UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
Amanda de Fátima Melandri Bessa Alves
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA Unidade de saúde e bem-estar animal no âmbito público municipal
PETRÓPOLIS 2020
Amanda de Fátima Melandri Bessa Alves
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA Unidade de saúde e bem estar animal no âmbito público municipal
Monografia apresentada ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Engenharia e Computação da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Orientadora: Ana Kyzzy Fachetti.
Petrópolis 2020
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
CIP – Catalogação na Publicação A474a
Alves, Amanda de Fátima Melandri Bessa. Arquitetura hospitalar veterinária: unidade de saúde e bem-estar animal no âmbito público municipal / Amanda de Fátima Melandri Bessa Alves. – 2020. 141 f. : il. Monografia (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Católica de Petrópolis, 2020. Orientação: Profa. Ma. Ana Kyzzy Fachetti. 1. Hospital veterinário. 2. Arquitetura hospitalar. 3. Edificação pública. I. Fachetti, Ana Kyzzy (Orient.). II. Título. CDD: 725.592
Universidade Católica de Petrópolis (UCP) Bibliotecária responsável: Marlena H. Pereira – CRB7: 5075
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES
“Arquitetura hospitalar veterinária: Centro de acolhimento e bem-estar animal no âmbito público municipal”
Monografia apresentada ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Engenharia e Computação da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
____________________________________________ Profª. Ana Kyzzy Fachetti
____________________________________________ Profª. Erika Pereira Machado
Nota: 9,8 Data: 27/11/2020
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________________ Profª. Ana Kyzzy Fachetti, Mª UCP.
________________________________________________________ rofª. Alline Margarette da Mota Serpa, Mª UCP.
________________________________________________________ Sr. Marcelo Pamplona, Eng.
AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
Agradeço inicialmente a Deus, meu pai maior, e todos os seres de luz pela força que descobri em mim durante todo o período de minha graduação. Aos
meus
pais
biológicos.
Cláudia,
por
todo
cuidado
e
amor
ao longo
dos
dias/noites/madrugadas intermináveis estudando, e André, por permitir que o meu sonho fosse concretizado. Minha eterna gratidão por tudo o que vocês abdicaram em prol do meu melhor. Obrigada por tanto. Aos meus pais de vida, Dionéia e Almério, por todo amor e paciência prestados desde minha chegada ao mundo e por sempre acreditarem em mim, mesmo quando todos – até eu mesma – duvidavam. Sem esse carinho eu não teria conseguido. Ao Erivelto Maffezzoli, por estar sempre ao meu lado me apoiando e me incentivando a prosseguir. Obrigada por todo amor, carinho e paciência. Aos mestres da UCP por toda a contribuição para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. Em especial a minha orientadora, Ana Kyzzy, por dividir comigo não somente o amor pela arquitetura, mas somá-lo com o amor aos animais. A minha coordenadora, Erika Machado, por toda paciência com a discente, principalmente nos inícios de semestre onde nossas reuniões não tinham hora para terminar. Agradeço também pelas oportunidades geradas, não somente dentro do campus, como fora dele também. Aos arquitetos e profissionais da construção civil que tive a honra de estagiar e enriquecer meu conhecimento. Muito obrigada por toda paciência e generosidade em compartilhar os seus conhecimentos. Aos amigos e colegas que a arquitetura me presenteou, dividindo sorrisos, ansiedades, conhecimento e fé. Obrigada por sempre me manterem no trilho, mesmo quando tudo se fazia escuro. Aos meus amores de quatro patas, por serem a real inspiração de todo este trabalho. A vida é mais leve com vocês ao lado. A todos que contribuíram com essa jornada, muito obrigada!
Dedico este trabalho ao meu avô, Almério José Troyack Bessa, por sempre acreditar em mim. Obrigada por tudo!
RESUMO
O objeto de estudo deste Trabalho de Conclusão de Curso trata-se de uma proposta arquitetônica de um hospital veterinário público para a cidade de Petrópolis/RJ. Diante da escassez de equipamentos públicos destinados a esta finalidade, bem como o déficit dos serviços assistenciais de medicina veterinárias populares existentes, eleva-se o interesse em contribuir, juntamente da arquitetura, para o bem-estar animal. Levando-se em consideração o agravamento do quadro de saúde pública com o número elevado de animais em situação de rua. Dessa forma, objetiva-se elaborar um estudo preliminar de um centro de bem-estar e acolhimento animal, destinado ao atendimento de animais de pequeno porte – cães, gatos, pequenos mamíferos, aves e répteis considerados como animais de companhia – contribuindo de maneira corretiva e preventiva para a saúde no município, atendendo às premências, principalmente, dos animais comunitários e/ou com tutores de baixa renda; e cooperando com a convivência harmoniosa entre homem-animal.
Palavras-chave: 1. Hospital Veterinário; 2. Arquitetura Hospitalar; 3. Edificação Pública.
ABSTRACT The aim of this Course Conclusion Work is an architectural proposal of a public veterinary hospital for the city of Petrópolis/RJ. In face of the scarcity of public equipment destined for this purpose, as well as the deficit of current popular veterinary medical assistance services, there is an increased interest in contributing, together with architecture, to animal welfare. Taking into account the worsening of the public health situation like the high number of homeless animals. Thus, the goal is to prepare a preliminary study of an animal welfare and reception center, intended for the care of small animals – dogs, cats, small mammals, birds and reptiles considered as companion animals – contributing in a corrective and preventive way for health in the municipality, meeting the needs mainly of community animals and/or animals with low-income tutors; and cooperating with the harmonious coexistence between man-animal.
Keywords: 1. Veterinary Hospital; 2. Hospital Architecture; 3. Public Building.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01: Desenho rupestre representando animais e sua aproximação com o ser humano................................................................................................................ Figura 02: Prédio onde foi implantada a Escola de Veterinária do Exército, localizada no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro......................................................... Figura 03: Prédio onde foi implantada a Faculdade de Medicina Veterinária de Olinda (PE)...................................................................................................................... Figura 04: Prédio onde foi implantado o primeiro hospital veterinário do país, localizado em Olinda (PE).................................................................................................... Figura 05: Entrada do abrigo da entidade filantrópica Dog’s Heaven................................. Figura 06: Apartamentos, parte interna do abrigo da entidade filantrópica Dog’s Heaven. Figura 07: Feira de adoção................................................................................................... Figura 08: Tutora adotando filhote...................................................................................... Figura 09: Casas feitas e instaladas por protetores para animais de rua.............................. Figura 10: Utilização pelos caninos..................................................................................... Figura 11:Utilizção pelos felinos......................................................................................... Figura 12: Utilização inapropriada do mobiliário................................................................ Figura 13: Utilização inapropriada do mobiliário................................................................ Figura 14: Fachada do Hospital Veterinário Constitución................................................... Figura 15: Planta Baixa do Hospital Veterinário Constitución............................................ Figura 16: Vista da recepção do Hospital Veterinário Constitución................................... Figura 17: Recepção do hospital Constitución.................................................................... Figura 18: Setor cirúrgico do hospital Constitución............................................................ Figura 19: Setor de internação do hospital Constitución..................................................... Figura 20: Setor de internação do hospital Constitución..................................................... Figura 21: Vista da entrada do hospital Memphis............................................................... Figura 22: Planta de implantação do hospital Memphis...................................................... Figura 23: Fachada lateral com seus elementos do hospital Memphis................................ Figura 24: Planta baixa do hospital Memphis...................................................................... Figura 25: Módulo volumétrico do hospital Memphis........................................................ Figura 26: Vista da entrada e dos condicionantes arquitetônicos do hospital Memphis..... Figura 27: Corte hospital Memphis..................................................................................... Figura 28: Fachada frontal do HVP..................................................................................... Figura 29: Recepção do HVP............................................................................................... Figura 30: Consultórios do HVP.......................................................................................... Figura 31: Sala de exames do HVP..................................................................................... Figura 32: Sala de cirurgia do HVP..................................................................................... Figura 33: Internação do HVP............................................................................................. Figura 34: Baias de internação do HVP............................................................................... Figura 35: Laboratório do HVP........................................................................................... Figura 36: Laboratório do HVP........................................................................................... Figura 37: Estudo sobre a locação do terreno do HVP........................................................ Figura 38: Vista de satélite do terreno escolhido.................................................................
19 23 24 24 49 49 50 50 51 51 51 52 52 54 55 55 56 56 57 57 58 59 59 60 60 61 61 63 63 63 64 64 64 64 64 64 65 73
Figura 39: Mapa de situação em âmbito municipal............................................................. Figura 40: Desmembramento do terreno............................................................................. Figura 41: Mapa do levantamento fotográfico do terreno................................................... Figura 42: Levantamento Fotográfico do terreno................................................................ Figura 43: Demolição prevista no terreno para locação do hospital veterinário................. Figura 44: Carta solar da fachada NO.................................................................................. Figura 45: Solstício de verão da fachada NO...................................................................... Figura 46: Solstício de inverno da fachada NO................................................................... Figura 47: Carta solar da fachada SO.................................................................................. Figura 48: Solstício de verão da fachada SO....................................................................... Figura 49: Solstício de inverno da fachada SO.................................................................... Figura 50: Carta solar da fachada SE................................................................................... Figura 51: Solstício de verão da fachada SE........................................................................ Figura 52: Solstício de inverno da fachada SE.................................................................... Figura 53: Carta solar da fachada NE.................................................................................. Figura 54: Solstício de verão da fachada NE...................................................................... Figura 55: Solstício de inverno da fachada NE................................................................... Figura 56: Rosa dos Ventos do terreno................................................................................ Figura 57: Mapa de fluxos do entorno do terreno................................................................ Figura 58: Mapa de gabaritos do entorno do terreno........................................................... Figura 59: Croqui com benefícios da biofilia em hospitais................................................. Figura 60: Croqui do partido criado..................................................................................... Figura 61: Estudo de massas do CABEA............................................................................ Figura 62: Estudo de massas com fluxos do CABEA......................................................... Figura 63: Organograma do CABEA................................................................................... Figura 64: Fluxograma do setor preliminar......................................................................... Figura 65: Fluxograma do setor de diagnóstico................................................................... Figura 66: Fluxograma do setor de internação..................................................................... Figura 67: Fluxograma do setor cirúrgico............................................................................ Figura 68: Fluxograma do setor de sustentação................................................................... Figura 69: Fluxograma do setor de cremação.................................................................... Figura 70: Fluxograma do setor de estacionamento............................................................ Figura 71: Fluxograma do setor comercial.......................................................................... Figura 72: Fluxograma do setor de recreação...................................................................... Figura 73: Fluxograma do setor luz.................................................................................... Figura 74: Primeiro estudo volumétrico do CABEA.......................................................... Figura 75: Segundo estudo volumétrico do CABEA........................................................... Figura 76: Partido arquitetônico presente na implantação do CABEA............................... Figura 77: Espectro de visão dos animais x humanos......................................................... Figura 78: Aplicabilidade da inércia térmica em Petrópolis................................................ Figura 79: Aplicabilidade do aquecimento solar passivo.................................................... Figura 80: Aplicabilidade da ventilação natural.................................................................. Figura 81: Corte esquemático da biovaleta..........................................................................
74 75 75 76 77 79 79 79 80 80 80 81 81 81 82 82 82 83 85 86 92 93 94 95 96 96 97 97 98 98 99 99 100 100 100 101 102 102 104 106 107 107 108
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Síntese da resolução 1275/2019 do CFMV....................................................... Tabela 02: Programa de necessidades do projeto................................................................ Tabela 03: Anexo V da lei LUPOS – Parâmetros de ocupação........................................... Tabela 04: Anexo VI da lei LUPOS – Parcelamento........................................................... Tabela 05: Anexo IX da lei LUPOS – Estacionamento....................................................... Tabela 06: Tabela 01 da lei COSCIP – Classificação.......................................................... Tabela 07: Tabela 18 da lei COSCIP – Exigências............................................................. Tabela 08: Tabela síntese dos resultados obtidos em relação a biofilia e zooterapia.......... Tabela 09: Tabela descritiva dos materiais utilizados.........................................................
41 70 89 89 90 90 91 94 107
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01: Resultados da pesquisa de vitalidade após infarto......................................... Gráfico 02: Situação de animais em situação de rua........................................................... Gráfico 03: Gráfico de temperaturas de Petrópolis.............................................................. Gráfico 04: Gráfico de umidade de Petrópolis..................................................................... Gráfico 05: Gráfico de chuvas de Petrópolis....................................................................... Gráfico 06: Gráfico de radiação de Petrópolis..................................................................... Gráfico 07: Rosa dos ventos diurna de Petrópolis............................................................... Gráfico 08: Rosa dos ventos noturna de Petrópolis.............................................................
29 31 78 78 79 79 79 79
SUMÁRIO 1.
Introdução............................................................................................................................................13 1.1
Objetivo geral...............................................................................................................................13
1.1.1
Objetivos específicos ............................................................................................................13
6.2
Estudos de caso diretos ............................................................................................................... 40
6.2.1
Hospital Veterinário de Petrópolis ....................................................................................... 40
6.2.2
Conclusão sobre os estudos indiretos .................................................................................. 42
7. Condicionantes projetuais ...................................................................................................................... 68
1.2
Problemática ................................................................................................................................13
1.3
Justificativa ..................................................................................................................................14
7.1
Programa de necessidades ........................................................................................................... 44
1.4
Proposta........................................................................................................................................14
7.2
Terreno ........................................................................................................................................ 46
2. Referencial histórico da medicina veterinária ........................................................................................19
2.1
Medicina veterinária em seu contexto histórico ..........................................................................16
7.2.1 7.3
Aspectos Gerais do Terreno ................................................................................................. 48
Diagnóstico de Entorno ............................................................................................................... 52
2.1.1
Histórico Mundial .................................................................................................................16
7.3.1
Análise de Fluxos ................................................................................................................. 52
2.1.2
Histórico Nacional ................................................................................................................17
7.3.2
Análise de Gabarito ............................................................................................................. 52
3. Referencial cultural entre o homem e o animal ......................................................................................27
7.4
Leis e Aplicações ........................................................................................................................ 55
8. Análises projetuais ................................................................................................................................. 92
2.2
Relação homem x animal e seus benefícios .................................................................................21
2.3
Animais em situação de rua .........................................................................................................22
8.1
Definição do conceito ................................................................................................................. 58
4. Estrutura hospitalar veterinária ...............................................................................................................35
8.2
Definição do partido .................................................................................................................... 59
8.3
Estudos projetuais ....................................................................................................................... 59
3.1
Hospital veterinário ......................................................................................................................25
3.1.1
Definição ..............................................................................................................................25
8.3.1
Estudo de Massas ................................................................................................................. 59
3.1.2
Legislação .............................................................................................................................26
8.3.2
Estudo de Setorização e Fluxos com Organograma/Funcionograma .................................. 60
3.1.3
Estrutura................................................................................................................................29
8.3.3
Estudo Volumétrico ............................................................................................................. 63
5. Iniciativa pública x iniciativa privada ....................................................................................................46 5.1
Infraestrutura de Petrópolis em relação à saúde animal...............................................................31
5.1.1
Leis e Aplicações ..................................................................................................................31
5.1.2
Iniciativa Privada ..................................................................................................................32
6. Referencial projetual...............................................................................................................................54 6.1
Estudos de caso indiretos .............................................................................................................36
8.4
Definição de materialidade ......................................................................................................... 64
8.4.1
Sistema construtivo .............................................................................................................. 64
8.4.2
Material de Revestimento e Acabamento ............................................................................ 64
8.5
Soluções projetuais...................................................................................................................... 65
8.5.1
Soluções bioclimáticas ......................................................................................................... 65
8.5.2
Soluções funcionais ............................................................................................................. 67
6.1.1
Hospital veterinário Constitución .........................................................................................36
9. Estudo preliminar................................................................................................................................... 68
6.1.2
Hospital veterinário Memphis ..............................................................................................38
10. Referencial bibliográfico ..................................................................................................................... 90
6.1.3
Conclusão sobre os estudos indiretos ...................................................................................40
10.1
Referências acadêmicas .............................................................................................................. 91
1. Introdução
P á g i n a | 13 Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo abordar a temática hospitalar veterinária
Por fim, o capítulo 7 dedicasse aos estudos e análises prévios para realização do projeto
em âmbito público, visando seus aspectos arquitetônicos e a possibilidade de se concretizar no município
arquitetônico, como leis, estudos e escolha do terreno, etc. Para que no capítulo 8 ser possível a
de Petrópolis. Para isto, propõe um projeto arquitetônico com o tema, que abrange o atendimento de
idealização/concretização projetual.
animais, não só os domesticados, mas para aqueles também que se encontram em situação de rua, sendo Para melhor entender a proposta, a seguir têm-se detalhadamente todos os objetivos traçados,
auxiliados por proteções não governamentais (ONGs) ou autônomas.
juntamente com a problemática e justificativa da causa: Atualmente o município de Petrópolis não possui infraestrutura pública para abranger o auxilio médico aos animais, contando somente com entidades que atuam perante denúncias de maus tratos.
1.1
Objetivo geral
Referente à iniciativa privada, a cidade pode contar com diversas clínicas, policlínicas e, em maior porte,
Objetiva-se a elaborar um projeto preliminar arquitetônico contemplando um complexo hospitalar
o Hospital Veterinário de Petrópolis – Localizado no bairro Corrêas. Além disso, podemos observar à
veterinário público para animais de estimação de pequeno porte (todas as raças de cães e gatos, pequenos
mobilização de entidades voltadas a proteção animal que prestam seus serviços voluntários para a
mamíferos, aves e répteis considerados como animais de companhia), auxiliando de forma efetiva assim,
comunidade e animais da cidade.
não somente na saúde dos animais, mas também da população em geral.
Entre estas condições, vê-se o interesse de conciliar a arquitetura em seu papel social com a
1.1.1
Objetivos específicos
I-
Desenvolver pesquisa histórica que trace a trajetória da atuação medicina veterinária no Brasil e
problemática vivenciada na atualidade devido ao grande índice de animais em situação de rua, cadenciando um apelo também à saúde pública da região. Diante ao déficit de assistência médica local popular/pública para animais, é possível, através da arquitetura, levar bem-estar aos seres indefesos e
sua relação com a sociedade;
também às famílias que tenham interesse em adotá-los – levando em consideração as vantagens físico-
II-
Elaborar estudo que aponte a realidade de animais em situação de rua no município de Petrópolis;
III-
Apresentar estudos científicos que conscientizem a importância do zelo para com os animais,
psicológicas que um animal doméstico proporciona.
levando em consideração as vantagens/benefícios que os mesmos proporcionam na vida humana; Portanto, este trabalho de conclusão de curso, pretende apresentar uma proposta de nove (9) capítulos que leve em conta os aspectos de referencial histórico da medicina veterinária e sua relação
IV-
Elaborar um programa de necessidades que contemple os ambientes necessários ao hospital, além
de espaços de apoio popular para adestramento e sepultamento dos animais.
com a comunidade, abordando todo antecedente desde como a medicina veterinária veio ganhando potencial ao longo dos tempos até ser de fato implantada no Brasil e como funciona a sua atuação nos
1.2
Problemática Atualmente a cidade de Petrópolis lida com um cenário complexo onde o número de animais em
dias atuais.
situação de rua está aumentando devido a falta de conscientização de famílias ao pegar animais Além disso, vê-se a necessidade da busca por informações culturais entre o homem e o animal através do tempo, o quanto esta temática influencia no comportamento entre estes e na saúde física e
domésticos para cuidar e, após notar os gastos altos, acabam desistindo e abandonando os mesmos na rua.
mental, além de entender o impacto social que causa. Para isto, o capítulo 3 foi desenvolvido abordando a temática.
O quadro de saúde pública é diretamente influenciado por este ato, devido aos animais que não recebem tratamentos preventivo transmitirem doenças aos humanos. Dito isso, as organizações públicas
A partir deste eixo foi possível dar início aos estudos sobre a estruturação do hospital veterinário
não possuem infraestrutura suficiente para que se tenha um quadro de melhorias, para sanar essa
(capítulo 4) e como a cidade se apresenta em meio às questões histórico-culturais, tendo iniciativa
problemática a cidade depende de iniciações privadas que nem sempre conseguem suprir a demanda
governamental ou não (capítulo 5), além de serem realizados estudos em clínicas veterinárias dentro e
prevista. Por isso é de suma importância que a cidade tenha um local para acolher e cuidar dos animais
fora da cidade (capítulo 6) para ser possível entender a realidade e dinâmica na cidade.
de rua, para que se tenha uma melhora no quadro de saúde pública e também auxilie nas famílias que
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P á g i n a | 14 queiram ter animais domésticos com menos gastos, o que auxilia também no processo de adoção e na
devidamente medicados e que possam encontrar um novo lar, levando em consideração que as
qualidade de vida das famílias que os têm.
organizações promovem diversas feiras de adoção no incentivo as famílias a terem seus animais de
1.3
Justificativa
estimação com custo mensal reduzido, e assim também auxiliando na saúde pública ao se retirando os animais da rua.
