Noticias de Barroso nº 552

Page 1

i

Director: Nuno Moura Ano XXXV, Nº 552 Montalegre, 18.02.2019 Quinzenário E-mail: admin@noticiasdebarroso.com 1,00 € (IVA incluído)

Barroso

Papa Francisco visita Abu Daby e firma acordo histórico "Pela primeira vez o líder da Igreja Católica visitou este país muçulmano e no encontro foi assinada uma Declaração conjunta entre a Igreja Católica e a Universidade de Al Azhar. Signatários, o Papa e o Grão Imam Al-Tayyib. O documento é considerado uma etapa importante para o diálogo inter-religioso". P11

Noticias de

Aníbal Morais Gonçalves Transmontano de Curalha mecenas do Seixal

Na reunião da Câmara de Montalegre de 7.2.2019 Ver como se gasta (mal) o nosso dinheiro. Gastos execessivos e obras escusadas e mal executadas. Depois é o que já se sabe: pontes sem estrada, pista sem carros, piscinas sem água, campos de tiro sem atiradores, castelos de betão, escolas sem recreio e aldeias sem saneamento básico! P5 PSD de Montalegre critica o governo por causa do PNI 2030 O PNI 2030 que o governo anunciou não contempla o interior do país e a região do vale do Cávado, do Barroso e do nordeste transmontano não viram, mais uma vez, contempladas obras de requalificação na EN 103. O PSD Montalegre juntou-se a todos (e são muitos) os que censuraram o governo que só contemplou o litoral do país no Plano Nacional de Investimentos. P10 Lita Moniz eleita presidente da Academia de Letras da Praia Grande Lita Moniz, a montalegrense emigrante em S. Paulo, Brasil, ilustre colaboradora do Notícias de Barroso, vai presidir à recém criada Academia de Letras e Artes da Praia Grande. Bravo! Parabéns e votos de grande sucesso! P13

Pela mão de António Amaro, de Friães, residente em Almada, veio o privilégio de se encontrar um empresário de sucesso que é natural de Curalha, do concelho de Chaves, um transmontano dos quatro costados que, para além do seu enorme sucesso empresarial, é (tem sido) um verdadeiro mecenas do Seixal. Na companhia do Amaro, num almoço a

Morreu o Pe Manuel Alves P3

três, deu para conhecer Aníbal Gonçalves que subiu a pulso na vida e hoje é um autêntico gentelman. Vida que se conta na página 9 do NB e que se espera seja exemplo a seguir por todos os jovens transmontanos. Reportagem de Carvalho de Moura

Carnaval de Xinzo de Lima O “ENTROIDO” de Xinzo de Lima

Maria Eugénia Neto visita Montalegre P7

prossegue eufórico e divertido. De 1 a 5 de Março terão lugar os maiores eventos. Não perca o Grande Desfile, no próprio Dia de Carnaval ou do Entroido, classificado de interesse turístico internacional, marca que é o orgulho dos antelanos.


2

Barroso Noticias de

MONTALEGRE Rua da Costa em obras A Rua da Costa está a ser alvo de uma profunda remodelação a pretexto da introdução do gás natural. Noutras ruas da vila, e pela mesma razão, prosseguem trabalhos de perfuração de valas e sua reposição. Acidente na Feira da vila “- Poderia ter sido pior, foi um milagre, estas foram as palavras que se ouviram no recinto da feira quinzenal em Montalegre. Um carro mercedes, furou a rede de vedação da rua Padre José Alves, indo cair no recinto destinado à venda de gado, no campo da feira. O Mercedes era conduzido por um emigrante, natural de Sarraquinhos, Montalegre, que felizmente saiu incólume do acidente, ainda que não tenha ganho para o susto. Há a registar danos materiais na viatura e no gradeamento de vedação tal como se pode ver na imagem que se reproduz. No local estiveram os Bombeiros, GNR e INEM que transportou o condutor ao Centro de Saúde. Sessão de esclarecimento para os agricultores Promovida pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), o auditório do pavilhão multiusos de Montalegre foi palco de uma sessão de esclarecimento sobre temas de interesse para os agricultores, como é o caso das candidaturas às medidas de apoio à atividade agrícola. A aplicação da legislação dos baldios foi, também, tema de debate e mereceu especial atenção por parte dos intervenientes. Reunião dos Produtores de Fumeiro Teve lugar a habitual reunião de balanço da Feira do Fumeiro de Montalegre. Organização e produtores refletiram sobre o evento que continua a movimentar milhares de pessoas. Os 28 anos da "rainha do fumeiro" foram aplaudidos e referenciados como uma edição que teve saldo largamente positivo. Porém, há sempre arestas a limar. O encontro foi presidido por Orlando Alves, líder do município. Concurso "Olhar Barroso" O Ecomuseu de Barroso acaba de anunciar os vencedores da primeira edição do concurso fotográfico "Olhar Barroso". Ao todo, foram mais de 50 participações. O registo vencedor recaiu em Armando Reis na foto "Tradicional matança do porco no Barroso 2013, Paredes do Rio". A entrega dos prémios e das menções honrosas acontece no próximo 4 de maio bem como a inauguração da exposição. Os prémios foram para os trabalhos de: 1.º"Tradicional matança do porco no Barroso 2013, Paredes do Rio", Armando Reis 2.º "Chega de bois, Montalegre", António Tedim 3.º "Entrudo da Misarela", Carlos Elísio Menções honrosas "Ponteira", Paulo Pereira "Serra Larouco", Marco Moura "Capela Cela", Judite Pereira "Capela de Santa Marta", Tiago Rodrigues "José o pastor, Ponteira 2014", Armando Reis "sem título", Pedro Canedo "Bovinos raça Barrosã", João Dourado "Torgueda, Montalegre", João Madureira "Malhada", António Cunha "No Larouco", António Cunha "Segada", António Cunha "Ecomuseu", Paulo Portela "Espigueiro", Lília Jorge "Pastor", Lília Jorge "Igreja e Bruxaria", Víctor Domínguez PADROSO Números voadores, Lda apicultura Na aldeia de Padroso nasceu uma empresa vocacionada para a apicultura. Com o nome "Números Voadores", promete voar alto à luz do investimento de 200 mil euros já realizado, em parte com

18 de Fevereiro de 2019 fundos comunitários. Se tudo correr como o previsto, dentro de algum tempo há mais ofício a somar aos três postos de trabalho já existentes. Para já, o principal mercado está em Inglaterra. O executivo municipal - acompanhado pela Secretária de Estado do Turismo - visitou o local. É mais um exemplo de empreendedorismo no concelho de Montalegre. Envolta por uma paisagem de cortar o fôlego, a empresa “Números Voadores”, constituída por três jovens agricultores, já criou um posto de trabalho direto e dois indiretos na aldeia de Padroso, localidade que dista a escassos quilómetros da sede concelhia. O investimento viu a luz do dia fruto de uma candidatura, em 2017, ao PDR2020, no âmbito das Operações 3.2,1 – Investimentos na Exploração Agrícola e Operação e na Operação 3.1.1 – Jovens Agricultores, tendo a mesma sido aprovada. O projeto mostra um moderno pavilhão de onde é feita a extração de mel bem como o armazenamento de material. Contas feitas, o investimento coloca no terreno 600 colmeias para a produção anual de cerca 9.000 kg. É intenção destes empresários subir estes números mesmo sabendo que, na nossa região, as abelhas só trabalham cinco meses (a partir de março). A direção da empresa defende que o aparecimento teve por fim «promover a apicultura numa região do interior, onde existe escassez de emprego, mas abundância de recursos naturais, que deverão ser devidamente aproveitados». VIEIRA DO MINHO 13.ª Feira do Fumeiro De 15 a 17 de Fevereiro, teve lugar a feira do Fumeiro de Vieira do Minho. Assumindo-se como “o melhor evento gastronómico da região”, nas palavras do presidente António Cardoso, o certame contou com cerca de 60 stands onde pontificaram os de produção de fumeiro e entre os quais se podiam ver alguns do concelho de Montalegre. Depois, stands com uma variedade de produtos desde artesanato, vinhos, queijos, produtos hortícolas diversos. Segundo o autarca, o evento potenciou a promoção do concelho, a oferta turística e a dinamização da economia local. O que está a imporse na Feira de Vieira e que chama muita gente são as Chegas de Bois que, segundo a organização, entraram no Parque dos Moinhos 28 bois barrosos. Além disso, ranchos folclóricos, bandas musicais e outros grupos da região deram animação bastante em todos os dias da Feira, com destaque para o concerto do Grupo Santamaria que encerrou a Feira. VILA REAL CIM Douro contesta PNI 2030 O Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM DOURO), reunido em Sernancelhe, considerou que o PNI 2030 é “claramente contra a coesão territorial, contra a região”, tendo aprovado uma moção de repúdio que vai ser enviada à Assembleia da República com carácter de urgência. Na moção reclamam que, pelo menos, sejam consideradas e incluidas no Plano três grandes investimentos estratégicos para a região: na rodovia (IC26), na ferrovia (Linha do Douro) e no fluvial (Douro's Inland Waterway). Por outra parte, o governo aprovou a abertura do novo Juizo do Comércio em Vila Real e dos Juizos Locais Cível e Criminal na Régua, facto que foi sublinhado pelos deputados Ascenso Simões e Francisco Rocha como sendo “boas notícias para a região”. E são. É no entanto de lamentar que Montalegre tivesse sido esquecida, mais uma vez, porque é incompreensível que o Tribunal (Justiça) continue a depender de Vila Real nas acções para cima de 50.000 €uros. OURENSE 20.ª edição do Xantar Integrado na Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega (CIMAT), o município de Montalegre esteve presente nos 20 anos do evento Xantar- espaço dedicado à promoção e divulgação da gastronomia e da cultura galega - que teve lugar na cidade espanhola de Ourense.

CORTEJO CELESTIAL 32 –ANTÓNIO JAIME RODRIGUES GUERREIRO, de 81 anos, casado com Maria da Costa, natural da freguesia de Viade de Baixo e ultimamente residente em Braga, onde faleceu no dia 1 de Fevereiro, sendo sepultado no cemitério de Antigo de Viade de Baixo. 33 – JOSÉ AUGUSTO DA SILVA DIAS, de 91 anos, viúvo de Maria de Lourdes da Silva Mimoso, natural de Geraz do Lima, de Viana do Castelo, e residente nos Pisões, freguesia de Viade de Baixo, onde faleceu no dia 1 de Fevereiro, sendo cremado no Tanatório de Braga e as cinzas levadas para o cemitério de S. João, de Lisboa. 34 – ANA SILVINA FONSECA DIAS FERNANDES, de 71 anos, casada com António Artur Alves Fernandes, natural e residente em Pitões das Júnias, faleceu no dia 5 de Fevereiro no Hospital de Chaves. 35 – JOSÉ GONÇALVES PEREIRA, de 85 anos, casado com Maria Luisa Barroso Pereira, natural e residente em Lamachã, freguesia de Negrões, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 6 de Fevereiro. 36 – MANUEL ALVES, Pe Manuel, de 87 anos, solteiro, natural e residente em Parafita, da freguesia de Viade de Baixo, faleceu no Hospital de Chaves, sendo enterrado no cemitério de Parafita. 37 – ARTUR FERREIRA, de 90 anos, casado com Maria Miranda Martins, natural de Belém, de Lisboa e residente em Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves, no dia 10 de Fevereiro, sendo enterrado no cemitério de Outeiro. 38 – FERNANDO PEREIRA DA SILVA, de 66 anos, casado com Maria João Lopes de Carvalho Silva, natural e residente em Salto, faleceu no dia 11 de Fevereiro. 39 – MANOEL FERNANDES, de 84 anos, casado com Lúcia Gonçalves, natural da freguesia da Chã e residente em Wilbraham, Massachusetts, USA, onde faleceu no dia 9 de Janeiro e foi enterrado no cemitério de Island Pond, Ludlow, MA, USA. 40 – JOSÉ DA SILVA SOARES, de 88 anos, casado com Teresa Machado Francisco Soares, natural da freguesia de Louredo, de Vieura do Minho, e residente em Sabuzedo, faleceu no dia 13 de Fevereiro, sendo enterrado no cemitério de Mourilhe. 41 – LUÍSA PEREIRA RAMOS, de 92 anos, viúva de Domingos José Barroso, natural de Salto, faleceu em Refojos, Cabeceiras de Basto, no dia 12 de Fevereiro, sendo enterrado no cemitério de Venda Nova. PAZ ÀS SUAS ALMAS! Nota – A numeração indica-nos o número de falecidos naturais ou residentes no concelho de Montalegre, até à presente data..


Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

3

Morreu o Pe Manuel Alves

Barroso da Fonte O Padre Manuel Alves, nascido em (1931) Parafita (Montalegre) e ordenado sacerdote em 1954, completou, em 2018, a bonita idade: 87 anos de vida dedicada ao serviço da Igreja (60 anos), ao serviço da sua Terra (Parafita) e da cultura. Não falo de um homem qualquer, muito menos de um homem distraído e cordato. É – isso sim – um Homem de Barroso, daqueles que respeitam se forem respeitados, que cumprem e têm moral para exigir que outros o façam, que fala alto e em bom som, se for preciso do próprio posto de trabalho, tal como o sentinela que fará fogo no seu posto de vigia se for atacado ou vir que alguém tenta assaltar o Quartel que lhe confiaram. Órfão de Pai (aos dois anos) e de Mãe (aos 23), ingressou no Seminário no ano lectivo de 1942/3, numa turma de 41 alunos, oito dos quais se ordenaram: António Cabral,

Fernandes, Abílio, Calheno, Curral, Rodrigues, Matos e ele próprio. Paroquiou Tourém, Salto, Stº Estevão, Faiões, Vila Verde da Raia, Rio Torto, Possacos e Valpaços. Em 1968/1969 D. António Cardoso Cunha convidou-o a frequentar no Instituto Internacional de Catequese e Pastoral, na Bélgica, o Curso «Lumen Vitae»,que teve 32 cadeiras e com um exame final que lhe conferiu «grande distinction». Esse certificado internacional garantiu-lhe o reconhecimento pelo Ministério da Educação, em Portugal e a habilitação própria para o exercício do ensino secundário nas disciplinas de Latim e Filosofia do 3º ciclo, Português do 2º ciclo, História de Portugal dos cursos complementares e ainda Língua Portuguesa do ciclo Preparatório do ensino secundário. Desde 1972 sempre foi reeleito pelos seus pares Arcipreste do concelho de Valpaços. De palavra fácil, variada e fluente, sempre foi orador sacro. Ainda recentemente, durante a homenagem que a Associação dos Antigos Alunos do Seminário de Vila Real prestou ao saudoso escritor António Cabral, Manuel Alves foi convidado para proferir o elogio do notável Escritor Duriense. Desde a dissertação que teve de defender no Instituto «Lumen

Vitae» até ao presente, publicou e reeditou uma mão cheia de livros, com relevo para os 200 anos da Igreja Matriz deValpaços, a História do Santuário de Nº Senhora da Saúde, Monografia de Parafita e esta fotobiografia de 208 páginas, formato 23 X 29, capa dura e papel couché de 150 gramas, toda a cores, numa edição de luxo para uma tiragem

de apenas 200 exemplares, que constitui uma raridade para aqueles que venham a tê-lo. Metade da vida deste Padre Barrosão, consagrou-a ao arciprestado Valpacense. Quatro décadas bem medidas e calcorreadas, com obras inapagáveis, com formação religiosa da mais pura fonte cristã, com um humanismo

autêntico que nalguns pode desmerecer do homem que representa a Igreja e que, como humano que é, não pode ser imune às fragilidades sociais. Valpaços deve-lhe muito porque deixou obra bastante para o ligar ao futuro. A outra metade viveu-a em Parafita, enquanto jovem, sem irmãos e sem pais quando mais deles precisava. Doze passouos no Seminário, sem perder qualquer ano lectivo. Depois afez-se com o povo e com as carências materiais, morais e sociais que a Terra Fria nesses tempos ainda destinava a quem fosse para ali enviado em missão pastoral ou outra. Este seu livro é uma espécie de álbum fotográfico, com cerca de 700 fotos, a preto enquanto não houve cor; e a cores desde que deixou de haver apenas o preto e branco. Através destas 208 páginas desfilam pessoas que foram baptizadas, fizeram a comunhão, o crisma, o casamento. Noutros casos foram as romarias, as festividades, as excursões, actos solenes que a vila, depois cidade, protagonizou. O padre Manuel Alves, como é mais conhecido, foi sempre um cidadão interventivo, dentro e fora do seu menu. Um padre moderno sem deixar de ser conservador; contemporâneo mas sensato e prudente, censurando as violações morais por parte dos políticos que

legalizaram o casamento gay e lésbico. Mas foi, Manuel Alves, acima de tudo um Barrosão amigo da sua Terra e da sua Gente. Um homem que nunca se desprendeu das raízes e que tudo fez para entusiasmar os mais jovens, que sempre ensinou a defender os usos e costumes, a tradição e o património que a todos foi comum e que deve legar-se ao futuro para que haja orgulho do passado que vem desde os primórdios da nacionalidade. Esta fotobiografia tem muito para ver e pouco para ler. A reprodução fac-similada dos documentos autobiográficos tiram todas as dúvidas. Cada imagem multiplicada por mil palavras soma uma enciclopédia objectiva, actual e sempre renovada. Parafita tem todas as razões para homenagear este seu ilustre Filho, a 5 de Maio próximo, que faria 88 anos. Independentemente da adesão das paróquias e (três concelhos) onde ele foi Pároco (Montalegre, Chaves e Valpaços), Parafita será – creio – a povoação do concelho que tem mais filhos formados; e, vários deles, ocupando cargos dos mais nobres da vida nacional: recordo o Juiz Conselheiro Custódio Montes, o Procurador- Inspector Avelino Lestra, o Irmão José Lestra, o Cor. Artur Guerreiro, dezenas que não conheço, mas que admiro como conterrâneo orgulhoso.

Padre Manuel Alves, de Parafita • evocação do Dr Avelino Lestra Gonçalves

Sr. D. Amândio José Tomás, Bispo de Vila Real, eminência; senhores sacerdotes; senhores autarcas aqui presentes, concretamente os Srs. Presidente e Vice-Presidente da C.M. de Montalegre e o Sr. Presidente da C.M. de Valpaços; Caros conterrâneos e demais amigos do Padre Manuel Alves, o Padre do Romão de Parafita: Repercutindo um ancestral ditado Zen, chegado até nós no expresso das coisas intemporais, e que diz que tanto a fala como o silêncio transgridem, sintome na obrigação de transgredir falando. Calar-me, neste momento, não seria uma postura de fácil compreensão enquanto conterrâneo e parceiro do P. Manuel Alves na gestão de dificuldades relacionadas com a Banda Musical de Parafita. E falo para quê, violando ou pelo menos violentando praxes protocolares destes actos, o que reivindica um imediato pedido de desculpas que me apresso a expressar? Para dizer que, hoje, nos despedimos de um conterrâneo que deixou marcas indeléveis do seu apego, do seu carinho, do seu amor, da sua ternura e do seu orgulho para com a terra que, há quase 88 anos (15-05-

1931), o viu nascer. Desde muito cedo, o Manuel do Romão, sem berço que augurasse um grande futuro, se viu confrontado com a necessidade de romper com as barreiras encarcerantes de montes e serras e também emasculantes de sonhos e de ambições que não deixavam perspectivar outros horizontes que não fossem a tortura da rabiça do arado e a escravatura da enxada. Surge, então, o Seminário de Vila Real, a primeira universidade transmontana, em 1942 e um longo caminho de sacerdote e de pároco de várias freguesias, sem descurar uma valoração académica, de permeio, com a frequência, em 1968, da “Lumen Vitae”, no departamento de Psicologia da Universidade de Lovaine, em Bruxelas. Mas, como é óbvio, não vou meter a foice em seara alheia e, por isso, deixarei o sacerdote ou o operário de valores religiosos com os seus pares. Hoje e agora, confrontome com a obrigação, como parafitense, de proclamar “urbi et orbi” e “ad perpetuam rei memoriam “ os méritos do Pe. Manuel Alves, o Pe. do Romão de Parafita, como conterrâneo comprometido com a sua

terra natal que sempre amou e trouxe consigo no coração. Um coração de homem bom, com princípios, solidário e amigo. Sempre preocupado com o prestígio e êxito social e vivencial da sua querida Parafita, um pedaço de Barroso de que também sempre se orgulhou. E que melhor prova de tudo isso que a dedicação e o carinho que sempre manifestou para com a Banda de Parafita e da sua Escola de Música, a menina dos seus olhos que sempre acompanhou, garbosamente, por todo o lado. Desde o S. João de Braga e o S. Bento da Porta Aberta até à Sra. da Saúde de Valpaços, onde encarnava o espírito e a generosidade de um verdadeiro anfitrião. Foi para a Banda de Música e, no fundo, para toda a aldeia,

um verdadeiro mecenas, estando sempre presente para acorrer a todas as necessidades, sobretudo em matéria de instrumentos musicais e em ocasionais apertos orçamentais. Por isso, Parafita e a sua Banda de Música muito lhe devem. E porque assim, seria imperdoável ingratidão se, hoje e aqui, não lembrássemos e déssemos público testemunho disso mesmo. Desde a compra e posterior doação do complexo da eira do Miranda (já na posse dos herdeiros do Manuel Dias) e da chamada horta da Clara para alargamento territorial, absolutamente necessário para a construção da sede da Associação Cultural de Parafita e da respetiva Banda Musical. Sede que servirá sempre, até

pelo baptismo já efetuado, como marco indelével da sua memória. Por isso, Pe. Manuel Alves, querido vizinho e amigo, aqui estamos todos, músicos e não músicos, novos e menos novos, parafitenses da diáspora e residentes habituais, para procurar saldar uma dívida de gratidão. Muito obrigado por tudo quanto fizestes em prol desta terra, da nossa querida e sempre saudosa terra natal. Viverás sempre na nossa memória, com a certeza que só os homens bons a merecem. Descansa em paz. Parafita, 9 de Fevereiro de 2019. Avelino Lestra Gonçalves

AGRADECIMENTO Pe MANUEL ALVES (Parafita, 1931 - 2016)

A família agradece a presença de todos os presentes na última homenagem ao Padre Manuel Alves.


