.

“A Nano Access atua somente com produtos importados para revenda. Já a Nano Fiber realiza a conectorização com o produto final 100% nacional. Muitos fornecedores oferecem a mesma linha, porém importada, e se houver um problema com a Receita Federal, o prazo para liberação é de até 90 dias, o que faz com que diversas operadoras optem por ofertas nacionais”, afirma Helber Narazzaki, gerente de engenharia da Nano Fiber.

O parque fabril conta com 700 m2 de área total. A unidade é equipada com um maquinário que possibilita realizar todos os processos de pré-conectorização dos cabos, como polimento, montagem dos conectores e testes. Ao todo, o investimento em equipamentos foi de aproximadamente R$ 5 milhões. De acordo com o diretor, um dos destaques é a máquina de polimento. O modelo, segundo ele, conta com apenas quatro unidades no Brasil, sendo uma pertencente à Nano Fiber.

Para lidar com os equipamentos, a Nano Fiber recrutou ex-funcionários da Huber+Suhner, desenvolvedora suíça de componentes e soluções de conexão elétrica e óptica que encerrou a produção no Brasil no segundo semestre de 2020.

“Recrutamos os ex-funcionários da Huber+Suhner em virtude de sua experiência em lidar com o maquinário de ponta que instalamos. São processos muito específicos, que demandam um nível de conhecimento muitas vezes díficil de ser encontrado no mercado”, explica Narazzaki. Todos os cabos pré-conectorizados são testados individualmente. O processo, segundo o diretor, acaba sendo mais preciso do que o feito por amostragem. A fábrica pode fornecer diversos tipos de cabos préconectorizados, como cordões e trunk, compatíveis com CTOs –caixas de terminação óptica de marcas como Huawei e Corning.

“No Brasil, tanto os cabos como os conectores precisam ser préhomologados. Os cabos são adquiridos de um fornecedor parceiro. Já o conector, do tipo Fast Connect, somos nós que produzimos”, lembra Narazzaki.

Atualmente, o parque fabril opera com capacidade para montar aproximadamente 9 mil cabos mensais de 1 fibra. Quando estiver funcionando com capacidade máxima, nível que deve ser atingido ainda em 2022, a expectativa é atingir a marca diária de 450 cabos. No momento, a Nano Fiber só atende o mercado nacional.

“Esse tipo de fabricação demanda uma curva de aprendizagem. Por enquanto, só estamos trabalhando com cabos pré-conectorizados, porém temos tecnologia e know-how para fornecer outros tipos. Para 2022, o objetivo é consolidar a marca, além de ampliar a gama de produtos”, prevê Narazzaki.

Máquina de polimento da Nano Fiber

Nano Fiber – Tel. (12) 3424-6616 Site: www.nanofiber.com.br

Telemedicina como SVA cresce na pandemia

De acordo com a Saúde Digital Brasil Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a telemedicina cresceu 316% durante o período de pandemia. Com o avanço da variante Ômicron, a demanda pelos serviços disparou, o que abre uma boa oportunidade de negócios e geração de receita para os provedores de Internet. A IXER, intermediadora de benefícios voltados para a saúde, proteção e bem-estar familiar, oferece serviços de telemedicina como SVA serviço de valor agregado, que roda na plataforma Conecta IXER.

“A procura pelos provedores cresceu de forma significativa no último ano”, diz Edgar Tressoldi, diretor executivo da IXER responsável pelo segmento de SVA. Ele lembra que a maioria dos assinantes dos provedores não tem plano de saúde. Além de possibilitar o acesso a especialistas a qualquer

hora, sem locomoções desnecessárias das famílias, o atendimento médico remoto reduz os riscos de contaminação em clínicas e hospitais lotados. “A telemedicina tem evoluído muito em vários domínios da assistência médica, permitindo cuidados de alta qualidade que transcendem os obstáculos da distância geográfica, falta de acesso a profissionais de saúde e custos”, diz.

No Brasil, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados, por mais de 52,2 mil médicos, via telemedicina, de acordo com dados divulgados este ano pela Saúde Digital Brasil. A demanda por atendimento remoto para casos de Influenza e Covid-19 dobra a cada 36 horas.

Esse número vem crescendo, principalmente, depois da aprovação da Lei nº 13.989/20, que regulamentou a telemedicina no país. A regulamentação atual permite a prescrição de medicamentos, solicitação de exames, atestados e relatórios.

Cerca de 80% da população brasileira depende exclusivamente do SUS. “As estatísticas mostram que 90% dos casos médicos são resolvidos remotamente”, diz.

As consultas na plataforma da Conecta IXER partem de R$ 75 (preço de uma consulta popular) e são pagas pelo cliente somente quando utilizadas. Podem ainda ser parceladas no cartão de crédito ou boleto bancário, com direito ao retorno sem custo adicional. “A consulta tem a mesma qualidade de uma consulta presencial, sem tempo máximo ou pressa por conta dos médicos, o atendimento e os médicos são de excelente nível”, diz Tressoldi. Após a consulta, o paciente recebe o pedido médico de

exames com validade nacional. Todos os serviços contratados com a IXER incluem o seguro com valores de R$ 5 mil a R$ 30 mil por morte acidental do titular. “Temos parceria com a Previsul, seguradora da Caixa Econômica Federal e com 114 anos de mercado”, diz. Para atender os provedores, a IXER atua em parceria com a Campsoft, empresa que oferece um hub de serviços digitais relacionados a entretenimento, educação, cultura e esportes, como música, clube de vantagens, revistas e audiobooks, além da telemedicina. “A procura pela telemedicina virou algo recorrente pelos nossos clientes e parceiros. Isso é um reflexo do que Edgar Tressoldi, estamos vivendo hoje. da IXER: aume na procura de nto Filas de espera, hospitais provedores por lotados, falta de telemedicina flexibilidade ou de médicos disponíveis, ninguém gosta dessa espera incansável. Por isso a telemedicina está se tornando essencial. É natural que exista uma resistência do consumidor frente aos inúmeros aplicativos de baixa qualidade hoje no mercado, mas, com a IXER, enxergamos um atendimento 100% especializado para que o assinante receba qualidade para sua vida e de seus familiares dentro de uma única solução”, diz Guilherme Lobo, cofundador da Campsoft. Além de se diferenciar em relação à concorrência, pela ampla variedade de recursos disponíveis, com os novos serviços o provedor pode aumentar o tíquete médio por assinante. Se forem oferecidos como SVAs, dentro do pacote de banda larga, sem custo adicional para o consumidor, a redução fiscal chega a 40%, devido à isenção de ICMS, conforme Estado. IXER – Site: www.ixer.com.br Campsoft – Site: www.campsoft.com.br

IT Investimentos lança calculadora de valuation gratuita para provedores

A IT Investimentos, empresa especializada em M&A (fusões e aquisições) e captação de recursos no mercado de tecnologia e telecomunicações, lançou o ISP à Venda, uma plataforma que traz uma calculadora de valuation gratuita para provedores de Internet que querem saber seu valor, com base em informações como número de assinantes, tíquete médio, quantidade de portas PON, percentual de rede regularizada e região atendida.

“Com isso, os empreendedores conseguem saber o valor do seu provedor numa eventual venda, diante do cenário aquecido em que o setor se encontra”, diz o diretor e fundador Gustavo Barros. Segundo ele, a IT Investimentos é a boutique de M&A com maior track record em transações

de telecom. Em 2021, realizou mais de 18 transações e movimentou o equivalente a R$ 2,5 bilhões. Segundo a TTR – transactional track record, plataforma global de transações financeiras, a IT Investimentos ocupa o oitavo lugar no ranking geral no país e lidera no mercado de provedores. Entre os principais clientes da área de telecom estão empresas como Mob Telecom, Sumicity, Wirelink, Desktop, WKVE Telecom, C-Lig, Univox e Starweb.

A IT Investimentos fornece serviços como assessoria financeira, negociação, auxílio na venda e aquisição de empresas, coordenação de processos de due diligence e assessoria legal e contábil. Na avaliação de empresas, realiza a construção de modelos financeiros baseados no histórico e projeções de crescimento.

Ferramenta ajuda o proprietário a saber o valor de sua empresa em poucos minutos

IT Investimentos – Tel. (11) 3569-6106 Site: www.ispavenda.com.br

ESPECIAL Wi-Fi 6

Com a adoção do home office e aumento no uso de serviços como videoconferência, streaming, telemedicina e aulas online, as redes sem fio ganharam destaque nestes anos de pandemia, em especial o Wi-Fi 6 (IEEE 802.11ax), que cresce de forma exponencial no exterior. Ao oferecer velocidades de até 1 Gbit/s e recursos de eficiência espectral, o padrão resolve problemas de cobertura e prepara a entrada das próximas gerações, o Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7.

Fábio Laudonio e Sandra Mogami, da Redação da RTIRTI RTIRTI RTI

Ouso crescente da Internet e aplicativos nas empresas e residências resultou em congestionamentos e lentidão da conexão sem fio. Para melhorar a cobertura de sinal e eliminar as chamadas “zonas de sombra”, os usuários procuraram atualizar a conectividade com novas tecnologias em pontos de acesso e roteadores. Os provedores de Internet também ganharam um desafio: estima-se que entre 35% e 50% das reclamações dos assinantes estejam relacionadas à qualidade das redes Wi-Fi, e não à velocidade dos links contratados.

Esse cenário está impulsionando o desenvolvimento do mercado de equipamentos Wi-Fi 6, padronizado pela Wi-Fi Alliance em setembro de 2019, que atua nas faixas não licenciadas de 2,4 e 5 GHz. Ao longo dos últimos 20 anos, a tecnologia evoluiu em diferentes padrões, desde o 802.11-1997 original, passando pelo 802.11b (1G), 802.11a (2G), 802.11g (3G), 802.11n (4G), 802.11ac (5G) e 802.11ax (6G). Há ainda o adendo Wi-Fi 6E, que prevê o uso da faixa não licenciada em 6 GHz (de 5925 a 7125 MHz), liberada pela Anatel em 2021 para ambientes indoor. E está em estudo o IEEE 802.11be (7G), com taxas de 20 a 30 Gbit/s.

Em locais congestionados, com muitos pontos de acesso e usuários acessando a rede simultaneamente, como é o caso de estádios, shopping centers, aeroportos e universidades, o Wi-Fi 6 garante uma conexão mais estável, com maior controle e estabilidade.

“Em 2021 realizamos diversos projetos e fornecimentos para provedores totalmente em cima de Wi-Fi 6. O ganho foi absurdo em termos de percepção, desempenho e qualidade. As queixas foram reduzidas praticamente a zero. Além da satisfação do cliente final, os custos de manutenção com suporte e visitas técnicas também caíram de forma impressionante”, diz Paulo Frosi, diretor comercial da Connectoway, distribuidora de valor agregado de produtos e soluções da Huawei no Brasil nas linhas IP, transmissão, acesso e cloud.

Uma outra vantagem do Wi-Fi 6 é a possibilidade de novos negócios que antes não eram possíveis para o provedor, com oportunidades de geração de receita. É o caso da gestão da rede 100% em nuvem, sem necessidade de controladores ou software adicionais. O sistema gera informações de utilização da rede e análise inteligente do perfil de usuários, dentro da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, que podem ser trabalhadas para o melhor conhecimento do comportamento de consumidores em um estabelecimento comercial, por exemplo, possibilitando ações de marketing dirigidas a diferentes públicos.

“Os provedores de maior porte entenderam que precisam agregar valor. Eles podem ser integradores de soluções e empresas de TI para seus assinantes. Os serviços de Internet com Wi-Fi 6 já são um começo”, diz Frosi. Nesse sentido, a Connectoway ajuda os provedores a “colocar o produto na esteira” e apoia na arquitetura de negócios.

De acordo com ele, com a popularização da tecnologia em escala mundial, os equipamentos estão se tornando mais acessíveis. No último ano, houve uma redução de 15% a 20% nos custos de aquisição dos produtos. “Mas os recursos oferecidos no Wi-Fi 6 são infinitamente mais avançados do que nas versões anteriores. Roteadores, pontos de acesso sem fio, gateways domésticos e repetidores sem fio Wi-Fi 6 oferecem maior segurança e menor latência entre os dispositivos”, diz Frosi.