Os animais em situação de rua no município de Petrópolis hoje contam com o apoio de protetores e organizações filantrópicas, a única ajuda oriunda de órgão público se dá através da COBEA –
Este tipo de ação, auxilia também na saúde da família que adota, pois, estudos dizem que animais
Coordenadoria de Bem-Estar Animal – que presta auxilio com ações de atendimento de denúncias; apoio
possuem o poder curativo, como bem afirmam Marie Chelini e Emma Otta no livro “Terapia assistida
e projetos de suporte para os protetores, defensores e simpatizantes da causa animal; orientação a tutores
por animais”, onde é feita uma pesquisa em torno da senciência dos animais com diversos autores. Um
de animais; conscientização da população sobre os direitos dos animais; e educação das novas gerações
dos testes feitos por Custance e Mayer (2015), com 18 cães em um cenário onde um humano estava
para que se tornem elementos formadores de consciência social sobre os animais enquanto seres
chorando, a reação foi de empatia em todos os casos, em que o animal se aproximava da pessoa e
sencientes.
buscava de alguma forma animá-la.
No mês de Agosto de 2019 foi feita uma conferência na própria COBEA onde foram levantados
No município se encontram demasiados espaços urbanos subutilizados ou vazios, de forma com
dados juntamente com as entidades ONGs e Filantrópicas. Neste senso foi calculado que, considerando
que seja possível agregar a estes lotes/terrenos ambientes que acolham necessidades salubres da cidade.
todas as entidades presentes, os animais domésticos que foram recolhidos das ruas por estas se
Neste trabalho será referenciado sobre estes contextos. Portanto, para este projeto, utilizou-se como
aproximava do número um mil, somente a Dogs Heaven (entidade filantrópica) possui aproximadamente
terreno, um espaço que há muito tempo se encontra sem uso, localizado no bairro Corrêas, onde estava
250 animais em seus cuidados, o que chega a ¼ do total estimado. Não somente para isto, o atual
locada a antiga garagem montreal por se tratar de uma região que intercede os dois grandes centros de
coordenador da COBEA, Renato Couto, se reuniu com o prefeito Bernardo Rossi para homologar o
Petrópolis (1º distrito e 3º distrito), de fácil acesso e com uma área quadrada confortável para se poder
projeto que cria o COMUPA – Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais – (MOTTA,
trabalhar a proposta em si.
2019) para que se tenha de maneira mais efetiva um apoio para as entidades que auxiliam nos cuidados dos animais. No entanto, o projeto segue no papel e a infraestrutura do setor público continua em déficit para com a comunidade prestadora de serviços. Apesar do número alto de animais resgatados, nas ruas das cidades ainda se possui muitos deles, em estado precário de saúde e contando com o auxílio de voluntários. Inclusive, atualmente existe uma equipe denominada “Somos Todos Protetores” dedicada aos cuidados destes animais, que diz ser muito precária a ajuda que recebem do poder público, Domingos Galante, um dos fundadores, afirma que por vezes tem que utilizar veículo e financiamento próprio para resgatar e levar o(s) animal(is) para tratamento em alguma clínica veterinária. 1.4
Proposta O contexto apresentando denota a necessidade de fortalecer uma relação mais ampla entre o
órgão público e as entidades privadas/filantrópicas que prestam serviço ao município, Em relação à saúde dos animais é pensado em um anteprojeto arquitetônico visando um espaço onde as entidades ONGs e Filantrópicas possam firmar parceria, tendo um local para levar animais enfermos serem
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2. Referencial histórico da medicina veterinária
P á g i n a | 16 2.1
Após isso, o interesse em domesticar outros animais foi se expandindo, tendo em vista que
Medicina veterinária em seu contexto histórico Segundo histórico disponível pelo próprio CFMV (Conselho Federal de Medicina
Veterinária), o início da história contemplando a medicina veterinária vem com o homem primitivo
serviam de força de trabalho, meio de transporte e fonte de matéria-prima, assim foram domesticados também: Bovídeos, suínos, caprinos e equídeos. (DRESSEL, 2015)
domesticando animais. Além disso, o mesmo afirma que os primeiros métodos de diagnóstico,
Domesticados por volta de 6 mil anos atrás, os cavalos foram
tratamento e prognóstico tiveram início por volta de 4.000 anos a.C., de acordo com o Papiro de
responsáveis pela miscigenação e inteiração entre povos, sendo
Kahoun, descoberto no Egito, em 1890. Para alguns historiadores, esse é considerado o primeiro
fundamental para a dispersão das diferentes línguas e culturas além de agilizar o processo de exploração do espaço como um todo.
tratado de veterinária. Os códigos de Eshn Unna (1900 a.C.) e de Hammurabi (1700 a.C.),
Analisando toda a história da humanidade é difícil pensar em um
ambos da Babilônia, também já mencionavam a remuneração e as responsabilidades atribuídas
mamífero que causou tanto impacto como o cavalo. Isso porque
aos “médicos dos animais”.
nenhum outro animal apresenta a combinação perfeita de tamanho,
“Nas tribos primitivas, os cuidados médicos eram ministrados pelos feiticeiros, pastores ou
força, rapidez e facilidade em domesticação. Por seis mil anos o
sacerdotes, os quais, geralmente, eram os mais velhos do grupo” (GERMINIANI, apud DRESSEL,
cavalo foi o transporte principal das conquistas de grandes Impérios.
2015, p.2).
Ajudaram Roma a se expandir da Britânia até o norte da África e o Império Persa a se expandir para 12,4 milhões de quilômetros
Através de desenhos encontrados em cavernas (madeira, osso e pedra), conhecidos também
quadrados. (DRESSEL, 2015)
como “desenhos rupestres” (figura 01) é possível notar a aproximação e zelo do homem com o Assim é possível observar que sempre houve uma ligação entre o homem e o animal,
animal. Apesar de naquela época alguns servirem como instrumento de caça, os mesmos sempre
principalmente pela facilidade que os bichos traziam as rotinas domésticas. Com isso observou-se a
eram exaltados em suas artes.
necessidade de cuidar destes animais, para que eles tivessem uma vida longínqua e auxiliasse mais as Figura 01: Desenho rupestre representando animais e sua aproximação com o ser humano.
famílias, obtendo-se então a medicina veterinária. 2.1.1
Histórico Mundial Na Europa houve os primeiros manifestos em relação à medicina veterinária em meados
do séc. VI a.C. na Grécia onde em algumas cidades gregas haviam cargos públicos para os que praticavam
a
cura
dos
animais,
esses
profissionais
eram
chamados
de hipiatras ou hippiatros. Eles tratavam de cavalos e também de outras espécies domésticas. (CFMV, 2013) Na Roma as pessoas que tinham a prática de cuidar dos animais eram nomeadas como “medicus veterinários” e a medicina de animais era a “ars veterinária”. (CFMV, 2013) Além disso, no século IV depois de Cristo, na Espanha, foram estabelecidos os princípios fundamentais de uma Fonte: DRESSEL, 2015.
Medicina animal racional que geraram a criação do "Tribunal
Os primeiros animais a serem considerados domesticados foram as ovelhas por
de Proto-albeiterado", pelos reis Fernando e Isabel, no qual
produzirem matéria prima (lã), além do leite e da própria carne que os beneficiava na época.
eram examinados os candidatos ao cargo de "albeitar". Essa
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P á g i n a | 17 denominação deriva do mais famoso Médico de animais
No início do século XIX a Côrte portuguesa veio ao Brasil trazendo significativas
espanhol, cujo nome de origem árabe era "EB-EBB-
modificações. Do ponto de vista de ensino, foi de suma importância a assinatura do ato de criação da
BEITHAR". Na língua portuguesa, o termo foi traduzido para
Faculdade de Medicina da Bahia, em 18 de fevereiro de 1808. (GERMINIANI, 1998) O local
"alveitar", sendo usado em 1810 para designar os veterinários práticos de a cavalaria militar do Brasil Colônia. (CFMV,
escolhido para sediar esta era o Colégio dos Jesuítas no Terreiro de Jesus, onde atualmente se encontra o Memorial da Medicina, local de referência para fontes de pesquisa e conhecimento.
2013)
A medicina veterinária teve sua solidificação oficializada somente no século XVIII, mais especificadamente em 04 de agosto de 1761, na França, onde o reinado da época, Luís XV, assinou um decreto do Conselho de Estado estabelecendo as condições para a criação da primeira escola de veterinária do mundo. A Escola para as Doenças de Animais (École pour les Maladies des Bestiaux) foi criada na cidade de Lyon – França por um advogado chamado Claude Bourgelat. A mesma teve seu início devido a um surto de peste bovina que estava prejudicando a cidade, e assim teve-se que tomar medidas cabíveis para haver um resultado eficaz. (CFMV; AMS; PASQUALIN)
A concretização inicial da medicina veterinária como profissão e ramo científico só veio a ocorrer no início do século XX, isso devido as condições precárias de salubridade e numerosas as mortes geradas pela doença mormo que afetava os cavalos e automaticamente os humanos que tinham contato com os mesmos. Na época, a utilização de equinos era grande, tanto em setores agrícolas quanto em meio de transporte e utilização pelo exército, devido a este o problema se alastrou de maneira rápida e em grandes proporções. Doutor João Moniz Barreto de Aragão, médico militar sanitarista, e outros oficiais da área de saúde mostraram às autoridades do governo a
Devido ao sucesso gerado por essa escola, outra foi fundada em 1765 no castelo de Alfort,
importância da criação do ensino de medicina veterinária. Após
nos arredores de Paris. Os profissionais que tiveram suas conclusões de curso nesses dois polos de
entendimentos de representantes do governo brasileiro com o Instituto
ensino veterinário foram responsáveis pela criação do ensino de veterinária em diferentes países da
Pasteur em Paris, vieram ao Brasil veterinários do exército francês que
Europa.(AMS; PASQUALIN, 2011)
trabalharam no combate ao mormo e na organização de sistemas de
Posteriormente o conhecimento adquirido por estes profissionais foi se expandindo e levado aos demais continentes.
defesa sanitária. (GERMINIANI, 1998)
A partir disso houve a criação das duas primeiras instituições de ensino voltadas ao ramo veterinário, sob o regime republicano. Estas instituições foram: a Escola de Veterinária do Exército
2.1.2
Histórico Nacional Quando o Brasil foi descoberto, os portugueses não tinham intenção de investir na expansão
cultural local já que seu enfoque era na extração de minério existente. Por isso, somente em 1663, através dos jesuítas, a Câmara Municipal da cidade de Salvador encaminhava à Côrte pedido de autorização para a criação de uma Universidade, nos moldes da existente em Évora. (GERMINIANI, 1998) Este pedido não foi deferido na época pela mesma e, no início do século XVIII novamente foi feito o pedido que pela segunda vez foi negado. No final do século XVIII, os inconfidentes incluíram a criação de uma Universidade nos planos propostos para o desenvolvimento brasileiro. Entre os conjurados de Minas, havia exestudantes de Universidades inglesas, de Coimbra e da França. Um destes estudantes de Montpellier
(figura 02), pelo Dec. nº 2.232, de 06 de janeiro de 1910 e a Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, através do Dec. nº 8.919 de 20/10/1910 (implantada em 04/07/1913), ambas na cidade do Rio de Janeiro. (DRESSEL, 2015) Em outubro desse mesmo ano, o presidente Nilo Procópio Peçanha (1867-1924), em apoio ao Ministro da Agricultura, Rodolpho Nogueira da Rocha Miranda (1862-1943), criou e aprovou a regulamentação do Serviço de Veterinária, por meio do Decreto nº 8.331, disciplinando as ações em todo o território nacional, nas fronteiras do país e nos portos por onde se importava ou exportava gado. O decreto também discorre sobre as exigências para o provimento de cargos, determinando que as vagas de médicos
teria lançado a hipótese de se criar uma Escola de Veterinária, com base no sucesso que vinham obtendo as Escolas de Lyon (1762) e de Alfort (1765), criadas por Claude Bourgelat. (GERMINIANI, 1998)
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veterinários só poderiam ser exercidas por profissionais, brasileiros ou estrangeiros, diplomados em escola superior de veterinária. (CFMV, 2013)
P á g i n a | 18
Figura 02: Prédio onde foi implantada a Escola de Veterinária do Exército, localizada no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.
Figura 03: Prédio onde foi implantada a Faculdade de Medicina Veterinária de Olinda (PE).
Fonte: MELO , 2010.
Fonte: NEVES, 2013.
Figura 04: Prédio onde foi implantado o primeiro hospital veterinário do país, localizado em Olinda (PE).
Saindo da cidade do Rio de Janeiro, a primeira faculdade de medicina veterinária foi implantada em Olinda/PE (figura 03 e 04), simultaneamente com as outras duas citadas. A mesma tinha como objetivo os estudo sobre agropecuária de maneira extensiva. A escola de São Bento construiu também o primeiro hospital veterinário do país, em 1913. Além disso, embora tenha sido criada depois das escolas do Rio de Janeiro, foi a primeira a formar um médico veterinário, que viria a ser o primeiro do Brasil. O então farmacêutico Dionysio Meilli, formado pela Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia. (CFMV, 2013)
Fonte: MELO, 2010.
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P á g i n a | 19 Como ocorreu na Europa, a partir da instalação destas três sedes a cede pelo conhecimento veterinário foi se expandindo para todo o país, através dos grupos de formandos que se uniam e fundavam novas escolas. A partir da década de 70, o crescimento neste ramo foi de grande significância para o país, atualmente já passamos de uma centena de unidades dedicadas exclusivamente a este ramo em território nacional. (AMS; PASQUALIN, 2011
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3. Referencial cultural entre o homem e o animal
P á g i n a | 21
Com o tempo a interação entre os homens e os animais passou de ser compromissada apenas
tal, necessitar do convívio social. Mais do que isso, o ser humano social necessita do contato, do
pelo auxilio diário nos afazeres e começou a ganhar força no sentido afetivo, o que antes era um cão
toque. (SAVALLI apud et al ODILE, 2016) Relacionamentos sociais de qualidade podem promover
pastoreio que auxiliava o homem a guiar o gado posteriormente era o companheiro fiel que protegia
a saúde, assim como a falta deles pode produzir estresse. O custo da solidão e do isolamento social
seu dono e vice versa. O ser humano intuitivamente entendeu que o animal ocupava um muito mais
pode ser alto e refletir na saúde e qualidade de vida do ser humano.
que um cargo, o mesmo já estava entranhado nas relações familiares. 2.2
Relação homem x animal e seus benefícios
Segundo ODILE (2016) uma recente revisão aponta para mais de 100 estudos científicos feitos sobre os períodos de 1980 a 2007, incluindo estudos descritivos, levantamentos epidemiológicos, entrevistas e estudos experimentais controlados os efeitos que a interação com um
A importância dos animais de estimação na vida do ser humano se retrata desde 10 mil anos atrás. “Canis familiaris” é a espécie que mais preenche as necessidades dos seres humanos, antes mesmo dos animais de produção. (ELUL; MARCHIAFAVA, 1964 apud GARCIA et al, 2008, p. 106). Contudo, observa-se nas sociedades modernas, principalmente nos grandes centros urbanos,
animal de estimação pode acarretar para o bem-estar e a qualidade de vida do ser humano foca em vários aspectos: fisiológicos, físicos, comportamentais e psicossociais. Há também estudos que focam diretamente nos benefícios de um animal como um agente terapêutico para diferentes populações em condições vulneráveis de saúde física ou mental.
uma sensível mudança nos padrões demográficos (com redução da taxa de fertilidade) e de moradia (com a crescente verticalização das habitações e redução do seu tamanho). Estas mudanças levam a
FRIEDMAN (1990) foi um dos pioneiros no estudo dos efeitos da interação homem-animal
alterações no comportamento das famílias com relação a seus animais de estimação e, ao mesmo
sobre parâmetros fisiológicos e saúde cardiovascular humana (et al PICCININ, 2008), sendo que os
tempo, no papel dos mesmos para as famílias. (IBGE; PORTILHO, 2007)
resultados de diferentes estudos demonstraram que a TAA – Terapia Assistida por Animais – pode promover a saúde física através de três mecanismos básicos que incluem sensação de bem-estar,
A presença dos animais domésticos é universal; eles se encontram presentes nas mais diversas famílias pelo mundo e são considerados parte da família. Além disso, acredita-se que o cão esteja especialmente preparado para perceber e interpretar sinais comunicativos do ser humano e para se comunicar com ele usando seu repertório natural de comportamentos, além de comportamentos possivelmente desenvolvidos ao longo de sua história evolutiva compartilhada com as pessoas. (SAVALLI apud et al ODILE, 2016). Além disso, o senso comum afirma que a ligação entre humanos e animais tem sintomas terapêuticos, isso se deve ao longo da história onde houve um
diminuição do estado de dor, encorajamento das funções motoras e da fala, mudanças na rotina, redução da tendência ao isolamento, estímulo de troca de informações com outras pessoas, aumento da sensação de segurança, motivação e troca de afeto. A TAA pode ser realizada em todos os tipos de faixas etárias e para diversos tratamentos como: Desenvolvimento psicomotor e sensorial; no tratamento de distúrbios físicos, mentais e emocionais; em programas destinados a melhorar a capacidade de socialização; ou na recuperação da auto-estima. (FRIEDMAN, 1990 apud et al PICCININ, 2008)
processo de domesticação do animal, o cão e o ser humano tornaram-se tolerantes um com o outro para conviver de forma harmoniosa, assim desenvolveram habilidades para compreender um ao
O tratamento de TAA deve ser contínuo e este aspecto não pode ser negligenciado, pois o
outro. Ambos os animais – cães e gatos – olham nos olhos dos seres humanos, compreendem seus
impacto negativo da interrupção do tratamento pode resultar em problemas emocionais preocupantes,
gestos corporais e possuem um grande repertório de comportamentos naturais selecionados para
principalmente em crianças e idosos. É preciso considerar situações como a manutenção de recursos
transmitir suas mensagens para o ser humano, que, por sua vez, também aprendeu a interpretar esses
financeiros para o programa e evitar que a relação homem-animal tenha caráter de exclusividade,
sinais as mesmas regras acústicas que usamos para o reconhecimento das emoções nos outros seres
posse ou dependência. É importante lembrar que a perda do animal remete a sentimentos dolorosos,
humanos são também usadas para o reconhecimento das emoções nos animais, a partir de suas
difíceis de serem resolvidos pelos pacientes (McGUIRK, 2005 apud et al PICCINI, 2008).
vocalizações e gesticulações bem características (SAVALLI apud et al ODILE, 2016)
No Brasil existem alguns locais que já adotam este tipo de terapia, um exemplo é o da médica
Muitos dos potenciais benefícios que a interação com um animal de estimação pode
veterinária e psicóloga Hannelore Fuchs que coordena um importante projeto de TAA em São Paulo,
proporcionar podem ser justificados pelo simples fato de o ser humano ser um animal social e, como
denominado “Pet Smile”, há quase dez anos. Tendo fundado a Abrazoo (Associação Brasileira de
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P á g i n a | 22 Zooterapia) essa profissional, com a ajuda de voluntários tem atuado no sentido de proporcionar uma
Devido a estes processos é comprovado que o animal tem influência curativa sobre os
interação dos animais (cães, gatos, coelhos) com crianças e adolescentes de hospitais ou instituições.
humanos, e por isto tende a necessidade de levar as famílias uma chance maior de poder obter estes
Há bons profissionais da área da saúde que se interessam pelo tema, mas não têm conhecimento
animais domesticados em suas residências. Atualmente, devido à ausência de informação,
sobre os animais. Por outro lado, há profissionais da medicina veterinária que conhecem bem o
aculturação e leis rigorosas sobre a proteção animal, famílias adotam e/ou compram estes animais e,
animal, mas sabem pouco sobre os seres humanos (JULIANO 2007 apud et al PICCINI, 2008).
por questões financeiras ou morais, os abandonam nas ruas acarretando problemas urbanos e
Um exemplo do efeito causado pelos animais no auxílio da saúde do homem dá-se pela pesquisa realizada por FRIEDMAN (1990) em 92 pacientes por um ano após um evento coronariano (infarto ou angina severa) e mostrou que tutores de animais de estimação apresentaram uma sobrevida estatisticamente maior do que os não tutores. Entre os pacientes não tutores de cães, 28,2% morreram no ano que se seguiu após a internação decorrente do evento coronariano, con-tra somente 5,7% entre os tutores de cães. Esse estudo foi replicado mais tarde com outros controles e uma amostra maior (Cardiac Arrhythmia Suppression Trial, CAST). Para 369 pacientes, o resultado se manteve . A chance de sobrevida um ano após o evento coronariano, assim como no primeiro estudo, foi significativamente maior (gráfico 01) para pacientes tutores de cães do que para pacientes não tutores.
salubres. É necessário que estas entendam a importância do animal em sua vida pessoal e também informações sobre cuidados e responsabilidades que estes geram. 2.3
Animais em situação de rua Ao abordar esta temática, previamente deve ser tratada a questão das pessoas que cometem o
crime de abandono e/ou os submetem a maus-tratos (os chamados proprietários irresponsáveis e/ou não assumidos), pois estas pessoas, em última instância, também contribuem com a situação critica que vemos hoje em nossos centros urbanos (Oliveira et al, 2008). Existe um fenômeno em nossas comunidades urbanas que, embora não seja inteiramente novo, é tão exacerbado que começa a atrair a atenção até dos mais desavisados: A manutenção inadequada de animais em situação de rua – principalmente gatos e cães, que são sistematicamente abandonados por proprietários
Gráfico 01: Resultados da pesquisa de vitalidade após infarto.
irresponsáveis. em vias públicas e escritórios, grandes empresas e áreas comunitárias, assim os mesmo seguem ali "vivendo" com o consentimento dos proprietários autônomos, se reproduzindo nas vias e criando superpopulações desconfortáveis. Esses animais migrantes agem como portadores (involuntários, mas de modo algum menos causais) de contaminação, poluição ambiental e, acima de tudo, doenças que ameaçam a saúde pública, os chamados Zoonoses. (Oliveira et al, 2008) A superpopulação de cães e gatos errantes, mais do que quaisquer outras espécies animais, é um problema vivido por muitos centros urbanos em todo o mundo; na maioria dos casos, o triste destino desses animais é a eutanásia. (Oliveira et al, 2008)
Fonte: FRIEDMAN, 1990).