4

Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

Greve dos Enfermeiros Com a greve dos Enfermeiros está demonstrado que as únicas greves decentes no nosso País são as organizadas pelos comunistas para perturbar as democracias. Sem o patrocínio de uma instituição totalitária e criminosa, qualquer greve merece desconfiança, requisições e proibições. Inocentemente os Enfermeiros julgavam-se a exercer um direito de países livres e democráticos, tendo concluído que, afinal, estavam a desafiar um tabu das ditaduras. Compreende-se, assim, a raiva que lhes é dedicada e que vai do presidente da República ao colunista obediente. Não se pode dizer que os Enfermeiros têm

UM PARÁGRAFO Um Parágrafo # 132 – Obverso De que lado é que nos vemos? De que lado é que, afinal, vemos o que quer que seja? E qual é o lado que é visto, em todas as coisas sobre as quais deitamos o olhar? Olhamos e sofremos. Sofremos quando não percebemos, sequer, qual é o lado que se nos é dado a ver. Continuamos incompletos por não conseguir ver todas as partes de tudo o que olhamos. E nem sequer observamos. E muito menos entendemos… É muito difícil entender algo acerca do qual não temos uma visão completa. Acerca de qualquer coisa da qual só vemos uma ínfima parte. Uma parte que nos engana, de tão pequena que é. Uma parte que não poucas vezes nos leva a pensar que já vimos o todo. Que compreendemos tudo e poderemos seguir em frente. Que o entendimento é completo e todas as perspectivas foram assimiladas. Todos os contornos realmente percebidos. Mas incompletos somos nós porque não vemos. E assim jamais conseguiremos entender o todo que nos rodeia e engloba. Resta-nos somente um pequeno consolo, quando temos a resposta para uma simples pergunta: qual é a face que vemos quando olhamos de frente? João Nuno Gusmão

azar; de facto o que têm é sorte de ainda não estarem presos. Ao que se vê por aí, vontade não falta, e o que falta é pouco...

DESESPERO

DESESPERO

É agora que te quero

Não tenho nada em mim que me

Vou amar-te loucamente Toda a hora Noite fora Totalmente

Teus olhos são uma fonte Água pura Que frescura Horizonte Tão risonho Do meu sonho

DIA DOS NAMORADOS! P´ra ti, meu amor!

Bonitas são as auroras

Vi sair dos lábios teus

Quando o Sol surge quentinho

Mil beijinhos a voar

conforte

Dá cor vermelha às amoras

E eu não vejo nos meus

Amor, satisfação, até a gula

E a ti, dá-te um beijinho.

Maneira de os apanhar.

Que bem te fica essa rosa

Tu és a flor mais formosa

Na gola da jaquetinha

Que o meu jardim fez crescer

Tão fesquinha e tão viçosa

Flor que já era rosa

Como tu, a rosa é minha.

Mesmo antes de nascer.

A noite, o dia, o sol que me regula A alma, a alegria, a paz, a sorte

A cada hora tento ser mais forte Animo o coração que salta e pula

José Rodrigues, Bridgeport CT USA

E tiro o meu desejo da casula Renasço a cada hora, esqueço a morte

Levanto-me depois, abro a janela A ver se encontro fora os olhos dela

Abandono no teu seio

A simbiose deles com meu ser

Terra virgem Meu enleio

Encontro, ao longe, almejos de

E vertigem

carinho

Tanto tempo a esperar

Mas foge-me a visão pelo caminho

Agora quero-te amar

E cada vez a deixo mais de ver

Custódio Montes

Custódio Montes

Lita Moniz

MAPC


Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

5

Diversas posições em defesa da EN 103 copiadas do Facebook

Fernando Gonçalves

Orlando Alves, não desrespeita ninguém, são os montalegrenses, que não têm respeito por eles próprios. Ele já disse que a EN103 era para esquecer, o atraso do concelho é mais do que evidente, mas continuamos a votar sempre no mesmo. Podem ter a certeza que são os eleitores que devem mudar primeiro, caso contrário nada muda. Não tenho adjectivos, para qualificar as pessoas que vivem em aldeias sem saneamento e sem água canalizada e apoiam estes políticos. Os turistas votantes, na Suíça não têm a fossa na horta, mas vão a Montalegre votar, para que o estrume nunca falte às couves. Se tivessem a noção do mau serviço que foram prestar à sua terra, coravam de vergonha. Mas numa terra de amigos assim nada mudará para melhor.

Paulo Dias Os ministros e secretários de estado vêm a Barroso somente como turistas e visitantes, com meia dúzia de frases decoradas e não apresentam nenhuma medida concreta para o isolamento e desertificação do interior.

Barroso está isolado e qualquer empresa que queira vingar tem um entrave grande relativamente a outras. As autoestradas, A24, A7, que ainda ficam longe são caríssimas. Redução dos impostos como medida de “compensação” da interioridade é uma miragem. Enfim, é o "Portugal dos pequeninos" que tende a desaparecer e é constantemente ignorado pelos governos.

Carlos Matos

Já o disse e vou repetir. Os autarcas da região assim como os deputados quer do distrito de Braga quer de Vila Real estãose pura e simplesmente c..... É pressionar o Eng.º Barreto, de Cabeceiras, para o assunto, já que para o lado da terra dele até nova variante do Tâmega vai haver. Por estes lados fica assim.... Bando de incompetentes.

António Macedo

Ermelinda Silva

Este assunto da melhoria das acessibilidades ao interior é recorrente, mas a atenção do "Terreiro do Paço" é apenas para onde há população, pois, povo=votos. Estas terras cada vez mais desertificadas não têm relevância para os políticos da capital. Os concelhos de Vieira do Minho, Montalegre e Boticas têm pouca população residente que, para eles, justifique o investimento público nestas vias. A estrada nacional 103 não é nem nunca foi nenhuma prioridade para os governantes, é um assunto completamente arrumado e colocado de lado. A Póvoa de Lanhoso deixou de se preocupar a sério com este assunto quando ficou requalificada a serra do Carvalho,........

É a política à portuguesa, dos tachos e dos amigalhaços tendo em vista a circulação rápida de mercadorias cujo tráfego dê para apurar o índice de desenvolvimento crescente e da redução do defícit nas contas públicas. As pessoas e os seus problemas não contam. É lamentável que a prioridade que os governantes estabelecem (seja de que cor forem), nunca sejam as PESSOAS. Este post é bem esclarecedor do que fazem uns e não fazem outros, mas isto são tudo requerimentos e leis, coisas formais, porque quando se trata de trazer para as regiões desertificadas mais-valias para segurança e protecção social das PESSOAS, na prática, fica quase tudo igual. Mas parabenizam-se as iniciativas para mudar "o estado

de coisas", pois há autarcas afectos a esta Estrda Nacional 103 que não mexem uma palha, mas todos lá passam, eles e os familiares e amigos! Há muitas décadas que o problema existe. Sempre oiço falar na nossa EN 103 mas só pelas piores razões (sinistros frequentes). Os residentes são muito prudentes e cautelosos porque nem sei como não há maior mortandade sem passadeiras de peões nas localidades, sem sinais suficientes de controlo de velocidade, etc. E não são apenas os Concelhos que refere porque há muitas localidades que usam esta Via como Cabeceiras, Amares, Gerês, Rio Caldo, Boticas, Felgueiras, Guimarães, Taipas, Vila Verde, Caldelas, etc... Directamente são os Concelhos de Montalegre(Vila Real) e Vieira do Minho (Braga). Essa MOÇÂO é muito boa e devia seguir para Lisboa, sim! Haja alguém que tome a peito as pessoas do Interior e têm de ser os Autarcas pois quem mais se poderá lembrar se não os governantes locais? O problema é que antes do VOTO promete-se tudo; na hora do VOTO, esquece-se tudo; e depois do VOTO, cada um tem o que merece! Abram a pestana, gentes da minha terra - que por 9 kilómetros não sou transmontana - com muita honra!

Vitor Magalhães

Esta estrada dava perfeitamente para fazer alguns cortes de curvas da Venda Nova até Ruivaes, um alargamento para aumentar ao menos a visibilidade! Esperemos todos que façam algo numa via tão importante para o nosso concelho.

Carlos Matos Isto é um assunto sério. Esta estrada tem interesse para Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Montalegre,Chaves e Braga, eventualmente Cabeceiras e claro Boticas. Dá mais acessibilidade ao Gerês e Larouco assim como à Cabreira. É só uma questão de vontade para desencravar e desenvolver o interior. Pressionar para que os autarcas dos respectivos concelhos, assim como os deputados representantes das populações façam o trabalho que devem fazer,ou seja, defender as terras e as populações por onde foram eleitos. Vamos a isso.

Isabel Machado É uma tristeza só quem passa pela EN 103 sabe do que se fala! !Até quando?

A Rotunda de Vilar de Perdizes e despesas extraordinárias na feira do Fumeiro

Na última reunião da Câmara de Montalegre, de 7 de Fevereiro, dois pontos da agenda da OD foram objecto de larga e inaudita discussão onde, mais uma vez, a provocação, a mentira e o insulto protagonizados por Orlando Alves foram o prato servido no salão nobre. Proposta: aprovação de trabalhos adicionais na EM 508, de Montalegre a Meixide. Aqui os vereadores da oposição questionaram de novo a Câmara por ter abandonado o projecto da estrada seguir pela “Ponte da Vergonha”, por o traçado ter ficado muito igual ao anterior com curvas de deficiente alinhamento, apesar dos benefícios visíveis dos alargamento e do novo piso, e ainda por se ter construido uma rotunda de acesso a Vilar de Perdizes que é uma aberração, que já deu origem a acidentes, alguns de certa gravidade. Insistiram os

vereadores da oposição que a Rotunda de Vilar é um desperdício de dinheiro porque, quem segue de Montalegre para Vilar de Perdizes vira na entrada anterior frontal à Padaria e quem vem de Chaves para Vilar também não utiliza a Rotunda. E são175.000,00 Euros a ser pagos além dos cerca de 3 milhões do contrato da empreitada. A defesa de Orlando Alves, sem nada justificar, foi comparar com os trabalhos a mais do tempo das Câmaras do PSD pondo em causa a idoneidade dos serviços técnicos de então. Proposta 2: Despesas extra da Câmara de Montalegre na Feira do Fumeiro

Ofertas aos governantes e técnicos e outros: 104,04 Kgs de presunto, (9 Presuntos) 1.456,56 € 32 salpicões 187,44 “ 29 Kgs de chouriças 597,75 “

dada na reunião: nós prezamos receber bem as pessoas, somos generosos. Há generosidade a mais em Montalegre, dissemos nós. É por isso que depois o dinheiro falta para carências básicas como é o saneamento básico nas aldeias e o concelho nem anda nem desanda. Refira-se que a estas despesas extraordinárias acresce a verba TOTAL ======================== de 30.000,00 euros atribuida à Associação dos Produtores de 14.444,66 EUROS Fumeiro da Terra Fria de Barroso 9 presuntos e 7.500,00 €uros e mais 95.000,00 euros do PAM, gastos num almoço. Sim. É presunto verbas estas que não se contestam. a mais. Inda mais o almoço servido Conclusão: Os leitores ficam a 500 pessoas. Gastos exorbitantes que ferem a sensibilidade de toda a agora a saber por donde anda gente, não podem deixar ninguém o nosso dinheiro: comezainas e mais comezainas, foguetório e indiferente. É um escândalo! E que contrapartidas? Zero, viv'o velho! Depois é o que se até porque o presidente da sabe: pontes sem estrada, pista sem Câmara no seu patético discurso carros, piscinas sem água, campos da inauguração da Feira, não de tiro sem atiradores, castelos de reclamou nada para o concelho. betão, escolas sem recreio e aldeias sem saneamento! Está tudo bem. Isto que se denuncia passou Justificação de Orlando Alves 143 Kgs de alheiras 2.112,19 “ ---- Outro fumeiro 59,92 “ 34 pães 70,80 “ Alojamentos pagos pela CMM a governantes/técnicos 1.050,00 “ Refeições pagas pela CMM nos B. V. Montalegre 1.400,00 ” Almoço da Inauguração pago pela CMM 7.500,00 “

na reunião pública de 7 de Fevereiro. Não há intenção de atingir ninguém em particular, mas somente a Câmara pela má gestão dos recursos de todos nós. Como vereador eleito na oposição cabe-me, além doutras funções, a responsabilidade de acompanhar e fiscalizar os actos administrativos. E é o que assumo com toda a frontalidade e com grande dose de coragem. Faço a minha parte. O resto é com os eleitores. Digo ainda que é tempo das pessoas parar e pensar. Tornase cada vez mais claro que é urgente correr com os socialistas da Câmara! 30 anos de poder socialista em Montalegre é tempo a mais. Diante de tanta vergonha que se passa nesta Câmara, os barrosões não podem cruzar os braços e assobiar p'ro lado. J A Carvalho de Moura Fonte: CMM


