HOPE - Hospice e a biofilia incorporada na arquitetura paliativa

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HOPE Hospice e a biofilia incorporada na arquitetura paliativa
Erica Ferreira Mogi das Cruzes | 2022

Erica Ferreira

Aluna Profa Me. Fátima Martins Orientadora

HOPE

Hospice e a biofilia incorporada na arquitetura paliativa

Trabalho apresentado ao Centro Universitário Braz Cubas Educação como exigência acadêmica parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Mogi das Cruzes | SP 2022

“Onde afinal é o melhor lugar do mundo? Meu palpite: dentro de um abraço”

RESUMO

Hospice não tem um significado específico, é muito mais um conceito que traz a filosofia de cuidados paliativos, a proposta de um hospice é trazer qualidade de vida para as pessoas. Proteger é o significado da palavra palear, é o ato de cuidar de alguém que recebeu o pior dos diagnósticos, que são aqueles em que a ciência já não tem mais lugar, ou seja, doenças incuráveis potencialmente fatais. Os cuidados paliativos são uma conduta a fim de melhorar a qualidade de vida - dos pa cientes e seus familiares - e também a qualidade de morte, tendo como objetivo prevenir e aliviar o sofrimento, seja ele de âmbito físico, psicossocial, espiritual e familiar. A biofilia tem o poder de trazer benefícios para todos os ambien tes em que é incorporada, mas ela sendo aplicada em locais de saúde proporciona uma qualidade de vida essencial para os pacientes, familiares e equipe profissional. O local escolhido para implantação do projeto foi Mogi das Cruzes por diversos benefícios, sen do eles: localização privilegiada, conexão com o meio ambiente, cidade do interior com infraestrutura de cidade grande e o mais importante que é poder oferecer qualidade de vida ao paciente. Palavras-chave: hospice, cuidados paliativos, qualidade de vida e biofilia

ABSTRACT

Hospice does not have a specific meaning, it is much more a concept that brings the philosophy of palliative care, the proposal of a hospice is to bring quality of life to people. Protect is the meaning of the word palliate, it is the act of caring for someone who has received the worst of diagnoses, which are those in which science has no place, that is, incurable and potentially fatal diseases. Palliative care is a conduct in order to improve the quality of life - of pa tients and their families - and also the quality of death, aiming to prevent and alleviate suffering, be it physical, psychosocial, spiritual, and family-related. Biophilia has the power to bring benefits to all environments in which it is incorporated, but when applied in health care settings it provides an essential quality of life for patients, families, and professional staff. The place chosen to implement the project was Mogi das Cruzes due to several benefits, such as: privileged location, connection with the environment, countryside city with big city infrastructure, and most importantly, being able to offer the patient quality of life.

Keywords: hospice, palliative care, quality of life and biophil ia

SUMÁRIO
3.4 3.5 4. 4.1 4.2 4.3 21 23 27 29 31 34 35 37 43 44 46 49 51 55 56 57 5 5.1 5.2 5.3 5.4
7. 7.1 7.2 7.3 7.4 8. 8.1 9. 9.1 9.2 9.3 10. 61 65 73 74 77
97
115 121 123 124 129
e
Definição
Origem................................................
Benefícios ............................
Saúde..............................................
em Prática?...........................................
HOLÍSTICA O que é?................................................................. Objetivos................................................................ Tipos.......................................................................
CRUZES Contextualização da Área...................................... Possiveis Lotes....................................................... Conflitos X Potencialidades................................... Escolha do Lote..................................................... ÁREA DE INTERVENÇÃO Mapas Temáticos................................................... ESTUDO DE CASO + VISITA TÉCNICA Valencis Curitiba Hospice..................................... Hospice Liefd......................................................... Wilson Hospice House........................................... Visita Técnica - Hospital Monte Líbano............... LEGISLAÇÃO Legislação e normas empregadas no projeto......... DIRETRIZES + EIV Estudo de Impacto de Vizinhança......................... Diretrizes Arquitetônicas....................................... Diretrizes Urbanísticas........................................... PROGRAMA DE NECESSIDADES................. INTRODUÇÃO................................................................10
1. 1.1 1.2 2. 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 3. 3.1 3.2 3.3
6. 6.1
91
103 109
HOSPICE Conceito
Aspectos............................................... Importância do Hospice......................................... CUIDADOS PALIATIVOS Descrição................................................................ Contexto Histórico................................................. Mundo e Brasil....................................................... Conceitos Paliativos............................................... Principios Éticos da Medicina Paliativa................ Importância do Cuidar........................................... ARQUITETURA BIOFILICA
e
Qualidade de Vida e
Onde se Aplica?..................................................... Ambientes de
Como por
TERAPIA
MOGI DAS
SUMÁRIO 135 141 147 149 151 153 157 157 158 159 160 161 162 200 204 11. 12. 13. 13.1 13.2 13.3 14. 14.1 14.2 14.3 14.4 14.5 14.6 14.7 15. 16. CONCEITO & PARTIDO + FLUXOGRAMA.................................................. PROCESSO CRIATIVO..................................... MEMORIAL JUSTIFICATIVO........................ Materiais Construtivos + Acabamentos................. Sustentablidade...................................................... Mobiliário Urbano no HOPE................................ PROJETO Implantação............................................................ Plantas.................................................................... Cortes..................................................................... Elevações............................................................... Estrutural................................................................ Paisagismo............................................................. Imagens.................................................................. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................. REFERÊNCIAS...................................................
INTRODUÇÃO

Amorte é um fato!

É o único futuro que podemos prever, mas não está ao nosso alcance “como vai acontecer”, mesmo todos sabendo ainda assim as pessoas costumam buscar a longevidade através da medicina, mas apesar de toda a tecnologia, não se pode impedir a morte. Quando digo isso, não é para intimidar e sim alertar de que nós precisamos pensar nela da melhor maneira que podemos. A medicina paliativa é o futuro de muitas doenças e engana-se quem pensa nela como algo para ido sos, muito pelo contrário, a qualquer instante da vida estamos sujeitos a precisar desses cuidados. Coragem não é ausência de medo mas sim agir apesar dos medos. As pessoas podem ter medo (de morrer, da doença, do tratamento) e tomar decisões corajosas... (NEVES, 2018)

O Brasil não está em um cenário positivo quando o assunto é morte, faltam locais para as pessoas que necessitam de cuidados paliativos por isso a qualidade de vida (ou fim da vida) é estressante, possuem pouca ou quase nenhuma socialização e direito de decisão, além de não terem a devida liberdade e nem os cuidados ne cessários, todos esses fatores mostram que um Hóspice é essencial, trazendo o principal benefício que é minimizar o problema dessas pessoas e dos familiares.

A Arquitetura tem a responsabilidade de sanar as carências e dificuldades desses pacientes, tendo a qualidade de vida/qualidade de mor te como objetivo indispensável , e o conceito de biofilia será usado como recurso para este fim. Nós seres humanos somos parte do planeta Terra, e por isso a nossa essência está ligada à natureza (VERTICAL GARDEN, 2019) , a biofilia é um termo que no grego significa “vida” e “amor”, portanto, ‘amor pela vida’, ela pretende unir novamente o homem à sua essência

INTRODUÇÃO
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(natureza) (ECOTELHADO , 2021), a arquitetura biofí

lica procura trazer essa união através de alguns aspectos, como por exemplo cores, vegetação, materiais, formas e elementos naturais, ou seja, tudo aquilo que remete à natureza é um meio de oferecer ou ocasionar a sensação de paz e equilíbrio que o meio ambiente nos traz.

Qualidade de Vida Apoio Emocional Natureza Distração

Socialização Apoio Espiritual

Figura 01. Objetivos . Fonte: aluna

O trabalho como um todo é apresentado como um processo de desenvolvimento, seguindo uma linha do tempo que possui quatro etapas muito importantes para a realização e organização. As etapas são : planejar; conhecer; ensaiar e projetar.

A primeira etapa é a planejar, esse processo se trata de planejamento, ou seja, estruturar o trabalho , definir , apresentar e justificar o tema,

além dos levantamentos básicos e teóricos.

A etapa conhecer é onde será desenvolvido a definição de conceitos, pesquisas através de estudos de caso e análises, e por fim conhecer o local onde será inserido o projeto para levantamentos fotográficos que servirá para a realização dos mapas temáticos.

A partir do conhecimento do entorno, do lote e do tema é iniciado a etapa ensaiar, que é onde se começa o projeto, definindo o programa de necessidades, de acordo com as pesquisas an teriores, com croquis e ensaios em 3D, nesse processo é colocado em prática os conceitos e partidos, ou seja, é a fase onde o visual é trabalhado.

Projetar é a ultima etapa, onde serão realizados todas os desenhos técnicos.

Planejar

Conhecer Ensaiar

Projetar

Figura 02. Etapas . Fonte: aluna

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Para apresentar a importância que um hóspi ce têm e evidenciar que mesmo os profissionais da saúde possuem pouco conhecimento relacionado a cuidados paliativos foi feito uma pes quisa de campo que obtive respostas através de um questionário que vai elucidar a forma como os profissionais vêem, o que entendem e qual a opnião deles a respeito dos cuidados paliativos. Dentre esses profissionais estão: téc. de enfermagem, enfermeiras, farmaceuticos, fisioterapeu tas e médicos, totalizando 30 pessoas que trabalham na Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, Santa Marcelina de Itaquaquecetuba e Hospital das Clínicas Lúzia de Pinho Melo. Para projetar algo em qualquer área é muito importante que se conheça o público que vai frequentar, e para a área da saúde não é diferente, nós como arquitetos devemos conhecer as necessidades dos profissionais que vão trabalhar ali.

DADOS
13
Figura 03. Questionário. Fonte: aluna autora

Figura 04. Questionário. Fonte: aluna autora

As perguntas foram pensadas de forma que não houvessem respostas falsas, e que esclareça, de certa forma, qual a real situação dos cuidados paliativos na região. E com isso pretendo mostrar através de gráficos que esse assunto é importante e necessário.

Mulher 63.3%

Não 73.3%

Figura 05. Gráfico Homens x Mulheres. Fonte: aluna autora

Homem 36.6% Sim 26.6%

Figura 06. Gráfico “voce sabe o que é um hospice?”. Fonte: aluna autora

DADOS
14

Puco 0% Não 0%

Figura 07. Gráfico “quão importante é um hospice?”. Fonte: aluna autora

Figura 09. Gráfico “sabe o que são cuidados paliativos?”. Fonte: aluna autora

Não 36.6% 15

Sim 63.3% Não 23.3% Sim 76.6%

Figura 08. Gráfico “já estudou sobre o assunto?”. Fonte: aluna autora

Figura 10. Gráfico “conhece algum profissional paliativista?”. Fonte: aluna autora

DADOS
Muito 100% Sim 100%

Sim 90%

Não 10% Sim 20%

Figura 11. Gráfico “já teve pacientes que receberam diagnóstico de uma doença potencialmente fatal?”. Fonte: aluna autora

Figura 12. Gráfico “você acha que um hospital comum é o local adequado para esse cuidado?”. Fonte: aluna autora

Não 80%

Figura 13. Gráfico “em qual estágio da doença deve se iniciar os cuidados pa liativos com um paciente?”. Fonte: aluna autora

Figura 14. Gráfico “você acredita que o contato com a natureza e elementos nautrais podem melhorar a qualidade de vida?”. Fonte: aluna autora

DADOS
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Fim 30% Inicio 70% Não 0% Sim 100%

Figura 15. Gráfico “você acredita que trabalharia com eficiencia e menos estresse se tivesse contato com a natureza?”. Fonte: aluna autora

Sim 96.6% Sim 100%

Figura 16. Gráfico “acredita ser importante um arquiteto/a conversar com a equipe para projetar um local de saúde?”. Fonte: aluna autora

Ao analizar os gráficos acima é notório que poucos (cerca de 26%) sabem o que é um hospice, já era de se esperar, esse tema é muito pouco conhecido e falado, mesmo sendo considerado muito importante para as pessoas que os conhecem. Muitos pensam que sabem do que se trata os cuidados paliativos , mas a verdade não é exatamente essa, já que 30% das pessoas disse que os cuidados se iniciam quan do já se está no estágio final da doença, e como explicado ao decorrer do trabalho, não é assim que funciona. Uma média de pessoas conhecem profissionais paliativistas, mas não se engane, pois esses profissionais não trabalham em hospices e sim em hospitais comuns, e em sua maioria nem é como paliativista mas sim em outras especializa ções como por exemplo médicos gerais ou emergencistas. Antes mesmo das respostas, uma delas já era previsível, é da seguinte pergunta: “Você já teve pacientes que receberam o diagnóstico de uma doença potencialmente fatal?” Bom , a maioria disse que sim, e isso mesmo sendo triste é comum. Quase 100% das pessoas acham, assim como eu, que um hospital comum não é o local certo para que essas

DADOS
Não 3.33% Não 0% 17

pessoas passem seus últimos meses ou semanas de vida , e é por isso que um hospice é relevante. E para integrar a biofilia a esse uso foram feitas duas perguntas que basicamente são para en tender a importância da natureza tanto para o bem estar do paciente quanto para a eficiência dos profissionais, e a maioria das respostas foram posi tivas, mesmo essas pessoas não tendo conhecimento do que é e dos benefícios da arquitetura biofílica. No último gráfico (figura 16) foi demonstrado que os profissionais sentem a necessidade de que nós, arquitetos, conversemos com a equipe antes projetar , para ter conhecimento e entender como funciona e qual o fluxograma ideal para construções da saúde. Portanto, com esses dados se faz claro que hóspices são necessários , e são positivos para todos, afinal nunca se sabe quando irá precisar, seja para você mesmo ou para alguém que ama.

DADOS
18
I. HÓSPICE

1.1 Conceito e Aspectos

A palavra que poucos conhecem, ‘Hóspice’, traz mais do que um significado, traz um conceito e uma ideologia, não tem um local específico mas sim um pensamento convicto de medicina paliativa. (VALENCIS, 2020) A Medscape Education (2017 apud TOURINHO, Fernanda, p. 3) afirma que um hospice se concentra em criar experiências para o fim da vida, gerenciando sintomas e proporcionando conforto quando não se tem mais expectativa de cura. Um hospice pode oferecer diversos serviços, não tem uma regra específica, mas esses serviços devem ter a mesma finalidade que é proporcionar conforto, momen tos de distração e felicidade, poder de decisão, liberdade, qualidade de vida e apoio em diversos âmbitos (emocional, físico, social, psicológico, espiritual e familiar) “Todo ser humano tem direito à vida e a vivê-la em ple nitude e com dignidade, desde o momento do seu nascimento até a sua morte”. (GRUPO GERIATRICS , n.d.)

De acordo com alguns estudos, os cuidados paliativos

costumam começar tarde, por receio da fa mília ou do paciente e muitas das vezes por orientação equivocada do próprio médico.

Segundo Cicely Saunder “você é importante por causa de quem você é. Você é importante até o último mo mento de sua vida, e faremos tudo o que pudermos, não apenas para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para viver até você morrer” (2019), e eu compartilho desse pensamento que ela carregou.

Isso se dá por pensarem que em um hóspice não há mais esperança, na fala popular “largar a toalha”, mas não, a esperança que o hospice vai proporcionar é saudável e na medida certa, com uma vida de qualidade , fazendo com que os pacientes possam aproveitar cada

HOSPICE
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dia e cada minuto que ainda têm durante o processo que normalmente é demorado e sofrido. (ACS, 2019)

Sofrimento pelas perdas Respostas emocionais Processo de luto

Doença Conduta

Práticas Cuidadores, equipe e voluntários

Social Dinâmica familiar e questões legais

Física Dor, dispineia, hidratação e nutrição

Espirituais Esperança, significado valor e questões espirituais

Psicológica Ansiedade, depressão e angústia

Fim da Vida

Figura 17. Propósito do PA Fonte: VICENTINI, Shirley | Organizado pela autora

HOSPICE
22

1.2 A importância do Hospice

“O sofrimento só é intolerável quando ninguém cuida” (Cicely Saunders,n.d)

se sente infinitamente grata pelo conforto e pela hu manidade que transmitem os profissionais que ali trabalham e pelo entorno tão maravilhoso que possuem.