No Brasil, apesar dos poucos estudos realizados sobre o tema, a utilização de animais na terapia e o interesse da prática por profissionais de saúde têm aumentado, no entanto, a falta de regulamentação da prática limita a sua aplicação em alguns ambientes, como clínicas e hospitais. Sobre este assunto, o Projeto de Lei N° 4.455 de 2012 (BRASIL, 2012a), dispõe sobre o uso da TAA nos hospitais públicos, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde – SUS e, o Projeto de Lei N° 264 de 2012 (BRASIL, 2012b), dispõe sobre a prática da Equoterapia.
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Sendo que, para obter uma melhora desta situação atual, é necessária uma intervenção de políticas públicas. Porém, ainda é possível a atuação, através da arquitetura, para auxiliar este quadro e dar uma oportunidade de vida mais sadia e longínqua para os animais em situação de abandono. Animais que se encontram vagando por vias urbanas tende a ser algo rotineiro e por vezes passam batido sobre os nossos olhares, mas a realidade é que segundo dados da Associação Mundial de Veterinária estima-se que haja cerca de 200 milhões de cães abandonados no mundo, e destes, 30
P á g i n a | 23 milhões apenas no Brasil (gráfico 02), ou seja, 15% do total mundial fica situado apenas em nosso
representações e funções que os animais de companhia representam em nossas comunidades urbanas
país.
lationamericanas. Gráfico 02: Situação de animais em situação de rua
Outro agravante considerável no âmbito municipal são os maus tratos cometidos a cães e
250.000.000 200.000.000
gatos, o que circula entre jornais da cidade diariamente são notícias lúgubres onde animais são 200.000.000
violentamente agredidos. O próprio Domingos Galante – Protetor de Animais – testemunha em suas redes sociais os resgates que faz, em um de seus relatos ao jornalista João Brum (2019) diz: “Estamos
150.000.000 Animais em situação de rua
100.000.000 30.000.000
50.000.000
tendo muitos casos de agressão. Há cerca de 15 dias, deram um tiro de chumbinho em uma cadela e outra foi cortada com facão, no Duarte da Silveira. O que atrapalha é a impunidade. O homem que matou dois gatos há alguns meses, por exemplo, não sofreu consequências, além da exposição na
0 Escala mundial
Escala nacional Fonte: Acervo da autora embasado nos dados da AMV.
mídia. Ele pagou cesta básica e ficou por isso mesmo - completou Domingos.” Somente no primeiro semestre deste ano a Coordenadoria de Bem-estar Animal (Cobea)
No município de Petrópolis há um levantamento feito pela COBEA – Conselho do Bem Estar
atendeu 307 vistorias - entre fiscalização preventiva, orientação e denúncias de maus tratos (BRUM,
Animal – onde os animais em situação de rua amparados pela comunidade/ONGs chegam aos 1.000
2019). Os casos mais comuns são os de abandono de animais. Após uma visita da equipe da
(entre caninos e felinos), mas o número exato de animais abandonados não é encontrado em fontes municipais. Apesar disso a situação é facilmente percebida ao andar pelas vias da cidade.
fiscalização, os responsáveis pelos animais são orientados sobre quais as medidas devem ser adotadas. Caso não cumpram com as exigências, podem ser multados de acordo com o crime cometido. A retirada do animal só acontece nos casos mais graves, com o apoio da Justiça.
Por se tratar de animais em situação de rua o risco de zoonoses é incontrovertível, por isso no Brasil, a carta São José dos Pinhais, redigida pelos participantes do VII Curso de Formação de Oficiais de Controle Animal e Publicada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV, 2006 apud et al. MOLENTO, 2007), reconhece que é necessária uma mudança nas estratégias para o controle populacional de animais no Brasil e que cães de rua esterilizados, vacinados e desverminados oferecem à comunidade uma barreira reprodutiva e sanitária. (MOLENTO, 2007)
Para salientar ainda mais a questão salubre da sociedade, vê-se a necessidade de ter um suporte hospitalar para animais dentro do município de Petrópolis. Não somente em estrutura – por na localidade não dispor de nenhum ambiente com tamanho porte, mas também visando a questão pública e de direito as famílias. Os benefícios de um animal são de importante magnitude, porém parte da população não consegue ter ou desiste e abandona devido aos gastos. Com um hospital veterinário público a cidade conseguirá resolver parte do problema salubre urbano e das famílias que podem adotar animais por ter seus gastos reduzidos com este.
A discussão ética no controle das populações de cães e gatos acontece num período transacional na saúde pública veterinária, focando esses animais não apenas como potenciais zoonóticos, mas sim, como integrantes das famílias e comunidades, e com valor intrínseco agregado (GARCIA, 2006 apud et al GARCIA, 2008). Os cães e gatos são agentes que interferem na promoção da saúde, assim como visto no tópico anterior, dependendo da guarda responsável e das políticas públicas implantadas, seja para a estabilização dessas populações e prevenção das zoonoses e demais agravos que esses animais possam produzir ao individuo e coletividade, seja para o bem-estar dos próprios animais. Neste sentido, Maldonado (2005 apud et al GARCIA 2008) afirma que os aspectos etnoveterinários tem grande importância, especialmente quando nos referimos aos imaginários,
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4. Estrutura hospitalar veterinária
P á g i n a | 25
3.1 3.1.1
Título II. Dos estabelecimentos médico-veterinários:
Hospital veterinário Definição
Art. 3º Ambulatórios Veterinários são as dependências de
Os hospitais veterinários possuem ampla infraestrutura para receber os pacientes. Esses locais
estabelecimentos (...) onde são atendidos os animais pertencentes
são compostos por veterinários com diversas especialidades, o que permite desenvolver uma ampla
exclusivamente ao respectivo estabelecimento para exame clínico,
variedade de cuidados. Além disso, o local mantém atendimento 24hrs, possuindo transporte de
realização de procedimentos ambulatoriais e vacinação.
locomoção para os pacientes, e alta qualidade em seu atendimento contando com profissionais
(...)
especializados. Art. 5º Consultórios Veterinários são estabelecimentos de Conforme o Conselho Federal de Medicina Veterinária – CFMV – Conceitua e estabelece
propriedade de médico-veterinário ou de pessoa jurídica
condições para o funcionamento de estabelecimentos médico veterinários de atendimento a pequenos
destinados ao ato básico de consulta clínica, de realização de
animais e dá outras providências, segundo a resolução nº 1275 de 25 de junho de 2019 (atualmente
procedimentos ambulatoriais e de vacinação de animais.
suprindo a resolução 1015/12), define-se: Título I. Das disposições preliminares: (...) Art.
1º
O
funcionamento
de
estabelecimentos
médico-
veterinários, as instalações e os equipamentos necessários aos atendimentos realizados ficam subordinados às condições e especificações da presente Resolução e dos demais dispositivos legais pertinentes.
Art. 8º Clínicas Veterinárias são estabelecimentos destinados ao atendimento de animais para consultas, tratamentos clínicoambulatoriais, podendo ou não realizar cirurgia e internação, sob a responsabilidade técnica, supervisão e presença de médicoveterinário durante todo o período previsto para o atendimento ao
Art. 2º Para os fins desta Resolução considera-se:
público e/ou internação.
I - animais de estimação de pequeno porte: todas as raças de cães
(...)
e gatos, pequenos mamíferos, aves e répteis considerados como animais de companhia.
Art. 10º Hospitais Veterinários são estabelecimentos destinados ao atendimento de animais para consultas, tratamentos clínico-
II - procedimentos ambulatoriais: intervenções de baixa
ambulatoriais, exames diagnósticos, cirurgias e internações, com
complexidade, que não necessitam de anestesia geral, podendo ser
atendimento ao público em período integral (24 horas), sob a
realizados sob contenção ou sedação. Por exemplo: curativos,
responsabilidade técnica, supervisão e a presença permanente de
aplicação de medicação, suturas superficiais de pele, coleta de
médico-veterinário.
material biológico, anestesia local, fluidoterapia. Através disto, assegura-se o diferencial do hospital veterinário público para clinicas e demais
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III - estabelecimentos médico-veterinários: unidades onde são
unidades em menor porte. O local em questão tem a obrigatoriedade de auxiliar de maneira ampla na
realizados quaisquer tipos de intervenção médico-veterinária.
saúde e bem estar do animal, trazendo uma infraestrutura que se adeque a necessidade do paciente.
P á g i n a | 26 3.1.2
Legislação Anterior ao projeto é necessário o conhecimento da legislação que aborda a temática em si.
Para este, é abordada não somente a resolução 1275/2019 do CFMV, mas também apontamentos
13- O estabelecimento deve elaborar e implementar os Procedimentos Operacionais Padrão – POPs, contemplando todas as atividades executadas, os quais deverão estar à disposição dos profissionais e autoridades sanitárias.
feitos pela ANVISA no Guia de Referência Técnica para o Funcionamento dos Serviços Veterinários, pois mesmo não tendo um valor legal o mesmo oferece uma diretriz para proporcionar um ambiente melhor adequado aos serviços prestados. Em relação aos aspectos gerais analisados pela ANVISA em vistoria ao local, é necessário o cumprimento dos seguintes itens: 1- A iluminação e ventilação de cada ambiente devem estar de acordo com a dimensão e uso, respeitando-se as disposições legais vigentes (RDC Nº 50/02 e NBR 7256 da ABNT);
Além disso, o mesmo artigo cita como deve ser feita a instalação de armazenamento d’água, além do descarte de resíduos conforme ABNT NBR 7500 que são divididos em quatro grupos: Químicos, infectantes, rejeitos radioativos, resíduos perfurocortantes. Entretanto, fica a cargo do Conselho Federal de Medicina Veterinária a fiscalização dos profissionais e das estruturas de trabalho, por isso o documento liberado pela ANVISA firma apenas o comprometimento da mesma para com a fiscalização da saúde atuante nas leis vigentes.
2- Ambientes providos de ar condicionado devem obedecer à legislação vigente (Portaria
Diferentemente dos hospitais convencionais (humanos), os hospitais veterinários não
GB/MS Nº 3523/98; RDC Nº 50/02 e NBR 7256 da ABNT) quanto ao funcionamento,
possuem um programa de necessidades definido, porém na resolução 1275/2019 é possível verificar
manutenção e limpeza;
algumas obrigatoriedades nestes ambientes a serem projetados de acordo com o artigo 11,
3- Todas as áreas devem possuir teto, piso e paredes revestidas de material liso,
disponíveis nas páginas 5-7:
impermeável, resistente à desinfecção, de cor clara e em bom estado de higiene e
I - ambiente de recepção e espera;
conservação (sem resíduos, sujeira e íntegros);
II - arquivo médico físico ou informatizado;
4- O mobiliário deve ser de material impermeável, resistente à desinfecção e estar em bom estado de higiene e conservação (sem resíduos, sujeira e íntegros);
III - recinto sanitário para uso do público, podendo ser considerados aqueles que integram um Condomínio ou Centro Comercial, onde já existam banheiros públicos compartilhados, ou,
5- As lixeiras devem dispor de tampa com acionamento por pedal, providas de saco plástico;
ainda, quando integrar uma mesma estrutura física compartilhada com estabelecimentos
6- Um ambiente técnico não deve servir de corredor para acesso a outro;
médico-veterinários;
7- Os lavatórios destinados a higienização das mãos devem ser providos de dispensadores de
IV - balança para pesagem dos animais;
sabonete líquido, papeleira com papel toalha não reciclado;
V - sala de atendimento contendo:
8- Não se deve fazer uso de ventiladores e similares em áreas técnicas;
a) mesa impermeável para atendimento;
9- Os acessos aos ambientes e áreas técnicas devem ser cobertos;
b) pia de higienização;
10- Os ralos devem ser sifonados, possuir tampas escamoteáveis e dimensão adequada para o
c) unidade de refrigeração exclusiva de vacinas, antígenos, medicamentos e outros
eficiente escoamento das águas de lavagem; 11- Havendo concomitância das atividades de comércio e/ou banho e tosa e/ou pet shop, recomenda-se que seja garantido o acesso independente e exclusivo para a área de atendimento médico-veterinário; 12- A acessibilidade da clientela deve ser garantida, atendendo-se as exigências da legislação específica em vigor para casos de prestação de serviços em sobreloja;
materiais biológicos; d) armário próprio para equipamentos e medicamentos. VI - setor de diagnóstico contendo, no mínimo: a) sala e serviço de radiologia veterinária de acordo com a legislação vigente, sob a responsabilidade técnica de médico-veterinário; b) equipamentos e serviços de ultrassonografia veterinária; c) equipamentos e serviços de eletrocardiografia veterinária;
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P á g i n a | 27 d) equipamentos laboratoriais básicos para
atendimento de
emergência que
e) armário para guarda de medicamentos e materiais descartáveis necessários ao seu
compreendam, no mínimo, centrífuga de micro-hematócrito, refratômetro, glicosímetro,
funcionamento;
lactímetro, microscópio e fitas de urinálise.
f) sistema de aquecimento para o paciente;
VII - setor cirúrgico dispondo de: a) ambiente para preparo do paciente contendo mesa impermeável;
g) sala de isolamento exclusiva para internação de doenças infectocontagiosas; IX - setor de sustentação contendo:
b) ambiente de recuperação do paciente contendo:
a) lavanderia, que pode ser suprimida quando o estabelecimento utilizar a terceirização
1. provisão de oxigênio;
deste serviço, que deve ser comprovado através de contrato/ convênio com empresa
2. sistema de aquecimento para o paciente.
executora;
c) ambiente de antissepsia e paramentação, imediatamente adjacente à sala de cirurgia,
b) depósito de material de limpeza/almoxarifado;
com pia, dispositivo dispensador de detergente e torneira acionáveis por foto sensor, ou
c) ambiente para descanso e de alimentação do médico-veterinário e funcionários;
através do cotovelo, joelho ou pé;
d) sanitários/vestiários compatíveis com o número de usuários;
d) sala de lavagem e esterilização de materiais, contendo equipamentos para lavagem,
e) local de estocagem de medicamentos e materiais de consumo;
secagem e esterilização de materiais por autoclavagem, com as devidas barreiras físicas;
f) unidade refrigerada exclusiva para conservação de animais mortos e resíduos
e) sala de Cirurgia contendo:
biológicos.
1. mesa cirúrgica impermeável; 2. equipamentos para anestesia; 3. sistema de iluminação emergencial própria;
§1º A recuperação dos pacientes poderá ocorrer em ambiente próprio, no ambiente cirúrgico ou na sala de internação. §2º A sala de lavagem e esterilização de materiais pode ser suprimida quando o
4. foco cirúrgico;
estabelecimento terceirizar estes serviços, comprovada pela apresentação de contrato/convênio com a
5. instrumental para cirurgia em qualidade e quantidade
empresa prestadora dos serviços terceirizados.
6. mesa auxiliar; 7. paredes e pisos de fácil higienização, observada a legislação sanitária pertinente; 8. provisão de oxigênio;
Neste sentido, a resolução 1275/2019 serve como um norteador para a elaboração do programa de necessidades, levando em consideração a pré setorização em nove ambientes, com alguns equipamentos já definidos.
9. sistema de aquecimento para o paciente; 10. equipamentos para intubação e suporte ventilatório; 11. equipamentos de monitoração que forneçam, no mínimo, os seguintes
Para melhor compreensão, segue quadro síntese sobre a resolução: Tabela 01: Síntese da resolução 1275/2019 do CFMV.
parâmetros: temperatura, oximetria, pressão arterial e frequência cardíaca. SÍNTESE DA RESOLUÇÃO 1275/2019
VIII - setor de internação contendo: a) mesa impermeável;
SETOR
AMBIENTE
MOBILIÁRIOS OBRIGATÓRIOS
Recepção e espera.
-
b) pia de higienização; c) ambiente para higienização do paciente com disponibilização de água corrente; d) baias, boxes ou outras acomodações individuais compatíveis com os pacientes a serem internados, de fácil higienização, obedecidas as normas sanitárias vigentes;
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Setor preliminar
Arquivo médico físico ou informatizado.
-
P á g i n a | 28 Recinto sanitário para uso do público. Balança para pesagem dos animais.
que forneçam, no mínimo, os seguintes
-
parâmetros: temperatura, oximetria, pressão arterial e frequência cardíaca.
-
Equipamentos e serviços de ultrassonografia veterinária; equipamentos
Mesa impermeável para atendimento; pia Sala e serviço de radiologia
e serviços de eletrocardiografia veterinária;
veterinária de acordo com a
equipamentos laboratoriais básicos para
legislação vigente, sob a
atendimento de emergência que
biológicos; armário próprio para
responsabilidade técnica de
compreendam, no mínimo, centrífuga de
equipamentos e medicamentos.
médico-veterinário.
micro-hematócrito, refratômetro,
de higienização; unidade de refrigeração Sala de atendimento.
Ambiente para preparo do paciente.
exclusiva de vacinas, antígenos, medicamentos e outros materiais
Setor de diagnóstico
glicosímetro, lactímetro, microscópio e Mesa impermeável.
fitas de urinálise.
Ambiente de recuperação do
Provisão de oxigênio; sistema de
Baias, boxes ou outras
paciente.
aquecimento para o paciente.
acomodações individuais
Ambiente de antissepsia e
Pia, dispositivo dispensador de detergente
compatíveis com os pacientes
paramentação, imediatamente
e torneira acionáveis por foto sensor, ou
a serem internados, de fácil
adjacente à sala de cirurgia.
através do cotovelo, joelho ou pé.
higienização, obedecidas as
Equipamentos para lavagem, secagem e
Setor de internação
normas sanitárias vigentes.
Sala de lavagem e
esterilização de materiais por
Sala de isolamento exclusiva
esterilização de materiais.
autoclavagem, com as devidas barreiras
para internação de doenças
Setor
físicas.
infectocontagiosas.
cirúrgico
Mesa cirúrgica impermeável;
Ambiente para higienização
equipamentos para anestesia; sistema de
do paciente.
iluminação emergencial própria; foco
Lavanderia.
cirúrgico; instrumental para cirurgia em
Depósito de material de
qualidade e quantidade; mesa auxiliar;
limpeza/almoxarifado.
Sala de Cirurgia.
paredes e pisos de fácil higienização, observada a legislação sanitária pertinente; provisão de oxigênio; sistema de
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Setor de sustentação
Mesa impermeável pia de higienização armário para guarda de medicamentos e materiais descartáveis necessários ao seu funcionamento; sistema de aquecimento para o paciente.
-
Ambiente para descanso e de alimentação do médico-
-
veterinário e funcionários
aquecimento para o paciente;
Sanitários/vestiários
equipamentos para intubação e suporte
compatíveis com o número de
ventilatório; equipamentos de monitoração
usuários;
-
P á g i n a | 29 recursos humanos. É um conceito introduzido no planejamento hospitalar pelo arquiteto
Unidade refrigerada exclusiva para conservação de animais
Jarbas Karman;
-
mortos e resíduos biológicos.
7. Tipologia da internação: Forma, custos, planos horizontais, planos verticais, espaços
Local de estocagem de
intersticiais, circulação, apartamentos ou enfermarias, número de leitos a serem implantados
medicamentos e materiais de
no geral e em cada unidade, espaços de apoio.
