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Informações
from RTI - Abril - 2022
Tellescom e Infinite IT trazem para o país OLT virtualizada da Radisys
O conceito de redes abertas, definidas por software, está se ampliando cada vez mais e agora chega ao acesso banda larga, nas soluções ópticas XGS-PON e também no 5G, com o OpenRAN. Uma das empresas que está apostando nessa tendência mundial é a Radisys, dos EUA, pertencente ao grupo indiano Reliance, que no Brasil acaba de firmar parceria com a Tellescom, para desenvolvimento do mercado e comercialização da solução, e com a Infinite IT Consulting, consultoria especializada em projetos e serviços de rede para operadoras e provedores, responsável pelo suporte técnico e instalação das OLTs virtualizadas.
A Radisys tem provas de conceito e implantações em mais de 60 operadoras no mundo. No Brasil, as principais operadoras estão realizando testes com a tecnologia, que devem durar até o final do ano. “O open broadband é um modelo totalmente inovador e diferente do que o setor está acostumado, mas será o padrão das redes daqui a alguns anos. Por isso, precisamos desenvolver o mercado desde já e estar prontos para quando esse momento chegar”, diz Sergio Fabiano Siqueira, Head de produtos e desenvolvimento à frente do segmento na Tellescom.
Com 14 anos de existência, sede em São Paulo e fábrica em Manaus, AM, a Tellescom é um Grupo de sete empresas de controle 100% nacional. Com parceiros internacionais de grande porte da Ásia, Europa e Estados Unidos, a Tellescom Indústria tem ampla variedade de marcas e modelos de CPEs, especialmente em GPON. A Tellescom Innovation, com fundo de investimento próprio, trouxe ao grupo empresas na área de TI, conteúdo, supply chain, oferecendo soluções fim a fim para telcos e Tier 2 e Tier 3. E há dois anos realizou investimento pioneiro e internacional em Metaverso, para trazer novidades ao mercado até 2023.
A aproximação com a Radisys foi uma sugestão de uma das operadoras que já vinha estudando as tecnologias abertas para sua rede FTTH. “O acordo de distribuição traz novas oportunidades para a Tellescom, que planejava explorar outras áreas de negócios, além de fortalecer o segmento de provedores de Internet”, conta Siqueira, contratado em 2020 com o objetivo de assumir a área, depois de mais de 20 anos atuando com redes fixas e móveis na Vivo. Pouco tempo depois, ele trouxe Paulo Amaral para agregar na área de produtos e desenvolvimento, que também fez carreira na operadora. “O conceito de redes abertas é desafiador, mas a tecnologia vai mudar o mundo PON”, diz Amaral. A Tellescom já entrou com pedido de homologação da solução junto à Anatel e vem acompanhando os testes nas operadoras, que buscam integrar o novo padrão ao legado de equipamentos e sistemas.
De acordo com os executivos, o objetivo principal da Radisys não é o mercado atual de redes ópticas, mas as próximas gerações, acima de 10 Gbit/s, em que os preços se tornam competitivos devido ao conceito de redes abertas. “Estamos de olho na demanda daqui a dois, três anos, quando as empresas terão que migrar suas redes para combos PON”, diz Amaral.
OLT whitebox A Infinite IT Consulting vem acompanhando o mercado de acesso e trabalhando com SDN – Software Defined Network há alguns anos. Com sede em São Bernardo do Campo, SP, a empresa atua desde 2013 com projetos de transmissão óptica e foi escolhida pela Radisys para fornecer o suporte técnico da linha em toda a América Latina. “A desagregação do acesso torna as redes mais flexíveis e escaláveis”, diz Matheus Plastino, CEO e fundador da Infinite IT Consulting, que gerencia a infraestrutura xPON e/ou WDM/OTM de mais de 250 provedores. Além do Brasil, tem clientes em 17 países na América Latina, África e Europa, somando mais de 4500 OLT/DWDM e 3 milhões de ONU/ONT gerenciados em sua base. Também presta serviços de suporte e configuração de laboratório experimental NG-PON 2 (TWDM-PON) para uma operadora de Angola. No lugar das soluções legadas e proprietárias, a OLT virtualizada (chamada pelos desenvolvedores de whitebox) é um hardware Matheus Plastino, CEO e fundador da Infinite IT Consulting, com a OLT virtualizada da Radisys: padrão aberto reduz custos e traz mais flexibilidade com ONIE e sistema operacional Open Network Linux (ONL). “Ao transferir as funções para o software executado na nuvem do provedor/operadora, eles podem reduzir custos de operação e ter mais flexibilidade no provisionamento de recursos”, diz Plastino. O principal produto da Radisys é a OLT 1600C. O modelo vem com duas portas 25 e 100 Gbit/s e quatro portas de 10 e 25 Gbit/s. “O throughput de saída pode chegar a 300 Gbit/s para o núcleo em apenas 1U, padrão pizza box”, afirma Plastino. O equipamento tem 16 portas híbridas, podendo aceitar tanto GPON (SFP C+, C++) como XGS-PON (SFP N1, N2, E1, E2). O sistema da OLT foi desenvolvido em cima de Open Network Linux, Kubernet, Docker e
Containers. “Se o usuário quiser alterar um módulo, basta atualizar o container em específico, sem precisar comprar novos equipamentos, reduzindo a complexidade. Esta é a tecnologia mais atual em DevOps, que também está sendo adotada nos switches whitebox, de conceito aberto”, afirma Plastino. O software de gestão contém toda a pilha de APIs e microsserviços necessários para controlar as whiteboxes.
“O fabricante precisa apenas enviar o container, o código novo e o cliente simplesmente sobe no controller da OLT, de forma simples e rápida”, diz. Também destaques no equipamento são a sinalização de clock 1588, protocolo que permitirá a integração futura do transporte do 5G com as redes de acesso, e a autenticação PPoE dentro da própria OLT.
Duas organizações do setor estão liderando o padrão de acesso aberto e desagregado, a ONF - Open Networking Foundation e o Broadband Forum. A ONF forneceu a plataforma de referência de acesso de banda larga habilitada para SDN (SEBA) construída com componentes e suporte a tecnologias de acesso virtualizado, como PON e G.Fast. O VOLTHA da ONF oferece uma abstração da camada de hardware para os equipamentos, possibilitando o uso das OLTs white box. E o Broadband Forum fornece a OB-BAA - Abstração de Acesso de Banda Larga Aberta para permitir uma implantação padronizada, automatizada e acelerada de infraestrutura de acesso baseada em nuvem.
A Infinite IT Consulting dispõe de um NOC 24 x 7 para suporte e monitoramento das redes dos provedores. Os negócios estão cada vez mais aquecidos. Em 2021, a empresa cresceu 210%. Em 2020 a alta foi de 165%. Para este ano, está previsto o crescimento de mais 150%. Como resultado, a empresa se mudou para um novo escritório quatro vezes maior que a sede anterior. O espaço de 400 m2 também abriga o novo SOC –Security Operation Center. “Estamos investindo fortemente na área de segurança. Entre as novidades está o PEN test para verificar a existência de vulnerabilidades a ataques de ransomware na rede dos provedores”, diz. A empresa também realiza testes de segurança de ONUs. “Analisamos os dois fluxos de fora, de dentro para fora e de fora para dentro. Nosso objetivo é garantir a máxima proteção aos provedores”, diz Plastino.
Na nova sede da Infinite IT também há um espaço para treinamentos técnicos, incluindo as OLTs e switches virtualizados. “Temos os equipamentos em laboratório e estamos absorvendo muito conhecimento técnico para desenvolver e treinar os profissionais. O conceito de redes abertas está chegando com tudo e o mercado precisa se preparar desde já”, finaliza Plastino.
NOC/SOC – Security Operation Center da Infinite IT Consulting: novo espaço para atendimento aos provedores
Infinite IT Consulting – www.infiniteconsulting.com.br Radisys – www.radisys.com Tellescom – www.tellescom.com.br Secretaria da Segurança do RS garante integridade de dados e operações com sala-cofre
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Em julho do ano passado, a sede da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS) em Porto Alegre sofreu um incêndio de grandes proporções, causando danos estruturais significativos ao prédio, mas a sala-cofre permaneceu intacta. O espaço abrigava o data center do DCCI - Departamento de Comando e Controle Integrado e mantinha dados da gestão e das principais decisões da segurança pública da capital e de cidades da região metropolitana.
Construído durante a Copa do Mundo de 2014 para abrigar 26 órgãos públicos e privados relacionados a ações de segurança, o DCCI adquiriu a sala-cofre da green4T, empresa brasileira especializada em soluções de tecnologia e infraestrutura digital, para garantir a estrutura física e armazenar os servidores e dados que precisavam se manter invioláveis em caso de incidentes inesperados.
O local foi evacuado antes que o fogo se espalhasse, assim como o entorno do edifício. Segundo o Major Moacir Simões, diretor da Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicação do DCCI, além de emitir um alerta sonoro, que fez com que o prédio fosse evacuado rapidamente, a instalação também era monitorada pela equipe de Serviços Continuados da green4T em São Paulo, que acionou o Corpo de Bombeiros para auxiliar na contenção das chamas e resgate de pessoas. “Essa é uma das grandes vantagens da utilização da sala-cofre. A estrutura especial, além de proteger os equipamentos de TI e suas informações, permitiu que a SSP-RS voltasse rapidamente à normalidade” explica o Major.
De acordo com ele, se não tivessem essa solução, seria quase impossível manter aos serviços ativos, tampouco reestabelecer o atendimento à população, uma vez que dados importantes como informações de processos judiciais e questões ligadas à segurança pública
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Incêndio causou danos estruturais significativos ao prédio da secretaria
Sala-cofre com data center permaneceu intacta
estavam abrigados no data center. “Além disso, teríamos um grande problema com relação à infraestrutura de TI, já que precisaríamos de novos equipamentos, uma vez que devido à pandemia estão difíceis de serem encontrados no mercado, levaríamos entre 6 e 10 meses para restabelecer a normalidade total dos serviços”, complementa.
Assim que o incêndio foi detectado, foram tomadas as medidas urgentes. Na sequência, a equipe da green4T montou uma rede elétrica com geradores. Em 40 minutos, os sistemas foram restabelecidos e o atendimento 190 foi transferido emergencialmente para outra localidade.
“Mesmo após o rescaldo, o corpo de bombeiros averiguou que a parte externa da sala-cofre não teve danos estruturais e que a parte interna também manteve isolamento térmico. Após os procedimentos para entrada segura, a equipe pode adentrar à sala e efetuar a abertura da porta, que estava com a fechadura derretida”, explica o Major.
A SSP já está instalada temporariamente em imóvel do bairro Tristeza, na zona sul da capital, e o governo trabalha para definir um novo destino para a pasta, que terá as mesmas condições de segurança de dados da antiga sede. “Planejamos a aquisição de uma nova sala-cofre, com o objetivo de manter a qualidade e segurança dos serviços”, finaliza.
Para Marcio Martin, vice-presidente comercial e de soluções da green4T, a sala-cofre é testada e certificada por organismo independente e devidamente acreditado pelo Inmetro, segundo normas ABNT 10.636 e ABNT 15.247. “Os projetos de data centers, quando instalados em prédios multidisciplinares, compartilhados com outros departamentos e empresas, assumem riscos quanto às ameaças físicas causados por eventos inesperados”, diz. Porém, quando instaladas as salas-cofres, toda a infraestrutura permanece intacta e pode resistir a inundações, além do fogo. A empresa produz e exporta a tecnologia para a América Latina e outros países, com mais de 950 salas-cofre já implantadas.
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green4T – Tel. (11) 4410-4380 Site: www.green4t.com
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BiblioTechie: aplicativo de literatura que o provedor pode oferecer como SVA
Depois da revolução digital que chegou ao vídeo e à música, permitindo fácil acesso a um amplo acervo de qualquer local e a qualquer momento através de aparelhos como TV e celular, que o usuário já possui, agora é a vez da literatura. O consumo digital de vídeo atingiu 68% da população nos EUA em 2020, de acordo com a Nielsen Total Audience, e de 80% em música, segundo a BPI – Associação de Gravadoras da Inglaterra. Mas a receita de leitura digital representou apenas 5% nos
EUA, conforme dados da AAP StatShot, mostrando que há um enorme espaço para crescer.
Diante desse cenário, está sendo lançado no Brasil o BiblioTechie, aplicativo que oferece uma vasta biblioteca de contos, novelas e textos curtos de consagrados autores brasileiros e internacionais. Desenvolvida por Gustavo Ramos, editor da Red Tapioca, com passagens pelo Grupo Globo, no qual foi diretor-geral da Som Livre, a plataforma está disponível no Google Play e na AppleStore, com acesso ilimitado via assinatura a um custo fixo de R$ 9,90, mas também tem nas operadoras e provedores de Internet um importante canal de vendas, no modelo SVA –serviço de valor agregado aos assinantes no plano de banda larga.
Diferente dos tradicionais e-books, o BiblioTechie traz textos de ficção na íntegra, mas curtos, que podem ser lidos em poucos minutos na tela do smartphone, no máximo 1 hora, e que permanecem no aplicativo para o usuário acessar quando quiser. “Dessa forma, evitam a desconcentração do leitor e o esforço enorme em terminar. Um e-book convencional de 300 páginas fica com 1500 páginas no celular. Por isso muitas pessoas ficam impacientes e desistem no meio”, diz Clarissa Silva, consultora especializada que está desenvolvendo o mercado junto aos provedores de Internet, com mais de 20 anos de experiência no segmento. O aplicativo já está sendo integrado ao hub de SVA da NEO - Associação de Operadores de TV por Assinatura, Provedores de Internet, Fornecedores de Soluções e Serviços, Fabricantes e Distribuidores de Equipamentos, entidade que negocia conteúdo, aplicativos e plataformas para seus associados. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil 2019, 73% dos entrevistados acessam o celular para ler. Apenas 5% alegaram usar dispositivos como Kindle e 9% tablet - em linha com a penetração de tablets no país que, segundo a PNAD, está em queda. Ao mesmo tempo, o número de livros baixados pela Internet cresceu 44% de 2015 para 2019, o que mostra o interesse dos usuários pela literatura digital. O mercado brasileiro de livros teve uma alta de 48,5% no primeiro semestre de 2021 em relação a 2020, de acordo com o Sindicato Nacional dos Editores, o que mostra que o público gosta de ler.
Um conto do Machado de Assis, por exemplo, pode ser lido no BiblioTechie em oito minutos. “A literatura pode se tornar um hábito novamente, mas de uma maneira totalmente nova”, diz Clarissa. A
Textos na íntegra, mas curtos, podem ser lidos em poucos minutos na tela do smartphone
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plataforma possibilita que os leitores conheçam novos autores e parte da obra dos clássicos, montar coleções e fazer posts e comentários em redes sociais. O time do aplicativo também pretende realizar projetos em conjunto com a rede pública de ensino para liberação de acesso a textos de currículo escolar e realização de concursos de contos que deverão trazer engajamento e estimular o interesse dos jovens em literatura. Um outro recurso é a possibilidade de passar continuamente de língua original para o português e vice-versa (textos bilíngues).
A biblioteca reúne mais de 1000 obras de ficção, selecionadas por uma curadoria especial, e está continuamente agregando títulos. No conteúdo constam romances curtos e novelas em recentes traduções, de autores atuais e do passado, novos talentos, brasileiros e internacionais, além de Prêmios Nobel de Literatura. “Com o BiblioTechie, o leitor pode conhecer esses grandes autores, se divertir e se emocionar com suas histórias. Caso ele goste de um autor pelos textos que encontra no BiblioTechie, pode fazer download de romances de maior fôlego publicados pelas grandes editoras, o que torna o aplicativo complementar à indústria”, diz Clarissa.
Para ela, o BiblioTechie incentiva o hábito da leitura, mas de uma maneira nova. “As pessoas gostam de ler, mas faltavam os ingredientes para tornar a literatura digital atraente e de fácil acesso em um dispositivo como o celular. E é nisso que estamos apostando”, conclui.
BiblioTechie – https://bibliotechie.com.br/
A Fibracem, indústria nacional especializada em comunicação óptica, com forte atuação no mercado de provedores de Internet, quer se tornar referência também no segmento corporativo e de data centers. Para atingir esse objetivo, a empresa firmou uma parceria com a companhia suíça Huber+Suhner para a produção e comercialização de suas soluções no mercado brasileiro. Presente em mais de 80 países, o grupo europeu desenvolve e fabrica um amplo portfólio de componentes e sistemas de conectividade elétrica e óptica. No início, o acordo de transferência de tecnologia compreende três famílias de produtos (Lisa, Ianos e Sylfa), voltadas para o gerenciamento de fibra, como racks, sub-racks, bastidores e distribuidores ópticos de altíssima densidade, podendo acomodar mais de 3000 cabos em um único gabinete.
“Os produtos ocupam reduzido espaço nos data centers e oferecem elevada capacidade de atendimento”, diz o diretor de Planejamento e Operações da Fibracem, Eryck El-Jaick. Segundo ele, a ideia do trabalho conjunto é unir os pontos fortes das duas empresas, como qualidade, capilaridade e presença no mercado. “Os clientes brasileiros receberão os produtos da Huber+Suhner em parceria com a Fibracem produzidos no Brasil com componentes europeus, alta tecnologia e dentro dos padrões e processos estabelecidos por ambas as empresas”, analisa o executivo.
Segundo o Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Huber+Suhner, Rafael Sampaio, a marca suíça “volta a ter a produção local com uma mão de obra qualificada, possibilitando mais flexibilidade produtiva e celeridade no desenvolvimento de novos produtos, além de promover maior agilidade no
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prazo de entrega”, aponta. A Huber+Suhner chegou a ter fábrica em São José dos Campos e Caçapava, SP, de 1999 a 2020. Agora, com o apoio da Fibracem, a empresa está implantando no Brasil um modelo de transferência de tecnologia e produção já adotado com sucesso em outros países, como Alemanha e Polônia, sempre em parceria com fabricantes locais. “Dessa forma, continuamos atendendo os mercados mundiais com vantagens da produção e logística mais ágil”, diz.
Para a Fibracem, o acordo é estratégico para fortalecer a presença da marca brasileira no mercado corporativo. “A empresa nasceu e sempre atendeu as empresas com a linha de cabeamento e racks, mas ao longo dos anos acabamos migrando o foco para os provedores e operadoras, nos tornando a principal referência em CTOs e CEOs. Agora, ao lado de um parceiro forte como a Huber & Suhner, com a oferta de soluções completas, de alta densidade e customizadas para o cliente, vamos dar um importante passo nesse sentido”, diz El-Jaick.