Quando uma pessoa está nos seus últimos momentos de vida, tudo que ela precisa e quer é de se sentir independete e livre para VIVER, e nas casas paliativas isso é possível. Penso que a vida deve ser comemorada e tratada com respeito e dignidade até seu fim ( MARTINS, B; GIELFE, S, n.d) um lugar como o hospice é concentrato em criar experiências para um fim de vida confortável e natural através dos cuidados paliativos pro porcionado por uma equipe interdisciplinar, buscando gerenciar os sintomas ocasionando proteção, bem-estar e aconchego. (TOURINHO, Fernanda , 2017)

A melhor maneira de demonstrar a importância do hóspice é através de depoimentos, e segundo uma familiar (Liana Garrido) de um pacinete do Valencis ela

Durante uma palestra para o Fator X live em 2018 a Dra Ana Cláudia Quintana Arantes diz que no hospice as pessoas recebem os cuidados mais incríveis do mundo, onde a doença pouco importa e os pacientes vem como se estivessem mortos, mas são recebidos com vida. Um de seus pacientes chegou ao hospice com o diagnóstico de cancêr avançado e sem possi bilidade de cura, com muita dor e cansaço, e esse aspecto físico foi resolvido em dois dias, esse mesmo paciente recebeu do seu médico a espectativa de vida de duas semanas mas no hospice viveu dois meses.

Tudo isso para dizer que o hospice é um lugar diferenciado, com capacidade de melhorar infinitamen te a qualidade de fim de vida de um paciente se comparado com um hospital (um lugar frio e impessoal), ou ficando em casa que normalmente gera mais es tresse, muito por conta das adaptações necessárias.

HOSPICE
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Hospital Hope Hóspice Home Care

Tratamento Equipamento

• Busca da cura através de tratamentos específicos; • Foco no bem estar, con trole de sintomas e apoio;

• Mantem o paciente em casa;

• Alta tecnologia; • High touch, low tech; • Necessidade de adequações físicas;

Ambiente Visitantes Contato com a natureza Profissional Custo

• Ambiente impessoal, frio e robusto; • Aconchegante, confortá vel e personalizado;

• Horáro de visita restrito e quantidade limitada; • Horáro de visita 24hrs, podendo ir criança e pets;

• Ambiente doméstico adaptado ou não;

• De acordo com rotinas familiares;

• Baixo ou nenhum; • Ampla área externa; • De acordo com o domi cílio;

• Equipe multiprofissional; • Equipe multiprofissional especializada; • Cuidadores;

• Público e/ou privado. • Público e/ou privado . • Custo alto.

Figura 18. Gráfico de internações. Fonte: Valencis Hospice Curitiba | Organizado pela autora

HOSPICE
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II. CUIDADOS PALIATIVOS

PALIATIVOS

2.1 Descrição

Proteger é a definição da palavra paliar ( do latim pallium).

É o ato de cuidar de alguém que recebeu o pior dos diagnósticos, que são aqueles que a ciência já não tem mais lugar, ou seja, doenças incuráveis e potencialmente fatais. Os cuidados paliativos são uma con duta a fim de melhorar a qualidade de vida - dos pacientes e seus familiares - e também a qualidade de morte. (ANCP, O que são cuidados Paliativos, n.d.) Receber a notícia de uma doença incurável é devastador, não só para a pessoa, mas também para quem está ao seu redor. Esse tipo de diagnóstico ocasiona muita vulne rabilidade em todos além da sensação de incapacidade da equipe médica, logo se torna necessário um apoio de pessoas aptas a ajudar, ou seja, profissionais capacitados.

O hóspice é um local para isso...as pessoas não vão sair curadas de lá, mas é uma maneira da arquitetura poder atuar da forma, que na minha opinião é a mais bonita, transformando. Transformar a qua

lidade de vida das pessoas que o frequentarem, é uma área pensada e projetada com esse intuito. Apoiar e abraçar um paciente, esse é o objetivo do hóspice, através da equipe multiprofissional é possível dar esse apoio no âmbito físico, emocional, religioso, psicológico e social aos pacientes e familiares. (OMS, 2020)

É importante sempre frisar que o cuidado não é limitado somente aos pacientes, se abrange também aos familiares, pois eles sofrem junto e muitas vezes não sabem lidar com a perda, então o hospice está aí também para essas pessoas, estendendo o cuidado mesmo depois da morte do paciente auxiliando com o luto. (ARANTES , 2017)

Segundo a OMS, cuidados paliativos são definidos como “cuidados ativos e integrais prestados a pacientes com doença, progressiva irreversível, potencialmente letal, sendo fundamental o controle da dor e de outros sintomas através da prevenção e do alívio do sofrimen to físico, psicológico, social e espiritual”. (OMS, 2020)

CUIDADOS
27

O cuidado paliativo não é a arte de suspender tratamentos médicos mas sim a arte de ampliar o cuidado para que essa pessoa que te nha uma doença possa ter alívio desse sofrimento em todos esses aspectos [...](ARANTES , 2017)

Acompanho as pessoas até a morte natural usando todos os recursos ao meu alcance para diminuir seu sofrimento. (ARANTES , Historias Lindas de Morrer, 2020, p. 61)

Grande parte das pessoas, como é possível ver no gráfico na página 16, pensam em cuidados paliativos só nos momentos finais mas estão enganados, porque neste momento é pouco o que se pode oferecer, o apropriado é procurar uma equipe paliativista perto do diagnóstico, ou seja, no início para que se possa realmente melhorar o bem-estar desta pessoa, podendo até prolongar o tempo de vida, já que quanto melhor a qualidade melhor também o tempo e todo o percur so dela no tratamento, tornando assim menos sofrido, então quanto antes a medicina paliativa atuar melhor vai ser o resto da vida ao longo dessa trajetória.

CUIDADOS PALIATIVOS
28

PALIATIVOS

2.2 Contexto Histórico

O conceito e a filosofia paliativa, segundo alguns historiadores, começou na antiguidade. Na idade média já haviam hóspices, mas diferente do que é hoje, naquela época o local era também para famintos, necessitados, mulheres em trabalho de parto , pobres, orfãs e leprosos. Já no séc XVII o padre São Vicente de Paulo fundou a ordem das irmãs da caridade em Paris, em 1902 elas abriram o St. Joseph’s Hospices com 30 lei tos. (ANCP, História dos Cuidados Paliativos, n.d.) Cicelly Saunders, uma mulher inglesa e inspiradora que dedicou a vida para cui dar do sofrimento dos outros, se formou em enfermagem, assistente social e depois em medici na. Em 1967 fundou o St. Christopher’s Hospice o primeiro que oferece cui

dado integral ao paciente, além de ser pioneiro também na questão do alívio da dor e controle de sintomas de forma humanizada, juntando as particularidades de um hospital com o acolhimento de uma casa, até hoje é reco nhecido mundialmente como um dos principais em cuidados paliativos e em medicina paliativa. ( BRANDES, Samantha; SCHNORRENBERGER, Bruna, 2020). “O sofrimento humano só é intoleravel quando ninguém cuida” expressão com a intenção muito clara de provocar e instigar a nova geração.( SAUNDERS, Cicelly, n.d) Cicelly foi a primeira e é uma das mais influentes a dar a devida importância a minimizar sintomas em pacientes no fim da vida, ela acreditava que deveriam oferecer cuidados que vão além das necessidades físicas, mas também as emocionais, sociais e espirituais afirmando que essas pessoas sofrem de um termo , introduzido por ela, conhecido como ‘dor total’, isto é, a dor que não separa ‘corpo, alma e espirito’. ( BRANDES, Samantha; SCHNORRENBERGER, Bruna, 2020) Saunders nasceu em 1918 na Inglaterra e faleceu em

CUIDADOS
29
Figura 19. Cicely Saunders. Fonte: ANCP,n.d)

2005, com 87 anos, recebendo cuidados, que dedicou a vida toda a outras pessoas, no St. Christopher’s Hospice. O campo de cuidados paliativos vem pelo mundo há várias décadas, mas ainda é muito jovem perto do tempo de evolução da humanidade. No Brasil, apenas engatinha [...].(ARANTES , Historias Lindas de Morrer, 2020, p. 62) No Brasil, os cuidados paliativos estão sim em desenvolvimento, mas essa expansão está lenta e ainda no começo, para que haja um crescimento em maior ascensão e com mais força é preciso observação, reflexão e valorização da prática dos cuidados paliativos e da medicina paliativa como forma legitima de cuidar. (MACÊDO , 2015, p. 6) O início dos cuidados paliativos no Brasil se deu na década de 80, o Rio Grande do Sul foi o primeiro estado brasileiro a contar com um serviço de cuidados

paliativos. Logo após, se deu início ao serviço de dor e cuidados paliativos na Santa Casa de São Paulo e na mesma década surgiram em Florianópolis e no Rio de Janeiro. (DE CARLO, 2015, p. 6)

CUIDADOS PALIATIVOS
30
Figura 20. St. Christophers Hospice. Fonte: OLVER, Chris, 2016)

PALIATIVOS

2.3 Mundo e Brasil

A demanda de cuidados paliativos a ser atendida no mundo é muito grande, maior do que se pode oferecer atualmente, desde a abertura do St. Christopher’s , a mais de 50 anos atrás, houve um aumento considerável mas é vagaroso e constante, atualmente existem 25.000 unidades de cuidados paliativos no mundo. (CLARK , 2020, pp. 45-49)

nizacional, de força de trabalho e política para o de senvolvimento de serviços para cuidados paliativos, dentro dessa categoria estão alguns países como Argélia, Bolívia, Madagascar, Nicarágua e Bahamas; •Países do grupo 3: são caracterizados por um desenvolvimento de ativismo de cuidados paliativos desigual e pouco apoiado com disponibilidade limitada de morfina e um pequeno número de serviços de cuidados paliativos, dentro desta categoria estão alguns países como Brasil, Egito, México, Peru e Emirados Árabes; •Países do grupo 4: estão em um estágio de integração avançado na prestação de serviços gerais, dentro desta categoria estão alguns paí ses como França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos da América. (CLARK , 2020) Como descrito acima o Brasil foi caracterizado na classificação 3, ou seja, o crescimento em nosso país é irregular e sem apoio, com pouca disponibilidade de opioides, o nosso sistema de saúde está atrasado. Segundo a OMS o Brasil tem o mesmo ní

CUIDADOS
Foi criado um sistema para acompanhar e ca tegorizar o crescimento de cuidados paliativos no mundo, é um sistema de mapeamento publicado pela primeira vez em 2008, essa categorização foi dividida em 4 grupos em que: •Países do grupo 1: não possuem nenhuma atividade conhecida de cuidados paliativos, dentro dessa categoria estão alguns países como Afeganistão, Butão, Líbia, Ilhas Marianas do Norte e Saara Ocidental; •Países do grupo 2: são países onde há evidências de ampla iniciativa destinada a criar a capacidade orga 31

vel de desenvolvimento da Angola, Bangla desh, Congo, Moçambique e Irã. (ANCP, Panorâma dos Cuidados Paliativos no Brasil , 2018, p. 3)

A revista Economist fez um ranking de qualidade de morte onde levou em consideração 80 países, essa avaliação foi baseada em acesso a opióides por exemplo, e o Brasil ficou na 42ª posição perdendo para países como Chile, Costa Rica, entre outros. (ANCP, Panorâma dos Cuidados Paliativos no Brasil , 2018, p. 4) Dados fornecidos pela Associação Nacional de Cui dados Paliativos (ANCP) mostram que até agosto de 2018 o Brasil possuia 177 serviços de cuidados paliativos, e o dado mais recente em 2019 mostra que esse número teve um aumento de 8% de um ano para o outro contando com 190 serviços e isso me rece uma comemoração, mas ainda tem muito que crescer para sair da categoria 3. (ANCP, Panorâ ma dos Cuidados Paliativos no Brasil , 2018, p. 4) Esse mapeamento mostra que mais da metade dos ser viços de cuidados paliativos tiveram início depois de

2010, evidenciando que esses cuidados realmente ainda engatinham no Brasil, como diz a escritora Ana Cláudia Quintana Arantes. (ANCP, Panorâma dos Cuidados Paliativos no Brasil , 2018, p. 5)

O mais grave na minha opinião é que esse estudo mostra que apenas 5% nos cuidados paliativos são tratados em hóspices, e 74% dos atendimen tos estão centrados em hospitais, mas levando em consideração que o Brasil possui mais de 5.000 hospitais e desse número menos de 10% dispo nibilizam equipe paliativista. (ANCP, Panorâma dos Cuidados Paliativos no Brasil , 2018, p. 6)

CUIDADOS PALIATIVOS
32

A educação paliativa no nosso país também está muito defasada, o gráfico abaixo mostra que aqui no Brasil temos 302 cursos de graduação em medicina mas apenas 42 oferecem uma dis ciplina de cuidados paliativos e somente 18 colocam essa disciplina como obrigatória. (ANCP, Panorâma dos Cuidados Paliativos no Brasil , 2018, p. 8) A ANCP coloca que, para haver melhora na oferta

e qualidade de cuidados paliativos no país é neces sário desenvolver 3 pilares básicos que são: política nacional de cuidados paliativos incorporado ao sistemas de saúde; política de disponibilidade e acesso a medicamentos essenciais; programa de educação e capacitação de profissionais da saúde. (ANCP, Panorâma dos Cuidados Paliativos no Brasil , 2018, p. 8)

PALIATIVOS

42 Oferecem 13,90% 260 Não oferecem 86,10% CUIDADOS

33

24 Não obrigatório 57,15% 18 Obrigatório 42,85%

302 42
Figura 21. Número de cursos com a matéria de cuidados paliativos. Fonte: ANCP,2018)Gráfico feito pela autora.

2.4 Conceitos Paliativos

Não agravar os problemas físicos, psicológicos e espirituais é o foco principal de cuidados paliativos, e para isso é necessario um local adequado e estruturado, com apoio multiprofissional. (PEREIRA, 2020)

O hospice não vai adiantar ou adiar a mor te, é um lugar que busca seguir o curso natural da vida. Existem várias maneiras de morrer em cuidados paliativos, são elas: ortotanásia, eutanásia, kalotanásia, distanásia e suicídio assistido. A mais conhecida é a eutanásia , a tradução dela é ‘morte boa’ . É quando um médico alivia a angústia de um paciente que está sofrendo com a doença incuravel. Mas não é tão fácil de conseguir , para isso o paciente precisa passar por um psciólogo para garantir que não está com depressão, e que está 100% cos ciente, lúcido e orientado juridicamente, já que se trata de um ato da vida cívil. Ao passar por esse processo o paciente esta autorizado a assinar um documento

alegando que prefere morrer a vivenciar a dor da doença. Com isso, o médico aplica um combinado de medicações que vai ocasionar a morte. (ARAN-

TES , Historias Lindas de Morrer, 2020, p. 134) O suicídio assistido é permitido em alguns países como Suíça, Alemanha, Bélgica e alguns estados dos Estados Unidos (PERASSO,Valéria, 2015), parecido com a eutanásia, tendo que passar pelos mesmos processos, porém nessa situação o médico só prescreve uma combinação letal de medicamentos, então o paciente compra e os toma por conta própria e quando quiser. (ARANTES , Historias Lindas de Morrer, 2020, p. 134)

A distanásia é, de acordo com o dicionário, ‘uma morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento’. É o ato de estender excessivamente a angústia, agonia e sofrimento de um paciente. Pode ser tam bém considerado como um tratamento fútil e inútil, isto é, uma atitude médica de prolongar a vida e submeter o paciente a um grande sofrimento.

CUIDADOS PALIATIVOS
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PALIATIVOS

Na Europa a distanásia é conhecida como ‘obsti nação terapêutica’, e nos EUA o termo que eles usam é ‘futilidade médica’. (PESSINI, 2013)

Há também a ortotanásia , que é a morte corre ta, seguindo o curso natural da doença, sem nenhum tipo de intervenção, sem adiantar a morte e nem prolongar o sofrimento da doença. (ARAN TES , Historias Lindas de Morrer, 2020, p. 135)

Por fim, a kalotanásia , que significa ‘a morte bela’, é um conceito disseminado pela Cicely Saunders, com a ideia de morte dos pacientes em um local adequado (hóspice) , onde o cuidado é centrado no paciente como pessoa e não na doença .Aqui a luta não é contra a morte, mas sim com a morte. (PASSOS, A., 2021)

Nos cuidados paliativos, reconhecemos que a morte aconte ce, que é um fato, não lutamos contra ela; trabalhamos a favor da vida até que a morte chegue.