De acordo com Milton Sasaki, gerente de Network Solutions da fabricante FiberHome, o padrão Wi-Fi 6 representou 9% do total de CPEs Wi-Fi comercializadas em 2020. “Os números começaram a crescer rapidamente em 2021”, diz. A ABI Research, empresa de consultoria global de mercado de tecnologia, prevê que, até 2024, esses dispositivos atingirão cerca 50% e se tornarão um padrão de mercado. Por volta de 2026, dos 263 milhões de dispositivos Wi-Fi vendidos, o padrão Wi-Fi 6 representará quase 81%.

A FiberHome comercializa modelos de ONU e roteadores com o Wi-Fi 6. “Em 2021, ocupamos o ‘top 3’ do ranking mundial de ONUs, das quais o Wi-Fi 6 representou 9%. Nos roteadores, a tecnologia representou mais de 30%”, afirma Sasaki. Atualmente, as implantações de Wi-Fi 6 estão concentradas na América do Norte e na Europa, que respondem por mais da metade do total do mercado.

A FiberHome já está fornecendo ONUs com Wi-Fi 6 para provedores de Internet no Brasil, com destaque para a linha HG6145F. “Devido à cobertura excepcional, os clientes decidiram fazer a migração dos equipamentos Wi-Fi 5 para modelos Wi-Fi 6. Isso os ajudará a ganhar novas oportunidades de mercado”, afirma Sasaki.

O gerente também acredita que, com o aumento do número de usuários e desenvolvimento da cadeia industrial,

os preços da maioria dos novos produtos de tecnologia tendem a cair. “No entanto, devido à pandemia da Covid-19, a cadeia de abastecimento está prejudicada, os recursos logísticos estão escassos e o preço do chipset subiu, encarecendo os equipamentos eletrônicos”, diz. Portanto, a tendência de redução de preços das CPEs Wi-Fi 6 também foi afetada. “Mas acreditamos que, com o fim da pandemia, o cenário volte ao normal”, diz.

A Linktel, operadora com mais de 12 mil hotspots públicos e privados, está apostando no Wi-Fi 6 para oferecer melhor cobertura e qualidade de conexão aos seus mais de 30 milhões de usuários cadastrados. Vários estabelecimentos comerciais com quem tem parceria já optaram pela migração do padrão, como as redes de café Starbucks, as lanchonetes Cabana de São Paulo e diversos aeroportos. O Aeroporto Salvador Bahia, um dos mais movimentados do país, com mais de 8 milhões de passageiros no ano, está rodando 100% em cima do novo padrão, garantindo velocidades de até 1 Gbit/s por dispositivo.

Um outro projeto de grande porte foi realizado em parceria com a operadora Imax em Aparecida, SP. O Centro de Atendimento ao Romeiro e a Nova Galeria Recreio são alguns dos locais com o serviço, que recebem em média mais de 15 milhões de visitantes por ano.

Os dois ambientes possuem lojas e praça de alimentação para os devotos e turistas que visitam a cidade santuário. A rede pode realizar conexões com mais de 2 mil usuários ao mesmo tempo. “O mercado está aquecido e reagindo bem ao aspecto WiFi em geral. As pessoas precisam de Internet de banda larga e acesso sem fio de qualidade”, diz Jonas Trunk, presidente da Linktel. A rede de hotspots da Linktel recebe de 60 mil a 70 mil novos usuários por mês. Segundo ele, a demora da implantação do 5G, que deve levar uns sete a oito anos para alcançar a totalidade dos municípios, está motivando os empreendimentos a buscarem outra solução para oferta de acesso sem fio. “A demanda por banda larga só cresce, mas por enquanto o 5G só existe no papel”, diz. Um outro ponto a favor é a queda dos preços dos equipamentos Wi-Fi 6. Os fabricantes adotados pela Linktel (Ruckus CommScope e Cisco) já estão praticando os mesmos preços dos pontos de acesso e antenas Wi-Fi 5.

Embora somente alguns dispositivos sejam compatíveis hoje com o padrão Wi-Fi 6, como o IPhone 12 e 13, o usuário percebe a melhor experiência, a menor latência e a qualidade superior da conexão. Isto porque a tecnologia de divisão de frequência inteligente OFDMA permite que vários dispositivos compartilhem

os recursos do espectro, possibilitando mais conexões simultâneas e regras diferentes de acesso, recurso que o Wi-Fi 5 não oferece. E a ativação sob demanda economiza até 30% da carga da bateria dos dispositivos conectados à rede. “Mas os fabricantes estão desenvolvendo novos modelos e em breve o mercado contará com um grande número de aparelhos compatíveis com Wi-Fi 6, que será um atrativo para vender mais celulares”, diz Trunk.

A Linktel, que também conta com operações de fibra óptica (FTTH) em Ilhabela e Barueri, SP, vai testar em breve a tecnologia WiFi 6E. O projeto piloto avaliará o uso de antena e dispositivo em um ambiente real de Barueri, provavelmente uma lanchonete.

Novos recursos

De acordo com o fabricante Ubiquiti (https://bit.ly/UniFi-AP6), a tecnologia Wi-Fi 6 prevê vários novos recursos para garantir maior desempenho e capacidade, mas alguns merecem destaque, como veremos a seguir.

Modulação 1024-QAM

Permite que um único sinal seja capaz de representar informações mais complexas, sendo possível entregar maior velocidade. No padrão Wi-Fi 5 a modulação máxima é 256-QAM (8 bits por símbolo) e no Wi-Fi 6 a modulação é 1024-QAM (10 bits por símbolo). Uma observação em relação à velocidade que vale a pena reforçar é que as melhores modulações só podem ser alcançadas se o dispositivo cliente estiver no mesmo cômodo do AP.

MU-OFDMA

Provavelmente é o maior benefício do novo padrão Wi-Fi 6 em termos de eficiência, porque vai permitir a comunicação simultânea do ponto de acesso com até nove clientes por transmissão usando a mesma largura de canal – antes só era possível um único dispositivo por vez. Diferente da tecnologia MU-MIMO (que já existia no Wi-Fi 5 Wave 2), a nova técnica consegue dividir o mesmo canal em canais menores para atender múltiplos clientes independentemente da quantidade de antenas do ponto de acesso, ou seja, em um único fluxo especial (stream). Essa é uma tecnologia que foi “emprestada” dos padrões 4G/5G da telefonia móvel/celular.

MU-MIMO

O padrão Wi-Fi 5 (Wave 2) já possui suporte a MU-MIMO para comunicação do ponto de acesso com múltiplos clientes (downlink) simultaneamente usando diferentes antenas de transmissão/recepção (stream), desde que o dispositivo cliente também tenha suporte a MU, ainda que esse cliente tenha uma única antena. O novo padrão Wi-Fi 6 vai permitir até oito antenas para transmissão em ambos os sentidos downlink/uplink, mais um diferencial para otimizar o aproveitamento do airtime.

BSS Coloring

Essa nova técnica permite diminuir a incidência de interferência em ambientes que tenham múltiplos roteadores/ pontos de acesso operando no mesmo canal, através de um mecanismo que identifica na própria transmissão qual é a célula (BSSID) de vínculo do dispositivo cliente. A analogia usada para explicar essa tecnologia é que cada transmissão vai ser associada com uma “cor” (código numérico) para que múltiplos pontos de acesso operando no mesmo canal saibam identificar aquelas transmissões de seu interesse em meio a outras transmissões concorrentes (interferência).

TWT (Target Wake Time)

É uma técnica muito atrativa que economiza bateria nos dispositivos clientes através de um processo de

escalonamento das transmissões entre eles, particularmente útil no contexto de IoT - Internet das Coisas, em que existem muitos dispositivos sensores/ controladores que não demandam muito tráfego nem “falam” frequentemente. Dessa forma, os dispositivos serão capazes de sinalizar para o ponto de acesso que pretendem “dormir” por intervalos de tempo muito maiores do que poucos milissegundos (horas/dias) para economizar bateria.

Segurança WPA3/OWE

É considerada um dos maiores benefícios do novo padrão. Atualmente é o mecanismo de segurança mais robusto e que certamente será o padrão nos próximos anos. Esse novo método resolve o maior problema de segurança do mecanismo anterior (WPA2) no que diz respeito a uma vulnerabilidade conhecida de quebra das chaves durante o processo inicial de associação dos dispositivos clientes com o roteador/AP Wi-Fi (KRACK). Em paralelo ao WPA3, também haverá suporte à técnica OWE que permite criptografar automaticamente a comunicação em hotspots abertos (sem senhas), permitindo ter em ambientes públicos o mesmo grau de segurança do Wi-Fi em empresas e residências.

Wi-Fi 7

A MediaTek anunciou em janeiro a primeira demonstração ao vivo da tecnologia Wi-Fi 7 do mundo, com destaque para os recursos do próximo portfólio de conectividade Wi-Fi 7 Filogic. A iniciativa inclui duas demonstrações para os principais clientes e parceiros da indústria para apresentar as altas velocidades e a transmissão de baixa latência da tecnologia.

“O lançamento do Wi-Fi 7 marcará a primeira vez que o Wi-Fi poderá ser um verdadeiro substituto de rede fixa/Ethernet para aplicativos de altíssima largura de banda”, afirma Alan Hsu, vice-presidente e gerente geral da área de conectividade inteligente da MediaTek. “A tecnologia Wi-Fi 7 será a espinha dorsal das redes domésticas, de escritório e industriais e fornecerá conectividade perfeita para tudo, desde aplicativos de realidade aumentada/realidade virtual multiplayer, games na nuvem e chamadas com streaming de 4K a 8K”.

As demos promovidas pela MediaTek mostram como a tecnologia Wi-Fi 7 Filogic pode atingir a velocidade máxima definida pelo IEEE 802.11be (em desenvolvimento) e demonstram sua tecnologia de operação multilink (MLO). A tecnologia MLO agrega vários canais em diferentes bandas ao mesmo tempo para deixar claro como o tráfego de rede ainda pode fluir mesmo em caso de interferência ou congestionamento na transmissão.

“Acesso mais rápido à Internet de banda larga e aplicativos mais exigentes, como streaming de vídeo de alta resolução e jogos de realidade virtual, impulsionam a demanda por Wi-Fi 6, Wi-Fi 6E e, em breve, Wi-Fi 7”, explica Mario Morales, vice-presidente do grupo de semicondutores da IDC. “Os avanços do Wi-Fi 7 em largura de canal, QAM e novos recursos, como operação multilink (MLO), tornarão o Wi-Fi 7 muito atraente para dispositivos, incluindo smartphones, PCs, equipamentos de consumo e mercados verticais, como varejo e indústria.”

A MediaTek está envolvida no desenvolvimento do padrão Wi-Fi 7 desde a sua criação, e a empresa é uma das primeiras a adotar a tecnologia.

O Wi-Fi 7 oferece recursos novos em todos os espectros disponíveis para uso de Wi-Fi, incluindo 2,4 GHz, 5 GHz e 6 GHz, e velocidades 2,4 vezes maiores que o Wi-Fi 6 –mesmo com o mesmo número de antenas – já que o Wi-Fi 7 pode utilizar canais de 320 MHz e suportar a tecnologia de modulação de amplitude de quadratura (QAM) 4K. Os produtos com Wi-Fi 7 devem chegar ao mercado a partir de 2023.

A seguir será apresentada a oferta de produtos Wi-Fi 6 disponíveis no mercado brasileiro.

Agora/Huawei

A AGORA comercializa a linha de roteadores Wi-Fi AX2, da Huawei. Com suporte para os padrões de rede sem fio Wi-Fi 6 e Wi-Fi 5, a linha opera com

frequências de 2,4 e 5 GHz, cujas velocidades de transmissão podem chegar até 300 e 1200 Mbit/s, respectivamente. Site: www.agorasolutions.com.br.

Alcatel-Lucent Enterprise

A linha de pontos de acesso OmniAccess Stellar, da Alcatel-Lucent Enterprise, oferece modelos compatíveis com a tecnologia Wi-Fi 6, como o AP 1301. O modelo é voltado para pequenas e médias empresas e alimentado com rádios dual band de 2,4 e 5 GHz (2x2) e apresenta resiliência WAN com dois uplinks (2x1GE). Site: www.al-enterprise.com.

