Clínica para Tratamento Humanizado de Crianças com Câncer_ TFG Raiza Barros

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Clínica de Tratamento Humanizado Do Câncer Infantil de Fortaleza

RAIZA BARBOSA BARROS ORIENTAÇÃO: VERENA ROTHBRUST DE LIMA

UNIFOR - Universidade de Fortaleza. Fortaleza-CE, 28 de novembro de 2018



Clínica de Tratamento Humanizado do Câncer Infantil de Fortaleza

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza, como requisito parcial para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista. Orientadora: Verena Rothbrust De Lima

Fortaleza, 28 de novembro de 2018


Ficha catalográfica da obra elaborada pelo autor através do programa de geração automática da Biblioteca Central da Universidade de Fortaleza

Barros, Raiza. Centro de Tratamento Humanizado do Câncer Infantil de Fortaleza / Raiza Barros. - 2018 131 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade de Fortaleza. Curso de Arquitetura E Urbanismo, Fortaleza, 2018. Orientação: Verena Lima. 1. Humanização. 2. Arquitetura Hospitalar. 3. Câncer pediátrico. I. Lima, Verena . II. Título.


Clínica de Tratamento Humanizado do Câncer Infantil de Fortaleza

BANCA EXAMINADORA

Prof. Ms. Verena Rothbrust De Lima - Orientadora Universidade de Fortaleza

Prof. Ms. André Araújo Almeida - Professor Convidado Universidade de Fortaleza

Beatriz Saboia Mont’Alverne Girão - Arquiteta e Urbanista Convidada

Fortaleza, 28 de novembro de 2018


AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus por me proporcionar agregar mais essa experiência à minha vida, e por nunca me faltar quando desistir era o caminho mais fácil. A Minha Família, por não medirem esforços para fazer o possível e até impossível para a realização desse e de muitos outros sonhos. Principalmente aos meus pais, Elza e Cid Barros, por serem o meu exemplo de caráter, dedicação e determinação. A minha avó Maria Barbosa e aos meus irmãos Eliza e Rafael por nunca faltar em me apoiar em todas as decisões. Aos meus amigos de curso, que viveram ao meu lado cada dia a dia durante esses anos, que me ensinaram o sentido de equipe dando um suporte ao outro e principalmente compartilhando as conquistas. Um agradecimento especial àqueles que nunca me faltaram, e que sempre estão ao meu lado além da faculdade, minhas duplas Johnny Freitas e Raphael Leite, e Renata Marques. Aos Amigos que vim conquistanto em cada etapa da minha jornada, que caminham ao meu lado tornando os meus dias mais leves e estão sempre disponíveis acreditando em mim. Em especial à Mariana Kolb que me ouve e me aconcelha desde o colégio, à Tassia Costa que nunca deixa de acreditar no meu potencial, à família Jayhawk em especial à Terumi Kawai e Maria Salvati, amigas que Lawrence/ CSF me proporcionou levar para a vida. Muito obrigado pela amizade e companheirismo. Aos Professores da Universidade de Fortaleza, que compartilharam comigo seus conhecimentos durante essa jornada para minha formação tanto acadêmica como pessoal. Agradeço sobretudo à minha Orientadora, Verena Rothbrust, que me resgatou e me aceitou como orientanda. Obrigada pela sua paciência e por sempre exigir de mim o melhor. Àqueles que sempre torceram por mim, cada um contribuiu de uma maneira particular, muito obrigada.


RESUMO

ABSTRACT

O projeto tem como proposta a criação de uma clínica de tratamento humanizado para crianças com idade até 12 anos que estão no processo de tratamento do câncer na cidade de Fortaleza. Uma clínica de caráter filantrópico, mantida pelo poder público em parceria com a iniciativa privada, a qual terá seu atendimento vinculado ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF).

The project proposes the creation of a humanized treatment clinic for children up to the age of 12 who are in the process of treating cancer in the city of Fortaleza. It will be a philanthropic clinic, maintained by the government in partnership with the private initiative, which will have its attendance linked to the General Hospital of Fortaleza (HGF).

O diagnóstico do câncer tende a ser devastador na vida de uma criança, alterando completamente seu dia-a-dia. Visando amenizar o impacto negativo da rotina de tratamento, a clínica se propõe a proporcionar um tratamento mais humano, o qual atenderá todas as necessidades oncológicas em uma estrutura multidisciplinar aliando a arquitetura, a medicina e a psicologia, assegurando assim uma melhor qualidade de vida durante esse processo.

The diagnosis of cancer tends to be devastating in a children’s life, changing their daily life. Aiming to minimize the negative impact of the treatment routine, the clinic will provide a more humane treatment, which will treat all cancer needs in a multidisciplinary structure combining architecture, medicine and psychology, thus ensuring a better quality of life during this process.

Visando diminuir o isolamento dos pacientes em tratamento e integrá-los ao meio e à sociedade, a edificação toma ainda partido do espaço urbano com a implantação de uma praça e uma área externa ampla e permeável aos usuários do espaço. Além disso, o espaço promove uma maior interação com a natureza, com a implantação de jardins internos e lajes jardim. A implantação da clínica irá proporcionar a sociedade uma alternativa de tratamento do câncer pediátrico mais especializado que visa a promoção da vida, e isso irá contribuir junto a rede de saúde na diminuição na espera pelo tratamento.

Palavras-chave: Humanização; Arquitetura hospitalar; Câncer pediátrico

In addition, aiming to reduce the isolation of patients undergoing treatment and integrate them into the environment and society, the building also takes advantage of the urban space with the implementation of a park and an external area wide and permeable to users of the space. Moreover, the building promotes a greater interaction with the nature, with the implementation of internal gardens and garden slabs. The implementation of the clinic will provide to the society a more specialized pediatric cancer treatment alternative that aims to promote life, besides this will contribute to the public health network in reducing the waiting for treatment.

Keywords: Humanization; Hospital Architecture; Pediatric Cancer.


ÍNDICE

INTRODUÇÃO Justificativa / Contextualização 9 Objetivos 11 Metodologia do Projeto 12

REFERENCIAL CONCEITUAL O câncer 13 Humanização 19 Legislação pertinente 23

REFERENCIAL PROJETUAL Centros de Apoio e Recuperação “Maggie’s Centers” 24 Centro Infantil Boldrini 30 Centro Pediátrico do Câncer – Hospital Albert Sabin 36


PROPOSTA PROJETUAL Diretrizes projetuais O terreno Análise Físico ambiental Programa de Necessidades O Partido Arquitetônico A Forma A Implantação A Setorização Os apartamentos

40 42 44 52 74 76 78 80 91

ANEXOS DESENHOS TÉCNICOS IMAGENS DO PROJETO

96 128

CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1  Criança sorrindo. Figura 2.2  Humanização hospitalar. Figura 3.1  Maggie’s Manchester. Figura 3.2  Centro Maggie Hong Kong por Gehry Partners, 2013. Figura 3.3  West London, Inglaterra, 2011 por MJP Architects. Figura 3.4  Centro Maggie da cidade de Manchester. Figura 3.5  Planta baixa do Térreo. Figura 3.6  Corte Transversal da Edificação. Figura 3.7  Planta de Implantação do centro. Figura 3.8  Vista aérea do Centro Infantil Boldrini. Figura 3.9  Intervenção artística no posto de enfermagem. Figura 3.10  Brinquedoteca do Centro Boldrini. Figura 3.11  Visão interna do chalé da Casa da Criança e da Família. Figura 3.12  Vista Externa do Centro Pediátrico Hospital Albert Sabin. Figura 3.13  Brinquedoteca Centro Pediátrico do Câncer. Figura 4.1  Mapeamento de Unidades de Saúde Pública com tratamento Oncológico. Figura 4.2  Mapa de situação do terreno. Figura 4.3  Mapeamento do Sistema Viário e Mobilidade Urbana. Figura 4.4  Mapeamento do so do solo. Figura 4.5  Gráfico da direção dos ventos. Figura 4.6  Carta solar. Figura 4.7  Zoneamento. Figura 4.8  Setores. Figura 4.9  Fluxograma Geral. Figura 4.10  Fluxograma de Apoio ao Diagnóstico. Figura 4.11  Fluxograma de Cuidados Paliativos. Figura 4.12  Fluxograma de Serviço. Figura 4.13  Fluxograma da administração. Figura 4.14  Fluxograma de Quimioterapia. Figura 4.15  Fluxograma de Radioterapia. Figura 4.16  Fluxograma de Internação.

16 20 24 27 27 27 29 29 29 30 34 34 34 36 39 42 42 44 46 48 49 51 52 54 64 66 68 70 71 71 72


Figura 4.17  Diagrama do partido conceitual. Figura 4.18  Esquema do desenvolvimento do Origami. Figura 4.19  Malha estrutural e pilares. Figura 4.20  Estudo volumétrico. Figura 4.21  Laje alveolar. Figura 4.22  Implantação. Figura 4.23  Masterplan. Figura 4.24  Setorização, volumetria esquemática. Figura 4.25  Corte esquemático da laje jardim. Figura 4.26  Corte parede verde. Figura 4.27  Isométrica explodida da parede verde. Figura 4.28  Planta baixa da parede verde. Figura 4.29  Brise metálico. Figura 4.30  Planta baixa do brise metálico. Figura 4.31  Corte do brise metálico. Figura 4.32  Planta baixa do painel. Figura 4.33  Corte da fachada. Figura 4.34  Isométrica da fachada. Figura 4.35  Padrões. Figura 4.36  Planta baixa do apartamento. Figura 4.37  Perspectiva interna do apartamento. Figura 4.38  Perspectiva interna do apartamento. Figura 4.39  Perspectiva externa. Figura 4.40  Fachada principal. Figura 4.41  Perspectiva vôo de pássaro. Figura 4.42  Recepção. Figura 4.43  Perspectiva vôo de pássaro. Figura 4.44  Circulação do pavimento superior. Figura 4.45  Entrada principal. Figura 4.46  Circulação interna. Figura 4.47  Perspectiva externa.

74 75 76 77 77 78 78 81 82 83 84 84 85 85 86 87 88 89 90 92 93 94 131 131 131 133 134 135 136 136 137


LISTA DE ABREVIAÇÕES ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária APP – Associação Peter Pan EAS – Estabelecimentos Assistenciais de Saúde ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente NBR – Norma Brasileira HIAS – Hospital Infantil Albert Sabin INCA – Instituto Nacional do Câncer OMS – Organização Mundial de Saúde PNH – Política Nacional de Humanização PNHAH – Programa Nacional de Humanização da Atenção Hospitalar RDC – Resolução da Diretoria Colegiada UTI – Unidade de Terapia Intensiva


INTRODUÇÃO Justificativa / Contextualização Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), câncer é uma nomenclatura atribuída a uma série de doenças, que possuem em comum o seu crescimento desordenado e invasivo ao corpo humano. A doença tem caráter altamente agressivo e incontrolável, afetando não somente fisicamente o indivíduo, mas também psicologicamente causando uma desestruturação ao paciente e seus familiares. O câncer, segundo a Organização Mundial de Saúde, é a segunda maior causa de mortes no Brasil e no mundo, com uma crescente expansão nesse número devido ao envelhecimento populacional e ao novo estilo de vida dos mesmos com uma maior exposição aos fatores de risco. No estado do Ceará a perspectiva não é diferente da situação do país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), há uma previsão de mais de 20.000 novos casos da doença em 2018, número esse alarmante devido aos seus efeitos nos pacientes, familiares, comunidade e sistema de saúde. A exposição aos fatores de risco é determinante em tumores apresentados nos adultos, no entanto, ainda são pouco conhecidas as causas dos tumores pediátricos. O câncer em crianças e adolescentes é um assunto delicado pelo seu aspecto emocional, e por apresentar um menor período de latência, ele possui um rápido e invasivo desenvolvimento. Entretanto, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, o índice de cura pode atingir 70% dos casos quando se obtém um diagnóstico precoce e um tratamento adequado. Tal índice ainda não foi atingido pelo Brasil, isso devido à falta de informação sobre o assunto, cerca de metade das crianças com a doença não chegam a ter acesso a um tratamento.

Na cidade de Fortaleza o Hospital Infantil Albert Sabin juntamente com a Associação Peter Pan conta com uma estrutura referência no Nordeste no tratamento de crianças com câncer. O Centro Pediátrico do Câncer, inaugurado no ano de 2015, conta com uma estrutura multidisciplinar onde aliam a estrutura de um hospital bem equipado com o trabalho social desenvolvido pela associação. Essa parceria proporcionou ao Estado um atendimento eficaz à criança com câncer, onde hoje, segundo a assessoria do hospital, eles atendem em média 600 crianças diariamente com qualidade. Apesar de Fortaleza possuir esse equipamento que é um referencial funcional no tratamento do câncer, o mesmo ainda é um hospital que não trabalha bem a humanização dos seus espaços, com espaços sem uma preocupação com o conforto dos pacientes. No parâmetro do tratamento paliativo, além da humanização do tratamento, a humanização da arquitetura é um fator contribui para proporcionar uma melhor qualidade do tratamento. A presença de hospitais de referência na cidade de Fortaleza aumenta a procura por atendimento, criando um fluxo de pessoas vindo do interior e até de outros estados. Esse grande fluxo gera uma necessidade de criação de ambientes que acolham essas famílias, que em sua maioria alteram suas rotinas para se dedicar ao tratamento. O diagnóstico do câncer é impactante na vida de uma criança, pois há agregado nele um processo cruciante que altera a rotina do paciente, tirando a criança do seu ambiente familiar para ambientes hospitalares hostis, que remetem à doença. Além dos adultos no contexto da doença, as crianças são as que neces-


sitam ainda mais de um tratamento especial, pois elas são psicologicamente mais frágeis necessitando de um acompanhamento mais especializado. Uma criança bem assistida tem mais chances contra essa doença tão devastadora. Diante do exposto, se faz necessário a criação de uma clínica de tratamento que dará um apoio complementar ao atendimento já prestado nos hospitais. Essa clínica contará com uma estrutura multidisciplinar que alia a arquitetura, a medicina e a psicologia intentando assegurar ao paciente uma melhor qualidade de vida durante o tratamento. Pois irá acolher essa criança em um ambiente agregador, com uma arquitetura humanizada que irá contribuir nesse processo, proporcionando um bem-estar físico e emocional contrapondo ao ambiente hospitalar padrão. A implantação da clínica irá possibilitar o atendimento dessa parte da população que está desassistida, sem acesso ao tratamento, amenizando assim a crescente demanda de pacientes na cidade de Fortaleza.

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INTRODUÇÃO

Objetivos

Objetivo geral Desenvolver uma clínica de tratamento do câncer infantil com uma abordagem mais humanizada na cidade de fortaleza.

Objetivos Específicos Visando atingir o objetivo geral do projeto proposto, se faz necessário o cumprimento dos seguintes objetivos específicos: Utilizar as diretrizes da humanização na arquitetura como fundamento para a intervenção projetual. Propor um equipamento que promova à criança em tratamento uma maior interação com o meio, um tratamento com mais qualidade de vida, mas que cumpra com todas as exigências necessárias a um ambiente de assistência à saúde. Desenvolver uma arquitetura que proporcione aos seus usuários um maior contato com a paisagem e o meio urbano; Criar espaços que proporcionem o convívio com outras crianças em tratamento, com áreas de lazer e conveniência; Propor um equipamento que proporcione a inserção da família no processo do tratamento clínico do paciente;

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Metodologia do Projeto Para elaboração do projeto proposto atingido todos os objetivos listados anteriormente, o processo para elaboração do projeto foi dividido em quatro etapas: Estudo e apropriação do tema – através da coleta de dados para o entendimento da dinâmica do processo de tratamento do câncer infantil, estudo de projetos semelhantes para entendimento de conceitos e técnicas, e análise de legislação. Diagnóstico da área de implantação – Através da coleta de dados da área referente aos usos, mobilidade urbana, legislação e aspectos ambientais foi feito um diagnóstico para implantação do equipamento na área, justificando assim a escolha do terro. Diretrizes Projetuais – Tomando partido das etapas anteriores foi traçado diretrizes para nortear a execução do projeto. A partir dessas diretrizes foi proposto o programa de necessidades do equipamento. O Projeto – Por fim, foi elaborado um projeto baseado nas etapas anteriores. O projeto é abordado de forma processual, evidenciando as soluções tomadas para cada proposição física apresentada.

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REFERENCIAL CONCEITUAL O câncer Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) “Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.”

As causas do câncer podem estar relacionadas tanto a fatores externos ao organismo, como uma longa exposição à matéria cancerígena, como por fatores internos genéticos que estão pré-determinados a ocorrer, os quais ambos podem estar correlacionados. Segundo o INCA, mais de 80% dos casos de câncer estão relacionados aos fatores externos, os quais estão diretamente relacionados à intensidade e ao tempo de exposição aos agentes causadores. Como por exemplo, o tabagismo pode resultar no câncer no pulmão, e a exposição à radiação solar sem proteção pode resultar no câncer de pele. Já os casos referentes a fatores hereditários são mais raros ainda que a genética exerça forte influência na oncogênese. Algumas tipologias de câncer, como o de mama, possuem um forte componente familiar. Segundo o Instituto Oncoguia, o tipo de câncer é determinado a partir do local do organismo onde se originou a doença independentemente da sua metástase. As diferentes tipologias podem ser agrupadas em cinco categorias mais amplas, são elas: carcinomas, sarcomas, leucemias, linfomas e mielomas, e câncer do sistema nervoso central. Cada tipo de câncer

possui uma forma distinta de manifestação no organismo, exigindo assim um tratamento distinto para cada tipo específico. Por volta do meio do século XIX era raro o diagnóstico precoce do câncer, na maioria dos casos era descoberto à doença já em um estado avançado sendo oferecido assim ao paciente apenas medidas de apoio. Nessa época ser diagnosticado com a doença era perturbador, pois bem mais que nos dias de hoje, a doença era associada à deformação, dor, sofrimento, e até mesmo transmissão. Nos dias atuais, ainda há uma repulsa com o diagnóstico, no entanto, há disponíveis à sociedade diversos tipos de tratamento, inclusive na rede pública de saúde, são eles: quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea, a cirurgia de remoção, imunoterapia, hormonioterapia e também através de células embrionárias. O tratamento através da cirurgia é uma alternativa utilizada quando o tumor está contido em uma área isolada, sendo mais eficiente quando o câncer ainda não se disseminou para outras partes do corpo. A cirurgia é realizada para a remoção do tumor e tecidos adjacentes que podem conter células cancerígenas. Outros tratamentos podem ser realizados em conjunto antes ou até mesmo depois da cirurgia. A radioterapia é o tratamento utilizado em tumores localizados, ela utiliza da radiação para eliminar o tumor ou apenas conter as células cancerígenas. Ela pode ser ministrada de duas maneiras, por radioterapia externa através de raios de alta energia, e por radioterapia interna onde implantes são colocados no

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corpo perto das células cancerígenas. O tratamento de radio pode ser administrado junto com a quimioterapia e a cirurgia. O tratamento através de medicamentos quimioterápicos administrados por via venosa ou oral, popularmente conhecido por químio, possui uma atuação mais abrangente, podendo tratar cânceres disseminados pelo organismo devido ao fato dele atingir todas as partes do organismo. A químio é um tratamento cíclico com um período de descanso para proporcionar às células normais sua recuperação. As doses são ministradas de acordo com o tipo de câncer e seu estágio de desenvolvimento da doença. A quimioterapia pode ser usada tanto para cura da doença, como para o impedimento da disseminação, o retardo do crescimento do câncer, alívio dos sintomas provocados da doença, redução na dimensão do tumor antes do procedimento cirúrgico, e na diminuição do risco de recidiva após a cirurgia.