(ARANTES , Historias Lindas de Morrer, 2020, pp. 134 - 135)

2.5 Princípios Éticos da Medicina Paliativa

Com o passar do tempo a medicina paliativa vem ganhando grande importância no mundo, trazendo o conceito de cuidar e não curar, encarando a morte como algo normal, além de promover um final de vida ativa. Segundo o artigo é por esse motivo que atualmente os cuidados paliativos são uma importante questão para saúde pública. (CHAVES, MENDONÇA , PESSINI , REGO, & NUNES , 2011)

Existem 5 principios éticos relevantes para pacientes terminais, são eles: veracidade; o princípio da proporcionalidade; princípio do duplo efeito ; princípio da prevenção; princípio do não abandono. •Veracidade : vêm da necessidade de proteger aquelas pessoas que não tem capacidade de praticar seu direito de autonomia;

CUIDADOS
35

•Princípio da proporcionalidade: é usa do para atender os conflitos jurídicos, sendo eles bens, valores e interesses.

•Princípio do duplo efeito: é uma regra ética que expõe o fato de ações terem 2 efeitos, sendo um bom e o outro mau. Segundo Samma Theologiae de São Tomás de Aquino : “nada impede um ato de ter 2 efeitos, um que é intencional, enquanto que o outro está para além da intenção, visto que é acidental.”

•Princípio de prevenção: é de responsabilidade do médico prever possiveis complicações que geralmente acontecem com determinados diagnósticos.

•Princípio do não abandono: é étcamen te condenável o médico responsável abandonar o paciente por ele recusar determinadas terapias, mesmo o profissional discordando da escolha do paciente ele deve seguir junto ao paciente e ser empático. A violação de um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. Desatenção ao

princípio implica ofensa não apenas a um es pecífico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. Considerada ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o esca lão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema de subversão de seus valores fundamentais. (CHAVES, MEN DONÇA , PESSINI , REGO, & NUNES , 2011)

O Brasil ainda não é bem desenvolvido no que sito ‘cuidados paliativos’ como em outros países, aqui não há política de saúde pública que estruture e oriente especificamente o desenvolvimen to do cuidado paliativo. O que temos de mais estruturado são os códigos de ética profissional dos conselhos federal de medicina e de enfermagem.

No COFEN ( Conselho Federal de Enfermagem ) , no art. 48 consta que o profissional deve prestar assistencia e promover qualidade de vida a pessoa e a família nos processos de nascer, viver, morrer e luto.

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Além de oferecer todos os cuidados paliati vos disponíveis para assegurar conforto físico, psíquico, social e espiritual. (ANCP, Panorâma dos Cuidados Paliativos no Brasil , 2018, p. 7)

TES A., Historias Lindas de Morrer, 2020, p. 38)

PALIATIVOS

2.6

Importâcia

do Cuidar “Paliativo não é diagnostico, não é fase da vida, é uma abordagem... é modo de lidar com o sofrimento.” (NEVES, 2018)

Antigamente a expectativa de vida era ao redor dos 40 anos, mas com todos os avanços que tivemos ( com vacinas por exemplo) esse número chega a 78/80 anos aqui no Brasil. O sofrimento de pacientes se inicia ao receber o diagnóstico , a medicina consegue atuar na doença, mas não no sofrimento. (ARANTES A., 2019)

Um hóspice não precisa de muito, nele não tem labora tórios ou maquina de raio x como em um hospital, mas tem algo que um hospital geralmente não proporciona. Que são os cuidados em todos os âmbitos. (ARAN

Um hospice não cura, ele cuida. Durante o tratamento o paciente vai enfrentar uma doença que ameaça a sua vida e duran te esse processo vai experimentar vários momentos de sofrimento, desde o físico, o emocional, o psicológico, o familiar, o social e o espiritual. Ainda que a medicina tenha limite em relação à doença, ela não tem relação ao sofrimento, é possível cuidar de uma pessoa até o último momento de sua vida, essa é a força que os cuidados paliativos possuem mesmo sendo uma área muito nova, e que as pessoas ainda tenham um preconceito e uma visão deturpada, acreditando que o cuidado paliativo é sem sentido e sem consistência. Aqui no Brasil temos um grande tabu sobre vários assuntos e um deles é falar sobre a morte e admitir que a vida tem um limite e a medicina também, ainda mais porque nos últimos anos a tecnologia tem avançado muito e os hospitais têm sido super desenvolvidos e tecnológicos e com recursos avançadíssimos. (ARANTES A., 2019)

CUIDADOS
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O cuidar no âmbito físico é proporcionar ao pa ciente um menor sofrimento ou dor em que se pode passar de acordo com cada doença, a maioria deles sendo resolvido com remédios e opioides ( mor fina, por exemplo). Infelizmente aqui no Brasil o acesso aos opióides é muito limitado, causando com que o país seja um dos piores locais para se morrer. Já o cuidado emocial, no hospice é proporcionar atividades terapêuticas, como: terapia ocupacional em grupo ou individual, zooterapia (ou pet terapia) que é proporcionar ao paciente um estímulo ao toque despertando a sua sensibilidade tátil e também reações psicológicas e emocionais ao realizar de terapias com a presença de animais. No campo familiar, é nítido que é preciso dar apoio também à quem está ao redor do paciente, já que eles também sofrem, não no âmbito físico mas sim no emo cional. Não é fácil você ouvir que alguém que ama está perto da morte, e é muito perigoso ser esperançoso demais e também ser muito negativo, é preciso

um equilíbrio entre os dois extremos, e quem pode ajudar com isso são os terapeutas ou psicólogos.

Além de que a morte vai chegar e essas pessoas vão precisar de um apoio ao luto, a saber lidar com o luto, e acreditar que aquilo foi o melhor.

A questão espiritual nem sempre é questão de religião ou fé, quando as pessoas estão se sentindo pró ximo da morte elas costumam se questionar muito sobre quem são, por que estão ali, por que estão passando por aquilo e para onde vão, essas perguntas não tem uma resposta certa mas o apoio de um padre/ pastor por exemplo pode ajudá-las a se acalmarem.

Para resolver o sofrimento em questões sociais é necessário que haja uma sensibilidade em locais como hóspice para saber o que as pessoas com diagnósticos graves automaticamente precisam de cuidados e geralmente esses cuidados os limitam de diversas atividades comuns que estando saudáveis não sentimos, que é por exemplo o ato de poder conhecer pessoas e conversar com elas sem

CUIDADOS PALIATIVOS
38

PALIATIVOS

pensar em suas doenças, podem ser locais como feira, cinema, uma volta ao parque e etc, ou então dias específicos que trazem para o hóspice alegria , como por exemplo o dia do sorvete, fazer uma festa de aniver sário ou a zooterapia, são atividades muito difíceis de acontecer em hospitais ou na casa dos pacientes.

Esses efeitos causam e proporcionam cuidado com o

conforto dos pacientes e qualidade de vida, mas que infelizmente esta muito no começo em nosso país, e a falta de cuidados paliativos pode abreviar a vida se não receber esses cuidados após receber o diagnóstico , po dendo morrer mais cedo, cerca de 5 meses antes da hora. E quando falamos em tempo de vida, estamos falando em tempo de vida e não em tempo de sofrimento e é por isso a importância de começarmos a falar sobre a morte, sobre limite e sobre o que a gente não quer que aconteça com o nosso corpo, com a nossa famí lia e com a nossa perspectiva de fim, que precisa ser algo que vale a pena viver. (ARANTES A., 2019)

CUIDADOS
Figura 23. Dia do Sorvete na Clínica Saint Maie. Fonte: SAITE MARIE, n.d
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Figura 22. Zootearapia da Clínica Saint Maie. Fonte: SAITE MARIE, n.d
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III. ARQUITETURA BIOFÍLICA

3.1 Definição e Origem

“O edifício bom não é o que fere a paisagem, mas sim aquele que a torna mais bonita do que era an tes dele ser construído” (WIGHT, Frank Lloyd, n.d.)

Ao pedir que uma pessoa feche os olhos imagine um lugar calmo e que se sente bem automaticamente essa pessoa é levada a um contexto de natureza, seja ela uma praia ou uma floresta, o que não é comum é alguém imaginar um shopping por exemplo. (GARRIDO, 2021)

A biofilia está aí para trazer a natureza para perto e para dentro, todas as sensações que ela nos causa são positivas já que nos traz tranquilidade, qualidade de vida, alegria e estímulos. ( PARADIGMA ARQUITETURA, 2021) “É uma volta às origens e com a valorização do que é nosso” (OLIVEIRA, 2020)

Para entender o significado e o que representa é essen cial saber de onde vem esse termo, biofilia é uma palavra originária do grego, em que bio significa ‘vida’ e philia ‘amor’, ou seja, amor pela vida. (ECOTELHADO , 2021)

Ainda é pouco conhecida, mas ultimamente tem crescido bastante e é valorizada pelos que a vivenciam. O propósito mais relevante é nos reconectar com a natureza mesmo em locais construí dos e projetados pelo homem. (GARRIDO, 2021) A arquitetura biofílica busca trazer bem-estar, conforto emocional e com isso traz diver sos benefícios. Locais com esse design são aptos a manipular a nossa mente positivamente e gerar diversas sensações e percepções dentro do âmbito ol fativo, tátil, sonoro e visual. (OLIVEIRA J., 2020)

De maneira simplificada, podemos explicar a arquitetura biofílica como a interpretação da relação entre homem e natureza. Sendo assim, esse movimento pode ser entendido como uma busca por conexão.

(VERTICAL GARDEN, 2019)

Pesquisadores da psicologia ambiental afirmam que conexão com a natureza é uma função humana adap

ARQUITETURA BIOFILICA
43

tativa que possibilita na nossa recuperação psicológi ca, ou seja incorporar elementos que faça uma ligação direta com a natureza, como por exemplo parques e lagos, ou ligações indiretas, como design de interio res, para um local urbanizado nos ajuda na nossa recuperação psicológica e ameniza as nossas atividades, assim nos mantém bem. (HUMAN SPACES, 2015)

Essa ciência tem sido estudada desde a década de 1960 por Erich Fromm (STOUHI, 2020) mas foi em 1980 que o biólogo Edward O. Wilson introduziu esse conceito como algo necessário e mostrou que a urbanização estava nos desconectando da natureza. (OLIVEIRA J., 2020) Edward Osborne Wilson nasceu em 1929 e fale ceu em 2021, era um biólogo norte- americano, reconhecido por seu trabalho e suas pesquisas, com o intuíto de proteger o meio ambiente. (ALGO SOBRE, n.d)

Wilson acredita que o ser humano tem uma forte ligação emocional com a natureza, em 1984 ele publicou um livro chamado “Biophilia”, onde defende que herdamos uma característica hereditária de uma ligação com a natureza

e outros seres vivos, que veio dos nossos antecedentes, já que ao longo do nosso processo evolutivos tivemos uma conexão intíma com a na tureza. A pesar de sua teoria não ser comprovada, é um fato que temos a necessidade de refor çar a conexão com a natureza. (ALBERGARIA, n.d.)

3.2 Qualidade de Vida e Benefícios

A biofilia está ligada a arquitetura saudável, o verde integrado aos ambientes causa ações visuais ocasionando, sem que se perceba, um sorriso sutíl de feli cidade e no mínimo pensamos que o local é bonito e agradável. (PARADIGMA ARQUITETURA, 2021) Nós como profissionais temos o dever de propor

ARQUITETURA BIOFILICA
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Figura 24. Edward O. Wilson. Fonte: EXAME,2021

cionar essas sensações a nossos clientes, a maneira como a arquitetura biofílica tem o poder de impactar na vida e no dia a dia das pessoas é nossa responsabilidade. (PARADIGMA ARQUITETURA, 2021)

A arquitetura biofílica não precisa e nem deve ser um trabalho só com a área externa mas também no interior através de materiais e texturas que tragam a per cepção de natureza e do que é natural. Locais assim despertam ânimo, engajamento, motivação, entre outros efeitos. (PARADIGMA ARQUITETURA, 2021) Vivian Coser começa a explicar o que para ela é arquitetura biofílica com a frase “Sabe aquele geladinho gostoso das pedras naturais?”. E é exatamente esta sensação que emite a necessidade de pensarmos como a natureza biofílica é positiva e necessária. (OLIVEIRA J., 2020)

A tecnologia tem crescido cada vez mais e com isso a nossa rotina tem ficado mais acelerada, as pessoas têm se distanciado do que realmente importa e não tem percebido que precisam se reequilibrar, (MATTOS, Cynthia; n.d) principalmente após o momento que estamos

passando de pandemia mundial, que de certa forma de sequilibrou a todos e despertou mais ansiedade, medo, raiva dentre outros sintomas relacionados à nossa saúde

Figura 25. Qualidade de Vida de forma esquemática . Fonte: feito pela autora

ARQUITETURA BIOFILICA
45

Fato é que a arquitetura biofílica pode e traz diversos benefícios, entre eles estão:

rias maneiras, como por exemplo o som do ven to, o balanço das árvores, os aromas e as texturas. (PARADIGMA ARQUITETURA, 2021)

• Calma;

• Estímulos;

• Melhora o desempenho;

• Influencia no desenvolvimento das crianças por incitar imaginação e interação social;

• Diminui as chances de distúrbios e deficit de atenção em crianças;

• Bem- estar

• Ajudam na concentração e produtividade

• Reduz o estresse;

• Reduz o tempo de internação em espaços de saúde

• Proporciona felicidade

• Eleva a autoestima

O conceito da biofília pode e deve estar presente em diversas formas, os sentidos são instigados de vá

Tudo que é vivo nos move, as plantas tem ca pacidade de mudar ambientes e pessoas atráves dos sentidos com a sensação de paz, leveza mental e física, ou seja, é com a arquitetura biofílica que conseguimos afastar a negatividade das pessoas e reaproxima-las da natureza e daquilo que é vivo. (PARADIGMA ARQUITETURA, 2021)

“Cuidar é atender, servir...zelar! Cuidar é vida, porque, sem cuidado, nada florece”. (FOUCAUT, Michael apud MATTOS, Cynthia. n.d)

3.3 Onde se Aplica?

Conforme nossa evolução o homem foi diminuin do a interação com a natureza, devido à revolução industrial e tecnológica, que foi nos limitando para ambientes fechados e com o tempo isso foi

ARQUITETURA
BIOFILICA
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formando o nosso estilo de vida. (GARRIDO, 2021)

A arquitetura biofílica favorece nossa saúde mental, nós somos dependentes dos recursos naturais que são nossos sentidos: visão, olfato, tato, paladar e audição, sen do assim, a biofília promove aos ambientes, de forma estratégica, uma arquitetura saudável oferecendo qualidade de vida. (PARADIGMA ARQUITETURA, 2021)

O design biofílico pode ser aplicado em todos os usos, como residenciais, empresariais, nas cidades e em locais de saúde. Em residências o design biofílico é essencial, já que normalmente durante o dia estamos trabalhando e não vemos a hora de chegar em casa, e é mui to importante que para ser um lar ele seja confortável, relaxante e agradável, um lugar para repor as energias. (PARADIGMA ARQUITETURA, 2021)

As plantas dentro de casa tem o poder de unir o útil ao agradável, porque de forma útil as vegetações trazem vários benefícios como melhorar o ar do ambiente e de forma agradável porque elas deixam o local visu

almente mais bonito. Além dos outros materiais que também trazem a natureza para dentro, como o uso da madeira por exemplo. (VERTICAL GARDEN, 2019) Para os locais de trabalho é comprovado os bene fícios que a biofilia gera, é comum que as pessoas passem pelo menos 8 horas por dia naquele ambiente e que normalmente esse ambiente é estressante, podendo acarretar em problemas de saúde como taxas reduzidas do metabolismo, aumento do risco de depressão, dores nas costas e pescoço entre outros. Locais que o bem-estar e a saúde dos funcionários é priorizado possuem projetos biofílico que resultam no aumento de produtividade e criativi dade; na oxigenação saudável para o ambiente e circulação de ar; possibilidade de luz natural nas salas; harmonia entre os profissionais; redução de estresse e por fim redução de atestados e consultas mé dicas.(PARADIGMA ARQUITETURA, 2021)

Um exemplo de empresa é a sede da Amazon em Seattle, que é um prédio no formato de 3 esferas

ARQUITETURA BIOFILICA
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feito com estrutura metálica e vidro, o local ofe rece bem-estar para as pessoas, integração com a natureza utilizando mais de 40 mil plantas e uso de água.