Aruba Networks

Fabricado pela Aruba Networks, o Instant ON AP22 é um ponto de acesso voltado para levar o Wi-Fi 6 a hotéis, escolas, restaurantes e escritórios. Pode ser utilizado em implementações densas de até 75 dispositivos ativos e conta com taxa de dados agregados máxima de mais de 1,7 Gbit/s. Com MU-MIMO, é compatível com links RF direcionais simultâneos e até quatro conexões Wi-Fi simultâneas e de taxa total. Site: www.arubanetworks.com.

Cambium Networks

O XV2-2T, da Cambium Networks, é um ponto de acesso com alcance de até 1 km. Já suas antenas fornecem um máximo de 9 dBi e uma média de 7 dBi de ganho em 360° em 5 GHz. Apresenta opção de cobertura omnidirecional e setorizada em 120°. Site: www.cambiumnetworks.com.

Cisco

A Cisco comercializa a linha de pontos de acesso Meraki. Um dos destaques é o MR36H, com switch Gigabit

de três portas integrado com passagem POE e três rádios 2,4 GHz, 5 GHz e WIDS/WIPS de banda dupla. Site: http:// meraki.cisco.com/pt-br/.

CommScope Ruckus

O R850, da CommScope Ruckus , é um ponto de acesso que opera nas frequências de 2,4 e 5 GHz simultaneamente, suportando 12 fluxos espaciais (8x8:8 em 5 GHz, 4x4:4 em 2,4 GHz). Com os

recursos OFDMA, TWT e MU-MIMO, o dispositivo gerencia até 1024 conexões, proporcionando aprimoramentos na área de cobertura e no desempenho em ambientes de ultra alta densidade. Apresenta taxa de transmissão de 5,9 Gbit/s. Site: www.commscope.com.

Connectoway/ Huawei

A Connectoway comercializa o ponto de acesso AirEngine 5760-51, da Huawei. A solução oferece suporte a 8x8 MU-MIMO e pode atingir uma taxa de dispositivo de até 5,95 Gbit/s. O equipamento é voltado para ambientes externos. Site: www.connectoway.com.br

D-Link

A linha de roteadores e extensores Eagle Pro AI, da D-Link, compreende diversos equipamentos com tecnologia Wi-Fi 6. Um dos destaques é o roteador R15 AX 1500, capaz de entregar até quatro vezes mais capacidade e 40% de aumento de rendimento do que o Wi-Fi 5. Alcança velocidades de até 1201 Mbit/s em 5 GHz e 300 Mbit/s em 2,4 GHz. Site: www.dlink.com.br.

DZS

O DZS 2428GN, da DZS, é uma ONT GPON capaz de atender provedores de serviços que demandam altas taxas de dados via interfaces sem fio. Apresenta taxa de dados de 2,5 Gbit/s downstream e 1,25 Gbit/s

upstream e conta com gerenciamento de software exclusivo do fabricante. Site: www.dzsi.com.

FiberHome

A FiberHome fornece roteadores e ONUs GPON e XGS-PON com padrão Wi-Fi 6. Um dos destaques é a ONU HG6145F, com quatro portas Gigabit, uma porta POTS e Wi-Fi dual band. Os produtos suportam MU-MIMO,

OFDMA, Easymesh, além de outras tecnologias que podem trazer maiores taxas de acesso à Internet, menor latência e conexões mais estáveis. Site: https:// fiberhomebrasil.com.br/.

Intelbras

Para o segundo semestre de 2022, a Intelbras pretende disponibilizar para o mercado o roteador CPE 5G. Voltado para residências, empresas e indústrias, o equipamento fornece taxas de velocidade, qualidade e latência semelhante à fibra óptica, sem a necessidade de cabeamento e instalação na última milha. A CPE 5G está sendo desenvolvida nas cores branca e preta e faz parte de uma parceria entre a Intelbras e a Qualcomm Technologies. Site: www.intelbras.com.br.

Mercusys

O MR70X, da Mercusys, é um roteador capaz de atingir velocidades Wi-Fi 6 de até 1,8 Gbit/s, sendo 1201 Mbit/s na banda de 5 GHz e 574 Mbit/s na de 2,4 GHz.

Com segurança Wi-Fi aprimorada, apresenta função de conexão inteligente que escolhe a melhor banda disponível para cada dispositivo. Site: www.mercusys.com.br.

Multilaser Pro/ZTE

O ZT360, da ZTE/Multilaser Pro, utiliza a tecnologia AX, que possibilita obter uma Internet em Wi-Fi 6 até quatro vezes mais rápida e com maior capacidade de conexão que o Wi-Fi 5 via tecnologia OFDMA. Oferece possibilidades de frequência em 2,4 GHz

com maior cobertura e amplitude de sinal, ou 5 GHz com mais potência e velocidade, somada com a Smart Band Steering, função de escolha inteligente de bandas, priorizando o sinal da rede 5 GHz, e mudando automaticamente para a de 2,4 GHz ao identificar redução de sinal. Site: www.multilaserpro.com.br.

Nokia

A ONT G-2426G-A, da Nokia, funciona como gateway de terminação da

fibra FTTH em residências, responsável por criar a rede Wi-Fi 6 com capacidade EasyMesh para os assinantes FTTH. O dispositivo possui rede Wi-Fi de banda dupla simultânea 802.11 b/g/n/ax com recursos de triple play que incluem voz, vídeo e dados. Site: www.nokia.com.

Raisecom

A Raisecom comercializa o Wi-Fi 6 AX 1800, roteador residencial Wi-Fi dual band. O equipamento foi desenvolvido pensando no

avanço do trabalho remoto e a novos fatores de consumo, como a popularização da TV sob demanda, streaming de áudio, jogos, conferência e conexões com aplicação em nuvem. Site: www.raisecom.com.br. Tenda

Fabricado pela Tenda, o TX9 Pro é um roteador compatível com Wi-Fi 6 e que oferece capacidade de

transmissão de dados de até 3000 Mbit/s. A solução utiliza a combinação OFDMA + MU-MIMO, resultando em maior capacidade de navegação e estabilização do sinal mesmo em ambientes com muitos dispositivos conectados. Site: www.tendacn.com.

Terzian/O-Tech

A O-Tech, do grupo Terzian, fechou uma nova parceria com a Ruijie Networks para lançamento da linha O-Tech by Ruijie, que inclui pontos de acesso, switches camadas 2 e 3 para data centers, gateways

e uma solução completa de dispositivos com padrão Wi-Fi 6 para projetos para pequenas e médias empresas e mercado corporativo, incluindo pontos de acesso para uso interno e externo. Site: www.terzian.com.br.

TP-Link

O EAP660 HD, da TP-Link, é um ponto de acesso montável em teto que atua com 1148 Mbit/s simultâneos em 2,4 GHz e 2402 Mbit/s em 5 GHz,

Transceivers

400G | 200G | 100G | 40G | 25G | 10G | 1G Produtos ópticos de alta performance 100% compatíveis com as plataformas OEM

SFP/SFP+ XFP CSFP QSFP28/56 CFP/CFP2 TUNÁVEIS QSFP+ GPON BIDIRECIONAIS GRAY WAVE DWDM CWDM

Passivos

A GammaK tem vasta experiência em soluções customizadas para atender às necessidades específicas dos nossos clientes.

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Gamma-K

Entendemos a importância de um sistema confiável para o sucesso do seu negócio, garantindo que seus clientes tenham conexões de internet e telefonia que funcionem perfeitamente e sem interrupções. É por isso que a GammaK está 100% focada em “proposta de valor”, fornecendo componentes de altíssima qualidade e trabalhando em parceria com nossos clientes, ajudando-os a expandir seus negócios de forma rápida, com sistemas robustos e economicamente eficientes.

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totalizando velocidades de Wi-Fi de 3550 Mbit/s. Apresenta porta Ethernet de 2,5 Gbit/s que aumenta a taxa de transferência total de Internet, além de trabalhar com diversas opções de autenticação de rede para convidados, como SMS, Facebook Wi-Fi ou voucher. Site: www.tplink.com.

Ubiquiti

O ponto de acesso Wi-Fi 6 U6-LR, da Ubiquiti, entrega uma taxa agregada de até 3 Gbit/s em seus rádios, sendo um de

5 GHz (4x4 MU-MIMO e OFDMA) e outro de 2,4 GHz (4x4 MIMO). Possui uma antena maior com padrão de irradiação para expandir a área de cobertura. É resistente à água e poeira, podendo ser montado em ambientes internos ou externos. Site: www.ui.com.

Venko Networks

Comercializada pela Venko Networks, a uCPE Silicom Cordoba inclui todas as antenas internas, suporta 5G FR1 (frequência sub 6 GHz) e tem portas Ethernet 2,5G e Wi-Fi 6. Também apresenta funcionalidades de segurança avançada, incluindo IPSec integrado para criptografia QAT, TPM – Trusted Platform Module e Hardware

Root of Trust para garantir a segurança de inicialização. Site: https://venkonetworks.com/.

Zyxel

O WAX61OD, da Zyxel, é um ponto de acesso para o mercado corporativo que incorpora tecnologias Wi-Fi 6 como OFDMA, MU-MIMO e 1024 QAM, alcançando velocidades de

até 2975 Mbit/s. Utiliza a tecnologia de formação de feixe de transmissão de segunda geração, que incorpora melhorias de sensibilidade de baixa extremidade e suavização de canal de domínio de tempo. Site: www.zyxel.com.br.

Guia de produtos para infraestrutura de data centers

A transformação digital nas empresas e a migração de aplicações para a nuvem impulsionam o mercado de data centers, que dependem de uma infraestrutura de alta disponibilidade, com destaque para os sistemas de energia, climatização, cabeamento e segurança. Veja onde encontrar os fornecedores desses equipamentos no país.

Instalações elétricas Rack Ar condicionado

UPS Baterias

Empresa Telefone E-mail para atendimento ao cliente

PDUs gerenciáveis (1) Sistemas de energia CC Estático Dinâmico Flywheel Estabilizador de tensão Produtos para aterramento Grupo gerador Chave de transferência automática Autotransformador Chave estática (STS) Equalização e monitoramento VRLA Alcalina e outras Filtro de harmônicos Filtro corretor de fator de potência Retificador e inversor Conversor CC/CC Barramento blindado (busway) Proteção contra surtos Painel elétrico ABB Eletrificação 0800 014 9111 contact.center@br.abb.com • • • • • •••• •• Adelco (11) 4199-7500 condenergia@adelco.com.br •• • •••••••••• •

Amplimag (11) 2842-9000 comercial@amplimag.com.br •• • •••••• • ••

Airsys Brasil

(11) 2158-5560 airsys-brasil@air-sys.com Baterias Moura (11) 3090-5555 n moura.estacionaria@grupomoura.com Binding Energy (11) 98967-0768 n vendas@hectec.com.br Servidores Climatizado Chaminé Cabeamento Confinamento de corredor quente/frio Cage para confinamento de racks Sala-cofre e sala segura Data center contêiner Micro data center Água gelada Gás (expansão direta) Chiller Split de precisão

Birdsteel

(15) 99753-0187 n comercial@birdsteel.com.br CM Comandos (11) 94116-9822 n comercial@cmcomandos.com.br Commscope (11) 3027-3817 marketing@commscope.com Cook Telecom (21) 99387-1021 n cook@cookenergia.com Ctrltech (11) 3602-7575 eletromecanica@ctrltech.com.br ••• •• ••••••••• •••••• • Vedações para piso Difusor de piso - grelha

DCA (41) 3021-1700 n contato@deltacable.com.br • ••••

DCS Service

(11) 4230-0594 contato@datacentersolutions.com.br ••• • •••• Delta Cable IT Solutions (41) 3021-1700 n contato@deltacable.com.br • ••• Eaton (11) 3616-8500 info_pqdbr@eaton.com ••••• ••• • • •

Elite ACS (11) 95500-1657 n comercial@eliteacs.com.br • ••• ••

Ellan

Engetron (15) 99731-9363 n vendas@ellan.com.br (31) 3359-5890 n contato@engetron.com.br • •••