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do resultados promissores, devido ao fato delas não terem passado pelo processo de diferenciação celular podendo assim se transformar em diversos tipos celulares. Elas estão sendo muito utilizadas no tratamento contra a leucemia, onde atuam na recuperação celular após a destruição do câncer por processos mais agressivos como a quimioterapia. O tratamento de células tronco ainda é bastante questionado por não se saber a carga genética que vem embutida nelas, apesar disso, devido ao seu poder celular, a sua coleta está sendo bastante incentivada até com a criação de bancos públicos de coleta.

Há também o tratamento através da imunoterapia, ou terapia alvo, o qual utiliza o próprio sistema de defesa do indivíduo para combater o câncer. Algumas células cancerígenas são capazes de driblar o sistema imunológico fazendo com que o mesmo não tenha ação contra elas, nesse caso o tratamento funciona através de medicamentos via oral estimulando o sistema trabalhar mais fortemente contra a doença. Esse tratamento ainda é autorizado para poucos tipos da doença, ainda em estudo em alguns casos.

Esses tratamentos da doença só são determinados após um diagnóstico clínico depende do tipo do câncer, do estágio de desenvolvimento do tumor, da área onde o mesmo está alocado, e do estado de saúde do paciente o qual irá receber uma grande carga de medicamentos que geram efeitos colaterais. Os tratamentos em sua maioria ocasionam malquistos efeitos colaterais que fragilizam o paciente, tais como: fraqueza, queda de cabelo, náuseas, tonturas, vômitos, feridas e perda de peso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o início do tratamento geralmente é a fase mais agressiva com a finalidade da cura ou da remissão do tumor, tendo assim a necessidade de um melhor acompanhamento dos pacientes e familiares. O tratamento da doença não acaba com o término dos tratamentos curativos, após esse estágio os pacientes ainda irão passar por um longo período de acompanhamento.

Muitos estudos ainda são realizados no mundo com o intuito de combater essa doença que é tão devastadora, um deles é o tratamento através de células embrionárias. Na oncologia essas células estão ten-

Aliado aos tratamentos convencionais ministrados em ambientes hospitalares há a possibilidade de cuidados paliativos que auxiliam o tratamento. O conceito de cuidados paliativos definidos pela Organiza-


REFERENCIAL CONCEITUAL

ção Mundial da Saúde (OMS) em 1990 e atualizado em 2002 é: “Cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.

Os cuidados paliativos podem seguir as três fases da doença com abordagens específicas para cada situação. Na fase inicial do tratamento, onde há uma necessidade de transmitir o otimismo aos pacientes e familiares. Em um estágio mais avançado a abordagem deve ser na articulação dos sintomas mais difíceis e dos aspectos psicológicos que afetam o paciente. Em estágios terminais, o tratamento entra para proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes. A utilização desse tipo de tratamento vem agregando maior qualidade de vida durante o processo da cura, sendo muito importante sua aplicação principalmente em tratamentos do câncer infantil, aonde é lidado com pacientes mais psicologicamente frágeis.

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Figura 2.1  Criança sorrindo.

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REFERENCIAL CONCEITUAL

O câncer infantil Uma das fases mais importantes na vida de qualquer pessoa é a infância, é nela a partir de influências familiares e sociais que o indivíduo passa a se conhecer, a construir uma personalidade que irá nortear suas experiências futuras. A pediatria é uma especialidade da medicina relativamente nova, onde é voltada para o corpo infantil em processo de formação com suas peculiaridades em relação ao corpo adulto. Essa diferenciação não ocorria em meados do século XVIII, onde as crianças eram tratadas como pequenos adultos, foi somente a partir da revolução industrial devido à péssima qualidade de vida que as crianças passaram a ter um maior cuidado com a saúde. No Brasil, a pediatria foi impulsionada em 1910 com a criação da Associação Brasileira de Pediatria, a qual tinha como objetivo o estudo dos problemas e patologias infantis. Atualmente no país, o cuidado com a criança passou a ser tratado com prioridade, observa-se assim a presença de diversos equipamentos de saúde voltados para esse perfil de usuários, e além disso a presença de normativas que estabelecem o direito à vida a essas crianças. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela lei federal 8.069 regulatória dos direitos humanos das crianças e adolescentes no Brasil em 1990, define na condição de criança aqueles de até doze anos incompletos, e na condição de adolescente aos que tiverem entre doze e dezoito anos. O ECA, além da proteção integral dos direitos das crianças, estabelece que é de dever da família, da sociedade e do poder público prover a criança e adolescente prioridade no cumprimento dos direitos como prover edu-

cação, saúde, lazer, dignidade, respeito, convivência, entre outros. O câncer pediátrico ainda é considerado raro no Brasil e no mundo, atingindo uma a cada 600 crianças de até 15 anos. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que no Brasil seja registrado a cada ano cerca de 12 mil novos casos de câncer infantil. Além disso, em crianças a chances de cura são elevadas quando se obtém o diagnóstico precoce e é recebido um tratamento especializado, chegando a uma média de 70% dos casos. No entanto, o diagnóstico em seu estágio inicial é um dos problemas mais enfrentados, já que muitos sintomas são pertinentes a outras doenças, como a febre, dores nos ossos, manchas pelo corpo. Diversos cânceres pediátricos ocorrem em crianças em uma baixa faixa etária, fazendo assim surgir muitos questionamentos da família. O câncer infantil ainda é muito difícil o reconhecimento das causas, segundo o Instituto Oncoguia, o câncer infantil na maioria dos casos não está relacionado à exposição aos fatores de risco como ocorre nos adultos, mas sim como resultado de alterações no DNA das células podendo ocorrer até mesmo antes do nascimento. O fato de essas alterações genéticas ocorrerem em células embrionárias ainda em fase de desenvolvimento faz com que a doença se desenvolva de uma maneira mais acelerada, diminuindo assim as chances de tratamento. Os tipos de câncer que atingem os infantos diferem bastante em relação aos que acometem os adultos, tendo as leucemias como os tipos mais comuns, atingindo com mais frequência à faixa etária dos 2 aos 5 anos de idade. Cânceres do sistema nervoso central

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vêm em seguida e, em terceiro lugar, os linfomas, que são cânceres do sistema linfático. O tratamento do câncer infantil é definido a partir do estágio de evolução do tumor, do tipo de tumor e da idade do paciente. As opções de tratamento incluem a quimioterapia, a cirurgia de remoção, radioterapia e outros tipos como o transplante de medula e as células embrionárias, podendo elas ser combinadas ou não. O tratamento mais utilizado em crianças é a quimioterapia, devido às células atacada pela doença ainda estarem em estágio de desenvolvimento, fazendo com que as crianças respondam melhor ao tratamento e sejam mais tolerantes, ou seja, podendo receber doses maiores e se recuperarem mais rapidamente. Já a radioterapia é uma alternativa bem menos utilizada em crianças por produzir mais efeitos colaterais em longo prazo. O câncer é uma doença, que apesar de possuir bastante incentivo em pesquisas, e dos avanços tecnológicos no diagnóstico e tratamento, carrega uma carga emocional muito pesada, sendo facilmente associada à morte. O diagnóstico do câncer carrega um sentimento de medo, o medo da dor, do sofrimento, do que o futuro lhe reserva. Os danos causados pela

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doença são de caráter físico e psicológico, isso devido aos tratamentos agressivos que alteram a vida dos pacientes. Quando diagnosticado em crianças, esses danos se estendem aos seus familiares, tendo assim um importante papel no tratamento e recuperação. A reação em cada família é bem individual, dependendo de outros fatores além do estágio da doença, onde a personalidade de cada um influencia na maneira de conduzir a doença, no entanto é comum a todos os casos a necessidades recursos para amenizar os efeitos dessa doença, que é tão devastadora. Com isso, tratamento ideal de uma criança com câncer deve ser ministrado em centros especializados de atendimento infantis onde outras crianças também estejam recebendo tratamento. Isso devido a esses espaços possuírem o apoio de uma equipe multidisciplinar que vai além de médicos pediátricos, podendo oferecer um tratamento especializado às necessidades de uma criança e adolescente. Esses centros contam com uma estrutura diferenciada, tanto física como profissional, onde o paciente é a prioridade. Eles visam proporcionar ao paciente e seus familiares um tratamento mais humano, proporcionando um conforto durante o tratamento para que obtenham mais sucesso nessa batalha que é tão dolorosa.


REFERENCIAL CONCEITUAL

Humanização O conceito de Humanização vem do ato ou efeito de humanizar, ou seja, segundo o dicionário Aurélio: “1. Humanar; inspirar humanidade a. 2. Adoçar; suavizar; civilizar. 3. Tornar-se humano; compadecer-se” . Tem, portanto a intenção de tornar humano ou até mesmo mais humano, de modo a ser mais benévolo ou afável. Deste modo, na conceituação é tomado partido do humano em sua complexa potencialidade cria conexões de trocas com os próximos e com o meio onde estão inseridos. Ou seja, tornando essas conexões mais humanas, sociais, com o respeito e educação. Conclui-se, portanto que quando é proposta uma humanização tem-se por intenção proporcionar condições quase que ideais em diversas áreas que atendam às necessidades do homem. Ou seja, é a intenção de tornar um projeto, um processo, um espaço mais adequado ao que o indivíduo necessita, tornando assim mais eficiente produzindo resultados mais satisfatórios.

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Humanização hospitalar

A humanização hospitalar tem tomado evidência nas últimas décadas, longe de ser um conceito passageiro, a humanização com atenção à saúde tem se tornado um elemento imprescindível no processo da cura promovendo mais conforto e qualidade nos atendimentos e espaços. É um processo necessário não apenas nas instituições privadas, mas também na rede pública de saúde. Este conceito, que está em constante aprimoramento devido ser relacionado com interações interpessoais, visa promover ao paciente um tratamento como indivíduo e não apenas como números. Isso está sendo aplicado, devido ao fato que há instituições no país que só visam o retorno financeiro deixando de lado o foco no paciente. Na área da saúde a humanização assume uma importância em um processo de vivência contínua o qual visa à transformação do âmbito institucional, buscando uma valorização das relações baseado em

três pilares, o pessoal, o interpessoal e o institucional. Atendendo assim, não somente os pacientes, que devem ser prioridade, mas também os profissionais que atuam na área. O Conceito humanização não é aplicada apenas na estrutura física da unidade de saúde, mas também no atendimento prestado pelos seus servidores com um atendimento de qualidade e mais eficiente. O atendimento humanizado se faz necessário devido ao fato do indivíduo que procura o sistema de saúde já está fragilizado e inseguro necessitando de uma assistência mais pessoal, o que não ocorre em muitos casos. De acordo com o Ministério da Saúde, a humanização da assistência deve ser seguida como diretriz favorecendo assim a troca e a construção de conhecimentos, o diálogo entre os profissionais, o trabalho em equipe, o entendimento das necessidades dos usuários. Além disso, sua implantação acarreta vários

Figura 2.2  Humanização hospitalar.

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REFERENCIAL CONCEITUAL

benefícios aos envolvidos, como: reconhecimento pelo paciente, contribuir para eficácia do tratamento visto que as necessidades do paciente são acompanhadas com maior atenção, e fidelização do paciente que quando bem atendido procura sempre o mesmo atendimento. O processo de humanização no Brasil conta com uma Política Nacional de Humanização (PNH), a qual normatiza ações que visam à melhoria do atendimento e dos espaços. Nos últimos anos, há a criação diversos programas e projetos que incentivam a aplicação dessa metodologia. O PNHAH (Programa Nacional de Humanização da Atenção Hospitalar) é um exemplo de um programa desenvolvido pelo Ministério da Saúde no ano 2000, o qual deu início a ações de implantação de comitês nos hospitais voltados para uma melhor assistência ao paciente e ao trabalhador. No ano de 2003, o Ministério da Saúde lançou também o HumanizaSUS visando a melhoria do Sistema Único de Saúde através de inovações na área da saúde. Segundo o Ministério da Saúde, essas inovações trarão resultados para a saúde pública, como por exemplo, uma gestão mais participativa, uma valorização do trabalho do profissionais da área, garantir aos usuários do sistema o cumprimento de todos os seus direitos, implantação de modelos de atenção ao paciente com mais vínculo e responsabilidade, proporcionar ao usuário um atendimento que acolhe, e como uma consequência final, uma ampliação do acesso da população à saúde pública. O Ministério da Saúde tem como base em seu programa de humanização dois pilares referenciais principais, são eles: a ética e a estética. Na ética, tem como foco uma ação conjunta entre todos os profissionais da saúde e os que utilizam os serviços do sistema de saúde. Já na estética, o reconhecimento do indivíduo como um ser único, cada um com necessidades pró-

prias que precisam ser compreendidas e respeitadas. Além dos incentivos legais propostos pelo Ministério da Saúde para a melhoria no atendimento ao paciente, atualmente os pacientes contam também com o auxílio de organizações sem fins lucrativos que levam a alegria, o sorriso, o afeto à esses ambientes que carecem dessa atenção com as relações. Esses grupos são formados pessoas que acreditam que a alegria e o sorriso contribuem no processo da cura dessas pessoas que estão em sofrimento. Um exemplo bastante reconhecido por todos é o da Associação Doutores da Alegria, que foi fundada em 1991 por Wellington Nogueira sendo mantida por doações, que é uma organização da sociedade civil que através da arte do palhaço intervém junto a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade dentro dos hospitais e ambientes adversos, promovendo a alegria como potencializador de relações saudáveis. Os Doutores da Alegria, que levam a arte, a alegria, a descontração para dentro desses ambientes tão gélidos, já realizou mais de um milhão e meio de visitas às crianças hospitalizadas e seus familiares. No ano de 2016 a associação passou por uma reestruturação organizacional onde estabeleceram uma nova tarefa institucional, propondo assim a arte como uma necessidade básica para o desenvolvimento das pessoas. É observado que o conceito de Humanização Hospitalar veio para relembrar às instituições de saúde, que visam apenas à lucratividade, que o paciente é o protagonista desse mercado, devendo assim ser considerado sempre suas necessidades e anseios para promover um melhor serviço. E também, que um atendimento humanizado contempla todas as etapas do tratamento de uma maneira mais acolhedora, firme e positiva, auxiliando assim no processo de cura dos pacientes.

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Humanização na arquitetura A partir do século 18 passou-se a perceber o espaço hospitalar como componente agregador do processo da cura, com isso houve a necessidade do desenvolvimento de espaços cada vez mais especializados. Os projetos arquitetônicos passaram então a priorizar primeiramente a espacialização do seu programa de necessidades e seus fluxos visando inicialmente combater a superlotação dos leitos, posteriormente adotaram o modelo pavilionar, o qual priorizava o conforto ambiental e a salubridade. O espaço hospitalar continuou em constante aprimoramento, seus espaços internos passaram a ser estabelecidos baseados nas atividades de cuidados aos pacientes. O final do século 20 e início do século 21 foi marcado por debates a respeito de uma visão mais humana dos ambientes hospitalares. As propostas arquitetônicas então passaram a relacionar o espaço hospitalar com espaços que remetem conforto, acolhimento aos seus usuários. O conceito de hotel deve ser utilizado na atenção especial que deve ser dada na internação do paciente. Criando espaços atrativos, com diferenciais que proporcionem bem estar e conforto a eles que desfrutarão desses espaços por um período prolongado e desgastante. Outra proposta é espaços que proporcionem a relação com a natureza e o contato com a arte, proporcionando assim um embelezamento dos espaços, criando

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uma atmosfera leve, arejada, e alegre. Além desses fatores, o contato com a natureza proporciona ao ambiente ventilação e iluminação natural dos seus espaços, que além dos fatores econômicos, contribuem para diminuição de infecções hospitalares. Outro conceito importante a ser inserido ao ambiente hospitalar é o de Lar. Com a proposta de transferir aos espaços gélidos dos hospitais o acolhimento, o conforto, a personalidade. O desenvolvimento de ambientes personalizados diminui a sensação de estranhamento e desconforto do paciente. A analogia ao espaço urbano e ao convívio social apesar de ainda pouco aplicada no Brasil deve-se ser buscada em novas propostas. Os hospitais tendem a serem fortalezas, barrando o convívio com a sociedade. No entanto, a abertura desses espaços para a cidade, com a utilização de praças, áreas livres, e jardins proporcionam ao paciente a sensação de inclusão com a sociedade mesmo estando “isolados”. A aplicação desses conceitos na arquitetura hospitalar visa proporcionar ao usuário uma experiência mais agradável durante todo o tratamento, é a arquitetura influenciando no processo de cura. Essas alterações no espaço proporcionam sensações aos pacientes que irão se sentir mais motivados a lutar contra as doenças.