-
consumo; Para atender as especificidades desse tipo de projeto, o planejamento arquitetônico do edifício hospitalar deve ser capaz de corresponder às funções determinadas pelo setor, bem como contribuir 3.1.3
Estrutura “O hospital é um dos programas mais complexos a ser atendido pela composição
arquitetônica. É um edifício multifacetado, onde interagem relações diversas de alta tecnologia e
para o desempenho terapêutico, sem causar danos à saúde dos clientes em tratamento, sendo necessário pensar em questões como fluxos, setorização, circulações e flexibilidade (ELIAZALDE e GOMES, 2009)
refinados processos de atuação profissional” Afirma Goés, 2004. Quando se pensado em projetar um hospital veterinário público, o objetivo tende a ser mais
O planejamento de projetos e obras no serviço público parte de decisões políticas e
complexo devido ao fato de ter que pensar em espaços que devem gerar conforto não somente ao
administrativas que ocorrem de maneira ineficaz no Brasil. O estado brasileiro mostra-se incapaz de
homem (como visitante, acompanhante e funcionário) mas ao animal que é o enfoque principal.
formular políticas públicas de planejamento a longo prazo, que contemplem racionalidade e
Devido a isto, os espaços em dimensionamento e composição devem ser pensados de maneira
continuidade nas suas ações.
inabitual. Segundo Ronald de Goés, antes de se pensar em projeto arquitetônico hospitalar, deve-se ser considerado os seguintes aspectos: 1. Programa; 2. Plano diretor (para hospitais existentes e novos); 3. Flexibilidade: conceito de projeto no qual é considerada a dinâmica dos espaços hospitalares, suas constantes ampliações, modificações e adaptações, exigindo uma solução compatível com tal dinâmica; 4. Expansibilidade: conceito de projeto no qual, a partir da morfologia arquitetônica adotada (tipologia) no seu sentido macro já sejam previstas futuras ampliações; 5. Contiguidade: é a forma pela qual a anatomia do edifício hospitalar organiza os percursos, distâncias e relações entre setores, unidades ou departamentos; 6. Valência: conceito que desempenha um papel importante na concepção e na atualização de instituições de saúde. No ordenamento funcional e na aglutinação racional e lógica de componentes afins. Na interação e nos inter-relacionamentos qualitativos e quantitativos, na mais-valia
posicional
e
na
proximal
de
elementos
distância/urgência/prioridade/
necessidade/peculiaridades dependente. Na otimização de fatores, utilização de custo/ benefício, na potencialização de vetores de cor relacionamento funcional de produção e de
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5. Iniciativa pública x
iniciativa privada
P á g i n a | 31
5.1 5.1.1
O COMUPA passa a ser um órgão independente, ao contrário do COBEA que trabalha
Infraestrutura de Petrópolis em relação à saúde animal
subordinado à Secretaria de Serviços, Segurança e Ordem Pública (SSOP), estes por fim, não tem um
Leis e Aplicações
planejamento específico para o controle de zoonoses (enfermidades naturalmente transmissíveis entre No município de Petrópolis as leis em favor dos animais começaram a entrar em vigor há pouco tempo atrás, bem como alguns projetos e secretarias. Por exemplo, atualmente existe o Conselho de Bem-Estar Animal (COBEA) que iniciou suas atividades em 2017 atuando na ocorrência de denúncias contra maus tratos, além dessa, em 30 de agosto de 2019 perante a lei de nº 7.830 foi criado o Conselho Municipal de Proteção e Defesa do Animal – COMUPA – com o
os animais e o homem) representando uma importante ameaça à saúde e ao bem estar da população. As
zoonoses
mais
conhecidas
são
a
raiva,
leishmanioses,
leptospirose,
larva
migrans, toxoplasmose, teníase/cisticercose, sarnas, criptococose, esporotricose e brucelose, estas podem ser transmissíveis de diversas maneiras, desde possíveis arranhões a contatos com o animal ou objetos infectados.
objetivo de o órgão ser encarregado da Política Municipal de Proteção e Defesa dos Animais, vinculado ao Gabinete do Prefeito.
A lei de criação do COMUPA foi sancionada buscando garantir a participação da sociedade Art. 2º – Compete ao Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos
civil na formulação das políticas públicas de proteção e defesa de animais domésticos e silvestres.
Animais do Município de Petrópolis – COMUPA, dentre outras
Nele serão debatidas as campanhas que visam à proteção e defesa animal no município, assim como
atribuições:
as medidas para a conservação da fauna silvestre e a manutenção dos seus ecossistemas.
I – exigir das autoridades e dos órgãos públicos e privados o fiel cumprimento das Leis de proteção animal;
Na primeira reunião realizada em 2020 foi definido que também será criado o Fundo
(...)
Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (FMPDA), com seus recursos voltados para a
VII – auxiliar no desenvolvimento de estudos, debates, projetos,
elaboração de programas e ações indicados pelo conselho. O Fundo será regulamentado por uma
atividades e outros atos relevantes à melhoria das ações de proteção e
resolução expedida pelo próprio conselho em um prazo de 90 dias. Os recursos serão provenientes da
defesa animal no Município de Petrópolis;
aplicação de multas, de doações de organismos nacionais e internacionais - públicas ou privadas - e
(...)
dotações orçamentárias.
XI – promover, individualmente ou em parceria com entidades afins, e a partir também de decisões votadas e aprovadas no Conselho, iniciativas
Além disso, na mesma reunião foi estipulada cadeiras com órgão governamentais e órgãos
e campanhas de promoção de medidas que visem à proteção e defesa
privados para que fosse possível trabalhar em conjunto dentro da proteção animal. As duas cadeiras
animal;
de proteção animal ficaram a cargo de Fernanda Schimel e Andréa da Costa Santos, outras cinco
(...)
cadeiras da sociedade civil também foram definidas: Ongs (GAPA e Dog’s Heaven), Associação de
XIX – discutir medidas de conservação da fauna silvestre, bem como a manutenção dos seus ecossistemas.
Por ser uma lei sancionada há pouco tempo, a mesma ainda está em fase de testes e ajustes,
Moradores, Convention & Visitors Bureau e OAB-RJ. Restam ainda 5 cadeiras para serem definidas após novo chamamento público, totalizando 12 membros privados. Os outros 12 membros ficam à cargo do poder público, fechando o COMUPA com um total de 24 membros.
com isso nada significativo será refletido de imediato na atuação de proteção ao animal. E, além disso, é possível observar que o poder público atualmente se sente envolvido pela atenção e cuidado ao animal, e tendo que contar com clínicas veterinárias (locais particulares) para suprir a demanda municipal.
Todas as leis recentes estabelecidas representam o interesse do município no cuidado com os animais, buscando corrigir um erro social de descaso para com os mesmos. Assim, esta temática trabalhada como trabalho de conclusão de curso apresenta-se em uma vertente viável para a atual situação de interesse público.
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P á g i n a | 32 5.1.2
Iniciativa Privada Historicamente no Brasil as organizações não governamentais desempenharam papel de
fundamental importância na mudança do paradigma do controle populacional de cães e gatos,
entidade e o programa da mesma. Também contam atualmente com a ajuda de uma veterinária que articula os trabalhos com os animais deixando os valores reduzidos. Figura 05: Entrada do abrigo da entidade filantrópica Dog’s Heaven.
promovendo a discussão do controle ético onde os animais de estimação são inseridos no conceito de “coletividade” para o desenvolvimento das ações de promoção da saúde (GARCIA, 2007 et al apud GARCIA, 2008). Devido às leis municipais, em respeito à salubridade animal, serem recentes e estarem passando ainda por processo de adaptação, ocorrem movimentos de iniciativa privada para auxiliá-los neste. Atualmente a cidade conta com pouco mais de 20 (vinte) grupos de proteção entre ONG’s, entidades filantrópicas e outros grupos autônomos de proteção (AGNEW, 2019). Através destes é possível ver um resultado eficaz onde se acolhem um número superior a 1.000 (mil) animais – entre cães e gatos – em situação de rua, destes, grande parte recolhido por abandono e a outra parte por maus tratos. Entre essas, é possível citar duas das instituições com maior porte que são a GAPA (ONG) e a instituição Dog’s Heaven (Entidade Filantrópica) que em somatório já foram resgatados e doados um total de 4.015 animais. A GAPA trabalha com lares temporários onde as mesmas fazem os resgastes dos animais em situação de rua e levam até a casa de voluntários temporariamente até a adoção dos mesmos, auxiliando com o suporte médico e alimentício. A Dog’s Heaven possui um terreno no segundo distrito de Petrópolis (figuras 05 e 06) onde o
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Figura 06: Apartamentos, parte interna do abrigo da entidade filantrópica Dog’s Heaven.
proprietário – arquiteto Guilherme Agnew – abriga atualmente 240 cães sem contar com ajuda do governo. Em visita ao local e conversa com o arquiteto, o mesmo afirma ter complicações com os órgãos públicos para com o auxílio na manutenção do abrigo e cuidado com os animais, por vezes necessitou de recursos e o órgão vigente na época (COBEA) não tinha recursos para auxilia-lo. - “Estava com uma cadela na minha casa com sinal claro de leishmaniose, não podia trazer ela para o abrigo, em ligação para o COBEA relatei que havia uma suspeita de zoonoses e os mesmos afirmaram não ter recursos para me auxiliar. Tive que desembolsar do meu próprio salário o deslocamento da veterinária e os gastos com a cadela. Fiz a função do órgão público, não pela primeira vez e nem pela última.” Afirmou Agnew. A Dog’s Heaven divulga seu trabalho pelas redes sociais e conta com o apoio de doações para manter o abrigo, esta inclusive é a única entidade protetora municipal que possui estrutura para abrigar animais. Ao todo são 64 voluntários (seja para dar banho nos animais, auxiliar nas feiras de adoção, contribuir com suprimentos, fornecer arte para divulgação de eventos, etc.) que auxiliam a
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Fonte: Acervo pessoal da autora.
P á g i n a | 33 O processo de adoção da Dog’s Heaven se dá através de feiras de adoção (figura 07) ou da ida
A também protetora Aline Gallo afirma sobre a dificuldade em conseguir resgatar animais em
ao abrigo (figura 08), pois alguns animais não conseguem o translado até as feiras. A adoção é
situação de rua por ter um alto custo dentre consultas e procedimentos médicos, além das
transcrita em um termo de responsabilidade e uma voluntária fica supervisionando se o animal está
medicações, por isso a mesma divulga o trabalho através de redes sociais e assim consegue auxilio
sendo cuidado da maneira correta periodicamente.
em suas despesas. Os animais que a mesma resgata passam por processo de vacinação, castração e
Figura 07: Feira de adoção.
Figura 08: Tutora adotando filhote.
vermifugação antes de estarem aptos a adoção, após isso os animais são divulgados e, como a Dog’s Heavens, eles também fazem o termo de responsabilidade e vão até a casa dos tutores verificar se o animal se adaptou ao novo lar (BRUM, 2019) Figura 09: Casas feitas e instaladas por protetores para animais de rua.
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Fonte: Domingos Galante.
Além destas entidades, existem grupos autônomos que auxiliam na proteção dos animais em situação de rua, atualmente o grupo que vem se destacando é o “Somos Todos Protetores” onde um
As casinhas são instaladas em pontos estratégicos, como em praças ou ruas onde se tenha um
grupo de amantes de animais une-se para cuidar e resgatar os mesmos do perigo das vias urbanas do
espaço confortável para que as pessoas possam trafegar mesmo após a instalação. Elas são
município. Os mesmos se unem juntamente aos lojistas da cidade e moradores que tenham interesse
chumbadas para evitar furtos e acolchoadas com mantas, cobertores ou papelão para que os animais
para fabricar casas de porte pequeno em madeira (figura 09) para os “cães comunitários” (nome dado
não sintam frio. As mesmas são utilizadas tanto por caninos (figura 10) quanto por felinos (figura
aos animais em situação de rua auxiliados por eles), além de fornecerem roupas e alimentos para os
11).
mesmos.
Figura 10: Utilização pelos caninos.
Figura 11: Utilização pelos caninos.
O protetor Domingos Galante, que também trabalha no grupo referido, estima que, apenas no Centro, cerca de 30 cães sejam "comunitários". Segundo ele, já foram 50 animais, mas alguns morreram e outros foram adotados. Ele conta, também, que as casas instaladas na cidade são padronizadas, resistentes à água e fruto de doações. (BRUM, 2019) “O trabalho das casinhas começou há aproximadamente dois anos, e agora acredito que tenhamos algo em torno de 35 espalhadas pela cidade. As casas são colocadas em locais onde já sabemos que há cães comunitários, e custam R$ 290,00/cada. As doações são essenciais para ajudar estes animais.”, afirma o protetor. Fonte: Domingos Galante.
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Fonte: Domingos Galante.
P á g i n a | 34 Além da questão financeira, outro agravante quando o assunto é proteção aos animais em situação de rua é a relação dos não adeptos a esse movimento, um exemplo apresentado pelo protetor Domingos é o furto das casas dos animais. Pessoas ou até indigentes pegam estes mobiliários para uso próprio (figura 12 e 13) ou para desmontagem e venda do material, assim como o protetor sinaliza em suas redes sociais, estes que possuem locais para pernoitar fornecidos pela própria prefeitura acabam utilizando daqueles que não tem recursos. Figura 12: Utilização inapropriada do mobiliário.
Fonte: Domingos Galante.
Figura 13: Utilização inapropriada do mobiliário.
Fonte: Domingos Galante.
Devido a este aspecto, vê-se a necessidade de interferência pública por meio da arquitetura para auxiliar no resgate destes animais e nos direitos que os mesmos têm.
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6. Referencial projetual
P á g i n a | 36 6.1
Figura 15: Planta Baixa do Hospital Veterinário Constitución.
Estudos de caso indiretos Para melhor embasar o projeto a ser realizado, buscaram-se referências de hospitais
veterinários pelo mundo que possuam estrutura compatível com a idealizada e que assim seja possível compreender de maneira mais ampla as necessidades em meios práticos das rotinas hospitalares. 6.1.1 Hospital veterinário Constitución Ficha Técnica - Arquitetos responsáveis: Dobleese Space & Branding; Área projetual: 450m²; Local: Valência, Espanha; Ano de conclusão: 2016. Segundo dados diretos dos autores o Hospital Veterinário Constitución é especializado em animais de companhia, aves e roedores, aberto 24 horas por dia e, além disso, é um centro de aprendizagem para estudantes de veterinária, além de um centro de referência para outros colegas da área. Figura 14: Fachada do Hospital Veterinário Constitución. Fonte: Archdaily.
O interior do centro organiza-se por meio de um prisma central a partir do qual projetou-se toda a planta. Revestido com um porcelanato que imita madeira, e com uma grande demonstração de atenção ao acolhimento, esse elemento fornece tal qualidade e, de forma intuitiva, acompanha o visitante ao restante das áreas. Contém a recepção, os banheiros e o cabeleireiro. Sua circulação perimetral encaminha às salas de espera, aos consultórios, à sala de conferências e à loja especializada. Figura 16: Vista da recepção do Hospital Veterinário Constitución.
Fonte: Archdaily.
O projeto foi contemplado em Valência e possui uma área de 450m² com o objetivo de obter um espaço funcional, limpo, harmônico e acolhedor. Fonte: Archdaily.
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P á g i n a | 37 As salas de espera abraçam a recepção com um mobiliário realizado sob medida que, por sua
Através dos consultórios acessa-se o laboratório, projetado com o mesmo esquema de
vez, serve de local de armazenamento e contém assentos de polipropileno transparente que iluminam
circulação, com uma grande ilha central equipada para tratamento pré e pós-operatório, desde onde é
e conferem transparência ao espaço.
possível acessar a sala de raio X, a sala de cirurgia, as salas de hospitalização, desinfeção, além da sala 24 horas.
Figura 17: Recepção do hospital Constitución..
Figura 19: Setor de internação do hospital Constitución.
Fonte: Archdaily. Fonte: Archdaily.
Os consultórios fazem parte de uma parede contínua de vidro interrompida por pilares metálicos. Para filtrar a transparência do vidro, cria-se um fio condutor por meio de linhas de repetição que desenham a silhueta de uma paisagem externa, o habitat dos pacientes que ali
A área de internação possui baias com revestimento em porcelanato e os boxes em aço inoxidável, estes auxiliam na limpeza e na eliminação de excrementos dos pacientes. Outro ponto é a paleta de cores claras que permite maior conforto aos animais internados. Figura 20: Setor de internação do hospital Constitución.
permanecem. Figura 18: Setor cirúrgico do hospital Constitución..
Fonte: Archdaily.
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Fonte: Archdaily.
P á g i n a | 38 Além disso, os tutores dos pacientes podem acompanhar de perto cada passo devido as vedações em vidro que interligam as salas a circulação, auxiliando nos laços entre médicos, pacientes e tutores.
O processo de design focou em vincular as relações intensamente coreografadas do programa da prática às oportunidades encontradas, com isso, obteve-se uma estrutura em vista de topo conforme a figura 22.
6.1.2 Hospital veterinário Memphis
Figura 22: Planta de implantação do hospital Memphis.
Ficha Técnica - Arquitetos responsáveis: Archimania Área projetual: 17.022m²; Local: Cordova, Estados Unidos; Ano de conclusão: 2011. Segundo os autores do projeto, o Memphis Veterinary Specialists (MVS) é uma prática veterinária baseada em referência, com experiência em cirurgia de emergência, animais exóticos, ortopedia, oncologia, dermatologia, odontologia e tratamento diagnóstico. A prática tinha superado a localização em um shopping center de varejo e precisava de um edifício independente para sua prática crescente. O tratamento e atendimento contínuos para pacientes animais criaram necessidades programáticas muito semelhantes a um hospital humano, incluindo: tratamento, cirurgia, salas de procedimentos especializados, áreas de recuperação e terapia intensiva. Figura 21: Vista da entrada do hospital Memphis.
Fonte: Archdaily.
Este projeto tinha como objetivo suprir responsabilidade com um orçamento apertado, um cronograma agressivo e o meio ambiente. Além disso, o próprio cliente que elaborou croquis de como pretendia que o hospital ficasse, os mesmos foram traçados pelo seu cirurgião e levados em consideração pelos arquitetos responsáveis. Figura 23: Fachada lateral com seus elementos do hospital Memphis.
Fonte: Archdaily. Fonte: Archdaily. CABEA | Centro de Acolhimento e Bem-Estar Animal
P á g i n a | 39 A forma do edifício foi criada reconciliando as restrições do site com o programa. Espaços
O volume do edifício é dividido em duas partes principais: uma base de concreto com metal
interiores para cirurgia, procedimento especializado e apoio foram envolvidos em torno da principal
corrugado e preenchimento de vitrine e uma 'tampa' de aço que articula a forma triangular e paira
área de tratamento no centro do edifício. A entrada em balanço do edifício e os monitores de luz são
sobre a entrada principal. Na base do edifício, os painéis de metal corrugado são usados como um
orientados para o norte, a fim de fornecer iluminação ideal e direcionar a estrada de acesso principal.
contraponto aos painéis de vidro e concreto. A cor mais escura e a textura mais pesada dos painéis
A paisagem do riacho que limita a parte sudoeste do local tornou-se um contraponto à massa do
permitem retroceder das superfícies mais claras e refletivas do concreto e do vidro. Figura 26: Vista da entrada e dos condicionantes arquitetônicos do hospital Memphis.
edifício. Figura 24: Planta baixa do hospital Memphis .
Parte 2
Parte 1
Fonte: Archdaily.
A tampa de aço para intemperismo é composta por painéis de costura em pé, cujas costuras são orientadas verticalmente para acentuar o volume do parapeito e do segundo andar. O equipamento do telhado é envolto em painéis de costura perfurados, para fornecer ventilação e aumentar a escala monolítica da tampa do edifício. Fonte: Archdaily.
Figura 27: Corte do hospital Memphis. Figura 25: Módulos volumétricos do hospital Memphis.
Fonte: Archdaily.
Fonte: Archdaily.
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P á g i n a | 40 6.1.3 Conclusão sobre os estudos indiretos O que se destaca entre os estudos de caso apresentados é a leveza dos ambientes internos. As
são divididos em dois blocos e três pavimentos (figura 28), a ligação entre eles se dá através de uma escada.
paletas de cores utilizadas em tons neutros e a utilização de iluminação natural faz com que o ambiente remeta a um local confortável. No estudo sobre o hospital Constitución é possível observar
Figura 28: Fachada frontal do HVP.
a integração entre as alas internas e externas, os arquitetos responsáveis conseguiram trabalhar com a ampliação dos espaços e a integração entre eles sem que retirasse a privacidade de cada paciente. Já o
Bloco B
hospital Memphis, apesar de trabalhar com uma paleta de cores mais sólida e bruta, apossou-se Bloco A
também do uso da iluminação natural através de espécies de claraboias indiretas, tornando os espaços internos agradáveis e acolhedores. Acesso
Percebe-se que a integração entre os espaços é de suma importância para os tutores e os pacientes, além disso, os ambientes adaptados para as necessidades dos animais é outro ponto a ser levado em consideração. Nos hospitais em geral consegue-se observar, por exemplo, as áreas de espera que possuem bancos para os tutores aguardarem, mas não possui local destinado a espera dos cães (como mesas para apoiar as casinhas de transporte) o que pode gerar um desconforto caso algum animal seja mais arisco em relação aos demais. Por isso é necessário que cada ambiente seja
Fonte: Hospital Veterinário de Petrópolis, 2020.
minuciosamente pensado para que o projeto possa funcionar para os tutores, pacientes e funcionários. 6.2
Estudos de caso diretos
Os dois primeiros pavimentos do bloco A são destinados a atendimento clínico e procedimentos rápidos, com a recepção (figura 29) e seus consultórios (figura 30). O seu terceiro
Após analisar alguns casos de hospitais veterinários em outras localidades, vê-se necessário o estudo de hospitais – mesmo sendo em condicionante particular, para entender como funciona a infraestrutura local, como os hospitais da cidade se adaptam a realidade de necessidades do
pavimento é restrito aos funcionários e não teve-se acesso, provavelmente se tratando do setor de serviços do hospital. Figura 29: Recepção do HVP.
Figura 30: Consultórios do HVP.
município, e afins. Para isto foi selecionado o Hospital Veterinário de Petrópolis, por possuir maior infraestrutura já que as demais localidades de saúde animal são enquadradas como clínicas. 6.2.1 Hospital Veterinário de Petrópolis O município de Petrópolis conta com apenas um local destinado aos cuidados dos animais com porte hospitalar. O mesmo fica localizado no bairro Corrêas, em um terreno com alta aclividade e tendo sua testada frontal voltada à Estrada União Indústria. O hospital possui dentro de sua infraestrutura: Atendimento clínico, centro cirúrgico, internação, laboratório de imagens e diagnósticos, além de possuir suporte de translado. Os setores
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Fonte: Hospital Veterinário de Petrópolis, 2020.