Ouvimos muito falar sobre como o nosso ar está polu ído pela emissão de gases, tornando o ar cada vez pior e a temperatura cada vez maior, mas com arquitetura urbana biofílica é possível melhorar esse fator. A implementação de áreas verdes e arborização são capazes de diminuir essa poluição melhorar a qualidade do ar e ocasionar maior bem -estar nas pessoas. Nova Iorque é um exemplo de cidade que fez um projeto alegando que em 2030 cada pessoa deve encontrar um local públi co com plantas a menos de 10 minutos de caminhada. (PARADIGMA ARQUITETURA, 2021)

ARQUITETURA BIOFILICA
Figura 28. Sede Amazon em Seatle . Fonte: ARCHDAILY, 2019 Figura 27. Sede Amazon em Seatle . Fonte: ARCHDAILY, 2019 Figura 26. Sede Amazon em Seatle . Fonte: ARCHDAILY, 2019
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Figura 29. Central Park em NY . Fonte: PARADIGMA ARQUITETURA,2021.

3.3 Ambientes de Saúde

Já não é de hoje que os projetos hospitalares tem sido repensados e redesenhados, pensando no bem-estar dos pacientes e a biofilia está inserida nesse conceito. (FIGUEIREDO, Letícia, 2020)

O uso da biofilia no mundo hospitalar é de muita importância por inúmeros motivos, mas o mais importante é a capacidade da natureza de tornar o processo de recuperação mais rápido, além do bem-es tar que proporciona. (VERICAL GARDEN, 2020)

de forma lúdica tem potencial para trazer pontos positi vos também, como por exemplo fotografias e quadros. Esse estudo abriu portas para que os arquitetos e designers começassem a se preocupar com as áre as ‘tristes’ de um hospital, então passaram a decora-los e projeta-los de forma que traga a alusão do verde e da natureza. (VERTICAL GARDEN, 2020) Já é comprovado que jardins e plantas deminuem o estresse dos pacientes e da família, as árvores por exemplo são importantes para o exterior de um hospital por chamar atenção dos pacientes, abrigarem animais como passarinhos, que conforme pesquisas são capazes de acalmar, isso combinado com o barulho dos ventos e o som da água proporcionam um local ideal para meditação e relaxamento. (VALEMAN BLOG, 2019) Além de todos os benefícios da biofilia para os pacientes, ela também traz vantagens para a eco nomia, já que reduz custos de um hospital por aumentar a eficiencia dos profissionais e acelerar o processo de recuperação dos paciente.

Roger Ulrich, um professor de arquitetura no Centro de Pesquisa de Saúde na Suécia é um pesquisador dos mais renomados quando o assunto é design de saúde (HEALTH DESIGN, n.d) ele elaborou um estudo que mostra a importância de uma janela com vista para a natureza, essa pesquisa revelou que pacientes do pós cirúrgico que tinham vista para a vida verde se recuperaram mais rápido, usaram menos analgésicos e tiveram menos complicações pós operatórias. Ulrich mostrou que a natureza ARQUITETURA BIOFILICA 49

Segundo a ANAHP os maiores gastos de um hospital são os funcionários e os medicamentos, o investimento na medicina preventiva (atráves do uso da biofilia não só em hospitais, mas também em residências e locais de tra balho) é capaz de diminuir os custos. ( UGREEN, 2020)

3.3.1 Contexto Histórico da Saúde dos Hospitais.

eram a falta de ventilação, o enclausura mento, sedentarismo e a falta de luz solar. O movimento moderno estava em desenvolvimento nesse período, portanto os hospi tais foram projetados para ajudar na recuperação dos pacientes com o uso de grandes janelas e cores neutras, como mostra na figura 30.

Uma pandemia de tuberculose na Europa ocorreu por volta de 1920 e as causas prováveis

Mas a invenção de antibióticos e a necessidade de hospitais mais baratos fizeram com que esses cuidados fossem deixados de lado e aca baram sendo esquecidos, causando hospitais insalubres, escuros e sem ventilação natural. Em 1970 os ares condicionados e ilu minações artifíciais melhoraram tornando ainda menos importante o uso de janelas. Tudo isso acarretou a piora na recuperação dos pacientes causando mais dias de internação e mais demanda de remédios, ou seja, eles economizaram na construção dos hospitais mas acabavam gastantando mais por isso. (UGREEN, 2020)

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Figura 30. Hospital Paimio Sanatório na Finlândia . Fonte: UGREEN, 2020

3.4 Como por em Prática?

ambientes fechados que só utilizam iluminação artifí cial, não sabem se é dia, tarde ou noite, e isso desregulariza e desequilibra o nosso ritmo, a consequência é que o nosso cérebro fica sem entender por exem plo quando anoitece, portanto não produz melatonina (hormonio que nos faz relaxar), causando insônia e a sensação de cansaço. (RANGEL, Juliana, 2018) A ventilação natural também é de muita importância, a partir de uma janela aberta é possível estimular o sentido auditivo através de sons da chuva, vento e passáros que conecta as pessoas a natureza. (RANGEL, Juliana, 2018) O uso de alguns materiais naturais como madeira, pedra e bambu tem capacidade de estimu lar o sentido do tato em razão as texturas, mas também do visual. Esse tipo de material reproduz uma variação sensorial. (RANGEL, Juliana, 2018) Grande parte das construções atualmente possuem li nhas ortogonais, mas o conceito de biofília é valorizar formas orgânicas , porque elas nos remetem a natureza e ao que é natural, já que nada lá é perfeitamen

Grande parte das pessoas consideram que a biofília se trata apenas de plantas ou que é feita somen te na área externa, mas não...esse conceito é aplicado de diversas formas e em todos os ambientes, se tratando não só de vegetação mas também de tex tura; cor; material; luz natural; ventilação; formas e estímulos a elementos naturais (vento e água). A vegetação é o primeiro item que nos vêm a cabe ça ao pensar sobre biofília, isso porque ela é a forma mais direta e de pura conexão com a natureza. As árvores e plantas trazem diversos benefícios, um deles é a purificação do ar, excelente para ambientes externos e melhor ainda para ambientes internos, principalmente quando se trata de saúde. (RANGEL, Juliana, 2018) É muito importante que nosso ritmo circadiano este ja equilibrado, isso ajuda muito a nos manter saudáveis e a luz natural é o principal fator para que isso ocorra, muitas vezes os pacientes, por ficarem em ARQUITETURA BIOFILICA 51

te reto. Essas formas trazem sensação de bem-estar e podem ser usadas no interior da construção, como por exemplo um sofá curvo. (RANGEL, Juliana, 2018) A água é um elemento natural muito significativo em uma construção que pretende seguir a linha biofíli ca, pode ser usado através de espelhos d’agua, fon tes e lagos, são excelentes para conectar a natureza com a arquitetetura, traz privilégios para as pessoas, já que o som da água costuma provocar relaxamento. (RANGEL, Juliana, 2018)

Vegetação

ARQUITETURA BIOFILICA
Iluminação Natural
Materiais Naturais Formas Orgânicas Água Figura 30. Vegetação . Fonte: MARKETING MAIS,n.d. Figura 33. Iluminação Natural. Fonte: RANGEL, Juliana,2018. Figura 31. Ventilação Natural . Fonte: TEIXEIRA, Cristiane,2018. Figura 34. Materiais Naturais . Fonte: VIEIRA, Miguel ,2021. Figura 32. Formas Orgânicas. Fonte: CRUZ, Talita,2021. Figura 35. Espelho d’Agua Fonte:RANGEL,Juliana ,2018. 52
Ventilação Natural

IV. TERAPIA HOLÍSTICA

TERAPIA HOLÍSTICA

4.1 O que é Terapia Holística?

A palavra holística vem do grego em que holos significa inteiro/todo e terapia é o tratamento com uma conduta vol tada para todos os aspectos humanos , seja ele biológico, psicológico, mental, social espiritual. ( ORIENTU, 2021)

Segundo Gustavo Souza (2018) a origem das técnicas holísticas têm mais de 5000 anos, e vêm de diversos locais como China ou a Índia por exemplo, essa prática está ficando cada vez mais conhecida no mundo, muitas delas inclusive são reconhecidas pela OMS como a homeopatia ou o reiki que em 2017 foi incluído na lista de tratamentos oferecidos pelo SUS.

Levando em conta que a maneira como essa técnica atua está diretamente ligado a participação e posi cionamento ativo do paciente, já que nesta metodologia a cura vem de dentro, buscando um equilíbrio entre corpo, mente e alma. (SOUZA, Gustavo, 2018)

Figura 36. Simbolo Terapia Holística. Fonte: Metrópolis, 2018.

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4.2 Objetivos

A terapia holística é procurada por sua competência em proporcionar a qualidade de vida e ajudar as pessoas a viverem com mais equilíbrio, essas técnicas auxiliam em dificuldades do dia a dia, em outras palavras o estresse; a competitividade; o desemprego; crise financei ra e etc, mas também é capaz de apoiar no conflito com diversas patologias, como por exemplo: depressão; ansiedade; síndrome do pânico; síndrome de burnout; dores, entre outras. (ORIENTU, 2021)

O psicólogo Marcelo Parazzi (n.d) menciona em seu site que esse complemento tem a capacidade de poten cializar os efeitos dispositivos dos remédios, promovendo melhor bem-estar e qualidade de vida para os pacientes.

A terapia holística promove diversos benefícios, que de acordo com Gabriel Souza (2018) são: a melhora do foco e concentração; eliminação de mágoas e ressentimentos; aumento da disposição pessoal e melhora no

sono, em casos de ambientes corporativos pode melho rar no aumento de produtividade e em relações profissionais e pessoais.

Figura 37. Equilíbrio entre corpo, mente e alma. Fonte: Organizado pela autora.

TERAPIA HOLÍSTICA
56

4.3 Tipos de Terapia Holística

Existem os mais diversos tipos de terapia holística ou alternativa, podendo seguir uma li nha energética, física ou uma união de ambas. Dentre as mais conhecidas estão (ORIENTU,2021) :

Fitoterapia Que tem o poder através de plantas, ou seja, o terapeuta analisa a necessidade do paciente indicando chás, banhos de folhas ou florais, tendo como objetivo estimular as defesas naturais do organismo. Reiki ajuda no equilíbrio energético do pacien te, é um tipo de terapia que trabalha a transferência da energia, o profissional impõe as mãos nos chacras do paciente e acalma o corpo, ocasionando alívio de estresse; depressão; ansiedade e insônia.

A meditação tem o foco como finalidade, com seções guiadas e exercícios individuais que bus

cam domínio dos pensamentos abordando cor po, mente e espírito, o que auxilia nas ações, mantendo a pessoa sempre com o pensamento positivo. A técnica da aromaterapia é feita com o uso de óleos essenciais a partir de plantas e flores, o profissional estuda a necessidade do paciente indica aromas que possam com bater os diferentes tipos de males, indicada para quem enfrenta problemas emocionais. (ORIENTU, 2021) Uma das técnicas mais antigas é a acupuntura, que consiste na aplicação de pequenas agulhas em pontos estratégicos atuando nos nervos, tem como objetivo aliviar as dores trazendo a sensação de relaxamento. Massoterapia é os movimentos e pressões aplicadas para o alívio de estresse e de nodos de rigidez mus cular, trazendo prazer e relaxamento. Esse tipo de terapia pode ser feito em conjunto com outras técnicas como aromaterapia. (PARAZZI, Marcelo, n.d)

TERAPIA
HOLÍSTICA
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Fitoterapia Aromaterapia

Reiki Acunputura

Meditação Massoterapia

TERAPIA HOLÍSTICA
Figura 38. Fitoterapia. Fonte: Qualicorp, 2021 Figura 41. Aromaterapia. Fonte: Sepac, 2019 Figura 39. Reiki. Fonte: Personare, n.d Figura 42. Acunputura. Fonte: Paola Machado, 2020 Figura 40. Meditação. Fonte: Catraca Livre, 2019
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Figura 43. Massoterapia. Fonte: Bela Rosa, n.d

V. MOGI DAS CRUZES

5.1 Contextualização da Área

44. Mapa Brasil, São Paulo e Mogi . Fonte: Produzido pela autora.

de ‘Villa de Sant’Ana de Mogi Mirim’. Com o caminho até SP feito por Gaspar Vaz, logo a vila cresceu e se tornou cidade. (PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES, n.d.) Por ser um município histórico , Mogi possui al guns marcos dos mais variados, sendo eles igrejas, teatros, museus e monumentos. A cidade possui um total de 712,541 km² (2020) com uma população estimada de 455.587 pessoas (2021) e densidade demográfica de 544,12 hab/km² (2010). (IBGE, 2021) Com uma rica economia , Mogi conta com 2 univer sidades e 1 faculdade, além de também ser o maior polo produtor de algumas mercadorias do Brasil, e ainda sim possui um grande potencial industrial que con ta com mais de 400 industrias e continua em expansão mesmo durante crises. (FECOMERCIO SP, n.d) De acordo com a Prefeitura de Mogi das Cruzes mais de 65% do município é situado em áreas de preser vação ambiental, rica em fauna e flora ( inclusive com espécies raras) , Mogi esta na 2º maior reserva de Mata Atlântica do estado, a cidade também in

Figura MOGI DAS CURZES 61
O município escolhido para a implantação do Hospice é Mogi das Cruzes, uma cidade privilegiada por sua loca lização , fica no estado de São Paulo e está no coração do Alto Tietê, cercada por cidades como Santa Isabel, Guararema, Bertioga, Santos, Suzano, Itaquaquecetuba e Arujá. Mogi é uma cidade histórica, em 1560 era o ponto de descanso do bandeirante Braz Cubas e passou a ser usada também por outros bandeirantes, foi assim que se tornou um povoado que em 1611 foi considerado vila com o nome

veste em educação ambiental com diversos projetos. “Dessa forma, Mogi prova que é possível buscar um desenvolvimento sustentavel, com qualidade de vida à população e respeito ao meio ambien te”. (PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES, n.d.)

No quesito saúde Mogi também é um exemplo, segundo o IBGE o município conta com 43 estabelecimentos de saúde SUS em 2009. De acordo com a Prefeitura, a cidade tem como missão melhorar o atendimento ao cidadão, promover a medicina preventiva, viabilizar campanhas e garantir eficiência no diagnóstico e tratamento.(PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES, n.d.)

Mogi tem orgulho de ter um Hospital Municipal que foi projetado para ser um equipamento moderno e tecnológico, foi o 1º prédio 100% sustentavel do município , com recursos de energia solar, energia de gás e elétrica, além da captação e reaproveitamento de água. Não só orgulho para Mogi mas também para o Brasil , já que é o 1º Hospital público do país a ganhar o prêmio internacional de sustentabilidade. (HOSPITAL MUNICIPAL , n.d.)

Por fim, escolhi o município de Mogi devido aos diversos benefícios , sendo eles: localização privilegiada, conexão ao meio ambiente, interior com infraestrutura de cidade grande e o mais importante que é poder oferecer qualidade de vida ao paciente.

MOGI DAS CRUZES
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Figura 45. Vista de Mogi . Fonte: TRIPADVISOR,n.d

Mogi X Saúde

Locais de Saúde (Hospitais | UBS | UPA )

Estações ( Estudantes | Braz Cubas | Jundiapeba | Mogi )

Lotes

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MOGI DAS CRUZES

Localização: Rua Dr. Francisco Soares Merialva Área: 11.062m²

Zoneamento: ZDU- 2

Potencialidades:

• Perto da UPA de Jundiapeba;

• Próximo a estação Jundiapeba.

Conflitos

• Terreno afastado de praças, dificuldade de socialização;

• Localizado em uma região perigosa.