Barroso Noticias de

6

18 de Fevereiro de 2019

Reforma da Floresta

Governo financia criação de agrupamentos de baldios Teve lugar em Vila Pouca

de janeiro, veio dar sequência

de Aguiar, no dia 1 de fevereiro,

através da criação de novos

a assinatura dos contratos-

instrumentos. Os

programa para a constituição

Baldios,

enquanto

de 20 Agrupamentos de Baldios

áreas

comunitárias,

(AdB).

inequivocamente reconhecidos como elementos de elevado

foram assinados pelo Instituto

potencial para contrariar o

de Conservação da Natureza

êxodo rural e a desertificação

e

das zonas mais desfavorecidas,

Florestas

(ICNF),

em

representação do Estado, e a

nomeadamente

BALADI – Federação Nacional

serranas, através dos inúmeros

dos Baldios e a Forestis –

recursos e serviços ambientais

Associação

que prestam. A sua importância

Florestal

de

das

Este programa tem como

gestão

ativa,

Agrupamentos

exigindo que sejam encontradas

respetiva

O

de

Baldios

capacitação

e

formas

de

gestão

recentemente

eficazes e profissionalizadas,

3,6 milhões de euros ao longo

acompanhadas

por

de 3 anos, assegurado pelo

envolvimento

ativo

Fundo Florestal Permanente. A

organizado das populações.

um e

A figura do Agrupamento

medida insere-se no contexto da Reforma da Floresta, à qual

de

Baldios,

a Resolução do Conselho de

diploma

Ministros n.º 9/2019, de 14

Regime Jurídico dos Baldios,

que

prevista estabelece

no o

do

aprovado

em

de Dezembro 2018 e publicado no Diário da república n.º 9/2019, de 18 de Janeiro de 2019. Trata-se duma medida com interesse para as regiões do interior que pode criar expectativas de fixação junto dos jovens. advêm do associativismo e do estabelecimento de um modelo de economia de escala. Esta figura promove a extensão de uma gestão florestal qualificada ao conjunto dos espaços florestais das áreas

coordenação das ações de prevenção estrutural contra incêndios nas vertentes de sensibilização, planeamento, organização do território florestal, silvicultura e infraestruturação.

O governo está a trabalhar a sua regulamentação e com ela certamente virão alguns apoios e medidas concretas, pelo que se deverá estar atento e esperar que nelhores dias venham para o mundo rural.

Ser Padre não é só orar!

No pretérito dia 9 de Fevereiro, pelas 15 horas, decorreu no anfiteatro do Lar da Misericórdia de Calvão, freguesia de Chaves, a apresentação do livro autobiográfico do nosso amigo e conterrâneo Padre Diogo Martins, sob o título “SER PADRE NÃO É SÓ ORAR. Estiveram presentes muitos e muitos paroquianos de Montalegre, de Chaves e, sobretudo das paróquias de Calvão, de Castelões, Seara Velha e Ardãos que ele pastoreia; antigos colegas do Colégio de Montalegre e do Seminário menor de Vila Real; todos admiradores do Padre António Diogo. Tantos, que o amplo e acolhedor anfiteatro do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Calvão se tornou pequeno. Marcaram presença distinta, o Senhor Bispo do Porto, D. Januário Torgal Ferreira e ainda, os senhores Presidentes das Câmaras Municipais de Chaves, Boticas e Montalegre que muito honraram a cerimónia com a sua presença. A apresentação do livro foi feita pelo seu primo, Coronel Manuel Carcel.

Jovem

Conselho de Ministros, em 13

mais

envolve um financiamento de

estatuto

Empresário Rural – JER, foi

acompanhada

dos investimentos necessários,

fevereiro 2019

Rural

zonas

objetivo apoiar a criação de

Vila Pouca de Aguiar, 01 de

JER – Jovem Empresário

reforça a necessidade de uma

Portugal.

e

comunitárias, através do desenvolvimento do modelo de gestão conjunta das áreas florestais, permitindo uma

são

contratos-programa

Os

constitui um dos elementoschave para dar resposta às necessidades identificadas, com todas as mais-valias que

Apresentação que foi sendo ilustrada

por um conjunto de slides que muito contribuíram para ficarmos com uma

visão abrangente do percurso da sua vida, desde a infância ao sacerdócio. Após, o Padre António Diogo, fez um pequeno discurso de agradecimento a todos os que partilharam desta alegria, ficando bem realçado que o sacerdote é o homem o seu tempo a sua família e o seu povo. Queremos deixar, aqui, bem sublinhadas as palavras da sua professora e amiga Drª Margarida Pias Canedo que, apesar de não poder estar presente, por motivo de doença gripal, não deixou de transmitir: “…Lembrei-me de um menino bonito…filho de pais respeitadores e bons, bem formados …fizeste-te um homem bom e bem formado… soubeste encontrar o caminho que mais ninguém seguiu. Orgulho-me de ti, conheço o caminho e a ternura que sempre dedicaste à tua família

…farás sempre parte do meu coração. Junta-te às minhas orações". Podemos, também, confirmar, por uma leitura atenta do livro, que o padre António, como capelão do exército, granjeou as mais elevadas simpatias dos seus camaradas de armas. Deixaram testemunho, os Coronéis Walter da Silva Almeida, Oliveira Santos, Rui Lucena Coutinho e Francisco Gonçalves Pereira e ainda o senhor comandante do regimento, Barbosa Pinto. Prefaciou o livro, Sua Eminência Excelentíssimo Senhor Cardeal António Marto que tece ao nosso muito querido Padre António Diogo Martins os mais altos encómios. Aconselhamos vivamente a leitura do livro para termos conhecimento das suas traquinices, em jovem. Aliás, o livro, será para quem o ler, mais do que uma homenagem, uma inspiração de vida. Longa vida ao Padre António, Barroso, tem-te no coração.


Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

7

Viúva e Filhas de Agostinho Neto (re)visitam Montalegre Se tudo decorrer como está previsto, dia 28 do corrente, serão recebidas no salão nobre da Câmara aquela menina e moça que ali nasceu, em 8 de Março de 1934, e sua filha mais velha, Irene Alexandra. Quem é esta grande Senhora Maria Eugénia da Silva já neste e em vários outros jornais, onde regularmente colaboro, por diversas vezes falei. Mas pela sua simpatia, pelo seu saber, pela sua dedicação familiar, pelos seus méritos literários e, sobretudo, por aquilo que foi, ainda é e sempre será, enquanto Primeira Dama desse enorme país que é Angola, este regresso às origens constitui um acontecimento que muito enobrecerá os Barrosões, os Transmontanos e os Portugueses em geral. Quando, em 1998, publiquei o I volume do Dicionário dos mais ilustres Transmontanos redigi o verbete desta ilustre Barrosã que consta nas pp 432/433, sempre em consonância com o economista António Chaves, torcermos por convidá-la a revisitar Montalegre. Vivendo ela em Angola seria difícil. Mas quando a vontade é muita não há impossíveis. O António Chaves e eu, desde que em janeiro de 1964 nos conhecemos na estação de S. Bento, no Porto, rumo a Mafra onde frequentámos o curso de oficiais milicianos, selámos uma amizade que perdura há 55 anos. Ele vive em Chaves e eu em Guimarães. Mas não há distâncias quando existem projetos de interesse público relacionados com Barroso ou com os Barrosões. Foi assim com o III Congresso Transmontano, foi assim quando, quase sozinho, em 25 de Julho de 2011, promovi a celebração dos 900 anos de Afonso Henriques, contra a teimosia das autarquias de Guimarães e de Viseu, em terem celebrado a efeméride em 2009, uma na cidade berço, em 24 de Junho, outra em Viseu, em 20 de Setembro. Esse grupo que me acompanhou em 2011 não se dispersou, antes engrossou e adquiriu personalidade Jurídica, em 13 deste mês na Conservatória do Registo Comercial de Braga, com o nome de «Grã Ordem Afonsina». Foi em 2015 quando ambos fomos eleitos para os órgãos sociais da Academia de Letras de Trás-os-Montes, com sede em Bragança. Foi quando, já nessa altura, propusemos o nome da Escritora Eugénia Neto para sócia honorária dessa

Academia. Aí cimentámos o propósito de convidar tão notável conterrânea e comprovinciana a irmanar-se com a Terra e os Concidadãos em nome das artes e das letras, dando força à Lusofonia que não tem fronteiras, nem racismos nem subalternidades linguísticas. É óbvio que dois amigos apenas, tal como só duas andorinhas, não fazem a primavera. E por isso colocámos a proposta à Câmara Municipal e à Academia de Letras para serem essas duas entidades democráticas a assumirem a liderança desta receção. Louva-se a boa aceitação e o

consenso cerimonioso. E dia 28 deste mês esperamos que S. Pedro mande bom tempo e nos permita receber com a dignidade que merecem as nossas convidadas. A volumosa obra de Eugénia Neto. A vida desta nobre Senhora, tal como o trajeto existencial de seu marido, Agostinho Neto, seriam pretexto asado para inspirar autores a escrever a vida de uma e de outro, ou até dos dois. De resto, de Agostinho Neto há diversos volumes, escritos por investigadores profissionais e editados por empresas de renome quer dentro, quer fora de Angola. A Casa dos Estudantes do Império - Lisboa, em Lisboa e em Coimbra, cedo começou a editar pequemos cadernos, em prosa e em poesia, de nomes sonantes do processo autonómico. Essa Casa foi viveiro para formar, editar e distribuir, ora em prosa ora em verso, todos quantos vinham dos diversos territórios ultramarinos, formarse e tomar contactos com os diversos agentes das várias correntes do pensamento.