A parceria vai contemplar, também, as corporações localizadas nos demais países da América Latina. Além do Brasil, regiões como Colômbia, Peru, Chile, Argentina e Paraguai entram na mira da Huber & Suhner com a experiência da Fibracem na atuação junto ao Mercosul. Os produtos serão fabricados na planta em Curitiba e deverão chegar ao mercado no segundo trimestre, por meio dos seus canais de distribuição.
“Temos soluções já conhecidas nos países latino-americanos. Mas essa aliança junto à força de trabalho da Fibracem vai nos ajudar a estarmos bem mais próximos dos clientes, para entendermos suas necessidades e, com isso, pensarmos juntos em novidades para este mercado em toda a América do Sul”, finaliza Rafael Sampaio.
Rack Lisa da Huber & Suhner que será produzido e comercializado pela Fibracem
Fibracem – Tel. (41) 3661-2550 Site: www.fibracem.com
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Forte Telecom amplia backbone e chega ao Centro-Oeste
A Forte Telecom, operadora fluminense especializada em soluções no atacado para provedores de Internet, mercado corporativo e governo, com atuação em 152 municípios do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Ceará, anuncia agora a chegada no Centro-Oeste. “Começamos a ser procurados por provedores locais para oferta de capacidade. Fizemos uma pesquisa e identificamos que há espaço para crescer e grande capilaridade na região”, diz Sérgio Simas, CEO da Forte Telecom.
A empresa inaugurou um ponto de presença em Brasília, DF, e formou uma equipe técnica e comercial para atender os novos clientes. Os primeiros equipamentos foram instalados em novembro. “Fizemos inúmeras simulações e testes exaustivos de homologação da rede e as primeiras ativações já ocorreram no início de fevereiro. A receptividade tem sido muito boa e hoje já temos uma fila de demanda para atendimento”, diz o executivo. O roadmap prevê a extensão do backbone por meio de acordos de swap até Goiânia, GO, e Cuiabá, MT, já no mês de março.
Paralelamente à expansão no Centro-Oeste, a Forte Telecom continua dando sequência à construção de rotas ópticas rumo ao Nordeste. “Já chegamos no sul da Bahia e o plano é alcançar a capital cearense, onde teremos uma malha metropolitana”, afirma Simas. A operadora já tem um ponto de presença no data center da GlobeNet na praia do Futuro, em Fortaleza, cuja parceria se estende, por cabo submarino, até Miami, EUA.
“Estamos investindo tanto na construção de redes novas como na ampliação de capacidade dos circuitos existentes para dar conta da demanda, em especial com investimentos em sistemas DWDM - Dense Wavelength Division Multiplexing e instalação de novos amplificadores e transponders”, afirma o executivo. Embora não atenda diretamente o consumidor final, a explosão da demanda por banda na pandemia movimentou os provedores de Internet, que formam grande parte da carteira de mais de 450 clientes da Forte Telecom. Segundo o CEO, a empresa teve um aumento de tráfego de 60% entre abril de 2020 a junho de 2021. Considerando desde o início da pandemia até fevereiro de 2022, o salto chega a 80%. “Mesmo com a retomada das atividades presenciais, o mercado de Internet continua aquecido. Tivemos pico, mas não queda”, diz.
A Forte Telecom nasceu em 2006, no interior do Rio de Janeiro. Aos poucos foi construindo rotas redundantes em fibra óptica e conexões até os pontos de entroncamento para prover links de acesso com baixa latência, largura de banda garantida e abordagens em anel. Dentre os inúmeros caminhos alternativos que compõemo backbone da empresa ao longo de todos os estados onde atua, no Rio de Janeiro, a Forte Telecom ainda conta com rota paralela totalmente subterrânea, construída em oleoduto, que garante elevada confiabilidade à rede, cruzando cidades importantes do estado, como Campos, Macaé e Niterói. Atualmente o backbone tem mais de 7000 km.
Além de serviços como IP trânsito, transporte e LAN to LAN, um dos destaques da Forte Telecom é o IX Cloud, solução que instantaneamente conecta o provedor de Internet aos principais conteúdos do mundo de forma simples e dinâmica. “Temos contratos com operadoras internacionais e mais de 500 mil rotas de IXs de todo o mundo que garantem o circuito mais curto ao provedor”, diz Simas. Segundo ele, há uma economia de 80% do tráfego IP do provedor e redução de latência para os serviços de Internet, de grande importância para aplicações como games e fluxos de IPTV.
Forte Telecom – Tel. (22) 3518-0661 (22) 3518-0661 Site: www.fortetelecom.com.br Pesquisa aponta aumento de 29% na participação de edge computing até 2026
A Vertiv anunciou os resultados de uma pesquisa realizada com 156 profissionais da indústria global de data centers. Investimentos expressivos em edge computing mudarão o perfil do ecossistema nos próximos quatro anos. Espera-se que até 2026 aconteça um aumento de 29% na participação de edge sobre a computação total. Essa marca passará dos atuais 21% para 27% sobre o quadro geral do mercado.
Cerca de um terço (34%) dos pesquisados está planejando ou no meio de implementações de edge. Um quarto já implementou sites de edge novos e projetados para esse fim e 41% está operando sites de edge legados. Os participantes da pesquisa preveem também um crescimento de 150% nos sites de core e maior atividade na nuvem em geral. De acordo com o estudo, o percentual de recursos de TI implementados em nuvem pública deve crescer dos atuais 19% para 25% até 2026. A demanda por recursos de computação está crescendo de forma exponencial nas redes atuais.
“Os próximos quatro anos remodelarão o cenário de data centers, mudando cada vez mais a computação para o edge. Isso acontece ao mesmo tempo em que as instalações empresariais serão ancoradas no core das modernas redes híbridas”, diz Martin Olsen, vice-presidente global para estratégias de edge e transformação na Vertiv. “A pesquisa deixa clara a demanda urgente por computação próxima ao usuário final, onde o dado será consumido. O futuro é centrado em velocidade e latência e a única forma de atender a esses dois requisitos é desenvolvendo o edge da rede”, completa.
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Fibratech lança kit para conectorização de cabos drop e cordões ópticos em campo
A Fibratech Telecom, desenvolvedora de soluções em fibra óptica com sede em Itajaí, SC, disponibilizou para o mercado o kit de terminação de alta performance. O produto foi desenvolvido para permitir que a conectorização em campo de cabos drop e cordões ópticos seja feita com a mesma qualidade e durabilidade de um conector de fábrica, também conhecido como conector de cola.
Ao contrário do conector de campo que contém em sua construção um gel específico para a ligação da fibra, o conector de cola de campo da Fibratech não faz a fusão entre duas fibras, mas permite que a fibra única proveniente do cabo siga até a face do ferrolho óptico. Segundo a fabricante, o processo gera uma perda perto de zero [dB]. Durante a concepção da solução, a Fibratech planejou uma forma do conector não ter problemas com as condições do ambiente onde for instalado. Para isso, a empresa fez com que o principal componente da conexão fosse a própria fibra, sendo imune a variações de temperatura.
No caso de manutenções em data centers, o kit possibilita a substituição de conectores danificados sem demandar a troca de um enlace de cordão óptico de grande comprimento. Outra aplicação é a substituição da fusão nas caixas de terminação pela conectorização, sem aumento de perdas e com auxílio na organização e identificação de portas.
Fornecido com duas lixas por pacote de 20 conectores, 1 tubo de cola para cada 100 conectores e maleta de transporte, o kit é compatível com cabos drop indoor e outdoor e cordões ópticos de 0,9, 2 e 3 mm. A solução atende conectores modelos SC e LC.
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Caixa de terminação óptica antes e depois da aplicação da solução Fibratech Telecom
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Fibratech Telecom – Tel. (47) 2125-1876 Site: www.fibratechtelecom.com
A SipPulse, companhia especializada no desenvolvimento de soluções VoIP com sede em Florianópolis, SC, fornece soluções voltadas ao encaminhamento de chamadas e uso de serviços de voz para operadoras.
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Uma das ferramentas comercializadas é o Softswitch PCRT, disponível nos pacotes Starter, Basic e Full. O primeiro, com suporte para até 15 mil registros, é voltado para operadoras que começaram recentemente a ofertar telefonia. Já o segundo, para até 50 mil registros ativos, oferece ferramentas para operações correntes em companhias com volume médio de assinantes. Por fim, o terceiro é configurado para situações com dispersão geográfica e demandas de altíssima disponibilidade, sem um limite definido de registros. A contratação é feita de acordo com o tamanho do provedor, que pode passar para outro nível à medida que sua operação for crescendo.
“Temos acompanhado uma expansão no mercado de serviços de voz. Os provedores regionais, principalmente os adquiridos por fundos de investimento, têm procurado aumentar a gama de SVAs – Serviços de Valor Agregado”, diz John Alexandre Kinney Ferreira, diretor comercial da SipPulse. Em 2019, a empresa começou a trabalhar em uma plataforma com o conceito total experience. Desenvolvida para ser utilizada com navegadores, a solução passou a integrar diversos canais de comunicação com os sistemas de negócios dos contratantes. Atualmente, a ferramenta encontra-se em fase de testes. Segundo o diretor, o início da pandemia fez com que a SipPulse projetasse um índice de 50% de restrição de mercado, valor que acabou chegando a menos de 5%. “Com as proibições de mobilidade impostas pela Covid-19, os serviços telefônicos passaram a ser mais utilizados. Nossa plataforma faz o atendimento para o consumidor se concentrar em um só lugar, unificando os contatos antes feitos em lojas e na rua, inclusive com o WhatsApp. É um aplicativo que muitos enxergam como
um concorrente, porém acreditamos que é mais uma ferramenta à disposição do provedor”, explica. Um dos requisitos para a oferta de serviços de telefonia é obter uma autorização da Anatel. Em algumas situações, porém, o provedor quer trabalhar com pacotes de voz, mas sem ter que buscar uma outorga. Para solucionar a questão, a SipPulse atua com serviço de sublocação, em que os clientes de maior porte criam uma revenda para a operadora regional com domínio próprio. “Não é preciso ter uma estrutura de telefonia. Basta colocar um aparelho na casa do cliente ou uma ONU”, afirma Ferreira. Em 2021, a SipPulse obteve um índice de crescimento 47% maior que 2020. Para 2022, a meta é aumentar para 50%. “Nossos diferenciais são o capital intelectual e o fornecimento de tecnologias 100% nacionais. Um dos fundadores é membro do Open SIPS, associação internacional que auxilia no desenvolvimento do protocolo SIP”, lembra o diretor. Com 30 colaboradores, a SipPulse também fornece gateways PGWS para Kinney, da interconectar redes de telefonia IP. Para SipPulse: canais 2022, a companhia pretende finalizar o de comunicação desenvolvimento de sua plataforma de integrados aos comunicação integrada, com lançamento processos de negócio do provedor previsto para o segundo semestre, bem como reforçar a divulgação de produtos já comercializados.
SipPulse – Tel. (48) 3332-8540 Site: www.sippulse.com
CBL Tech atua com destruição, recuperação e armazenamento de dados
Com o aumento no número de colaboradores em home office, a quantidade de informações corporativas circulando fora dos escritórios foi intensificada. O cenário demanda um sistema de backup cada vez mais seguro para evitar que informações sigilosas sejam perdidas ou mesmo caiam em mãos erradas, bem como um cuidado muito maior acerca dos HDs utilizados no dia a dia.
A CBL Tech, empresa canadense com unidade brasileira em Curitiba, PR, atua há 25 anos ofertando soluções em proteção, segurança, armazenamento em cloud e recuperação de dados. Seu laboratório ocupa uma área de 200 m2. É nesse espaço que os técnicos trabalham na recuperação de HDs danificados. Em um primeiro momento, é analisado o histórico do HD em busca de avarias. No caso de informações deletadas acidentalmente, a procura é por rastrear e buscar os arquivos apagados.
“Ao contrário do que muitos pensam, as memórias SSDs dão tantos problemas quanto os HDs de disco. Já a gama de falhas encontradas varia bastante, indo desde manuseio por parte de técnicos não qualificados a danos ocasionados por agentes externos como café e água”, explica Romildo Ruivo, gerente da CBL Tech.
A taxa de recuperação de dados das mídias chega a 90%. Os casos perdidos são aqueles nos quais houve grandes danos nas superfícies do disco, mas em diversas situações o problema está na memória ter sido aberta antes de chegar à CBL Tech, geralmente em condições inadequadas de manuseio.
Além da recuperação e destruição de dados, a empresa tem investido no armazenamento, compartilhamento e backup em nuvem. Os dados são salvos em um data center próprio, também em Curitiba, com dois racks e capacidade de armazenamento de 1 PB. Segundo Ruivo, falta uma conscientização maior por parte das companhias brasileiras de que os dados são vitais para manter os negócios, ou
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Laboratório da CBL Tech em Curitiba
mesmo a reputação de profissionais “Criamos o serviço por causa dessa clientela que perdia os dados e nossa função era simplesmente recuperar e entregá-los num HD. Só que esse processo, entre receber o HD em nosso laboratório e devolvê-lo, demorava muito tempo, especialmente dos contratantes de Brasília e do Nordeste. Hoje, reduzimos a entrega em até 24 horas”, lembra o executivo.
Outro nicho atendido é a computação forense. A empresa oferece a especialização necessária para coletar evidências a partir de sistemas de informática, além da capacidade de análise forense de mídias de armazenamento à procura de dados apagados, escondidos e danificados acidental ou propositalmente. Entre seus clientes estão órgãos de execução da lei, empresas de consultoria forense e departamentos de recursos humanos.
Para garantir que o processo de destruição é seguro, a empresa firmou parcerias com as companhias norteamericanas SEM, Proton Data Security e Garner Products, destruidores de mídias magnéticas. O serviço pode ser realizado in loco ou nas unidades dos contratantes. “Há diversos modelos de equipamentos que atuam na destruição do campo magnético do disco, e outro que perfura o disco, tornando os dados totalmente irrecuperáveis”, diz o gerente.
Para atender o maior número de clientes, a CBL Tech desenvolveu o Wipe, um software gratuito de desmagnetização de discos/HD, desde que estejam 100% em funcionamento. O programa elimina definitivamente qualquer possibilidade de que os dados salvos (ou apagados) do disco rígido possam ser recuperados ou acessados por terceiros, mesmo que eles utilizem processos mais sofisticados.
Com 30% de sua clientela composta por empresas de telecom, a CBL Tech estima ter realizado aproximadamente mais de 40 mil serviços ao longo de sua história. Para grandes operadoras, comercializa equipamentos de destruição de dados fabricados pelas empresas norte-americanas das quais é parceira. Presente em 10 países, a companhia investe constantemente em treinamentos e tecnologias desenvolvidas em seus 11 laboratórios internacionais localizados nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Índia, China, Japão, Malásia, Cingapura e Austrália.
CBL Tech – Tel. 0800 643 1166 Site: www.cbltech.com.br
Connectoway lança solução em nuvem para provedores
A Connectoway, empresa de soluções digitais em TI e telecom e distribuidora oficial dos produtos Huawei, desenvolveu o Portal Smart Connect, uma solução para ajudar os provedores regionais no modelo de entrega de aplicações. Com ela, é possível visualizar ferramentas de trabalhos e otimizar a gestão da nuvem.
“A utilização de nossa plataforma cloud, potencializada com o novo Portal, proporciona aos provedores uma nova possibilidade de receita de valor agregado e abre caminho para uma transformação na modelagem de processos e negócios digitais. Os provedores poderão reduzir custos desnecessários com novos computadores e servidores, por exemplo, ao mesmo tempo em que ampliam a governança corporativa através da centralização de acesso às aplicações e processos”, comenta Paulo Frosi, diretor de negócios corporativos da Connectoway.
O primeiro ambiente neste modelo está previsto para rodar no primeiro semestre de 2022. Entretanto, a Connectoway já oferece soluções IaaS –Internet como Serviço, PaaS –Plataforma como Serviço e SaaS –
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Software como Serviço para diversos modelos de negócios.
“Acompanhamos nossos clientes durante todo o ciclo do processo de transformação digital e jornada para a nuvem”, finaliza Frosi.
Connectoway – Tel. 0800 731 8000 Site: https://connectoway.com.br/
Inatel inicia testes de Open RAN como parte do programa Open Field
O Laboratório do programa Open Field iniciou as operações após a instalação do primeiro site para testes de soluções abertas em uma rede privada. A rede em operação foi planejada e concebida em colaboração com o TIP - Telecom Infra Project e pode ser utilizada por empresas interessadas em testar e validar casos de uso baseados em soluções Open RAN.
“O objetivo é fomentar o Open RAN, facilitando o acesso de players à rede instalada. O programa será executado em fases, com testes em um ambiente muito próximo da realidade comercial. Poderão ser testados vários aspectos, como interferência, performance, propagação, mobilidade, tráfego, entre outros, e por simulação com usuários reais”, explica o especialista em desenvolvimento de negócios do Inatel, Gleyson Santos.
A criação do novo laboratório foi anunciada em outubro de 2020 e, desde então, foram realizados planejamento, aquisição e instalação de equipamentos baseados em arquiteturas 4G e 5G abertas e desagregadas. O laboratório conta com equipamentos dos parceiros Ceragon, Dell Technologies, Delta, DZS e Parallel Wireless. As operadoras Brisanet, Claro, TIM, parceira desde o lançamento, e Vivo fazem parte do programa.
Para o TIP, o principal objetivo do programa Open Field é promover a colaboração, o desenvolvimento e a adoção de soluções abertas, desagregadas, seguras, escaláveis e sustentáveis para as operadoras e demais parceiros do ecossistema.
O programa também irá contribuir com o Inatel na formação de futuros profissionais para o mercado, em tecnologias já consolidadas e também em soluções inovadoras que estão em debate no mundo das telecomunicações.
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Operadoras já podem testar alguns casos de uso na rede instalada
Inatel – https://inatel.br/home/
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Entendendo a diafonia (crosstalk)
A diafonia é o efeito de “linha cruzada” entre canais adjacentes e se trata da interferência eletromagnética que ocorre devido aos mecanismos de acoplamento indutivo e capacitivo entre pares de cabos balanceados. O artigo faz uma revisão completa sobre o tema, seus parâmetros e metodologias de teste previstas em normas. O controle da diafonia é fundamental para garantir o correto desempenho do sistema de cabeamento estruturado.