REFERENCIAL CONCEITUAL

Legislação pertinente Para a implantação de um equipamento de saúde deve ser considerada toda a legislação vigente relativa a uma unidade assistencial de saúde, a qual fornece diretrizes projetuais para a elaboração de uma unidade de saúde seguindo padrões de segurança, instalações, e funcionalidade. Uma das normas relevantes na elaboração do projeto é a estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que através do regulamento técnico, RDC n°50 do ano de 2002, estabelece diretrizes para o planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Visando auxiliar no desenvolvimento de unidades de saúde objetivando em uma ampliação na oferta de saúde à população, o Ministério da Saúde desenvolveu em 2004 o Sistema de Apoio à Elaboração de Projetos de Investimentos em Saúde (SomaSUS). Segundo o Ministério da Saúde:

“O SomaSUS é uma ferramenta que auxilia a elaboração de projetos de investimentos de infraestrutura física e tecnológica em saúde, facilitando a gestão, a organização da saúde e, ainda, colaborando para a promoção de uma assistência humanizada e de qualidade à população. Além disso, possibilita a classificação dos estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) por ambientes e serviços, visando a elaboração de projetos mais condizentes com as atividades desenvolvidas e, portanto, mais efetivos e eficientes com a rede assistencial adotada.”

Além das normas estabelecidas para unidades de saúde, por se tratar de um equipamento de uso público, o mesmo deve seguir as normas de acessibilidade estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a NB9050. A qual estabelece critérios e parâmetros técnicos sobre as condições de acessibilidade a serem aplicados à edificações, mobiliário, espaços e equipamentos. A NBR9050 visa proporcionar a um maior número de indivíduos a utilização autônoma e segura dos espaços como um todo.

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REFERENCIAL PROJETUAL Centros de Apoio e Recuperação “Maggie’s Centers”

Figura 3.1  Maggie’s Manchester.

Ficha Técnica Localização

Christie Hospital Nhs Trust, Wilmslow Rd, Manchester, Manchester M20 4BX, Reino Unido

Arquitetos

Foster and Partners

Paisagismo

Dan Pearson Studio

Obra

24

2014 - 2016

Área Construída

730 m²

Área do Terreno

1922 m²


REFERENCIAL PROJETUAL

Os Centros Maggie foram idealizados pela escritora nascida no Reino Unido Margaret Keswick (Maggie), a qual acreditava que os resultados do processo de tratamento do câncer poderiam ser melhorados através de um bom projeto de ambiente hospitalar. A ideia para criação destes centros surge em 1993 quando foi diagnosticada com um câncer em estágio terminal, seu prognostico lhe proporcionaria uma expectativa de vida de no máximo três meses. Ela ainda passou dois anos na batalha a favor da vida, retornando diversas vezes para o hospital com espaços negligenciados e impensados, onde recebia as sessões de quimioterapia. Ela costumava falar que os pacientes “eram deixados ao léu para “murchar” sob o brilho dessecante das luzes fluorescentes”. MAGGIE Esses centros atualmente trazem o questionamento a respeito da qualidade dos ambientes das unidades de saúde atual. Keswick Jencks, marido de Margaret, observou que: “Se a arquitetura pode desmoralizar os pacientes contribuindo para um nervosismo extremo, não poderia ela também se mostrar restauradora?”. Essa era a ideia central por trás dos centros iniciados por Keswick após o falecimento de Maggie a mais de duas décadas. Tinha como missão do projeto proporcionar atendimento gratuito para pacientes com câncer através de uma boa arquitetura, atribuindo a ela um efeito placebo, onde a edificação pode agir como “uma terapia secundária, uma terapia de retorno”. Já são mais de 17 unidades espalhados pelo mundo, tanto em processo de construção como em pleno funcionamento. Cada centro foi projetado por um arquiteto diferente.

A proposta de cada um dos centros é incorporar áreas internas onde proporcione a interação dos pacientes, salas de espera arejadas com acesso à área externa com suas vistas generosas. Há também os ambientes de atendimento individualizado, com espaços bem iluminados e humanizados, para um melhor auxílio dos profissionais. O Maggie’s Manchester é uma das unidades dos centros Maggie desenvolvida em toda a Grã-Bretanha e no exterior, onde são concebidas para proporcionar um refúgio aos pacientes com câncer, como eles costumam denominar “uma casa longe de casa”, onde possam encontrar um suporte emocional e prático. Estabelecendo à arquitetura o poder de elevar a autoestima e ajudar no processo da terapia. O centro, projetado e construído por Foster + Partners, teve seu início no ano de 2014 sendo completamente finalizado no ano de 2016. Norman Foster foi uma escolha espontânea para desenvolver o projeto, pois ele já tinha uma ideia certa de como deveria ser o design do mesmo como nativo de Manchester e já havia passado por um traumático diagnóstico de câncer na família. Segundo seu relato ao Centro Maggie, Norman Foster acreditava que: “Para muitas pessoas, na maioria das vezes, existe vida após o câncer mesmo que seja uma vida diferente. Acredito que a qualidade no atendimento e no design pode andar de mãos dadas, e juntas serem mais eficazes.”. O centro está localizado em uma rua arborizada dentro de um bairro residencial próximo ao The Christie, um renomado instituto de pesquisa do câncer, na cidade de Manchester na Inglaterra. O projeto visa assegurar à edificação um clima residencial desenvolvi-

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do em um terreno jardim, como se pode observar na planta de locação na figura 3.5. A edificação está situada em um local ensolarado e a proposta é ela ser organizada em um único nível, mantendo assim um gabarito baixo refletindo a escala residencial do contexto do seu entorno. O design do centro tem seu foco principal no aproveitamento da luz natural, na exploração da vegetação e suas vistas para o jardim, como ilustrado na figura 06. Além dessa interação espontânea com a natureza, a mesma conta com uma estufa para cultivo de flores frescas. O arquiteto tomou partido da utilização da madeira como material de construção primário por sua naturalidade, a sensação de acolhimento que o material proporciona aos usuários, e a conectividade com a vegetação circundante. Foi dado ao exterior a mesma atenção da parte interna, isso devido ao fato dos seus jardins oferecerem um espaço alternativo para as terapias, um lugar fora do confinamento formais das salas de aconselhamento e tratamento. O telhado central cria um grande mezanino que abriga a parte administrativa por toda a extensão do edifício com capacidade para dez estações de trabalho, como ilustrado na figura 07 e 08, o qual é naturalmente iluminado por conta da presença de clarabóias triangulares suportadas nas estruturas de madeira. Além disso, por abrigar os funcionários, o espaço do mezanino foi proposto para manter as ligações visuais naturais com todo o edifício. A estrutura de madeira exposta é o elemento mais distintivo do projeto. Elas estão dispostas em 17 mó-

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dulos, as quais agem como divisões naturais entre diferentes áreas internas, dissolvendo a arquitetura entre os jardins circundantes. A utilização de um layout com prevalência de grandes espaços abertos proporciona uma fluidez no atendimento, proporcionando uma maior eficiência no deslocamento dos profissionais. Com um programa de necessidades desenvolvido para retirar o aspecto hospitalar da edificação, ele abrange uma variedade de espaços, com nichos privativos, biblioteca, sala de ginástica, e locais de interação. Além disso, como em todos os Centros Maggie pelo mundo, foi dado destaque à cozinha como sendo o coração do projeto, sendo proposto como porta de entrada da edificação, isso devido ao fato da mesa ser considerada um espaço de reunião familiar. Como se pode observar na figura 09, o plano retilíneo, onde é distribuído o programa de necessidades, é pontuado por áreas de jardim e a fachada leste da edificação é contemplada por uma ampla varanda, a qual é protegida pela profundidade do beiral. Os acessos aos jardins são a partir de portas de vidro deslizantes, que proporcionam a transparência da edificação, transmitindo ideia de interação com o meio externo. Conclui-se então que a edificação proposta por Norma Foster visa à criação de um ambiente humanizado que irá proporcionar ao portador da doença e seus familiares um ambiente onde eles não se sintam fragilizados como ocorre nos hospitais. Foram utilizadas técnicas de humanização da arquitetura para proporcionar essa ambiência mais acolhedora auxiliando no tratamento, técnicas essas como a integração com a


REFERENCIAL PROJETUAL

Figura 3.2  Centro Maggie Hong Kong por Gehry Partners, 2013. Figura 3.3  West London, Inglaterra, 2011 por MJP Architects. Figura 3.4  Centro Maggie da cidade de Manchester.

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REFERENCIAL PROJETUAL

natureza, aproveitamento da ventilação e iluminação natural, além da escolha de materiais acolhedores ao tato e à visão. Em todo o desenvolvimento tanto da arquitetura como do mobiliário houve uma preocupação com a peça principal do projeto, que é o paciente.

O projeto do Centro Maggie do arquiteto Norman Foster foi escolhido como referência conceitual por sua abordagem da humanização da arquitetura no auxílio do tratamento do câncer. Onde a criação de um ambiente integrado com a natureza, o qual o paciente é o partido do projeto, gera uma ambiência confortável e acolhedora para agregar ao tratamento. A utilização das técnicas proposta por Norman Foster como iluminação e ventilação natural, personalização, contato com a natureza, irão contribuir para transformar o ambiente gélido de uma unidade de saúde pediátrica.

Figura 3.5  Planta baixa do Térreo. Figura 3.6  Corte Transversal da Edificação. Figura 3.7  Planta de Implantação do centro.

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Centro Infantil Boldrini

Figura 3.8  Vista aérea do Centro Infantil Boldrini.

Ficha Técnica Arquiteta

Lurdez Helena

Área total

130.000 m²

Área construída Localização Ano N° Leitos

30

11.000mil m² Campinas, São Paulo 1986 77


REFERENCIAL PROJETUAL

O Centro Infantil Boldrini, é um hospital filantrópico especializado em oncologia e hematologia pediátrica. Localizado na cidade de Campinas no estado de São Paulo, é um dos mais importantes centros especializados no tratamento de crianças com câncer da América Latina, sendo referência nacional e até mesmo internacional com uma taxa de 80% de cura. O centro é uma instituição privada sem fins lucrativos, proporciona a comunidade de crianças e adultos jovens de até 29 anos atendimento de qualidade e personalizados. Segundo o instituto, o centro recebe aproximadamente 900 novos casos da doença anualmente. Sendo 80% dos casos oriundos da rede pública de saúde. Sua estrutura física tem a capacidade de suprir a demanda da cidade de Campinas e região próxima, transformando a fila de espera ao atendimento quase nula. Para alcançar esses dados, o hospital conta na sua equipe com 75 médicos, 684 profissionais multidisciplinares e ainda com aproximadamente 500 voluntários. A instituição tem seu foco principal no ensino e pesquisa, visando resultados mais efetivos através de um tratamento mais personalizado. Eles alegam que investimento em um cuidado multiprofissional é um dos fatores que garantem o sucesso do centro no combate à doença. Aliando assim a humanização do tratamento à utilização de equipamentos e tecnologias de ponta, garantindo uma precisão no diagnóstico do câncer. O centro foi fundado pelo Clube da Lady de Campinas, instituição filantrópica que visa desenvolver ações de apoio sócio familiar para a comunidade. O complexo foi construído exclusivamente com doações de em-

presas e da sociedade da região, tendo a doação de 1.500 m² de construção pelo Instituto Robert Bosch do Brasil como peça fundamental para o desenvolvimento das atividades do centro. Devido às doações, teve suas atividades iniciadas no dia 24 de maio de 1986. Instalada em uma área de 130 mil m², o projeto do centro foi desenvolvido pela arquiteta Lurdez Helena. O complexo como um todo contempla aproximadamente 11 mil m² dispostos em cinco blocos, o da radioterapia, o de medicina nuclear e imagem, o Centro de Reabilitação Lucy Montoro, o instituto de pediatria Ronald McDonald, a Central de recursos e o serviço de apoio social à casa da Criança e da Família. O terreno onde o hospital está situado é de grande dimensão, está próximo ao parque ecológico permitindo assim a contemplação de uma paisagem agradável. Ele conta com significativas áreas verdes onde foi proposto pela arquiteta espaços de lazer que abrigam diversos mobiliários urbanos e brinquedos infantis. Com a presença dessas áreas verdes de jardim destinadas às crianças e seus familiares para descaso e recreação, torna possível a integração com as áreas de atendimento médico. Proporcionando assim, a inserção do paciente ao convívio social. No parâmetro da internação visando um maior conforto dos pacientes e acompanhantes, o Centro Boldrini buscou uma analogia com o conceito de Lar, não somente na aplicação de uma escala menor nos ambientes, mas também, por proporcionar a permanência durante o tratamento dos parentes ao lado dos filhos. Esse partido adotado permite um maior protecionismo a criança, minimizando assim o afastamen-

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to com o seu verdadeiro quarto, tornando a mudança de espaço menos agressiva. O Centro conta com 77 leitos de internação distribuídos em dois andares, os quais seguiram modelos arquitetônicos funcionais e modulados. Visando a aplicação da analogia ao lar e o aconchego de casa, os leitos foram distribuídos entre 6 alas de internação, onde cada ala é composta por apenas nove quartos e um posto de enfermagem central. A localização do posto permite a visualização de todos os quartos da ala, como mostra na figura 11, promovendo um acompanhamento em tempo integral. Oito unidades são destinadas à terapia intensiva. Como a proposta do centro é manter o convívio com os pais durante o tratamento, ao lado de cada quarto, separados por uma parede de vidro, foi criado um quarto destinado aos pais dos pacientes. Além disso, devido à baixa imunidade dos pacientes, os acompanhantes passam por uma higienização em pias localizadas externas ao quarto com o objetivo de reduzir as infecções hospitalares. Essa abordagem do centro de proporcionar conforto ao paciente é destinado à todos os pacientes, sem distinção entre os provenientes da rede pública e os conveniados. Outra ação adotada pelo centro, visando à humanização hospitalar e apropriação do espaço pelos pacientes, foi permitir a personalização dos seus ambientes com a ajuda dos pacientes. Isso foi possível inicialmente através do projeto social desenvolvido pela artista plástica Vera Ferro, o “Pintando as Paredes do Mundo”. Projeto no qual as paredes do hospital são pintadas pela artista juntamente com as crianças, como mostra a figura 13, deixando assim nas paredes

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as marcas de cada paciente. Além desse projeto, a ala azul do hospital inaugurada em 2017 contou com a intervenção de onze grafiteiros que personalizaram as paredes como mostra na figura 11, 12. Além da preocupação com o aspecto hospitalar, o Centro Boldrini tem uma forte preocupação com o aspecto social da criança, desenvolvendo assim ambientes que proporcione à criança manter atividades relevantes à sua idade. Como por exemplo, a brinquedoteca terapêutica em parceria com o Instituto Ayrton Senna, que possibilita a criança fazer o que ela mais gosta que é brincar. Construindo um cenário, como mostra na figura 14, que transmite alegria àqueles que estão tão fragilizados. A brinquedoteca foi locada próximo a recepção do hospital, para já receber os pacientes com um ar mais descontraído, com elementos atrativos. Ela foi projetada estabelecendo uma divisão de espaços de acordo com as fases da infância e adolescência, onde cada fase possui seu espaço e atividades a serem exercidas. Para crianças de até três anos, é proposto atividades que estimulam a coordenação motora. Para as maiores, atividades que estimulam a imaginação. A brinquedoteca conta também com um espaço de leitura para pais e filhos. Há ainda para os adolescentes áreas com equipamentos eletrônicos. Com o diagnóstico do câncer, grande parte das crianças são afastadas das atividades escolares para atender ao tratamento. Vendo essa necessidade, o Centro Infantil Boldrini disponibiliza pedagogos para auxiliar na educação das crianças, e os adolescentes recebem orientações para os exames vestibulares.


REFERENCIAL PROJETUAL

A eficiência do Centro Infantil Boldrini no tratamento do câncer é difundida pelo país inteiro, o que atrai pacientes de todo o Brasil e até mesmo de pacientes do exterior. Visando atender esses pacientes que enfrentam um deslocamento, o centro criou três núcleos de hospedagem tanto dos pacientes como de seus acompanhantes. Sendo oferecido um lugar de estagia, alimentação e deslocamento até os locais onde são ministrados os tratamentos. Um dos abrigos é a “Casa da Criança e da Família”, uma parceria com o instituto Ingo Hoffman. Onde eles contam com uma estrutura de trinta chalés divididos em dez vilas, onde oferece também aos usuários lavanderia, refeitório, biblioteca, brinquedoteca, sala de tv, academia. Cada família ocupa um chalé de 40 m², ilustrado na figura 15, onde dispõe de sala, quarto, banheiro e uma pequena cozinha de apoio. Como foi observado o Centro Infantil Boldrini conta com uma estrutura multidisciplinar que atua eficientemente no tratamento do câncer e doenças do câncer. Além de um programa de necessidades que atende o paciente tanto no âmbito hospitalar como no social, o centro tira partido da humanização da arquitetura no auxílio do tratamento. O Centro Infantil Boldrini foi, portanto escolhido como referência projetual devido aos dois parâmetros listados acima. Na humanização, onde ele foi um dos pioneiros no país. E no seu programa eficiente, onde atende perfeitamente as necessidades dos pacientes e seus familiares.

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Figura 3.9  Intervenção artística no posto de enfermagem. Figura 3.10  Brinquedoteca do Centro Boldrini. Figura 3.11  Visão interna do chalé da Casa da Criança e da Família.

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REFERENCIAL PROJETUAL

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Centro Pediátrico do Câncer – Hospital Albert Sabin

Figura 3.12  Vista Externa do Centro Pediátrico Hospital Albert Sabin.

Ficha Técnica Obra

Governo do Estado do Ceará

Área

3.270m²

Ano

2010

N° leitos

71

Parceria

Associação Peter Pan

Localização

36

Rua Alberto Montezuma, 350, Fortaleza, Ceará


REFERENCIAL PROJETUAL

O Centro Pediátrico do Câncer, inaugurado em dezembro de 2010 na cidade de Fortaleza, é um anexo do Hospital Infantil Albert Sabin. Ele é fruto da parceria entre a Associação Peter Pan (APP), entidade sem fins lucrativos, e o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), centro de referência no tratamento do câncer no estado do Ceará.

Hoje o centro, segundo dados da Associação Peter Pan, é a unidade de saúde que atende ao maior número de pacientes onco-hematológicos no Brasil. Sendo o único na região Norte/Nordeste com funcionamento para atendimento 24 horas, e que conta com Unidade de Tratamento Intensivo oncológica com sete leitos.

O mesmo foi criado com o objetivo de atender um maior número de portadores da doença e proporcionar a esses pacientes um tratamento humanizado. A Associação Peter Pan atende os seus objetivos junto ao paciente através de três diretrizes: proporcionando um tratamento especializado; um atendimento humanizado onde o paciente é o foco principal das ações; e um diagnóstico precoce aumentando as chances de cura.