O exemplo já exposto de dois angolanos médicos: Agostinho, Américo Boavida e Amílcar Cabral (de Cabo Verde e Guiné) que casaram com outras três Transmontanas, revelavam que tinha chegado a hora de entregar a África aos africanos e devolver ao Continente os europeus. Essas mulheres Transmontanas, a exemplos dos maridos que tiveram, cumpriram um destino histórico porque entraram na História dos países que defenderam corajosamente. Eles foram heróis nas linhas da frente. Elas na retaguarda, sofrendo com as famílias que hoje são protagonistas ativos

nos jovens países africanos de expressão portuguesa. Se esse trio de líderes produziu obras narrativas para explicarem os passos que deram no sentido de justificar as causas das suas lutas libertárias e expansionistas, também as mulheres o fizeram, exercendo a sua ação filantrópica, cultural e social, em convivência com as populações que sempre gostam de pacificar as guerras que os cônjuges travam nas linhas da frente. Este papel coube, por exemplo, à Escritora Maria Eugénia Neto que ajudou a fundar a União dos Escritores Angolanos, pertencendo à Direção e sendo destacada para conferências e debates e outras manifestações de caráter representativo mais cerimonioso. Mas é vasta, densa e representativa das artes e das letras a arte criativa desta Barrosã que por cá nasceu há 85 anos e que se foi, para os areópagos da Lusofonia, deixando por lá, testemunhos vivos e regressando agora para júbilo dos seus conterrâneos e admiradores. A Academia de Letras de

Trás-os-Montes associa-se a este acontecimento. Dado o pouco tempo de que as duas ilustres visitantes dispõem e da incerteza do clima para quem chega de Angola, entendeuse não programar a visita à cidade de Bragança, de onde era natural a Professora Maria da Conceição Deolinda Dias Jerónimo, mulher do médico Américo Boavida. Já ambos faleceram. E por isso também esta ausência não terá contribuído para a aceitação do convite. Contudo a Presidente da Direção, Maria da Assunção Anes Morais, estará presente e irá registar esses momentos memoráveis. Os filhos de Eugénia Neto. São três os filhos desta ilustre Barrosã: o Mário Jorge que nasceu em 9 de Novembro de 1959; a Irene Alexandra que nasceu em Lisboa, tal como o irmão, mas em 23 de Julho de 1961; e a mais nova de nome Leda. A Irene casou com o economista, escritor e empresário Carlos de São Vicente de quem tem três filhos e uma neta. Licenciouse em medicina entre 1979 e 1985 e fez o mestrado entre 1993 e 1997. Entre 2005 e 2008 foi vice-ministra para a Cooperação no Ministério das Relações Exteriores de Angola, sendo a primeira mulher a exercer tal cargo no pós-guerra. Entre 2008 e 2017 foi deputada à Assembleia Nacional, chegando a presidente à 7ª Comissão. Recentemente foi eleita em Cabo Verde, no seio da CPLP, representante desse organismo Lusófono para a Língua Luso-Galaica. Só em 1998 começou a falar-se desta Barrosã nos jornais. Até cerca ao ano de 1998 nunca tínhamos ouvido falar de Maria Eugénia Neto. Estive em Angola a cumprir o serviço militar, tal como o António Chaves. Nunca, cá ou lá, ouvimos falar desta Barrosã. Sempre por Angola imensa houve Transmontanos de Barroso, como emigrantes. Mas nunca alguém tinha dado sinal desta presença tão marcante. Já nem eu próprio sei como e onde fui buscar a ficha que sobre ela inseri no I volume dos três do Dicionário dos mais ilustres Transmontanos. Esse primeiro registo fica aqui para que conste. Eis porque não mais descansei enquanto não cheguei à fala com a escritora Eugénia Neto. Foi por isso com grande júbilo que o António Chaves se associou ao meu

propósito para conseguirmos realizar este desejo dela, que de Montalegre só se lembrava da D. Cândida Pereira. Há uns anos atrás, convidei a Drª Maria José Afonso, jornalista da Rádio Montalegre, para entrevistar esta também ilustre Barrosã. Este reencontro será histórico para a nossa Comunidade. A Família estava pronta a levar a Mãe a Lisboa, quando a D. Eugénia ali voltasse, porque tem ali família a viver. Entretanto a Câmara assumiu esse papel em parceria com a Academia de Letras de Trás-os-Montes. Primeiro registo público de Eugénia Neto: «Nasceu em Trás os Montes, em 1934. Mas cedo se fez africana, pois casou com o Dr. Agostinho Neto que conheceu em 1948 e que foi o grande líder da guerrilha Angolana que levou à auto determinação, pelo Acordo do Alvor. Agostinho Neto nasceu em Catete, em 1922 e faleceu em 1979, quando era presidente do MPLA. Foi o 1.° Presidente da República Popular de Angola. Licenciou-se em Medicina, em Portugal, mas foi sempre um inconformado com o regime que o educou e preparou para a vida. Escreveu em várias publicações e deixou: Quatro Poemas de Agostinho Neto (1957), Poemas (1961) e Sagrada Esperança (1974). Descobrimos que Maria Eugénia Neto, mulher desse líder africano, nasceu em Trás os Montes (não indica freguesia nem concelho) em Pequeno Dicionário de Autores de Língua Portuguesa, de Fernanda Frazão e Maria Filomena Boavida, Amigos do Livro, 1983. Aí se lê que se tem dedicado à literatura para crianças, tendo já sido traduzida para várias línguas. Já alcançou o prémio de honra da Comissão da RDA para a UNESCO; na Exposição “Os mais belos livros do mundo”, realizada em Leipzig em 1978, com o seu 1.° livro. Tal como o marido foi uma combatente, pela pena, em várias publicações, pela libertação de Angola. Foi diretora do Boletim da Organização da Mulher Angolana. É autora de vários livros, entre os quais: Foi Esperança e Foi Certeza. (Literatura infantil): Nas Florestas dos Bichos falaram (1977); As nossas mãos constroem a Liberdade (1979); A formação de uma estrela e outras histórias na terra (1979).»

Barroso da Fonte


8

Barroso Noticias de



18 de Fevereiro de 2019  

O Super de Montalegre com promoções todas

as semanas

Rua da Portela, nº 3 5470-229 Montalegre

,

Sede: Lugar do Barreiro rua 1 4730-450 Vila do Prado Portugal

Quality Inn

AGENCIAS FUNERARIAS Fernando ALVES E.F.G INTERNACIONAL

Construção Civil e Obras Públicas Carpintaria Lavandaria Funerária Rua Central, 32 5470-430 SALTO

- Casamentos; Baptizados; Aniversários; Congressos e todos os Eventos - Quartos com promoções durante todo o ano AGÊNCIA FUNERÁRIA INTERNACIONAL LDa POMPES FUNEBRES E.F.G Restaurante: Além dos pratos (nacionais e estrangeiros) constantes Av. João-XXI, n°477, 4715-035 BRAGA 18 Rue Belgrand 75020 Paris da Carta também tudo incluído por 6  Telefone 253 061 149 - Fax 253serve 060 916 refeições económicas com Tél : 00331 46 36 39 31 – Fax : 00331 46 36 97 46 Telemóvel 927 054 000 Banho turco; Hidromassagens e Massagens - Piscina; Sauna; Portable : 00336 07 78 72 78

efgalves@hotmail.com

Projectos, Fiscalização e Direcção Técnica

alves7@wanadoo.fr

TRASLADAÇÕES RECONSTITUIÇÃO CORPORAL TANATOPRAXIA EMBALSAMENTO DO CORPO Rua do Avelar, TANATOESTÉTICA 2 5470 Montalegre- Tel: (351) 276 510 220 - Tlm: 91 707 91 CREMAÇÃO culturais das terras de Barroso.

Fax: 253 659927 e Telem: 96 657 2973 Paula Cunha, Lda

O Hotel ainda tem à disposição do cliente uma variada gama de percursos pedestres, de bicicleta ou motorizados para dar a conhecer os valores

Tel. 253 659897

Paula Cunha, Lda A empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seus clientes com eficiência e qualidade


Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

9

Aníbal Morais Gonçalves

- empresário de Curalha, mecenas do Seixal

De visita à capital, contactei o meu grande amigo, António João Medeiros Amaro, de Friães, residente em Almada, e marcámos encontro em Cacilhas para um almoço nas bandas de lá do Tejo. Na companhia do Amaro, conhecedor da área, e já em território do Seixal, depara-seme um enorme edifício onde se

arquitectura teve que obedecer às imposições das marcas representadas. A.M. Gonçalves, Lda e A.M.G. Car, Lda, são concessionárias da Toyota, da BMW e da MINI, mas o Aníbal Morais Gonçalves, com veia de empresário, avançou para outras valências na Sociedade de Investimentos Imobiliários, S.A., na Auto Serviços de Combustíveis Santa Marta, Lda, com posto de venda em Seixal, IVS Inspecções Técnicas de Veículos, Lda, Order sociedade de desenvolvimento imobiliário, etc. Assim aparece um grupo empresarial AM onde se movimentam cerca de 170 trabalhadores, tendo como Presidente do Conselho de

montra de troféus, salão nobre para eventos, salas de formação e para reuniões, de lazer, etc. E nos baixos, espaços para cozinha, refeitórios, oficinas de mecânica, de lavagens, tudo primorosamente arrumado, asseado e com grande gosto. Entrámos no BAR onde vimos troféus e recordações do tempo em que o amigo Aníbal Gonçalves se dedicou ao desporto, concretamente ao hóquei em patins, e onde também saboreámos um vinho generoso da sua Quinta de São Bernardo, no Ribatejo. E da conversa ficámos a saber que tem em curso uma urbanização na Charneca da Caparica, já em fase adiantada de construção, com projectos para

o Aníbal Gonçalves não limita a sua acção à vertente comercial e industrial, como criadoras de riqueza. Encontrou na arte algo mais para valorizar toda a sua obra. E, se bem o pensou melhor o fez com a Galeria de Arte AMG, onde permanentemente pintores nacionais e estrangeiros expõem com regularidade as suas obras. Ali, todos os meses podem ser apreciadas pinturas de grandes vultos. Algumas das pinturas que tive oportunidade de ver, me sensibilizaram não só pela sua beleza como pela sua nota artística. Bem haja, Aníbal Gonçalves, por introduzir este valor no seu património. Numa ronda pela periferia do Seixal, num confortável

em obras de assistência social com alguns padres da Diocese é manifesta, havendo que realçá-la e louvá-la. Mas esta vertente de bondade é-lhe nata, não se deve à estreita amizade que tinha com Dom Gilberto Reis, que foi Bispo de Setúbal e actualmente Bispo Emérito. A amizade comum de Dom Gilberto com o Amaro, com o subscritor destas linhas e com muitos outros, e também o facto do Dom Gilberto, ainda como padre, ter passado por Chaves onde contactou com conhecidos e familiares do Aníbal Gonçalves, levaram a esta aproximação. Sabemos que esta relação não está dissociada da amizade que o Aníbal Gonçalves tinha com

podiam ver as iniciais AMG. Foi quando o Amaro, quebrando o ritmo da cavaqueira que nos envolvia, me diz: - Aqui, o que vês, é do meu amigo e nosso conterrâneo Aníbal Gonçalves, que vamos cumprimentar e com quem vamos almoçar. E lá estava o edifício AMG, de construção relativamente recente e demonstrativo dum grande complexo empresarial, paralelo à Estrada Nacional 10, da Amora, com espaço para estacionamento de centenas de carros. Efectivamente um parque digno daquilo que mostra, até porque a sua

Administração um grande transmontano de Curalha, concelho de Chaves que, ainda jovem, rumou a Lisboa depois de concluir o curso industrial, ao tempo na Escola Comercial e Industrial de Chaves, e que agora nos recebeu num gesto de amizade com cheirinho a Trás os Montes. Homem simples, polido e inteligente tal como se depreende da sua conversa que lhe sai natural e tal como se comprova nos muitos espaços que nos foi dado ver. Ali, no Seixal, encontra-se situada a sua sede empresarial num vasto terreno de 3 has, onde não falta nada, desde a sala de recepção aos convidados com

330 habitações e que comporta uma Escola comparticipada pelo Estado. Ainda no ramo empresarial, é vice-presidente da ANECRA, Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel, a maior e mais antiga Associação que representa cerca de 3.800 empresas do Sector Automóvel, tanto na vertente do Comércio com na vertente do Após Venda. Mas, não posso deixar de dizer que fiquei surpreendido ao ver num enorme salão uma série de pinturas expostas. Perante quadros tão maravilhosos, fiquei a saber que

“hibrido” em exposição, tivemos oportunidade de ver uma ponte pedonal, em madeira, custeada pelo Aníbal Gonçalves, em favor dos seixalenses e quantos queiram sentir o prazer dum saudável passeio à beira mar. Mais ficámos a saber que a sua acção mecenática também se concretizou nas piscinas municipais onde despendeu muitos milhares de euros. Enfim, um empresário que não deixa de ser um mecenas. Uma outra área que o Aníbal Morais Gonçalves não poderia esquecer: a da solidariedade social. A sua comparticipação e colaboração

o anterior Bispo, Dom Manuel Martins e que tem com o actual, Dom José Ornelas. Foi com enorme entusiasmo que tomei conhecimento do percurso do Aníbal Gonçalves, um transmontano de raça cujo sucesso empresarial se fica a dever à sua determinação, persistência e ambição ganhadoras, predicados que eu espero sirvam de exemplo aos nossos jovens. Saúdo e dou os meus parabéns a Aníbal Morais Gonçalves, do mesmo modo que lhe fico grato pelos alegres momentos de convívio que nos proporcionou.