Eurocab

(11) 3507-6700 vendas@eurocab.com.br • Faritel Solutions (54) 3321-0955 n contato@faritel.com.br •••••••••••••• Frandor (11) 4617-9898 valek@valek.com.br •••• • • •• • •

Furukawa Electric 0800 041 2100 furukawa@furukawalatam.com • ••

GeraForte

Gigaclima

(31) 3396-9694 geraforte@geraforte.com (19) 99474-5049 n comercial@gigaclima.com

GP Racks

(11) 2061-7859 contato@gpracks.com.br Grupo Legrand (11) 98122-1376 n sac@legrand.com.br • • • ••••• Ideal Mecânica (11)97027-8672 n vendas@ideal.ind.br MDC

Mekanika

Merkant TI

Multiway (92) 3648-6717 (11) 4558-0666 comercial@mekanikaind.com.br •

(11) 3230-7800 info@merkantti.com.br • • •• • (11) 3437-5600 n comercial@multiwayinfra.com.br OPT Eletrônicos (11) 3392-4500 vendas@newmax.com.br Powersafe

Instalações elétricas Rack Ar condicionado

Empresa

R&M

Racksul

Rittal

Rosenberger RTA

Saft do Brasil

Seicom Telefone

(11) 4118-2960 E-mail para atendimento ao cliente

bra@rdm.com PDUs gerenciáveis (1)

(51) 3337-8131 racksul@racksul.com.br (11) 99248-7433 n leandro.sussi@rittal.com.br • (12) 99191-4470 n vendas@rdt.com.br (11) 97165-5329 n rta@rta.com.br

(11) 4082-3296 info.brasil@saftbatteries.com (15) 3033-7410 comercial@seicom-materiais.com.br UPS Baterias

Sistemas de energia CC Estático Dinâmico Flywheel Estabilizador de tensão Produtos para aterramento Grupo gerador Chave de transferência automática Autotransformador Chave estática (STS) Equalização e monitoramento VRLA Alcalina e outras Filtro de harmônicos Filtro corretor de fator de potência Retificador e inversor Conversor CC/CC Barramento blindado (busway) Proteção contra surtos Painel elétrico Servidores Climatizado Chaminé Cabeamento

Confinamento de corredor quente/frio • ••

Cage para confinamento de racks Sala-cofre e sala segura Data center contêiner Micro data center Água gelada Gás (expansão direta) Chiller Split de precisão Vedações para piso Difusor de piso - grelha

SMH Sistemas

SOB Brasil

Stemac

Tech Pro World (11) 5060-5777 smh@smh.com.br

(11) 5090-0030 n info@sob-brasil.com (51) 99290-9598 n stemac@stemac.com.br lucianagarcia@techproworld.com.br Trisul Metalúrgica (11) 98452 6239 n contato@trisulmetalurgica.com.br • ••••••• •

Union (11) 99357-2392 n comercial@unionsistemas.com.br ••• • •••••• ••••••••••• ••••••••

Vertiv (11) 3618-6600 contact@vertivco.com •••• •••• •• •• ••••••••••••

Womer (11) 91116-0669 n danilo@rackswomer.com.br ••••

Empresa Telefone E-mail para atendimento ao cliente

ABB Eletrificação 0800 014 9111 contact.center@br.abb.com Binding Energy (11) 98967-0768 n vendas@hectec.com.br Commscope (11) 3027-3817 marketing@commscope.com Cook Telecom (21) 99387-1021 n cook@cookenergia.com Ctrltech (11) 3602-7575 eletromecanica@ctrltech.com.br DCA (41) 3021-1700 n contato@deltacable.com.br DCM Tecnologia (17) 92000-6904 n contato@dcmtech.com.br DCS Service (11) 4230-0594 contato@datacentersolutions.com.br Delta Cable IT Solutions (41) 3021-1700 n contato@deltacable.com.br Eaton (11) 3616-8500 info_pqdbr@eaton.com Ecosafety Elite ACS

Engeduto Engetron

(11) 3579-0999 ecosafety@ecosafety.com.br (11) 95500-1657 n comercial@eliteacs.com.br (21) 99987-3046 n vendas@engeduto.com.br (31) 3359-5890 n contato@engetron.com.br Eurocab (11) 3507-6700 vendas@eurocab.com.br Faritel Solutions (54) 3321-0955 n contato@faritel.com.br Furukawa Electric 0800 041 2100 furukawa@furukawalatam.com Geraforte (31) 3396-9694 geraforte@geraforte.com Gigaclima (19) 99474-5049 n comercial@gigaclima.com Global Technology (11) 94192-5871 n vendas02@globaltechno.com.br GP Racks (11) 2061-7859 contato@gpracks.com.br Greatek (12) 99100-6131 n suporte@greatek.com.br Grupo Legrand (11) 98122-1376 n sac@legrand.com.br Inecel (47) 3160-0191 n vendas2@inecel.com.br MDC (92) 3648-6717 Merkant TI

Multiway

(11) 3230-7800 info@merkantti.com.br (11) 3437-5600 n comercial@multiwayinfra.com.br

Niedax-Mopa Powersafe (11) 2413-1099

eletro@mopa.com.br (11) 99547-7015 n vendas@powersafe.com.br

R&M

Rittal

Rosenberger RTA

Seicom (11) 4118-2960

bra@rdm.com (11) 99248-7433 n leandro.sussi@rittal.com.br (12) 99191-4470 n vendas@rdt.com.br (11) 97165-5329 n rta@rta.com.br

(15) 3033-7410 comercial@seicom-materiais.com.br

SMH Sistemas

SOB Brasil

Stemac (11) 5060-5777

smh@smh.com.br (11) 5090-0030 n info@sob-brasil.com (51) 99290-9598 n stemac@stemac.com.br

Tech Pro World

Tellycom Union

Vertiv

WEC Cabos lucianagarcia@techproworld.com.br (85) 4042-1245 n comercial@tellycom.com.br (11) 99357-2392 n comercial@unionsistemas.com.br (11) 3618-6600 contact@vertivco.com (15) 99734-7768 n comercial@weccabos.com.br Cabo metálico Cabeamento

Cabo óptico Solução pré-conectorizada (2) Solução monofibra (3) Caixas de superfície e tomada Abraçadeiras de fixadores de cabos Piso elevado Canaleta Eletrocalha (chapa ou aramada) Leito para fibra óptica Distribuidor óptico (DIO) DIO modular com MPT/MPO Gerenciador de cabos Patch cord óptico Patch panel gerenciável Gerenciamento de cabeamento (AIM) Caixa de emenda Vedação para passagem de cabos Gaveta TFT (4) Monitoramento e automação de data center (DCIM)

Temperatura e umidade Ar condicionado Segurança Conectividade Energia BMS - automação predial CFTV (5) Controle de acesso (6) Firestop e bloqueios Proteção contra incêndio

Gases Sprinkler Detector de fumaça

Estanqueidade de salas FK-5-1-12 (Novec 1230) HFC-227ea HFC-125 IG-541 Pré-action Water mist Convencional Por aspiração Inteligente/endereçável

Notas: (1)(1) (1)(1) (1) Power Distribution Units; (2)(2) (2)(2) (2) Com quadro automático e microprocessado; (3)(3) (3)(3) (3) Pré-conectorizados em fábrica; (4)(4) (4 )(4 )(4) Com monitor, teclado, mouse KVM; (5)(5) (5)(5) (5) CFTV digital, câmera day-night CCD, câmera IP, speed dome; (6)(6) (6)(6) (6) Fechadura eletrônica, biochave, fecho elétrico ou magnético, com leitor e cartão de proximidade, teclado numérico, leitor de cartão, etc.

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 259 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TRedes, T Redes, TRedes, T Redes, Telecom e Instalações elecom e Instalações elecom e Instalações elecom e Instalações elecom e Instalações, fevereiro de 2022. Este e outros 26 Guias RTI RTI RTI RTI RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

SPE - Novas tecnologias LAN para edifícios inteligentes

O aumento constante da demanda por largura de banda está impulsionando a necessidade de novas soluções LAN. Um destaque é o SPE –Single Pair Ethernet. Ideal para aplicações de IIoT - Internet Industrial das Coisas, com a conexão de grandes números de sensores e atuadores, o SPE pode aumentar a densidade da rede e permitir rápidas conexões. O artigo apresenta os desenvolvimentos que moldarão os equipamentos de rede e o cabeamento nos próximos anos.

Originalmente desenvolvido para a indústria automotiva, o cabeamento Ethernet de Par Único, do inglês SPE - Single Pair Ethernet em xBase-T1 utilizando um único par trançado para transmissão de dados, está sendo cada vez mais adotado na automação industrial e predial. Várias empresas de análise de mercado, como KTVN, Global Market Vision, 650, MarketPrimes e MR Accuracy Reports, preveem que o mercado global Single Pair Ethernet irá crescer a uma taxa considerável entre 2021 e 2026.

O SPE está substituindo as tradicionais conexões de field bus que, ao contrário da SPE, não penetram em todos os níveis de automação. O SPE agnóstico de ambiente torna possível integrar dispositivos de campo, sensores e atuadores em um ambiente Ethernet existente, sem gateways e interfaces extras.

À medida que a gestão de edifícios se torna cada vez mais digital e baseada em IP, o SPE suportará novas estruturas de rede, tais como o teto digital, para o cabeamento dos poucos metros finais. Isto permite que todas as áreas de automação predial sejam integradas em um conceito de solução estruturada. A introdução de redes inteligentes e convergentes significa que tecnologias e aplicações de conservação de energia podem ser introduzidas, como gerenciamento inteligente do espaço do edifício, recursos e iluminação LED.

A capacidade de transmitir até 50 W juntamente com dados e sinais de controle (PoDL - Power over Digital Line) faz do SPE uma solução ideal para aplicações de IIoT - Internet Industrial das Coisas, tais como a conexão de grandes números de sensores e atuadores. O SPE pode aumentar a densidade e permitir conexões rápidas e instalações fáceis. As soluções híbridas SPE com maior capacidade de energia utilizando condutores separados para energia e

Andreas Rüsseler, CMO da R&M

Cabeamento SPE - Single Pair Ethernet baseado em xBase-T1 utilizando um único par trançado para transmissão de dados

dados também estão em desenvolvimento. Olhando para os desenvolvimentos em IoT e empresa 4.0, vemos a tecnologia CLP tradicional mudando para IP.

O SPE também pode ser usado em aplicações de monitoramento comercial, bem como em hospitais, hotéis e shopping centers, para permitir soluções avançadas de dados e energia, ocupando um mínimo de espaço. As sinergias reduzem as despesas operacionais e podem ser usados produtos padrão neutros do fabricante. Os componentes de TI e de barramento de campo são integrados, a instalação e a manutenção são simplificadas e os custos de material e despesas operacionais são reduzidos. Em comparação com o cabeamento Ethernet tradicional (com fator de forma RJ45), a abordagem SPE oferece um número significativamente maior de pontos de conexão possíveis. Convergência contínua de LAN, automação predial e uma abordagem totalmente IP

Sistemas anteriormente díspares, como iluminação, gerenciamento de instalações e HVAC estão compartilhando cada vez mais a infraestrutura de rede com dados e telecomunicações, confiando no IP como um meio comum. Estamos vendo atualmente uma crescente demanda por infraestrutura que permite uma ampla gama de funcionalidades a serem gerenciadas e monitoradas através de redes LAN convergentes. Estas também precisam ser capazes de alimentar um grande número de dispositivos remotos. A convergência da LAN e do gerenciamento de edifícios ajuda a reduzir o custo de mão de obra e dispositivos. Esta infraestrutura convergente também está tornando o cabeamento estruturado menos complexo e torna a implementação de dispositivos mais rápida, mais eficiente e mais flexível.