Paulo S. Marin, Doutor em EMI/EMC aplicada à Infraestrutura de TI
Embora muitas vezes apresentada como algo novo, cuja importância parece estar diretamente relacionada à transmissão de dados em cabos de cobre em sistemas de cabeamento estruturado, a diafonia (crosstalk, em inglês) é um efeito que remonta aos anos de 1920, início das comunicações telefônicas de longa distância.
O termo diafonia é a junção do prefixo grego ‘dia’, que significa através, e o termo ‘fonia’ (também de origem grega), que expressa a noção de som, voz. Portanto, significa, essencialmente, a passagem de um sinal audível de um meio a outro. De forma mais objetiva, considerando que o termo vem de comunicações de voz por meio de cabos de pares trançados (balanceados), diafonia expressa a transferência (ou vazamento) de sinal de voz de um par a outro do cabo, que é o efeito conhecido como “linha cruzada”, termo equivalente em inglês crosstalk = fala cruzada. Embora oriunda das primeiras comunicações analógicas de voz, a diafonia ocorre da mesma forma em transmissão de sinais digitais, não necessariamente audíveis pelo ouvido humano. É importante explicar, entretanto, que o efeito de linha cruzada em comunicações telefônicas de voz é coisa do passado.
Embora tratada como um parâmetro de transmissão, a diafonia é, de fato, um efeito de interferência eletromagnética entre sinais que se propagam em canais próximos. A quantidade do sinal acoplado em um determinado canal como consequência da diafonia é ruído. Por esse motivo, a diafonia precisa ser controlada.
Antes de entrarmos em mais detalhes, é importante entender que não há variações ou tipos diferentes de diafonia. Além disso, ela ocorre sempre, e somente, devido à interferência eletromagnética, quando relacionada a sistemas de transmissão que utilizam cabos metálicos como meio de transmissão. Isso é importante porque o termo diafonia também é utilizado em outros sistemas de comunicação.
Como a diafonia acontece devido a acoplamentos entre canais (ou circuitos), farei uma breve revisão sobre canais de transmissão por cabos metálicos.
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Fig. 1 – Modelo “T” simétrico representativo de um cabo balanceado Canais constituídos por cabos metálicos
Há uma variedade de cabos metálicos para a transmissão de sinais, cada um com uma constituição diferente e mais ou menos adequada a determinado sistema e/ou aplicação. O interesse em cabos metálicos e seus efeitos em transmissão de sinais data do início das comunicações telefônicas, de modo que trabalhos publicados naquela época, como os de Nyquist, ainda são procurados nos dias de hoje.
Neste artigo, vou colocar o foco nos cabos balanceados de cobre. Há cabos com condutores que empregam outros materiais. No entanto, em cabeamento estruturado, os cabos balanceados devem ser de cobre, por força da normalização vigente.
Os canais de transmissão são descritos por parâmetros de linha distribuídos, como resistência, indutância, capacitância e condutância por unidade de comprimento. Em geral, um canal pode ser descrito por um arranjo de resistência e indutância em série, juntamente com capacitância e condutância em paralelo. Embora esses quatro parâmetros tenham sido desenvolvidos inicialmente para linhas de transmissão paralelas abertas, todos os canais de transmissão podem ser caracterizados por meio deles, com alguma variação dependendo do tipo de cabo. Um dos modelos que melhor representa o cabo balanceado é o “T” simétrico (figura 1).
Os parâmetros de linha podem ser considerados uniformemente distribuídos ao longo do canal e variam com a frequência. Para cabos com capas de PVC (e compostos plásticos em geral), a condutância (G) pode ser considerada nula e, para cabos balanceados, a indutância mútua (L) é reduzida, porém participa do mecanismo de diafonia, assim como a capacitância mútua (C), por meio do desequilíbrio capacitivo entre os pares. A resistência (R) também é crítica, pois afeta a reposta de atenuação do canal, importante para a determinação de seu desempenho juntamente com a resposta de diafonia.
O modelo da figura 1 pode ser compreendido como uma parte muito pequena (infinitesimal) representativo de um cabo balanceado, da ordem de poucos milímetros. Para modelar um cabo de um determinado comprimento, da ordem de dezenas de metros, milhares de seções devem ser cascateadas em série (figura 2). O modelo nos leva a concluir que, quando as seções “T” são conectadas em série para formar um canal de comprimento longo, os valores dos parâmetros de linha (de cada seção “T”) são somados, contribuindo, portanto, para os valores dos parâmetros primários desse canal.
Parâmetros primários e secundários do canal
Um canal é caracterizado por seus parâmetros primários (R, L, G e C) que, como o próprio termo sugere, são característicos do canal, ou seja, determinados pelos materiais utilizados nos condutores, nos dielétricos, pela geometria do cabo e outros aspectos construtivos. Esses parâmetros são independentes dos métodos de instalação, utilização, aplicações, etc.
Os parâmetros secundários são: • Impedância característica (Z0): resistência elétrica equivalente do canal de transmissão em função dos parâmetros R, L, G e C. Para cabos balanceados em cabeamento estruturado, a impedância
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Fig. 3 – Efeitos do canal sobre um sinal que se propaga por ele
característica é de 100 Ω. A partir dela as cargas conectadas devem apresentar o mesmo valor de Z0 para garantir o casamento ótimo de impedâncias entre os equipamentos ativos de TI conectados, com reflexão mínima de sinal entre transmissor e receptor e, portanto, melhor desempenho do sistema de comunicação. • Atenuação: é a resposta do canal de transmissão que causa a redução da potência de um sinal que se propaga por ele. Está diretamente relacionada à resistência elétrica do condutor, tanto em corrente contínua quanto alternada, que varia em função da frequência. Embora diretamente associada aos aspectos construtivos dos cabos, especialmente no que diz respeito ao material do condutor e sua bitola, a atenuação aumenta com a elevação da frequência e da temperatura. • Deslocamento de fase e velocidade de propagação: diretamente relacionados, ambos os efeitos afetam a posição do sinal na saída do canal em relação à entrada. A velocidade nominal de propagação, referida como uma porcentagem da velocidade da luz no vácuo, depende do material do meio de transmissão e do comprimento do canal. Como os pares de um cabo balanceado não têm exatamente os mesmos comprimentos (os passos de torção não são uniformes), os sinais se propagam por eles em tempos diferentes. Essa diferença é denominada desvio de atraso de propagação, ou delay skew. É medida como a diferença entre os pares “mais rápido” e “mais lento” do cabo. É importante especialmente em sistemas de comunicação full-duplex nos quais a informação é particionada e transmitida simultaneamente por meio dos quatro pares e deve ser entregue ao receptor dentro de um intervalo de tempo predeterminado pela aplicação.
Portanto, um sinal aplicado à entrada de um canal de transmissão estará sujeito às suas características de resposta, que são diretamente relacionadas aos parâmetros primários e secundários do canal, assim como a outros fatores externos, conforme mostrado na figura 3. Um sinal gerado pela eletrônica de um equipamento ativo de TI (placa de rede, porta de switch, etc.) aplicado à entrada do canal (A) sofre seus efeitos por causa dos parâmetros primários e secundários e chega à
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Fig. 4 – Exemplo de acoplamento condutivo
saída (B) atenuado e defasado. Outros efeitos que afetam a integridade do sinal (C), externos ao canal, porém incorporados a ele, devem ser levados em consideração, como o ruído do circuito, a diafonia, interferências de outras fontes externas, entre outros.
Portanto, notamos que o sinal é aplicado ao canal com uma forma de onda bem definida (A) e chega à entrada do receptor bastante distorcido (C). Como não é possível controlar as características de resposta do canal por práticas de instalação, precisamos de alguma forma controlar os efeitos externos. A diafonia, embora intrínseca à construção do cabo, pode ser mantida dentro de parâmetros de fabricação por meio de boas práticas de instalação. Em outras palavras, não há como melhorar a resposta de diafonia por meio de práticas de instalação, mas quando não observadas, ela pode ser prejudicada.
Considerações sobre acoplamento entre circuitos (ou canais)
Quando dois ou mais circuitos (ou canais) estão próximos, há “vazamento” de sinais entre eles,
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referidos como ruídos. Isso é devido aos acoplamentos entre os circuitos, que pode acontecer devido a um ou mais dos seguintes mecanismos: • acoplamento condutivo; • acoplamento capacitivo (devido ao campo elétrico); • acoplamento indutivo (devido ao campo magnético); e • combinação de campos elétrico e magnético, algumas vezes referido na literatura técnica como acoplamento eletromagnético.
Acoplamento condutivo
Ocorre quando circuitos ou canais diferentes têm um ramo comum (figura 4). Na prática, ocorre com certa frequência entre dois canais ou circuitos (como os circuitos 1 e 2 na figura 4), que usam o plano de terra como condutor elétrico (configuração de modo comum). Embora esse tipo de acoplamento seja bastante comum e importante, o acoplamento condutivo não é parte do mecanismo de interferência eletromagnética. Na figura 4, o circuito 1 é de potência e o circuito 2, de telecomunicações.
Acoplamento capacitivo ou por campo elétrico
Ocorre entre cabos de potência e cabos de telecomunicações instalados paralelamente ao longo de um dado caminho. Quanto maior o percurso de carregamento paralelo, maior o efeito do acoplamento capacitivo. Embora representado na figura 5 entre circuitos de potência e telecomunicações, esse efeito não ocorre apenas entre esses sistemas, mas igualmente entre dois ou mais cabos de potência e entre dois ou mais cabos de telecomunicações em carregamento paralelo.
É importante dedicar atenção à capacitância CPT (capacitância entre o circuito de potência e o de telecomunicações), pois o acoplamento de ruído entre os dois circuitos representados será maior quanto maior for o valor dessa capacitância. A distância entre os circuitos envolvidos no mecanismo de acoplamento afeta o valor de C
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Fig. 6 – Exemplo de acoplamento indutivo
PT, que será menor quanto maior a separação entre eles.
Normalmente a separação entre dois condutores é especificada em termos de seus diâmetros. Há estudos em literatura especializada sobre isso [1].
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Fig. 7 – Modelo simplificado de acoplamentos que causam a diafonia
Acoplamento indutivo ou magnético
Ocorre devido à indutância mútua (Lmútua) entre dois ou mais canais (figura 6). Quando uma corrente flui por um circuito (interferente) terminado com uma impedância de carga (uma placa de rede ou uma porta de switch, por exemplo), ela produz um fluxo magnético proporcional a essa corrente que induz uma tensão de ruído (V
ruído) no circuito interferido e gera uma corrente de modo comum, também responsável pela introdução de ruído adicional no circuito interferido.
É um dos principais responsáveis pelo acoplamento de diafonia entre canais de transmissão. Entre as técnicas eficientes para a redução estão a separação entre eles (quanto maior a separação, menor a interferência) e a manutenção da geometria dos condutores do cabo de transmissão de sinais ao longo de sua extensão. A intensidade do campo magnético é diretamente proporcional à intensidade da corrente elétrica que o produz e inversamente proporcional à distância entre os canais interferente e interferido.
Efeitos combinados
Nos itens anteriores analisamos os mecanismos de acoplamento condutivo, capacitivo (por campo
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Fig. 8 – Mecanismos de interferência por diafonia (NEXT e FEXT)
elétrico) e indutivo (por campo magnético) isoladamente. Em instalações reais, esses mecanismos se apresentam de forma combinada, mesmo que em muitos casos um seja mais significativo que o outro, dependendo de algumas condições técnicas e ambientais.
Diafonia (crosstalk) propriamente dita
A diafonia ocorre devido aos mecanismos de acoplamento indutivo e capacitivo e é o maior fator limitativo de desempenho em sistemas de comunicação com cabos balanceados. A figura 7 mostra um esquema simplificado dos acoplamentos causadores da diafonia.
A diafonia pode ser entendida como a interferência eletromagnética entre sinais (digitais ou analógicos) que se propagam por diferentes pares dentro de um cabo balanceado com ou sem blindagem. Essa interferência entre dois pares em um cabo U/UTP (cabos balanceados sem blindagem) ou F/UTP (cabos balanceados sem blindagem individual de pares cobertos por uma blindagem geral tipo folha) depende de vários fatores, entre eles os aspectos construtivos do cabo, como bitola dos condutores, passo de torção (intervalos entre os quais os condutores são trançados em relação ao seu eixo longitudinal), material empregado no dielétrico e simetria (elétrica) entre os pares.
A interferência por diafonia não pode ser eliminada, mas é controlada no processo de fabricação do cabo e, durante a instalação pode ter seu desempenho garantido por boas práticas. Pela própria natureza da indutância mútua, que apresenta uma variação muito ampla em torno de seu valor teórico nominal, esse parâmetro não é especificado pelo fabricante do cabo exatamente por não poder ser controlado. A capacitância mútua, por outro lado, tem seu valor
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Fig. 10 – Metodologia de teste de paradiafonia e telediafonia powersum especificado e pode ser controlada na fabricação. Esse parâmetro é otimizado, o que resulta em uma tendência de valores mais baixos quanto mais alta a categoria de desempenho do cabo. Quanto menor o valor desse parâmetro, menor o acoplamento capacitivo e, portanto, maior a isolação do par para interferência por diafonia.
Uma preocupação especial é dispensada aos efeitos da diafonia,
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bem como seu controle em sistemas de cabeamento estruturado. A diafonia (crosstalk) pode ser medida a partir de dois referenciais: • na extremidade do canal na qual se encontra a fonte causadora do ruído; e • na extremidade oposta àquela na qual se encontra a fonte causadora do ruído.
Conforme mencionado anteriormente, não há tipos diferentes de diafonia, ou seja, ela é um efeito único que pode ser avaliado com relação a referenciais diferentes. A diafonia medida na extremidade do canal onde se encontra a fonte causadora de ruído é identificada como paradiafonia. O prefixo grego ‘para’ significa próximo. Em inglês, a paradiafonia é identificada pela abreviatura NEXT (near-end crosstalk), que expressa a interferência (ruído) por diafonia acoplada ao canal próximo (near) àquele no qual se encontra a fonte causadora dessa interferência.
A diafonia medida na extremidade oposta do canal em relação àquela em que se encontra a fonte de ruído é identificada como telediafonia. O prefixo grego ‘tele’ significa distante. Em inglês, a telediafonia é identificada com a abreviatura FEXT (far-end crosstalk), que expressa a interferência (ruído) por diafonia acoplada ao canal distante (far) daquele no qual se encontra a fonte causadora dessa interferência.
A figura 8 esquematiza a diafonia medida com base em ambos os referenciais para um cabo balanceado de quatro pares. O sinal aplicado à entrada do canal (par #1), proveniente de um equipamento ativo de rede (operando como transmissor) e que carrega informação digital que precisa ser recebida e decodificada por outro equipamento ativo na extremidade oposta do canal (operando como receptor) também funciona como a fonte de interferência causadora de ruído por diafonia acoplado aos canais (ou pares) adjacentes. Nessa figura são representadas as interferências por diafonia entre os pares 1-2, 1-3 e 1-4.
Aproveitando o esquema da figura 8, concluímos que a paradiafonia não está sujeita ao comprimento do canal, pois se trata de uma interferência local. Por outro lado, está sujeita à extensão do canal e se trata, portanto, de uma interferência remota. Por esse motivo, relações entre a telediafonia e a atenuação do par interferido são importantes para a especificação dos limites de desempenho do canal em cabeamento estruturado.
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Fig. 11 – Mecanismo de transmissão da aplicação 10Base-T
Em resumo, isso é diafonia. É o efeito de “linha cruzada” mencionado no início deste artigo. Embora a análise dos mecanismos de interferência requeira a aplicação de ferramentas matemáticas de certa complexidade, o efeito físico em si é bastante simples de ser compreendido.
Metodologias de teste de diafonia
Há, basicamente, duas metodologias de teste de diafonia especificadas por normas técnicas: • Teste par a par: avalia a interferência entre pares individuais dentro de um segmento de cabo balanceado de quatro pares. A fonte de sinal é aplicada em cada um dos pares e sua interferência avaliada nos demais pares individualmente (figura 9). • Teste de soma de potências de ruído acoplado ao canal (powersum).
Portanto, para cabos balanceados de quatro pares, há seis combinações de NEXT e FEXT par a par: 1) NEXT1-2, FEXT1-2 2) NEXT1-3, FEXT1-3 3) NEXT
1-4, FEXT1-4
4) NEXT
2-3, FEXT2-3
5) NEXT
2-4, FEXT2-4
6) NEXT
3-4, FEXT3-4
É importante explicar que, por se tratar de efeitos resultantes de indutância e capacitância mútuas, temos que NEXT1-2 = NEXT2-1, NEXT1-3 = NEXT3-1, NEXT2-3 = NEXT3-2, NEXT2-4 = NEXT
4-2, NEXT3-4 = NEXT4-3, NEXT4-1 = NEXT1-4, NEXT4-2 = NEXT2-4 e NEXT4-3 = NEXT3-4. As mesmas relações se aplicam às combinações de testes de FEXT. Isso explica por que são seis as combinações de interesse de relações de NEXT e FEXT.
O teste powersum avalia a interferência acoplada em um par como função das fontes de ruído colocadas nos demais pares (figura 10). Portanto, para cabos balanceados de quatro pares, há quatro combinações de NEXT e FEXT powersum: 1) PS-NEXTPar1, PS-FEXTPar1 2) PS-NEXT
Par2, PS-FEXT
Par2
3) PS-NEXT
Par3, PS-FEXT
Par3
4) PS-NEXT
Par4, PS-FEXT
Par4
O leitor pode estar se perguntando qual é o motivo de ter duas metodologias de teste de diafonia. Na verdade, isso tem relação com as características das aplicações que podem ser implementadas em cabeamento estruturado, que deve estar preparado para qualquer aplicação, desde que em
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Fig. 13 – Esquema de interferência por alien crosstalk conformidade com a categoria/classe de desempenho de cabos e hardware de conexão.
Por exemplo, para aplicações Ethernet “Base-T” (Ethernet em cabos balanceados), como a 10Base-T, ou seja, 10 Mbit/s utilizando dois pares do cabo balanceado (figura 11), a avaliação da resposta do canal para as interferências por diafonia par a par é o suficiente para garantir o desempenho especificado dessa aplicação.