O Hospital Infantil Albert Sabin é o responsável pelo funcionamento hospitalar da unidade, onde terá a responsabilidade de prover aparelhamento, corpo clínico, mão de obra técnica, medicamentos e custos necessários para o pleno funcionamento da unidade.

A obra do centro foi viabilizada graças às parcerias com o poder público e empresas privadas. E segundo a Associação Peter Pan, a unidade: “É composto por uma área de 3.270 m², 71 leitos (7 UTIs especializadas), Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), enfermaria, consultórios médicos, brinquedoteca, projeto ABC + Saúde e atendimento psicológico.”

O centro funciona como anexo do Hospital Infantil Albert Sabin, e tem a capacidade de atender ao paciente integralmente, reduzindo assim significativamente os números de infecção hospitalar, já que o espaço não será compartilhado com outras patologias. Além disso, o mesmo conta com o incentivo em pesquisas, integrando os profissionais atuantes com os alunos das universidades.

Vinte programas sociais atuam no centro com a ajuda de aproximadamente 300 voluntários, os mesmos têm como objetivo de proporcionar ao paciente total assistência e um tratamento mais humanizado para o paciente e seus familiares. A unidade de saúde conta com programas e espaços humanizados que proporcionam o conforto psicológico, além disso, eles auxiliam no desenvolvimento desses indivíduos que tiveram suas rotinas interrompidas. Por exemplo, o centro conta com uma brinquedoteca, exposta na figura 17, que foi pensada para ser um espaço de divertimento, disponibilizando além de um cenário lúdico, brinquedos e jogos interativos. Como o acompanhamento de terapeutas ocupacionais e voluntários, as crianças recebem estímulos enquanto aguardam atendimento, criando assim um vínculo com o ambiente. Além do espaço mais infantil da brinquedoteca, o centro conta com o Espaço do Adolescente, o qual foi projetado exclusivamente para esses jovens adultos

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com uma atmosfera menos infantil, como na figura 18. É um espaço destinado à realização de atividades individuais e coletivas, nele também é promovido trabalhos para estimular a convivência, a socialização entre os pacientes. Tais atividades visam o preenchimento do tempo livre entre os procedimentos, criando assim elos com o hospital. Como uma das atividades mais prejudicadas pela rotina do tratamento do câncer são a educação e o ensino, o centro conta com dois projetos muito importantes para auxiliar no desenvolvimento dessas crianças. Um deles é o ABC+Saúde, o qual as crianças e adolescentes são estimulados a não perder a ambiência escolar. Foi desenvolvido um espaço onde esses pacientes são divididos de acordo com o nível de aprendizado e nele são desenvolvidas atividades de escrita, leitura, produção artística. O outro projeto é o da biblioteca, espaço bem atrativo visualmente o qual serve como porta de abertura do hospital devido ter sido instalado logo na recepção do hospital. A biblioteca disponibiliza de diversos títulos, que só foi possível através das doações de parceiros e voluntários. Portanto, o Centro Pediátrico do Câncer foi escolhido como referencial projetual não somente pela humanização do espaço hospitalar, mas principalmente pelo seu programa de necessidades onde contempla tratamentos paliativos. Tratamentos esses que promovem a interação social e a inserção dos familiares no processo do tratamento.

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REFERENCIAL PROJETUAL

Figura 3.13  Brinquedoteca Centro Pediátrico do Câncer.

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PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL Diretrizes projetuais O projeto proposto tem como partido a criação de uma clínica pediátrica de tratamento oncológico com espaços humanizados tanto no caráter arquitetônico como no clínico, proporcionando o tratamento mais individualizado e humano. Visando a criação do espaço proposto acima, se faz necessário o cumprimento das seguintes diretrizes de projetos: Criar espaços que integrem os familiares ao tratamento das crianças.

Desenvolver um programa de necessidades que alie o tratamento clínico, com o desenvolvimento educacional e o lazer. Desenvolvimento de projetos sociais internos para desenvolvimento social e educacional do usuário.

Criar espaços que proporcionem a interação entre as crianças em tratamento.

Desenvolver uma edificação que promova a integração com a natureza e principalmente com o espaço urbano.

Desenvolver um projeto com arquitetura limpa, com utilização de linhas mais leves.

Desenvolver um projeto paisagístico que se difundi com a edificação.

Criar uma ambiência hospitalar mais leve e descontraída, através de uma arquitetura de interiores mais lúdica.

Tomar partido da ventilação e insolação natural no desenvolvimento do projeto.

Criação de espaços mais individualizados com o uso de temáticas infantis, utilização de cores e materiais mais quentes, garantindo assim ao paciente um lugar mais acolhedor onde possa se identificar. Desenvolver esses espaços baseando-se em proporcionar conforto psicológico aos pacientes e familiares. Criar quartos de internação que podem sofrer intervenções feitas pelas próprias crianças, promovendo assim um vínculo entre a clínica e seus pacientes.

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Criar espaços que aliem a funcionalidade com o conforto ambiental;

Tirar partido do espaço urbano com a criação de uma praça e promovendo vias de uso compartilhado, contribuindo assim para quebrar a barreira do isolamento do tratamento, integrando o paciente à sociedade. Intervir no meio urbano para viabilizar uma melhor conectividade com o Hospital Geral de Fortaleza.



O terreno

Justificativa O terreno escolhido para implantação da Clínica Pediátrica de Tratamento Humanizado do Câncer fica localizado na Rua Desembargador Lauro Nogueira, no bairro Papicu, que está situado na região nordeste da cidade de Fortaleza/CE. O Bairro Papicu costumava ser um paraíso ecológico, contudo hoje ele é predominantemente residencial, caracterizado pela sua heterogeneidade, de um lado os assentamentos precários e do outro, residências e edifícios de classes mais altas. O terreno foi determinado pela ausência de um atendimento humanizado no tratamento de câncer pediátrico na área, estabelecido a partir do mapeamento das Unidades de Saúde Públicas da cidade de Fortaleza com a presença de um departamento de oncologia, conforme pontuado no mapa 01. O mapeamento apresentou que os hospitais da área central e oeste da cidade possuem o suporte de centros com tratamento pediátrico, como por exemplo, o Hospital Peter Pan abrange o Hospital Albert Sabin e ao Instituto do Câncer do Ceará, já o Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO) recebe o auxílio do SOPAI Hospital Infantil.

Já a área nordeste da cidade de Fortaleza está descoberta de um atendimento público oncológico pediátrico, tendo o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) como única unidade hospitalar pública na área com departamento de oncologia. Definindo assim a área de implantação do equipamento. O terreno tem uma área de 16.932m², com dimensões dispostas a seguir. Localiza-se na quadra entre as ruas Desembargador Lauro Nogueira e Rua Pereira de Miranda, e Julio Azevedo e Batista de Oliveira. O terreno está locado a uma Rua do HGF possibilitando um acesso mais rápido e eficiente entre as unidades, em uma área provida de serviços de infra-estrutura urbana e transporte público. A escolha do terreno nessa região irá agregar tanto no parâmetro hospitalar promovendo um suporte ao Hospital Geral de Fortaleza, que passa constantemente por problemas com sua estrutura hospitalar, como no parâmetro urbanístico, com a criação de uma área verde em uma área tão adensada.

CRIO

SOPAI

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Figura 4.1 Mapeamento de Unidades de Saúde Pública com tratamento Oncológico. Figura 4.2 Mapa de situação do terreno.

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Localização Área de Implantação Km

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Análise Físico ambiental

Sistema viário e mobilidade urbana O terreno está locado na intercessão de duas vias coletoras, a Rua Desembargador Lauro Nogueira e a Rua Batista de Oliveira. As vias coletoras tornam a implantação de uma unidade hospitalar adequada na área. Além disso, com é observado no mapa 05, a região de instalação da edificação é dotada de transporte público, facilitando assim o acesso dos usuários do instrumento. No entando observa-se a necessidade de implementação de modais alternativos, já que as áreas do entorno apresentam um alto tráfego de veículos.

Figura 4.3 Mapeamento do Sistema Viário e Mobilidade Urbana.

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Uso do Solo O terreno está situado em uma Zona Especial de Interesse Social 3, sendo assim uma área dotada de infraestrutura e com uma alta concentração de terrenos não edificados ou imóveis subutilizados, como é observado no Mapa 06. Além disso é uma região com um grande número de residências precárias, que a implantação desse equipamento visa uma requalificação urbanística e uma dinamização social na área.

Figura 4.4 Mapeamento do so do solo.

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Uso do Solo Residencial Comercial Hospitalar Vazio Urbano Religioso Assentamentos Precários km

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Ventilação e Insolação O município de Fortaleza tem como clima característico o Tropical, tendo bem definido apenas duas estações climáticas, tendo o verão com o predomínio das chuvas. Isso faz com que a cidade possua uma predominância de altas temperaturas, possuindo sua temperatura média anual de 26.3 °C.

Por se tratar de um município com alta taxa de insolação, se faz necessário uma análise de insolação incidente na edificação com o intuito de coletar informações para elaboração de um projeto arquitetônico com requisitos básicos no controle dessa incidência de raios solares.

Tendo em vista um clima com temperaturas elevadas, se faz bastante necessário a análise dos ventos para melhor aproveitamento da ventilação natural, mas como também do posicionamento do programa de necessidades.

Fachada Norte: A fachada voltada para o norte recebe um alto grau de radiação por um maior período do dia. Tendo assim a necessidade da utilização de proteção solar.

Os ventos, ao longo do ano no município de Fortaleza como um todo, se mantêm constante na direção de origem Sudeste, mais precisamente predominante de origem Leste, Sudeste conforme o gráfico abaixo fornecidos pela estação meteorológica do Aeroporto Pinto Martins de Fortaleza.

Figura 4.5  Gráfico da direção dos ventos.

48

Fachada Sul: É a fachada que receberá menor radiação durante o ano, possibilitando assim a utilização de grandes aberturas e a distribuição de áreas com maior permanência


PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

Figura 4.6  Carta solar.

49


Legislação No município de Fortaleza os parâmetros urbanísticos adotados na elaboração de uma edificação são determinados pelo Projeto de Lei Complementar de Parcelamento, Uso e Ocupação n° 236, de 11 de agosto de 2017. Segundo a LUOS a área do terreno está localizada, como ilustrada no mapa 02, em uma Zona Especial de Interesse Social 3, que é dotada de infraestrutura, serviços urbanos, emprego e com uma alta concentração de terrenos não edificados ou imóveis subutilizados, sendo preferencialmente destinados à habitação social. Para a elaboração do projeto, foi adotado os parâmetros urbanísticos determinados pela Zona de Ocupação Preferencial 2 (ZOP2). Sendo assim, adequado a implantação de um instrumento do grupo de Serviços de Saúde com atividade de hospital.

PARÂMETROS URBANÍSTICOS

CLASSIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO

Taxa de Permeabilidade

30%

Regional II

Taxa de Ocupação

60%

Zonas Especiais de Interesse Social 3 (ZEIS 3)

Índice de Aproveitamento Altura Máxima

3.0 72

RECUOS OBRIGATÓRIOS

50

Grupo

Serviços

Subgrupo

Saúde - Serviços de Saúde (SS)

Atividade

Hospital

Classe

Frente

10m

Porte estimado

Lateral

10m

Uso

Fundos

10m

PGV2 2.955,94m² Adequado


PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

Zoneamento - LC 250/2018 ZOP 02

Figura 4.7 Zoneamento.

ZEIS 3 Km

0

4 2

51


Programa de Necessidades Através dos estudos realizados nas etapas anteriores, foi desenvolvido um programa de necessidades determinando os ambientes necessários ao bom funcionamento da unidade. Os ambientes foram locados em setores de acordo com suas funcionalidades.

SERVIÇO

ADMINISTRATIVO

Setor destinado aos ambientes de suporte técnico ao funcionamento da unidade, tendo acesso exclusivo aos funcionários.

Setor destinado aos ambientes de suporte técnico ao funcionamento da unidade, tendo acesso exclusivo aos funcionários.

Figura 4.8 Setores.

52

CUIDADOS PALIATIVOS

APOIO AO DIAGNÓSTICO

Setor destinado à parte multidisciplinar do tratamento na clínica, onde o paciente irá encontrar alternativas no tratamento em ambientes mais descontraídos.

Ambientes destinados à execução de exames necessários para realização dos tratamentos disponíveis na unidade.


PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

INTERNAÇÃO

QUIMIOTERAPIA

RADIOTERAPIA

ATENDIMENTO

Área destinada aos pacientes que terão a necessidade de receber o tratamento junto com um acompanhamento médico, permanecendo por um período nas instalações recebendo os cuidados necessários

Espaços destinados aos pacientes que irão receber o tratamento de quimioterapia, contando assim com um suporte técnico e área de recuperação do mesmo.

Setor destinado aos ambientes de suporte técnico ao Espaços destinados ao recebimento do tratamento de radioterapia. funcionamento da unidade, tendo acesso exclusivo aos funcionários.

Espaços destinados à clínica médica, onde propocionará ao paciente um atendimento mais especializado

53


Para a elaboração do programa de necessidades, foi diferenciado as necessidades de funcionamento em setores, como foi apresentado anteriormente. Com a presente definição dos setores, foi feito um estudo dos fluxos internos de interligação dos mesmos de acordo com a função. Não somente os fluxos foram determinados, mas como a permissão de acessos em cada setor da clínica como apresentado no gráfico abaixo.

ADMINISTRATIVO

ACESSO SERVIÇO

FARMÁCIA

RECEPÇÃO INTERNAÇÃO

CUIDADOS PALEATIVOS

CME

POSTO ENFERMAGEM

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

COZINHA

QUARTOS

TRATAMENTOS

Figura 4.9 Fluxograma Geral.

54


PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

RECEPÇÃO

RECEPÇÃO QUIMIO

RECEPÇÃO RADIO

TRATAMENTO

TRATAMENTO

FUNCIONÁRIOS

PÁTIO EXTERNO

RECEPÇÃO APOIO DIAGNÓSICO

BIOQUÍMICA

VOLUNTÁRIOS

ACOMPANHANTES

IMAGEM

PACIENTES 55


Programa de necessidades SERVIÇO

AMBIENTE

56

QUANTIDADE

ÁREA ÚTIL (m²)

CONTROLE

1

61,33

OFICINAS

1

26,98

ARQUIVO MÉDICO

1

13,39

RESERVA TÉCNICA

1

11,46

FERRAMENTAS

1

11,51

OFICINA PINTURA

1

13,48

PONTO

1

11,25

ALMOXARIFADO

1

13,45

RESÍDUOS RADIOATIVOS

1

7,79

RESÍDUOS QUÍMICOS

1

7,6

RESÍDUOS SÉPTICOS

1

7,6

RESÍDUO COMUM

1

7,6

GÁS COMUM

1

9,84

OXIGÊNIO / NITROGÊNIO

1

9,84

VESTIÁRIO PCD

1

13,32

GUARDA VOLUMES

1

13,27

VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS

2

95,48

REFEITÓRIO

1

63,73

COZINHA COCÇÃO

1

77,17

SALA NUTRICIONISTA

1

13,2

ARMAZENAMENTO

1

19,38

DISTRIBUIÇÃO

1

19,33

LAVAGEM

1

22,4

LAVAGEM CARRINHOS

2

40

LOUÇA LIMPA

1

10,2

HIGIENIZAÇÃO

1

13,88

CÂMARA RESFRIAMENTO

1

14,66

CÂMARA CONGELAMENTO

1

14,66

DESPENSA SECA

1

34,4

DESPENSA

1

12,22

ESTOQUE BEBIDAS

1

16,23

ROUPA SUJA

1

10

ROUPA LIMPA

1

18,66

GUARDDA ROUPA LIMPA

1

13,16

DML

4

16


PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA ÚTIL (m²)

GUARDA CARRINHO SUJO

1

15,25

GUARDA CARRINHO LIMPO

1

8,27

REPOUSO

2

55

DISTRIBUIÇÃO FARMÁCIA

1

17,78

CHEGADA MEDICAÇÃO

1

13,4

DISTRIBUIÇÃO PARENTAL

1

6,3

PREPARO

1

3,6

HIGIENIZAÇÃO FRASCOS

1

6,84

PREPARO PARENTAL

1

13,39

CHEFIA

1

7,5

WC FUNCIONÁRIOS

2

9

SANEANTES

1

24

CONTROLE CAF

1

22,65

FRACIONAMENTO DAS DOSES

1

21,24

QUIMIOTERÁPICOS

1

19,38

CAF

1

48,78

ROUPA LIMPA CME

1

10,68

DISTRIBUIÇÃO CME

1

11,36

VESTIÁRIOS CME

2

16,51

BARREIRA

1

2,41

CHEFIA CME

1

9,21

ESTERELIZAÇÃO GASOSA

1

13,38

ESTERELIZAÇÃO GASOSA

1

39,75

ARMAZENAMENTO CME

1

10,8

DESINFECÇÃO

1

9,83

LAVAGEM CME

1

17,33

RECEPÇÃO MATERIAL CME

1

12,1

RECEPÇÃO

1

98,88

CASA DE MÁQUINAS

2

148,69

APOIO ESTACIONAMENTO

2

25,12

SANITÁRIOS

6

49,22

ÁREA TOTAL ÚTIL CIRCULAÇÃO (25% ÁREA ÚTIL) ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA ESTIMADA

1532,12 383,03 1915,15

57


Programa de necessidades ADMINISTRATIVO

AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA ÚTIL (m²)

RECEPÇÃO

1

61,34

DIRETORIA

1

28,28

SANITÁRIOS PÚBLICOS

3

24

SANITÁRIOS FUNCIONÁRIOS

3

17

TI

1

8,83

FINANCEIRO

1

22,2

RECURSOS HUMANOS

1

11,6

DIRETORIA MÉDICA

1

53,58

ARQIVO MÉDICO

1

8,83

SALA DE REUNIÕES

1

23,26

MONITORAMENTO

1

17,08

DML

1

5

ARQUIVO

1

7,98

ÁREA TOTAL ÚTIL: CIRCULAÇÃO (25% ÁREA ÚTIL) ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA ESTIMADA

58

288,98 72,245 361,225


Programa de necessidades CUIDADOS PALIATIVOS

AMBIENTE

PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

QUANTIDADE

ÁREA ÚTIL (m²)