A versão atual do IPv6 - Protocolo de Internet pode teoricamente alocar cerca de 1500 endereços IP por metro quadrado. As redes podem ser escaladas para cima (ou para baixo) com relativa facilidade, e os dispositivos podem ser adicionados sem afetar o desempenho ou a confiabilidade da rede. O IP substituirá cada vez mais sistemas previamente separados, transportando dados juntamente com energia, iluminação, segurança e muito mais. A convergência baseada em IP permite o compartilhamento de recursos (virtualizados) entre aplicações e fornece altos níveis de padronização, disponibilidade, confiabilidade e suporte para novas implantações. Outro benefício chave das redes totalmente IP é a maior segurança. Ao contrário dos sistemas convencionais de barramento de campo, o IP apresenta recursos de segurança incorporados para autenticação e controle de acesso.

Em uma rede totalmente IP, o gerenciamento do edifício e os dispositivos relacionados à tecnologia comunicam-se através de Ethernet/ Protocolo de Internet (Ethernet/IP) com a LAN – rede local do edifício fornecendo a camada de comunicação física, bem como PoE - Power over Ethernet. Os dispositivos e redes IP falam a mesma linguagem “ponta a ponta”. Isso significa que não é necessária nenhuma ‘tradução’ entre sensores, dispositivos finais, servidores, cabeamento e sistemas operacionais. Podem ser usados dispositivos e sistemas comparativamente baratos que funcionam com a tecnologia Ethernet/IP.

A introdução de redes inteligentes e convergentes também permite novas tecnologias e aplicações de conservação de energia, como o gerenciamento inteligente do espaço e dos recursos dos edifícios. IoT - Internet das Coisas com inteligência incorporada, integração de IA e coleta de dados está mudando rapidamente sistemas de automação predial, ajudando a economizar energia, aumentar a sustentabilidade, reduzir a chance de erro humano, permitindo tempos de resposta mais rápidos e fácil personalização, e tornando os edifícios mais gerenciáveis, flexíveis e prontos para o futuro. O teto digital como plataforma para automação predial continuará crescendo

Novas normas LAN sem fio estão exigindo mais largura de banda no nível de acesso. Ao mesmo tempo, mudanças tecnológicas constantes estão ocorrendo, assim como mudanças na forma como os edifícios são usados e gerenciados, exigem maior flexibilidade da rede.

A abordagem totalmente IP anteriormente descrita estende a rede de dados e PoE através do teto de um edifício inteiro, tornando possível conectar dispositivos à automação predial através de zonas com pontos de conexão aéreos pré-instalados. A conexão “plug and play” de switches de rede, sensores, controles, pontos de acesso WLAN e outros serviços distribuídos do edifício removem barreiras e reduzem os custos. Os dispositivos são imediatamente alimentados e conectados à rede. O SPE complementará as instalações de teto digital existentes e cobrirá os últimos metros em um ambiente totalmente IP de alta densidade.

O “teto digital” fornecerá cada vez mais serviços que os ocupantes e gerentes do edifício vão precisar no futuro nos próximos anos, melhorando a experiência do usuário enquanto reduz o uso de energia, tornando a manutenção e a adição de novos dispositivos mais rápida e fácil, diminuindo os custos de instalação e dispositivos, aumentando a flexibilidade de layout e proporcionando um ambiente de trabalho mais confortável e mais saudável. O teto digital é uma plataforma aberta e unificada, de modo que os gerentes de construção e desenvolvedores de aplicativos podem continuamente encontrar novas formas de integrar funcionalidades. Tecnologias e aplicações de economia de energia podem ser introduzidas, tais como gerenciamento inteligente do espaço do edifício, recursos e iluminação LED alimentada por PoE.

Conectores de tecnologia de cobre com terminação em campo para maior flexibilidade

Ao trabalhar em implementações de redes em escritórios ou instalações comerciais, data centers, ou instalações de produção, os instaladores frequentemente precisam tomar decisões no local. Os links de cabeamento podem ter que ser alterados ou ampliados de repente. Um cliente pode querer adicionar instalações individuais

independentemente do planejamento. Os cabos podem ter que ser colocados provisoriamente e conectados diretamente. A incapacidade de fazer as mudanças necessárias pode afetar severamente o tempo de implantação, a eficiência e o custo.

No passado, as opções e a flexibilidade dos instaladores eram frequentemente limitadas pelas características do produto. A necessidade de fazer conexões de forma rápida e fácil em qualquer local resultou no aumento da demanda de terminação do campo de cobre, dando aos usuários e clientes uma independência significativamente maior. Idealmente, os cabos de cobre termináveis em campo devem apresentar soluções de conexão universal para todas as aplicações e conectores padronizados, como RJ45 para cabeamento de cobre de par trançado e não requerer ferramentas especiais ou treinamento. O cabeamento SPE pode ser utilizado de forma fácil e rápida no campo desta forma, permitindo velocidades de transmissão de 10 Mbit/s, 100 Mbit/s e 1 Gbit/s.

Padrões de PoE a serem impulsionados ainda mais

À medida que mais pontos e dispositivos de acesso sem fio (com endereços IP) são introduzidos em linha com o crescimento de Wi-Fi 6, 5G, IoT, edifícios e cidades inteligentes, Indústria 4.0, e mais, a necessidade de PoE - Power over Ethernet ou PoDL - Power over Digital Line está crescendo. Não apenas o número de dispositivos está crescendo – níveis mais altos de potência estão sendo exigidos para tudo, desde computadores até sinalização digital.

Facilitado pelas tendências atuais de convergência da rede, o PoE pode ajudar a reduzir o uso de energia. Espera-se que numerosas construções e renovações de edifícios e redes adotem a tecnologia devido a seus benefícios centrais de confiabilidade, flexibilidade e facilidade de instalação.

De acordo com a Expert Market Research, espera-se que o mercado global de soluções PoE cresça a uma CAGR - taxa global composta de cerca de 13% entre 2022 e 2027, atingindo um valor de cerca de US$ 1,86 bilhão até 2026. A Technavio coloca o mercado de PoE industrial em US$ 135,24 milhões durante 2021-2025, progredindo a uma CAGR de quase 6%.

As novas gerações de PoE - Power over Ethernet de alta potência terão um efeito considerável na infraestrutura. O PoE de hoje fornece mais de três vezes o nível de potência do que o padrão anterior – e mais de seis vezes o nível do padrão PoE inicial. Para lidar com o aumento da temperatura, tipo de cabo, tamanho do feixe, propriedades do duto do cabo, comprimento do link e outros fatores devem ser considerados.

Os planejadores e usuários finais também precisarão considerar as novas categorias de potência remota da série EN 50174 de normas de instalação, que definem a capacidade de uma instalação para suportar os diferentes tipos de PoE. Os canais individuais que atendem a EN50173-1, usando conectividade de acordo com a IEC 60512-99-2, suportarão o mais alto nível de PoE (4PPoE com 90 W).

Fibra óptica multimodo

Ao longo da evolução tecnológica, cinco classes diferentes de fibra multimodo foram desenvolvidas, da OM1 à OM5. O artigo apresenta as principais características e aplicações de cada tipo e os novos desenvolvimentos que acompanham os crescentes requisitos de densidade, desempenho, escalabilidade e facilidade de implantação.

Quando a fibra óptica foi concebida pela primeira vez? Foi quando a Lei de Snell foi formulada, em 1621, levando ao conceito de índices de refração? Ou quando Graham Bell, em 1876, inventou o telefone? Embora esses conceitos tenham ajudado a fibra óptica a avançar, muitos apontariam para a pesquisa do Dr. Charles Kao, apresentada em 1966 ao Instituto de Engenheiros Elétricos, como o momento decisivo para a fibra óptica, pela qual o cientista recebeu o Prêmio Nobel.

Junto com os avanços em optoeletrônica, a tecnologia de fibra permitiu o surgimento da Internet, vídeos em alta velocidade e redes móveis. Todas as tecnologias citadas dependem de backbones de fibra para garantir alta qualidade. O uso da fibra permite um custo significativamente menor e largura de banda de maior capacidade a distâncias maiores do que outras mídias, como coaxial, microondas e satélite.

Monomodo x multimodo

Semelhanças

Os cabos de fibra óptica são construídos com um design básico composto por pelo menos dois materiais opticamente diferentes.

Os dois tipos de fibra, monomodo e multimodo, são guias de ondas ópticas. O sinal de luz está contido dentro do núcleo de “vidro” pelo revestimento, que é simplesmente a mesma estrutura cristalina, mas dopada de forma diferente (boro, germânio em porcentagem variável, por exemplo). • Núcleo – Camada óptica central da fibra por onde a luz é transmitida. • Revestimento – Camada óptica externa que aprisiona a luz no núcleo e a guia. • Revestimento protetor –Plástico rígido que protege o vidro contra umidade ou danos físicos.

As fibras ópticas são baseadas no princípio da reflexão interna total: a luz que viaja dentro do núcleo da fibra é refletida de volta para um núcleo quando atinge o limite entre um revestimento e um núcleo (figura 1). Os sinais de luz propagam-se através do núcleo da fibra óptica, mas a maneira difere dependendo do tipo de fibra.

Diferenças

A fibra monomodo transporta de 8 a 10 modos, o que, em ordem de magnitude, é considerado como “único” em comparação aos 1300 modos que uma fibra multimodo pode transportar. O modo no qual a luz viaja depende de: • Geometria. • Perfil de índice da fibra. • Comprimento de onda da luz.

A figura 2 mostra as diferenças físicas entre os tipos de fibra. Todos têm diâmetros externos de 125 µm (dimensão de revestimento). Eles

CommScope

diferem no tamanho e na construção de seus núcleos. O núcleo de diâmetro de 62,5 µm e a abertura numérica maior (NA) o tornam a melhor escolha para sistemas baseados em LED, porque coleta mais luz de um padrão maior de emissão dos LEDs típicos. Um de 50 µm é menos eficiente para LEDs, mas o padrão de emissão mais estreito de VCSELs (diodo a laser) se encaixa igualmente bem tanto em 50 quanto em 62,5 µm. A menor capacidade de coleta de luz em 50 µm significa que são transportados menos modos e, como resultado, há maior largura de banda geral do que em 62,5 µm. Isso é levado ao extremo com a fibra monomodo. É preciso levar diversos fatores em conta na hora de escolher um dos tipos: • Para longas distâncias de transmissão (até 40 quilômetros em ambientes empresariais, excluindo os sistemas de longo alcance), deve-se optar pelo monomodo (figura 3). • Caso não precise suportar longas distâncias, como nenhum link com mais de 550 m de comprimento e também queira limitar o custo total do sistema (incluindo equipamentos ativos), provavelmente a multimodo seja a melhor opção. • A fibra multimodo suporta aplicações de alta taxa de dados (mesmas velocidades que a monomodo, mas com alcance mais curto) (figura 4). • Os sistemas de fibra multimodo têm manutenção e limpeza mais fáceis do que o monomodo. A contaminação por intempéries nas interfaces do conector é um problema para qualquer operadora com sistema de fibra, mas as interfaces do conector multimodo são menos suscetíveis à poeira do que o monomodo. Por outro lado, interfaces de cobre não costumam ser suscetíveis a tal contaminação. Quando e por que devemos escolher a fibra multimodo? Distância

Dependendo da aplicação pretendida, as distâncias suportadas vão até 440 m. A distância e as conexões em um link precisam ser consideradas, e as ferramentas de projeto podem ajudar na escolha.

Manutenção Devido ao maior diâmetro do núcleo e às tolerâncias de alinhamento mais altas em comparação ao monomodo, é mais fácil fazer a manutenção da fibra multimodo e manter as Fig. 1 – Sinal de luz através do núcleo da fibra óptica interfaces do conector limpas. Custo Os custos de conexão incluem os componentes de cabeamento e os transceptores. Em seu ponto ideal, a fibra e os transceptores multimodo se combinam para fornecer uma opção atraente de baixo custo. Quando a distância excede a capacidade da fibra multimodo, os sistemas monomodo prevalecem. Padrões Atualmente, o OM3 é considerado a opção mínima. À medida que novas aplicações de velocidade mais alta surgem, as limitações do OM3 começam a aparecer, forçando um alcance mais curto que não suporta a escala que os data centers podem exigir. Para muitos, ele não é uma escolha de longo prazo.

Escolha do dia a dia

OM4 é um padrão comumente escolhido hoje. Ele fornece uma largura

de banda (capacidade) maior do que o OM3, portanto, o OM4 costuma ser recomendado para novas aplicações.