Carvalho de Moura


Barroso Noticias de

10

18 de Fevereiro de 2019

PSD de Montalegre critica o PNI 2030 A Comissão Política do PSD de Montalegre, face à apresentação do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, vem por esta forma manifestar o seu desagrado contra as medidas de investimentos anunciadas pelo sr. Ministro das Infraestruturas e Mobilidade, Pedro Marques. É inacreditável que o norte interior, mais uma vez, seja votado ao esquecimento pelo governo do partido socialista. Num ano de eleições europeias e nacionais, o governo faz uma distribuição dos recursos financeiros a priorizar o litoral em detrimento do interior que, como se sabe, está altamente deficitário e atrasado em todos os domínios e sobretudo nas acessibilidades. O governo, que, de vez em quando, fala na a coesão territorial e na urgente necessidade de revitalizar o interior, neste importante documento falhou. O país que, dizem, está bem servido de estradas, tem no interior manchas com vias centenárias, obsoletas, sem condições dignas de circulação e de segurança. É o caso da EN 103, tantas vezes exposto aos governantes do país e com cuja beneficiação se comprometeram publicamente. EN 103 que liga o litoral de Viana do Castelo a Bragança, via histórica e estruturante do interior norte do país que se encontra num estado deplorável. O Gen Ramalho Eanes, o Dr Cavaco Silva, o Dr. Jorge Sampaio, o Dr Durão Barroso, o Eng.º José Sócrates, o Dr Ascenso Simões, o Dr. Silva Pereira, o Eng.º Paulo Campos comprometeram-se publicamente em Montalegre a tudo fazer para que esta Estrada Nacional fosse requalificada ou pelo menos beneficiada. Outros governantes, em concelhos da EN 103, tomaram idênticas posições. Mas, então como é? Nós, os barrosões, acreditamos na bondade e na seriedade das posições destas ilustres personalidades e, porque conhecemos a sua superior idoneidade, não nos passa pela cabeça acreditar no contrário. Mais, em 2012, deu entrada no Ministério das Obras Públicas um abaixo assinado de cerca de 7.000 assinaturas que criou nas populações interessadas do extenso vale do Cávado expectativas que sairam goradas. Afinal de contas, estamos sempre na mesma. Passa toda uma geração e a EN 103 continua igual como há um século atrás. Que dirão de nós os nossos vindouros? A CP do PSD de Montalegre apela ao sr. Presidente da República, ao sr. Primeiro Ministro, ao sr. Presidente da Assembleia da República, aos senhores deputados, aos responsáveis políticos nacionais, regionais e locais, que se dignem, duma vez por todas, tomar em consideração o pedido que se vem reclamando desde os primeiros tempos da nossa democracia. O interior existe, as suas gentes merecem atenções do governo central. Têm direito a uma melhor qualidade de vida. Como os demais portugueses. Montalegre, 30 de Janeiro 2019 P'A Comissão Política do PSD de Montalegre José António Carvalho de Moura

Barroso Noticias de

PAGAMENTO DA ASSINATURA DO NOTÍCIAS DE BARROSO Caros assinantes: Pedimos o favor de consultarem a ficha da vossa direcção onde também consta a data e validade da assinatura. Se estiver com atrasos, agradecemos o envio da respectiva quantia para assim poderem continuar a receber o jornal. O pagamento pode ser efectuado directamente ou através do envio de um cheque (se possível em euros) à ordem de Notícias de Barroso ou, se preferirem, por transferência bancária para a CO à ordem de Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura, usando o seguinte: IBAN: PT50 0045 2200 4028 7516 9551 5 BIC/SWIFT: CCCMPTPL Se houver erros ou necessidade de informações, não hesite em nos contactar: e-mails: nmcmoura@gmail.com; carvalhodemoura2017@gmail.com; telem: 00351 – 91 452 1740; telef: 00351 – 276 512 285 Agradecemos a vossa melhor atenção. Ajudem-nos a fazer um jornal cada vez melhor! PUBLICIDADE Para aqueles que têm necessidades de prestação de serviços, para alguma orientação, juntamos uma resenha da N/tabela de preços: EXTRATOS de 1 só prédio …................................... 35,00 euros

por cada prédio + …............................. 2,50 “

AGRADECIMENTOS por óbito c/foto....................... 30,00 “

s/foto....................... 25,00 “

PUB (em função do espaço ocupado) “ “

1 página inteira a cores................ 200,00 “

a p/b ….............. 160,00 “


Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

11

Papa Francisco visita país muçulmano e firma Acordo Histórico Pe Vítor Pereira Entre os dias 3 e 5 de fevereiro, o Papa Francisco visitou os Emirados Árabes Unidos, a convite do xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi, para participar no Encontro Inter-religioso Internacional sobre a “Fraternidade Humana”. Pela primeira vez o líder da Igreja Católica visitou este país muçulmano. No encontro foi assinada uma Declaração conjunta entre a Igreja Católica e a Universidade de Al Azhar. Signatários, o Papa e o Grão Imam Al-Tayyib. O documento é considerado uma etapa importante para o diálogo inter-religioso. Quando o Papa Francisco aterrou pela primeira vez em solo dos Emirados Árabes Unidos, possivelmente, não deixou de sentir nos seus ombros o peso de um passado duro e sombrio entre as grandes religiões monoteístas, passado marcado por muitas guerras, incompreensões, divisões, radicalismo, extremismo, incitamento à hostilidade e ao aniquilamento do outro, intolerância, agressões, com um sem número de mortos. Durante BOTICAS Livro de homenagem ao padre Diogo Martins O Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, associou-se à homenagem prestada ao Padre Diogo Martins, através da edição de um livro alusivo à sua vida, cujo lançamento e apresentação decorreu no passado sábado, dia 9 de fevereiro, em Calvão, concelho de Chaves. A ligação do Padre Diogo Martins ao Concelho de Boticas é sobejamente conhecida, em virtude de ser pároco de Ardãos há

longos anos, razão pela qual se associaram também a esta cerimónia o Presidente e o Secretário da Junta de Freguesia de Ardãos e Bobadela, António Couto e João Dias, respetivamente. A propósito desta homenagem, o Presidente da Câmara de Boticas sublinha ser “um grato prazer” associar-

séculos, os crentes no Deus criador de todos os homens e de todas as coisas belas do mundo empenharam-se em organizar cruzadas de um lado e jihads do outro, para conquistarem terras, influências, negócios, domínios, ou simplesmente para terem toda a liberdade e todo o prazer de impor o seu poder e a sua fé aos outros. Há muitas coisas boas que realizaram, mas jamais as religiões deviam ter sido promotoras desta escuridão histórica e de tanta desumanidade. Por isso, chegou o tempo de as religiões se encontrarem no templo e se sentarem à mesa, e até calcorrearem juntas os caminhos do mundo, assumindo uma cultura de abertura, tolerância, respeito mútuo, diálogo e sã convivência, colocando-se definitivamente do lado da construção da paz e do bem de todo o ser humano, procurando fomentar a fraternidade humana e trabalhar em conjunto por aquilo que as une, como a preocupação pelo afastamento dos valores religiosos e espirituais, a necessária desconstrução das filosofias materialistas agressivas, o individualismo contemporâneo, o preocupante relativismo ético, a dignificação da mulher, o tráfico e exploração de pessoas humanas, a exploração sexual, o ensino e bem-estar das novas gerações, o analfabetismo, o respeito pela instituição familiar, fundamental para a sociedade, o combate ao

terrorismo e ao fundamentalismo, luta contra a pobreza, a instauração da justiça e da paz em todas as partes do mundo, a promoção da sã convivência entre todos os crentes e não-crentes e das nações entre si, a dignificação de todos os seres humanos, que Deus criou iguais, com os mesmos direitos

calamidades são fruto de desvio dos ensinamentos religiosos, do uso político das religiões e também das interpretações de grupos de homens de religião que abusaram – nalgumas fases da história – da influência do sentimento religioso sobre os corações dos homens para os

e deveres, e o compromisso de que jamais as religiões sirvam para agudizar e alimentar guerras e divisões, a destruição do ser humano, o fomento do fanatismo e do integrismo ideológico, o desrespeito pela liberdade de consciência e de pensamento do ser humano. Da Declaração conjunta, guardo esta passagem: «De igual modo declaramos – firmemente – que as religiões nunca incitam à guerra e não solicitam sentimentos de ódio, hostilidade, extremismo nem convidam à violência ou ao derramamento de sangue. Estas

levar à realização daquilo que não tem nada a ver com a verdade da religião, para alcançar fins políticos e económicos mundanos e míopes. Por isso, pedimos a todos que cessem de instrumentalizar as religiões para incitar ao ódio, à violência, ao extremismo e ao fanatismo cego e deixem de usar o nome de Deus para justificar atos de homicídio, de exílio, de terrorismo e de opressão. Pedimolo pela nossa fé comum em Deus, que não criou os homens para ser assassinados ou lutar uns com os outros, nem para ser torturados ou humilhados na sua vida e na

sua existência. Com efeito Deus, o Todo-Poderoso, não precisa de ser defendido por ninguém e não quer que o Seu nome seja usado para aterrorizar as pessoas.» Que fique bem claro: jamais se pode usar o nome de Deus e a inspiração na religião para se matar alguém e ninguém tem o direito de usar o nome das religiões ou de Deus para desenvolver guerras ou organizar matanças de quem não crê ou pensa de modo diferente. O terrorismo, que tanto nos tem chocado ultimamente, faz uma instrumentalização abusiva e imoral da religião, que urge desmontar e combater. Infiéis não são os que não pensam como nós e não obedecem à nossa fé. Infiéis são os crentes de todas as religiões que distorcem a verdade da sua fé, que traem a natureza da religião e a bondade de Deus e o invocam e chamam para as suas loucuras e fanatismos, para as suas vinganças e agressões gratuitas, de que Deus jamais quererá fazer parte. Como diz o prefácio da Declaração, e é para todos os crentes, «a fé leva o crente a ver no outro um irmão que se deve apoiar e amar. Da fé em Deus, que criou o universo, as criaturas e todos os seres humanos – iguais pela Sua Misericórdia –, o crente é chamado a expressar esta fraternidade humana, salvaguardando a criação e todo o universo e apoiando todas as pessoas, especialmente as mais necessitadas e pobres.»

se a esta homenagem, descrevendo o Padre Diogo como um “Homem do Povo e sempre disponível para o Povo, sendo a dedicação que tem pelo Concelho de Boticas um motivo de orgulho para todos os seus paroquianos. Sempre direto, incisivo e fiel aos seus princípios e valores, não receia expressar a sua opinião nem dizer de forma aberta aquilo que pensa. Homem simples e de trato fácil tem também a humildade de reconhecer as suas falhas e os seus defeitos, demonstrando prontidão para os corrigir, sempre com uma correcção e uma elevação de espírito que importa enaltecer”. Fernando Queiroga aproveitou ainda o momento para endereçar ao pároco os seus cumprimentos, fazendo votos para que continue a ser o “bom pastor” que conduz as suas “ovelhas” nesta sua caminhada espiritual.

das brigadas florestais da CIM Alto Tâmega e da definição da maquinaria pesada que irá ficar alocada a cada CIM no âmbito da aquisição de equipamento para utilização em operações de prevenção e defesa da floresta contra incêndios que irá ser feira pelo Instituto da Conservação da natureza e Florestas (ICNF). Neste sentido, ficarão alocados às CIM’s do Alto Tâmega, Ave e Tâmega e Sousa dois Bulldozer D6 (trator de esteiras de porte médio), um Bulldozer D4 (trator de esteiras de pequeno porte), um camião de transporte, um trator de rastos,

objectivo primordial a limpeza da Rede Primária de Faixas de Gestão de Combustível (corta-fogos, aceiros, arrifes, etc). Paralelamente, cada CIM será também dotada com a aquisição de um trator borracheiro. Fernando Queiroga lembra que esta medida vem “no seguimento do reforço dos equipamentos à disposição das equipas de sapadores florestais criadas pelas comunidades intermunicipais,

sendo que a CIM Alto Tâmega conta com três equipas e um total de 15 sapadores, que exercem funções na área territorial do alto Tâmega, em estreita ligação com as equipas de sapadores de cada Município”. Para o Presidente da Câmara de Boticas, esta “é uma medida positiva, que vem dotar as regiões de meios adequados para fazer face às necessidades na prevenção e defesa da floresta contra incêndios”.