Fonte: Hospital Veterinário de Petrópolis, 2020.
P á g i n a | 41 No bloco B, o primeiro pavimento trata-se do setor de exames (figura 31) e cirurgias (figura
Figura 35: Laboratório do HVP
Figura 36: Laboratório do HVP
32), estes são devidamente divididos. Figura 31: Sala de exames do HVP.
Figura 32: Sala de cirurgia do HVP.
Fonte: Hospital Veterinário de Petrópolis, 2020.
Fonte: Hospital Veterinário de Petrópolis, 2020.
Além destes, no térreo do bloco B existe um espaço locado para Pet Shop. O mesmo possui Fonte: Hospital Veterinário de Petrópolis, 2020.
Fonte: Hospital Veterinário de Petrópolis, 2020.
autonomia em relação ao hospital. Também há um estacionamento com três vagas para veículos particulares e uma para a ambulância do hospital.
No segundo pavimento deste bloco se localiza o setor de internação (figura 33 e 34). O mesmo ocupa todo o andar e funciona de maneira mista (sem separação por espécies).
Ao observar a topografia do local, o terreno foi bem aproveitado. Porém, ao que tudo se percebe houve uma adaptação do espaço e acréscimos de salas/pavimentos conforme a necessidade. Em questão de serviços, o Hospital Veterinário de Petrópolis (figura 37) é superior a qualquer outra
Figura 33: Internação do HVP.
Figura 34: Baias de internação do HVP.
clinica do município, possuindo maior suporte para atendimento, desde os casos de clínica geral até aos que necessitam de médicos especializados. Os três maiores diferenciais de serviço deste estabelecimento são o socorro 24hrs através de ambulância própria, laboratório de diagnóstico próprio e parceria com o crematório de animais Recanto da Paz, onde o dono do animal tem a oportunidade de se despedir do seu companheiro de maneira mais magnânima. Figura 37: Estudo sobre a locação do terreno do HVP.
Fonte: Hospital Veterinário de Petrópolis, 2020.
Fonte: Hospital Veterinário de Petrópolis, 2020.
No terceiro pavimento está alocado o laboratório (figura 35 e 36) do hospital, o mesmo é próprio da unidade de saúde, não dependendo de terceiros para o procedimento e agilizando os resultados.
Fonte: Adaptação da autora com base nas imagens de satélite do Google Earth, 2020.
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P á g i n a | 42 Deve-se ponderar o problema primordial deste estabelecimento que é exatamente o acesso. São dois blocos com três/quatro pavimentos onde a única maneira de transitar entre eles é através da escada, que por sua vez, tratando-se de unidade hospitalar, se torna um grande empecilho não somente para os pacientes e seus donos como também para seus funcionários que necessitam fazer o translado de animais. Além disso, a adaptação do local para uma unidade hospitalar faz com que algumas áreas estejam fragilizadas, como exemplo da sala de raio-x que deveria obter uma estrutura adequada e isto não ocorre, da recepção que não permite espaço adequado para os pets e também de alguns consultórios que não possuem um espaço adequado. 6.2.2 Conclusão sobre os estudos indiretos Com a análise é possível afirmar que a cidade, em questão de serviços veterinários, possui uma grande potência na área particular, porém, a infraestrutura ainda tende a ser ociosa. Mesmo as famílias que tem condições financeiras para arcar com tratamentos de seus animais, por vezes não conseguem ou não se sentem confortáveis com o local. Esta é mais uma patologia que representa a importância de uma unidade hospitalar animal em âmbito público, de forma com que o serviço e a infraestrutura sejam adequados para receber o público, de maneira confortável e financeiramente viável.
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7. Condicionantes projetuais
P á g i n a | 44 Embasado no referencial teórico, traçou-se o objetivo de definir soluções projetuais que
Tabela 02: Programa de necessidades do projeto.
melhor se enquadrassem nos parâmetros descritos e pré definidos, com isso têm-se alguns itens a PROGRAMA DE NECESSIDADES
entorno, leis vigentes e seus pré dimensionamentos. Neste capítulo serão abordadas estas questões. 7.1
Setor
serem levados em consideração, sendo eles: Programa de necessidades, aspectos do terreno e do seu Ambiente
Descrição
Qtd
Área (m²)
Mobiliário/ equipamentos
Programa de necessidades Ambientes Internos
Ao contrário dos hospitais humanos – como as UPAs, o veterinário não possui um programa de necessidades pré definido com metragens básicas, através disso foi desenvolvido baseado na resolução 1275/2019 do Conselho Federal de Medicina Veterinária onde é apontado setores e mobiliários
Recepção/ espera
prioritários nestes estabelecimentos (tabela 01) e também levando em
Recepção e cadastro do animal. Espera pelo atendimento.
01
80,00
02
3,50
01
16,00
Sala com mesa de trabalho e armários.
01
16,00
Prateleiras/ gôndolas, balcão para atendimento e caixa para pagamento.
01
8,00
Balança para animais.
07
16,00
Mesa de trabalho e atendimento, mesa de procedimentos, armários e lavatório.
01
12,00
consideração estudos de caso e entrevistas com responsáveis de abrigos um programa de necessidades (tabela 02) para que fosse possível atender as necessidades do município.
Sanitários públicos
A unidade hospitalar deverá contar com 1.098m² de área ocupada, divida em 49 ambientes Direção
que a resolução 1275/2019 fornece como obrigatórias, totalizando 10 setores citados a seguir: 1- Setor de atendimento, 2- Setor cirúrgico; 3- Setor de internação;
Setor Preliminar
internos e 10 externos, totalizando 59 ambientes. Além disso, foram adicionados 5 setores a mais do
4- Setor de sustentação;
Farmácia Área de pesagem
Consultórios
5- Setor auxiliar de diagnóstico; 6- Setor de cremação; Sala de vacinas
7- Setor luz; 8- Setor de estacionamento; 9- Setor de recreação; 10- Setor comercial. Na tabela 02 abaixo conterá descriminação dos setores junto com os ambientes pretendidos
realizados, além de ter embasamento junto ao Neufert.
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Setor Cirúrgico
a cada um deles. O pré-dimensionamento deles foi baseado em referências e estudos de caso
Banheiros acessíveis para o público, masculino e feminino. Destinado a atividades administrativas e atendimento ao público. Venda de medicações. Pesagem do animal, que precede a consulta. Consultórios de cardiologia, dermatologia, oftalmologia, ortopedia, oncologia, animais silvestres e de plantão Armazenagem e preparo de vacinas.
Sala de Fisioterapia
Exercícios de fisioterapia.
01
20,00
Sala de Fluidoterapia
Tratamento com fluídos para animais.
01
20,00
01
8,00
01
6,00
Vestiário Antissepsia e paramentação
Troca de roupas antes da cirurgia Preparo do médico para cirurgia
Balcão de atendimento; cadeiras de espera, com espaços separados para cães e gatos; espaço para água/café. Prever armários para arquivo junto à recepção. Sanitário e lavatório, com barras e demais adequações à NBR 9050.
Sala de preparo
Preparo do animal para cirurgia
01
12,00
Salas de cirurgia
Realização de
02
25,00
Geladeira, armários e bancadas com pia. Mesa de procedimentos, esteira subáquatica e armários. Mesas de procedimento, armário de apoio, pia e mesa com cadeira para atendimento clínico. Cabine para troca e guarda volumes. Pia. Mesa de procedimentos e lavatório, com espaço para manobra de macas. Mesa de cirurgia, mesa de
Unidade de recuperação pós anestésica
Recuperação do animal imediatamente após a cirurgia
Sala de Esterilização
Limpeza e esterilização do material cirúrgico
01
12,00
Posto veterinário
Apoio e atendimento dos animais internados.
01
16,00
Internação de gatos
Internação de animais que necessitam de cuidados constantes.
01
25,00
Internação de cães
Internação de animais que necessitam de cuidados constantes.
01
Setor de Internação
Internação mista
Área de quarentena para zoonoses
UTI felina
UTI canina
UTI mista
Internação de animais que necessitam de cuidados constantes, com doenças infectocontagiosas
01
01
12,00
40,00
25,00
16,00
Cabines com capacidade para 05 gatos. Deve ter uma pia, mesa de procedimentos e armários. Cabines com capacidade para 05 cães. Deve ter uma pia, mesa de procedimentos e armários. Cabines com capacidade para 05 pequenos mamíferos, aves e répteis considerados como animais de companhia. Deve ter uma pia, mesa de procedimentos e armários.
01
Internação de animais que necessitam de tratamento intensivo.
01
Internação de animais que necessitam de tratamento intensivo.
01
12,00
Sanitário unissex.
01
8,00
Cabines para sanitário e pia.
01
12,00
Tanque, máquina de lavar
Lavagem e limpeza dos
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12,00
12,00
lavanderia
materiais hospitalares.
Depósito de material de limpeza
Armazenagem do material de limpeza
01
4,00
Depósito de medicamentos
Armazenagem das medicações utilizadas no hospital.
01
4,00
Espaço para preparo do alimento dos animais internados.
01
16,00
Armazenagem do alimento dos animais internados.
01
8,00
Cozinha para preparo de alimentos dos animais Depósito de ração
Copa
Descanso para funcionários Banheiro para funcionários Descanso para médico plantonista
Cabines com capacidade para 10 cães. Deve ter uma pia.
Internação de animais que necessitam de tratamento intensivo.
S u s t e n t a ç ã o
Banheiro para funcionários Área de serviço/
Internação de animais que necessitam de cuidados constantes.
01
monitoramento, carrinhos de apoio, luz cirúrgica, armários e negatoscópio. Macas com sistema de aquecimento, equipamentos de monitoração e de provisão de oxigênio, armários. Bancadas com pia e armários. Necessita de espaço para autoclave. Mesa de procedimentos, armários e bancadas com pia. Cabines com capacidade para 40 gatos. Deve ter uma pia. Cabines com capacidade para 50 cães. Deve ter uma pia e área para banho dos animais. Cabines com capacidade para 40 pequenos mamíferos, aves e répteis considerados como animais de companhia. Deve ter uma pia.
Setor Auxiliar de Diagnóstico
procedimentos cirúrgicos
d e
o r
P á g i n a | 45
Espaço para alimentação do corpo de funcionários.
Espaço para descanso dos funcionários.
roupas e armários.
01
20,00
Prateleiras.
Prateleiras e armários.
Bancadas com pia, armários, geladeira. Prateleiras. Bancadas com pia, mesa para alimentação, armários e equipamentos – fogão, geladeira e microondas. Descanso para três funcionários, com três camas de solteiro e armários.
01
20,00
Vestiários feminino e masculino.
02
8,00
Cabines para sanitário e banho, pia e armários.
Descanso para um médico plantonista.
01
12,00
Cama de casal e armários.
Banheiro para plantonistas
Vestiários feminino e masculino.
01
4,00
Conservação de animais falecidos e restos de tecido
Armazenagem de animais, tecidos e órgãos.
01
16,00
Exames de imagem
Realização de exames de ultrassonografia e eco cardiograma.
01
16,00
Raio-X
Realização de exames radiográficos.
01
16,00
Câmara escura
Manuseio e revelação das películas radiográficas.
01
8,00
Espaço para banho, sanitário e bancada com lavatório. Bancadas com pia, mesa de procedimentos, refrigerador, mesa de trabalho e armários. Mesa de exames, lavatório, equipamento de ultrassonografia móvel e de eco cardiograma e bancada de trabalho. Mesa de exames, equipamento de raio-x e cabine de comando. Bancada de trabalho com equipamentos (luz vermelha), armários e passador de chassis para sala de exames
Setor Comercial
Setor de Estacionamento
Setor
Elaboração dos laudos dos exames radiográficos.
Laboratório de Análises clínicas
Análise de exames laboratoriais.
Recepção/ espera
Recepção e cadastro do animal.
Sala de velório
Ambiente voltado para a despedida do animal.
Sala fria
Refrigeração do corpo para conservação até a hora do velório/cremação.
Sala de cremação
Incineração do(s) animal(is)
Sanitários públicos
Banheiros acessíveis para o público, masculino e feminino.
Ambiente
Estacionamen-to visitantes
Estacionamen-to de ambulância
Descrição
Sala com bancada de 01 8,00 trabalho, negatoscópio, computador e impressoras. Bancadas com pia e lavatório de louça, mesa de trabalho, armários e 01 16,00 equipamentos sobre as bancadas – microscópio, centrífuga, autoclave, estufa e outros. Balcão de atendimento; 01 20,00 cadeiras de espera; espaço para água/café. Mesa central e cadeiras de 01 16,00 apoio. Equipamento de refrigeração para 01 8,00 conservação do cadáver. Câmara fria. Forno crematório para 01 20,00 animais. Sanitário e lavatório, com 02 3,50 barras e demais adequações à NBR 9050. Total de ambientes: 52 | Total de área: 763m² Qtd
Área (m²)
Ambientes Externos Estacionamento com 21 vagas, sendo duas destinadas a pessoas idosas 01 300,00 e duas destinadas a pessoas com deficiência. Estacionamento com 02 vagas. 01 56,00
Lixo
Depósito de lixo para coleta
01
4,00
Gerador
Shaft com maquinários
01
8,00
Castramóvel
Estação de castração de pequeno porte para atendimentos emergenciais.
01
20,00
Pet Shop
Loja para venda de equipamentos para animais.
01
60,00
Área “Caminho Feliz”
Espaço para eventos onde será disponibilizado com gratuidade para entidades
01
60,00
Mobiliário/ equipamentos
Setor Luz
Sala de laudos (Câmara clara)
Setor recreação
Setor de cremação
P á g i n a | 46
Cemitério verde
interessadas em realizar feiras de adoções e eventos similares. Espaço para serem colhidas as cinzas de cremação do animal, podendo ser trabalhado em cima de uma determinada vegetação ao seu gosto.
01
230,00
Mobiliários de permanência e iluminação.
Praça para pets
Local para entretenimento dos animais
01
400,00
Mobiliários de permanência; Deck; Iluminação; Equipamentos para recreação.
Área para Adestramento
Adestramento de animais em horários específicos semanais voltados ao público em geral. Procedimento mediante agendamento.
01
100,00
Mobiliários específicos para para treinamento com animais.
Total de ambientes: 10 | Total de área: 1.154m² 7.2
Terreno Para acolher uma unidade hospitalar veterinária no município de Petrópolis, buscou-se uma
região mais central que conseguisse atender todo o território com acesso fácil (figura 38), outro aspecto adotado foi à busca por um terreno amplo com inclinação baixa para que – assim como os hospitais humanos – permita um atendimento de maneira mais fácil e confortável para os pacientes e seus tutores, possibilitando atendimento em um pavimento único térreo e com deslocamentos
Bloquetes para limitação e sombreadores.
reduzidos para isto. Figura 38: Vista de satélite do terreno escolhido.
Bloquetes para limitação e sombreadores. Lixeiras Maquinário para geração de energia. Veículo ambulatório para efetuar castração, tendo sua base no hospital. Prateleiras/ gôndolas, balcão para atendimento e caixa para pagamento.
Fonte: Adaptação da autora com base nas imagens de satélite do Google Earth, 2020.
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P á g i n a | 47 Figura 40: Desmembramento do terreno.
O terreno escolhido consegue suprir as necessidades pré estabelecidas, o mesmo fica localizado na Estrada União Indústria, nº 4000, no bairro Corrêas. Bairro este localizado no segundo distrito de Petrópolis, sendo área de ligação entre os dois grandes centros do munícipio (figura 39) assim facilitando o acesso dos pacientes ao hospital. Figura 39: Mapa de situação em âmbito municipal.
Fonte: Adaptação da autora com base nas imagens de satélite do Google Earth, 2020.
Em seus primórdios o terreno era utilizado pela empresa Montreal Engenharia, com a saída da mesma o local passou a ser utilizado pela prefeitura de Petrópolis como garagem de ônibus, alegando que o município seria carente de terrenos apropriados para a instalação de garagens. De acordo com informações fornecidas por Caetano (2017) a empresa Turb desde o início de suas atividades no município em 2012, não está utilizando o local. O impasse de utilização é devido a ações judiciais feitas pela empresa Autobus. Atualmente o terreno possui uma parte de sua testada frontal em gradil (foto 01 da figura 42) e sua outra parte cercada em bloco de concreto (foto 06 da figura 42). A parte do terreno com visibilidade interna vem sendo locada para circos e parques que se instalam temporariamente no terreno, pequenas empresas de transporte e como depósito para coletivos que deixaram de circular. Fonte: Adaptação da autora pelo mapa de MURILLO, 2013.
Na parte com pouca visibilidade interna aparentemente está abandonada ou subutilizada já que a falta de manutenção é visível. Não foi possível encontrar dados ou registros deste terreno.
Por ser um terreno amplo, possuindo dois setores e com uma área de 53.500m², o mesmo será subdividido em duas partes, seguindo regulamentação do Plano diretor¹, e a parte hachurada
Figura 41: Mapa do levantamento fotográfico do terreno.
em vermelho (figura 40) será destinada ao hospital veterinário. No local existem edificações construídas remanescentes da antiga garagem Montreal, onde atualmente não possui mais suas instalações ativas no terreno e faz com que o mesmo seja um ambiente subutilizado e/ou um vazio urbano.
Notas: 1- A resolução do Plano Diretor que prevê o desmembramento de lotes subutilizados está descrita na página 63, junto ao tópico “Leis e aplicações”. Fonte: Adaptação da autora com base nas imagens de satélite do Google Earth, 2020. CABEA | Centro de Acolhimento e Bem-Estar Animal
P á g i n a | 48 Figura 43: Demolição prevista no terreno para locação do hospital veterinário Figura 42: Levantamento Fotográfico do terreno. 1
2
3
4
Fonte: Acervo da autora.
7.2.1
Aspectos Gerais do Terreno - Aspectos bioclimáticos: O terreno está localizado na região serrana do Rio de Janeiro, com
isso possui características climáticas típicas desse relevo. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, em seu levantamento no ano de 2016, as temperaturas do município bulbo secas e úmidas tem uma sua variação entre os 9 e 16 graus célsius, o que mostra-se abaixo da média desejável da zona de conforto que se encontra entre os 20 e 25 graus célsius (gráfico 03). Já em relação a umidade são apresentados altos índices (gráfico 04), tendo suas máximas mensais todas 5
6
acima de 90% enquanto a menor taxa acontece no mês de julho onde chega a 60%. DIVISA COM MURO.
Gráfico 03: Gráfico de Temperaturas de Petrópolis.
Gráfico 04: Gráfico de Umidade de Petrópolis.
Fonte: Acervo da autora, 2020.
Tendo como base o programa de necessidades estimado pelo CFMV, a área atual do terreno poderá ser dividida para que se tenha maior aproveitamento do espaço, locando o hospital veterinário e utilizando a segunda parte para qualquer eventualidade necessária à prefeitura municipal de Petrópolis. Com a prevista demolição das edificações existentes (figura 43), o terreno contará com uma área livre total de 23.679m².
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Fonte: Projeteee, 2016.
Fonte: Projeteee, 2016.
P á g i n a | 49 Com relação às chuvas, a cidade de Petrópolis é marcada por intensas precipitações no
Além destes aspectos, foi realizado um levantamento mais detalhado através da carta solar,
verão, chegando a 570mm em janeiro e precipitações mais esvaídas com a chegada do inverno,
realizado no programa Analysis SOL-AR, onde foi possível compreender como atua a insolação e
batendo 34mm em julho (gráfico 05). Já a radiação ao longo do ano a região recebe uma insolação
os ventos dentro do próprio terreno. As fachadas foram divididas em: Fachada Noroeste (paralela à
amena, tendo seu ápice em fevereiro durante o verão com 839Wh/m², e sua mínima no mês de
via principal), Fachada Sudoeste, Fachada Sudeste (paralela ao leito do rio) e Fachada Nordeste. O
junho com 550Wh/m² na chegada do inverno (gráfico 06).
resultado obtido têm-se a seguir.
Gráfico 05: Gráfico de Chuva de Petrópolis.
Fonte: Projeteee, 2016.
Figura 44: Carta solar da fachada NO.
Gráfico 06: Gráfico de Radiação de Petrópolis.
Fonte: Projeteee, 2016.
O que corrobora para que o clima seja ameno são os ventos, o município possui a Fonte: Acervo da autora, 2020.
predominância deste em sentido noroeste chegando a uma velocidade superior a 10m/s, e tendo seu menor índice no sentido sudoeste ficando entre 2-4m/s. Vide gráficos 07 e 08 onde são apresentadas
Figura 45: Solstício de verão da fachada NO.
Figura 46: Solstício de inverno da fachada NO.
as rosas dos ventos em horário diurno e noturno. Gráfico 07: Rosa dos Ventos Diurno.
Gráfico 08: Rosa dos Ventos Noturno.
Legenda
Fonte: Projeteee, 2016.
Fonte: Projeteee, 2016. Fonte: Acervo da autora, 2020.
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Fonte: Acervo da autora, 2020.