SALA PSICOLOGIA

2

24

SALA PSICOLOGIA COLETIVA

1

31,87

SALA ASSISTÊNCIA SOCIAL

2

18,8

AUDITÓRIO

1

92,05

CONTROLE

1

4,8

BRINQUEDOTECA

2

92,75

SALA MULTIUSO

1

32,38

SALA DE AULA

1

30,73

SALA DE MULTIMÍDIA

1

41,98

SALA TERAPIA OCUPACIONAL

2

34

PREPARO

2

18

FISIOTERAPIA

2

68

ATIVIDADE COLETIVA

1

54,55

SALA FONOAUDIÓLOGO

2

34,6

GUARDA DE MACAS E CADEIRAS

2

12

DML

3

12

SANITÁRIOS

3

32

WC SERVIÇO

2

9

REPOUSO

1

10,65

COPA

1

8,7

REGISTRO

2

25,7

RECEPÇÃO

2

65

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

1

96,27

ÁREA TOTAL ÚTIL: CIRCULAÇÃO (25% ÁREA ÚTIL) ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA ESTIMADA

849,83 212,4575 1062,2875

59


Programa de necessidades APOIO AO DIAGNÓSTICO

AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA ÚTIL (m²)

REGISTRO

2

26

ADMINISTRATIVO

1

10

ENTREGA DE EXAMES

1

6

RECEPÇÃO

2

63,3

BOX COLETA INDIVIDUAL

4

42.12

LAUDO

1

13,55

VIDRARIAS

1

5,6

DEPÓSITO MATERIAIS

1

5,6

EXPURGO

1

4,3

MAMO/ RADIO

1

22,23

RECUPERAÇÃO ENDOSCOPIA

1

12,1

ENDOSCOPIA

1

10,4

INDUÇÃO/ RECUPERAÇÃO

1

30,5

CÂMARA FRIA

1

5,42

CHEFIA

1

10,39

GUARDA DE MACAS E CADEIRAS

2

8,3

CÂMARA ESCURA

1

6,5

CÂMARA CLARA

1

6,59

SANITÁRIOS

1

6,3

CLASSIFICAÇÃO DIST DE AMOSTRAS

1

3

VESTIÁRIO DE PACIENTES

3

36,09

SALA COMPUTADORES

1

14,63

ÁREA DE COMANDO

1

24,79

SALA DE RAIO-X

1

40,43

SALA DE TOMOGRAFIA

2

26,58

SALA DE ULTRASSONOGRAFIA

1

8,8

WC FUNCIONÁRIOS

2

10

POSTO DE ENFERMAGEM

1

5

REPOUSO

2

32,29

COPA

1

5

ÁREA TOTAL ÚTIL CIRCULAÇÃO (25% ÁREA ÚTIL) ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA ESTIMADA

60

459,69 114,9225 574,6125


Programa de necessidades INTERNAÇÃO

AMBIENTE

PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

QUANTIDADE

ÁREA ÚTIL (m²)

16

274,82

ENFERMARIA ( 2 PACIENTES )

9

242

BERÇÁRIO ( 2 PACIENTES )

4

101,28

APARTAMENTO ISOLAMENTO

2

35,88

SALA SERVIÇO ENF.

3

20,44

POSTO DE ENFERMAGEM

3

51,48

APARTAMENTO

QUARTO PLANTÃO

2

26

SANITÁRIO SERVIÇO

5

20

ROUPARIA

1

4,3

REPOUSO

1

22,72

COPA FUNCIONÁRIOS

1

13,75

AREA DE CONVICÊNCIA

1

67,72

SALA ECUMÊNICA

1

26,9

GUARDA DE MACAS E CADEIRAS

3

24

D.M.L

2

10

ÁREA TOTAL ÚTIL: CIRCULAÇÃO (25% ÁREA ÚTIL) ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA ESTIMADA

941,29 235,3225 1176,6125

Programa de necessidades ATENDIMENTO AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA ÚTIL (m²)

ESPERA

1

53,56

REGISTRO

1

15,43

TRIAGEM

1

12,11

ARQUIVO

1

6,6

SANITÁRIOS

3

28,7

CONSULTÓRIOS

8

136,07

COPA

1

7,88

WC SERVIÇO

2

7

DML

1

8,23

ADMINISTRAÇÃO

1

15,28

REPOUSO

1

16,5

ÁREA TOTAL ÚTIL CIRCULAÇÃO (25% ÁREA ÚTIL) ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA ESTIMADA

70,06 17,515 87,575 61


Programa de necessidades QUIMIOTERAPIA

AMBIENTE

QUANTIDADE

ÁREA ÚTIL (m²)

QUIMIO COLETIVA COLETIVA

1

54,4

QUIMIO INDIVIDUAL

4

30,8

CONSULTÓRIO MÉDICO

1

15,22

REPOUSO

1

19,7

SANITÁRIOS

3

29

POSTO DE ENFERMAGEM

1

9,7

REGISTRO

1

13,51

RECEPÇÃO

1

41,39

FARMACIA

1

8,39

GUARDA DE MACAS E CADEIRAS

1

4,9

MATERIAIS

1

6,83

SALA ADMINISTRATIVA

1

11,4

PREPARO ANTINEOPLÁSTICOS

1

14,25

ÁREA TOTAL ÚTIL: CIRCULAÇÃO (25% ÁREA ÚTIL) ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA ESTIMADA

62

259,49 64,8725 324,3625


Programa de necessidades RADIOTERAPIA

AMBIENTE

PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

QUANTIDADE

ÁREA ÚTIL (m²)

VESTIÁRIO PACIENTES

2

26,1

VESTIÁRIO PCD

1

10,14

SALA DE PREPARO E OBSERVAÇÃO DE PACIENTES

1

21,75

POSTO DE ENFERMAGEM

1

10,34

CONSULTÓRIO INDIFERENCIADO

1

15,35

OFICINA DE MOLDES

1

12,97

WC FUNCIONÁRIOS

2

9

SALA DE PLANEJAMENTO E FÍSICA MÉDICA

1

15,5

PREPARO DE FONTES

1

6,84

DEPÓSITO DE MATERIAIS

1

5,8

GUARDA DE MACAS E CADEIRAS

1

3,6

SALA DE COMANDO

1

21,91

CÂMARA ESCURA

1

5,68

COPA

1

8,46

REPOUSO

1

15,37

ADMINISTRAÇÃO

1

8,65

REGISTRO

1

12,18

SALA DE RADIOTERAPIA

71,23

BRAQUITERAPIA

1

29,83

RECEPÇÃO

1

36,97

ÁREA TOTAL ÚTIL: CIRCULAÇÃO (25% ÁREA ÚTIL) ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA ESTIMADA

347,67 86,9175 434,5875

63


Fluxograma -Apoio ao Diagnóstico

C. ESCURA

COMANDO

RECUPERA ÇÃO

REGISTRO

C. CLARA

RAIO X

ENDOSCOPIA

MACAS

ESPERA

LAUDO

REGISTRO

BOX COLETA

C/D AMOSTRAS

VIDRARIAS

MACAS

SANITÁRIOS

REPOUSO

CHEFIA

IMAGEM

APOIO AO DIAGNÓSTICO

MAMO GRAFIA

RECEPÇÃO

BIOQUÍMICA

Figura 4.10 Fluxograma de Apoio ao Diagnóstico.

64


PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

WC

ULTRASSON

POSTO ENFERM.

ADM

REPOUSO

WC

TOMO GRAFIA

INDUÇÃO/ RECUP.

SL. COMP

SL. COMP

COPA

COMANDO

MATERIAIS

C. FRIA

65


Fluxograma -Cuidados Paliativos

PREPARO

RECEPÇÃO

REPOUSO

DML

MACA

FISIO

ASSIST. SOCIAL

REGISTRO

COPA

FONO

ATIV. COLETIVA

TERAPIA OCUPACIONAL

Figura 4.11 Fluxograma de Cuidados Paliativos.

66


PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

CONTROLE

PSI COLETIVA

SALA. DE AULA

AUDITÓRIO

SANITÁRIOS

MULTIMÍDIA

BRINQUE DOTECA

CONVIVÊNCIA

CUIDADOS PALIATIVOS

PSICOLOGIA

67


Fluxograma -Serviço GUARDA R.L

CARRO LIMPO

ROUPA SUJA

ROUPA LIMA

OFICINAS

OFICINA PINTURA

RESERVA TÉCNICA

FERRA MENTAS

ALMOXA RIFADO

ARQ. MÉDICO

LAVANDERIA

CARRO SUJO

SL. NUTRI

LAVEGEM CARROS

BEBIDAS

DML

CÂMARA CONGE.

CÂMARA RESFRI. SERVIÇO COZINHA

WC

LAVAGEM CARROS

REFEITÓRIO

DESPENSA SECA

LAVAGEM

ARMAZ.

Figura 4.12 Fluxograma de Serviço.

68

DESPENSA

DISTRIB.

COZINHA

HIGIENI ZAÇÃO

CONTROLE

PONTO

VESTIÁRIOS

GUARDA VOLUMES

VEST. PCD

REPOUSO

LAVAGEM

LOUÇA LIMPA


PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

PARAMEN TAÇÃO

PREP. PARENTAL

HIG, FRASCOS

DML

CONTROLE CAF

CAF

FRACION. DOSES

QUIMIOTE RÁPICOS

DISTRIB.

CHEFIA

DISTRIB. PARENTAL

CHEGADA

WC

REPOUSO

FARMÁCIA

VESTIÁRIO

CME

ROUPA LIMPA

DISTRIB. MATERIAL

DISPENSA ÇÃO

CHEFIA

ARMAZ.

ESTERE LIZAÇÃO

ESTERE. GASOSA

DESINFECÇÃO

LAVAGEM

RECEPÇÃO MATERIAL

69


Fluxograma -Administração

Figura 4.13 Fluxograma da administração.

70


Fluxograma -Quimioterapia

REGISTRO

RADIOTERAPIA

PROPOSTA CONCEITUAL E PROJETUAL

CONSULTÓRIO

VESTIÁRIOS

PREPARO PACIENTES

PREPARO FONTES

OFICINA MOLDES

WC FUNC.

DML

C. ESCURA

COPA

ADM

POSTO ENFERMA.

RECEPÇÃO

MACAS

PLANEJ. MÉDICO

REPOUSO

SALA DE RADIO

BRAQQUITERAPIA

COMANDO

Fluxograma -Radioterapia

REGISTRO

QUIMIO

SANITÁRIOS

QUIMIO INDV.

QUIMIO COLETIVO

RECEPÇÃO

MACAS

CONSULTÓRIO

REPOUSO

PREPARO

MATERIAIS

ADM

FARMÁCIA

POSTO DE ENFERM.

Figura 4.14 Fluxograma de Quimioterapia. Figura 4.15 Fluxograma de Radioterapia.

71


Fluxograma -Internação

QUARTO PLANTÃO

INTERNAÇÃO

REPOUSO

ROUPARIA

COPA

ÁREA CONVIVÊNCIA

POSTO ENFER.

BERÇÁRIO

Figura 4.16 Fluxograma de Internação.

72

QUARTOS

ISOLAMENTO

ENFERM.


DML

MACAS

SANITÁRIOS

SALA ECUMÊNICA


O Partido Arquitetônico O partido arquitetônico foi construído de acordo com as necessidades da criança e dos requisitos clínicos necessários para o desenvolvimento de uma clínica pediátrica de tratamento oncológico com espaços humanizados tanto no caráter arquitetônico, como no clínico. Tendo como objetivo da clínica, proporcionar um tratamento mais individualizado e humano.

Cores e materiais através de utilização de materiais confortantes como a madeira nos revestimentos e aplicação de cores com tonalidades mais calmantes visando a criação de uma atmosfera que permita a identificação dos usuários.

Para o desenvolvimento da arquitetura da edificação foi estabelecido, baseado no estudo prévio das diretrizes projetuais, cinco premissas essenciais a serem seguidas: conectividade, cores e materiais, conforto psicológico, desenvolvimento educacional e lazer, integração com a natureza e o espaço urbano.

O conforto psicológico com espaços destinados a um acompanhamento especializado com psicólogos, assistentes sociais e terapeutas. No parâmetro arquitetônico na humanização dos ambientes os tornando mais acolhedores.

A conectividade a partir da conexão com o Hospital Geral de Fortaleza pela proximidade do terreno escolhido através de propostas de intervenções urbanas, e no parâmetro pessoal, a partir da implantação de

O desenvolvimento educacional dando continuidade à educação que foi interrompida, através da implantação de salas destinadas ao aprendizado com o auxílio de voluntários.

Figura 4.17  Diagrama do partido conceitual.

74

áreas de convivência e jardins que facilitam as interações internas entre pacientes.


O PROJETO

A integração com a natureza com a implantação de jardins internos dispostos por toda a edificação, e a integração com o espaço urbano a partir de uma edificação permeável, sem muros criando barreiras físicas proporcionando uma apropriação da área pela comunidade. A aplicação dessas premissas, que se complementam, no projeto irá oferecer ao usuários uma experiência mais acolhedora e agregadora. Como o projeto se trata de um equipamento destinado ao tratamento de uma doença tão devastadora na vida de uma pessoa ainda tão inocente, foi pensado em um partido conceitual que transmita a possibilidade de transformação. Essa simbologia da transformação foi percebida no “origami”, o qual ficou definido como partido do projeto.

“ ORIGAMI é uma palavra japonesa composta do verbo dobrar (ori) e do substantivo papel (kami).” Para muitos o Origami não passa de uma brincadeira infantil, mas para o origamista, o ato de dobrar o papel representa a transformação da vida, devido à simbologia da origem do papel a partir de uma árvore. Além disso, ele via a origem de todas as formas se transbordando a partir de uma quadrado perfeito de papel. Tomando partido da representatividade do Origami, a proposta é a criação de um espaço para transformar a vida dessas crianças.

O PROJETO

Figura 4.18  Esquema do desenvolvimento do Origami.

75


A Forma Uma unidade de saúde além de um programa de necessidades bastante extenso, ela conta com um complexo sistema de fluxos necessários para um bom funcionamento dos setores. Tomando partido do conceito do “origami” utilizando quadrados perfeitos, para uma melhor obter uma melhor distribuição dos setores foi proposto a distribuição da edificação através de um malha estrutural de 10 m × 10 m.

Figura 4.19  Malha estrutural e pilares.

76

A partir da malha estrutural proposta foi utilizado o cubo, com sua característica de sólido sociável, a qual permite a aglomeração perfeita sem sobrar espaços vazios no estudo volumétrico da edificação. Esse estudo foi realizado a partir da disposição na malha desses cubos com diversos tamanhos e alturas, determinando assim a forma inicial da edificação conforme figura 4.18.


O PROJETO

CONCRETO

O sistema estrutural proposto para a edificação será distribuído de acordo com a malha proposta. Para vencer o vão de 10 m foi proposto laje alveolar protendida com 20 cm de espessura, a qual irá diminuir o peso estrutura da edificação.

CABOS

Figura 4.20 Estudo volumétrico. Figura 4.21 Laje alveolar.

77


A Implantação A edificação foi locada no terreno para atender primeiramente as premissas projetuais de conectividade e interação urbana. Viabilizando a conexão com o Hospital Geral de Fortaleza o acesso principal foi direcionado para a rua paralela ao hospital, a Rua Desembargador Lauro Nogueira, uma via coletora a qual está servida de transporte público, facilitando o acesso dos usuários. Para obter a interação urbana com a comunidade, foi proposto um recuo frontal da

edificação, para a criação de áreas de jardins e espaços de curta permanência a serviço da cidade.

A área onde será implantado o equipamento é bastante adensada, suas ruas possuem um tráfego considerável, no entanto, suas estruturas são bem precárias. Além disso, a falta de sinalização e de faixas de pedestre em sua extensão inibe o fluxo de pedestres na região.

Como o intuito de promover essa conexão com o Hospital Geral de Fortaleza, se faz necessário propor junto à Prefeitura de Fortaleza a aplicação de algumas intervenções urbanas na área conforme Masterplan a seguir.

Figura 4.22  Implantação. Figura 4.23  Masterplan.

78

Os acessos de serviço e administrativo, como também do estacionamento de veículos foram determinados a partir da hierarquia viária da área, sendo assim dispostos em duas vias locais, a Rua Júlio Azevedo, e a Rua Pereira de Miranda.


O PROJETO

Masterplan Estação Bicicletas

Terreno

H

Reguralização Calçadas

HGF Via Compartilhada

Praça Urbana

Via Arterial km

0

1,5

0,75

H

es. L auro Nog uei

ra

R.

Pro

f. O

t áv io L ob o

R.

H

Ba

tis ta

de

Oli

vei ra

R. D

Av S a

A proposta é transformar as ruas Batista de Oliveira, Professor Otávio Lobo e a rua Desembargador Lauro Nogueira em vias de piso compartilhado, como alternativa para redução da velocidade dos veículos. Será utilizado nas vias de veículo o piso intertravado, que tem como característica a redução da velocidade devido à vibração. Além disso, será implantado cruzamentos elevados, onde as vias passam a ter a mesma altura das calçadas dando assim uma continuidade beneficiando os pedestres e forçando uma maior atenção por parte dos motoristas.

ntos

Dum o nt

A área não é servida de um sistema de transporte alternativo, sendo proposto assim a implantação de uma sistema de ciclovias que auxiliem na conectividade com a presença de estação de bicicleta compartilhada. Além das medidas de mobilidade, está sendo proposto a implantação de uma praça urbana no terreno adjacente. A implantação da mesma irá permeabilizar a área que é bastante adensada. A praça servirá para a inclusão dos moradores ao equipamento.