Diversos comprimentos de onda

O setor agora tem a capacidade de usar vários comprimentos de onda em fibra multimodo (multiplexação por divisão de ondas curtas), semelhante à multiplexação por divisão de ondas em fibra monomodo. Isso é um impulso fundamental para a capacidade da fibra multimodo. Aqui, vários comprimentos de onda se combinam para aumentar a capacidade em quatro vezes (protocolos SWDM4). Já o mais novo padrão, OM5, é projetado para complementar a multiplexação por divisão de ondas curtas, fornecendo maior largura de banda, o que se traduz em maior alcance para mais comprimentos de onda (figura 5).

Tipos de fibra OM

Ao longo da evolução tecnológica, cinco classes diferentes de fibra foram desenvolvidas. A primeira fibra multimodo tinha um núcleo de 62,5 µm (OM1). Ela foi utilizada por muitos anos, juntamente com a versão de 50 µm com maior capacidade (OM2). Hoje, ambos são raramente usados.

A nomenclatura OMx vem do padrão ISO 11801 –Sistemas de Cabeação Estruturada e varia de OM1 a OM5.

OM1 Projetado originalmente para todas as aplicações multimodo usando transmissores de LED, é baseado em um núcleo de 62,5 µm. Os cabos internos são identificáveis pelo tradicional revestimento laranja. Suporta 10G somente até 33 m (10GBase-SR). No contexto das empresas de hoje, muitos o consideram utilizável apenas

Fig. 2 – Diferenças físicas entre fibras monomodo e multimodo

Fig. 3 – Perfil de índice de refração da fibra monomodo Fig. 4 – Perfil de índice de refração da fibra multimodo

para expansões ou reparos de instalações antigas que exigem aplicações de baixa largura de banda.

OM2

Semelhante ao OM1, mas com um núcleo de 50 μm. Suporta 10G até 82 m, dada sua largura de banda ligeiramente maior.

OM3

O primeiro dos tipos de fibra otimizados a laser. Em meados dos anos 90, as fontes de luz alimentadas por VCSEL foram introduzidas, o que causou uma mudança de mercado para fibra óptica de 50 μm. As fibras multimodo otimizadas a laser fornecem maior largura de banda e permitem maiores taxas de dados em aplicações de curto alcance. O custo total do sistema (incluindo eletrônicos) permaneceu baixo em comparação aos sistemas monomodo. Para tornar a capacidade de largura de banda visualmente clara, o revestimento na cor aqua foi normalizado.

OM4

Evolução das especificações OM3, a fibra OM4 de 50 µm ganhou uma popularidade substancial. Com mais que o dobro da largura de banda efetiva a 850 nm, introduziu o alcance estendido para aplicações existentes (gigabits e multigigabits) e possibilitou aplicações futuras. Compatível com OM3, suporta 10G até 550 m. A cor do revestimento também é aqua. OM5

O OM5 suporta uma técnica chamada de multiplexação por divisão de ondas curtas, que permite o uso de quatro pistas diferentes (em quatro comprimentos de onda próximos). Por isso, ele precisa de quatro vezes menos fibras para a mesma capacidade. O OM5 mantém o suporte a aplicações preexistentes de OM4.

Para distingui-lo dos tipos anteriores, sua cor de revestimento é verde-limão. Há nomes de fibra não oficiais, como OM4+, comercializados como uma alternativa ao OM5 ou superiores ao OM4. As características principais de cada tipo estão na tabela I.

Evolução do mercado

Como o mercado tem reagido a evolução tecnológica? Quanto mais capaz for o tipo de fibra, maior será o seu preço, fator este que desempenha um papel no mercado (figura 6).

Fibra multimodo: hoje e o futuro

A tecnologia por trás das fibras otimizadas a laser: atraso de modo diferencial (DMD)

O atraso de modo diferencial descreve a diferença no tempo de atraso entre os primeiros e os últimos pulsos em fibra multimodo. Esse “alastramento de pulso” limita a largura de banda e é a principal razão pela qual a fibra multimodo OM1/OM2 convencional não suporta corretamente 10 Gbit/s.

Tab. I – Características das fibras OM

Tipo de cabo Tipo de cabo Tipo de cabo Tipo de cabo Tipo de cabo DiâmetroDiâmetro DiâmetroDiâmetro Diâmetro Cor do revestimento Cor do revestimento Cor do revestimento Cor do revestimento Cor do revestimento Fonte óptica Fonte óptica Fonte óptica Fonte óptica Fonte óptica Largura de banda Largura de banda Largura de banda Largura de banda Largura de banda Distância suportada para Distância suportada para Distância suportada para Distância suportada para Distância suportada para

OM1 do núcleo ( do núcleo ( do núcleo ( do núcleo ( do núcleo (μμ μμ μm)m) m)m) m) 62,5 Laranja LED

do laserdo laser do laserdo laser do laser 200 MHz*km 10G Ethernet (m) 10G Ethernet (m) 10G Ethernet (m) 10G Ethernet (m) 10G Ethernet (m) 33

OM2 50 500 MHz*km 82

OM3 OM4 Aqua VSCEL 2000 MHz*km 4700 MHz*km 300 550

OM5 Verde limão @850nm 4700 MHz.km @880nm 3840 MHz.km @910nm 3000 MHz.km @940nm 2470 MHz.km

Em fibra multimodo, a dispersão é causada pela dispersão modal e cromática. A modal existe porque os diferentes raios de luz (modos) têm um comprimento de caminho diferente; portanto, raios que entram ao mesmo tempo não deixarão a outra extremidade da fibra simultaneamente. A largura de banda modal é controlada pelo alargamento do pulso devido às diferenças em muitos modos de propagação (300 a 900). As fibras multimodo modernas têm uma estrutura que reduz o efeito da dispersão modal.

Com a transmissão de fibra multimodo, distâncias de até dois quilômetros são possíveis. No entanto, à medida que as velocidades aumentam, o suporte à distância é reduzido. Adicionar conectores (que reduzem a potência do sinal) também limita a distância que as aplicações podem suportar. Maior largura de banda e melhor conectividade fornecem o desempenho ideal dos sistemas de fibra multimodo.

Para sistemas monomodo, o diâmetro do núcleo de vidro foi reduzido a um tamanho onde apenas um caminho (modo) pode se propagar através da fibra. A dispersão modal não está mais presente. No entanto, ela ainda existe em uma fibra monomodo. Diferentes comprimentos de onda viajam em velocidades variadas no vidro, dando origem à “dispersão cromática”. A dispersão cromática está relacionada à fonte de luz, que normalmente tem uma faixa de comprimentos de onda. Conectores de fibra

Os conectores SC e FC já foram os principais no mundo da conectividade de fibra, mas não conseguiram acompanhar os crescentes requisitos de densidade, desempenho, escalabilidade e facilidade de implantação. Em vez disso, o setor adotou conectores LC e MPO e os utilizou por algum tempo.

Fibra energizada

A necessidade de dados e energia em toda a fibra

Os dispositivos de rede estão aparecendo em dispositivos como small cell sites, pontos de acesso Wi-Fi, câmeras IP, controles de acesso, inventário de edifícios, entre outros.

Fig. 6 – Evolução do mercado por tipo de fibra multimodo, de 2015 a 2024, em milhões de dólares

Embora essas novas aplicações melhorem a conectividade do usuário, a eficiência da tecnologia operacional, bem como na segurança e proteção em toda a propriedade, elas também apresentam um desafio novo e crescente: obter conectividade de dados e energia de alta largura de banda para todos os dispositivos em todos os locais, em ambientes internos e externos, com o desempenho de baixa latência necessário para aproveitar a arquitetura de rede de borda.

Uma solução de fibra energizada torna relativamente simples a tarefa de enfrentar esses desafios com uma única passagem de cabo fácil de manusear e opções adequadas para implantações externas resistentes a intempéries ou instalações internas com classificação plenum.

Uma solução de fibra energizada combina conectividade de dados de fibra óptica de baixa latência e alto desempenho com uma conexão de alimentação CC de baixa tensão de cobre. Isso ajuda a permitir a conexão de qualquer número de dispositivos remotos energizados sem a necessidade de um novo eletroduto, cabos extras volumosos ou eletricistas caros. Com a solução de cabo de fibra energizada, a rede obtém acesso a um vasto e crescente ecossistema de aplicações, incluindo LAN óptica, telefones de emergência, câmeras de segurança HD, sinalização digital, pontos de acesso para Wi-Fi e small cells.

Conclusão

Alguns data centers buscam chegar a 400G. Uma consideração fundamental é qual tecnologia óptica é melhor. O mercado óptico para 400G está sendo impulsionado pelo custo e pelo desempenho à medida que os fabricantes tentam chegar ao ponto ideal dos sites.

Outro aspecto a considerar é o número de núcleos de fibra necessários para suportar futuras aplicações de alta demanda. Mesmo utilizando a capacidade de multiplexação do OM5, aplicações como 400G ou 800G exigirão vários núcleos de fibra por link, e um data center tem um grande número de links. Assim, números maiores de fibras podem se tornar uma necessidade no futuro.

Parâmetros elétricos de transmissão em redes Gigabit Ethernet

A transmissão de dados de acordo com o padrão Gigabit Ethernet é baseada no princípio full-duplex, ou seja, através de todos os pares do cabo, ao mesmo tempo e nos dois sentidos. Isso eleva as exigências quanto a interferências na transmissão. Perdas de retorno elevadas podem comprometer a confiabilidade e desempenho das redes, em especial em altas frequências.

Prysmian

Todo cabo de rede é uma linha de transmissão de alta frequência. Sua impedância depende grandemente da geometria do par, como diâmetro, distância entre condutores, que definirão características básicas como capacitância, indutância, etc. Qualquer alteração na geometria do par (amassamento, dobra, variação no tamanho do fio isolado, etc.) causa variação da impedância naquele ponto, e faz com que parte do sinal trafegado seja refletida de volta para a fonte, como um “eco”, chamado de perda de retorno.

Em sistemas de 1 Gbit/s ou mais que trabalham full-duplex, o eco atrapalha a detecção das respostas vindas do outro lado do cabo, ou seja, vira ruído. Mesmo se a marcação for pequena, porém periódica, como bobinas muito pequenas que vincam o cabo a cada volta, a reflexão de cada deformação é acumulada e causa um grande “eco” no transmissor. Conectores também geram reflexões, mas sendo o cabo a parte mais solicitada e estressada de toda a instalação de redes, quanto mais robusto for o cabo e menor for sua RL – perda por reflexão (return loss), melhor ele irá se comportar depois de instalado.

VOP – velocidade de propagação, atraso de propagação e delay skew

Atraso de propagação é o tempo que um sinal leva para percorrer os 100 m de cabo. O sinal viaja a uma fração da velocidade da luz (geralmente entre 60% e 70%) chamada de VOP – velocidade de

de todas as influências dos pares vizinhos sobre um determinado par. Isso nos dá a ideia de, em plena carga de transmissão full-duplex, quão perturbado será o sinal naquele par por causa dos pares vizinhos. Os valores de PS podem ser calculados para todas as características relevantes do cabo. Em tempos de altas taxas de transmissão, estes PS permitem a indicação da performance e capacidade de transmissão do cabo de dados.

Equalizando

Sinais medidos na ponta FAR (no fim do cabo) estão sempre atenuados em relação a aqueles injetados na ponta NEAR, no lado do transmissor. Muitas vezes eles estão tão atenuados que se aproximam do fundo de escala do medidor (-80 dB ou menor), porém é preciso medir a diafonia FEXT e PSFEXT no cabo. Por isso “equaliza-se” a medição descontando a atenuação do cabo, o que nos leva a novos requisitos: ELFEXT - Equal Level FEXT e PS-ELFEXT, já na casa de -60 dB ou maiores, garantindo a correta detecção e medição da diafonia na ponta FAR. O ELFEXT atualmente é chamado de ACR-F (ACR na ponta FAR) e o PS-ELFEXT de PS-ACR-F.