P á g i n a | 50 Na fachada NO (figuras 44-46) é possível observar a predominância dos Raios UV das
Já na fachada SO (figuras 47-49) é possível observar a predominância dos Raios UV das
10hrs às 18hrs, tendo variação de horário conforme os meses do ano. Além disto, no solstício de
12hrs às 18hrs, tendo variação de horário conforme os meses do ano. Além disto, no solstício de
verão a fachada acaba sofrendo com as temperaturas elevadas, acima de 25°C, ao longo do dia, no
verão a fachada também é afetada por temperaturas elevadas durante o período da tarde.
solstício de inverno o efeito é mais ameno.
Figura 50: Carta solar da fachada SE.
Figura 47: Carta solar da fachada SO.
Fonte: Acervo da autora, 2020. Fonte: Acervo da autora, 2020.
Figura 48: Solstício de verão da fachada SO.
Figura 49: Solstício de inverno da fachada SO.
Figura 51: Solstício de verão da fachada SE.
Figura 52: Solstício de inverno da fachada SE.
Legenda Legenda
Fonte: Acervo da autora, 2020.
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Fonte: Acervo da autora, 2020.
Fonte: Acervo da autora, 2020.
Fonte: Acervo da autora, 2020.
P á g i n a | 51 Na fachada SE (figuras 50-52) os Raios UV correm a fachada das 06hrs às 12hrs, tendo
Por fim, na fachada NE (figuras 53-55) os Raios UV correm a fachada das 06hrs às 16hrs,
variação de horário conforme os meses do ano. Além disto, nesta fachada já podemos observar que
tendo variação de horário conforme os meses do ano. Nesta fachada também é possível observar
tanto no solstício de verão quanto no solstício de inverno as temperaturas são mais amenas, tendo
que tanto no solstício de verão quanto no solstício de inverno as temperaturas também são mais
prevalência média dos 14°C aos 25°C ao longo dos meses.
amenas, mesmo a fachada tendo um longo período de exposição solar, tendo prevalência média dos 14°C aos 25°C ao longo dos meses e apenas em alguns meses passando da temperatura máxima.
Figura 53: Carta solar da fachada NE.
Além da questão de insolação, tem-se também os ventos dominantes em cada fachada (figura 56), onde é possível observar que as fachadas SO e SE são predominantes na capitação dos mesmos, com ventos de até 4m/s na primavera, isso devido ao vento predominante estar no sentido NO. As demais fachadas também possuem capitação dos ventos, porém em menor escala.
Figura 56: Rosa dos Ventos do terreno.
Fonte: Acervo da autora, 2020.
Figura 54: Solstício de verão da fachada NE.
Figura 55: Solstício de inverno da fachada NE.
Fonte: Acervo da autora, 2020.
- Hidrografia: O munícipio possui uma grande rede hidrográfica, tendo três rios principais: Palatino, Quitandinha e Piabanha. Na testada fundos do terreno obtém-se a presença do rio Piabanha, tendo sua nascente na serra dos órgãos e uma extensão de 80km, o mesmo abrange a Legenda
maior parte das residências da cidade e, iminentemente é o rio mais poluído do local. O mesmo faz parte de uma rede hidrográfica importantíssima que cobre toda a região serrana do estado do Rio de
Fonte: Acervo da autora, 2020.
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Fonte: Acervo da autora, 2020.
Janeiro.
P á g i n a | 52 - Vegetação: Enquadra-se o bioma de Mata Atlântica ao município de Petrópolis, tendo a característica como floresta ombrófila densa e tendo sua biodiversidade considerada uma das mais ricas do mundo. No terreno em si é encontrada na testada frontal alguns exemplos de árvores que serão preservadas para o projeto, permitindo a proteção do bioma. - Topografia: Apesar das áreas ao entorno serem aclives, o terreno escolhido possui topografia favorável, no local o nível se mantém o mesmo ao longo de toda a sua extensão, tendo apenas uma diferença de 50 cm entre a via principal e sua delimitação territorial. - Acesso: O terreno está situado no eixo viário histórico da cidade, a Estrada união e Indústria. A estrada foi finalizada em 1861, ligando Petrópolis (RJ) a Juiz de Fora (MG), estabelecendo uma rota comercial entre os dois estados. Atualmente é a via mais importante de Petrópolis responsável pelo maior fluxo de veículos da cidade, a estrada é a principal via de trafego interno ligando os 3 principais distritos (Petrópolis – Corrêas – Itaipava), atravessando diversos bairros em seu trajeto. 7.3
Diagnóstico de Entorno Além da análise do terreno, vê-se a importância de entender como o entorno se comporta
em relação ao local que será alocado o projeto. Com isso, foi feito levantamento de fluxos e gabaritos em um recorte próximo ao terreno, podendo observar que a região é marcada por uso misto entre comercial e residencial, sendo composta de bancos, mercados, hospitais, escolas e por terminal rodoviário, facilitando as tarefas diárias e o translado. 7.3.1 Análise de Fluxos A região é composta por duas vias arteriais, sendo elas Estrada Mineira e Estrada União e Indústria e por suas vias locais. A Estr. União e Indústria é a que possui maior fluxo, principalmente nos horários de pico (07hrs às 09hrs e 17hrs às 19hrs), por ser a principal ligação entre os 3 distritos. A Estr. Mineira funciona como via intermediária, interligando os bairros internos do 2º distrito, onde é possível trafegar com maior facilidade, apesar desta não ter infraestrutura viária adequada em todos os seus trechos e possuir sua velocidade máxima limitada. 7.3.2 Análise de Gabarito A região tem prevalência de edificações entre um e três pavimentos, possuindo poucas unidades acima de quatro pavimentos, o que corrobora com o vislumbre da paisagem que
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contempla não somente a presença da rede hidrográfica, mas também uma cadeia de montanhas que pertence ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
P á g i n a | 53 Figura 57: Mapa de Fluxos do Entorno. Do Terreno.
Fonte: Adaptação da autora com base nas imagens de satélite do Google Earth, 2020.
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P á g i n a | 54 Figura 58: Mapa de Gabaritos do Entorno. Do Terreno.
Fonte: Adaptação da autora com base nas imagens de satélite do Google Earth, 2020.
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P á g i n a | 55 7.4
Leis e Aplicações Tabela 03: Anexo V da lei LUPOS – Parâmetros de ocupação.
Petrópolis possui algumas leis municipais para regulamentação das obras civis, em respeito a este temos o Plano Diretor – vigente sob a lei municipal nº 7.167, de 28 de março de 2014, a Lei de Uso, Parcelamento e Ocupação do Solo (LUPOS) – vigente sob a lei nº 5.393 de 25 de maio de 1998 e o Código de Obras e Edificações Prediais – atualizado pela secretaria de planejamento e desenvolvimento econômico em 2015. Em relação ao plano diretor, é possível que a prefeitura possa atuar sob um terreno subutilizado (que seria este retratado em projeto) firmado no capítulo IV – Instrumentos Urbanísticos, na seção I – Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsório, no Art. 46. onde afirma que Fonte: LUPOS, 1998.
O município poderá exigir que o proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado, não utilizado ou utilizado em contradição e/ou prejuízo das atividades econômicas, habitacionais e outras posturas consideradas prioritárias pela legislação pertinente, promova seu adequado aproveitamento, sob pena de aplicação dos mecanismos previstos nesta lei e em outras legislações pertinentes, de: I - Parcelamento, edificação ou utilização compulsório; II - Imposto predial e territorial urbano progressivo no tempo; III - Desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.
Para este caso, será empregado o gabarito para setor industrial que atinge o valor máximo de 15.50m, o afastamento frontal será de 3m, o índice de aproveitamento 1,8 e a taxa de ocupação do solo poderá chegar até 70%, a taxa de permeabilidade deverá ser de 10% e a altura de implantação deve ter no máximo 10.00m. Tabela 04: Anexo VI da lei LUPOS – Parcelamento.
Com isto é possível reverter um território subutilizado em um local que vá gerar uma série de benefícios para a saúde pública e econômica do município. Além disso, é necessário considerar os parâmetros que são estabelecidos na lei LUPOS, segundo o mapa de zoneamento de Petrópolis e o capítulo IV – da Zona Urbana no Art. 11., o terreno em questão está localizado na zona SUD1 (Setor de Uso Diversificado 1) onde especifica que § 3º Setor de Uso Diversificado (SUD) é aquele que se caracteriza pela localização de atividades predominantemente comerciais, de serviços e indústrias de até Classe D, compatíveis com o meio urbano, subdividindo-se em duas Classes SUD 1 e SUD 2 que obedecerão a parâmetros específicos constantes dos Quadros de Parâmetros de Ocupação, de Parcelamento e de Usos e Atividades, Anexo V, VI e VIII, em função das características locais.
Para melhor entendimento sobre os parâmetros vigentes para a SUD1, abaixo estão identificados os quadros anexos com regulamentação do zoneamento.
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Fonte: LUPOS, 1998.
Este anexo define metragens mínimas necessárias para utilização do lote na SUD1, sendo assim a edificação apresentada deverá conter uma área mínima de 440m² e possuir sua testada com no mínimo 11m de comprimento.
P á g i n a | 56
Com isso as exigências são traçadas seguindo a tabela do código de obras para o grupo H, Tabela 05: Anexo IX da lei LUPOS – Estacionamento
sendo as normas para o grupo H-1, considerando que o projeto deste trabalho de conclusão de curso tem uma área superior a 900m² e é térrea, está descrita na tabela 07. Tabela 07: Tabela 18 da lei COSCIP – Exigências.
Fonte: LUPOS, 1998.
Como requisito final da lei LUPOS a exigência do anexo IX é de haver no local 1,5 (arredondando 2 vagas) para cada quarto/consultório existente no hospital. Já o Código de segurança e prevenção contra incêndio e pânico do estado do Rio de Janeiro busca estabelecer critérios básicos indispensáveis à segurança contra incêndio nas edificações de todo o estado, visando garantir os meios necessários ao combate a incêndio, evitar ou minimizar a propagação do fogo, facilitar as ações de socorro e assegurar a evacuação segura dos ocupantes das edificações. O projeto em questão se enquadra na área H-1 do código (tabela 06), como edificação
Fonte: COSCIP, 2018.
hospitalar veterinária e assemelhados. Logo, é possível analisar a necessidade dos seguintes itens para o funcionamento seguro da
Tabela 06: Tabela 01 da lei COSCIP – Classificação.
edificação conforme o COSCIP: Extintores, hidrantes e mangotinhos, sinalização de segurança, iluminação de emergência, alarme de incêndio, saídas de emergência, hidrante urbano, acesso de viatura em edificações, segurança estrutural contra incêndio e controle de materiais de acabamento
Fonte: COSCIP, 2018.
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8. Análises projetuais
P á g i n a | 58
Os capítulos anteriores estabeleceram diretrizes e parâmetros históricos, arquitetônicos,
Em um levantamento bibliográfico feito por Zanatta (2019) em artigos científicos nacionais
municipais e institucionais. A partir disto é possível iniciar o processo de desencadeamento
(N) e internacionais (I) foi possível realizar uma análise quantitativa (tabela 08) onde é apresentada
projetual desde as etapas preliminares como conceito e partido, até o produto final que consistirá no
a frequência de utilização da biofilia e zooterapia em ambientes hospitalares, assim como os
estudo preliminar do mesmo.
benefícios que elas acarretam para o emocional, espiritual, social, físico e para a qualidade de vida.
8.1
Fonte: ZANATTA, 2019.
Definição do conceito Tabela 08: Tabela síntese dos resultados obtidos em relação a biofilia e zooterapia.
Como ponto inicial ao desenvolvimento do projeto arquitetônico, foi escolhido como conceito o termo “biofilia” (figura 59). Atualmente já utilizado na arquitetura, tem como significado vindo do grego “bios”, vida e “philia”, amor, que significa “amor pela vida”. (RANGEL, 2018) A nossa espécie evoluiu na maior parte de sua história em resposta adaptativa ao mundo natural e não às forças humanas criadas ou artificiais, por isso o design biofílico busca satisfazer nossa necessidade inata de nos associar à natureza. (ZANATTA, 2019) Figura 59: Croqui com benefícios da biofilia em hospitais.
O presente estudo evidenciou a hipótese inicial da importância biopsicossocial estabelecida através do contato entre pacientes e elementos naturais (ZANATTA, 2019), podendo observar que Fonte: Ugreen, 2019.
. Existem inúmeras estratégias para melhorar a saúde e o bem-estar nos ambientes construídos elaborados por pesquisadores e curiosos. Para este projeto, foram considerados os prérequisitos do livro “14 Patternes of Biophilic Design” que se ramificam em três pilares: 1- Padrões da natureza no espaço; 2- Padrões de analogias naturais; 3- Padrões de natureza que proporciona o espaço. Estes resumidamente trabalham com acesso e vistas da natureza, melhor qualidade do ar e ventilação, iluminação natural, acústica aprimorada, paredes e telhados verdes, espaços de descanso, materiais naturais e cores calmantes.
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os índices foram em totalidade positivos, principalmente atrelado a biofilia. A análise da questão sob a perspectiva da bioética permite a identificação de vulnerabilidades inerentes a esse momento – que impactam igualmente em familiares e equipe médica –, nos quais a inserção de elementos biofílicos se constitui como um meio de mitigação dessas condições. Uma vez que promove um canal de comunicação entre os atores envolvidos nesse cenário e a confluência de valores comuns, visa à valoração da vida e do não sofrimento de todos os seres vivos. (ZANATTA, 2019)
P á g i n a | 59 8.2
Definição do partido
8.3
Estudos projetuais
Definiu-se que o partido arquitetônico é guiado por um jardim interno, em torno do qual
Evoluindo a proposta conforme definido o conceito e o partido, cria-se estudos
giram as outras soluções, como volumetria, ventilação e iluminação, definição dos espaços. O
preliminares ao projeto. Consistindo-se em: Estudo de massas, estudo volumétrico, setorização e
jardim, formando uma espécie de praça, leva para o interior do edifício aspectos relacionados ao
fluxos.
conceito da biofilia (figura 60), que é aludido também pelas cores e revestimentos propostos, pelos elementos, pelo contato com a natureza externa, através das vidraças.
8.3.1
Estudo de Massas Neste tópico buscou-se adaptar os dez setores pré-estabelecidos no programa de
Os ambientes internos parecem divergirem da praça, portanto muitos têm acesso a partir dela, fazendo com que funcionário, tutores, médicos e animais tenham contato com o seu verde
necessidades dentro do terreno de maneira que os ambientes conversassem da melhor forma entre si e também para com o entorno.
natural. Todo o conjunto conjuga uma forma de volumetria simples e racional – facilitando a necessidade de emergências/urgências, já que a edificação em si depende da agilidade no
Na figura 61 foi considerado o prédio hospitalar com seus 5 setores predominantes na parte
atendimento, obter fluxos e setorizações racionais estimulam estas manobras - com alguns aspectos
direita do terreno onde foi possível trabalhar o espaço juntamente com uma barreira acústica feita
orgânicos como o design do piso, cobertura, revestimentos, materialidade e cores utilizadas,
através do plantio de árvores ao longo de sua fachada lateral. Os setores estacionamento, comercial,
aludindo à natureza.
cremação e luz foram alocados ao redor do prédio principal, já o setor de recreação deverá transparecer como um grande parque para que a população poder passear com sua família e pets.
Figura 60: Croqui do partido criado. Figura 61: Estudo de massas do CABEA.
Fonte: Acervo da autora, 2020. Fonte: Acervo da autora, 2020.
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P á g i n a | 60 No estudo posterior (figura 62) foi analisado os fluxos de acordo com a setorização
Figura 63: Organograma do CABEA.
estabelecida. O mesmo não possui designação para fluxos privados x públicos, este foi considerado no organograma (figura 63).
Figura 62: Estudo de massas com fluxos do CABEA.
Fonte: Acervo da Autora, 2020.
O setor preliminar (Figura 64) articula-se a partir do recebimento do público externo pela recepção, pela farmácia, fisioterapia e fluidoterapia, conectadas entre si. A partir da recepção, é possível ter acesso direto a todos os demais ambientes do setor, sendo eles consultórios médicos (sete ao todo), sala de vacina, pesagem e os demais ambientes que também tem acesso pela área Fonte: Acervo da autora, 2020.
externa. Os demais setores, como internação, cirúrgico, diagnósticos e exames e setor de sustentação se dão através do jardim interno do hospital.
Os acessos para o terreno foram divididos em quatro, duas entrada para veículos que fazem
Figura 64: Fluxograma do setor preliminar.
ligação direta com o estacionamento e setor luz, as outras duas entradas serão para pedestres, fazendo ligação direta com o setor de atendimento e setor recreação 8.3.2 Estudo de Setorização e Fluxos com Organograma/Funcionograma Para compreender as relações entre os ambientes do programa de necessidades, é necessário levar em consideração as relações nas escalas interfuncionais e intrafuncionais (SILVA, 2017). Com isso foi organizado primeiramente um organograma (figura 63) com todos os setores e como os fluxos irão funcionar através do acesso ao público, acesso de serviços, acesso dos animais e acesso médico. Posteriormente foram elaborados fluxogramas para cada setor separadamente, apresentando os ambientes componentes de cada um deles, bem como sua relação com os demais setores.
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Fonte: Acervo da Autora, 2020.
P á g i n a | 61
O setor de diagnóstico (figura 65) recebe o encaminhamento vindo dos consultórios, no
Já no setor cirúrgico (Figura 67) o fluxo é mais restrito devido a fragilidade do ambiente.
setor preliminar. O paciente pode ser encaminhado às salas de exame de imagem e de radiografias,
Os profissionais devem passar pelo vestiário e assepsia para entrar nas salas de cirurgia, enquanto o
a qual possui uma câmara clara e uma câmara escura. O laboratório de análises clínicas não é
animal passa primeiro pela sala de preparo. Após os procedimentos cirúrgicos, os equipamentos
acessado pelo público externo, estes devem aguardar e receber os laudos nos consultórios ou sala de
devem passar para a sala de esterilização, enquanto os animais são direcionados à recuperação e, em
espera.
seguida, aos demais setores – internamento, necrotério ou retorna ao atendimento, dependendo da Figura 65: Fluxograma do setor de diagnóstico.
situação. Figura 67: Fluxograma do setor cirúrgico.
Fonte: Acervo da Autora, 2020. Fonte: Acervo da Autora, 2020.
Já o setor de internamento (Figura 66) tem seu fluxo recebido tanto por animais quanto por
O setor de sustentação (Figura 68) possui fluxo restrito aos funcionários, sendo dividido
visitantes/tutores – com exceção da sala de zoonoses, que tem acesso mais restrito devido ao perigo
em duas partes: 1ª Atividades interfuncionais do hospital; 2º Área de repouso dos médicos e
de contágio. É necessário passar pelo posto veterinário para acessar as áreas de internação ou salas
plantonistas.
de uti. Desses ambientes, há o encaminhamento para o atendimento, no caso de alta, ou para o setor
Figura 68: Fluxograma do setor de sustentação.
de cremação, caso haja falecimento. Figura 66: Fluxograma do setor de internação.
Fonte: Acervo da Autora, 2020. Fonte: Acervo da Autora, 2020. CABEA | Centro de Acolhimento e Bem-Estar Animal
P á g i n a | 62
O setor de cremação (Figura 69) possui fluxo liberado aos funcionários, médicos e tutores Figura 71: Fluxograma do setor comercial.
e conhecidos dos pets falecidos. Também é liberado a visitantes a recepção para conhecer o serviço e sancionar qualquer questão. O fluxo é dado pela área externa do hospital, dando acesso aos demais setores pela mesma. Figura 69: Fluxograma do setor de cremação.
Fonte: Acervo da Autora, 2020.
O setor de recreação (Figura 72) possui a praça para pets que tem fluxo liberado e a área para adestramento que possui fluxo parcialmente liberado, pois neste é permitida a entrada apenas dos pets cadastrados. O fluxo é dado pela área externa do hospital, dando acesso aos demais setores pela mesma. Fonte: Acervo da Autora, 2020.
Figura 72: Fluxograma do setor de recreação.
O setor de estacionamento (Figura 70) possui fluxo liberado para as vagas de visitantes e ao castramóvel, já para o lixo, gerador e vagas de ambulância o fluxo fica restrito para funcionários. O fluxo é dado pela área externa do hospital e pela Estr. União e Indústria, dando acesso aos demais setores. Figura 70: Fluxograma do setor de estacionamento. Fonte: Acervo da Autora, 2020.
O setor luz (Figura 73) possui fluxo liberado toda população, tanto para visita quanto para acrescentar as cinzas de seu animal de estimação. O fluxo é dado pela área externa do hospital e pela Estr. União e Indústria, dando acesso aos demais setores.
Figura 73: Fluxograma do setor luz. Fonte: Acervo da Autora, 2020.
O setor comercial (Figura 71) possui fluxo liberado aos funcionários, médicos e tutores e conhecidos dos pets falecidos, sendo este mais voltado para o público de maneira geral. O fluxo é dado pela área externa do hospital e pela Estr. União e Indústria, dando acesso aos demais setores.
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Fonte: Acervo da Autora, 2020.
P á g i n a | 63
8.3.3 Estudo Volumétrico
Figura 75: Segundo estudo volumétrico do CABEA.