Secretário de Estado das Florestas em Boticas O Presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, reuniu esta quarta-feira, dia 13 de fevereiro, com o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, a propósito

três tratores pneumáticos e um estilhaçador. Estes equipamentos, após a sua aquisição e disponibilização, serão utilizados de forma concertada pelas brigadas florestais das três CIM’s, de acordo com as zonais consideradas de maior perigosidade e risco de incêndio e tendo como


12

Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

O Castelo, as Pedras e “Os Pequenos” - 4 Montalegre

é

concelho

também

foi

aprovado

inscrição

epigráfica

Álvares Pereira, que veio a

muito antigo. A sua criação

e publicado no Diário

no sopé da torre sul,

casar com D. Leonor de Alvim

remonta

dos

da República, I Série, o

a construção terá sido

e, reza a lenda, que ele andou

primeiros reis de Portugal. A

brasão de Montalegre na

concluída, em 1331, no

1.ª carta de Foral foi concedida

sequência dum concurso

reinado de D. Afonso IV.

por Salto onde recrutou e

por D. Afonso III, em 9 de

público então realizado).

Portanto, a construção

Junho

ao

de1273,

tempo

tornando-se

Por esta altura (1273)

cabeça das chamadas Terras de

deve ter sido iniciada a

tendo demorado à volta

Barroso. (É por esta razão que

construção do Castelo

de um século.

o dia 9 de Junho foi decretado

a que D. Dinis deu

pela Câmara na década de

seguimento

1980 “Dia do Município de

até os privilégios do seu

Barroso foram oferecidas

Montalegre”, e em 02/02/1984,

povoamento. Conforme

ao Condestável, D. Nuno

passou

por

três

reis,

Sabe-se que, mais

reforçando

tarde,

as

terras

de

treinou os reboredos, homens altos e espadaúdos, duros de físico e firmes de carácter que o terão ajudado muito a ganhar as batalhas da consolidação do reino. CM

Uma Viagem de Combóio Jerónimo Pamplona Estávamos no início do mês de outubro do ano de 1953. Finalmente suspirava, com um misto de alegria e ansiedade, o menino Gusto, nascido no ano de 1942 e criado na aldeia de Padroso, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real. Desde o princípio do verão que estava aprovado nas disciplinas académicas e provas físicas para ser admitido como aluno do Instituto dos Pupilos do Exército em Lisboa. Tinha chegado a convocatória para se apresentar, no primeiro domingo de outubro, em São Domingos de Benfica nas instalações que o iriam abrigar durante os oito anos que frequentou aquela Escola Publica fundada em maio de 1911, exatamente sete meses e vinte dias após a implantação da República. O pai, promovido a cabo da Guarda Fiscal, tinha sido transferido para Freixo de Espada à Cinta, sede de um pequeno Concelho com 3.780 habitantes, distrito de Bragança. Para que os leitores mais jovens se possam situar na época dos acontecimentos que vamos

relatar, é importante saberem que as telecomunicações não eram como são hoje. Não existiam telemóveis e mesmo os telefones fixos podiam ser considerados como um luxo. Na quase totalidade das aldeias portuguesas só existia um posto fixo e as chamadas tinham que ser pedidas à Central telefónica com horas de antecedência. Conhecedores desta situação e considerando a distância de 218 km entre Freixo de Espada à Cinta e Montalegre, a exiguidade de meios de transporte, a carência de autoestradas e falta de ligação direta entre as estradas dos dois distritos envolvidos, os pais do Gusto combinaram que o encontro entre pai e filho se daria na estação do Caminho de Ferro de São Bento na cidade do Porto ao fim da tarde daquele sábado de outono. A viagem de Montalegre para Braga foi francamente penosa graças às curvas da estrada Nacional 103 e ao estado visivelmente envelhecido da camioneta da carreira, assim se chamava ao autocarro que servia aquele percurso. Chegados a Braga e depois de a camioneta estacionar na central de camionagem, a nossa personagem, guiada pelo revisor montalegrense, dirigiu-se com a maleta na mão, aos escritórios centrais para comprar o bilhete para o autocarro que a iria transportar até à estação do C.F. de São Bento localizada na cidade do Porto.

Munido do bilhete e depois de averiguar que tinha de esperar cerca de uma hora e trinta minutos encaminhou-se para o café-restaurante a fim de comprar um sumo de fruta para acompanhar com uma sandes que a mãe, carinhosamente, lhe havia preparado. Desconhecedor do território envolvente e não querendo correr o risco de deixar os seus pertences entregues sabia-se lá a quem, decidiu sentar-se em cima da mala que encostou à parede virada a poente para usufruir do Sol brilhante e acolhedor que inundava aquela cidade imponente e muito mais grandiosa do que a sua pequena vila de origem. Foi ali que observando o ar apressado dos transeuntes e o movimento dos automóveis, camionetas e carroças num vai e vem contínuo o levou a interrogar-se se a sua resposta, à pergunta do pai, de que preferia os Pupilos do Exército ao Seminário de Vila Real teria sido a mais acertada (naquele tempo não existia ensino secundário em Montalegre). Sim, porque acreditava que a vida na grande cidade de Lisboa, capital do Império, seria por certo bastante mais movimentada do que a da cidade dos Arcebispos. Olhando para o relógio de pulso, um Olma, que o avô materno lhe tinha oferecido pela aprovação com distinção no exame da 4ª classe, desceu ao mundo real e encaminhouse para o autocarro que partiria

para a cidade do Porto dentro de alguns minutos. Ocupou o seu lugar e logo que o veículo entrou na estrada que o levaria até à invicta constatou que aquele transporte nem parecia ser do mesmo país. Não havia quaisquer semelhanças entre as estradas nem entre a camioneta ronceira que o trouxera até Braga e este autocarro todo modernaço que o levaria até ao Porto. Chegado ao Largo da Estação de São Bento foi fazer um reconhecimento do local e aguardar pela chegada do pai que deveria ocorrer por volta das 19:00 horas aquando da chegada prevista do comboio proveniente do Pocinho. Chegada aquela hora e depois de esvaziado o comboio esperado, não viu quaisquer sinais do seu progenitor. Aí, o menino Gusto sentiu-se completamente perdido! O sonho que tinha alimentado de frequentar uma escola de ensino militar e um dia ser Comandante da Guarda Fiscal, em Montalegre, estava irremediavelmente dissipado! O que poderia fazer uma criança de onze anos que acabava de chegar, pela segunda vez, a uma grande cidade? Chorar! Foi o que ele fez. Encostou a mala num canto do grande hall de entrada da Estação, sentou-se, apoiou os cotovelos sobre os joelhos e agarrando a cabeça com as duas mãos chorou convulsivamente. Remédio santo! Aquelas lágrimas funcionaram como um bálsamo! Levantou-se,

agarrou na mala e dirigiuse a um sujeito que, usando uma farda, transportava malas numa “Carreta”, num vai – vem entre o passeio da rua e o interior da Estação. Depois de explicar àquele bagageiro, com a voz embargada, a situação desesperada em que se encontrava, o funcionário conduziu-o ao escritório do chefe da Estação. Depois de inteirado sobre o problema, o Chefe informou-o que o pai só chegaria no dia seguinte, provavelmente lá p’rá tarde, porque o comboio que vinha do Pocinho tinha descarrilado! De imediato passou ao seguinte inquérito: «Olha lá, tu queres, mesmo, estar nos Pupilos do Exército amanhã até às dezassete horas»? Face a uma resposta afirmativa, prosseguiu: «Mostra aí que dinheiro é que tens contigo». Depois de verificar que era suficiente para cobrir as despesas inerentes ao custo do bilhete, a uma pequena refeição e ao táxi de Santa Apolónia para São Domingos de Benfica passou, de imediato, à ação. Levou, ele próprio, o passageiro ao caférestaurante dando indicações para lhe servirem uma sopa, uma sandes, uma peça de fruta e um sumo. Para sua surpresa, o Chefe suportou todas as despesas. (A "viagem" continua no próximo número) Jerónimo Pamplona (O Gusto de Padroso)


Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

13

Lita Moniz eleita Presidente da Academia de Letras da Praia Grande SP Do Brasil nos chegou a feliz notícia de que Lita Moniz, ilustre colaboradora do Notícias de Barroso, foi eleita para presidir à Academia de Letras e Artes de Praia GrandeSP. Reconhecimento do

Estância Balneária situada perto da Grande S. Paulo, também chamada Baixada Santista, um espaço lindo, limpo, asseado para receber os turistas que ali chegam todos os dias. A Academia recém criada veio se juntar a muitos projetos

concorrido onde se juntaram figuras gradas da cultura do Brasil, Lita Moniz agradeceu ao Exmo Sr. Paulo Eduardo Costa, Presidente do Instituto Histórico Geográfico de São Vicente, que honrou o acto com sua presença e estimada

Alves Pereira Filho, vicePresidente da Academia Santista de letras e Artes, pela participação especial neste ato solene de Fundação da Academia de Letras e Artes de Praia Grande SP. e posse dos membros fundadores. Foi um dia tão especial para os artistas brasileiros e para a Praia Grande. Agradecimentos ainda à Deise Domingues Gianinni, vice Presidente da Academia de Letras Artes e Ofícios Frei Gaspar da Madre de Deus (São Vicente), que acompanhou desde o início esta Academia

e aqui deu a sua inestimável participação. Lita Moniz teceu também palavras de agradecimento a Cida Micossi, um talento literário, uma exímia fotógrafa dentro da Academia de Artes Letras e Ofícios Frei Gaspar da Madre de Deus (São Vicente). Emocionada, Concluiu com um “Obrigada a todos”. A foto regista um momento único, uma acolhida de uma nova Academia de Letras e Artes a nascer na Baixada Santista, desta vez em Praia Grande.