Terreno I | Jundiapeba

UPA Jundiapeba

Estação Jundiapeba

Figura 48. Mapa de Localização . Fonte: Google Earth, n.d | Organizado pela autora Figura 47. Vista Frontal . Fonte: Google Earth, n.d
TERRENO I LOTE
Figura 46. Vista Lateral . Fonte: Google Earth, n.d
I
66

Localização: Av. Maj. Melo Área: 12.182m²

Zoneamento: ZOP- 2

Potencialidades:

• Perto da UBS de Cézar de Souza;

• Localizado em uma região propícia a crescimento; Conflitos

• Terreno afastado de praças, dificuldade de socia lização;

• Localizado em uma região longe da estação;

• Lote em uma rua extremamente inclinada

Terreno II | Cézar de Souza UBS - Vila Nova Aparecida

TERRENO
II
Figura 51. Mapa de Localização . Fonte: Google Earth, n.d | Organizado pela autora Figura 50. Vista 02 . Fonte: Google Earth, n.d Figura 49. Vista Lateral. Fonte: Google Earth, n.d
LOTE II
67

Localização: Av. Cívica e Rua Masuzo Naniwa Área: 19.027m²

Zoneamento: ZDU- 1

Potencialidades:

• Perto do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo;

• Próximo a estação estudantes;

• Bem localizado;

• Terreno plano.

Conflitos

• Próximo a local de eventos

Terreno III | Av. Cívica Hospital Luzia de Pinho Melo

Estudantes

Estação
TERREO III Figura 54. Mapa de Localização . Fonte: Google Earth, n.d | Organizado pela autora Figura 53. Vista Frontal . Fonte: Google Earth, n.d Figura 52. Vista Lateral . Fonte: Google Earth, n.d LOTE III
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IV Figura 57. Mapa de Localização . Fonte: Google Earth, n.d | Organizado pela autora Figura 56. Vista Lateral . Fonte: Google Earth, n.d Figura 55. Vista Frontal. Fonte: Google Earth, n.d

Localização: Av. Francisco Rodrigues Filho

Área: 13.550m²

Zoneamento: ZDU - 1 Potencialidades: • Próximo ao Hospital ; • Próximo ao Parque Centenário; • Próximo a Estação Estudantes; • Bem localizado • Terreno plano Conflitos • Furnas ao lado do lote.

Terreno IV | Av. Francisco Rodrigues Filho

Hospital Luzia de Pinho Melo

LOTE IV
Parque Centenário TERRENO
Estação Estudantes 71

MATRIZ DE APTDÃO Lote

I Jundiapeba

Perto de hospital ou posto de saúde

Facilidade no acesso Perto de parque Acesso fácil a socialização Vista agradável Zoneamento apto Parâmetros técnicos adequados

Figura 58. Matriz de Aptidão . Fonte:Organizado pela autora

CONFLITOS X
POTENCIALIDADES
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Cézar
Lote III Av. Cívica Lote IV Av.
Rodri-
Lote II
de Souza
Francisco
gues Filho

Escolha do Lote

Com a matriz de aptidão, na imagem ao lado, é nítido o destaque de 2 dos 4 lotes, são eles: lote III na Av. Cí vica e o lote IV na Av. Francisco Rodrguies Filho. As particularidades mais importantes para essa escolha eram: proximidade com hospitais, par ques e que houvesse facilidade de socialização. Para definir qual dos 2 seria o ideal para o projeto considerei uma lista de prioridades dentre as principais caracterís cas, citadas acima, em que julguei mais valoroso a socializa ção e a proximidade ao parque do que a proximidade ao hospital. Portanto o lote escolhido é o IV , que fica na Av. Francisco Ro drigues Filho junto com a Av. Pedro Romero, a área é mui to bem localizada, fica na mesma avenida que o Parque Centenário e possui uma ciclovia no perimetro, esses dois aspectos farão com que a socialização entre pacientes e a população aconteça, o lote também está a 7 minutos do hospital referência em Mogi, que é o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo. Figura 59. Vista Superior do Lote Escolhido . Fonte: Google Earth,n.d | Organizado pela autora

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VI. ÁREA DE INTERVENÇÃO

Mapas Temáticos

Cheios e Vazios

O mapa ao lado representa em preto todos os cheios no entorno do lote, demonstran do que quando estamos mais ao sul há um maior número de construções, já a nordeste podemos ver que há mais vazios.Isso se deve a predominância de cada uso em cada área.

Lote IV | Av. Francisco Rodrigues Filho Cheios
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Figura 60. Mapa Cheios e Vazios . Fonte: Google Maps ,n.d | Organizado pela autora

AV.FRANCISCORODRIGUESFILHO

AV.PEDROROMERO

AV.FRANCISCORODRIGUESFILHO AV.PEDROROMERO

Mapas Temáticos

Uso e Ocupação

Assim como no mapa de cheios e vazios, o mapa de uso também demons tra uma divisão em ocupações de acordo com os limite em que está, por exemplo, no entorno imediato ao lote é possivel notar que há muitos usos insdustriais e comerciais, já na região sudoeste há mais usos habitacionais e institucionais. Observando o todo é possivel constatar que, a pesar de muitos usos institucionais, a predominância é habitacional, mas há uma concentração de comércio nas avenidas, que são também as vias arteriais.

Residencia

Comércio e Serviço

Uso Misto

Institucional

Insdustrial

Lote IV | Av. Francisco Rodrigues Filho

80
Figura 61. Mapa Uso e Ocupação . Fonte: Google Maps ,n.d | Organizado pela autora

Mapas Temáticos

Gabarito

Compreende-se a área com ascendência no gabarito baixo, com algumas construções de até 5 pavimentos e poucas acima de 6 que estão concentradas na região sudoeste do mapa. Ao observar esse mapa entende-se duas possibilidades a um projeto: a primeira é man ter o gabarito baixo da melhor forma possível, sem prejudicar a vista de nenhum vizinho ou a segunda possibilidade que é usar o que o coeficiente de aproveitamento me permite e fazer um projeto com o gabarito alto, de forma que ele se destaque dos demais.

Térreo + 1 pav.

3 a 5 pav.

Acima de 6 pav.

Lote IV | Av. Francisco Rodrigues Filho

Figura 62. Mapa Gabarito . Fonte: Google Maps ,n.d | Organizado pela autora

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AV.FRANCISCORODRIGUESFILHO AV.PEDROROMERO
AV.FRANCISCORODRIGUESFILHO AV.PEDROROMERO

Mapas Temáticos

Sistema Viário

Entende-se que a região possui extensas vias arteriais que, de certa forma, atravessam o mapa em vários sentidos, difundindo em vias coletoras que por fim se tornam vias locais. Ao observar o mapa é notavel que o lote é cercado por duas vias arteriais, que são muito impor tantes para Mogi, uma delas , a Av. Francisco Rodrigues Filho, é uma das entradas da cidade, já a outra que é a Av. Pedro Romero faz conexão com outros bairros que estão em crescimento.

Figura 63. Mapa Sistema Viário . Fonte: Google Maps ,n.d | Organizado pela autora

Via Arterial

Via Coletora

Via Local

Lote IV | Av. Francisco Rodrigues Filho

84

Mapas Temáticos

Orientação Solar

Entender a orientação solar e os ventos predominates é essencial para um que um arquiteto possa posicionar e pensar o desenho da melhor maneira possivel, de forma que não prejudique as pessoas que utilizarão daquele equipamento.

Percebe-se que a face do terreno está virada para o sudeste e a outra face está para o nordeste, que é também de onde vem os ventos predominates, compreender essas informações é o que vai fazer com que o projeto esteja bem disposto valorizando a ventilação e iluminação natural.

Lote IV | Av. Francisco Rodrigues Filho
MAPA
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Figura 64. Mapa Orientação Solar . Fonte: Google Maps ,n.d | Organizado pela autora
MAPA ORIENTAÇÃO SOLAR
AV.FRANCISCORODRIGUESFILHO AV.PEDROROMERO
AV.FRANCISCORODRIGUESFILHO AV.PEDROROMERO

Mapas Temáticos

Para concluir o estudo de mapas, fica evidente as potencialida des que o lote carrega e também as necessidades que precisam ser estudadas. A área é predominantemente habitacional, mas ainda sim tem o uso bastante misto, com o gabarito baixo com a maioria de até 2 pavimentos , trata -se também de um lote cercado por duas vias arteriais portanto possui um certo fluxo.

Lote IV | Av. Francisco Rodrigues Filho

Hospital das Clínicas Lúzia

Shopping Mogi das Cruzes

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Figura 65. Mapa Localização . Fonte: Google Maps ,n.d | Organizado pela autora

VII. ESTUDOS DE CASO

7.1 Valencis | Curitiba Hospice

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Local : Curitiba - PR

Arquitetos: Olesko & Lorusso

Área Construída: 850,50m² | Área Verde: 1.500m²

Ano do Projeto : 2017

“ O Valencis Curitiba Hospice acolhe pacientes em cuidados paliativos, bem como suas respectivas famílias, acreditando que a vida deve ser celebrada e tratata com dignidade até o fim natural.” (VALENCIS, n.d)

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Figura 66.Vista do Hospice . Fonte: Valencis Hospice Curitiba ,n.d | Organizado pela autora

Valencis é um hospice particular que proporciona atendimento a pacientes de cuidados paliati vos em âmbito ambulatorial e de internamento.

Tudo nele foi pensado de forma que garanta conforto, aco lhimento e bem-estar, podendo proporcionar dias e momentos de qualidade que devem ser valorizados, possibilitan do alegria e conforto para os “hospedes” e seus familiares.

O local é humanizado, de acordo com a sua ficha técni ca é possivel ver que há quase o dobro em área verde do que em área construída, e esses 1.500m² são compostos por orqui dário, árvores frutíferas, locais para exercitar jardinagem, além de poder proporcionar zooterapia, que é a visita dos pets.

O espaço oferece diferentes serviços, são eles:

• Hospice INN: são suítes personalizáveis com refei ções diferenciadas; atendimento multiprofissional, visita dos familiares, crianças e pets em um horário flexível;

• Hospice Day: são serviços de internação parcial, somente duran te o dia , com atendimento multidisciplinar, incluindo atividades recreativas e terapêuticas, além de refeições diferenciadas;

• Hospice VIP: é um serviço de hospedagem diferenciado em uma área privativa, que segundo o site deles será inaugurado em breve.

( VALENCIS, n.d)

Figura 67.Vista Exterior do Hospice 1. Fonte: Valencis Hospice Curitiba ,n.d Figura 68.Vista Exterior do Hospice 2 . Fonte: Valencis Hospice Curitiba ,n.d
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Figura 69.Vista Exterior do Hospice 3 . Fonte: Valencis Hospice Curitiba ,n.d

O que o hospice pode proporcionar?

• Terapias integrativas (incluindo banheira de hidromassagem);

• Salas de estar;

• Espaço kids para visitantes;

• Suítes amplas para os hóspedes;

• Orquidário;

• Pomar;

• Área pet;

• Área de jardinagem.

Quais apoios vão encontrar no Valencis?

• 6 refeições diarias (com cardápios personalizados, podendo até cozinhar com o visitante);

• Assistência médica e enfermagem 24hrs;

• Acompanhamento de nutricionista, pscicólogo, fisioterapeuta

e fonoaudiólogo;

• Terapia ocupacional;

• Cuidados compartilhados com os familiares;

• Visita infantil e de pets com horário flexivel;

• Tratamento de sintomas físicos.

Quais os aspectos biofílicos e sustentáveis?

• Captação e reaproveitamento de águas pluviais;

• Aquecimento por energia solar;

• Iluminação em LED;

• Sistema de irrigação automatizado;

• Mobiliario desenhado exclusivamente para o hospice, com tecidos de uma padronagem aconchegante;

• Texturas macias e confortaveis ao toque;

• Paleta de cores neutras.

( VALENCIS, n.d)

Figura 72.Vista Exterior Sala 3 . Fonte: Valencis Hospice Curitiba ,n.d Figura 71.Vista Exterior Sala2 . Fonte: Valencis Hospice Curitiba ,n.d
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Figura 70.Vista Exterior Sala1 . Fonte: Valencis Hospice Curitiba ,n.d

Além de ser um projeto nacional, o Valencis pode agregar ao projeto com o seu programa de necessidades, que possui atividades importantes, os diversos aspectos sustentaveis e biofílicos.

Figura 73.Vista do Hospice . Fonte: Bayer,2019

Strenghts | Forças

• Arquitetura que proporciona conforto aos pacientes e familiares;

• Preocupação com as áreas verdes;

• Programa de necessidades positivo , com atividades interessantes aos pacientes;

• Possui aspectos sustentáveis e biofílicos.

Weaknesses | Fraquezas

• Não acessível a pessoas de baixa renda, devido ao alto custo;

• Arquitetura pouco explorada.

Opportunities | Oportunidades

Threats | Ameaças

• Não possui estação perto;

• Não tem ponto de ônibus perto.

• Entorno residencial;

• Próximo a centros médicos e hospitais.

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7.2 Hospice Liefde ( AMAR )

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Local

: Roterdã - Holanda

Arquitetos: Kovel Arquitetos e Studio AAAN Área Construída: 1.070m²

Ano do Projeto : 2019

“O nosso pensamento e as nossas ações são para guiar as pessoas com firmeza, e têm a sua origem na inspiração budista. Os princípios orientadores dentro desta visão são: atenção, abertura e amor.”

(HOSPICE LIEFDE, n.d)

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Figura 74.Vista do Hospice . Fonte: Archdaily,2020| Organizado pela autora

O hospice de liefde é conhecido por ser como um lar para os hóspedes, onde as pessoas que precisam de cuidados paliativos vão para sua última fase de vida.

“ Dê espaço à morte, então você abraça melhor a vida.”

( HOSPICE DE LIEFDE, n.d)

O que era um monumento nacional em Roterdã se transformou em um centro de cuidados terminais, ou seja, o hospice de Liefde , em um bairro residencial ( PINTOS, Paula, 2020) Segundo o próprio hospice (n.d), sua funcionalidade é atra vés de voluntários e profissionais da saúde que são treinados para apoiar os hóspedes , suas famílias e seus amigos. A nova ala foi feita com a busca de uma boa experiência pelo percurso observando o jardim, a natureza, a luz e a amplidão

que contribuem com um fim digno. ( PINTO, Paula, 2020) De acordo com a escritora Paula Pinto para o site archidaily (2020), o que antes era um estábulo, hoje é usado como sala de estar para o hospice, já os outros ambientes como a cozinha, recepção, quarto dos hóspedes e salas de equipe estão dispostas ao lado . Um ponto importante para esse projeto é poder proporcionar paz e intimidade ao hóspede, pensando nisso os arquitetos fizeram com que cada um dos 6 quartos pudessem ter seus banheiros, uma janela de parede a parede e um terraço privado coberto que está virado ao jardim, com isso Paula Pinto (2020) encer ra seu artigo dizendo que : “uma estadia no Hospice de Liefde é um periodo intenso da vida, em que o edifício oferece um ambiente significativo para despedir-se e comemorar em uma paisagem atraente.”

Figura 75. Área Externa 1 . Fonte: Archdaily,2020 Figura 76. Área Externa 2. Fonte: Archdaily,2022 Figura 77. Área Externa 3 . Fonte: Archdaily,2020

Figura 78.Implantação . Fonte: Archdaily,2020

Figura 80. Área Externa 4 . Fonte: Archdaily,2020

Figura 81. Área Externa 5 . Fonte: Archdaily,2020

Figura 79.Corte . Fonte: Archdaily,2020| Organizado pela autora

Figura 82. Área Interna . Fonte: Archdaily,2020

O Hospice Liefde possui uma boa disposição dos ambientes em planta, com gabarito baixo, apesar de retrofit, o projeto parece residencial, internamente abusa de elementos naturais, como a madeira por exeplo.

Figura 83. Vista Exterior . Fonte: Archdaily,2020

Strenghts | Forças

• Técnica construtiva interessante (retrofit);

• Prioriza a natureza;

• Boa dispozição dos ambientes em planta.

Weaknesses | Fraquezas

• Área externa pouco explorada para atividades

Opportunities | Oportunidades

Threats | Ameaças

• Falta mobiliário urbano

• Bairro residencial;

• Fachada ativa;

• Boa mobilidade urbana.