79


A Setorização Os setores definidos previamente a partir do programa de necessidades da unidade de saúde, foram dispostos na edificação a partir da malha proposta de forma a permitir uma eficiência nos fluxos internos. Esses fluxos foram distribuídos aliando a funcionalidade com a premissa de conforto ambiental, ou seja, tirando partido da ventilação e insolação natural. A edificação se distribuiu com um caráter mais horizontal dividido em dois blocos conectados por uma ponte. Foi proposto apenas dois pavimentos de atendimento e serviços, e um subsolo destinado ao estacionamento e máquinas. No primeiro pavimento foi disposto as áreas que irão apresentar mais tráfego de pessoas. Essas áreas irão receber um fluxo diurno mais constante, e, além disso suas funções possuem uma maior dependência entre elas. No bloco principal os usuários terão acesso a todos os tratamentos disponíveis na clínica. Nele está locado os setores destinados ao tratamento, são eles o apoio ao diagnóstico, radioterapia, e quimioterapia. Esses setores foram principalmente locados no térreo devido a uma necessidade estrutural especial, onde os locais que terão manipulação de material radioativo terão suas estruturas reforçadas. No bloco secundário foi locado os setores de serviço e administrativo. Essa é a área onde está locado todos os ambientes que irão possibilitar o bom funciona-

80

mento da clínica, como a cozinha, o centro de material esterilizado, a farmácia, e toda a área administrativa. O setor de serviço tem uma necessidade de conexão com todos os outros setores da clínica, isso se fez necessário além da circulação horizontal uma circulação vertical direta com o setor de internação. No segundo pavimento foram distribuídas as áreas de maior permanência, com menos fluxo de pessoas. Por isso, foi proposto no segundo pavimento, para criar um isolamento parcial da área de tratamento. Nele foram distribuídos os setores de internação, que irão d um suporte ao paciente que precisa receber medicação contínua. O setor possui dezesseis quartos individuais, nove enfermarias duplas, e quatro berçários duplos. Também foi locado o setor de atendimento, com consultórios para atendimento especializado ao paciente, e o setor de cuidados paliativos, que irão promover o conforto psicológico dos pacientes. O diferencial do pavimento é a presença de áreas de convivência, com cafés e lanchonetes distribuídas pelos dois blocos. O estacionamento era um ponto crítico devido ao adensamento da região. Como a proposta é promover a apropriação do entorno pelas pessoas, foi proposto a criação de um estacionamento no subsolo para minimizar a presença de veículos na área. No subsolo também foi colocado áreas destinadas às máquinas que irão servir a clínica.


O PROJETO

Subsolo

2º Pavimento

1º Pavimento

Figura 4.24 Setorização, volumetria esquemática.

81


Essa setorização foi necessária para administração do complexo programa de necessidade e fluxos de uma unidade de saúde. E como o diferencial da edificação é transcender de um ambiente hospitalar, propondo um espaço humanizado com interação com a natureza. Foi proposto dissipado por toda a edificação e de acordo com a arquitetura da edificação a utilização de jardins internos, através da criação de lajes jardins conforme detalhe construtivo (figura 4.23).

Figura 4.25  Corte esquemático da laje jardim.

82


O PROJETO

Os jardins internos foram criados para promover a vida ao ambiente, eles foram propostos principalmente em áreas que estarão ministrando tratamentos com o intuito de criar uma ambiência mais acolhedora. A proposta foi também de distribuir os jardins

em áreas destinadas a conectar pessoas, áreas com maior permanência. Como, por exemplo, na recepção principal da clínica onde será utilizado o sistema de jardim vertical conforme detalhe (figura 4.24).

Figura 4.26  Corte parede verde.

83


Figura 4.27  Isométrica explodida da parede verde. Figura 4.28  Planta baixa da parede verde.

84


O PROJETO

A utilização dos jardins além do conforto visual na criação de ambientes mais aberto, eles irão proporcionar um conforto ambiental através da criação de um microclima interno na edificação, fator muito importante devido ao clima da cidade de Fortaleza. Além da utilização de jardins internos para gerar amplitute, foi proposto no centro da edificação a utilização de telhado em vidro temperado com película climatizada para diminuir a incidência de calor no interior da edificação.

O clima da cidade de Fortaleza, como apresentado nos estudos anteriores, foi bastante determinante na proposta arquitetônica da edificação. Por se tratar de uma cidade com altas taxas de insolação, se fez necessário a utilização de sistemas de proteção solar. Propondo assim, a utilização de um sistema de brises metálicos verticais, conforme detalhe (figura 4.28). Os brises além da proteção solar, irão proporcionar um maior aproveitamento da ventilação natural através da sua parcial permeabilidade. Foi tirado partido dos brises para compor a fachada da edificação, a qual necessitava de uma barreira física não agressiva para promover a segurança do local.

Figura 4.29  Brise metálico. Figura 4.30  Planta baixa do brise metálico.

85


Figura 4.31  Corte do brise metálico.

86


O PROJETO

Para compor a fachada juntamente com o brises, foi desenvolvido a partir de uma malha de 2m × 2m uma estrutura metálica onde serão fixadas placas metálicas perfuradas, conforme detalhe (figura 4.30), que aplicarão à fachada o conceito do Origami já mencionado.

Figura 4.32  Planta baixa do painel.

87


Figura 4.33  Corte da fachada.

88


O PROJETO

Figura 4.34  Isométrica da fachada.

89


Foi desenvolvido cinco padrões, conforme figura 4.33, que serão dispostos aleatoriamente para compor a paginação da fachada. A utilização dessa estrutura externa irá, além do controle solar, contribuir com a ventilação natural da edificação. Além da proposta de proteção solar da fachada, foi aplicado conceitos da psicologia das cores no intuito de trazer as sensações provocadas por elas no auxílio do tratamento. Está sendo utilizado quatro cores. O amarelo, que é considerado a cor do otimismo e da energia. O azul com sua idéia de calma, serenidade. O verde e sua associação a saúde, e sua capacidade de acalmar e aliviar o stress. E o Rosa com todo o seu excesso de sentimentalismo, carrega a delicadeza e a fragilidade das crianças.

Figura 4.35  Padrões.

90


O PROJETO

Os apartamentos A necessidade de promover uma experiência hospitalar diferente da que se encontra normalmente nas unidades de saúde em Fortaleza. Foi proposto para a clínica áreas de internação mais lúdicas a fim de proporcionar ao paciente e seus familiares uma estadia mais acolhedora. A proposta desses ambientes personalizados, irá contribuir com a criação de um vincúlo com os pacientes, já que eles irão se identificar com o espaço. É inegável que as cores tenham funções que podem influênciar no processo da cura. A utilização de cores com tons pastéis no ambiente, irá transmitir aos usuários sensações como de acolhimento, alegria e bem-estar.

Para contribuir com a ambiência acolhedora, está sendo proposto iluminação indireta criando uma atmosfera mais relaxante. A escolha dos materiais também influenciam, a utilização de tons mais amadeirados, como no revestimento vinílico com textura madeirada proposto para o piso irá retirar o clima gélido de um hospital. Além disso, está sendo proposto grandes vãos com esquadrias de vidro para gerar a sensação de amplitude tornando os quartos mais permeáveis, na tentativa de amenizar a sensação de enclausuramento que a internação promove nos pacientes.

91


Figura 4.36  Planta baixa do apartamento.

92


O PROJETO

Figura 4.37  Perspectiva interna do apartamento.

93


Figura 4.38  Perspectiva interna do apartamento.

94



DESENHOS TÉCNICOS

QUADRO DE ÁREAS LEI ÁREA DO LOTE

PROJETO 16932

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA

17263,59

I. DE APROVEITAMENTO

3

1,2

TX. DE PERMEABILIDADE

30%

39%

TX. OCUPAÇÃO

60%

35%

ALTURA

72

12

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO HUMANIZADA escala 1/550


PLANTA DE IMPLANTAÇÃO escala 1/550


A VE

DOCAS

LAJE IMPERM.

OS

2

07

PISO DRENANTE ACESSO VEÍCULO

1

07

LAJE JARDIM

ASFALTO

CAIXA D'AGUA

LAJE IMPERM. PLACA DE VIDRO i = 7%

PLACA DE VIDRO i = 7%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

LAJE IMPERMEABILIZADA

RUA PEREIRA DE MIRANDA SAÍDA VEÍCULO

CRUZAMENTO ELEVADO

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

A DE

LAJE JARDIM

OLIV EIRA

CICLOVIA

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10% TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

RUA BAT IST

LAJE IMPERM.

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

PLACA DE VIDRO i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

PLACA DE VIDRO i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

OS

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

ÍCUL

SAÍDA VEÍCULOS

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

A VE

RUA LAURO NOGUEIRA

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

SAÍD

CAIXA D'AGUA

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

ÍCUL

i = 20%

LAJE IMPERM.

SAÍD

SINALIZAÇÃO CLÍNICA PISO INTERTRAVADO

ACESSO VEÍCULO

1

08


RUA JÚLI OA ZEV EDO A VE

DOCAS

LAJE IMPERM.

OS

ACESSO VEÍCULO

PISO DRENANTE

2 1

07 07

LAJE JARDIM

ASFALTO

CAIXA D'AGUA

LAJE IMPERM. PLACA DE VIDRO i = 7%

PLACA DE VIDRO i = 7%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

LAJE IMPERMEABILIZADA

RUA PEREIRA DE MIRANDA SAÍDA VEÍCULO

CRUZAMENTO ELEVADO

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

A DE

LAJE JARDIM

OLIV EIRA

CICLOVIA

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

RUA BAT IST

LAJE IMPERM.

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

PLACA DE VIDRO i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

PLACA DE VIDRO i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

OS

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

ÍCUL

SAÍDA VEÍCULOS

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

A VE

RUA LAURO NOGUEIRA

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

SAÍD

CAIXA D'AGUA

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

TELHA TERMOACÚSTICA i = 10%

ÍCUL

i = 20%

LAJE IMPERM.

SAÍD

SINALIZAÇÃO CLÍNICA PISO INTERTRAVADO

ACESSO VEÍCULO

08

1


PLANTA HUMANIZADA DO PAVIMENTO TÉRREO - EDIFÍCIO 1 escala 1/250


PLANTA HUMANIZADA DO PAVIMENTO TÉRREO - EDIFÍCIO 2 escala 1/250


QUIMIOTERAPICOS A=19.38 m²

CAF A=48.78 m²

CONTROLE CAF A=22.65 m²

DML

SANEANTES

A=3.60 m²

FRACIONAMENTO DAS DOSES

A=23.60 m²

REPOUSO

A=21.24 m²

A=43.07 m²

REPOUSO A=12.03 m²

ESTERELIZAÇÃO GASOSA

OFICINA PINTURA

A=13.38 m²

A=13.48 m²

ROUPA SUJA

OFICINAS

A=10.00 m²

A=26.98 m²

GUARDA CARRINHO SUJO

LAVAGEM CARRINHOS

A=15.25 m²

A=9.23 m²

WC M

CHEFIA

DISPENSAÇÃO HIG. FRASCOS A=27.50 m² A=6.84 m²

A=4.50 m²

ESCADA

PREP. PARENTAL A=8.55 m²

WC F

CIRC. LAV

i = 20%

G. CARRINHO LIMPO

A=29.07 m²

FERRAMENTAS

PARAM.

A=4.50 m²

A=7.14 m²

A=8.27 m²

A=11.51 m²

ARQ. MÉDICO

DML

A=13.39 m²

A=3.69 m²

CHEFIA DIST. PARENTAL

A=7.50 m²

A=9.21 m²

ELEVADOR

A=20.59 m²

A=7.85 m²

12 13

11

14

10

15

9

16

8

17

7

18

6

19

5

20

4

21

3

22

2

23

1

VESTIÁRIO

ARMAZ.

A=7.55 m²

A=10.80 m²

ELEVADOR A=7.85 m²

BARR. A=2.41 m²

ESTERELIZAÇÃO

24

S

25

ALMOXARIFADO

A=18.66 m²

A=11.46 m²

VESTIÁRIO

LAVAGEM A=14.86 m²

GUARDA ROUPA LIMPA A=13.16 m²

A=13.45 m²

A=12.10 m²

A=9.89 m²

A=8.96 m²

ROUPA LIMPA RESERVA TÉCNICA

RECEPÇÃO MATERIAL

DESINFECÇÃO

A=39.81 m²

A=7.56 m²

CIRC.

CHEGADA MEDICAÇÃO

A=8.31 m²

DISTRIBUIÇÃO

A=13.40 m²

DISTRIBUIÇÃO MATERIAL

ROUPA LIMPA

A=17.78 m²

A=10.68 m²

A=11.36 m²

PONTO A=11.25 m²

CONTROLE A=61.33 m²

DML V. PCD

GUARDA VOLUMES

HIGIENIZAÇÃO

A=8.79 m²

A=17.53 m²

A=13.88 m²

A=3.30 m²

LAVAGEM CARRINHOS

ARMAZ.

DISTRIBUIÇÃO

A=19.38 m²

A=19.33 m²

A=24.63 m²

VESTIÁRIO FEMININO

ARQUIVO

FINANCEIRO

A=7.98 m²

A=22.20 m²

WC M A=10.06 m²

CÂMARA RESFRIAMENTO

A=48.92 m²

A=14.66 m²

WC PCD A=4.00 m²

ANTI- C

RECEPÇÃO ADM

A=3.71 m²

A=61.34 m²

RH

1

A=11.60 m²

CÂMARA CONGELAMENTO

08

A=14.66 m²

VESTIÁRIO MASCULINO

CARGA E DESCARGA

A=45.99 m²

WC F A=9.99 m²

MONIT.

LAVAGEM

COZINHA

A=22.40 m²

A=76.01 m²

A=17.08 m²

REFEITÓRIO

WC F

WC M

A=6.60 m²

A=6.60 m²

A=64.29 m²

COPA A=9.58 m²

LOUÇA LIMPA DESPENSA

A=10.20 m²

A=12.20 m²

DESPENSA SECA A=11.83 m²

DML

CIRC. COZINHA

A=5.00 m²

SALA NUTRICIONISTA

A=83.23 m²

ARQV. MED A=8.83 m²

T.I A=8.83 m²

DIRETORIA A=28.28 m²

A=13.20 m²

RESÍDUO COMUM A=7.60 m²

DIRETORIA MÉDICA

ESTOQUE BEBIDAS A=16.48 m²

A=54.14 m²

RESÍDUO SÉPTICO

SL. REUNIÕES

A=7.60 m²

A=23.76 m²

WC F A=4.04 m²

RESÍDUO QUÍMICO A=7.60 m²

OXIGÊNIO

GÁS COMUM

A=9.84 m²

A=9.84 m²

RESÍDUO RADIOATIVO A=7.79 m²

2 07

WC M A=4.03 m²

W.C A=3.83 m²


COMANDO

WC M.

MACAS

RECEPÇÃO

A=5.45 m²

RAIO X

A=10.96 m²

RECUPERAÇÃO ENDOSCOPIA A=12.10 m²

WC

WC

A=3.20 m²

A=3.18 m²

WC A=5.23 m²

BRINQUEDOTECA

COMANDO

A=24.79 m²

A=46.25 m²

A=12.51 m²

A=84.78 m²

INDUÇÃO / RECUPERAÇÃO

TOMOGRAFIA WC PCD ENDOSCOPIA

A=4.00 m²

ULTRASSON

ULTRASSON

A=12.14 m²

A=14.44 m²

A=40.43 m²

MAMOGRAFIA/ RADIO

SL COMP.

REPOUSO

A=14.63 m²

A=17.59 m²

PSI

A=30.50 m²

A=13.85 m²

PSICOLOGIA COLETICA

EXPURGO

A=22.23 m²

A=10.40 m²

A=31.87 m²

A=4.30 m²

CIRCULAÇÃO A=12.33 m²

W.C F

C. ESCURA

C. CLARA

A=10.93 m²

A=6.59 m²

A=6.59 m²

CIRCULAÇÃO ESPERA IMAGEM

8 7

6 5

4 3

A=6.94 m²

ADM

ELEVADOR

2 1

MACAS

A=7.93 m²

S

13 12 11 10 9

A=10.00 m²

A=4.21 m²

LAUDO

A=13.60 m²

A=13.55 m²

RECEPÇÃO IMAGEM

ELEVADOR

A=31.08 m²

A=8.25 m²

14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

REGISTRO

VEST. F

VEST. PCD

A=15.07 m²

A=6.93 m²

REGISTRO

COPA

A=39.90 m²

A=39.69 m²

DML A. SOCIAL

A. SOCIAL

PSI

A=9.43 m²

A=9.45 m²

A=9.73 m²

WC M P.E

VEST. M

A=7.45 m²

A=4.00 m²

RECEPÇÃO

A=3.95 m²

A=35.82 m²

A=8.80 m²

A=14.96 m²

WC F A=4.00 m²

RECEPÇÃO COLETA A=32.82 m²

CÂMARA CLARA

RECEPÇÃO QUIMIO REGISTRO/ ENTREGA

C. FRIA

REGISTRO

A=13.51 m²

A=12.90 m²

A=5.42 m²

A=9.10 m²

REGISTRO

A=41.50 m²

ELEVADOR

QUIMIO A=7.36 m²

MATERIAIS

MACAS

A=5.60 m²

VIDRARIAS

CHEFIA

A=5.60 m²

A=10.39 m²

CONSULTÓRIO MÉDICO

MACAS

WC

DML

A=36.97 m²

1.20x2.10 P14

A=6.10 m²

C. MÉDICO

REPOUSO

A=15.35 m²

A=14.43 m²

PREPARO FONTES

A=4.50 m²

ELEVADOR

CIRC. WC F

A=41.89 m²

A=6.30 m²

A=10.00 m²

QUIMIO A=7.74 m²

RECEPÇÃO

ARQUIVO

A=5.01 m²

A=15.22 m²

A=4.46 m²

CLASSIF. / DIST AMOSTRAS

A=11.28 m²

A=7.94 m²

REPOUSO

QUIMIO

QUIMIO

A=14.70 m²

A=7.74 m²

A=7.74 m²

A=8.00 m²

A=7.95 m²

PREPARO ATINEOPLÁTICOS A=14.25 m²

WC PCD

ADM

A=9.00 m²

A=11.40 m²

VEST F

VEST M

WC

A=6.00 m²

A=6.00 m²

A=6.00 m²

CPD A=5.85 m²

1

A=9.00 m²

S

A=30.44 m²

SL. PLANEJAMENTO

1 2

A=16.28 m²

3

MACAS

WC M

FARMACIA

MATERIAIS

A=9.95 m²

A=8.39 m²

A=6.83 m²

6 7

A=5.38 m²

8 9 10

COMANDO

11 12

A=21.91 m²

13

CIRC. A=35.88 m²

A=54.40 m²

BOX 03

BOX 04

A=10.49 m²

A=10.53 m²

A=10.53 m²

A=10.31 m²

P.E A=9.70 m²

REPOUSO

SL. RADIOTERAPIA

A=19.66 m²

A=71.23 m²

SL. BRAQUITERAPIA A=29.83 m²

1 07

WC A=3.52 m²

08

5

BOX 02

WC A=3.52 m²

RECUPERAÇÃO

A=21.55 m²

BOX 01

A=9.17 m²

COPA

4

QUIMIO COLETIVA

SALA UTILIDADES

OFICINA MOLDES A=12.97 m²


PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TÉRREO - EDIFÍCIO 1 escala 1/250


PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO TÉRREO - EDIFÍCIO 2 escala 1/250


1

2

3

4

5

6

7

8

62.68 1.63

10.00

10.15

10.00

7.85

2.00

10.15

10.00

0.85

A J8

J8

QUIMIOTERAPICOS A=19.38 m²

CAF

6.91

A=48.78 m²

J5

P6 J5

J2

P15

J2

J2

J2

CONTROLE CAF

J4

A=22.65 m²

P6

J13

REPOUSO P6

A=12.03 m²

J11

OFICINA PINTURA A=13.48 m²

ROUPA SUJA

GUARDA CARRINHO SUJO

LAVAGEM J5 CARRINHOS

J5

A=10.00 m²

A=26.98 m²

A=15.25 m²

A=9.23 m²

P32

A=6.84 m²

A=4.50 m²

J11

P6

DISPENSAÇÃO HIG. J8 FRASCOS A=27.50 m²

WC M

P6

A=8.55 m²

P32 J11

P6

J11

CIRC. LAV

P6

FERRAMENTAS ARQ. MÉDICO

PARAM.