Definindo-se a ideia de trabalhar com um jardim interno como o coração do hospital, foram trabalhados dois estudos volumétricos buscando a melhor junção entre a funcionalidade e o bem estar das pessoas que ali circularão. No primeiro estudo (figura 74) foi subdividido o jardim em três partes, onde ao se transitar de um setor do hospital para o outro, fosse possível ter esse encontro com a infraestrutura verde. Além disso, todo o complexo hospitalar funcionaria em um único pavimento com o pé direito das edificações alto auxiliando na entrada de luz natural e também na permanência do cenário verde, não somente do paisagismo externo mas também da cadeia de montanhas da serra dos órgãos que é possível ser vista de qualquer ângulo do terreno. É possível observar no primeiro
Fonte: Acervo da Autora, 2020.
Figura 74: Primeiro estudo volumétrico do CABEA.
.Assim como o primeiro, foi elaborado este estudo também de maneira linear e horizontal, com pé direito alto para aproveitar a paisagem, a iluminação e a ventilação natural. Os demais setores do complexo surgiriam ao entorno da caixa torácica (bloco principal), seguidos de áreas verdes que auxiliariam na alusão das veias do coração/jardim estar circulando por todo o terreno, levando vida de dentro para fora do hospital através da biofilia. Por fim, foi definido o segundo estudo volumétrico como ponto principal para o desenvolvimento do projeto arquitetônico. Tendo o resultado na implantação definido através da figura 76. Figura 76: Partido arquitetônico presente na implantação do CABEA.
estudo
feito
que
os
setores
Fonte: Acervo da Autora, 2020.
principais – destacados nas cores cinza, laranja, amarelo, azul e marrom – tem visibilidade para o jardim interno dentro de suas segregações – destacadas na cor verde. E a partir deste, todo o entorno do complexo se faria, como se houvesse uma ramificação arterial deste jardim interno. No segundo estudo (figura 75), foi trabalhado o jardim de maneira centralizada – destacada na cor verde, como o coração do local, e as demais edificações que compõe o setor principal – destacadas nas cores cinza, laranja, amarelo, azul e marrom – seriam alocadas ao seu redor, como a caixa torácica que envolve e protege aquele ambiente, levando a alusão de como a arquitetura junto da medicina veterinária tem a função de zelar pela natureza e pelos seres vivos que ali habitam.
Fonte: Acervo da Autora, 2020.
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P á g i n a | 64 8.4
Definição de materialidade Após diagnóstico de entorno e análise do terreno, é necessário traçar soluções para
determinados pontos que se encontraram vulneráveis, além também de deixar pré estabelecido
será acrescentada a proteção de chumbo e nos banheiros PCD terão a proteção inferior conforme NBR9050/15. Para as portas externas serão executadas estruturas de alumínio com acabamento em pintura eletrostática na cor preta e vidro temperado de 10mm.
como deverá funcionar a materialidade do projeto, para que se obtenha um resultado gratificante
A cobertura será trabalhada em dois tipos de estrutura. No jardim interno do bloco
para os funcionários, pacientes, tutores e população visitante. Sendo assim, foi dividido esse tópico
principal será utilizada estrutura metálica com vedação em vidro translúcido, a mesma terá
nos seguintes itens: Material estrutural, material de revestimento e acabamento, soluções térmicas e
funcionamento retrátil para que seja possível a ventilação natural. O restante da edificação será em
soluções biológicas.
concreto armado, seguindo as inclinações voltadas ao centro das edificações e tendo o captador de
8.4.1
águas pluviais ao final da curvatura.
Sistema construtivo O sistema estrutural será em concreto armado para as vigas e pilares, a vedação será em
alvenaria, permitindo a maior facilidade de modificações nos ambientes. Utilizou-se alvenaria de tijolos cerâmicos de oito furos, com chapisco, emboço, reboco e acabamentos. Há necessidade de paredes diferenciadas na área de internação, devido ao impacto do ruído gerado pelo latido dos animais. A estimativa do nível sonoro de ruído gerado por cães em canis é de 90 decibéis (COVISA, 2013). A NBR10151/2000 indica que o nível de conforto para a comunidade em áreas mistas, mas predominantemente residenciais deve ser de 55 dB no período diurno e 50 dB no período noturno. Utilizando um cálculo para determinar o isolamento bruto que deve ser aplicado ao ambiente (D= N1-N2, onde D é o isolamento acústico bruto; N1 é o nível sonoro gerado pela fonte e N2 é o nível sonoro de conforto), tem-se que as vedações devem isolar 40 dB. Apenas nas paredes que envolvem a área de internação canina, foi utilizada alvenaria que totaliza 20 cm de espessura, com tijolo
A única exceção com relação à cobertura será na edificação “caminho feliz”, que utilizará o método de cúpula geodésica. 8.4.2
Material de Revestimento e Acabamento Para a especificação dos materiais (tabela 09) foi levado em consideração aspectos como
durabilidade, manutenibilidade, custos, além das especificidades do ambiente hospitalar junto com o exigido pelo CFMV e a ANVISA. Em relação à pintura e cores utilizadas na edificação, será aplicada a paleta de cores que os animais enxergam, sabendo que a retina destes interpreta a frequência de luz diferente do ser humano, tendo uma limitação. O ideal será utilizar os tons do espectro de visão dos animais (figura 77) nas superfícies e que a volumetria e detalhes trabalhem em linhas retas simples, como a radiação.
Figura 77: Espectro de visão dos animais x humanos.
Visão animal
maciço de 12 cm, rebocada em ambos os lados e com acabamento em pintura, que isola cerca de 45 dB (ARAUJO,2015). Visão humana
Com relação as vedações, as janelas serão de alumínio com acabamento em pintura eletrostática na cor preta e vidro temperado de 8mm, com exceção da ala de internação que terá estrutura antirruído com vidro duplo. As janelas com peitoril baixo serão de correr e as que
Fonte: Jungle Pet Blog.
possuírem peitoril alto serão basculantes. As portas internas serão de compensado com revestimento melanímico na cor branco. Nos consultórios e uti’s/zoonoses serão acrescentados visores com vidro de 8mm. Nas salas radiológicas
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Assim pode-se trabalhar desde as superfícies até os materiais dentro das cores apontadas e intercalar com materiais naturais que sejam menos agressivos aos animais.
P á g i n a | 65
Tabela 09: Tabela descritiva dos materiais utilizados.
TABELA DE MATERIAIS
estratégias bioclimáticas de conforto: ventilação cruzada, aquecimento solar da edificação e vedação interna pesada. Sabendo disso, chega-se as seguintes estratégias bioclimáticas:
Áreas Internas Local
Ambiente
Especificação
Áreas secas
Vinílico em manta, seguindo paginação e cores indicadas.
Áreas molhadas
Porcelanato acetinado antiderrapante.
Área de internação
Granilite, seguindo paginação e cores indicadas.
1. Inércia Térmica: Uma edificação de elevada inércia térmica proporcionará uma diminuição das amplitudes térmicas internas e um atraso térmico no fluxo de calor devido a sua alta capacidade de armazenar calor, fazendo com que o pico de temperatura interna apresente uma defasagem e um amortecimento em relação ao
Piso
Áreas secas Áreas molhadas Área de internação Área de radiologia
Mantas vinílicas homogêneas e condutivas, com propriedades dissipativas de carga eletrostática. Pisograma de concreto com tento também em concreto no encontro com as paredes. Boleado com manta subindo diretamente do piso. Granito. Boleado com granilite subindo diretamente do piso. Boleado com manta subindo diretamente do piso.
Áreas secas
Pintura com tinta acrílica acetinada na cor branca.
Áreas molhadas
Porcelanato acetinado.
Área de internação
Porcelanato acetinado.
Jardim interno
Pintura com tinta acrílica acetinada em cor clara.
Áreas secas Áreas molhadas Áreas secas Áreas molhadas
Madeira com verniz acetinado. Acabamento tabicado. Forro de lambri com verniz acetinado. Forro de gesso acartonado. Áreas Externas Especificação Blocos de concreto com 1,5m x 0,5m intercalados com dolomitas brancas. Congregrama. Concreto pigmentado. Grama esmeralda. Estrutura geodésica. Pintura com efeito de cimento queimado e revestimento em pedra natural.
Área de radiologia Jardim interno
Rodapé
externo (ProjetEEE, 2020). Para a cidade de Petrópolis essa estratégia possui uma média geral de aplicabilidade de 53%, o que significa que essa estratégia se mostra necessária em 53% do ano. Figura 78: Aplicabilidade da inércia térmica em Petrópolis.
Parede
Rodateto Teto
Local
Ambiente Passeio/Circulação
Piso
Parede
Estacionamento Circulação da Praça Demais áreas Área Caminho feliz Demais áreas
Fonte: Acervo da autora, 2020.
Fonte: ProjetEEE, 2020.
2. Aquecimento Solar Passivo: O aquecimento solar passivo é uma estratégia que consiste na utilização da radiação solar direta para aquecimento ambiental da edificação. Este
8.5
Soluções projetuais
8.5.1 Soluções bioclimáticas Petrópolis se encontra na zona bioclimática 3 e, seguindo NBR15220:2005, essa zona é caracterizada por um clima mais ameno, com verão e inverno bem marcados. Apresentam como
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tipo de aquecimento pode ser direto ou indireto. (ProjetEEE, 2020). Para Petrópolis a aplicabilidade é de 43%.
P á g i n a | 66 Figura 79: Aplicabilidade do aquecimento solar passivo.
Tendo conhecimento das estratégias, foram adotados as seguintes aplicações: Ventilação cruzada, captação com uso da vegetação e estufa. Para a vedação foi definido o bloco cerâmico de 8 furos 11,5x19x29cm com chapisco, emboço, reboco e acabamento, sendo uma alternativa já que o bloco cerâmico é considerado material que apresenta capacidade térmica elevada. As cores para pintura foram definidos em tons claros, fazendo com que os raios UV sejam refletidos e amenizem a passagem de calor excessivo para o ambiente interno. A ventilação natural e cruzada permite a circulação e renovação do ar, deixando assim também o ambiente refrescado ao longo do dia. Além disso, o jardim interno possui cobertura retrátil, o que pode causar efeito de estufa nas estações mais frias. Por fim, a grande carga vegetativa envolta das edificações possibilita melhor qualidade do Fonte: ProjetEEE, 2020.
ar, além de gerar bloqueio parcial sonoro e amenizar os Raios UV na alta estação.
3. Ventilação natural: A ventilação pode exercer três diferentes funções em relação ao
Outro problema verificado no local é em relação ao alagamento provocado pelas fortes
ambiente construído: Renovação do ar; Resfriamento psicofisiológico; Resfriamento
chuvas, ocasionando o transbordamento do leito do rio Piabanha. Para solucionar esta questão, foi
convectivo. Todas as três estratégias somatizadas é possível chegar a um resultado ainda
afastada a utilização do terreno à vinte metros do leito do rio, acrescentando nessa região uma
melhor. A aplicabilidade da ventilação natural é de 2%.
cobertura vegetativa para segurar o solo e permanecer o mesmo permeável; além disso será
Figura 80: Aplicabilidade da ventilação natural.
implantada uma biovaleta (figura 81) onde auxiliará na drenagem das águas e será possível fazer o reaproveitamento destas para manutenção do jardim do terreno.
Figura 81: Corte esquemático da biovaleta.
Fonte: ORLEANS, 2020. Fonte: ProjetEEE, 2020.
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P á g i n a | 67 Para finalizar, o terreno possui a maior parte de sua extensão com piso permeável (grama)
O setor de sustentação possui uma área de carga e descarga e para carro fúnebre, aonde os
ou semi permeável (pisograma/concregrama), auxiliando em qualquer escoamento necessário em
automóveis vem diretamente da via principal, sem visibilidade para os pacientes ou demais
relação as águas pluviais.
ocupantes que não sejam funcionários.
8.5.2 Soluções funcionais
O hospital também possui diferenciais como o cemitério verde e crematório, sendo um
O edifício foi organizado em função da distribuição por setores, levando em consideração
serviço pouco utilizado na cidade, expandido o descarte dos tecidos falecidos em aterros sanitários
os fluxogramas elaborados para cada ambiente e evoluindo a partir dos estudos de zoneamento
pela gestão municipal. Sendo estes mais isolados do hospital, respeitando a privacidade dos
apresentados previamente.
familiares e tutores.
O acesso ao terreno é facilitado tanto para pessoas que usam veículo particular quanto para as que usam veículo público, levando em consideração que a via principal interliga os dois grandes centros da cidade e à frente do terreno possui parada de ônibus. O bloco do setor preliminar possui ventilação e iluminação natural devido aos grandes vãos de esquadrias aproveitando um pé direito alto, trazendo também pendentes verdes, paredes verdes e elementos que conduzam a biofilia para o interior da edificação. Além disso, o setor possui estrutura circulatória racional e de acesso rápido aos demais setores, a configuração de circulações da área de consultórios permite que o paciente seja encaminhado aos setores cirúrgico, auxiliar de diagnóstico e de internamento sem que seja necessário retornar à recepção. As demais áreas do hospital são acessadas facilmente a partir do jardim interno. As áreas de internamento separam os cães e gatos tanto espacialmente quanto visualmente, de forma que o cão pode ser direcionado ao canil sem precisar passar pelo mesmo trajeto de acesso do gato ao gatil. As cabines de internação dos cães foram arranjadas de forma tal que os animais não possuem contato visual entre si, para minimizar a propagação de latidos dentro do canil. E também foi elaborado um terceiro setor de internação para caso algum animal exótico possa necessitar de atendimento intensivo. Os ambientes do setor de sustentação são os que se distribuem de maneira mais difusa dentro do espaço do hospital. As áreas de descanso e alimentação estão localizadas isoladas dos demais setores. Já as áreas de serviço, como lavanderia, DML, área de preparo de alimentos e depósito foram inseridas próximas à internação, mas também com fácil acesso a partir do setor cirúrgico.
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A praça para pets possui um papel importante já que no munícipio não existem propostas nesse nível e na região as áreas para recreação são de índice bem baixo.
9. Estudo preliminar CABEA – Centro de Acolhimento e Bem Estar Animal
4
3 2
5
1
6 9
14 10
15
11
13 0m
4m
8m
12m
24m
1 - ENTRADAPARA PEDESTRES I 2- ENTRADA DE SERVIÇOS 3- ENTRADA DE AMBULÂNCIA 4- ENTRADA PARA PEDESTRES II 5- ENTRADA DO ESTACIONAMENTO 6- ENTRADA PARA PEDESTRES III 7- CEMITÉRIO VERDE 8- CREMATÓRIO
36m
8
7
12
48m
9- BLOCO PRINCIPAL 10- ESTACIONAMENTO 11- SETOR RECREAÇÃO 12- BIOVALETA 13- ÁREA DE ADESTRAMENTO 14- PETSHOP 15- CASTRAMÓVEL
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
VISTA EXTERNA DO TERRENO DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
PLANTA DE SITUAÇÃO DATA:
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
INDICADA
01/21
ACESSO DE SERVIÇO.
01
BLOCO PRINCIPAL.
ENTRADA PRINCIPAL PARA PEDESTRES.
ÁREA "CAMINHO FELIZ".
ENTRADA PARA O ESTACIONAMENTO.
PETSHOP.
ESTACIONAMENTO.
ENTRADA PARA PEDESTRE III.
CERCA VIVA DE PHOTINIA VERMELHA.
CASTRAMÓVEL.
CORTE LONGITUDINAL DO TERRENO ESC 1:360
ENTRADA PRINCIPAL PARA PEDESTRES.
02
ACESSO PARA AMBULÂNCIAS.
ENTRADA PARA O ESTACIONAMENTO.
ÁREA "CAMINHO FELIZ".
CERCA VIVA DE PHOTINIA VERMELHA.
ENTRADA PARA PEDESTRES III.
PETSHOP.
ESTACIONAMENTO COM ESTRUTURA DA COBERTURA EM AÇO CORTEN.
POSTE BALIZADOR NA COR MARROM.
BLOCO PRINCIPAL.
CORTE TRANSVERSAL DO TERRENO
ÁREA DE ADESTRAMENTO.