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7.3 Willson Hospice House

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Local : Albany, Geórgia | EUA

Arquitetos: Perkins + Will Área Construída: 3.158m²

Ano do Projeto : 2010

“Willson Hospice House é uma instalação muito especial que une as pessoas em todos os limites da nossa comunidade. Ele foi projetado com atenção a cada detalhe em uma atmosfera de afirmação da vida para aqueles menos capazes de cuidar de si mesmos. [...]” (MACINTOSH, Suzanna, apud Willson Hospice House, 2011)

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Figura 84.Vista do Willson Hospice House . Fonte: Willson Hospice House, 2011| Organizado pela autora

O Willson Hospice House é um lugar receptivo e acessí vel que faz uma conexão com a comunidade ao seu redor. (ARCHITECT, 2015), segundo o próprio hospice , o objetivo do projeto é proporcionar um serviço de saúde em um ambiente não institucional, ou seja , com um desenho mais residêncial. (WILLSON HOSPICE HOUSE, 2011)

Todo estruturado em madeira, com uso de vidro e pedra, esses materiais fazem com que o projeto proporcione um ambiente quente e aconchegan te tanto para os hóspedes quanto para os familiares.

O projeto foi pensado para cuidar de pessoas de alguns condados do entorno que estão procu rando cuidado e conforto assim que suas opções de cura se esgotaram. ( PARKS, Jennifer, 2015)

Segundo Jennifer Parks (2015), além do apoio emocional, o lugar também oferece o controle de sintomas, a equipe é multiprofissional, formada por médicos, enfermeiros, assistentes sociais , auxiliares de saúde domiciliar, capelães, conselheiros de luto e voluntários.

A arquitetura foi pensada para os hóspedes e seus fami liares, com o espaço foi possivel acomodar 18 pacientes internados (ROSENFIELD, Karissa, 2012) e cada par de quartos divide uma varanda com portas duplas permitindo a passagem da cama para área externa, onde é possi vel observar os jardins. (WILLSON HOSPICE HOUSE,

Figura 85. Área Externa 1 . Fonte: Willson Hospice House,2011 Figura 86. Área Externa 2 . Fonte: Willson Hospice House,2011
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Figura 87. Área Externa 3 . Fonte: Willson Hospice House,2011

2011)De acordo com o site Contract De sign (n.d), o desenho interno foi pensado de forma detalhada pensando no bem estar do paciente e na funcionalidade, por exemplo o painel posicionado atrás da cama esconde o oxigênio, a bomba de sucção e outros equipamentos médicos, mas é de fácil acesso para a equipe na lateral, além de criar um espaço pensado para a visita, com uma cama na jane la permitindo que o familiar possa passar a noite, já que as visitas são livres.

Ao observar a implantação na ima gem ao lado fica claro entender que o projeto foi muito bem setorizado , de forma que a primeira construção trata-se da área administrativa e de espaços abertos ao público.

Já as demais contruções são as áreas privativas, eles chamam de cúpula , ou seja, são os blocos 1/2/3 onde estão posicionados os quartos e varan das, cada cúpula possui salas familia res, acredito ser para trazer privacidade para a familia e amigos do paciente.

E ao observar o todo é possivel notar que todas as constru ções estão voltadas para o jardim.

Figura 88. Lobby Frontal . Fonte: Willson Hospice House,2011
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Figura 89. Layout Esquemático . Fonte: Willson Hospice House,2011 | Organizado pela autora

O Willson Hospice tem o poder de auxíliar na criação do projeto por ter uma arquitetura residencial, ou seja, proporciona a sensação de estar em casa para os pacientes, usa muito dos materiais naturais com muita pedra, madeira e vidro, possui uma implantação interessante para quem está dentro, e caminhos inteligentes para o público, tornando muito funcional.

Figura 90.Vista do Hospice . Fonte: Uzun Case, s.d

Strenghts | Forças

• Arquitetura residencial;

• Uso de materiais naturais;

• Implantação interessante com caminhos inteligentes;

• Acessível;

• Planta funcional;

• Área externa bem aproveitada.

Weaknesses | Fraquezas

• Privacidade do paciente redu zida, devido ao uso de varan das divididas.

Opportunities | Oportunidades

• Conexão com entorno através das trilhas;

• Entorno muito arborizado.

Threats | Ameaças

• Muito afastado;

• Falta de mobilidade urbana.

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7.4 Hospital Monte Líbano

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Figura 91.Perspectiva da Fachada. Fonte: Hospital Monte Líbano, 2021| Organizado pela autora

Local : Mogi das Cruzes | São Paulo

Arquitetos: Erineuda Ventura Área Construída: 3.814m²

Ano do Projeto : 2021

“O Hospital Monte Líbano - HML, nasce com o objetivo de oferecer aos mogianos e aos seus vizinhos, a melhor infraestrutura e ex periência em atendimento médico hospitalar já vista no Alto Tietê” (HOSPITAL MONTE LÍBANO, 2021)

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Figura 92.Perspectiva da Fachada. Fonte: Hospital Monte Líbano, 2021| Organizado pela autora

Localizado em um dos melhores bairros de Mogi das Cruzes, o Hospital Monte Líbano está em fase de construção,mas têm um plano de futuro para expansão que foi dividido em fases, sendo que: Fase I é a que está em processo de finalização e conta com 3.814m² e capacidade para atender 50 leitos. Fase II possui 5.528m² e terá capacidade para mais 40 leitos.

Fase III: trata-se da última fase de expansão e conta com 8.500m²atendendo mais 40 leitos.

Ao final das fases o projeto estará de fato pronto e com capacidade para 130 leitos. A proposta é endossar a mais alta técnologia, também contar com uma equipe multiprofissional, proporcionando atendimentos eletivos e emergenciais, além de possuir salas de cirurgia amplas capazes de atender diversos tipos de cirurgia. Possui também uma completa e confortavel ala de internação, Unidades de Terapia Intensiva (UTI) humanizada, pensado para oferecer conforto aos pacientes, como por exemplo o uso de balizadores que proporcionam iluminação baixa e aconchegante. O hospital tembém possui uma parceria com o CDB, que é um laboratório com padrão de excelência. Dentre os conceitos adotados estão: absorver a demanda da cidade e da vizinhança, oferecer boa experiência para os pacientes, acompanhantes e visitantes, investir nos melhores equipa mentos com processos modernos e tecnológicos, oferecendo uma estadia ao paciente e assim garantindo a qualidade de vida. ( Hospital Monte Líbano,2021)

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Figura 93. Fachada CDB . Fonte: Hospital Monte Líbano,2021 Figura 94. Fachada HML . Fonte: Hospital Monte Líbano,2021 Figura 95. Vista Superior . Fonte: Hospital Monte Líbano,2021

Strenghts | Forças

• Quartos de excelênte qualida de;

• Equipe multiprofissional;

• Centro cirurgico competente;

• Alto nível em técnologia.

Weaknesses | Fraquezas

• Ambientes administrativos e médicos pequenos;

• Pouca acessibilidade;

• Falta de iluminação e ventila ção natural

Opportunities | Oportunidades

Threats | Ameaças

• Acesso um pouco mais dificil para pedestres;

• Pouca ou nenhuma acessibili dade no entorno

• Local de fácil acesso para veículos;

• Plano para expansão

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VIII. LEGISLAÇÃO

8.1 Legislação e normas empregadas no projeto

Para compreender o zoneamento e as permissões para aquele lugar, primeiro é preci so interpretar e identificar o mapa de zoneamento apresentado pela Prefeitura de Mogi das Cruzes.

Segundo a lei 7.200/16 a Zona de Dinamização Ur bana 1 é definida como uma área de desenvolvimento econômico, com preferência por uso industrial, mas também admite o uso de comércio, serviço e residencial. (LEIS MUNICIPAIS , 2019)

O mapa de macrozonas da cidade mostra que a área esta inserida na Macrozona de Qualificação da Urbanização (MQU), dentro desse parâmetro, uma dos ob jetivos que será seguido é priorizar os pedestres limitando os fechamentos e fazendo com que a ampliação das calçadas sejam incentivadas, além de impulsionar áreas de fruição pública e fachadas ativas. ( PREFEI TURA DE MOGI DAS CRUZES | Plano Diretor, 2019)

Decreto 12.342

/78

O terreno escolhido se encontra na área de ZDU - 1 ( Zona de Dinamização Urbana 1)

O decreto 12.342 públicado em 1978 é um código sa nitário que foi abordado no projeto para auxíliar nas LEGISLAÇÃO

Figura 97. Tabela de Parâmetros Técnicos. Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes Organizado pela autora. Figura 96. Mapa de Zoneamento. Fonte : Prefeitura de Mogi das Cruzes Organizado pela autora
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dimensões minímas necessárias de acordo com o am biente, além de contribuir também com a insolação, ventilação e iluminação. (DECRETO 12.342, 1978)

Desenho Universal

Em 1987 um arquiteto cadeirante e americano chamado Ron Mace criou a terminologia Universal Design, mas na década de 90 Mace criou um grupo com arquitetos para estabelecer 7 princípios com o objetivo de garantir que o uso de produtos, serviços e ambientes possam atender todas as pessoas sem necessidades de adaptações. Os princípios são: igualitário (uso equiparável); adaptável (uso flexível); óbvio ( uso simples e intuitivo); conhecido (informação de fácil percepção); segu ro ( minimizar os riscos); sem esforço ( baixo esforço físico) e por fim abrangente ( dimensão e espaço apropriados). ( CARLETTO, Ana Cláudia, n.d)

NBR 9050

Para orientar o projeto em relação a acessibilidade, mobiliario, espaços e equipamentos urbanos foi uti lizada a norma NBR 9050 ( ASSOCIAÇÃO BRA SILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS , 2015), que orienta em dimensões referenciais para o deslocamento de pessoas em pé e cadeira de rodas, além de acessorar na área de manobra necessária para 90º , 180º e 360º, como demosntrado na figura 98.

NBR 9077

Já a NBR 9077 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NOR MAS TÉCNICAS , 2001) diz a respeito as saídas de emergência, seguindo as tabelas fornecidas no documento é possivel encontrar o tipo e a quantidade de escada necessária, no caso do projeto a norma ajudará no cálculo da dimen são da porta exigida de acordo com a capacidade do local.

Código de Obras

O código de obras e edificações é uma ferramenta que determina maneiras de atividades na construção civil, como processos administrativos para licenciamento de obras, os procedimentos de segurança para a execução, mensiona também disposições gerais para um projeto, acessos, sustetabilidade entre outros, esses poderes tem impacto direto na qualidade do ambiente. (PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES, 2019)

LEGISLAÇÃO
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Figura 98. Área para manobra de cadeira de rodas. Fonte: NBR 9050

Lei de Parcelamento do Solo Urbano

A lei 7.201 (2016) fala sobre parcelamento do solo urbano e foi atualizada para a lei 7.489 (2019),falan do sobre as formas certas para parcelamento do solo, retrata sobre o sistema viário, condomínios residenciais e documentos necessários para a aprovação.

(PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES,2019)

Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde

Afim de normatizar os projetos arquitetônicos e de en genharia, e com o objetivo de contribuir a norma auxília na elaboração de projetos físicos; em organização funcional; listagem de atividades; dimensionamento; circulações e conforto. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1995)

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Em 2015 a ONU ( Organização das Nações Unidas) recomendou para os países membros uma agen da de desenvolvimento com o “prazo” de 15 anos, essa agenda é composta por 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. (PACTO GLOBAL, n.d) Segundo um gráfico organizado pela própria ODS (n.d) o tópico com maior avanço em por centagem é o de água potável e saneamento com 90% produzido e 10% em análise e construção.

Figura 99. ODS . Fonte: Objetivos de Desenvolvimento Sustentãvel, n.d | Organizado pela autora

LEGISLAÇÃO
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RDC50

Com finalidade de adquirir algumas informações sobre o regulamento técnico para planejamento, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistencias de saúde será usada a RDC 50, que também coopera com informações para o desenvolvimento de atividades de acordo com o uso do projeto. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002)

temas na área da saúde e na área paisagística.

Manual Prático da Arquitetura Hospitalar

Com a ideia de expandir o conhecimen to e enriquecer o trabalho dois livros foram estudados e serão aplicados , são eles: Neufert Foi escrito por muitos autores ao longo dos anos, possui princípios arquitetonicos, algumas medi das ideais ergonomicante , trata também de sistemas construtivos e etc. É um livro que traz informações muito ricas para o projeto, abordando

É um livro escrito por Ronald de Góes (arquiteto especializado em sistemas de saúde pública) , e em seu livro ele disserta sobre a questão brasileira quanto as normas do ministério da saúde, apresenta orientações e dicas, exemplos de tipologias, em um dos capitulos aborda os temas: Arquitetura e Sustentabilidade e Arquitetura e Meio Ambiente, onde cita a seguinte fra se “O objetivo é eliminar a monotonia, também prejudicial ao bom desempenho das tarefas do trabalho”

LEGISLAÇÃO
118

IX. DIRETRIZES + E.I.V

Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:

Adensamento Populacional : mostrando os “problemas” gerados pelo aumento de pessoas na região, portanto o aumento de consumo de água, energia, lixo, a drenagem, iluminação pública, pavimentação, mobiliários urbanos e poluição sonora.

Equipamentos Urbanos e Comunitários : também mostrando os recursos utilizados para o aumento de pessoas e de fluxo de veículos.

Uso e Ocupação: mensionando o zoneamento e se esse tipo de uso proposto está permitido ao local escolhido

Valorização Imobiliária: expondo a intenção de aproximar as pessoas da arquitetura e melhoria na qualidade de vida

Geração de Tráfego e Demanda por Transporte Público : o aumento de fluxo de veículos é um assunto importante e nesse tópico é apresentado como seria resolvida essa questão

.

Ventilação e Iluminação Natural : esse aspecto é necessário em qualquer projeto e nesse não seria diferente, nesse item evidencio de que maneira isso estará presente no projeto

Paisagem Urbana e Patrimônio Natural e Cultural : a paisagem urbana desde o ínicio é um fator muito relevante ao projeto e nele contém ideias afim de melhorar o local para os usuários do edificio e para o entorno.

LEI 10.257/2001
ESTUDO
121
DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA 122
DIRETRIZES ARQUITETÔNICAS Figura 100. VistaFurnar. Fonte: Google Earth, n.d | Organizadopelaautora F ig u ra 102. Vista doEntorno.Fonte:Google Earth, n.d | Organizadopelaautora Figura 101. Vista do lote. Fonte:GoogleEarth s , n d | O r g a iza do epla atuora Figura 103. Código de ObraseEdificações . Fonte: P refei t ura d e M o gi , n d | Oragnizadepolaatuora 123
DIRETRIZES URBANÍSTICAS Figura 104 Vista do lote. Fonte:GoogleEarth s , n .d | O r gai z a d o p e la au tora F i g u r a 106 Vista pontodeônibus.Fonte:Google Earths, n.d | Organizadopelaautora Figura107. Vista ciclofaixa. Fonte: GoogleEarth , n .d|O r gani zad o pel a a u to r a F ig u r a 1 0 5 Vista Super ior. Fonte:GoogleEarths, n.d | Organizado pela autora 124

Figura 108. PostedeLuz. Fonte: Organizado pela autora Figura111. Lombofaixa: Organizado pela autora

asCalçadas.Fonte: Diário do Nordeste |Organizadopela autora

Figura 110. MapaCiclovia. Fonte: Organizado pelaautora

Figura 113. PontodeÔnibus. Fonte: Organizado pelaautora

DIRETRIZES URBANÍSTICAS
F ig
F ig u r a 1 1 2 Árvore
u ra 109. SemáforoSonoro.Fonte: Mobilize Brasil | Organizadopelaautora
Ipên
125

Como forma de melhorar o entorno foi proposto trocar os postes de iluminação por uma op ção mais sustentável e econômica, nesse caso um com placa fotovoltaica; como maneira de incentivar a acessibilidade deve-se implantar semáforos sonoros , que auxiliam cegos a atravessar com segurança, outro recurso usado para proporcionar acessibilidade é a implementação das lombofaixas. Para incentivar, de maneira segura, uma das propostas é fazer uma ciclovia contornando todo o lote, por fim remodelar o ponto de ônibus que está posicionado logo ao lado do terreno, por um mais confortável, com lugar para cadeirante e placa fotovoltaica.

DIRETRIZES
URBANÍSTICAS
126
Figura 114. Perfil da Av. Francisco Rodrigues Filho . Fonte: Organizado pela autora

X. PROGRAMA DE NECESSIDADES

Área Pública

Área Privativa

Ambiente Descrição Observação Quantidade

Pomar Horta Trilha Zooterapia

Recepção + Espera

Praça Lago W.C fem.