Ouvindo o vizinho

A figura 1 mostra a interferência (XT ou crosstalk) causada pelo NEXT e FEXT entre os pares. O par laranja está causando uma interferência tipo NEXT no par azul, e o par verde ocasionando uma interferência tipo FEXT no par marrom. A ponta que transmite é chamada NEAR e o receptor recebe a ponta FAR. Já a figura 2 mostra o PSNEXT, que é a soma das interferências (distúrbios) causadas pelos pares ao redor. Como os quatro pares são usados simultaneamente no protocolo 1 Gbit/s ou maiores, é imprescindível o cálculo das medidas de PowerSum.

Fig. 2 – PS-NEXT: soma das interferências causadas pelos cabos ao redor

propagação, ou mais comumente NVP – velocidade de propagação nominal. Cada par tem sua medida de VOP e atraso de propagação. Como o protocolo Gigabit usa todos os pares simultaneamente, é de se desejar que os pacotes enviados cheguem parelhos, quase ao mesmo tempo, independentemente do par. Por isso existe a medida de delay skew, que é a maior diferença entre os tempos de propagação, ou seja, entre o maior e menor valor do atraso de propagação. Quanto maior a taxa de transmissão, mais importantes se tornam essas medidas de tempo. A norma de delay skew é 45 ns.

Cabeamento para exigências futuras

A transmissão de dados de acordo com o padrão Gigabit Ethernet 1000BaseT é baseado no princípio fullduplex, ou seja, através de todos os pares do cabo, ao mesmo tempo e nos dois sentidos. Isso eleva as exigências quanto a interferências na transmissão. As características mais importantes para os cabos do futuro são OS-NEXT, PS-ELFEXT e PS-ACR.

Linhas cruzadas

Uma das maiores fontes de interferência em redes locais é a diafonia ou crosstalk. Esse efeito é causado pela influência mútua (acoplamento) de pares próximos uns dos outros. Parte do sinal trafegado pelo par trançado acopla e tenta trafegar também pelos pares adjacentes, o que na prática funciona como um ruído somado à amplitude e/ou fase do sinal útil. Quanto maior a frequência de transmissão, mais forte é a interferência um no outro. No mundo da telefonia comum, conhecemos esse fenômeno como “linhas cruzadas”, quando ouvimos na nossa linha de telefone conversas de moradores próximos, por causa de algum problema na isolação dos pares no armário de telefonia.

Quando a diafonia acontece no começo do link, é chamada de NEXT - Near End Crosstalk. Já quando ocorre no final do link é conhecida como FEXT – Far End Crosstalk.

Somando problemas

Quando falamos em PS PowerSum, estamos medindo a soma

Fig. 4 – PS-ELFEXT: soma de todas as contribuições dos pares sobre outro

Ruído ou informação?

Uma das características centrais de uma rede cabeada é a medida de ACR –Attenuation Crosstalk Ratio, que mostra a proporção entre atenuação do sinal e interferência de pares vizinhos. Em comunicação é também chamado de SNR - Signal to Noise Ratio. O ponto em que a curva de NEXT encontra-se com a curva de atenuação é a frequência a partir da qual o sinal de dados começa a se confundir com ruído e interferências. A área entre essas curvas nos diz qual é a largura de banda desse canal, a capacidade de bombear informação em alta velocidade dentro de um trecho (figura 3). PS-ELFEXT (PS-ACR-F)

O ELFEXT também é chamado de ACR-F porque, assim como o ACR, vale-se do cálculo de diafonia subtraída da atenuação, porém na ponta FAR (lado do receptor). A soma de todas as contribuições (diafonias) dos pares sobre outro é chamado de PS-ELFEXT.

O protocolo para 10 Gbit/s exige pelo menos 10 dB de margem para um bom entendimento dos pacotes trafegados (figura 4).

Conclusão

Para cobrir todo o espectro de trabalho, é preciso utilizar cabos com ótimas proporções em todas as suas características. É necessário se atentar a todos os aspectos que envolvem a fabricação, como processos e materiais utilizados na composição do produto.

Guia de provedores de links de Internet

Veja a seguir quem fornece links de Internet no país. A relação traz informações de contato das empresas e detalhes sobre as regiões atendidas e os serviços prestados, além da localização do PTT e com quem faz peering e CDN.

Empresa Telefone E-mail para atendimento ao cliente

Adv Net IT (11) 96179-1701 n contato@advnetit.com.br

Adylnet Telecom (54) 2121-8900 n comercial@adyl.net.br

ALOO Telecom (82) 2123-3500 felipe@aloo.com.br

ALT Telecom (49) 3330-0200 contato@acessonline.net.br

Alta Rede 0800 282 2972 suporte@altaredecorporate.com.br

América Net (11) 3500-1000 bxavier@americanet.com.br

Angola Cables (11) 98591-8822 n camila.ribeiro@angolacables.co.ao

Asap Telecom (11) 97680-0303 n clovis.acipreste@asaptelecom.com.br

Ascenty Ávato (11) 3508-8910 contato@ascenty.com

0800 644 0692 comercial@avato.com.br Região atendida

São Paulo Está em qual PTT

Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste Grande SP Interior Todas São Paulo Rio de Janeiro Fortaleza Porto Alegre Campinas/SP Outras localidades Trânsito e transporte IP Fibra apagada Link IP Serviço Peering/CDN Faz peering internacional com

L2L MPLS SD-WAN Clear channel Colocation/Nuvem Conexão à nuvem pública Anti DdoS Firewall CDN própria Google Akamai Netflix Facebook Globo Microsoft GoCache Outras América Latina EUA Europa África Ásia

Axes Tecnologia (92) 3090-3090 ricardo.kallai@axes.com.br

Brisanet

Città (88) 3447-6300 geneci@grupobrisanet.com.br

(21) 3400-5000 n atendimento@cittatelecom.com.br

Conectiva Telecom (11) 94781-9010 n atendimento@conectivatelecom.net

Eletronet (11) 94251-3917 n contato@eletronet.com

Forte Telecom 0800 591 2011 contato@fortetelecom.com.br

G-Lab Telecom (11) 98143-4065 n jose.carlos@g-labtelecom.com.br

G8 0800 646 9700 contato@g8.net.br

Grupo Redes (11) 3195-6395 n contato@gruporedes.global

Hostfiber (11) 94375-7717 n comercial@hostfiber.com.br

Interede (31) 3390-6900 n comercial@interede.com.br

Lumen 0800 771 4747 n contato.br@lumen.com

Megatelecom (11) 2110-1000 wholesale@megatelecom.com.br

Neovia Solutions (11) 97152-1082 n atendimento.corporativo@neovia.com.br

Open X (11) 3090-0744 contato@openx.com.br

Persis (43) 4009-5800 comercial@persistelecom.com.br

Primeline Latam (21) 2135-7444 comercial@primelinelatam.com

Redfox Fiber (11) 2484 2656 n sac@redfoxtelecom.com.br

Seaborn Networks 0800 732 2727 sales@seabornnetworks.com

Empresa Telefone E-mail para atendimento ao cliente

Telium Networks (11) 94544-3544 n comercial@telium.com.br

Telxe (41) 99267-8832 n comercial@telxe.com.br

Tely 0800 731 2020 contato@tely.com.br

Um Telecom (81) 3497-6060 marketing@1telecom.com.br

Use Telecom (71) 3599-1000 n comercial@usetelecom.com.br

Vivo

(11) 99915-1515 n Wiki Telecom 0800 038 5871 paravoce@wikitelecom.com.br

Wirelink 0800 883 0662 n comercial@wirelink.com.br

Wixnet (11) 3090-4518 n contato@wixnet.com.br Região atendida

São Paulo Está em qual PTT

Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste Grande SP Interior Todas São Paulo Rio de Janeiro Fortaleza Porto Alegre Campinas/SP Outras localidades Trânsito e transporte IP Fibra apagada Link IP Serviço Peering/CDN Faz peering internacional com

L2L MPLS SD-WAN Clear channel Colocation/Nuvem Conexão à nuvem pública Anti DdoS Firewall CDN própria Google Akamai Netflix Facebook Globo Microsoft GoCache Outras América Latina EUA Europa África Ásia

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 271 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TRedes, T Redes, TRedes, T Redes, Telecom e Instalações elecom e Instalações elecom e Instalações elecom e Instalações elecom e Instalações, fevereiro de 2022. Este e muitos outros Guias de RTI RTI RTI RTI RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Aspectos de infraestrutura relacionados com a estratégia de governo eletrônico

Marcelo Macedo Lopes

A recente crise na saúde provocada pela pandemia do coronavírus impulsionou a demanda por serviços públicos digitais, especialmente devido às restrições impostas de circulação e isolamento social. A estratégia nacional de governo eletrônico está em plena expansão, mas ainda carece de adequações vinculadas à infraestrutura de TIC, data centers, nuvem computacional, interoperabilidade de dados e teletrabalho.

Ademanda por serviços públicos aos cidadãos na modalidade digital vem ganhando cada vez mais importância no país. Exemplos como o modelo para declaração de Imposto de Renda demonstram o potencial de soluções de governo eletrônico, à medida que possibilitam o acesso e a integração entre diferentes entidades e atores (compartilhamento de dados financeiros, fiscais, de saúde e consumo).

Outro exemplo relevante vem do STF - Supremo Tribunal Federal, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça e a Cisco Systems, que passou a realizar sessões plenárias virtuais, a partir de abril de 2020, permitindo a continuidade da prestação jurisdicional mesmo diante da pandemia.

Contudo, para viabilizar o acesso a serviços digitais de forma adequada, devem ser considerados os desafios tecnológicos associados à infraestrutura TIC, como, por exemplo, a eventual necessidade de escalabilidade computacional nos data centers governamentais ou ainda a interoperabilidade de dados para troca de informações entre entidades públicas e privadas.

Podem-se citar como exemplos de desafios a serem superados os relatos de instabilidade associados ao Caixa Tem, aplicativo da Caixa Econômica Federal, requisito necessário para acesso ao auxílio emergencial do governo e saque do FGTS durante a pandemia. A instabilidade foi ocasionada pela alta demanda ao serviço, que ultrapassou 500 mil acessos simultâneos. Da mesma forma, o aplicativo e-título provocou um excesso de usuários simultâneos conectados na plataforma no primeiro turno das eleições de 2020.

Governo eletrônico

O conceito de governo eletrônico está relacionado ao uso de tecnologia da informação no setor público com a finalidade de aproximar o governo e o cidadão, através da otimização da prestação de serviços à sociedade [7, 17]. Países como a Dinamarca, Estônia e o Reino Unido figuram entre os mais avançados nesse conceito.

De acordo com a recente pesquisa sobre governo eletrônico realizada pela ONU [13], o Brasil teve incremento em sua avaliação, considerando o principal indicador EGDI - Índice de desenvolvimento do governo eletrônico, passando da classificação “alta” para “muito alta - V1”, como apresentado na tabela I.

As possíveis formas de o governo prestar serviços podem ser classificadas conforme o nível de digitalização [14]: • Nenhum: necessária a presença física do cidadão, sem a possibilidade de obtenção de informações em meio digital.

TT TT Tab. I - ab. I - ab. I - ab. I - ab. I - Classificação do Brasil no relatório E-Gov 2020

PaísPaís PaísPaís País PosiçãoPosição PosiçãoPosição Posição EGDI / (Nível) EGDI / (Nível) EGDI / (Nível) EGDI / (Nível) EGDI / (Nível) OSIOSI OSIOSI OSI TIITII TIITII TII HCIHCI HCIHCI HCI Brasil 54º 0,7677 (V1) 0,8706 0,6522 0,7803 China 45º 0,7948 (V1) 0,9059 0,7388 0,7396 Dinamarca 1º 0,9758 (VH) 0,9706 0,9979 0,9588 Estônia 3º 0,9473 (VH) 0,9941 0,9212 0,9266 Índia 100º 0,5964 (H2) 0,8529 0,3515 0,5848

Reino Unido 7º 0,9358 (VH) 0,9588 0,9195 0,9292 Fonte: Adaptado de ONU [13], tradução livre do autor. EGDI - Índice de desenvolvimento do governo eletrônico; OSI - Índice de serviços online; TII - Índice de infraestrutura de telecomunicações; HCI - Índice de capital humano

• Informativo: informações disponíveis no portal. • Parcial: ao menos uma das interações com o cidadão ocorre através de meio digital. • Digital: todas as interações são feitas de forma digital, ainda que com intervenção humana, sendo que o resultado pode não ser digital. • Autosserviço: completamente automatizado, com processamento através de sistemas de informação, sem intervenção humana.