J11

A=7.14 m²

P32

P6

P32

CHEFIA

DML

P6

A=13.39 m²

P32

A=4.50 m²

A=8.27 m²

A=11.51 m²

J12

WC F

J11

G. CARRINHO LIMPO

A=29.07 m²

A=7.50 m²

DIST. J11

J11

A=3.69 m²

J8

P6

ROUPA LIMPA

C

RESERVA TÉCNICA ALMOXARIFADO J12

P6

GUARDA ROUPA LIMPA

A=18.66 m²

A=11.46 m²

P6

10

15

9

16

8

17

7

18

6

19

5

20

4

21

3

22

2

23

1

J4 J5

A=7.85 m²

VESTIÁRIO

ARMAZ.

A=7.55 m²

ELEVADOR

A=10.80 m²

P32 P6

P6

A=7.85 m²

BARR.

J4

J5

DESINFECÇÃO

A=39.81 m²

P6

LAVAGEM

A=8.96 m²

P1

A=12.10 m²

A=9.89 m²

VESTIÁRIO

P1

RECEPÇÃO MATERIAL

J5

ESTERELIZAÇÃO

S

25

J4

A=2.41 m²

P6 P32

J5

P6

J11

P6

A=14.86 m²

P6

J12

CIRC.

DISTRIBUIÇÃO

A=13.40 m²

A=13.45 m²

J11

P6

CHEGADA MEDICAÇÃO

A=13.16 m²

P6

11

14

A=7.56 m²

P32 P6

13

24

PARENTAL

P6

J3

A=9.21 m²

ELEVADOR

A=20.59 m² 12

P6

P6

CHEFIA

P6

PREP. PARENTAL P32

P6

J4

ESCADA

J12

A=13.38 m²

P6

OFICINAS

i = 20%

ESTERELIZAÇÃO GASOSA J12

J4

J4

J5

J11

5.47

J2

J2

A=43.07 m²

REPOUSO J2

J2

A=23.60 m²

J4

P6

A=21.24 m²

B

SANEANTES

A=3.60 m²

0.78

J8

J2

DML

J5

FRACIONAMENTO DAS DOSES

A=10.68 m²

P6

A=8.31 m²

J12

J5

DISTRIBUIÇÃO MATERIAL

ROUPA LIMPA

A=17.78 m²

14.53

J5

P6

A=11.36 m²

J5

P32

P6

P6

P6

P6

P6

J5

P6

PONTO A=11.25 m²

0.10

P4 P4

CONTROLE A=61.33 m²

P32

P6

P15

P6

J13

J11

DML

D

J12

J12

P15

V. PCD

GUARDA VOLUMES

HIGIENIZAÇÃO

A=8.79 m²

A=17.53 m²

A=13.88 m²

J12

A=3.30 m²

J8

J11

P6

ARMAZ. LAVAGEM CARRINHOS

P6

P6 J12

DISTRIBUIÇÃO

A=19.38 m²

P6

A=19.33 m²

P6

J11

VESTIÁRIO FEMININO

CÂMARA RESFRIAMENTO

A=48.92 m²

P6

J11

ANTI- C

P6

ARQUIVO

FINANCEIRO

A=7.98 m²

A=22.20 m²

WC PCD

P31

A=3.71 m²

1

CARGA E DESCARGA

A=11.60 m²

A=45.99 m²

P15 J2

E

COZINHA

A=22.40 m²

A=76.01 m²

P4

J12

J12

J12

WC F

WC M

A=6.60 m²

A=6.60 m²

J2 J2

COPA P6

P6 J12

J2

A=9.58 m²

P31

P31

P14 J12

J11 J12

P6

DESPENSA

P32

P4

A=9.99 m²

A=17.08 m²

P15

A=64.29 m²

WC F

MONIT.

LAVAGEM P6

REFEITÓRIO

J2 J2

VESTIÁRIO MASCULINO

J12

A=61.34 m²

RH

A=14.66 m²

J12

RECEPÇÃO ADM

P6

P6

CÂMARA CONGELAMENTO

P6

P6

A=4.00 m²

P6 J8

08

A=10.06 m²

P6

A=14.66 m²

J12

WC M

P6

A=24.63 m²

LOUÇA LIMPA A=10.20 m²

A=12.20 m²

P31

P6

P31

P6

P15

0.08 RESÍDUO COMUM P1

P1

J12

J12

DESPENSA SECA

J2

P32

A=11.83 m²

CIRC. COZINHA P32

0.10

SALA NUTRICIONISTA

A=5.00 m²

DIRETORIA MÉDICA

ESTOQUE BEBIDAS J13 A=16.48 m²

P1

RESÍDUO QUÍMICO

P32

WC F

J12

A=7.60 m²

A=9.84 m²

A=9.84 m²

P1

RESÍDUO RADIOATIVO

DIRETORIA

A=8.83 m²

A=28.28 m²

P15

SL. REUNIÕES

J12

A=4.04 m²

GÁS COMUM

A=8.83 m²

A=54.14 m²

P1

OXIGÊNIO

ARQV. MED

T.I

A=13.20 m²

J13

F

DML

P6

A=7.60 m²

P1

J8 J11

A=83.23 m²

A=7.60 m²

RESÍDUO SÉPTICO

22.02

J12

J12

J2

J2

J13

P32

P15

A=23.76 m²

W.C

WC M J2

A=4.03 m²

J13

J12

A=7.79 m²

2 J12

J12

07

10.00

10.00

10.00

10.00 73.50

10.00

10.00

10.00

J2

J2P6 A=3.83 m²


9

10

11

12

13

14

15

16

17

1.33

0.78

A

J12

J8

J12

J12

J12

J12

B

P4

A=10.96 m²

RECEPÇÃO

A=5.45 m²

J10

RAIO X A=24.79 m²

P32

A=12.10 m²

WC

WC

A=3.20 m²

A=3.18 m²

P6

A=84.78 m²

WC A=5.23 m²

BRINQUEDOTECA

J10

P32

COMANDO

P32

J10

A=46.25 m²

A=12.51 m²

P6

TOMOGRAFIA

P6 P6

WC PCD A=4.00 m²

ULTRASSON

ULTRASSON

A=12.14 m²

A=14.44 m²

ENDOSCOPIA

P29

A=40.43 m²

MAMOGRAFIA/ RADIO

P32

C. ESCURA

A=10.93 m²

C. CLARA

A=6.59 m²

P6

P6

P1

P1

A=13.85 m²

P6

P6

P6

CIRCULAÇÃO

A=6.59 m²

P6

P6

P6

P6

A=6.94 m²

P6

P6

REGISTRO

LAUDO

J2

A=13.60 m²

A=13.55 m²

RECEPÇÃO IMAGEM

P32

P6

A=31.08 m²

VEST. F

VEST. PCD

A=15.07 m²

A=6.93 m²

A. SOCIAL

A. SOCIAL

PSI

A=9.43 m²

A=9.45 m²

A=9.73 m²

REGISTRO DML

A=7.45 m²

A=4.00 m²

P23

WC M

C

RECEPÇÃO

A=3.95 m²

P.E

VEST. M

P6

P6

COPA

P32

A=39.90 m²

A=39.69 m²

ADM

A=8.25 m²

P30

P6

P32

A=10.00 m²

A=4.21 m²

ELEVADOR

P30

A=12.33 m²

P6

P6

A=31.87 m²

P6

CIRCULAÇÃO

P32

P6

PSICOLOGIA COLETICA

P6

MACAS

A=7.93 m²

14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

PSI

A=30.50 m²

ELEVADOR

2 1

S

4 3

A=17.59 m²

P32

P15

6 5

A=14.63 m²

EXPURGO

A=22.23 m²

ESPERA IMAGEM

8 7

REPOUSO

A=4.30 m²

P6

W.C F

SL COMP.

J10

A=10.40 m²

13 12 11 10 9

INDUÇÃO / RECUPERAÇÃO

A=35.82 m²

A=8.80 m²

A=14.96 m²

P32

P15

WC F J13 A=4.00 m²

P4

32.00

P6

P4

0.10

P4

0.05 P4

P4

P4

RECEPÇÃO COLETA

P4

P4

C. FRIA P32

A=5.42 m²

A=5.60 m²

VIDRARIAS

REGISTRO/ ENTREGA

J13

J6

ELEVADOR

P6

A=7.94 m²

A=7.36 m²

CONSULTÓRIO MÉDICO

P15

MACAS

P32

J6

P6

QUIMIO

P32

A=5.60 m²

REGISTRO

A=13.51 m²

A=12.90 m²

J8

J8

P32

REGISTRO

A=41.50 m²

P32 J13 MATERIAIS

A=15.22 m²

P6

A=4.46 m²

CHEFIA

P6

P6 P6

RECEPÇÃO

ARQUIVO A=4.50 m²

A=10.00 m²

SALA UTILIDADES

CÂMARA CLARA

1.20x2.10

P6

P32

C. MÉDICO

REPOUSO

A=15.35 m²

A=14.43 m²

P32

P1

PREPARO FONTES

J13

P32

A=8.00 m²

VEST F

VEST M

WC

A=6.00 m²

A=6.00 m²

A=6.00 m²

CPD

WC A=3.52 m²

WC

J13

A=3.52 m²

J2

COPA

A=5.85 m²

J13

P32

P6

P15

J2

P6

D

P32 J13

A=6.10 m²

A=7.95 m²

A=14.25 m²

J11

A=9.17 m²

A=9.10 m²

DML

A=36.97 m²

P14

A=5.01 m²

PREPARO ATINEOPLÁTICOS

WC F P6

P6

P6

P6

ELEVADOR

A=41.89 m²

A=6.30 m²

P32

A=11.28 m²

P32

MACAS P15

CIRC.

WC

A=10.39 m²

P15

J6

RECEPÇÃO QUIMIO

J13

P4

J6

A=32.82 m²

A=9.00 m²

1

J2

P6 P6

QUIMIO

P6 J7

CLASSIF. / DIST AMOSTRAS

A=7.74 m²

P6

REPOUSO

QUIMIO

QUIMIO

A=14.70 m²

A=7.74 m²

A=7.74 m²

WC PCD

ADM

A=9.00 m²

A=11.40 m²

S

P6

P6 P6

RECUPERAÇÃO

P6

P6

J11

A=30.44 m²

P15

1

A=16.28 m²

3

P6

A=12.97 m²

J8

J7

P6

MACAS

5

WC M

FARMACIA

A=9.95 m²

A=8.39 m²

6

MATERIAIS

7

J6

A=6.83 m² J6

P6

COMANDO

12

P6

P32

P15

CIRC.

QUIMIO COLETIVA A=54.40 m²

BOX 02

BOX 03

BOX 04

A=10.49 m²

A=10.53 m²

A=10.53 m²

A=10.31 m²

J2

J8

J2 J2

P6 J6

BOX 01

J2

A=21.91 m²

13

J6

J2

P6

A=35.88 m²

P6

E

9

P6

P14

A=5.38 m²

J2

8 10 11

J8

P6

OFICINA MOLDES

4

A=21.55 m²

P6

08

J11

SL. PLANEJAMENTO

P15 J9

2

J6

P6

P32

J6

P6

P.E J8 A=9.70 m²

REPOUSO

SL. RADIOTERAPIA

A=19.66 m²

A=71.23 m²

9.08

J10

J11

P1

J6

P6

J2

SL. BRAQUITERAPIA

J2

A=29.83 m²

F

1 07

0.90

5.03

4.40

5.07 5.00

20.00 11.71

46.01

WC M.

MACAS

RECUPERAÇÃO ENDOSCOPIA

COMANDO

10.00

10.00

10.00

10.00

10.00 83.86

10.98 10.00

7.30 10.00

11.80 2.17

1.95 9.83

0.76

0.78

2.20

P4


PLANTA HUMANIZADA DO PAVIMENTO SUPERIOR - EDIFÍCIO 1 escala 1/250


PLANTA HUMANIZADA DO PAVIMENTO SUPERIOR - EDIFÍCIO 2 escala 1/250


ENF. 09 A=28.44 m²

ENF. 08

VA ZIO

BERÇÁRIO 04

A=25.94 m²

A=25.28 m²

SALA ECUMÊNICA A=26.90 m² ENF. 04 A=28.22 m²

BERÇÁRIO 03

ENF. 07

A=25.27 m²

Q. PLANTÃO

A=25.86 m²

A=13.35 m²

COPA A=13.75 m²

ENF. 06 A=25.94 m²

13 14 15

BERÇÁRIO 02

16

Q. PLANTÃO

17

A=25.32 m²

WC M

18 19

A=13.04 m²

A=5.80 m²

20 21 22

ENF. 03

23 24

A=28.13 m²

25

ENF. 05

BERÇÁRIO 01

A=25.86 m²

WC F

BRINQUEDOTECA

A=5.80 m²

A=46.50 m²

A=25.27 m²

ENF. 02 A=28.05 m²

ROUPARIA

REPOUSO

A=4.30 m²

A=22.72 m²

DML VAZI O

A=4.35 m²

4.50 ENF. 01

POSTO DE ENF. A=22.02 m²

A=28.13 m²

S. SERV A=6.28 m²

WC A=3.00 m²

MACA A=3.00 m²

VAZ IO

QUARTO 01 A=17.15 m²

S. SERV

WC

A=5.00 m²

A=3.00 m²

MACAS A=16.02 m²

QUARTO 05 POSTO DE ENF.

A=18.60 m²

A=18.97 m²

1

QUARTO 02

CAFÉ QUARTO 08

QUARTO 12

A=17.15 m²

A=16.09 m²

QUARTO 06

SL. SERV

A=18.60 m²

A=9.16 m²

A=21.05 m²

A=17.15 m²

WC

08

A=1.95 m²

MACAS

CONVIVÊNCIA A=67.72 m²

A=5.43 m²

QUARTO 03 A=16.52 m²

QUARTO 04

DML

A=17.52 m²

A=5.42 m²

QUARTO 09

P.E

QUARTO 13

A=17.15 m²

A=9.48 m²

A=16.09 m²

QUARTO 07

QUARTO 10

QUARTO 14

A=18.60 m²

A=17.07 m²

A=16.01 m²

ISOLAMENTO 02 A=18.92 m²

QUARTO 11 A=17.15 m²

ISOLAMENTO 01 A=16.96 m²

2 07

QUARTO 15 A=17.16 m²

LAJE JARDIM A=99.84 m²

QUARTO 16 A=15.94 m²


WC F

REPOUSO

A=11.04 m²

A=10.65 m²

FONO 02

FONO 01

REGISTRO

A=17.33 m²

A=17.13 m²

A=18.30 m²

ÁREA DE CONVIVÊNCIA A=97.45 m²

WC PCD

PREPARO

PREPARO

A=8.94 m²

A=8.94 m²

SL. FISIOTERAPIA A=34.81 m² COPA

A=4.01 m²

A=8.70 m²

WC PCD

WC PCD

A=5.00 m²

A=5.00 m²

SL. FISIOTERAPIA A=34.81 m²

ATIVIDADE COLETIVA A=54.55 m²

LAJE JARDIM A=99.12 m²

WC M

LANCHONETE

A=11.01 m² ZI VA

A=15.54 m²

TERAPIA OCUPACIONAL A=16.99 m²

WC F

O

CAFÉ

A=4.50 m²

TERAPIA OCUPACIONAL A=16.94 m²

RECEPÇÃO

MACAS

DML

A=82.23 m²

A=4.25 m²

A=4.25 m²

A=13.02 m²

13 12 11 10 9 8

7 6

5 4

WC M

ELEVADOR

3 2

A=4.45 m²

A=7.93 m²

ELEVADOR A=8.35 m² 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

4.50

VAZIO

VA

A=867.16 m²

ZIO

RECEPÇÃO VAZIO

VA ZIO

TRIAGEM

ESPERA

A=12.11 m²

REGISTRO

ARQUIVO

A=15.43 m²

A=6.60 m²

DML

ELEVADOR 01

RECEPÇÃO

A=8.23 m²

A=7.74 m²

A=61.95 m²

ADM

A=53.56 m²

WC M CIRC

A=11.83 m²

WC F

WC M

A=3.52 m²

A=3.53 m²

A=30.73 m²

ELEVADOR 02 A=7.75 m²

AUDITÓRIO

DML

A=45.20 m²

A=92.05 m²

A=7.73 m²

WC PCD

SL. MULTIMÍDIA

PRAÇA INTERNA

C. 02

A=4.70 m²

A=17.27 m²

CONSULTÓRIO 01

ADM

COPA

REPOUSO

A=15.28 m²

A=7.88 m²

A=16.50 m²

A=118.98 m²

D

08 26 25

2

24 23

3 4

22 21

A=11.82 m²

5 20 6

CONSULTÓRIO 08

VA ZIO

A=19.65 m²

19 7 18 8 17 9 16 10 11

15 14

12 13

CONS.03

CONSULTÓRIO 04

CONSULTÓRIO 05

CONSULTÓRIO 06

CONSULTÓRIO 07

A=16.43 m²

A=16.46 m²

A=16.38 m²

A=16.46 m²

A=16.14 m²

1 07

1

A=41.98 m²

1

A=17.21 m²

WC F

CONTROLE

SALA DE AULA

WC F A=14.17 m²

WC PCD A=4.15 m²

WC M A=14.36 m²


PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO SUPERIOR - EDIFÍCIO 1 escala 1/250


PLANTA BAIXA DO PAVIMENTO SUPERIOR - EDIFÍCIO 2 escala 1/250


A

2

3

4

5

6

7

8

1.63

1

ENF. 09

P6

A=28.44 m²

10.00

P22 P22 P6

ENF. 08

J15

VA ZIO

P6

BERÇÁRIO 04

A=25.94 m²

A=25.28 m²

P22 SALA ECUMÊNICA A=26.90 m²

B P22

ENF. 04 A=28.22 m²

J15

P6 ENF. 07

P6

BERÇÁRIO 03

P32

P6

A=25.27 m²

P22

A=25.86 m²

P15

Q. PLANTÃO

P22

A=13.35 m²

COPA A=13.75 m²

P22

ENF. 06 A=25.94 m²

J15

P6

P32

P6

13

P6

14 15

BERÇÁRIO 02

16 17

A=25.32 m²

23

20.10

P6

24 25

P22 P22

ENF. 05 A=25.86 m²

ENF. 02

BERÇÁRIO 01

J15

A=25.27 m²

P6

P22

A=28.05 m²

WC F

A=46.50 m²

P32

P1

P6

ROUPARIA

P22

P6

BRINQUEDOTECA

A=5.80 m²

P1

A=4.30 m²

DML

REPOUSO

P32

A=22.72 m²

P32 VAZI O

A=4.35 m²

P6

4.50 POSTO DE ENF.

P6 ENF. 01

A=22.02 m²

A=28.13 m²

P22

P6 S. SERV

J12

A=6.28 m²

P6 P6 WC

A=3.00 m²

MACA A=3.00 m²

P6 VAZ IO

D

QUARTO 01 A=17.15 m²

S. SERV

WC

A=5.00 m²

A=3.00 m²

P6

P6 P6

P22

MACAS

P6

P22 P6

QUARTO 06

P6

P6

CAFÉ

J1

A=18.60 m²

QUARTO 12

P22

P6

A=17.15 m²

P22

QUARTO 02

J12

A=18.60 m²

QUARTO 08

P22

10.05

P6

QUARTO 05

P22

A=18.97 m²

1

P32

A=16.02 m²

P6

POSTO DE ENF.