Área aberta Área aberta Área aberta Área aberta Área aberta Espaço para terapia com pets Área aberta

Banheiro PNE

1 1 1 1 1 1 1 1

W.C masc.

Estacionamento

Banheiro PNE Área aberta

1

m² 2.233,492.233,49 967,32967,32 142,74142,74 300,38300,38 1.695,021.695,02 421,07421,07 125,09125,09 4,64,6 4,64,6 624,38624,38 6.490,85

Acesso principal Área de giro de 360º Área de Transferência Área de giro de 360º Área de Transferência 41 carros (4 cadeirantes e 4 idosos) 5 motos

Ambiente Descrição Quantidade Observação Suíte 10 Minimo 8m²

Banho Suíte Banheiro PNE 10

Varanda Suíte 10

Rouparia 1

Área de giro de 360º Área de Transferência

Living 1 Minimo de 1,3m² por pessoa Copa 1 Copa dos hóspedes

Minimo 2m² 1 DML

Local para guardar maca e cadeira de rodas 1 Centro de Armazenamento de Material CAM

W.C fem. Banheiro PNE 1 W.C masc.

Banheiro PNE 1

m²m² Total 180,88180,88 28,00280,00 6,2462,40 10,00100,00 34,8434,84 5,705,70 5,705,70 11,2011,20 5,125,12 5,125,12 702,31

Área de giro de 360º Área de Transferência

Área de giro de 360º Área de Transferência

129

Convivência

Área Zen

Salão Guarda - Volume

Biblioteca Sala de oração

1 1

Cafeteria Área de descanso entre salas de terapia 1

Praça Interna W.C Fem.

Pátio Central 1

Salão Multiuso Banheiro PNE Feminio

1 1

Ambiente Descrição Quantidade Observação 1 1 Área de giro de 360º Área de Transferência

W.C Masc. Banheiro PNE Masculino 1 Área de giro de 360º Área de Transferência

m²m² Total 65,6065,60 14,2014,20 11,9711,97 13,5513,55 69,2269,22 82,8682,86 416,00416,00 7,647,64 5,475,47 686,51

Ambiente

Descrição

Arteterapia + Musicoterapia Sala para atividades artistícas e musicais

Reiki Sala de terapia para trasnferência de energia

Cromaterapia Sala de terapia que usa luzes e cores

Quantidade Observação

1

1

1

1

Acupuntura + Auriculoterapia

Sala de terapia com o uso de agulhas

Massoterapia Sala de massagem

1

Minimo de 7,5m² Minimo de 7,5m² Minimo de 7,5m² Minimo de 7,5m² Minimo de 7,5m² 1

Microfisioterapia

Terapia em Grupo

DML Depósito de material de limpeza

1

Minimo de 7,5m² 1

Aromaterapia Sala de terapia através da mistura de óleos essenciais 2,2m² por paciente sendo no minimo 20m²

Minimo 2m² 1

m²m² Total 62,1962,19 20,0020,00 22,6322,63 20,0020,00 20,0020,00 20,0020,00 20,0020,00 41,241,2 8,368,36 234,38

Sala de terapia que consiste em descobertas 130

Área Médica

Ambiente Descrição Quantidade

Recepção + Espera

Consultório Médico

Sala para atendimento médico

Consultório Fisioterapeuta Sala para atendimento com fisioterapeuta

Consultório Terapeuta

Área Administrativa

Observação

1 2 2 Minimo de 7,5m²

Ambiente Descrição

Observação Enfermaria

Sala para aplicar soro e medicamento

Sala de terapeuta individual 1 1 1 1 Sala de Curativos

Sala de Medicamentos W.C W.C Recepção

Banheiro PNE Banheiro PNE

Necrotério Sala de Espera

Posto de Enfermagem

Sala de espera do necrotério

1

WC - Posto de enfermagem 1

m²m² Total 35,0035,00 17,5035,00 17,5035,00 17,5017,50 17,5017,50 16,8716,87 11,6111,61 11,8211,82 5,195,19 5,195,19 23,8023,80 24,4524,45 9,109,10 2,252,25 233,74

Minimo de 7,5m²

Minimo 5m²

Minimo 6m² Minimo 9m²

Minimo de 7,5m² 1 1 1 1

Minimo 5,5m² 1

Área de giro de 360º Área de Transferência

Área de giro de 360º Área de Transferência Minimo 10m² Minimo 6m²

Quantidade Observação

Minimo de 10m²

Cozinha Áreas de cocção

Sala de Recepção e Higienização Área para rregistrar recebimento e limpar

Sala de administração Despensa Área para guardar todos os alimentos

W.C Administração Copa 1

Copa SujaÁrea para lavar louça 1

Vestiário Fem.

Vestiário Masc.

2 2 1 1 1 1 1 Vestiário PNE

1

Nutricionista

Depósito

Área Técnica

6m² 1 bacia 1 lav. e 1 chuveiro a cada 20 pessoas

6m² 1 bacia 1 lav. e 1 chuveiro a cada 20 pessoas

1 Minimo de 7,5m²

Sala de Descanso Sala para 25 funcionários 1 1,3m² por funcionário 1 1 271,92

m²m² Total 14,7229,44 2,65,2 16,8816,88 49,0549,05 4,44,4 5,375,37 9,679,67 32,1832,18 32,1832,18 8,518,51 7,507,50 43,5343,53 5,695,69 19,0719,07

131

Reservatório de Água + Cisterna 9.000L + 3.000L

Total Construído 3.300m²

Área do Terreno 13.550m²

Taxa de Ocupação 3.300 24,35%

Taxa de Permeabilidade 4.065.85 | 30,7%

O programa de necessidades foi pensado com base nos estudos de caso e com base em legislações, divido em setores como:

• Área Pública: a pretensão dessa área é através dos usos unir as pessoas e proporcionar momentos de integração do externo com o interno;

• Convivência: zona pensada para criar pontos de encontro entre os hóspedes, seus familiares e amigos, proporcionando momentos de descontração;

• Área Zen: setor pensado para as terapias holísticas, ou seja, salas como reiki, musicoterapia, acupuntura entre outras;

• Área privativa: espaço que garante a intimidade de cada paciente interno do HOPE e para os visitantes;

• Administrativo: área destinada a parte administrativa necessária e serviços para o funcionamento do hóspice e para os funcionários;

• Área médica: espaço para os atendimentos individuais de médicos, fisioterapeutas, terapeutas e enfermeiros.

O dimensionamento de caixa d’água foi feito a partir da capacidade do hóspice para hóspedes, visitantes e funcionários, totalizando 7.000L, dos quais serão divididos em superior e inferior, sendo que: 40% desse total (2.800L) está posicionado no subsolo com um reservatório de 3.000L e 60% do total (4.200) somado a 20% pedido pelos bombeiros está posicionado no superior , esse dividido em duas células com 2 reservatórios de 3.000L cada, sendo assim pos sui 9.000L de água suprindo os 8.400L que são necessários, além de possuir uma cisterna capaz de reservar 3.000L.

132
+
XI. CONCEITO&PATIDO
FLUXOGRAMA

CONCEITO & PARTIDO

A proposta partirá de três pilares essenciais : conforto, relação com o entorno e sustentatbilidade.

O HOPE terá como ponto de partida o conforto empregado em vários campos, seja ele físico, através de um lugar bem estruturado, pscicológico com cores neutras e texturas acolhedoras, e por fim o conforto ambiental, com o uso de manta térmica e acústica. Com o objetivo de garantir qualidade de vida o proje to tem a biofilia como aliada, por meio de um paisagismo bem pensado e com usos como pomar e horta, ou seja, será um jardim convidativo e funcional e não somente visual. O uso de materiais naturais como madeira e pedra oferecerão a sensação calorosa e receptiva, além do uso de água, seja em espelhos d’agua ou lago ornamental, é um dos principais elementos da arquitetura biofílica , em especial es tando em locais de saúde, o som suave da água agrada qua -

se 100% das pessoas, isso porque ela nos leva para perto da natureza nos remetendo a lugares de paz e tranquilidade, proporcionando pensamentos positivos, afetivos e sentimento de tranquilidade, isso é tudo que precisamos estando doente. A sustentabilidade está associada a biofilia, por esse motivo não poderia faltar aspectos no projeto, que estará presente em placas fotovoltaicas, captação de água da chuva, irrigação automatizada, uso de lâmpadas LED e por fim iluminação e ventilação natural. Um dos principais objetivos a serem alcaçados é a relação com o entorno , pensar no que está envolta do empreendimento é sempre muito importante, mas para o hóspice essa importância alcança um outro nível, já que uma das necessidades dos hóspedes é a socialização com pessoas que es tão fora daquele circulo estreito de médicos e familia onde a doença é o centro da discussão, para ajuda-los a esquecer isso e para proporcionar uma atividade diferente para quem mora ali, o projeto terá trilhas por meio do hóspice ligada a ciclofaixa, onde as pessoas poderão diariamente passar por lá e ter contato com os pacientes, incentivando a socialização.

O conceito arquitetônico será com uso de vidro, madeira e pedras naturais, criando linhas ortogonais com o gabarito baixo, proporcioanndo uma arquitetura limpa e na escala humana fazendo com que as pessoas realmente se sintam em casa e não em uma instituição .

Conforto Entorno Sustentabilidade
135
Figura 115.Diagrama. Fonte: Organizado pela autora Figura 116.Desenho Renderizado. Fonte: Organizado pela autora
137
Área Pública Acesso Acesso Acesso Circulação Circulação Área Privativa Convivência Área Zen Recepção + Espera Living Salão Praça Interna Café Terapia em Grupo Guarda Volume Musicote rapia Café Reiki Cromote rapia Aromater pia Biblioteca W.C CAM Copa Pacientes Acupun tura DML Rouparia +DML Massote rapia Sala de Oração Acesso Vertical Microfi sioterapia W.C Posto de Enferma gem Banheiros Quartos

FLUXOGRAMA

Recepção + Espera

Circulação

Vest. Masculino Vest. Feminino Sala Nutricio nista

Acesso

Cozinha

ADM

ADM Copa Funcioná rios W.C W.C

Acesso

W.C

Circulação

Observa ção

Sala Médica

Medicam netos Sala Médica

Curativos

Enferma ria

Descanso Funcionários

Terapia Individual

Fisiotera pia Fisiotera pia

Acesso

Área Administrativa Área Médica Circulação Vertical

Figura 117.Fluxograma. Fonte: Organizado pela autora

138

XII. PROCESSO CRIATIVO

PROCESSO CRIATIVO

1. Forma retangular com linhas ortogonais. 3. Criação de volumes

2. Elevar o prédio 50cm dando a sensação de flutuar 4.

Abertura de grandes vãos

Figura
141
118.Processo
Criativo. Fonte: Croquis produzidos pela autora

Estudo de implantação + Orientação Solar

Sol Nascente

Poente

Sol
Figura 119.Processo Criativo. Fonte: Croquis produzidos pela autora 142

Figura 120.Setorização. Fonte: Organizado pela autora

Área Pública Área Privativa Convivência Área Zen Área Médica Circulação 143
Administrativo Horta Pomar Trilha Lago Banco Coberto Redário Zooterapia Fireplace Estacionamento Ciclovia

Uma setorização inteligente, olhando pelo ponto de vista crítico, é uma força que o projeto pode ter, e pen sando dessa forma o HOPE está dividido por zonas, a fim de oferecer uma simplicidade inconsciente, principalmente para os visitantes e pacientes, ao circularem pelo edício, de maneira que o torne coerente.

Portanto a implantação foi dividida por setores de atividades e o que os separa são os caminhos dispostos por todo o lote, então temos a zona de horta + pomar, o lago, uma área com bancos cobertos, o fireplace , o redário e o espaço de zooterapia, além do estacionamento e do prédio.

Já o interior foi ‘fracionado’ em 6 áreas:

Área Pública : espaço onde se pode encontrar as recepcões, sala de espera e salão;

Área Privativa : destinada aos hospedes no qual está o living, as suítes, copa, posto de enfermagem, entre outros;

Área de Convivência: são os ambientes como café, biblioteca, sala de oração , praça interna e pátio central;

Área Zen: proposto para as salas de terapia holistica, como : cromoterapia, acupuntura, reiki, microfisioterapia, terapia em grupo, entre outros;

Área Médica: são as salas de consultório médico, fisioterapia, terapia individual, observação, enfermaria, entre outros;

Área Administrativa: é a zona destinada aos funcionários, onde se pode encontrar os vestiários, cozinha, copa, sala de descanso e salas administrativas.

144
XIII. MEMORIAL JUSTIFICATIVO

HOPE | Casa do Cuidar, localizado em Mogi das Cruzes, cidade da grande São Paulo envolvida pela Serra do Itapeti, o lote se encontra em uma avenida de grande movimento de veículos (Av. Fracisco Rodri gues Filho), que apesar de poder ser algo negativo, tam bém é positivo por trazer pessoas para perto do edifício e fazer com que conheçam esse tipo de ambiente que é muito novo, e atrai também grande movimento de pessoas possibilitando socialização com os pacientes. O projeto segue o gabarito baixo do entorno con templando a vista da Serra do Itapeti, tendo a sua volta grandes vazios que futuramente será um parque valorizando ainda mais a vista e o projeto. Além de consultórios médicos, terapeuticos e fisio terapia, HOPE conta também com terapia holística, que são por exemplo salas de reiki, musicoterapia, arteterapia, cromoterapia, acupuntura entre ou tras, que garantem maior cuidado com os pacientes. Sendo possivel ocupar até 10 hóspedes, os quartos contam com uma cama extra, um banheiro confor

tavel e uma varanda individual com o uso de muxa rabis garantindo privacidade. A ala dos moradores contam também com um living amplo, onde podem receber visitas, cozinhar e comer todos juntos. Com uma setorização de facil atenditmento (setorização na pág. 141), a planta foi pensada de forma a favorecer o fluxo para os pacientes e fun cionários, com corredores centrais, ambientes principais nas extremidades e pequenos jardins internos com claraboias melhorando a iluminação natural, além de contar com um grande pátio interno com uma cobertura de vidro retrátil, fazendo com que a natureza de fora também esteja presente dentro. A proposta do HOPE parte de três pilares essenciais: conforto, relação com o entorno e sustentabilidade, sendo que cada um desses pilares será empregado no projeto através de: Conforto : aplicado em vários campos, seja ele físico, com um lugar bem estruturado; psicológico, com cores neutras e texturas acolhedoras; e, por fim, con

147

forto ambiental, utilizando manta térmica e acústica. Entorno : como um dos principais pilares, a relação com o entorno tem um nível ainda maior de importância para um uso como o hospice, já que uma das necessidades é a socialização com pessoas que estão fora do círculo estreito de médicos e família. Além disso, leva em consideração o gabarito das edificações

a sua volta, de forma a tirar proveito da iluminação e ventilação naturais, assim como da insolação, ao mesmo tempo em que se integra à paisagem. Sustentabilidade : ela está associada à biofilia, portanto os aspectos empregados no projeto são: placas fotovoltaicas para produção de energia, captação de água da chuva para reuso, irrigação automatizada, uso de lâmpadas LED, iluminação com sensores, dimerização e fotocélula, manta termo acústica de cogumelo, torneiras com sensor e, por fim, muita iluminação e ventilação natural. O HOPE possui uma volumetria minimalista, e ainda assim cheia de detalhes, com linhas or togonais, além de estar 50cm elevado do chão e com acessos através de rampas sutis, utilizando-se de um gabarito baixo, e de recursos naturais como madeira e pedras naturais, além de con templar um dos pilares da arquitetura moderna, preconizada por Le Corbusier, que são as janelas em fita. O projeto contém uma horizontali

148

giFrua 12 1 L ig h t S tee

Estrutura de aço 100% reciclável com di versos beneficios como sustentabilida de, velocidade na construão e obra limpa.

l Framing. Fonte:RCERVELLINI, 2020|Organizado pel a a ut o r a iF grua 1 2 4 P laca Cimentícia. Fonte:Talita Cruz, 2020|Organizado pel a aut o r a

PLACA CIMENTÍCIA

Painel prensado e impermeabilizado feito de cimento e alguns aditivos. No projeto foi utilizado para fechamentos externos, já que é resistente a água.