A aplicação 10Base-T opera em modo half-duplex, ou seja, utiliza um canal para transmissão, no ciclo de transmissão, e outro para recepção, no ciclo de recepção. Portanto, quando um canal (par do cabo balanceado) está em uso, o outro está ocioso. Nesse tipo de sistema, interferências por diafonia são pouco expressivas, porém um teste de diafonia ajuda a identificar, por exemplo, um componente com defeito ou uma conexão malfeita. Da mesma forma, aplicações que operam em modo full-duplex, como a 1000Base-T (Gigabit Ethernet), por exemplo (figura 12), requerem que a resposta do canal para diafonia seja avaliada por meio de testes powersum.
A aplicação 1000Base-T opera em modo full-duplex, ou seja, utiliza todos os quatro pares para transmissão e recepção no mesmo ciclo de comunicação. Nesse caso, todos os pares geram ruídos que são acoplados mutuamente e degradam a qualidade de todos.
A avaliação desses e outros parâmetros de transmissão é feita por meio de testes de certificação de campo do cabeamento instalado. Os limites para aprovação ou rejeição dos resultados obtidos são determinados por normas técnicas específicas com base na classe de desempenho do cabeamento (classe D, E, EA, F, etc.). Alien crosstalk
Em instalações reais, os segmentos de cabos balanceados são instalados em feixes ao longo dos caminhos e espaços em edifícios, de modo que pares adjacentes de cabos próximos interferem mutuamente quando não blindados (U/UTP). Essa
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interferência é denominada alien crosstalk (figura 13).
Como não há blindagem, sinais que se propagam em pares de um cabo podem interferir em sinais que se propagam em pares de cabos adjacentes no mesmo feixe ou grupo de cabos. Embora a figura mostre algumas relações de interferência por diafonia, como o alien NEXT (ANEXT) e o alien FEXT (AFEXT), as mesmas metodologias de testes par a par e powersum se aplicam.
As normas levam esse efeito em consideração e estabelecem limites para testes de alien crosstalk. Esse efeito e seu controle se tornam mais importantes em sistemas de cabeamento devido às aplicações Gigabit Ethernet e 10 Gigabit Ethernet sobre cobre (10GBase-T), pois nesses padrões todos os pares do cabo balanceado são utilizados simultaneamente, o que aumenta, potencialmente, o nível de interferência por diafonia entre pares de diferentes cabos sem blindagem.
O controle de alien crosstalk é importante, pois os equipamentos ativos de TI, em geral, não são capazes de compensar o ruído externo proveniente dos cabos sob certas condições e limites. Assim, é de fundamental importância que os efeitos de cabos adjacentes sejam minimizados.
Até aqui revisamos os parâmetros primários e secundários dos cabos balanceados, os mecanismos de acoplamento entre pares, causadores da interferência por diafonia, e os métodos de medição dessa interferência. Em resumo, tudo o que importa sobre a diafonia (crosstalk) está aqui.
Para finalizar, vamos conhecer brevemente algumas relações importantes entre a diafonia e a atenuação, denominadas ACR (attenuation to crosstalk ratio, relação atenuação diafonia), incluindo suas variações.
Relação atenuação diafonia
De forma bastante objetiva, trata-se da diferença (em dB) entre a diafonia em um determinado par e a atenuação.
No esquema da figura 14 vemos uma representação gráfica da ACR. Essa representação é apenas didática e não se trata da amostragem de um resultado de resposta de ACR medido.
Aproveitando, também é importante explicar que a curva de diafonia se refere à perda por diafonia (NEXTloss), ou seja, a
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isolação entre pares em relação à interferência por diafonia, que diminui à medida que a frequência aumenta (figura 14). A redução da isolação elétrica devida à diafonia implica que o acoplamento de ruído no canal aumenta.
Note que, quanto mais próximas as curvas em azul e vermelho no gráfico, menor é a distância entre elas, que é a relação atenuação diafonia. Portanto, o ACR na frequência F1 (em verde) é maior (em dB) que
o ACR na frequência F2 (em laranja). Há três regiões de interesse no gráfico da figura 14: • ACR positivo: região em que os valores de ACR são aceitáveis como indicadores de desempenho satisfatório do canal. • ACR zero e/ou indefinido: região em que os valores de ACR não são aceitáveis por serem muito próximos de zero (ou zero) e indicam que o desempenho do canal é insatisfatório. • ACR negativo: região em que ocorre a inversão das duas curvas e indica desempenho insatisfatório do canal.
Os limites de aceitação para esse parâmetro são especificados em normas técnicas e variam com a frequência.
Embora algumas vezes confundido com a relação sinal/ruído (SNR, signal to noise ratio) em sistemas de comunicação, ACR e SNR não são a mesma coisa. A relação sinal/ruído não pode ser avaliada para sistemas passivos, pois leva em consideração o mecanismo de codificação empregado no sistema de comunicação (MLT-3, PCM Manchester, 4D-PAM-5, etc.), que depende da aplicação utilizada.
Em outras palavras, é possível avaliar a relação sinal/ruído para a aplicação 10GBase-T, por exemplo,
mas não para um canal de cabeamento estruturado. Assim, a relação atenuação diafonia avalia quanto cada um desses efeitos contribui para a degradação da qualidade de transmissão do canal.
Assim como a diafonia, o ACR é avaliado com base na referência na qual se encontra a fonte de ruído em ambas as metodologias: par a par e powersum, conforme veremos a seguir.
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Fig. 14 – Relação atenuação diafonia (ACR)
ACR-N (relação atenuação paradiafonia par a par)
Trata-se da diferença entre a paradiafonia (NEXT) par a par e a atenuação do par interferido, em dB. Por exemplo, o ACR-N entre os pares 1 e 2 de um cabo de quatro pares é a diferença entre o NEXT entre os pares 1 e 2 e a atenuação do par 2:
ACRN 12=NEXT 12
− A 2
Powersum ACR-N (relação atenuação paradiafonia powersum)
Trata-se da diferença entre a paradiafonia (NEXT) powersum e a atenuação do par interferido, em dB. Por exemplo, o PS-ACR-N no par 1 de um cabo de quatro pares é a diferença entre o PS-NEXT e a atenuação do par 1:
PSACRN1 = PSNEXT1 - A1
ACR-F (relação atenuação telediafonia par a par)
Trata-se da diferença entre a telediafonia (FEXT) par a par e a atenuação do par interferido, em dB. Por exemplo, o ACR-F entre os pares 1 e 2 de um cabo de quatro pares é a diferença entre o FEXT entre os pares 1 e 2 e a atenuação do par 2:
Powersum ACR-F (relação atenuação telediafonia powersum)
Trata-se da diferença entre a telediafonia (FEXT) powersum e a atenuação do par interferido, em dB. Por exemplo, o PS-ACR-F no par 1 de um cabo de quatro pares é a diferença entre o PS-FEXT e a atenuação do par 1, conforme a expressão:
As expressões são simplificações dos métodos de cálculo das relações entre atenuação e diafonia, porém são suficientes para o propósito deste artigo.
A interferência por diafonia (NEXT e FEXT) deve ser medida em ambas as extremidades do canal em testes de certificação do cabeamento. Da mesma forma, as relações entre a diafonia e a atenuação devem ser avaliadas para a aceitação do cabeamento instalado, seguindo as mesmas metodologias de testes de diafonia.
ACRF12 = FEXT12- A2
PSACRF1 = PSFEXT1- A1
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Tab. I – Especificação de parâmetros de transmissão e instalação para testes de campo
Parâmetros de transmissão e de instalação Parâmetros de transmissão e de instalação Parâmetros de transmissão e de instalação Parâmetros de transmissão e de instalação Parâmetros de transmissão e de instalação Conformidade com testes de campo Conformidade com testes de campo Conformidade com testes de campo Conformidade com testes de campo Conformidade com testes de campo Perda de retorno N Perda de inserção (atenuação) N Paradiafonia (NEXT) par a par N Paradiafonia powersum (PS-NEXT) C Relação atenuação paradiafonia (ACR-N) par a par C Relação atenuação paradiafonia (PS-ACR-N) powersum C Relação atenuação telediafonia (ACR-F) par a par N Relação atenuação telediafonia (PS-ACR-F) powersum C Resistência de laço em corrente contínua N Desequilíbrio resistivo para pares individuais O Desequilíbrio resistivo entre pares O Atraso de propagação N Desvio de atraso de propagação N Perda de conversão transversal (TCL) O
Perda de transferência de conversão transversal de nível equalizado (ELTCTL) O Atenuação de acoplamento O Alien NEXT (PS-ANEXT) powersum NS Média de alien NEXT (PS-ANEXTmédia) powersum C Relação atenuação alien FEXT (PS-AACR-F) powersum NS
Média da relação atenuação alien FEXT (PS-AACR-Fmédia) powersum C
Configuração de terminação de pares em tomadas e plugues (wire map) N
Continuidade, blindagem (se aplicável), curto-circuito e circuito aberto N Comprimento I C: valor calculado e é usado para aceitação em testes de campo; I: valor informativo que não segue o critério para aceitação em testes de campo; N: valor normativo para a aceitação em testes de campo; NS: valor normativo de amostragem para testes de campo;O: indica que o parâmetro é opcional em testes de campo.
Alguns parâmetros são medidos em campo e outros calculados com base em limites estabelecidos por normas técnicas. A tabela I mostra os parâmetros envolvidos nos testes de certificação. Utiliza como referência especificações da norma ISO/IEC 11801-1. Os parâmetros marcados como normativo (N) são medidos, os demais são derivados de cálculos ou estabelecidos mediante outros critérios.
Conclusões
A diafonia é o efeito de “linha cruzada” entre canais adjacentes e se trata da interferência eletromagnética que ocorre devido aos mecanismos de acoplamento indutivo e capacitivo entre pares de cabos balanceados.
Não há diferentes tipos de diafonia, ou seja, trata-se de um efeito único que pode ser avaliado com base em referenciais distintos em função da localidade na qual se encontra a fonte causadora desse efeito. Quando avaliada na mesma localidade da fonte, é referida como paradiafonia (NEXT). Na extremidade oposta, é referida como telediafonia (FEXT).
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Esses efeitos podem ser medidos para combinações de pares individuais (par a par) ou a soma de potências de ruído pode ser avaliada (powersum). Os limites de desempenho para os testes de diafonia são estabelecidos com base nessas metodologias e servem para garantir, por meio da certificação, o desempenho das aplicações.
As relações entre a atenuação e a diafonia (ACR) são importantes para a determinação do desempenho do canal em condições críticas de degradação de sua qualidade, pois ambos os parâmetros contribuem para isso. Embora não seja o mesmo que a relação sinal/ruído (que depende do código de linha empregado na aplicação), a ACR pode ser considerada como uma “figura da relação sinal/ruído” de um sistema passivo, sendo o ruído representado pela interferência por diafonia.
A interferência por diafonia não pode ser eliminada, mas é controlada no processo de fabricação do cabo e mantida dentro de especificações no cabeamento por meio de boas práticas de instalação. Na fabricação, o controle é obtido pelo material do dielétrico, passo de torção e manutenção ao longo do cabo e separação ótima entre os pares. Em campo, o desempenho do cabo para a diafonia é obtido por meio da manutenção de suas características geométricas durante a instalação e a manutenção dos passos de torção na terminação dos condutores dos pares em patch panels, blocos de conexão, plugues e conectores.
A interferência por diafonia pode ocorrer entre pares de cabos diferentes instalados em proximidade ao longo dos caminhos de cabos em uma instalação (alien crosstalk). A técnica mais eficiente para eliminar seu efeito é o uso de cabos blindados F/UTP (foil-unshielded twisted-pair) ou S/FTP (screen-foil twisted-pair). A blindagem é a única técnica capaz de eliminar os acoplamentos indutivo e capacitivo entre circuitos.
REFERÊNCIAS
[1] Ott, Henry: Noise Reduction Techniques in Electronic Systems. John Wiley & Sons, 1988. [2] Eager JR, G.S. et al.: Tranmission properties of polyethyleneinsulated telephone cables at voice and carrier frequencies. AIEE Transactions in communications and electronics. Nov./1959. [3] Mardiguian, Michel: EMI Troubleshooting techniques. First edition. New York: McGraw-Hill, Inc. 1999. [4] Marin, Paulo S.: Cabeamento estruturado – projeto e instalação. Primeira edição. São Paulo: PM Books Editora. 2015. [5] Ott, Henry: Electromagnetic compatibility engineering. First edition. New Jersey: John Wiley & Sons, Inc. 2009. [6] Waggener, B.: Pulse code modulation techniques with application in communications and data recording. First edition. New York: Van Nostrand Reinhold, Inc. 1995.
Balanceador de carga em ambiente de múltiplas nuvens
As aplicações estão passando de uma arquitetura monolítica para uma estrutura baseada em microsserviços e as implementações estão migrando dos tradicionais servidores de hardware com máquinas virtuais rodando na nuvem para contêineres em múltiplos ambientes. Por isso é tão importante o balanceamento avançado de carga: além de agilidade e eficiência, a tecnologia garante à empresa uma operação sem súbitas interrupções.
Marcelo Trivelatto, da A10 Networks
Devido à necessidade de agilidade e eficiência, o balanceador de carga (load balancer) tornou-se um elemento essencial nas operações modernas, muito em função do avanço da migração para a nuvem e sua ótima performance no cenário multicloud.
Com a missão de efetuar a suspensão de acesso otimizada dos sistemas e distribuir uniformemente a carga de trabalho entre dois ou mais servidores, discos rígidos, interfaces de rede ou outros recursos de cloud computing, os balanceadores de carga estão no meio do tráfego de aplicações de uma organização. Eles são colocados em uma posição crítica a fim de equilibrar a enorme quantidade de informações sobre o fluxo de tráfego.
E a evolução chegou aos balanceadores. Hoje já falamos em balanceamento avançado, ou seja, tecnologia que proporciona ainda mais valor e eficácia à equipe de operações, uma vez que entrega visibilidade, insights, análises de segurança, gestão centralizada, automação e integração de contêineres e Kubernetes. Nesse sentido, tornou-se fundamental na arquitetura de microsserviços.
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Fig. 2 - Os balanceadores de carga avançados podem se integrar com produtos de segurança mais modernos, fortalecendo as defesas
Vamos analisar abaixo cada benefício e entender como o equilíbrio avançado de carga desempenha um papel importante na promoção da agilidade da equipe, melhorando a segurança, racionalizando os fluxos de trabalho e utilizando novas tecnologias. todo o tráfego da rede. Essa posição estratégica lhes permite entender o comportamento e a diferenciar o tráfego bom do ruim, detectando automaticamente as anomalias e sendo capaz de interromper o tráfego malicioso.
A segurança da infraestrutura é responsabilidade dos provedores públicos de nuvens, como AWS e Azure. Já a segurança da aplicação é de responsabilidade dos proprietários das aplicações. Nesse sentido, é essencial que as organizações entendam a importância da proteção dos dados e procurem produtos com segurança integrada.
Os sistemas de segurança tradicionais têm se mostrado complicados e difíceis de configurar. Já os mais modernos levam alguma vantagem nesse quesito, pois são bem mais simples, facilitando sua configuração e implementação em funções críticas.
Os balanceadores de carga avançados são capazes de se integrar com produtos de segurança mais modernos, ampliando a eficiência e fortalecendo as defesas.
Gestão centralizada
O gerenciamento centralizado elimina a necessidade de se logar em balanceadores
Benefícios
Aumento da visibilidade, percepções e análises
O load balance avançado é capaz de melhorar o monitoramento do tráfego da rede, incluindo o de aplicações com o gerenciamento tradicional da infraestrutura. Dessa forma, as organizações podem aprender sobre o tráfego e como ele está sendo trabalhado com eficiência. A tecnologia proporciona a execução de relatórios detalhados e estatísticas, permitindo melhor compreensão sobre o funcionamento da infraestrutura.
Com isso, a análise e os insights tornam-se proativos em vez de reativos, sendo capaz de, por exemplo, detectar um problema de latência e conseguir corrigi-lo rapidamente, antes mesmo que os usuários percebam ou comecem a acionar o suporte. A tecnologia possui recursos que permitem realizar ações de forma automatizada e ajustar a infraestrutura de acordo com uma mudança no tráfego da aplicação, além de bloquear um usuário não identificado.
Segurança integrada
Os balanceadores de carga são colocados diretamente no fluxo de
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de carga individuais. Com isso, permite que o tráfego de aplicações seja monitorado por todas as regiões dentro de um único console, proporcionando tanto eficiência quanto facilidade de gerenciamento.
Os balanceadores de carga avançados integram-se com gerenciamento centralizado. Essa gestão central torna-se ainda mais valiosa quando são implantados por meio de múltiplas nuvens. Esse recurso acrescenta como benefício a visibilidade centralizada e a análise do ambiente com dados provenientes de vários locais.
Caso um site tenha problemas relacionados a ataques de cibersegurança, essas informações podem ser utilizadas para ações proativas em outros sites. Por exemplo, um atacante cibernético é identificado em um site e pode ser bloqueado em todos os sites a partir de um console central. Automação e integração multicloud
Mais de 70% das organizações têm um ambiente multinuvem. Qualquer tecnologia adotada hoje deve se integrar a todo o ambiente. Isto inclui nuvens públicas e privadas, data centers e servidores. Essas demandas atuais requerem a presença de um balanceador de carga.
Integração de contêineres
A indústria está adotando contêineres e sistemas de orquestração de contêineres. De acordo com uma pesquisa recente da 451 Research, 71% das empresas estão utilizando ou avaliando opções como Kubernetes e Docker.
As aplicações estão passando de uma arquitetura monolítica para uma arquitetura baseada em microsserviços. Ainda, as implementações estão migrando dos tradicionais servidores de hardware com máquinas virtuais rodando na nuvem para contêineres rodando em múltiplos ambientes.
Os critérios dos data centers devem incluir a integração com tecnologias de contêineres. Eles devem escalar automaticamente as aplicações de contêineres conforme necessário, mantendo uma visibilidade abrangente. Isto elimina a necessidade de configurar manualmente as políticas ou gerenciar o dimensionamento.
Conclusão
Além de agilidade e eficiência, balancear a carga é a garantia de uma operação sem interrupções súbitas. Quando o trabalho é distribuído entre vários servidores ou unidades de rede, mesmo que um deles falhe, a carga pode ser deslocada para outro nó ativo. Ou seja, adotar um load balancer na nuvem só reforça a confiança da continuidade dos negócios.