SETOR DE CREMAÇÃO.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
ESC 1:200
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
CORTE LONGITUDINAL E TRANSVERSAL DO TERRENO DATA:
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
INDICADA
02/21
B
08/20
FARMÁCIA 16M²
FISIOTERAPIA 20M²
PESAGEM 8M²
RECEPÇÃO/ESPERA 75M²
SALA DE VACINAS 12M²
CONSULTÓRIO 7 16M²
FLUIDOTERAPIA 20M²
DIREÇÃO 16M²
CIRCULAÇÃO 96,95M² ENTRADA
WC PET 4,30M²
WC FEM. 2,15M²
WC MAS. 2,15M²
SAÍDA DE EMERGÊNCIA
CONSULTÓRIO 1 16M²
WC PCD 4,30M²
CONSULTÓRIO 2 16M²
CONSULTÓRIO 3 16M²
CONSULTÓRIO 4 16M²
CONSULTÓRIO 5 16M²
CONSULTÓRIO 6 16M²
CIRCULAÇÃO 76,45M²
PASSAGEM PARA AMBULÂNCIA
CIRCULAÇÃO 76,45M²
EXAMES DE IMAGEM 16M²
CIRCULAÇÃO 12,20M² SALA DE RADIOLOGIA 16M²
WC FEM. 5.80M²
WC MAS. 5.80M²
INTERNAÇÃO CANINA 40M²
POSTO VETERINÁRIO 16M²
CIRCULAÇÃO 12,20M²
LABORATÓRIO 16M²
CÂMARA ESCURA 8M²
CÂMARA CLARA 8M²
SETOR PRELIMINAR SETOR AUX. DE DIAGNÓSTICO SETOR DE INTERNAÇÃO SETOR DE SUSTENTAÇÃO
UTI CANINA 12M² CIRCULAÇÃO 61.55M²
SAÍDA DE EMERGÊNCIA
CIRCULAÇÃO 45,80M²
JARDIM INTERNO 509M²
02/80
SETOR CIRURGICO JARDIM INTERNO FLUXO PRIVADO FLUXO PÚBLICO
02/80
'A
A
INTERNAÇÃO FELINA 25M²
UTI FELINA 12M²
2
WC PCD 3,55M²
PLANTA DE SETORIZAÇÃO E FLUXOS ESC 1:360
WC MAS. 8M²
UTI MISTA 12M² DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS 12M² CIRCULAÇÃO 24,80M²
INTERNAÇÃO MISTA 25M²
ZOONOSES 16M²
WC FEM. 8M²
DESCANSO PARA PLANTONISTA 8M²
BANHO PLANTO. 4M² COPA 20M²
CIRCULAÇÃO 49,90M²
SAÍDA DE EMERGÊNCIA
SALA DE CONVÍVIO 20M²
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
DML 4M²
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO COZINHA 16M²
VESTIÁRIO 8M²
SALA DE CIRURGIA 1 25M²
ANTISSEPSIA 8M²
LAVANDERIA 12M²
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
CIRCULAÇÃO 21,40M²
DEP. DE RAÇÃO 8M²
NECROTÉRIO 16M²
DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES
SALA DE ESTERILIZAÇÃO 12M²
DEP. DE MEDICAMENTOS 8M²
ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI
CIRCULAÇÃO 40,70M² SALA DE CIRURGIA 2 25M²
SALA DE PREPARO 12M²
PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL
ÁREA DE CARGA E DESCARGA 77,25M²
CONTEÚDO:
PLANTA DE LAYOUT, SETORIZAÇÃO E FLUXOS DO BLOCO PRINCIPAL SALA DE RECUPERAÇÃO 12M²
SAÍDA DE EMERGÊNCIA
B'
ESC 1:150
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
08/20
1
PLANTA DE LAYOUT - BLOCO PRINCIPAL
DATA:
PRANCHA Nº:
INDICADA
03/21
37,40 m
6,10 m
FARMÁCIA 16M²/P.D. 4M RECEPÇÃO/ESPERA 75M²/P.D. 4M
0,15 m
2,00 m
4,00 m
+ 0,15M
PESAGEM 8M² /P.D. 4M
0,15 m
5,00 m
FLUIDOTERAPIA 20M² /P.D. 4M
FISIOTERAPIA 20M² /P.D. 4M
+ 0,15M
+ 0,15M
0,15 m
5,00 m
+ 0,15M
SALA DE VACINAS 12M² /P.D. 4M
0,15 m
0,15 m 4,00 m
0,15 m 4,00 m
3,00 m
0,15 m
3,05 m
DIREÇÃO 16M² /P.D. 4M
CONSULTÓRIO 7 16M² /P.D. 4M
4,00 m
0,15 m 0,15 m
+ 0,15M
+ 0,15M
+ 0,15M
+ 0,15M
11,60 m
0,15 m
3,00m
9,80 m
CIRCULAÇÃO 96,95M²/P.D. 3,8M
+ 0,15M
1,45 m 0,15 m
0,15 m
WC PET 4,30M² + 0,15M
WC PCD 4,30M²
CONSULTÓRIO 2 16M²/P.D. 3,5M
CONSULTÓRIO 3 16M²/P.D. 3,5M
+ 0,15M
+ 0,15M
+ 0,15M
CONSULTÓRIO 4 16M²/P.D. 3,5M
CONSULTÓRIO 5 16M² /P.D. 3,5M
CONSULTÓRIO 6 16M² /P.D. 3,5M
+ 0,15M
+ 0,15M
+ 0,15M
4,00 m
4,00 m
4,00 m
4,00 m
CONSULTÓRIO 1 16M²/P.D. 3,5M
0,15 m
MAS. 2,15M²
WC FEM. 2,15M²
JARDIM INTERNO
0,02 WC m
0,15 m
+ 0,15M
1,80 m
11,60 m
ENTRADA
+ 0,15M
+ 0,15M
1,45 m 0,15 m
2,85 m 0,15 m
2,85 m 0,15 m
4,00 m
4,00 m 0,15 m
4,00 m 0,15 m
0,15 m
0,15 m
0,15 m
3,00 m 0,15 m
0,15 m
37,40 m
01
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
PLANTA DE LAYOUT AMPLIADA - SETOR PRELIMINAR ESC 1:75
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
MOSCA DO BLOCO PRINCIPAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
LAYOUT AMPLIADO DO SETOR PRELIMINAR DATA:
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
1:75
04/21
11,80 m
+ 0,15M
UTI CANINA 12M²/P.D.3M
0,14 m
0,20 m
0,20 m
4,00 m
UTI FELINA 12M²/P.D.3M
UTI MISTA 12M²/P.D.3M
+ 0,15M
ZOONOSES 16M²/P.D.3M
+ 0,15M
+ 0,15M
0,20 m
4,00 m
EXAMES DE IMAGEM 16M²/P.D.3M + 0,15M
0,20 m
4,00 m
CIRCULAÇÃO 12,20M²/P.D.3M
SALA DE RADIOLOGIA 16M²/P.D.3M + 0,15M
+ 0,15M
+ 0,15M
4,00 m
21,40 m
0,20 m
0,20 m
0,20 m 8,80 m 0,20 m
2,00 m
0,20 m
PLANTA DE LAYOUT AMPLIADA - SETOR AUX. DE DIAGNÓSTICO ESC 1:75
0,20 m
0,20 m
4,00 m
0,20 m
5,00 m
5,00 m 0,20 m
6,00 m
+ 0,15M
11,80 m
02 6,00 m
CÂMARA CLARA 8M²/P.D.3M
3,00 m 0,20 m
0,20 m
8,00 m
+ 0,15M
0,20 m
ENTRADA/ SAÍDA
LABORATÓRIO 16M²/P.D.3M
0,20 m
+ 0,15M
INTERNAÇÃO MISTA 25M²/P.D.3M
0,20 m
0,20 m
INTERNAÇÃO FELINA 25M²/P.D.3M
CÂMARA ESCURA 8M²/P.D.3M
+ 0,15M
+ 0,15M
INTERNAÇÃO CANINA 40M²/P.D.3M
2,00 m
CIRCULAÇÃO 12,20M²/P.D.3M
4,10 m
ENTRADA/ SAÍDA
12,80 m
CIRCULAÇÃO 61,55M²/P.D.3M
ENTRADA/ SAÍDA
0,20 m
8,80 m
WC MAS. 5,80M²/P.D.3M
0,20 m
+ 0,15M
+ 0,15M
01
0,20 m
3,00 m
0,20 m
0,20 m
3,00 m
1,93 m 3,00 m
3,00 m
POSTO VETERINÁRIO 16M²/P.D.3M
+ 0,15M
0,20 m
0,20 m
4,00 m
3,00 m
0,20 m
12,80 m
0,20 m
3,00 m
ENTRADA/ SAÍDA
0,20 m
0,20 m
WC FEM. 5,80M²/P.D.3M
4,00 m
4,10 m
0,20 m
0,20 m
3,00 m
4,00 m
0,20 m
1,93m
0,20 m
21,40 m
PLANTA DE LAYOUT AMPLIADA - SETOR DE INTERNAÇÃO
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
ESC 1:75
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
MOSCA DO BLOCO PRINCIPAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
LAYOUT AMPLIADO DO SETOR AUX. DE DIAGNÓSTICO E CIRURGICO DATA:
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
1:75
05/21
25,80 m
MOSCA DO BLOCO PRINCIPAL
0,15 m 0,15 m 0,15 m 0,15 m 0,15 m 0,15 m 1,55 m 1,65 m 1,65 m 2,00 m 2,00 m 0,03 m
0,15 m
0,15 m
BANHO PLANTONISTA 4M²/P.D.3,5M
2,30 m
WC PCD 3,55M² P.D.3M
DML 4M²/P.D.3,5M
0,15 m
0,15 m 4,00 m
3,00 m
0,15 m
6,75 m
NECROTÉRIO 16M²/P.D.4M
LAVANDERIA 12M²/P.D.4M
+ 0,15M
+ 0,15M + 0,13M
+ 0,15M
1,70 m
+ 0,15M
0,15 m
0,15 m
2,00 m
0,15 m
+ 0,15M
4,00 m 0,15 m
13,90 m 0,15 m 3,00 m
SALA DE ESTERILIZAÇÃO 12M²/P.D.3,5M
0,15 m
25,80m
0,15 m
3,00 m
3,00 m
2,00 m
0,15 m
6,75 m
0,15 m
0,15 m
0,15 m
SALA DE RECUPERAÇÃO 12M²/P.D.4M
SALA DE PREPARO 12M²/P.D.4M
DEP. DE MEDICAMENTOS 8M²/P.D.4M
2,00 m
+ 0,15M
+ 0,15M + 0,15M + 0,15M
0,15 m
2,00 m
5,00 m
+ 0,15M
+ 0,15M
5,00 m
+ 0,15M
CIRCULAÇÃO 40,70M²/P.D.3,5M
0,15 m
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO 12,60 m
ENTRADA / SAÍDA
3,00 m
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
0,15 m
+ 0,15M
DISCENTE:
SALA DE CIRURGIA 2 33,75M²/P.D.4M
SALA DE CIRURGIA 1 33,5M²/P.D.3,5M
+ 0,15M
5,00 m
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
5,00 m
+ 0,15M
0,15 m
0,15 m
DEP. DE RAÇÃO 8M²/P.D.4M
+ 0,15M
ÁREA DE CARGA E DESCARGA 77,25M²/P.D.4M
4,00 m
4,00 m
COZINHA 16M²/P.D.4M
+ 0,15M
DESCANSO PARA FUNCIONÁRIOS 20M²/P.D.3M
0,15 m 0,15 m 4,00 m
ENTRADA / SAÍDA
+ 0,15M
COPA 20M²/P.D.3,5M
VESTIÁRIO ANTISSEPSIA 8M²/P.D.3,5M 8M²/P.D.3,5M.
3,00 m
CIRCULAÇÃO 21,40M²/P.D.4M
ENTRADA / SAÍDA
+ 0,15M
11,58 m
SALA DE CONVÍVIO 20M²/P.D.3,5M
+ 0,15M
3,00 m
ENTRADA / SAÍDA
CIRCULAÇÃO 24,80M²/P.D.3M
0,15 m
12,57 m
VAGA PARA CAMINHÃO
+ 0,15M
ESC 1:75
0,15 m
01
PLANTA DE LAYOUT AMPLIADA - SETOR DE SUSTENTAÇÃO
VAGA PARA CARRO FÚNEBRE
WC MAS. WC FEM. DESCANSO P/ 8M²/P.D.3M 8M²/P.D.3M PLANTONISTA + 0,15M + 0,15M 8M²/P.D.3,5M
0,15 m
11,60 m
0,15 m
+ 0,15M
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
0,15 m
LAYOUT AMPLIADO DO SETOR DE SUSTENTAÇÃO E CIRURGICO
PLANTA DE LAYOUT AMPLIADA - SETOR CIRURGICO ESC 1:75
0,15 m
6,70 m
6,75 m
0,15 m 13,90 m
0,15 m
0,15 m
02
DATA:
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
1:75
06/21
JARDIM INTERNO
COBERRTURA EM CONCRETO ARMADO
REVESTIMENTO EM CIMENTO QUEIMADO
UTI FELINA
SETOR DE SUSTENTAÇÃO
CIRCULAÇÃO
INTERNAÇÃO FELINA ESQUADRIA COM ISOLAMENTO ACÚSTICO.
PORTA DE MADEIRA COM REVESTIMENTO MELAMÍNICO E VISOR COM VIDRO JATEADO
COBOGÓ BANDEIRA EM CONCRETO. CABINES EM ALVENARIA E REVESTIDAS COM PORCELANATO. PORTÕES DE GIRO EM ALUMÍNIO.
ESTRUTURA PARA FLORESCER BOUGAINVILLE NAS PAREDES
01
CANTEIROS INTERNOS.
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
MÓVEIS EM MADEIRA FREIJÓ E GRANITO CINZA DE MONTANHA.
CORTE AA' - BLOCO PRINCIPAL ESC 1:100
RECEPÇÃO/SALA DE ESPERA
REVESTIVENTO EM PEDRA NATURAL IRREGULAR EM TONS CLAROS.
02
BANCO LAPINHA.
WC FEM.
JARDIM INTERNO
PAREDE VERDE COM LETREIRO ILUMINADO.
INTERNAÇÃO CANINA
COBERTURA EM CONCRETO ARMADO.
INTERNAÇÃO FELINA
CABINES EM ALVENARIA E REVESTIDAS COM PORCELANATO. PORTÕES DE GIRO EM ALUMÍNIO.
INTERNAÇÃO MISTA
COBOGÓ BANDEIRA EM CONCRETO.
JARDIM INTERNO
SALA DE CIRURGIA I
SALA DE CIRURGIA II
PORTA DE MADEIRA COM REVESTIMENTO MELAMÍNICO E VISOR COM VIDRO JATEADO.
ESTRUTURA PARA FLORESCER BOUGAINVILLE NAS PAREDES.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
CORTE BB' - BLOCO PRINCIPAL ESC 1:100
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
CORTES HUMANIZADOS DO BLOCO PRINCIPAL DATA:
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
1:100
07/21
COLUNAS DECORATIVAS.
01
COBERTURA CURVA EXECUTADA EM CONCRETO ARMADO.
CANTEIRO.
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
CANTEIRO.
BRISES MÓVEIS.
ESC 1:150
PORTA DE MADEIRA COM REVESTIMENTO MELAMÍNICO E VISOR COM VIDRO JATEADO.
GERADOR/LIXO
COBERTURA CURVA EXECUTADA EM CONCRETO ARMADO.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
COBOGÓ BANDEIRA EM CONCRETO.
BRISES MÓVEIS.
FACHADA LATERAL - NORDESTE ESC 1:150
FORRO EM LAMBRI.
03
JARDIM VERTICAL EM MALHA POP.
FACHADA LATERAL - SUDOESTE
LETREIRO LUMINOSO.
02
REVESTIMENTO EM PEDRA NATURAL.
JARDIM VERTICAL NA MALHA POP.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
BRISES MÓVEIS.
GERADOR/ LIXO
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
FACHADA FUNDOS - SUDESTE ESC 1:150
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL GERADOR/ LIXO
FORRO EM LAMBRI.
JARDIM VERTICAL NA MALHA POP.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
BRISES MÓVEIS.
COLUNAS DECORATIVAS.
CONTEÚDO:
FACHADAS DO BLOCO PRINCIPAL DATA:
04
FACHADA FRONTAL - NOROESTE
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
ESC 1:150
PRANCHA Nº:
1:150
08/21
16,70 m
I = 40%
33,85 m
I = 10%
14,65 m
COBERTURA RETRÁTIL, ESTILO CLARABOIA.
11,15 m
I = 10%
15,35 m
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SENTIDO DE ABERTURA
DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
5,65 m
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
I = 60%
COBERTURA DO BLOCO PRINCIPAL DATA:
ESCALA:
13/11/2020
1
COBERTURA - BLOCO PRINCIPAL ESC 1:150
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
INDICADA
09/21
F' 10,00 m
0,15 m 4,00 m
WC FEM. WC MAS. 3M² 3M² /P.D.3M /P.D.3M + 0,15M
4,00 m 0,15 m
SALA DE CREMAÇÃO 20M²/P.D.3M
+ 0,15M
+ 0,15M
SALA DE VELÓRIO 16M²/P.D.3M
PETSHOP 60M²/P.D.3M
6,00 m
0,15 m
0,15 m
0,15 m 1,00 m 1,00 m
5,00 m
0,15 m
4,00 m
0,15 m
09/20
D
09/20
10,75 m
+ 0,30M
E 09/20
E' 09/20
+ 0,15M
02/90
+ 0,15M
+ 0,15M
F
CÂMARA FRIA 8M²/P.D.3M
C
0,15 m
5,00 m
RECEPÇÃO/ SALA DE ESPERA 20M²/P.D.3M
2,00 m
9,45 m
CIRCULAÇÃO 15M²/P.D.3M
9,45 m
'C
09/20
02/90
02
0,15 m
0,15 m
VARANDA 12,9M²/P.D.3M
2,OO m
+ 0,15M
PLANTA DE LAYOUT - PET SHOP ESC 1:75
+ 0,15M
0,15 m
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
6,45 m
4,00 m 0,15m
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
10,75 m
D'
09/20
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES
01
PLANTA DE LAYOUT - SETOR DE CREMAÇÃO
ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI
ESC 1:75 PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
LAYOUT AMPLIADO DO SETOR DE CREMAÇÃO E PETSHOP DATA:
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
1:75
10/21
TELHADO VERDE.
SALA DE CREMAÇÃO
ESQUADRIAS EM ALUMÍNIO NA COR PRETA E VIDRO TRANSLÚCIDO.
TELHADO VERDE.
BRISES MÓVEIS.
RECEPÇÃO/ ESPERA
CIRCULAÇÃO
PINTURA NA COR BRANCA.
01
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
RECEPÇÃO/ SALA DE ESPERA
SALA DE VELÓRIO
MÓVEIS EM MADEIRA FREIJÓ E DETALHES NA COR BRANCA.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
COBOGÓ BANDEIRA EM CONCRETO.
CORTE CC' - SETOR DE CREMAÇÃO
ESQUADRIAS EM ALUMÍNIO NA COR PRETA E VIDRO TRANSLÚCIDO.
REVESTIMENTO EM FILETE DE PEDRA NATURAL.
CORTE DD' - SETOR DE CREMAÇÃO
02
ESC 1:75
ESC 1:75
PET SHOP
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
03
CORTE EE' - PET SHOP
ESQUADRIAS EM ALUMÍNIO NA COR PRETA E VIDRO TRANSLÚCIDO.
CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
COLUNAS DECORATIVAS.
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
ESC 1:75
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO TELHADO VERDE.
GONDULAS VITRINE NA COR PRETA.
BRISES MÓVEIS.
DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI
PET SHOP PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
CORTES DO SETOR DE CREMAÇÃO E PETSHOP DATA:
04
CORTE FF' - PET SHOP ESC 1:75
ESQUADRIAS EM ALUMÍNIO NA COR PRETA E VIDRO TRANSLÚCIDO.
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
1:75
11/21
BRISES MÓVEIS.
01
COBOGÓ BANDEIRA EM CONCRETO.
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
FACHADA SUDESTE - SETOR DE CREMAÇÃO
BRISES MÓVEIS.
JARDIM VERTICAL.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
FACHADA SUDOESTE - SETOR DE CREMAÇÃO
02
ESC 1:75
ESC 1:75
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
BRISES MÓVEIS.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
03
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
FACHADA NOROESTE - SETOR DE CREMAÇÃO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ESC 1:75
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
BRISES MÓVEIS.
DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
FACHADAS DO SETOR DE CREMAÇÃO DATA:
ESCALA:
13/11/2020 OBSERVAÇÕES:
04
FACHADA NORDESTE - SETOR DE CREMAÇÃO ESC 1:75
PRANCHA Nº:
INDICADA
12/21
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
01
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
BRISES MÓVEIS.
COLUNAS DECORATIVAS.
FACHADA SUDESTE - PETSHOP
COLUNAS DECORATIVAS.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
COLUNAS DECORATIVAS.
BRISES MÓVEIS.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
FACHADA NOROESTE - PETSHOP
02
ESC 1:75
ESC 1:75
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
BRISES MÓVEIS.
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
03
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
FACHADA NORDESTE - PETSHOP
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ESC 1:75
BRISES MÓVEIS.
ESTRUTURA METÁLICA NA COR PRETA COM VIDRO DE 10MM.
PINTURA COM EFEITO DE CIMENTO QUEIMADO.
DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
FACHADAS DO PETSHOP DATA:
ESCALA:
13/11/2020
04
FACHADA SUDOESTE - PETSHOP ESC 1:75
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
INDICADA
13/21
01
PERSPECTIVA EXTERNA - DIURNO
PERSPECTIVA EXTERNA - NOTURNO
02
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
PERSPECTIVAS EXTERNAS DATA:
ESCALA:
13/11/2020
03
PERSPECTIVA EXTERNA - SETOR DE ESTACIONAMENTO E RECREAÇÃO
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
SEM ESCALA
14/21
01
PERSPECTIVA EXTERNA BLOCO PRINCIPAL
PERSPECTIVA EXTERNA BLOCO PRINCIPAL
02
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DISCENTE:
AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
PERSPECTIVAS EXTERNAS DATA:
ESCALA:
13/11/2020
03
PERSPECTIVA EXTERNA - ÁREA DE ADESTRAMENTO
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
SEM ESCALA
15/21
01
PERSPECTIVA EXTERNA - CAMINHO FELIZ
PERSPECTIVA EXTERNA - JARDIM
02
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AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
PERSPECTIVAS EXTERNAS DATA:
ESCALA:
13/11/2020
03
PERSPECTIVA EXTERNA - CEMITÉRIO VERDE
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
SEM ESCALA
16/21
01
PERSPECTIVA EXTERNA - ESTACIONAMENTO
PERSPECTIVA EXTERNA - ÁREA DE SERVIÇOS
02
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ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
PERSPECTIVAS EXTERNAS DATA:
ESCALA:
13/11/2020
03
PERSPECTIVA EXTERNA - PRAÇA
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
SEM ESCALA
17/21
01
PERSPECTIVA EXTERNA - CABEA
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ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
PERSPECTIVAS EXTERNAS DATA:
ESCALA:
13/11/2020
02
PERSPECTIVA EXTERNA - CASTRAMÓVEL
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
SEM ESCALA
18/21
01
PERSPECTIVA INTERNA - SETOR PRELIMINAR
PERSPECTIVA INTERNA - SETOR PRELIMINAR
02
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AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
PERSPECTIVAS INTERNAS DATA:
ESCALA:
13/11/2020
03
PERSPECTIVA INTERNA - SETOR PRELIMINAR
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
SEM ESCALA
19/21
01
PERSPECTIVA INTERNA - SETOR PRELIMINAR
PERSPECTIVA INTERNA - SETOR DE INTERNAÇÃO
02
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ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
PERSPECTIVAS INTERNAS DATA:
ESCALA:
13/11/2020
03
PERSPECTIVA EXTERNA - SETOR DE INTERNAÇÃO
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
SEM ESCALA
20/21
01
PERSPECTIVA INTERNA - JARDIM
02
PERSPECTIVA INTERNA - JARDIM
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AMANDA DE FÁTIMA MELANDRI BESSA ALVES ORIENTADORA:
ANA KYZZY FACHETTI PROJETO:
ARQUITETURA HOSPITALAR VETERINÁRIA UNIDADE DE SAÚDE E BEM-ESTAR ANIMAL NO ÂMBITO PÚBLICO MUNICIPAL CONTEÚDO:
PERSPECTIVAS INTERNA DATA:
ESCALA:
13/11/2020
03
PERSPECTIVA INTERNA - JARDIM
OBSERVAÇÕES:
PRANCHA Nº:
SEM ESCALA
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10. Referencial bibliográfico
P á g i n a | 91 10.1 Referências acadêmicas GERMINIANI, Clotilde de Lourdes Branco. A História Da Medicina Veterinária No Brasil. Archives of Veterinary Science. Curitiba, v.3, nº1, p. 1-8, 1998. AMS, E.M.G.G.; PASQUALIN, C.A. Orientações ao Médico Veterinário – Manual de Direitos e Deveres. SINDIVET/PR, Curitiba, 1ª ed., p. 7-9, 2011. DRESSEL, Tainá de Sena. A Medicina Veterinária Na História Da Humanidade: A Ciência Dos Animais Na Base Das Civilizações. V Mostra de Iniciação Científica Júnior. 2015. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA – CFMV. História da Medicina
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Referência
Técnica
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O
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– 79. 2008.
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CABEA | Centro de Acolhimento e Bem-Estar Animal
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P á g i n a | 92 Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Decreto nº 42, de 17 de dezembro de 2018. Rio de Janeiro, 2018. RANGEL, Juliana. Biofilia: O que é e como aplicar na arquitetura. Revista SustentArqui. Construção sustentável. 2018. ZANATTA, A. A.; SANTOS-JUNIOR, R. J.; PERINI, C. C.; FISCHER, M.L. Biofilia: produção de vida ativa em cuidados paliativos. Revista Saúde debate, v. 43, n. 122, p. 949-965. Rio de Janeiro, julset, 2019 BROWNING, W.D., RYAN, C.O., CLANCY, J.O. 14 Patterns of Biophilic Design. New York: Terrapin Bright Green, LLC. 2014. COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Laudo ergonômico 2013 – Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Elaborado por Ana Maria Lobo Noronha. São Paulo: COVISA, 2013.
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