P6

A=21.05 m²

A=16.09 m²

SL. SERV A=9.16 m²

A=17.15 m²

WC

P6

08

P6 MACAS QUARTO 03 A=16.52 m²

QUARTO 09

P6

P6 P22

P22

E

QUARTO 04

DML

A=17.52 m²

A=5.42 m²

A=1.95 m²

CONVIVÊNCIA

P23

P6

A=5.43 m²

P6

P6 P22

QUARTO 07

QUARTO 10

A=18.60 m²

A=17.07 m²

P.E

P22

P22

QUARTO 14

P22 P6

P6

A=67.72 m²

QUARTO 13 A=16.09 m²

A=9.48 m²

A=17.15 m²

P6 P22

2.83

44.61

21 22

A=28.13 m²

C

A=13.04 m²

A=5.80 m²

20

P6

ENF. 03

Q. PLANTÃO

P32

WC M

18 19

P22

A=16.01 m²

P22 P6

ISOLAMENTO 02 A=18.92 m²

P22

QUARTO 11 A=17.15 m²

P6 ISOLAMENTO 01

F

QUARTO 15

P22

P6

P6

P6 P22

P22

A=16.96 m²

A=17.16 m²

LAJE JARDIM A=99.84 m²

QUARTO 16 A=15.94 m²

2 07

10.00 0.78 1.66

9.28

20.00 12.63

9.97 7.94

10.00 70.10

30.10 11.08

10.00

11.01

0.78 1.74


9

10

11

12

13

14

15

16

17

A 85.59 10.10

10.00

10.00

10.00

10.00

10.00

11.93

0.76

2.11

12.00

J12

B

WC F

REPOUSO

A=11.04 m²

A=10.65 m²

ÁREA DE CONVIVÊNCIA A=97.45 m²

P6 WC PCD

FONO 02

FONO 01

REGISTRO

A=17.33 m²

A=17.13 m²

A=18.30 m²

A=8.94 m²

P15

P6 P6

LANCHONETE

ZI VA

TERAPIA OCUPACIONAL A=16.99 m²

WC F

O

CAFÉ

P6

P6

P6

A=8.70 m²

A=15.54 m²

SL. FISIOTERAPIA A=34.81 m²

P6 P6

COPA

A=11.01 m²

PREPARO

A=8.94 m²

J8 P6

A=4.01 m²

WC M

PREPARO

A=4.50 m²

P23

WC M

P23

P6

WC PCD

WC PCD

A=5.00 m²

A=5.00 m²

SL. FISIOTERAPIA A=34.81 m²

ATIVIDADE COLETIVA A=54.55 m²

P6

LAJE JARDIM A=99.12 m²

P6 TERAPIA OCUPACIONAL A=16.94 m²

RECEPÇÃO

MACAS

DML

A=4.25 m²

A=4.25 m²

A=82.23 m²

P6

P6

P6

J8 P6

A=13.02 m²

13 12 11 10 9 8

7 6

5 4

3 2

P1

ELEVADOR

P1

P32

P32

P15

A=4.45 m²

A=7.93 m²

P6

P4

P4

C

P4

ELEVADOR A=8.35 m²

32.00

14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

VAZIO

VAZIO

46.01

4.50

A=867.16 m²

ZIO

RECEPÇÃO VA

VA ZIO

P4

P4

P15

P4

P6 TRIAGEM

REGISTRO

ESPERA

A=12.11 m²

ARQUIVO

A=15.43 m²

A=61.95 m²

P6

P6 P6

A=11.83 m²

CIRC

WC F

WC M

A=3.52 m²

A=3.53 m²

J12

A=4.70 m²

C. 02

P6

A=17.27 m²

CONSULTÓRIO 01

ADM

COPA A=7.88 m²

A=17.21 m²

WC F

REPOUSO

DML

D

08 25 24 23

4

22 21

5

P6 WC F A=14.17 m²

20 6

CONSULTÓRIO 08

VA ZIO

P6

A=19.65 m²

P15

P6

1

26

3

J12

A=92.05 m²

SL. MULTIMÍDIA A=41.98 m²

1

P6

AUDITÓRIO

P6

P1

2

A=11.82 m²

J12

A=118.98 m²

J13

P6

A=7.73 m²

A=16.50 m²

P6

A=30.73 m²

A=7.75 m²

PRAÇA INTERNA

A=15.28 m²

SALA DE AULA

P6

P1 WC PCD

WC PCD

WC M A=14.36 m²

A=4.15 m²

19 7 18

E

8 17 9 16 10 11

15 14

12

D

P6

ELEVADOR 02

A=45.20 m²

P6

P32 CONTROLE

ADM

P6

P6

P15

J12

J12

J12

J14 J14

J5

J5

13

P6 P6

P6

P6

P6

P6 J14 J14

CONS.03

CONSULTÓRIO 04

CONSULTÓRIO 05

CONSULTÓRIO 06

CONSULTÓRIO 07

A=16.43 m²

A=16.46 m²

A=16.38 m²

A=16.46 m²

A=16.14 m²

9.08

J12

RECEPÇÃO

A=7.74 m²

P23

WC M

P15

ELEVADOR 01

A=8.23 m²

A=6.60 m²

A=53.56 m²

P4

DML

F 2.83

0.70

1 07


PLANTA BAIXA DO SUBSOLO escala 1/500


QUADRO DE ESQUADRIAS Tipo da Janela

Largura

J1 J2 J3 J4 J5 J6 J7 J8 J9 J10 J11 J12 J13 J14 J15 Grand total: 182

2.00 0.30 0.80 1.50 2.00 0.50 0.30 2.50 2.50 1.00 1.20 1.30 0.80 0.30 1.20

Altura

Quantidade 0.50 2.00 0.60 0.60 1.20 1.60 1.20 0.60 1.22 1.22 1.20 0.50 0.40 1.20 1.50

1 33 1 8 16 11 2 17 1 5 21 43 15 4 4 182

Peitoril 1.70 0.15 0.98 0.98 0.98 0.45 0.50 0.98 1.22 1.22 0.98 1.80 1.80 0.50 1.10


1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

10

50

59

68

76

84

94

49

58

67

75

83

93 92

80

90

79

89

81

P6 DML

20.00

2

1

07

07

10.00

32.10

12.90 161.12

1

SUBSOLO 1 : 500

143 137 136

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

A=5.06 m²

91

82

66 64 63

65

57 55 54

56

48 47 46 45

120

8.45 2.50

41 40 39 38 37 36

119

F

9.05

142 138

32 31 30 29

118

135

20 19

116 117

134

122

15 14

P1

121

6

E

A=11.18 m²

A=7.90 m²

P1

08

J14

ESTAC.

125

96

88

A=7.89 m²

ELEVADOR P6

95

77

85

78

70 69

ELEVADOR

123 124

62 61 60

53 52 51

44 43

34 33

42

35

23 22

17 16

7

J14

5

1

141

133 131

127

132

129 128

115 114

111 110

106

A=4857.59 m²

8

D

-3.50

ESTACIONAMENTO

4

21

3

18

2

9

1

5.00

22.10

19.05

42.07

A=8.25 m²

-3.50

141

ELEVADOR

19

31.12

19

140

P1

139

ELEVADOR A=7.93 m²

11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

130

P1

P1

126

P6

105

113

A=5.58 m²

104

112

74

109

73

108

72

107

A=13.83 m²

C

100 P15

DML

71

P1

103

P6 ESTAC.

A=7.80 m²

102

i = 20%

A=78.21 m²

ELEVADOR

99

i = 20%

CASA DE MÁQUINAS

P15

A=7.80 m²

98

25 24

ELEVADOR 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

101

A=70.06 m²

26

B

CASA DE MÁQUINAS

97

11

28

12

13

A

30.92


QUADRO DE PORTAS Tipo da Porta P1 P2 P4 P6 P14 P15 P22 P23 P28 P29 P30 P31 P32 Grand total: 446

Largura 0.91

0.90 1.20 1.60 1.00 0.70 0.91 1.60 2.50 0.80 0.80

Altura

Quantidade 2.13 2.10 2.00 2.10 2.10 2.10 2.10 2.10 2.13 2.10 2.10 2.10 2.10

22 44 22 212 3 27 31 5 22 1 2 5 50 446


CORTE TRANSVERSAL 1 escala 1/250


CORTE TRANSVERSAL 2 escala 1/250


F

E

D

C

B

A

1 08

Pav. Coberta 9.00 CONSULTÓRIO 04

CONSULTÓRIO 01

CIRC

ESPERA

CIRC

LANCHONETE

ÁREA DE CONVIVÊNCIA

PAV. SUPERIOR 4.50 BOX 03

CIRC

REPOUSO

WC

MACAS

RECEPÇÃO COLETA

RECEPÇÃO IMAGEM

C. CLARA

RAIO X

TÉRREO 0.10

SUBSOLO -3.50

F

E

D

C

B

A

1 08

Pav. Coberta 9.00 ISO 02

Q. 07

Q. 06

Q. 05

ISOLAMENTO 02

SALA ECUMÊNICA


BOX 03

CIRC

REPOUSO

WC

MACAS

RECEPÇÃO COLETA

RECEPÇÃO IMAGEM

C. CLARA

RAIO X

TÉRREO 0.10

SUBSOLO -3.50

F

E

D

C

B

A

1 08

Pav. Coberta 9.00 ISO 02

Q. 07

Q. 06

ISOLAMENTO 02

Q. 05

SALA ECUMÊNICA

PAV. SUPERIOR 4.50 DESPENSA DESPENSA SECA

CIRC. CÂMARA COZINHA CONGELAMENTO

CÂMARA RESFRIAMENTO

HIGIENIZAÇÃO

CIRCULAÇÃO

REPOUSO

CIRCULAÇÃO

TÉRREO 0.10 CASA DE MÁQUINAS

SUBSOLO -3.50


CORTE LONGITUDINAL 1 escala 1/250


CORTE LONGITUDINAL 2 escala 1/250


1 07

9

10

11

12

13

14

15

16

17

CAIXA D'AGUA

Pav. Coberta 9.00 CIRC WC PCD

C. 02

CONSULTÓRIO 01

ADM

REPOUSO

COPA

CIRC RECEPÇÃO

PRAÇA INTERNA

CIRC. RECEPÇÃO

PAV. SUPERIOR 4.50 CIRC REPOUSO

QUIMIO

QUIMIO

QUIMIO

CIRC.

WC PCD

ADM

CIRC.

RECUPERAÇÃO

VEST F

VEST M

WC

CPD

COPA

SL. PLANEJAMENTO

OFICINA MOLDES

TÉRREO 0.10

SUBSOLO -3.50


2 07

1

2

3

4

5

6

7

8

Pav. Coberta 9.00 QUARTO 02

Q. 06

P.E

QUARTO 09

QUARTO 06

CONVIVÊNCIA

PAV. SUPERIOR 4.50 VESTIÁRIO MASCULINO

CIRCULAÇÃO

REFEITÓRIO

CÂMARA CONGELAMENTO

CIRC. COZINHA

LAVAGEM

COZINHA

MONIT.

RH

WC F

RECEPÇÃO ADM

TÉRREO 0.10

SUBSOLO -3.50


IMAGENS DO PROJETO




Figura 4.39  Perspectiva externa. Figura 4.40  Fachada principal. Figura 4.41  Perspectiva vôo de pássaro.



Figura 4.42  Recepção.


Figura 4.43  Perspectiva vôo de pássaro.


Figura 4.44  Circulação do pavimento superior.


Figura 4.45  Entrada principal. Figura 4.46  Circulação interna.


Figura 4.47  Perspectiva externa.


CONSIDERAÇÕES FINAIS Estar inserido em um contexto de diagnóstico de câncer é devastador tanto para o paciente como para os que estão ao seu redor. Esse contexto torna-se um pouco mais delicado quando se trata de crianças e adolescentes, onde são mais fragilizados psicologicamente. Diante da real situação enfrentada pelos usuários do sistema de saúde público brasileiro, onde é constante o descaso com a saúde pública e no seu processo de cura e diagnóstico precoce, pode-se constatar com o estudo apresentado como a humanização dos ambientes hospitalares que influência positivamente no processo de cura. Em virtude dessa deficiência apresentada do sistema de saúde de Fortaleza, e através do levantamento bibliográfico foi possível desenvolver um projeto arquitetônico de uma unidade de tratamento com um enfoque na humanização hospitalar. Que através de uma qualificação dos espaços não só nos parâmetros médicos, mas também nos sociais e psicológicos de uma unidade de saúde é possível obter melhores resultados no processo da cura. Os projetos referência apresentados auxiliaram na compreensão dessa nova abordagem mais humana do tratamento, mostrando suas reais necessidades. Também através deles foi possível o entendimento do fluxo interno das unidades, possibilitando assim a elaboração de um programa de necessidades adequado ao espaço e às necessidades dos usuários. A definição da área de implantação da unidade foi devido à ausência de uma unidade pública de saúde com tratamento especializado em câncer infantil na área. Mas também, pela presença do Hospital Geral de Fortaleza para poder haver esse encaminhamento de pacientes. Por fim, tomando partido de todos os estudos e análises feitas previamente, foi desenvolvido um projeto que proporcionará à criança com câncer a possibilidade de um tratamento mais eficiente, com uma maior qualidade de vida, sem que se perca os encantos da infância.

138


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GOÉS, Ronald de. Manual Prático de Arquitetura Hospitalar . 2. ed. São Paulo: Blucher, 2011. 285 p. CAMPOS, Juarez de Queiroz. Noções de planejamento e organização Hospitalar. São Paulo: J. Q. Campos, 1991. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050/2004: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, p. 162. 2015. MINISTÉRIO DA SAÚDE, INCA. Instituto Nacional de Câncer . Disponível em: <http://www2.inca.gov.br/wps/ wcm/connect/inca/portal/home>. Acesso em: 18 fev. 2018. SOBOPE, Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica. Câncer Infantil . Disponível em: <http://sobope.org. br/apex/f?p=106:13:5540936608149::NO::DFL_PAGE_ID:201>. Acesso em: 18 fev. 2018. ASSOCIAÇÃO PETER PAN. Projetos. Disponível em: <http://app.org.br/>. Acesso em: 17 abr. 2018. URBANISMO E MEIO AMBIENTE. Infocidade. Disponível em: <https://urbanismoemeioambiente.fortaleza. ce.gov.br>. Acesso em: 09 mai. 2018. MAGGIE’S. About Maggie’s. Disponível em: https://maggiescentres.org/ Acesso em: 12 mar. 2018. ARCHDAILY. A história dos centros maggie: como 17 arquitetos se uniram para combater o câncer. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/601650/a-historia-dos-centros-maggie-como-17-arquitetos-se-uniram-para-combater-o-cancer>. Acesso em: 14 mar. 2018. INSTITUTO ONCOGUIA. Câncer. Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/>. Acesso em: 02 mar. 2018. ONU NEWS. Oms: mais de 20 milhões precisam de cuidados paliativos todos os anos. Disponível em: <https://news.un.org/pt/story/2014/01/1464101-oms-mais-de-20-milhoes-precisam-de-cuidados-paliativos-todos-os-anos>. Acesso em: 05 mar. 2018. BOLDRINI. Estrutura. Disponível em: <http://www.boldrini.org.br/>. Acesso em: 22 mar. 2018. FORTALEZA. LEI COMPLEMENTAR n. 236, de 11 de ago. de 2017. Regulamentação Plano Diretor de Fortaleza. Parcelamento, uso e ocupação do solo. Prefeitura Municipal de Fortaleza. Fortaleza, p. 1-350, ago. 2017. Disponível em: <https://urbanismoemeioambiente.fortaleza.ce.gov.br/images/urbanismo-e-meio-ambiente/legislacao-municipal/lei_complementar_236_2017.pdf>. Acesso em: 17 maio 2018. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Resolução RDC n°50 de fevereiro de 2002. Regulamento Técnico para Planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos fisícos de estabelecimentos assistências de saúde. Brasília, 2012.

139



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