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5G NR – Novo rádio 5G Parte I
Esta primeira parte do artigo apresenta o novo rádio 5G (5G NR), suas especificações, frequências e técnica de transmissão/ recepção Massive MIMO e beamforming, que se combinam para criar uma única antena com um feixe mais longo e mais concentrado, reforçando as ondas em uma direção específica. Na próxima edição a segunda parte do artigo irá detalhar o núcleo das redes 5G.
Eduardo Tude, Presidente do Teleco
As tecnologias móveis têm evoluído em gerações (figura 1): • Segunda geração (2G): teve como objetivo aumentar a capacidade das redes telefônicas analógicas iniciais, através da digitalização. • Terceira geração (3G): teve como objetivo a oferta de dados para acesso à Internet, mantendo, no entanto, uma rede dedicada para voz (telefonia). • Quarta geração (4G): exclusiva para dados de alta velocidade, o que viabilizou a explosão do uso de vídeo no smartphone. A voz deixou de ter canais telefônicos dedicados e passou a ser transmitida como VoIP - voz sobre LTE.
Até a 4G, o foco dos serviços móveis tem sido a comunicação pessoal. Oferecem o best effort, sem garantia de SLA (latência, disponibilidade, banda, etc.) necessária para aplicações de empresas. A quinta geração de tecnologia móvel (5G) é uma evolução da 4G, mas, além de aumentar a capacidade das redes, colocou como objetivo ampliar os serviços para outros segmentos, passando a garantir SLA para essas aplicações.
Para a OFCOM, agência regulatória do Reino Unido, o 5G pode ser definido como: • Mais dados para melhorar a experiência do consumidor, oferecendo maiores velocidades de conexão e viabilizando aplicações como realidade virtual e aumentada. • Mais dispositivos, necessários em aplicações de IoT – Internet das Coisas em áreas como saúde, logística, energia e agricultura. • Resposta instantânea, necessária em aplicações em tempo real como comunicações com veículos, drone e indústria 4.0.
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Fig. 2 - Evolução das especificações da 5G
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As especificações técnicas do 5G traduziram os objetivos nos seguintes casos de uso: • Enhanced Mobile Broadband (eMBB): aumenta a capacidade das redes, oferecendo velocidades mais altas a um menor custo por bit, melhora a experiência do consumidor e viabiliza aplicações como realidade virtual e aumentada. • Ultra-reliable and low latency communications (URLLC): oferta de comunicações ultraconfiáveis e de baixa latência, essenciais em aplicações em tempo real como comunicações com veículos, drones e indústria 4.0, além de serviços com SLA para o mercado B2B. • Comunicação máquina a máquina massiva (M2M massiva): necessária para aplicações de IoT com milhões de dispositivos.
A tabela I apresenta os principais requisitos a serem atingidos pela tecnologia 5G. Para atingir os objetivos, as especificações de 5G se basearam nos seguintes recursos/tecnologias: • Acesso a grande quantidade de novas faixas de frequências, como a de ondas milimétricas, inclusive faixas não licenciadas, como as utilizadas pelo WiFi. • Novas arquiteturas de redes baseadas em software, associadas a edge computing. • Inteligência artificial e machine learning. • Implantação massiva de small cells. Especificações do 5G
Estes objetivos e casos de uso não estarão todos disponíveis nas primeiras implantações da 5G. Eles serão
detalhados gradativamente nos vários releases das especificações técnicas elaboradas pelo 3GPP (figura 2) e transformadas em padrões globais pela ITU-R, que define o espectro para diferentes serviços, em particular para os sistemas de telecomunicações móveis internacionais (IMT). O 5G começou a ser especificado no Release 15, que teve como foco o eMBB. De modo a acelerar sua implantação, foram especificadas duas alternativas (figura 3): • Non Stand Alone (NSA): rádio 5G (5G NR) conectado ao core da 4G (opção 3) • Stand Alone (SA): rádio 5G NR conectado ao core do 5G (opção 7) Na opção NSA é possível aumentar a capacidade e velocidade da rede (eMBB) baixando o custo por bit e viabilizando aplicações como banda larga fixa utilizando a rede 5G, como mostra a figura 4. Porém, só na opção SA, com o novo core 5G, será possível desenvolver as novas aplicações com garantia de disponibilidade e latência (URLLC) e slicing (fatiamento da rede). A NSA é a alternativa adotada para iniciar a implantação da 5G pela maior parte das operadorasFig. 3 - Opções de conexão do rádio 5G móveis do mundo, pois permite uma transição mais suave para a tecnologia. As operadoras chinesas, no entanto, optaram por iniciar com o SA. A tabela II apresenta uma classificação das bandas disponíveis para serviços Fig. 4 - Comparação NSA x AS
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Tab. I - Principais requisitos das tecnologias
GeraçãoGeração GeraçãoGeração Geração Downlink (Gbit/s) Uplink (Gbit/s) Taxa do usuário (Mbit/s) Canalização (MHz)
Mobilidade (km/h) Latência (ms) Conexões (dispositivos/km²) Espec. Release 4G (IMT4G (IMT 4G (IMT4G (IMT 4G (IMT-Advanced)-Advanced) -Advanced)-Advanced) -Advanced) 1 5G (IMT5G (IMT 5G (IMT5G (IMT 5G (IMT-2020)-2020) -2020)-2020) -2020) 20
0,05 10
10 >100 Até 20 MHz por canal até 1 GHz (100 MHz agregação portadora) (1 ou múltiplas portadoras) 350 500
10 100 mil
1 1 milhão
10, 11, 12 15,16,17
móveis. A tecnologia 5G foi especificada a operar em bandas baixas, médias e altas.
As bandas para o 5G NR foram agrupadas em duas faixas de frequências: • Faixa 1: 450 – 6000 MHz (bandas baixas e médias) • Faixa 2: 24,2 – 52,5 GHz (ondas milimétricas)
A maioria das frequências nas bandas altas e médias já está sendo utilizada, mas a maior parte dos países está conseguindo dedicar banda em 3,5 GHz (Banda C), frequência que se tornou a mais utilizada para 5G e, portanto, com maior volume de smartphones com menor preço.
Note-se que, apesar de operar em qualquer banda, o 5G só consegue oferecer velocidades maiores se utilizar uma banda maior.
As ondas milimétricas estão sujeitas a perdas maiores: • A perda de propagação no espaço livre cresce com a frequência e a distância. • A perda com obstáculos é superior em frequências maiores, que têm comprimentos de onda menores. • As perdas com chuva são maiores nas ondas milimétricas.
Frequências maiores implicam perdas maiores e raios menores de cobertura para as ERBs - estações radiobase (figura 5).
As ondas milimétricas podem ser uma boa solução para small cells, pois funcionam melhor com visada direta:
Tab. II - Bandas disponíveis para serviços móveis
BandasBandas BandasBandas Bandas VantagensVantagens VantagensVantagens Vantagens
Baixas Menor perda de propagação Distâncias maiores Desvantagens Desvantagens Desvantagens Desvantagens Desvantagens Menor banda Menor velocidade ExemplosExemplos ExemplosExemplos Exemplos 700 MHz 850 MHz
Melhor penetração indoor Ocupada por outros serviços Médias Balanço de capacidade, Ocupada por outros serviços banda e cobertura 1,8 GHz 2,5 GHz 3,5 GHz
Altas Bandas maiores Maior perda de propagação Velocidades maiores Pior para distâncias maiores 26 GHz 28 GHz
Pouco utilizada Pior penetração indoor Ondas milimétricas
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Tab. III - Espaçamento entre subportadoras x banda
Faixa de frequências 1 Faixa de frequências 1 Faixa de frequências 1 Faixa de frequências 1 Faixa de frequências 1 Espaçamento entre subportadoras 13/30/60 kHz 60/120 kHz
Banda máxima da portadora 50/100/200 MHz 200/400 MHz
• Por terem comprimentos de onda de milímetros, elas podem ser afetadas por objetos dessa ordem de tamanho. • Projetar uma rede móvel nessas condições é um desafio, pois até o próprio telefone pode bloquear a linha de visada.
As perdas são severas em ambientes urbanos. Tab. IV - Exemplos de espaçamento e banda
5G NR
OFDM é uma técnica de modulação em que a banda do sinal é dividida em portadoras paralelas, chamadas subportadoras, e que são matematicamente ortogonais entre si.
No OFDMA vários usuários compartilham a banda ao mesmo tempo.
O 4G (LTE) e o novo rádio 5G (5G NR) utilizam OFDMA, sendo que o 5G NR adota OFDMA no downlink e no uplink, mas tem como opção para o uplink o múltiplo acesso por divisão de frequência de operadora única (SC-FDMA).
No LTE, o OFDM divide a banda de frequência da portadora em pequenas subportadoras espaçadas de 15 kHz e modula cada uma individualmente.
No 5G NR o espaço entre subportadoras é variável para oferecer suporte a uma ampla variedade de cenários de implantação, com diferentes tamanhos de células e bandas de frequências:
Outdoor e macrocélula FDD/TDD < 3 GHz Outdoor e small cell TDD > 3 GHz Indoor banda larga TDD como % GHz (não licenciada) mm Wave
Fonte: Qualcomm Espaçamento entre Espaçamento entre Espaçamento entre Espaçamento entre Espaçamento entre Banda máxima Banda máxima Banda máxima Banda máxima Banda máxima subportadoras subportadoras subportadoras subportadoras subportadoras da portadora da portadora da portadora da portadora da portadora 15 kHz 20 MHz
30 kHz 60 kHz 80/100 MHz 160 MHz
120 kHz 500 MHz
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• 5GNR suporta uma numerologia OFDM flexível com espaçamentos de subportadoras que variam de 15 a 120 kHz com uma mudança proporcional na duração do prefixo cíclico. (intervalo de guarda). • Até 3300 subportadoras são usadas, resultando em larguras de banda portadoras máximas de 50/100/200/ 400 MHz para espaçamentos de subportadoras de 15/30/60/120 kHz, respectivamente.
O espaçamento entre subportadoras é maior para frequências mais altas (tabela III). É especificado como sendo de 2**N x 15 kHz, tendo como correspondente uma banda sobre a qual um dispositivo está preparado para receber transmissões. • São necessários espaçamentos mais altos para subportadoras para poder lidar, por exemplo, com o aumento do ruído de fase nas frequências mais altas. • Os fornecedores escolhem larguras de banda discretas para recepção nos smartphones.
• A agregação de até 16 portadoras leva a uma largura de banda de até 1 GHz. A tabela IV exemplifica os usos para as várias combinações. Latência Ressalte-se também que a latência é menor em Fig. 5 - Variação do raio de cobertura de uma célula com a frequência frequências mais altas, pois o espaçamento entre subportadoras afeta o comprimento do slot no quadro de transmissão (tabela V). Massive MIMO Massive multiple-input, multiple-output, ou massive MIMO é uma extensão do MIMO, que essencialmente agrupa antenas no transmissor e receptor para fornecer melhor rendimento e eficiência de espectro Tab. V - Espaçamento e latência através de diversidade espacial e multiplexação espacial, como exemplificadoEspaçamento entre subportadoras Espaçamento entre subportadoras Espaçamento entre subportadoras Espaçamento entre subportadoras Espaçamento entre subportadoras 15 kHz TT TT Tamanho do slot amanho do slot amanho do slot amanho do slot amanho do slot 1 ms Latência mínima Latência mínima Latência mínima Latência mínima Latência mínima 5 ms na figura para MIMO 3x3 (três antenas de 30 kHz 0,4 ms 2 ms transmissão e três na recepção), como 120 kHz 0,125 ms 0,5 ms mostra a figura 6. As implementações iniciais de LTE usavam: Tab. VI - Configurações de Massive MIMO. Fonte: 5G Americas • MIMO 2x2 no downlink (duas antenas de transmissão na ERB e duas nos celulares) TX/RXTX/RX TX/RXTX/RX TX/RX Elementos radiantes da antena Elementos radiantes da antena Elementos radiantes da antena Elementos radiantes da antena Elementos radiantes da antena TX/RXTX/RX TX/RXTX/RX TX/RX Número máximo Número máximo Número máximo Número máximo Número máximo • MIMO 1x2 no uplink (uma antena 64T64R (linha x coluna polarização) (linha x coluna polarização) (linha x coluna polarização) (linha x coluna polarização) (linha x coluna polarização) 128 (8x8x2) 64 de data layers de data layers de data layers de data layers de data layers 16 no celular e duas antenas de recepção 32T32R 64 (8x4x2) 32 8 na ERB) 16T16R 32 (4x4x2) 16 8 As implantações atuais de LTE usam até MIMO 4x4 no downlink. O Massive MIMO é a extensão da tecnologia MIMO tradicional para uma quantidade maior (acima de oito) de antenas controláveis. As principais motivações para a utilização de Massive MIMO são o aumento de capacidade e beamforming, aplicação de vários elementos irradiadores (pequenas antenas) que transmitem o mesmo sinal em um comprimento de onda e fase idênticos, que se combinam para criar uma única antena com um feixe mais longo e mais direcionado, que é formado reforçando as ondas em uma Fig. 6 - Exemplo de MIMO direção específica.
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Massive MIMO é utilizado para direcionar feixes onde está o usuário. Sua configuração e a dos feixes é controlada por software e técnicas de inteligência artificial.
Beamforming
A tabela VI apresenta as configurações de Massive MIMO encontradas comercialmente. Considerações práticas, como tamanhos de antena proporcionais ao comprimento de onda, determinam as opções de MIMO para diferentes bandas.
FDD e TDD
Até a 4G, a maioria das redes móveis operava no modo FDD Frequency Division Duplex, onde o uplink e o downlink usam diferentes bandas de frequência. No TDD - Time Division Duplex, o uplink e o downlink utilizam a mesma banda e se alternam no tempo (figura 7).
O FDD necessita medições adicionais para estimar a CSI Channel State Information para ambas as bandas, criando uma penalidade de desempenho. No TDD a CSI é estimada por reciprocidade.
Esta desvantagem do FDD aumenta à medida que cresce a quantidade de antenas, como no caso do Massive MIMO.
Por este motivo, as bandas para 5G, como a de 3,5 GHz no Brasil, foram licitadas como uma única faixa, para utilização em TDD, e não mais em duas faixas para FDD, como aconteceu nas licitações anteriores.
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Fig. 7 - FDD x TDD
Interferência entre redes vizinhas
A operação sincronizada entre redes 5G adjacentes evita interferências, permitindo sua coexistência sem a necessidade de faixas de proteção ou filtros adicionais. Para tanto é necessário que redes vizinhas utilizando a mesma frequência: • Tenham uma referência de relógio de fase comum (por exemplo, UTC). • Uma estrutura de quadro compatível com mesma taxa de transmissão downlink/uplink.
Redes não sincronizadas, ou semi-sincronizadas, exigirão uma banda de guarda entre as operadoras na região de fronteira. Este problema se agravará no Brasil quando as bandas para 5G forem regionais e utilizadas por diferentes operadoras.
Considerações finais
• O foco da fase inicial de implementação de redes 5G é aumentar a capacidade das redes móveis, optando-se na maioria dos casos pelo non standalone. • Os novos serviços para o mercado B2B, que utilizarão as características de baixa latência e fatiamento da rede 5G, serão desenvolvidos com o tempo e necessitarão uma evolução para a configuração standalone. • O 4G e 5G devem conviver por um longo período. Segundo o estudo 5G Global Mobile Network Experience Awards 2021 da OpenSignal, que analisou 106 operadoras com redes 5G, um usuário com celular 5G fica conectado em média 11% do tempo a uma rede 5G. A T-Mobile apresentou a maior disponibilidade (35,7%) devido à utilização de frequências baixas (600 MHz). • A maior parte das redes 5G utilizará frequências de banda média, como as de 3,5 GHz no Brasil. Ondas milimétricas podem ser utilizadas como um complemento a essa banda para aumentar a capacidade em soluções como small cells. • O DSS - Dynamic Spectrum Sharing permite o compartilhamento dinâmico de espectro utilizado atualmente pelas redes 5G. Ele permite o acesso à tecnologia 5G em áreas onde ainda não existe espectro dedicado para a tecnologia. Trata-se do serviço 5G, mas com capacidade de suportar menos usuários devido à limitação na banda utilizada de forma compartilhada. • Inicialmente, a rede 5G deve utilizar os mesmos sites da rede 4G. Não se espera no curto prazo uma multiplicação de sites devido ao 5G. A densificação das redes é necessária para 4G e 5G. • As soluções de IoT massivo que estão sendo desenvolvidas em 4G (NB-IoT e LTE-M) só devem migrar para 5G quando passarem a exigir velocidades maiores ou aplicações em tempo real. • A massificação da 5G depende da existência no mercado de smartphones 5G com preços acessíveis.
REFERÊNCIAS
[1] 5G Americas White Papers. https://www.5gamericas.org/ white-papers/. [2] Dahlman, Erik. 5G NR: The Next Generation Wireless Access Technology. Elsevier Science. [3] Stallings, William. 5G Wireless. A Comprehensive Introduction. 2021. Pearson Education. Edição do Kindle.
Artigo resumido e adaptado dos Tutoriais do site Teleco. Título original Redes 5G I: Conceitos Básicos – Rádio e Core, disponível no site https:// teleco.com.br/tutoriais/.
Otimização de parâmetros de redes LoRa Mesh em ambientes rurais
A comunicação LoRa vem sendo cada vez mais utilizada em ambientes rurais, principalmente em aplicações relacionadas aos monitoramentos de clima e de máquinas agrícolas. O artigo apresenta um método de seleção de parâmetros de uma rede LoRa Mesh capaz de otimizar as taxas de transmissão sem aumentar o consumo energético.
Henrique de Oliveira Bueno, desenvolvedor IoT na Zeus Agrotech, Paulo Roberto Guardieiro, professor na faculdade de engenharia elétrica da UFU – Universidade Federal de Uberlândia, e Éderson Rosa da Silva, professor associado na UFU
Atecnologia LoRa (Long Range) é uma ótima alternativa para viabilizar a comunicação de diversas aplicações no ramo da agricultura, que cada vez mais possui integração com o conceito de IoT - Internet das Coisas. Isso se deve à necessidade de transmitir dados a longas distâncias utilizando uma baixa potência, características comuns em locais de difícil acesso e pouco povoados, como muitas vezes é o ambiente agrícola.