Segundo dados divulgados pela EBC – Empresa Brasil de Comunicação, o portal de serviços do governo (Gov.Br) é utilizado por 84 milhões (62%) de internautas brasileiros, com 3961 serviços públicos. 62,6% são totalmente digitalizados; 15,7% são parcialmente digitais (requerem entrega física de documentos ou comparecimento em alguma das etapas); e 21,7% não são digitalizados (apenas solicitação de forma digital, demais etapas presenciais).

Desafios do modelo convencional de computação

As organizações que utilizam ambiente de computação baseado em data centers próprios têm enfrentado desafios associados às demandas que os novos modelos de negócio estão exigindo. Conforme Lopes [10], podem-se citar alguns desafios encontrados nesse cenário: • Envelhecimento dos data centers em uso. • Crescimento não previsível da demanda por processamento e armazenamento de dados. • Alto custo de propriedade associado aos recursos utilizados nesses locais.

Para Glikas [6], a adoção de computação em nuvem ainda é vista com ressalvas pelos gestores e profissionais de TIC das instituições da Administração Pública Federal (APF), setor muito suscetível a restrições orçamentárias e escassez de pessoal técnico qualificado para gerenciar projetos dessa natureza.

Costa [3], por sua vez, destaca que “muitas organizações dependem fortemente de seus sistemas legados, desenvolvidos ao longo de anos de operação, que ainda são necessários às organizações, e a sua substituição é uma atividade complexa.”

Devem ser somadas a esse cenário as mudanças tecnológicas provenientes das novas relações de trabalho provocadas pela pandemia, que obrigaram as empresas dos mais variados segmentos, inclusive as instituições públicas, a repensarem seus processos e disponibilizarem formas alternativas de proverem os serviços, utilizando-se de trabalho remoto e sobrecarregando, por consequência, data centers e provedores de serviços.

Em seu recente estudo, Terra Neto [17] ressalta que as instituições da administração pública federal têm particularidades para contratação de serviços de computação em nuvem, que podem tornar mais lenta a adoção nos órgãos públicos. Ressaltou ainda que a demanda por essa modalidade de computação tende a ganhar maior relevância para as instituições públicas, especialmente após a publicação da Emenda Constitucional 95/2016, que estabelece limites para os gastos públicos por 20 anos.

Um white paper do Futurecom [5] destaca como desafio a definição de um modelo de métricas para a contratação de serviço de nuvem que seja flexível e escalável, mas, por outro lado, atenda às formalidades do processo licitatório. Aspectos estruturantes para o governo digital

Recentemente, o Governo Federal instituiu estratégia de governo digital, através da promulgação do Decreto da Presidência da República 10.332/2020 [1]. Dentre as iniciativas de infraestrutura de TIC, ressaltam-se: • Iniciativa 16.4 - Otimizar a infraestrutura de, pelo menos, 30 data centers do Governo Federal, até 2022. • Iniciativa 16.5 - Migração de serviços de, pelo menos, 30 órgãos para a nuvem, até 2022.

O Governo Federal prevê a priorização de uso de data centers com o maior grau de maturidade e mais bem avaliados entre aqueles atualmente em operação, uma vez que muitas instituições já possuem instalações com grandes investimentos realizados, e ainda, considerando que os sistemas e serviços utilizados por entidades do mesmo órgão público poderiam,

eventualmente, compartilhar o mesmo data center, propiciando economia de escala [1].

O artigo do Futurecom [5] resume bem a ideia proposta quando cita que uma oportunidade inicial seria a redução do número de data centers. São mais de 100 espalhados pelo país. Grande parte dessa infraestrutura trabalha com dados públicos, inclusive, que podem ser migrados para a nuvem pública, aumentando a eficiência e a qualidade dos serviços.

Foram gastos mais de R$ 470 milhões na construção de 130 data centers, espalhados por 217 órgãos públicos. Por não terem sido conduzidos de forma centralizada, resultaram em estruturas segregadas, sem sinergia e integração. É notória a intenção do ente público na priorização da migração de serviços para nuvem, como requisito estruturante para viabilizar a estratégia de governo digital. Através da publicação da Instrução Normativa 1, de 4 de abril de 2019, foi estabelecida determinação para que novas contratações de associadas à infraestrutura para processamento e armazenamento de dados deveriam ocorrer, preferencialmente, através de contratação de serviços de computação em nuvem, ação que tende a impulsionar a adoção de cloud computing no governo.

Nessa esteira, a computação em nuvem vem cada vez mais sendo adotada pelas organizações. Representa uma alternativa mais eficiente, quando comparada ao modelo tradicional de computação utilizando-se data center próprio. De acordo com Lento [8], destacam-se como principais benefícios para sua adoção: • Flexibilidade de acesso (acesso a qualquer instante e em qualquer lugar). • Rapidez e agilidade na implantação (recursos computacionais podem ser disponibilizados e implantados em tempo real). • Baixo custo de infraestrutura (todos os recursos computacionais já estão disponíveis na nuvem). • Possibilidade de criar modelos de negócios e adequar-se rapidamente a novas estratégias. • Poder de processamento escalável (maior capacidade). • Economia com despesas operacionais (toda a responsabilidade de manutenção dos recursos cabe à contratada).

Visando fomentar e regulamentar o uso de cloud computing na administração pública federal, o TCU – Tribunal de Contas da União [16] e MPOG [11] publicaram orientações estabelecendo boas práticas e vedações para contratação de serviços de computação em nuvem. Dentre as recentes contratações realizadas pelo governo, aderentes a essas recomendações, podem-se citar os casos do Tribunal de Contas da União, Senado Federal, Ministério da Saúde, Ministério da Economia e Controladoria Geral da União.

Ainda referindo-se à estratégia nacional de governo digital, é importante citar a meta definida para que, até 2022, todos os sistemas do governo sejam integrados ao barramento de interoperabilidade e requisitos técnicos estabelecidos no Decreto 10.046 de 9 de outubro de 2019, que dispõe sobre a governança no compartilhamento de dados no âmbito da administração pública federal e institui o Cadastro Base do Cidadão e o Comitê Central de Governança de Dados.

Trabalho remoto

Outro aspecto estruturante, muito evidenciado em 2020 por conta da pandemia, foi a adoção massiva de trabalho remoto de forma emergencial. Houve um crescimento na ordem de 84% na adoção dessa modalidade por parte das empresas, desde o início da pandemia em 2020 [4].

De acordo com [15], a realidade do trabalho remoto nas instituições públicas ainda é bem diversificada: por um lado, alguns entes, como o TCU, a CGU - Controladoria Geral da União e a Anvisa, têm maior maturidade no assunto, implementando, por exemplo, métricas de controle de produtividade. Por outro lado, alguns nem sequer tiveram experiências nesse sentido antes de 2020.

Independente de familiaridade anterior, a adoção emergencial do trabalho remoto proporcionou a continuidade operacional dos serviços do governo durante a pandemia, possibilitando, em muitos casos, o aumento de produtividade, o engajamento e a satisfação dos servidores [9].

Em complemento, Okano et al. [12] destacam como principais adequações de infraestrutura de TIC necessárias para viabilizar o trabalho remoto: • links de comunicação; • serviço de VPN; • equipamentos de rede; • appliances de segurança da informação; • ambiente de VDI - Virtual Desktop Infrastructure; • fornecimento de notebooks para os colaboradores; • migração de ramais para home office; e • utilização de soluções de comunicação e colaboração.

Conclusões

O cenário desejado por todos os governos é aquele onde os cidadãos têm acesso aos serviços digitais, seja para direitos ou deveres, a qualquer tempo e em qualquer lugar, de forma rápida e prática.

Para viabilizar essa demanda de forma plena, do ponto de vista da infraestrutura de TIC, muitos desafios ainda necessitam ser endereçados, como o uso dos sistemas legados, ou ainda a manutenção de data centers governamentais em quantitativos e locais inadequados. Em complemento ao enxugamento dos data centers governamentais, a migração de novos serviços do governo para a nuvem propicia a escalabilidade e a segurança necessárias. Contudo, o processo carece de aprimoramento para conciliar as diversas possibilidades de uso com os requisitos formais vigentes para contratações públicas.

Como trabalho futuro propõe-se a análise dos investimentos realizados pelo governo para contratação de infraestrutura de TIC, traçando comparativo com outros países e o retorno proporcionado aos cidadãos.

REFERÊNCIAS

[1] Decreto 10.332, de 28 de abril de 2020. Institui a Estratégia de Governo Digital para o período de 2020 a 2022, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências. [2] Convergência Digital. Governo mantém ‘cloud first’ e prepara nova licitação para reduzir datacenters. 2020. Disponível em: www.convergenciadigital.com.br. [3] Costa, Breno Gustavo Soares. Uma proposta de migração de sistemas legados do governo para a nuvem. Dissertação (Mestrado – Mestrado Profissional em Computação Aplicada). Universidade de Brasília. Brasília, 2018. [4] Cybersecurity Insiders. Remote Work from Home Cybersecurity Report. 2020. Disponível em: <www.pulsesecure.net/resource/wfh_cybersecurityreport/>. [5] Futurecom. White Paper: Data Center e cloud computing - desafios enfrentados pelo governo e por quem oferece a solução. 2020. [6] Glikas, Alexandre. Jornada para a nuvem: mesmo destino, diferentes rotas. In: Hypolito Neto, Domingos et al. Canaltech. [S.I.], 7 nov. 2018. [7] Lemos, André (coord.) Cidade, tecnologias e interfaces. Análise de interfaces de portais governamentais brasileiros. Uma proposta metodológica. Revista Fronteiras. Estudos Midiáticos. Vol. VI no.2. São Leopoldo, 2004. [8] Lento, Luiz Otávio Botelho. Cloud computing: computação em nuvem. Palhoça: Unisul Virtual, 2016. [9] Lopes, Cleunice de Paula. O impacto da realização do teletrabalho durante a pandemia do covid-19 no TRE-GO e seus resultados para a sociedade e a percepção para os servidores do órgão. TCC (Graduação) - Curso de Administração, Escola de Gestão e Negócios, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia. 2020. [10] Lopes, Thiago Ferreira. Requisitos para contratação de serviços em computação em nuvem pela Administração Pública Federal. Dissertação (Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação). Universidade Católica de Brasília, Brasília - DF, 2015. [11] MPOG. Boas Práticas, Orientações e Vedações para Contratação de Serviços de Computação em Nuvem. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Brasília, DF, jun. 2016. [12] Okano, Marcelo Tsuguio et al.: Impactos da pandemia covid-19 em empresas de grande porte: avaliação das mudanças na infraestrutura de tecnologia para o teletrabalho sob as óticas das teorias das capacidades dinâmicas e estrutura adaptativa. Research, Society and Development, v. 9, n. 9, e756997852, 2020. [13] ONU. UN E-Government Survey 2020. <http://publicadministration.un.org/ egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2020>. [14] Estado do Rio Grande do Sul. Estratégia Digital rs.gov.br. 2020. Disponível em www.rs.gov.br/upload/arquivos/202009/03153530-estrate-gia-digital.pdf. [15] Souza, Juliane Zatelli. Perspectivas e desafios do teletrabalho na administração pública federal diante da pandemia da covid-19. TCC (Monografia). Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Brasília, DF. 2020. [16] TCU. Acórdão 1739/2015. Plenário. Relator: Ministro Benjamin Zymler. Sessão de 15/07/2015. Diário Oficial da União. [17] Terra Neto, Rubens Vasconcellos. Desafios da contratação de serviços em nuvem no setor público: um modelo de contratação para o Senado Federal. Trabalho de conclusão de curso (especialização) – Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Tecnologia da Informação Aplicada ao Poder Legislativo – Instituto Legislativo Brasileiro, 2019.

Artigo resumido e adaptado do Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Datacenter: Projetos, operação e serviços, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Datacenter: Projetos, Operação e Serviços. Orientador: Prof. Djan de Almeida do Rosário.

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