15.07.18 / DOMINGO /
Região / DIÁRIO DO MINHO 13 www.diariodominho.pt
Apresentação do livro “Palácio da Brejoeira – Dois séculos de história”
Brejoeira apresentou livro único, dois retratos e um órgão de tubos
fez também muita coisa boa por Monção. É essencialmente esse o objetivo do livro, que também pretende continuar dar luz a este imóvel classificado como Monumento Nacional», destacou o administrador da sociedade Palácio da Brejoeira, Viticultores SA, Emílio Sousa Magalhães Ao mesmo tempo, os convidados tiveram o privilégio de poder ver pela primeira vez dois quadros que ficam agora na
“Sala dos Retratos” pela primeira vez, com as imagens do fundador do Palácio, Luís Velho Pereira de Moscoso, e o sucessor, conselheiro Pedro Araújo, que se juntaram aos já conhecidos retratos do comendador Francisco Oliveira Paes e Maria Ermínia Paes, última proprietária. Com direito a passagem pela capela do Palácio, Emílio Magalhães anunciou também que o Órgão de tubos, são
954, vai ser adaptado, ao mesmo tempo que desejou adaptar o livro ontem lançado para outras línguas face ao cada vez maior número de visitas estrangeiras àquele monumento. «Temos tido muita procura por estrangeiros. Desde há sete anos para cá, e, no total, passaram pelo Palácio quase 300 mil pessoas. O que para um concelho como Monção é significativo», frisou.
Já o autor do livro. Ernesto Português, não des-
cartou a hipótese de surgirem «novas fontes» de forma a enriquecer ainda mais a história da Brejoeira. «Este livro conseguia ir ao início da obra do século XIX com novas e relevantes fontes que vieram possibilitar muita da história da Brejoeira. É possível que hajam ainda outras fontes que possam vir ainda a revelar novas histórias de Palácio», destacou, mostrando ainda orgulho nos retratos que foram colocados no Palácio do fundador e o proprietário que lhe sucedeu em 1901. «Eram retratos importantes e que completam agora a Sala dos Retratos», apontou, desejando também ele que o livro venha a ter tradução para outras línguas. Nuno Cerqueira
Uma obra digna de figurar nos anais da Brejoeira e do Alvarinho
Nuno Cerqueira
E
Livro pretende continuar “a dar luz” ao Palácio da Brejoeira como Monumento Nacional
Nuno Cerqueira
m cerimónia, com a ausência notada da edilidade mas com direito a quarteto de cordas de música e um tradicional Alvarinho de Honra, a administração daquele palácio de Monção lançou o livro de autoria de Ernesto Português ao público – mil exemplares – que é também uma homenagem à última proprietária do Palácio da Brejoeira, Maria Ermínia Paes, que faleceu em dezembro de 2015. «Para além da paixão que ela tinha pelo Palácio, Maria Ermínia Paes
Nuno Cerqueira
A administração do Palácio da Brejoeira, Viticultores SA, apresentou ontem, em uma hora, dois séculos de história de um palácio, em livro, dois retratos, em quadros, que completam a sala dos antigos donos do Palácio, e anunciou uma adaptação de restauro do secular órgão de 954 tubos.
O livro tem o prefácio do professor universitário Henrique Rodrigues, que da obra destacou, na sessão pública de apresentação no hall do Palácio, os dois séculos de vida da infraestrutura e percorreu um pouco da história cultural e arquitetónica do palácio, apenas comparado aos edifícios palacianos de Lisboa como o Palácio da Ajuda. «Neste livro são dadas respostas a algumas interrogações levantadas por quem mandou construir o Palácio. Como evoluiu e se tornou um símbolo para o Vinho Verde e para o Alvarinho em particular», fez questão de frisar. Sobre o livro, o professor referiu ainda que na primeira parte é abordada a problemática das origens da Brejoeira. «O livro viaja também pelo impacto nacional do Palácio, longe dos grandes centros urbanos e encostado ao rio Minho», disse, destacando então o recurso a novas fontes que revelam novas abordagens, reais e concretas, sobre os donos do Palácio. «A obra em apreço é digna de figurar nos anais da Brejoeira e do Alvarinho. Com uma escrita a letra de ouro, sobre o azul de uma narrativa rica de conteúdo, de onde sobressai o rigor histórico, este livro muito contribui para o conhecimento do Palácio da Brejoeira e das famílias que geriram e cuidaram deste património», destacou Henrique Rodrigues sobre a obra.