Para aproveitar melhor a tecnologia LoRa, é fundamental configurar os dispositivos da rede de forma a se obter alta taxa de transmissão e baixo consumo energético.
No caso de redes LoRa baseadas em protocolos mesh, a escolha de valores para os parâmetros é um pouco mais desafiadora. Para garantir o roteamento de dados baseado no esquema multi-hop e adequar às limitações dos gateways utilizados nesses tipos de redes, é necessário configurar algumas métricas, principalmente o fator de espalhamento (SF - Spreading Factor) e a largura de banda utilizando o mesmo valor para todos os dispositivos.
Os métodos de escolha dos parâmetros LoRa mais difundidos não consideram os pontos citados. Além de serem mais simples e genéricos, não levam em conta as características únicas de cada rede, como o tipo de ambiente em que ela atua. Por isso, muitas vezes a seleção de parâmetros dos dispositivos é realizada de forma manual.
Novas propostas menos generalistas e amparadas em técnicas mais complexas precisam ser desenvolvidas para garantir uma operação eficiente baseada na tecnologia. Tal demanda torna-se ainda mais clara em aplicações críticas, como é o caso do setor agrícola.
Metodologia proposta
Foi desenvolvido um método baseado nas técnicas de AG - Algoritmos Genéticos, capaz de definir os parâmetros de transmissão de todos os end nodes de uma rede LoRa mesh de gateway de canal único para ambientes rurais que otimize a taxa de transmissão de cada dispositivo sem ultrapassar um determinado limite de consumo energético. Desenvolveu-se outros dois métodos de referência que possuem o mesmo objetivo, porém baseados em técnicas randômicas mais simples para definir as configurações LoRa.
Os algoritmos genéticos compõem um dos ramos mais conhecidos da computação evolutiva, e podem ser definidos como algoritmos de otimização global inspirados nos
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Fig. 1 – Representação do cromossomo
processos de seleção natural e genética. Operam a partir de um procedimento estruturado, porém aleatório, com foco na busca de pontos de alta aptidão.
O método possui como base a criação de uma população inicial de “indivíduos”, ou cromossomos, em que cada um é representado por um par de configurações LoRa (figura 1). A população é submetida a diversas gerações do processo evolutivo e, por fim, o candidato que possuir a maior taxa de transmissão na última iteração será a opção escolhida.
Resultados
Os três métodos foram submetidos a 100 execuções, realizando a escolha dos parâmetros de transmissão em um determinado cenário (tabela I) definido por uma rede LoRa composta por quatro end nodes em um ambiente rural a uma distância de 3,5,10 e 12 quilômetros do gateway, todos realizando uma transmissão de dois pacotes de dados, com frequência de operação de 915 MHz.
Com esta composição, definiu-se um cenário único em que diferentes situações são consideradas (ao utilizar distâncias distintas, por exemplo), em que os casos críticos relativos à operação de uma rede LoRa Mesh são contemplados e que estejam alinhados com o padrão de aplicações IoT, principalmente em relação à característica de priorizar um baixo consumo energético.
Os três métodos foram submetidos às execuções, obtendo assim o cálculo da média das taxas de transmissão das
configurações geradas, bem como o valor médio dos tempos de processamento. Para um estudo mais conclusivo, obteve-se o desvio padrão para cada situação para ambas as variáveis, além de um IC - Intervalo de Confiança de 95%. Para o método baseado em AG, foi adotada a roleta como método de seleção, uma população de 50 indivíduos, 60 gerações, taxas de elitismo de 5, mutação de 0,1 e cruzamento de 0,7, valores determinados de forma empírica. Para realizar as execuções, utilizou-se o ambiente integral de desenvolvimento (IDE) Pycharm e a linguagem de programação Python.
O resultado das médias da taxa de transmissão e tempos de processamento dos três métodos é apresentado na tabela II, sendo que, para a seleção aleatória repetida, considerou-se uma variação com 100 repetições e outra com 1000. É possível observar que o método baseado em AG é o que apresenta uma escolha de configuração LoRa com a maior taxa de transmissão média dentre as opções, além de oferecer menor tempo de processamento.
O método de seleção aleatória repetida 1000 vezes oferece uma taxa de transmissão menor do que a opção principal, porém satisfatória. No entanto, depende de um tempo de processamento quase 16 vezes maior. Já o método de seleção aleatória repetida 100 vezes encontra configurações utilizáveis com um tempo mínimo de processamento, mas oferece escolhas atreladas a uma taxa de transmissão média inferior. Em síntese, o par de configurações LoRa mais escolhido para os quatro end nodes da rede pelo método baseado em AG oferece uma taxa de transmissão somada de 14062,5 bit/s, sendo o maior valor encontrado considerando todas as execuções realizadas. O par de configurações ótimo citado, específico para o cenário considerado, foi escolhido em todas as 100 execuções utilizando o método baseado em AG, comprovando que a opção possui uma alta precisão e repetibilidade. Já nos outros métodos, além de variar bastante em qual par de configuração escolher, em mais da metade das tentativas, o par escolhido não é a melhor opção.
Tab. I – Parâmetros do cenário de simulação
Parâmetros Parâmetros Parâmetros Parâmetros Parâmetros Número de end nodes 4 Distância entre end nodes e gateway 3, 5, 10 e 12 km Ganho das antenas 5 dBi Tamanho dos pacotes 160 e 120 bytes Potência do ruído médio -108 dBm Frequência de operação 915 MHz
Consumo energético máximo 0,5 J Margem SNR – Relação Sinal/Ruído 3 dB
Tensão do módulo transmissor 3,3 V Figura de ruído 6 dB
Tab. II – Comparação dos resultados dos métodos analisados
Método (seleção) Método (seleção) Método (seleção) Método (seleção) Método (seleção)
Aleatória TT TT Taxa deaxa de axa deaxa de axa de Variação do IC –Variação do IC –Variação do IC –Variação do IC –Variação do IC – TT TT Tempo deempo de empo deempo de empo de
Variação do IC –Variação do IC –Variação do IC –Variação do IC –Variação do IC –transmissão ± transmissão ± transmissão ± transmissão ± transmissão ± σ [bit/s] [bit/s] [bit/s] [bit/s] [bit/s] Intervalo de Confiança Intervalo de Confiança Intervalo de Confiança Intervalo de Confiança Intervalo de Confiança processamento ± processamento ± processamento ± processamento ± processamento ± σ [s] [s] [s] [s] [s] Intervalo de Confiança Intervalo de Confiança Intervalo de Confiança Intervalo de Confiança Intervalo de Confiança 6755,2781 ± 1332,7036 261,2051 0,0047 ± 0,0021 0,0004
Conclusão
A comunicação LoRa vem sendo cada vez mais utilizada em ambientes rurais, principalmente em aplicações relacionadas aos monitoramentos de clima e de máquinas agrícolas, bem como no controle de pivôs de irrigação. Para um melhor aproveitamento dessa tecnologia em áreas extensas torna-se conveniente utilizar as redes LoRa Mesh, a fim de aumentar a cobertura e o adensamento da rede, ganhos justificados pelo modo de operação da topologia de malha. Para obter resultados satisfatórios com essa implementação, é preciso configurar os parâmetros de transmissão dos dispositivos de forma eficiente, considerando alcançar taxas de transmissão satisfatórias sem gerar um alto consumo energético.
O artigo apresentou um método de seleção de parâmetros de transmissão de uma rede LoRa Mesh, implementada em ambiente rural, capaz de otimizar a taxa de transmissão sem ultrapassar um determinado limite de consumo energético. O algoritmo desenvolvido foi submetido a 100 execuções e comparado com mais dois métodos de referência.
O método baseado em algoritmos genéticos se mostrou a melhor alternativa para a determinação de qual configuração utilizar nos dispositivos de uma rede LoRa Mesh em um ambiente rural, a maior média de taxa de transmissão entre todas as opções, além de realizar o procedimento de decisão em um tempo de processamento consideravelmente curto (em média, menor que 0,3 segundos). Além disso, o método baseado em AG apresentou uma excelente precisão e exatidão nas 100 vezes em que o algoritmo foi executado.
As execuções utilizando os outros métodos não apresentaram resultados satisfatórios. Nenhuma das três opções obteve uma alta taxa de escolha da melhor configuração possível, e o método de seleção aleatória demandou um tempo de processamento pequeno, porém apresentou uma taxa de transmissão média muito baixa. Já o modo de seleção aleatória repetida em 1000 vezes obteve taxas um pouco melhores, porém com um aumento considerável no tempo de execução.
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IoT aplicada à gestão de espaços e instalações
O artigo apresenta a aplicação de uma ferramenta que pode ser integrada com IoT – Internet das Coisas. Trata-se do Tririga, da IBM, um software de real estate (gestão imobiliária) para controle de imóveis e edificações. Também serão descritas aplicações técnicas com IoT na prática, como adoção de câmeras e sensores, cujos dados são armazenados na solução.
OTririga é uma solução para gerenciamento de imóveis e instalações desenvolvida pela IBM. Com recursos de IoT – Internet das Coisas e IA – Inteligência Artificial, o Tririga fornece visibilidade adequada à ocupação de edifícios, espaços e ambientes de trabalho, à experiência vivida em seu interior, a projetos de investimentos e aos setores administrativos e de contabilidade de contratos dos imóveis [2]. O software é do tipo IWMS - Integrated Workplace Management System, projetado para maximizar o uso dos recursos e ativos em uma plataforma integrada.
A solução é dividida em seis principais pilares: • Real estate: gestão dos imóveis, organizações, pessoas, geografia e ativos, contratos de locação e controle de pagamentos (contas a pagar e receber). • Projetos: gestão completa dos projetos de capital, ou seja, a aplicação permite gerenciar os programas complexos e de longo prazo. É possível, por meio dos aplicativos, realizar o controle de tempo, custos e esforço, além de movimentação de pessoas, mudança de layout, obras civis, etc. • Espaço: controle de gerenciamento de espaço dos imóveis. Basta fazer uma integração com o CAD e subir uma planta referente àquele andar. Nos ambientes, aplica-se uma gestão mais detalhada, podendo alocar pessoas e organizar o gerenciamento de vários trabalhos no mesmo andar. • Serviços compartilhados: controle de agendamento e reserva de sala para reuniões, equipamentos e veículos considerados ativos da organização. • Operações e serviços: gestão de contratos de terceiros que prestam serviço para a organização. Também existe a opção de gerenciamento de chaves, quando é solicitada a sua retirada. Ainda, é possível abrir manutenções preventivas para os imóveis e ativos, evitando problemas e economizando com paradas. • Meio ambiente: gestão de acompanhamento de emissões de CO2, consumo de água, energia, entre outros recursos, através de sensores e integração de dados.
Por meio de workflows (fluxos de negócio), é possível criar e associar registros, alterar e deletar, entre outras opções, além de controlar as informações vindas dos sensores na integração com o sistema.
A ferramenta é altamente parametrizada e permite criar gestões customizadas utilizando os workflows. Essa customização é feita no próprio software, sem necessidade de acesso a banco de dados nem utilização de programação front-end.
Leonardo Llopart Esquin
Sensor e utilização de IoT no sistema
Neste estudo foi utilizado o SensorTag CC2650STK, de baixa energia, equipado com Bluetooth, sensores de luminosidade, umidade, pressão e temperatura, magnético, entre outros, além de microfone digital, sensor e acelerômetro.
Neste estudo são considerados os sensores de luminosidade e de temperatura, que enviam notificações quando a luz estiver ligada fora do
horário de expediente ou quando a temperatura estiver fora da faixa preestabelecida. O sensor é ligado a um celular e, através de aplicativo, enviam-se os dados para a nuvem, conectando, através de um token desse aplicativo, com o IBM Watson, outra aplicação da IBM.
Do Watson, enviam-se os dados para o Node-Red, que é basicamente um Kfluxo que controla o que pode acontecer com o dado. Nele, é configurada a faixa de temperatura para o envio da notificação e para a criação de registro dentro do Tririga, bem como o horário limite da luz ligada para a notificação. Após a configuração do Node-Red, no fim dele, depois de tratar os dados, é elaborado um POST através da API REST no IBM Tririga e então, através de uma URL e uma mensagem em JSON, é obtido o registro com a informação na ferramenta.
No Tririga, o registro é criado. Junto aos workflows consegue-se atribuir esse registro a uma pessoa referente à área de manutenção do prédio, onde o sensor está localizado. Com isso, pode-se enviar uma notificação na ferramenta e por e-mail à pessoa indicada. Esta, por sua vez, poderá verificar a ocorrência presencialmente.
Do mesmo modo que é instalado o sensor de luminosidade e temperatura, é possível instalar sensores de energia e de água, para obtenção do controle de gastos desses recursos e, com os dados, elaborar um dashboard gerencial de consumo.
Outra possibilidade de IoT é a utilização de câmeras com IA para identificar se alguém está sentado em determinada posição preestabelecida. Essa câmera envia o dado através de um POST, assim como foi feito com o Node-Red no sensor de iluminação e temperatura, para o Tririga. Nele o dado é tratado para mostrar que aquele espaço Fig. 1 – SensorTag pré-cadastrado está ocupado, impossibilitando outras pessoas de moverem-se para ele (modo de gestão de movimentação). A figura 2 traz um exemplo da ocupação de espaço. As áreas azuis e verdes não estão ocupadas, já as amarelas e vermelhas são as ocupadas. Com a IoT, é possível mudar o status das áreas que estão livres para ocupadas quando alguém se sentar no lugar, automaticamente, sem necessidade de entrar no sistema e alterar o registro.
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Fig. 2 - Exemplo de ocupação de espaço
Melhorias usando a ferramenta
As melhorias possíveis com a ferramenta dependem de como será usado o sistema e o tamanho da empresa. Numa empresa que tem sistemas redundantes, eles podem ser unificados com o Tririga. Estima-se uma economia de 5% a 8%. Já numa empresa de maior porte, a qual exige a integração com outros sistemas, estima-se uma melhoria de 20% a 30% [7].
A rede Starbucks reduziu o prazo de entrega de novas lojas (da seleção do local até a primeira xícara de café) de 50 dias para 32 dias, ou seja, economizou 18 dias de faturamento em cada nova loja [7]. Uma companhia financeira canadense identificou e eliminou várias cobranças indevidas nos contratos de imóveis com a ferramenta [7].
A Nokia interrompeu uma cláusula de renovação de um contrato de autor, evitando uma despesa de 45 milhões de euros. Além disso, economizou 7% no consumo de energia em 2006 e reduziu os custos de ocupação em 500 milhões de euros [10].
O sistema é flexível em relação ao seu uso e as métricas e performances com maiores índices de eficiência se dão por meio da implantação deste sistema combinado com dispositivos IoT e/ou integrado com outros sistemas.
O nicho de negócio do Tririga (gestão de imóveis e instalações) caminha para um mercado cada vez mais competitivo e “inteligente”, ou seja, que necessita de resultados e ganhos na gestão como um todo, seja de um imóvel ou uma rede de imóveis, como é o caso dos shopping centers. Na otimização da gestão de real estate e obtenção de ganhos, a área de IoT é essencial para o sistema apresentar as métricas de melhorias de utilização de espaço e gestão da ocupação das instalações, além de impulsionar principalmente o trabalho da operação, gestão de manutenção e sustentabilidade com os dispositivos para otimizar os gastos com consumo de energia.
Conclusão
A ferramenta por si é uma forma de economizar recursos. Aliando-se com
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IoT, a economia é ainda maior, uma vez que é possível automatizar progressivamente a ferramenta, integrando cada vez mais dados com outras aplicações.
O alto grau de customização e adaptabilidade para diferentes demandas torna cada projeto único. No futuro, a IoT e até mesmo o Tririga poderão ser bastante adotados nas empresas. Juntos, são capazes de prover qualquer necessidade ao gerenciamento imobiliário e do local de trabalho.
REFERÊNCIAS
[1] Berto, Marciel. Otimizar edifícios com IA: otimização de energia preditiva. São Paulo: Magna Sistemas. [2] IBM. IBM Tririga is a leader in new independent research. Disponível em: https://www.ibm.com/blogs/internet-of-things/iot-tririga-is-a-leaderin-new-independent-research/. [3] IBM. Can smart facilities management help slow tuition increases? Disponível em: https://www.ibm.com/blogs/client-voices/smart-facilitiesmanagement-slow-tuition-increases/. [4] IBM. Can smart facilities management help slow tuition increases? Disponível em: https://www.ibm.com/blogs/client-voices/smart-facilitiesmanagement-slow-tuition-increases/. [5] IBM Tririga is a Leader in new independent research. Disponível em: https://www.ibm.com/blogs/internet-of-things/iot-tririga-is-a-leader-innew-independent-research/. [6] IBM. Tririga. Visão geral. Disponível em: https://www.ibm.com/br-pt/products/tririga. IOT-BPM. BLE TI-SENSORTAG. Disponível em: https://iotbpm.com/ble-ti-sensortag/.SENSORTAG. SimpleLink™ Bluetooth low energy/Multi-standard SensorTag: cc2650stk. CC2650STK. Disponível em: https://www.ti.com/tool/CC2650STK#1. [7] Souza, Marco A.B.; Adair, Matt. Infraestruturas Inteligentes: uma maneira mais inteligente de gerenciar imóveis e facilities. IBM. 2014. [8] Valud. Case Study Public School District. Disponível em: https://www.valudconsulting.com/wp-content/uploads/2017/09/Public-School-District.pdf. [9] Valud. Case Study: Tririga real estate lease accounting implementation. Tririga Real Estate Lease Accounting Implementation. Disponível em: https://issuu.com/valudconsulting/docs/mexican_fast_food_chain_____impleme. [10] Van Driel, Rick; Adair, Matt. Benefits of implementing an IWMS Presenting a series of Tririga Case Studies. Sydney: Ibm, 2012. Color.
Artigo resumido e adaptado do Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Datacenter: Projetos, operação e serviços, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Datacenter: Projetos, Operação e Serviços. Orientador: Prof. Mauro Faccioni Filho.
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Virtualização e arquiteturas abertas para o 5G
O 5G é um tipo de conexão coberta por complexidade e oportunidades. Com o processo de virtualização e arquiteturas abertas, como o Open RAN, as operadoras podem fornecer soluções personalizados para seus clientes. As redes móveis automatizadas reduzem custos com equipamentos e trazem maior flexibilidade no provisionamento de serviços.