VENDE-SE

em Parada, de Outeiro Os seguintes bens herdados por ANA DIAS ALVES: - Terra e Horta em Vale da Costa de Baixo – Lameiro da Pontinha - Terra da Chamadoura Padrão Lameiro dos Barreiros - ½ da Terra das Flores de Cima (igual à parte de estrume que está no mato e que pertence) - ½ da Terra da Cabada (mato e terra) - ½ do Lameiro das Flores, Lameiro e mato - ½ da Terra da Carvalhadreira (tudo o que se encontra nesta propriedade) - 1/3 Gafarias – Lameiro e devessas de lenha - 1/3 Tapado Martins Lameiro e parte que está para estrume - 1/3 Souto de Castanhas - Horta das Lages (terra e horta) - Casa da Touça de Cima - Moinho da Lapelinha: 24 horas - Moinho do Saltadouro: 24 horas mérito de Lita Moniz que deste modo se impõe como figura destacada do mundo cultural brasileiro e honra partilhada para o Notícias de Barroso que deu o seu contributo para que a nossa conterrânea se votasse mais à escrita e à arte da poesia. Praia Grande é uma

que estão saindo da agenda da Câmara local. A cultura, as letras, a arte não podiam ficar de fora do pacote de muitas realizações. São aquele algo especial que traz no bojo esperança, alegria, vida digna para todos, ordem e progresso. No acto de posse, muito

participação, com nobreza e altivez enriqueceu a Mesa Directora com sua simpatia e brilho próprio. Os agradecimentos foram extensivos à Maria Araujo Barros Sá e Silva, Presidente da Academia Santista de Letras, ao psicólogo Eustácio

“Prémio ANMP de Jornalismo e Poder Local”

Estão abertas as candidaturas ao “Prémio ANMP de Jornalismo e Poder Local” promovido pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), nas categorias de Imprensa, Rádio, Televisão e Fotojornalismo, incluindo edições online. Este prémio, tem como objetivo distinguir os melhores trabalhos jornalísticos, divulgados durante o ano de 2018, sobre o Poder Local, a

gestão autárquica e as dinâmicas autárquicas que contribuem para o desenvolvimento local e regional e para o bem estar das populações. De acordo com o Regulamento, que podem consultar em: https://www. anmp.pt/files/dimp/2019/prejor/ PremioANMPregulamento2019. pdf, o vencedor em cada categoria recebe um Diploma e um prémio pecuniário no valor

de 1.500 euros. Os trabalhos jornalísticos deverão ser enviados até 28 de fevereiro de 2019 para a sede da ANMP, Avenida Marnoco e Sousa, nº 52, 3004‐511Coimbra, com indicação de “Prémio ANMP de Jornalismo e Poder Local”. Para mais informações podem acedar ao link: https://www.anmp.pt/index. php/comunicacao/premio-dejornalismo

Bem adquirido por compra: Carvalhadreira: tapado de mato Contactos: Ana Alves: 91 870 9914 / 21 437 5781 Anselmo Ferreira: 96 255 0241


14

Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

RESUMO DA REUNIÃO DE CÂMARA DE 07.02.2019: A PERSPETIVA DA COLIGAÇÃO #

Votámos

contra

a

atribuição de um subsídio à Associação de Produtores no âmbito da 28.º Feira do Fumeiro, no valor de 14.444,66 euros, para pagar as ofertas feitas pela Câmara; votámos contra por causa da despesa com o almoço do dia da inauguração, 5.ª feira, no valor de 7.500,00 euros; considerando que um almoço deste tipo custa cerca de 15,00 euros/pessoa, isso significa que almoçaram 500 pessoas; trata-

se de um claro exagero, porque o n.º de pessoas do chamado “protocolo” (presidentes de junta, membros da AM e personalidades) são pouco mais de 100 pessoas; falta saber quem eram as outras pessoas e porque é que a Câmara lhes pagou o almoço. # Votámos contra a contratação de um assistente operacional em regime de contrato de tarefa para a escola de Salto, destinada a fazer “o acompanhamento de crianças e

jovens na escola, para assegurar um bom ambiente educativo”; votámos contra porque a modalidade de contrato não é a mais adequada; os contratos de tarefa são celebrados para trabalhos específicos, de natureza excecional; e, tratandose de uma prestação de serviços, o trabalhador não está obrigado a cumprir um horário de trabalho, nem está sujeito à disciplina e direção de quem a contrata. # Abstivemo-nos em relação a dois pedidos de apoio

financeiro da JF de Montalegre e Padroso, para beneficiação do “caminho das colmeias” (20.073,60 euros) e do “caminho dos tojos” (12.939,60 euros), porque temos dúvidas em relação à qualidade das obras realizadas; o PCM informou que fazia uma apreciação positiva dos trabalhos já realizados, mas não sabia se já estavam concluídos. # Votámos a favor da cedência da escola de Travassos do Rio à Junta de Freguesia, a

título gratuito, por um prazo de cinco anos, renovável; tratase de um caso de devolução das antigas escolas primárias à comunidade, que foi sempre aquilo que defendemos para estes edifícios; não percebemos porque é que a Câmara, noutros casos, tem “obrigado” algumas comunidades a comprar as suas próprias escolas em hasta pública. Montalegre, 07.02.2019, José de Moura Rodrigues


Barroso Noticias de

18 de Fevereiro de 2019

FUTEBOL

Eletrizante Hino ao futebol! Nove golos, incerteza no marcador e muita, muita emoção. O Montalegre esteve duas vezes em vantagem mas não segurou o resultado graças a erros defensivos. Entrou muito determinado o conjunto local, a impor um ritmo alto, mas é o Montalegre que tem a primeira oportunidade de golo – Tavares cabeceia e obriga Bruno a boa intervenção; na recarga Paulo Roberto dispara e a bola é cortada com o braço. Zangão abre o marcador da marca dos onze metros… Resposta forte do São Martinho: Em apenas dois minutos, dois golos…Aos dez minutos, bola nas costas da defesa transmontana e Vasco Costa empata, depois, de penalty, João Abreu faz 2-1. Em cinco minutos, três golos! Os de Barroso reagem e Lio Guerra cria muito perigo. Aos 31 minutos Paulo Roberto é derrubado dentro da área e Zangão empata o jogo, outra vez de grande penalidade. Reage o São Martinho e Nei está perto do êxito. Mas é o Montalegre que marca mesmo – erro tremendo de Babo, o capitão local, deixa Tavares em boa posição e faz o 2-3, num remate forte e colocado. Ao intervalo o Montalegre vencia pela margem mínima. Os erros defensivos acumulavam-se numa e noutra equipa. O São Martinho metia

as bolas de forma sucessiva nas costas da defensiva transmontana e era “um Deus nos acuda”… A segunda parte foi igual à primeira, jogo renhido, e tudo virado para o ataque, futebol espetáculo portanto…Logo no segundo minuto o São Martinho volta a empatar – livre direto e grande golo de João Abreu. Oito minutos depois George volta a colocar a equipa de Santo Tirso à frente, depois de disparo forte e colocado. O mesmo George estava muito ativo e atira ao lado. Viage mexe com as entradas de Ferrari, Rogério e Beto. E é Rogério que volta a empatar a contenda, depois de um lance de insistência. Mas não deu para festejar muito, já que dois minutos depois o brasileiro Nei faz o 5-4. Tavares, o melhor do Montalegre, ainda tentou fazer o 5-5, mas Bruno defendeu bem. Jogo emocionante e com boa arbitragem. As duas equipas mostraram falhas defensivas pouco habituais, os barrosões mereciam, pelo esforço, o empate. O Montalegre não conseguiu controlar a profundidade do ataque contrário. O treinador do São Martinho, Agostinho Bento, diz que “foi um grande espetáculo para o adepto, fico feliz por duas reviravoltas, mas não fico contente com os erros que cometemos. Foi emocionante, com as duas equipas a cometerem muitos erros. Nunca houve um controlo de parte a parte, o resultado é justo e podia ter acabado 8-7 ou 7-6. Vamos lutar pelos dois primeiros lugares!”. O

treinador principal do Montalegre, José Viage, saiu desiludido com a equipa em termos defensivos: “Ofensivamente estivemos bem, muito fortes, gente muito competente, qualquer equipa que faz quatro golos fora de casa tem que ganhar o jogo. O problema é que a nossa equipa defensivamente não existiu! Sofremos golos ridículos, estivemos irreconhecíveis! Saio envergonhado com o nosso comportamento defensivo…”.

Montalegre volta a perder pontos em casa Continua a desperdiçar pontos no seu campo o CDC Montalegre – os barrosões tiveram mais e melhores oportunidades e mereciam o triunfo. Entrou muito melhor na contenda a equipa transmontana, logo aos 18 minutos, e depois de uma grande jogada, Ferrari atira por cima. Dez minutos depois, excelente assistência de Zack para Paulo Roberto que falha a direção da baliza. Só à passagem da meia hora é que o Torcatense ameaça a baliza contrária – Guedes chuta contra Jussane e a bola sai ao lado… Aos 37 minutos o Montalegre fica a pedir grande penalidade sobre Paulo Roberto, houve erro grosseiro do juiz da partida. A fechar o primeiro tempo a equipa minhota aproxima-se da baliza contrária com relativo perigo pois Pedro

15

Rui, em boa posição, falha o disparo. Ao intervalo 0-0. Na segunda parte o jogo foi renhido, com os barrosões sempre mais perto da baliza. Aos 52 minutos Jussane domina a bola com o braço e remata com perigo. Os transmontanos refrescam e reforçam a frente de ataque com as entradas de Rogério, Prince e Beto Lopez. Precisamente o guineense Rogério está perto do golo ao minuto 69. Aos 80, golo invalidado a Paulo Roberto e três minutos depois Beto Lopez cai dentro da área do Torcatense. A fechar o jogo, o Montalegre cria perigo num livre direto apontado por Álvaro Branco e que sai junto à barra. Jogo polémico em Montalegre com grandes penalidades não assinaladas e dois golos não validados. Viage, técnico do Montalegre, diz que “o Montalegre tentou ganhar o jogo e o Torcatense a tentar levar um ponto. Não tenho muito a apontar aos meus jogadores, se isto fosse por quem jogou…Fizemos o que tínhamos que fazer! É impossível fazer mais neste relvado, favorece mais quem defende”. Já Francisco Branco, técnico do Torcatense, considera o empate justo: “Entramos um bocadinho com medo, o Montalegre esteve melhor nos primeiros quinze minutos, depois equilibramos, na parte final o Montalegre foi mais forte, o resultado aceita-se”. Nuno Carvalho

Barroso Noticias de

Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: carvalhodemoura2017@gmail.com Propriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: carvalhodemoura2017@gmail.com Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: nmcmoura@gmail.com Administradora: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura Paginação e composição: nmcmoura@gmail.com, Rua Miguel Torga, 492 5470-211 Montalegre Registo no ICS: 108495 Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: geral@diariodominho.pt http://www.diariodominho.pt Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Domingos Chaves, José Fernando Moura, José Manuel Rodriguez, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho e Victor Pereira Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 € Tiragem: 1.500 exemplares por edição (Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)


O “ENTROIDO” de Ze Luis Tavares XINZO DE LIMA Prosseguem as festividades do Carnaval de Xinzo de Lima. De caras ao Domingo oleiro, dedicado às bilhas de barro que os populares jogam pelos ares entre si nas ruas da vila até que se desfaçam em cacos, vem aí os maiores eventos. Na noite de 23 e dia 24 é o Corredoiro. Saem pela primeira vez as Pantalhas que enchem a cidade de movimento e característico ruído provocado pelos jovens em loucas correrias. De 1 a 5 de Março, os dias maiores do “Entróido”, no referido dia 1 com o Grande Desfile Infantil, no dia 3 Domingo de Carnaval com a animação da noite a cargo da orquestra

“Pontevedra” e a 5, terça feira de Carnaval, com o Grande Desfile, pelas 17,30 horas locais, culminando com a orquestra “Compostela” em exibição a partir das 19H00.

José Luís Tavares, professor e arboricultor, mais parece um pássaro voador a a trepar no cimo de carvalhos seculares


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.