Laje mista composta por uma forma de aço fixada na estrutura, junto com uma capa de concreto e uma tela metálica

Material Construtivo

iF grua 1 2 2 S tee l Deck. Fonte:Engenharia e etc, 2015|Organizado pel a aut o r a iF grua 1 2 5 D r y wa l l Branco. Fonte:RCERVELLINI, 2017|Organizado pel a aut o r a

DRYWALL

Sistema construtivo moderno que agiliza o tempo de obra e facilita a manutenção. Sendo o branco o modelo mais comum utilizado em áreas secas.

F i g u r a 123 OSB. Fonte:Celere, 2022 | Organizadopelaautora iF grua 1 2 6 D ry wa l l Ver de. Fonte:RCERVELLINI, 2017|Organizado pel a aut o r a

BOARD

Painel composto por tiras de ma deiras dispostas na mesma direção. Utilizado no projeto para fechamento de paredes internas.

DRYWALL VERDE | RU

Possui silicone e aditivos fungicidas misturados ao gesso, torna a chapa resistente a umidade. Poranto foi utilizado em áreas molhadas internas.

LIGHT STEEL FRAMING STEEL DECK OSB | ORIENTED STRAND
149

PEDRA NÚVOLA BRANCA

Pedra natural irregular apli cada na fachada do projeto.

iF gu r a 1 2 8 Ma de ira Freijó. Fonte:Laminort, n.d | Organizado pela aut or a giFrua 192 . V i d r o L a m ina do e Temperado.Fonte: Arch Glass, n .d|Or gani zad o pel a a u to ra

FREIJÓ

Lamina de madeira natural em tom de freijó usada em todo o projeto.

Acabamentos

iF grua 1 2 7 N úvu la Branca. Fonte:Piso de Pedra, n.d|Organizado pel a aut o r a F i g u r a 130 Piso Tátil. Fonte:Inova, n.d | Organizadopela autora iF gu r a 1 3 1 Chapa Lexan. Fonte:Day Brasi , n d | Organizado pela aut or a

VIDRO LAMINADO | TEMPERADO

Vidro que é capaz de garantir toda segu raça necessária em guarda corpo e vãos.

PISO TÁTIL

Piso tátil inox, modelo que garante elegância, modernidade e cumpre com perfeição sua principal funcionalidade: orientar caminhos para deficiêntes visual total ou parcial.

CHAPA LEXAN

Chapa de policarbonato compacta que desenvolve um alto desempenho, alta resistência ao impacto, resistência a raios UV e retardante de chama. Foi utilizado no projeto para a cobertura retrátil.

150

PLACA FOTOVOLTAICA

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA

DUAL FLUX

A placa solar é o equipamento uti lizado para realizar a conversão da luz do sol em energia elétrica por meio da captação dos raios solares. Sistema de isolamento térmico feito a partir de cogumelos e técnicas que são “completamente naturais, biodegradáveis e veganas.

Uma cisterna é um depósito ou reser vatório que serve para captar, armaze nar e conservar a água para reutilização.

Sustentabilidade

O sistema Dual Flux funciona com sis tema seletivo de descarga com um po tencial de até 60% de economia de água.

ISOLAMENTO VEGANO

Os irrigadores automatizados são equipados com um painel de controle, o qual aciona as válvulas que, por sua vez, libe ram a água economizando tempo e água.

As torneiras com sensor são acionadas apenas quando há movimento, aumentando assim a economia de água em 70% e prevenindo o desperdício.

IRRIGAÇÃO AUTOMÁTICA
MISTURADOR COM SENSOR iF grua 1 3 2 P laca Fotovoltaica. Fonte: Portal Solar, n.d|Organizado pel a aut o r a giFrua 13 5 I s o la men to Vegano. Fonte: Nial
Patrick, 2018|Organizado pel a a ut o r a F ig u r a 133. Cisterna. Fonte:eCycle, n.d | Organizadopela aut ora giFrua 13 6 I r r ig aç ão Automática.Fonte: Irrigamat, 2020|Organizado pel a a ut o r a F i gu r a 1 3 4 Dua lFlux. Fonte:Hidro Shop, 2020 | Organizadopela aut or a iF grua 1 3 7 . T o r ne ira Automática. Fonte: Solucenter, n.d|Organizado pel a a ut o r a
151

F ig u r a 1 39 Fotocélula. Fonte:Decibel, n.d | Organizadopela aut ora

FOTOCÉLULA E SENSOR

As lâmpadas de LED possuem diversos benefícios, dentre eles estão: durabilida de, resistencia e eficiencia elevada, sustentabilidade e baixa emissão de calor.

immer. Fonte:Ragtech, 2018 | Organizadopela aut ora

LÂMPADAS LED DIMMER

É um dispositivo que controla a luminosidade de lâmpadas em geral, esse sistema garante conforto, economia e praticidade.

É um dispositivo utilizado para au tomatizar o acionamento da ilu minação em locais diversos, possibilitando a economia de energia.

Sustentabilidade

giFrua 41 2 . Á r e a Permeável. Fonte:Google Imagens, 2020|Organizado pel a a u t o r a

O projeto possui uma grande área permeável , o que traz grandes benefícios tanto para os pacientes quanto para o en torno, proporcionando qualidade de vida.

VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO NATURAL

Só traz pontos positivos ao proje to, como: qualidade de vida, melho ra a saúde física, economia de energia e melhor proveito da ventilação.

giFrua410 . Vetni l a çã o e I lu m inação Natural. Fonte: Forum da Construção , n .d|O r gani z a d o p e la atuora F ig u r a 1 43 Ar bor ização. Fonte: Rio8, 2019 | Organizadopela aut ora

Assim como a área permeável, a arborização também propcia qualidade de vida, bem estar psicológico, proporcioar sombras, diminui a poluição sonora e reduz a poluição do ar.

ÁREA PERMEÁVEL
ARBORIZAÇÃO iF grua 1 3 8 L âmp a da LED. Fonte:Eletro Energia, n.d|Organizado pel a aut o r a F ig u r a 1 41 D
152

Figura144. BancoCurvo. Fonte: Organizado pelaautora

Figura146.Cobertura eBancos. Fonte: Organizadopelaautora

Figura 145. BancoCurvocom Vegetação Fonte: Organizadopelaautora

Figura147.Fireplace. Fonte: Organizado pela autora

MOBILIARIO URBANO
153

Figura 148. BancoTriangular com Vegetação Fonte: Organizadopelaautora

Figura 149. BancoIrregular com Vegetação Fonte: Organizadopelaautora

Figura 150. BancoRedondo com Vegetação. Fonte: Organizadopelaautora

Figura 151. BancoQuadrado comVegetação Fonte: Organizadopelaautora

MOBILIARIO URBANO
154

XIV. PROJETO

Estrutural Subsolo

Esc 1:75

Estrutural Subsolo

Esc 1:75

Corte Parede Esc 1:75

Corte Parede Esc 1:75

Ver detalhe

Ver detalhe

Isolante Térmico

Isolante Térmico

Guia perfil U

Guia perfil U

Montantes perfil Ue Parafuso

Montantes perfil Ue Parafuso

Isolante Térmico

Isolante Térmico

Isolante Térmico Guia perfil U Parafuso

Guia perfil U Montante perfil Ue

Ver detalhe

Ver detalhe

Detalhe encontro 'L' Esc 1:25

Detalhe encontro 'L' Esc 1:25

Guia perfil U Montantes perfil Ue Parafuso

Isolante Térmico Guia perfil U Parafuso

Montantes perfil Ue

Montantes perfil Ue

Guia perfil U Montante perfil Ue

Guia perfil U

Montantes perfil Ue Parafuso

Detalhe encontro 'T' Esc 1:25

Detalhe encontro 'T' Esc 1:25

Detalhe encontro 'X' Esc 1:25

Detalhe encontro 'X' Esc 1:25

NOTA

NOTA

Detalhes Parede Sem Escala

Detalhes Parede Sem Escala

Montante perfil Ue

Montante perfil Ue

Guia perfil U Radier

Radier

Guia perfil U

1. Foi usada estrutura metálica Light Steel Framing, fundação em Radier e laje mista Steel Deck ;

1. Foi usada estrutura metálica Light Steel Framing fundação em Radier e laje mista Steel Deck ;

2. Para a estrutura Light Steel Framing foi utilizado montantes no perfil Ue, guias no perfil U.

2. Para a estrutura Light Steel Framing foi utilizado montantes no perfil Ue, guias no perfil U.

Estrurural Subsolo

Estrurural Subsolo

Projeto

Projeto

HOPE - Casa Paliativa Local Mogi das Cruzes | SP Autor Erica Ferreira | 400490

Folha

Data dez/2022 Folha 9/13
HOPE - Casa Paliativa Local Mogi das Cruzes | SP Autor Erica Ferreira | 400490 Data dez/2022 9/13

Detalhe 04 Esc 1:25

Detalhe 01

1:25

Detalhe 05 Esc 1:25

Detalhe 02 Esc 1:25

Detalhe 03 Esc 1:25

Estrurural Subsolo

Estrutural Térreo

0 2.5 5 10 20
Esc
NOTA 1. Foi usada estrutura metálica Light Steel Framing fundação em Radier e laje mista Steel Deck ; 2. Para a estrutura Light Steel Framing foi utilizado montantes no perfil Ue, guias no perfil U.
Montante Perfil Ue (0.44 x 0.056)
Montante Perfil Ue (0.14 x 0.056) Montante Perfil Ue (0.09 x 0.056)
Folha 10/13
Projeto HOPE - Casa Paliativa Local Mogi das Cruzes | SP Autor Erica Ferreira | 400490 Data dez/2022

Lista de Espécies

Paisagismo

Folha: 12/13
Projeto Hope Casa Paliativa Local: Mogi das Cruzes | SP Autor: Erica Ferreira | 4004390 Data: dez/2022
Grama Esmeralda Zoysia japonica Palmeira Imperial Roystonea oleracea Palmeira Areca Dypsis lutescens Capim do Texas Rubro Pennisetum setaceum Aroeira Salsa Schinus molle Jabuticabeira Myrciaria cauliflora Macieira Malus domestica Borkh Cerejeira Prunus subg Cerasus Lichieira Litchi chinensis
Amoreira
Jabuticabeira
Macieira Aroeira Salsa Palmeira Imperial
Lichieira
Cerejeira
Palmeira
Capim
Grama Esmeralda Jabuticabeira
Areca
do Texas Rubro Horta Palmeira Areca Palmeira Areca
Palmeira Areca Dypsis lutescens
Washingtonia Washingtonia robusta Espada de São Jorge Dracaena trifasciata Palmeira Rabo de Raposa Wodyetia bifurcata im do Texas nisetum setaceum Capim do Texas Rubro Pennisetum setaceum Hera Hedera helix Dionela Dianella tasmanica Ipê Verde Cybistax antisyphilitica Ipê Branco Tabebuia roseo alba
Principal
São Jorge
Palmeira
Lista de Espécies Entrada
Palmeira Rabo de Raposa e Espada de
Banco Coberto Capim do Texas Fireplace Capim do Texas Rubro
Pátio Ipê Verde
Pátio Interno Hera e Dionela
Palmeira
Branco
Banco
Coberto
Washingtonia, Grama Amendoim e Ipê
Branca Ficus elastica Grama Amendoim Arachis repens
Projeto Hope Casa Paliativa Local: Mogi das Cruzes | SP Autor: Erica Ferreira | 4004390 Data: dez/2022 Folha: 13/13
Praça
Central Palmeira Areca Sala de Descanso Fícus Elástica Figueira
Paisagismo

IMAGENS

Figura 152.Placa. Fonte: Organizado pela autora

162
Figura 153.Fachada Nordeste. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 154.Fachada Nordeste. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 155.Fachada. Fonte: Organizado pela autora Figura 156.Fachada. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 157.Fachada Noroeste. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 158.Fachada Sudeste. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 159.Área Externa. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 160. Área Externa. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 161.Área Externa. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 162.Área Externa. Fonte: Organizado pela autora Figura 163.Fachada Sudoeste. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 164.Pátio Interno. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 165.Pátio Interno. Fonte: Organizado pela autora

Figura 166.Pátio Interno. Fonte: Organizado pela autora

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Figura 167.Pátio Interno. Fonte: Organizado pela autora

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Figura 168.Recepção. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 169.Recepção. Fonte: Organizado pela autora

Figura 170.Recepção. Fonte: Organizado pela autora

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Figura 171.Café. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 172.Café. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 173.Living. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 174.Living. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 175.Living. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 176.Living. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 177.Sala de Descanso. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 178.Sala de Descanso. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 179.Copa Hóspedes. Fonte: Organizado pela autora
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Figura 180.Varanda Suítes. Fonte: Organizado pela autora

Figura 182.Suíte 01. Fonte: Organizado pela autora

Figura

Figura 184.Suíte 01. Fonte: Organizado pela autora

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Figura 181.Suíte 01. Fonte: Organizado pela autora 183.Suíte 01. Fonte: Organizado pela autora

Figura 185.Suíte 02. Fonte: Organizado pela autora

Figura 186.Suíte 02. Fonte: Organizado pela autora

Figura 187.Suíte 02. Fonte: Organizado pela autora

Figura 188.Suíte 02. Fonte: Organizado pela autora

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XV. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerações Finais

Esse trabalho foi inspirado no livro “Histórias Lindas de Morrer”, escrito pela Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes ( uma médica especializada em cuidados paliativos e sócia fundadora da Associação Casa do Cuidar) que conta em seu livro casos de pacientes que passaram por ela e explica os termos ‘hospice’ e ‘cuidados paliativos’, cujo um dos principais objetivos do trabalho era torna-los vistos e expor a sua importância, acredito que esse objetivo tenha sido alcançado ao longo do projeto mostran do que a morte não deve ser um tabu mesmo compreendendo que nenhuma cultura do mundo entende a morte, portanto temos dificuldade de aceita-la, mas devemos conversar sobre para po der ter um fim de vida tranquilo. A qualidade de vida, assim como a de morte foi uma das frases mais importantes para o trabalho, a partir dela surge a ideia de biofilia, sustentabilidade, conforto e relação com o entorno, dos quais acredito ter sido atingido.

A arquitetura biofílica deveria estar empregada em todo projeto, principalmente quando se trata da área da saúde, mas infeliz

mente não é assim, tanto que a grande maioria dos hospitais e clínicas são ambientes frios e impessoais, por esse motivo senti a necessidade de incorporar esse tema com força e mostrar a sua importância, assim como a terapia holística que é pouco falada mesmo sendo práticada a muitos anos.

Acredito que a pandemia tenha aberto os olhos de muitas pessoas tanto em relação a pontos físicos como também a emocionais, trazendo a tona a empatia por exemplo, e o hospice é um lugar onde esse sentimento de empatia e cuidar do outro são as bases fundamentais. De um anos para cá foi compreendido ( não só para os arquite tos como também para todos) a relevância da sustentabilidade, a cada dia que passa a tecnologia avança mais e atualmente para um projeto ser sustentável não basta só a placa solar por exemplo, necessidade de um conjunto de itens, hoje existem muitos recursos capazes de tornar um projeto 100% sustentável, com o HOPE busquei trazer meios sustentáveis de forma a economizar e gerar melhor qualidade ao edifício, propósito esse que foi

200

obtido.

Arquitetura simples, minimalista, leve, fluída e com volumes descretos ou não são a minha maneira de enxergar a arquitetura, levando sempre em conta o ser humano, não só aquele que vai usufruir dela mas também o seu entorno, tendo em vista também a natureza e o seu valor com o nosso bem-estar.

Em síntese concluo que o projeto realizado atende as expecta tivas e necessidades que um hospice pede, oferecendo um local confortável, bonito e funcional que prioriza o entorno, os pacientes, os funcionários e as áreas verdes.

Por fim uma frase que gosto muito e já foi citada anteriormente: “O edifício bom não é aquele que fere a paisagem, mas sim aquele que a torna mais bonita do que era antes de ser construído.”

(WIGHT, Frank Lloyd, n.d)

201
Figura 189.Fachada. Fonte: Organizado pela autora
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Projeto de conclusão de curso de arquitetura e urbanismo | Mogi das Cruzes 2022

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