Antonio Carlos Tostes, Head de Pré-Vendas para América Latina e Sul da Europa da Mavenir
Redes abertas, virtualização e automação têm sido estratégias de inovação propícias em um mercado que busca estar alinhado com os benefícios que essas tecnologias e arquiteturas oferecem.
A grande vantagem é que os principais atores, as operadoras de redes móveis (MNOs), vêm estudando e buscando as melhores condições para ofertar diferentes soluções no presente/futuro imediato.
O 5G é um tipo de conexão coberta por complexidade e oportunidades. Com o processo de virtualização e arquiteturas abertas, as operadoras mantêm esse ritmo, utilizando o 5G para fornecer serviços personalizados para clientes empresariais.
A partir de uma pesquisa realizada pela Mobile World Live com 156 executivos de operadoras globais, foi identificado que, para a maioria deles, a virtualização é um processo fundamental e que, por esse motivo, já está sendo considerada em seus respectivos planejamentos. E é essa virtualização a etapa necessária para as operadoras se manterem alinhadas com a demanda de um mercado cada vez mais tecnológico.
Esses resultados reforçam as tendências do mercado, uma vez que muitas indústrias estão investindo em tecnologias que permitirão abertura e redes móveis automatizadas, principalmente para atender o objetivo de reduzirem os custos com operação.
A partir da migração de operadoras para soluções 100% baseadas em software, é possível automatizar mais funções de rede. Por exemplo, de forma virtualizada e rede automatizada, novas tarefas podem ser implementadas por meio de atualizações de softwares em vez de instalar novos hardwares ou operações manuais, com o benefício de realizar testes de integração com mais agilidade.
Uma das principais evoluções tecnológicas em termos de arquitetura aberta, o Open RAN, tem sido uma das apostas para alavancar o 5G e proporcionar uma banda larga repleta
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de inovações e atendendo uma sociedade cada vez mais consumidora de inovações tecnológicas.
Com apoio de diversas empresas no mundo e no Brasil, o Open RAN é uma arquitetura de RAN (Radio Access Network – Rede de Acesso via Rádio) aberta, inteligente, virtual e interoperável. Utiliza hardwares padrão de mercado (COTS) e softwares baseados em padrões estabelecidos. Assim, módulos de diferentes fornecedores podem ser combinados, trazendo benefícios como a redução de custos com equipamentos e abertura para a criação de novos serviços e soluções. O movimento tem sido incentivado por algumas iniciativas, como o ORAN Alliance e o Telecom Infra Project (TIP), liderado pelo Facebook.
E é por esse motivo que grande parte das operadoras entrevistadas, de diferentes tamanhos, consideram essa arquitetura um processo essencial de inovação. Uma parte delas já está com o Open RAN em fase de implementação e a outra está em planejamento para lançamento no futuro próximo.
E quando falamos em virtualização, arquiteturas abertas, de nuvem, baseadas em softwares e automação de rede, o fator segurança também entra em debate e é avaliado como uma condição no processo de tomada de decisões. O Open RAN tem se mostrado uma plataforma capaz de cumprir com todos os requisitos de segurança, além de proporcionar às operadoras mais visibilidade em interfaces de rede, tornando possível detectar ameaças à segurança antes mesmo de terem algum impacto na operação. E é esse aumento de proteção que fez mais da metade dos executivos entrevistados classificar a segurança como uma das principais razões para adotar o Open RAN. As vantagens de arquiteturas abertas são favoráveis para outros tipos de tecnologias presentes no mercado atual, como o 5G. Ou seja, ao adotar esse tipo de solução, é possível, por exemplo, criar oportunidades para empresas implementarem e alavancarem o 5G, expandindo o endereçamento e o mercado de soluções de acesso via rádio. Além disso, o Open RAN pode aumentar a capacidade das operadoras de integrar novas plataformas de segurança, sem a necessidade de adaptadores específicos para fornecedores de protocolos e interfaces. Portanto, os benefícios dessa tecnologia, tais como conjunto de recursos avançados não disponíveis no RAN tradicional, inovação contínua devido à maior concorrência e flexibilidade no que diz respeito a atualizações e lançamentos de novas funcionalidades, fazem do Open RAN uma ferramenta essencial para implementação em breve.
Soluções abertas e totalmente nativas da nuvem, de ponta a ponta, permitem mais flexibilidade às
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operadoras, garantindo gerenciamento de toda a rede com um conjunto de ferramentas de automação. Sendo assim, as expectativas em relação à velocidade podem ser atendidas à medida que as operadoras implementem virtualização.
Existe uma tendência de migração de operações para os ambientes de nuvem e, por esse motivo, podemos considerar que esse será o futuro das operadoras. A grande maioria das MNOs está se aproximando das redes nativas em nuvem e enxergam os benefícios dessa estrutura como um aliado em suas soluções. Com a possibilidade de executar software em qualquer nuvem, permite-se que novos serviços e tecnologias inovadoras sejam lançadas, além de prestar um suporte a aplicativos corporativos em qualquer ambiente. Essa tendência ganhará força assim que as empresas adotarem o 5G e o Open RAN como soluções.
Na medida em que o controle de custos também é um fator a ser levado em consideração, o processo de virtualização auxilia nesse movimento. Isso porque a automação reduz a necessidade de gerir grandes equipes no dia a dia, liberando os engenheiros para trabalharem em novas formas de desenvolvimento e inovação e permitindo maximizar os seus retornos sobre investimento.
Além disso, é possível enxergar uma necessidade das operadoras em quererem mais liberdade para selecionar fornecedores, o software mais apropriado da categoria, executar suas funções no ambiente de nuvem escolhido e utilizá-lo para monetizar fatias de rede, assim como 44% das operadoras entrevistadas pela Mobile World Live estão confiantes e acreditam que os processos em nuvem são o caminho a seguir. Com a virtualização, esses processos se tornam mais ágeis em toda a cadeia de produção das companhias.
As oportunidades com implementação de processos de virtualização e arquiteturas abertas são capazes de transformar a forma como a conexão está presente no cotidiano da sociedade, das companhias e das operadoras. Ao adotar ferramentas inovadoras e que funcionam em diferentes ambientes de nuvens, as operadoras se tornam capacitadas de criar valor para os clientes e acionistas.
Do ponto de vista de inovação, é importante ter conhecimento de que as operadoras de pequeno, médio ou grande porte estão se preocupando com a virtualização e buscando alternativas de tecnologia que tragam benefícios para a sociedade. Dessa forma, é possível que elas se alinhem ao propósito de promover soluções cada vez mais inclusivas.
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Novos desafios para os profissionais de telecom com o 5G e edge computing
Graças às redes 5G e à arquitetura edge computing, será possível utilizar aplicações com baixíssima latência e uma onipresença tamanha que será difícil discernir o que é humano e o que é digital. Para essa evolução acontecer, porém, é necessário equacionar a demanda por profissionais de telecom preparados para os desafios que o 5G traz para o ambiente das operadoras.
Mauricio Ribeiro, diretor de vendas para o segmento de service providers da F5 Brasil
Atualmente, há um descompasso entre a formação atual dos gestores das redes 3G e 4G e o conhecimento exigido para gerir a rede 5G. A nova arquitetura 5G pode ser definida como a nuvem das nuvens, pois é por meio dessa nuvem primordial que se tem acesso a todas as outras nuvens do mercado.
Neste novo ambiente, além do desafio inicial, avançadas tecnologias de rádio, implantação de um número maior de antenas, etc., acontece a descentralização dos sistemas que compõem o core da rede.
Essa estrutura hiper distribuída rodará aplicações complexas. É possível dizer que a primeira aplicação desse modelo é, justamente, a nova infraestrutura de rede 5G das operadoras de telecom. Depois disto virá uma miríade de aplicações para todas as verticais da economia, tendo em comum a baixa latência e alta demanda por segurança.
No 5G, tudo acontece na camada de software, numa virtualização absoluta em que fluidez é tudo. A nuvem é seu ambiente nativo.
O grande desafio da migração para nuvem é que cada nuvem, seja privada, pública ou híbrida, é um mundo em si, demandando conhecimentos específicos para ser operada. Isso exige que os gestores desse ambiente dominem essas peculiaridades tanto para entregar a melhor UX - User Experience, algo crítico para os negócios, como para prevenir surpresas desagradáveis em relação à interoperabilidade, segurança e bilhetagem.
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Espaço para profissionais preparados para o 5G
Segundo uma pesquisa realizada pela Feninfra - Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e Informática em junho de 2021, em curto prazo o Brasil demandará 1,5 milhão de profissionais capacitados a lidar com o novo mundo das redes 5G. Os dados mundiais são ainda maiores: levantamento da Qualcomm divulgado em 2018 aponta que, até 2035, 22 milhões de novas posições de trabalho serão criadas por causa das redes 5G. Em alguns mercados a revolução já está acontecendo. Levantamento da consultoria global Progressive Policy Institute de setembro de 2020 mostra que nos EUA, somente nos meses de abril e maio de 2020, em plena pandemia, portanto, foram contratados 106 mil profissionais de telecomunicações com expertise em tecnologias ligadas ao 5G e edge computing.
Shutterstock
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Novas oportunidades de trabalho
As possibilidades são tantas que, para os analistas do Progressive Policy Institute, a rede 5G irá provocar o surgimento de novas posições profissionais em todas as verticais da economia. Quando a rede 5G for onipresente nos EUA, haverá novos perfis de vagas para profissionais de diversos níveis e formações. É o caso dos desenvolvedores de plataformas digitais de manufatura e dos gestores de cybersegurança de nuvens especializadas em aplicações de saúde. Na outra ponta haverá, também, demanda por técnicos especializados na manutenção de robôs, veículos autônomos e dispositivos inteligentes domésticos.
Já para as operadoras, veremos uma crescente demanda por profissionais com domínio sobre as tecnologias que suportam a arquitetura de nuvem, além dos conhecimentos tradicionais em protocolos de comunicação, sinalização e segurança, entre outras disciplinas críticas para esse setor.
As novas oportunidades surgidas com o 5G e o edge computing podem reequilibrar o mundo do trabalho, criando posições que substituirão as profissões eliminadas no mundo pós-Covid.
Esse admirável mundo novo só surgirá, no entanto, quando os provedores de serviço conseguirem realizar o salto estrutural e cultural em direção ao mundo 5G e edge computing.
Nessa jornada, há soluções que complementam as habilidades dos gestores das operadoras de telecom, acelerando e simplificando o uso dos ambientes 5G baseados em múltiplas nuvens. Por meio de uma camada virtualizada que se estende por todas as nuvens (core, borda, privadas, públicas, híbridas), essas plataformas suavizam a interação entre o gestor e essa estrutura, acelerando a resolução de problemas, protegendo o ambiente e otimizando o consumo das nuvens de acordo com a lógica de negócios da operadora.
Distribuição de carga de uma nuvem para outra em milissegundos
A noite de maior sucesso de um show de rock, por exemplo, pode representar um pico de acessos para a operadora de telecom que havia planejado suportar 100 mil acessos simultâneos. De uma hora para a outra, a empresa pode ver-se obrigada a dar vazão a 150 mil acessos com um pesado tráfego de dados. O uso de uma solução de gestão que permeia todas as nuvens dessa operadora permite que, numa interface gráfica extremamente amigável, o gestor faça em milissegundos um novo provisionamento de recursos, redistribuindo para outras nuvens as novas cargas de processamento de dados.
Um dos subprodutos mais estratégicos desse tipo de solução é colaborar para reduzir os gastos com as nuvens que compõem o universo 5G e edge computing. A falta de visualização e controle sobre cada uma das nuvens pode trazer prejuízos. Pesquisa realizada pela consultoria ESG em 2019 a partir de entrevistas com 200 CIOs norteamericanos a respeito dos desafios de gestão dos ambientes multinuvem mostra que, para 41%, o maior problema era a bilhetagem.
Conclusão
A construção do mundo 5G e edge computing tem levado os times de telecom e TI das operadoras a se aproximarem. Muitas vezes, os líderes de RH têm criado programas para troca de conhecimento entre profissionais com perfis diferentes, mas que, cada vez mais, precisam interagir.
Estratégias como essas colaboram para acelerar a economia digital brasileira, evitando o risco de empresas e pessoas se perderem em meio às muitas nuvens que irão suportar a rede 5G.
O impacto da refrigeração líquida no projeto e operação de data centers
Inovações como a refrigeração líquida direta para o chip ou para dispositivos de TI podem ajudar os data centers a reduzir suas emissões de carbono. A tecnologia requer menos energia para refrigerar os ambientes do que o sistema mecânico de ar condicionado tradicional. A tecnologia ainda se encontra em uma etapa inicial, mas deve crescer rapidamente nos próximos anos.
Para atender à crescente demanda por capacidade de computação e serviços digitais, os data centers estão ficando maiores, de 10 ou 20 MW há cinco anos para os atuais 100 ou 200 MW. Muitos dos novos data centers de grande porte estão sendo construídos por provedores de colocation, modelo em que os clientes alugam e compartilham o espaço e a capacidade de computação no data center. Está muito acelerado, também, o mercado dos data centers hyperscale, como as plantas que suportam os negócios do Google, Amazon e Microsoft, as grandes nuvens do planeta. Novas tecnologias com uso intenso de energia, como as redes móveis 5G, a inteligência artificial (IA) e a computação de alto desempenho, exigirão ainda mais dos data centers. Atender a essas demandas é um desafio. Os data centers se encontram sob crescente pressão para fazer mais com menos. É essencial proporcionar mais capacidade de computação ao mesmo tempo em que se reduz o consumo de energia e a pegada de carbono. Um dos principais diferenciais do data center sustentável é a eficiência e a eficácia de seus sistemas de refrigeração. Inovações tecnológicas como a refrigeração líquida podem ajudar os data centers a reduzir suas emissões de carbono. A refrigeração líquida requer menos energia para climatizar os data centers do que o uso de ar para controlar as temperaturas. A tecnologia ainda se encontra em uma etapa inicial. Entretanto, deve crescer rapidamente nos próximos dois anos.
Nigel Gore, da Vertiv
Pesquisa da Omdia
Estudo recente realizado pela Omdia, uma empresa de pesquisas na área de tecnologia, prevê que haverá um forte crescimento na adoção de sistemas de refrigeração líquida. A pesquisa destaca que tecnologias de rejeição de calor estabelecidas, como as de refrigeração por expansão direta (DX), por água gelada e evaporativa, continuam a dominar ao mesmo tempo em que se tornam mais sustentáveis. Mas as novas tecnologias devem crescer conforme os operadores de data centers buscam por formas de melhorar a eficiência e lidar com a computação que cada vez usa mais energia.
O trabalho da Omdia, Data Center Thermal Management Report 2020, foi publicado no final de 2020 e baseado em dados de 2018 e 2019. O mercado para tecnologia de refrigeração de data centers tem uma projeção de crescimento de US$ 3,3 bilhões em 2020 para mais de US$ 4,3 bilhões em 2024. Além de analisar a posição de mercado, o relatório proporciona insights e inteligência sobre como a tecnologia de refrigeração de data centers está evoluindo.
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Fig. 1 – Mercado latino-americano de gerenciamento térmico de data centers. Fonte: Omdia 2020
Tecnologias estabelecidas, como chillers e refrigeração perimetral, permanecem com uma grande fatia do mercado. De acordo com a Omdia, split por expansão direta ainda é a forma principal de rejeição de calor no gerenciamento térmico do data center, mas a água gelada e evaporativa direta estão ganhando impulso. Além disso, o ímpeto dos fornecedores de serviços de nuvem e de colocation tem acelerado, levando ao crescimento de dois dígitos para as unidades de tratamento de ar (AHU). A Omdia prevê que também haverá um crescimento forte em algumas formas de refrigeração líquida (de imersão e direta para o chip), que devem dobrar entre 2020 e 2024. Diversos fatores estão contribuindo para essa mudança, incluindo o consumo de energia pelos chips e servidores, o crescimento do edge, o aumento das densidades dos racks, bem como as exigências de eficiência energética e sustentabilidade.
Lucas Beran, analista principal para a área de pesquisa sobre nuvem e data centers e autor do trabalho, disse: “O mercado de gerenciamento térmico de data centers está no pico de um ponto de inflexão. Atualmente, os produtos e soluções térmicas existentes à base de ar estão impulsionando o crescimento, mas são limitados por sua capacidade de refrigeração de densidades de racks acima de 10 kW. As novas tecnologias, produtos e designs estão chegando ao mercado para ajudar no suporte a essas implementações de alta densidade e operações mais eficientes, levando a uma mudança na dinâmica do mercado até 2024.”
Na América Latina, a Vertiv tem visto uma crescente adoção de sistemas que buscam aproveitar ao máximo as condições ambientais externas para climatizar ambientes de TI, especialmente as tecnologias de free cooling e adiabáticas. Isso demonstra que mesmo em uma região tão heterogênea em relação ao clima quanto a nossa, alternativas bem executadas podem entregar eficiências e níveis de PUE –Power Usage Effectiveness consideráveis. Isso tem um impacto direto na redução dos custos operacionais do data center.
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Pesquisa Vertiv
A pesquisa própria da Vertiv sobre tecnologias térmicas também aponta para inovações futuras. De acordo com o relatório Data Center 2025: Mais Próximo do Edge, a indústria de data centers passou por uma mudança em larga escala para a economização, impulsionada pelos operadores de hyperscale e fornecedores de colocation, ao mesmo tempo em que simultaneamente levava a remoção de calor para perto dos servidores através dos sistemas de refrigeração líquida e porta traseira, projetados para dar suporte aos racks de alta densidade comuns em instalações de computação de alto desempenho. Dos mais de 800 profissionais de data centers que responderam à pesquisa, 42% esperam que as futuras demandas de refrigeração sejam atendidas por sistemas mecânicos, enquanto 22% dizem que elas serão atendidas pela refrigeração líquida e ar externo, um resultado provavelmente motivado pelas densidades de rack mais extremas vistas atualmente.
Isso inclui a “refrigeração por imersão”, na qual servidores e outros equipamentos de TI serão submersos em líquidos refrigerantes em tanques. Outra inovação é a refrigeração “direta para o chip”. Nesse caso, o líquido refrigerante é alimentado sobre os chips dos computadores em equipamentos de data center.
Para produzir frutos, a refrigeração líquida precisa ser aplicada a dispositivos de TI que possam ter esse tipo de técnica. São equipamentos habilitados para suportar refrigeração líquida direta para o chip ou para dispositivos de TI. Uma segunda aplicação diz respeito à computação de alta densidade – a refrigeração líquida pode ajudar essa infraestrutura a se tornar mais eficiente energeticamente.
Planeta verde, data center verde
Todas essas transformações acontecem em um momento em que o setor de data centers está exposto a um maior escrutínio do seu impacto na sociedade e no meio ambiente. Governos em todas as geografias estão cada vez mais cientes da pegada de carbono do setor, estimado em 1% de todo o consumo mundial de eletricidade. Alguns especialistas acreditam que esse percentual possa ser maior.
Na Europa, especialmente, há um interesse crescente por parte dos reguladores em relação ao impacto ambiental do data center, incluindo o uso de energia e de água.
É importante destacar que o mercado global de data centers já conta com padrões para a eficiência energética, como o código de conduta europeu para eficiência energética em data centers. Iniciativas voluntárias por parte da indústria, caso do Pacto de Data Center Neutro para o Clima, estão unindo os provedores de infraestrutura de nuvem e os operadores de data centers. Na Europa, a meta é tornar os data centers neutros para o clima até 2030.
Mais organizações estão se comprometendo a reduzir suas emissões de carbono. A Microsoft, dona da nuvem Azure, por exemplo, prometeu tornar-se carbono “negativa” até 2030. Isso quer dizer que a empresa de software removerá mais carbono da atmosfera do que produzirá. A economia cada vez mais digitalizada depende do data center para acontecer. Mas a preservação da vida exige um data center projetado e operado segundo as melhores práticas de sustentabilidade. Trata-se de identificar os detalhes do desafio trazido pelo data center e construir, de maneira consultiva, um projeto inovador. A meta é reduzir o consumo de energia e a emissão de carbono. O uso de refrigeração líquida insere-se nesse contexto, e vale a pena ser estudado.
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Mobilidade corporativa: Wi-Fi e 5G
Com a chegada das tecnologias 5G e WiFi 6, muitos se perguntam se elas podem coexistir ou até mesmo completar-se. O debate gira em torno da dúvida se uma solução se combinará à outra, ou se manterá seu curso separado, como já ocorre há vários anos.
Alcatel-Lucent Enterprise
As tecnologias Wi-Fi e 5G já são uma realidade, e persiste uma dúvida sobre como será a sua interação. Para alguns, ambas irão coexistir pelo fato de que já há milhões de dispositivos puramente Wi-Fi já conectados e implantados. Eles não serão substituídos da noite para o dia, e muitos permanecerão apenas com conectividade Wi-Fi no futuro. O Wi-Fi traz muitas vantagens em relação às redes móveis, uma vez que o acesso aos recursos pode ser controlado de forma local e políticas únicas podem ser aplicadas no campus. Restrições de largura de banda também podem ser utilizadas em serviços não essenciais, e os departamentos de TI podem monitorar e controlar os usuários e equipamentos que acessam a rede (figura 1).
O que é o 5G?
É a nova geração de tecnologia de rede móvel e não é necessariamente vista como um substituto para o 4G, mas como uma camada extra a fim de proporcionar uma melhor experiência móvel, mais rápida e fluida. A tecnologia 5G opera em frequências mais altas do que as redes 4G atuais e possibilitam transportar mais informações, além de permitir que a rede seja segmentada, ou dividida, o que significa que os operadores podem dedicar partes da rede para tarefas específicas, como para telefones ou outros dispositivos móveis e portáteis que se conectam à Internet, enquanto outra pode ser utilizada para veículos autônomos. Para que as operadoras proporcionem o alcance e a velocidade prometidas pelo 5G, é necessária a implantação de uma torre de transmissores mais densa, porque as frequências 5G não se deslocam com facilidade por obstáculos e dentro de edifícios.
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Tab. I – Padrões Wi-Fi
AnoAno AnoAno Ano Padrão 802.11 Padrão 802.11 Padrão 802.11 Padrão 802.11 Padrão 802.11 VelocidadeVelocidade VelocidadeVelocidade Velocidade Frequência (GHz) Frequência (GHz) Frequência (GHz) Frequência (GHz) Frequência (GHz) Nome Wi-Fi Alliance Nome Wi-Fi Alliance Nome Wi-Fi Alliance Nome Wi-Fi Alliance Nome Wi-Fi Alliance 1997/1999 b 11 Mbit/s 2,4
1999 a 54 Mbit/s 5
2003 2009 2014 2019 g n ac ax 2,4 600 Mbit/s 2,4/5 3,46 Gbit/s 10 Gbit/s 5 2,4/5 Wi-Fi 4 Wi-Fi 5 Wi-Fi 6
No entanto, a maioria dos dispositivos móveis não é compatível com o 5G. É verdade que já estão disponíveis diversos aparelhos com 5G de marcas variadas, além de roteadores residenciais ou para pequenos escritórios, ou dispositivos de ponto de acesso.
Já para os dispositivos conectados por Wi-Fi, a história é diferente. Embora muitos dispositivos móveis ainda não suportem o padrão Wi-Fi 6, a Wi-Fi Alliance é muito clara em garantir que todas as interações dos padrões Wi-Fi serão retrocompatíveis, permitindo que as empresas façam o upgrade de dispositivos conforme necessário.
O 5G foi projetado para proporcionar uma maior largura de banda e baixa latência, essenciais para a direção conectada. Quando pensamos em veículos autônomos, os dados precisam ser transmitidos e as reações acionadas em tempo real, uma vez que decisões devem ser tomadas em uma fração de segundo para que o veículo pare ou evite um obstáculo imediatamente. Teoricamente, isso pode parar o veículo muito mais rápido do que um automóvel operado por um humano (o tempo de reação do veículo será 1000 vezes mais rápido do que a média humana).
Vantagens e desvantagens de uma rede 5G
É verdade que o 5G oferecerá maior largura de banda para todos os usuários, o que significa velocidades mais altas. Da mesma forma, maior largura de banda também resulta em menor cobertura, exigindo que operadoras instalem mais torres transmissoras. Acredita-se que, com os aumentos esperados em dispositivos conectados por 5G, o espectro de frequência de rádio fique mais congestionado.
O 5G promete oferecer conectividade uniforme, ininterrupta e consistente. Há um alto custo para as operadoras implantarem a infraestrutura, e questões de segurança e privacidade ainda precisam ser solucionadas. Além disso, redes 3G e 4G ainda não estão em todos os lugares.
Wi-Fi
O Wi-Fi foi disponibilizado para os consumidores inicialmente em 1997 e, desde então, não parou de evoluir. O padrão 802.11 original foi renomeado em 2018 pela Wi-Fi Alliance para facilitar na hora de nomear e entender os padrões de Wi-Fi. O próximo padrão 802.11ax, oficialmente a sexta geração da tecnologia, é conhecido como Wi-Fi 6. Os dois padrões anteriores também foram renomeados para Wi-Fi 4 e 5 (tabela I).
O mercado de Wi-Fi explodiu com o surgimento de dispositivos inteligentes, como smartphones, tablets e
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eletrodomésticos. Os primeiros equipamentos que usavam apenas Wi-Fi para se conectar chegaram ao mercado por volta de 2004. Em 2007, os smartphones chegaram e impulsionaram a demanda para Wi-Fi em empresas e residências.
Em 2009, as vendas de dispositivos somente Wi-Fi atingiram 600 milhões em todo o mundo e, até 2011, esse número já havia passado para 1,2 bilhão.
Aplicações do 5G
Há diversos casos de uso para o 5G: de comunicação entre veículos ou entre o automóvel e a estrada, até a comunicações massivas entre máquinas. Algumas implantações do Wi-Fi não são possíveis sem grandes exigências de cobertura ou alcance, como a comunicação entre navios e estações em terra, por exemplo. Neste caso, a cobertura de LTE privada ou pública geral usada depende dos requisitos da empresa.
Espera-se que os veículos autônomos e as rodovias inteligentes impulsionem a adoção do 5G, já que é necessária uma tecnologia móvel super-rápida, robusta e que permaneça sempre ativa.
O 5G possibilita a um usuário executar serviços paralelos, sem perda de qualidade. Em vilas isoladas, o tratamento médico se torna possível pois um profissional pode atender de forma remota. A educação, longe da sala de aula, pode ser compartilhada em todo o mundo. Isso é válido mesmo para áreas não atendidas por uma rede de nível empresarial, com acesso à banda larga super-rápida.
As redes 5G suportarão comunicações em estruturas ultra-densas (redes urbanas) e missão crítica (controle e monitoramento de energia e outros serviços públicos).
Aplicações de redes Wi-Fi
Redes corporativas
A maioria das empresas migrou do Wi-Fi de ponto de acesso para o completo, oferecendo conectividade integrada e acesso a recursos e aplicativos. Essa dependência do Wi-Fi está aumentando a demanda sobre as redes corporativas, responsáveis por provisionar velocidades mais altas e maior capacidade para os desafios que surgem, proporcionando acesso BYOD e suportando aplicações de largura de banda intensa, como vídeos, que afetam todos os negócios.
Requisitos de IoT – Internet das Coisas
Com o uso da IoT, a explosão de dispositivos conectados colocará uma pressão ainda maior sobre a rede Wi-Fi. Muitos dos equipamentos podem ter baixa largura de banda, mas ainda exigem um certo nível de qualidade de serviço e confiabilidade da infraestrutura. Com o Wi-Fi 6, o aumento na largura de banda oferece conectividade simultânea para mais dispositivos por ponto de acesso do que era possível até então.
Educação
Pioneiros na adoção de tecnologia, os universitários, que usam múltiplos dispositivos, são provavelmente os primeiros usuários de aparelhos compatíveis com Wi-Fi 6. Muitos desses dispositivos são apenas Wi-Fi (por exemplo, tablets). Ainda assim, os estudantes esperam estar sempre conectados.
O aprendizado conectado agora é padrão para todas as instituições de ensino. A maioria das instalações das
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universidades de grande porte oferece conectividade para milhares de funcionários e alunos, cada um utilizando diversos dispositivos. A quantidade de equipamentos conectados deve crescer conforme os alunos investem em mais tecnologia sem fio e mais dispositivos e objetos se tornam compatíveis com WiFi. Para atrair alunos, um dos principais requisitos de uma universidade é ter acesso a uma rede Wi-Fi de qualidade e alta velocidade. É um elemento que pode convencer ou dissuadir um estudante a optar por uma determinada faculdade.
Saúde
As organizações de saúde migraram do Wi-Fi para computadores em rodas (CoWs), permitindo conectividade móvel para monitores cardíacos, de oxigênio e leitos inteligentes, enquanto proporcionam acesso em tempo real a raios X, aparelhos de ressonância magnética, tablets e registros médicos eletrônicos (EMRs). Além, é claro, da conectividade à Internet para os pacientes.
Isso fez com que as implantações de WiFi do setor de saúde migrassem de um ambiente estático, com Wi-Fi apenas em áreas específicas, para um Wi-Fi presente em todas as dependências do hospital. Além disso, novos desenvolvimentos em serviços baseados em localização, direções e, mais importante, rastreamento de ativos, continuarão a impulsionar a implantação e a expansão do Wi-Fi corporativo na área da saúde.
Governo
Autoridades governamentais adotaram uma abordagem conservadora ao implantar redes Wi-Fi, dando a máxima importância para a segurança, enquanto o Wi-Fi sempre foi considerado inseguro. Os padrões de proteção mudaram ao longo dos últimos anos, sendo o mais recente o WPA3. Órgãos públicos agora implantam o mais alto nível de segurança usando autenticação multifator para acesso e segurança baseada em certificação, conforme o padrão 802.11ax. Em diversos casos, a infraestrutura sem fio é mais segura do que a cabeada. Enquanto órgãos governamentais eram tradicionalmente um ambiente bastante estático, a migração para comunicações unificadas e trabalho colaborativo vêm mudando essa dinâmica e agora há a necessidade de uma arquitetura Wi-Fi móvel sempre conectada, segura e controlada.
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Fig. 1 – Evolução das redes móveis e assinantes. Fonte: Iot and 5G History Evolution and its Architecture Their Compatibility and Future
Cidades inteligentes
A mudança para cidades inteligentes exigirá que 5G e Wi-Fi coexistam e se complementem. Cidades inteligentes incorporam IoT, sistemas de gestão predial, câmeras de segurança, sensores de tráfego, monitores de poluição e Wi-Fi para os cidadãos. Nesse cenário, dispositivos conectados por Wi-Fi tendem a ser mais fixos que móveis, incluindo gestão predial, circuito interno de TV, sensores e monitores. Os veículos conectados usarão a tecnologia 5G, enquanto os próprios cidadãos terão uma combinação de Wi-Fi em casa ou nos edifícios e 5G quando se deslocam pela cidade. Hotelaria
Em um cenário hoteleiro cada vez mais competitivo, a experiência dos hóspedes se tornou um dos principais diferenciadores. A maioria carrega vários dispositivos e deseja se conectar, relaxar e se sentir em casa. Para que isso aconteça, o uso do Wi-Fi é imprescindível.
Os hotéis precisam ir além dos dispositivos de funcionários e hóspedes. Com a explosão da IoT, os hotéis precisam estar hiperconectados, móveis e seguros. Eles precisam suportar de forma segura os protocolos de IoT, como Zigbee para sistemas de travamento de portas, pela infraestrutura de LAN sem fio atual.
Transportes
As empresas de transporte variam significativamente, desde portos, estradas e ferrovias até aeroportos e linhas aéreas. Cada uma terá suas próprias necessidades definidas para Wi-Fi e provavelmente usará tecnologias 5G e Wi-Fi no futuro.
Um exemplo são os aeroportos utilizando Wi-Fi para melhorar a experiência dos passageiros, enviando publicidade com ofertas e promoções. A tecnologia também é aplicada nas operações como um todo, processamento de bagagens e também para segurança.
Os aeroportos estão abraçando a IoT para aumentar a eficiência na segurança, proteção e operação, que também estão impulsionando a demanda por Wi-Fi. Adicione a isso a utilização de serviços baseados em localização para elevar a satisfação dos passageiros com direcionamentos, geonotificações de promoções, e para rastrear ativos de ajuda aos passageiros com mobilidade reduzida, o que causará um crescimento exponencial do Wi-Fi e de tecnologias complementares.
A adoção de LTE privada nos aeroportos vem ganhando espaço, por se tratar de um local com grande área que não é necessariamente coberto pela LTE. A LTE privada permite que a operadora do aeroporto forneça e garanta a qualidade
do sinal, ampliando os serviços digitais para a equipe em terra, no ar, em operações, logística e segurança.
Conclusão
A Enterprise acredita que a maioria dos casos de uso corporativo para a conectividade sem fio continuará a ser atendida pela tecnologia Wi-Fi, graças a fatores como disponibilidade do 5G, largura de banda dedicada para Wi-Fi, infraestrutura de WLAN e LAN unificada que agrega maior controle e segurança de ativos, redução do custo da tecnologia, além de ser ecologicamente mais correto, proliferação de dispositivos Wi-Fi nas empresas e espectro não licenciado.
Com a introdução do Wi-Fi 6, que estará comercialmente disponível antes de grandes implementações do 5G, a WLAN veio para ficar. Uma grande vantagem do 5G é o fato de que o Wi-Fi sempre ofereceu retrocompatibilidade, o que significa que as empresas não precisam substituir todos os seus ativos ao migrar para o Wi-Fi 6. Com o 5G, será necessário adquirir um novo dispositivo.
Não há nenhuma forte razão tecnológica para substituir o Wi-Fi para aqueles que já utilizam o Wi-Fi 5. No entanto, as empresas precisam começar a planejar seu futuro. O Wi-Fi 6 é mais rápido, robusto e pode suportar um número cada vez maior de dispositivos simultaneamente, com repetidores se tornando mais comuns e redes mesh a caminho da próxima geração da tecnologia Wi-Fi, a IEEE 802.11ax, batizada de Max Wi-Fi.
Assim como 3G ou 4G, os sinais 5G são um recurso compartilhado. Por outro lado, a tecnologia MIMO Wi-Fi garante uma largura de banda dedicada em relação ao Wi-Fi. Em casos onde centenas de residências atendidas por uma única estação base 5G, esses conjuntos de 1 Gbit/s são distribuídos, com média de 10 Mbit/s para cada residência. Se ampliarmos esse cenário para o caso de uma universidade, teremos dezenas de milhares de dispositivos potencialmente se conectando a dez estações base. Dessa forma, a necessidade por uma rede Wi-Fi robusta, rápida e segura é mais do que óbvia. Se as empresas pedem conectividade na casa dos Gigabits, esperam velocidades de Gigabits. A única maneira de garantir a largura de banda necessária é tendo uma infraestrutura própria, com Wi-Fi 6 no centro da solução.
O 5G permanece uma infraestrutura de propriedade das operadoras. Dessa forma, a conexão direta de dispositivos corporativos ou IoT a tais infraestruturas traz à tona uma questão de segurança. As redes Wi-Fi se beneficiam de uma infraestrutura de WLAN e LAN unificada, de propriedade das empresas. O controle de acesso de rede (NAC), DPI - Deep Packet Inspection e a tecnologia de conteinerização de IoT são ativos que protegem a propriedade intelectual da companhia.
Se uma empresa estiver buscando uma infraestrutura de segurança equivalente com 5G, deve considerar a compra de sua própria infraestrutura 5G privada. Neste caso, o custo de despesas de capital das estações base 5G é muito maior do que o dos pontos de acesso Wi-Fi. O custo para instalar novas estações base/torres 5G é alto e inclui engenharia civil, escavação de valas, colocação de novos cabos, concreto e a instalação da torre propriamente.
O 5G, sem dúvida, se tornará a tecnologia móvel de fato nos próximos anos, mas ainda levará muito tempo até que proporcione a cobertura que usuários e empresas necessitam. Já o WiFi 6 é a tecnologia que as empresas precisam levar em conta para atender aos seus clientes no tsunami de dispositivos IoT, com a mobilidade do usuário, segurança e controle. As companhias podem implantar o Wi-Fi 6 agora, ao mesmo tempo em que protegem o investimento feito com dispositivos conectados por Wi-Fi. Fazer o upgrade para o Wi-Fi 6 é fácil e protegerá o investimento feito por muitos anos.