BOLETIM INFORMATIVO A TRIBUNA - ÓRGÃO OFICIAL DA ARQUIDIOCESE DE CAMPINAS
Cálice de Dom Airton José dos Santos, que faz parte da exposição no Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Campinas, ao fundo. Foto: João Costa
ANO 107 - EDIÇÃO 3.920 - MARÇO/ABRIL DE 2018
Os 110 anos da Diocese de Campinas Nomeação de Dom Airton José dos Santos para Mariana (MG)
Seis anos de ministério POR WILSON CASSANTI
Nomeado para Mariana (MG) em abril, Dom Airton José dos Santos esteve à frente da Arquidiocese de Campinas desde 2012
N
o dia 15 de fevereiro de 2012, o Papa Ben-
rimônia de posse de Dom Airton como Grão-Chan-
to XVI nomeou Dom Airton como o 7º
celer da Universidade. O Arcebispo foi apresentado
Bispo e 5º Arcebispo Metropolitano de
ao Conselho da Universidade, formado por cerca de
Campinas. Em 15 de abril de 2012, na Igreja Paro-
30 pessoas, entre elas a Reitora, Vice-Reitor, Pró
quial de Nossa Senhora Auxiliadora, em Campinas,
-Reitores e demais representantes da comunidade
tomou posse acompanhado de diversos arcebispos e bispos, padres, religiosos e grande multidão de fieis. Dom Airton presidiu a sua primeira Missa na Catedral Metropolitana de Campinas no dia 29 de abril de 2012, com a presença dos Padres, Diáconos, Seminaristas e dos Agentes de Pastoral das Pa-
acadêmica. Dom Airton recebeu o Pálio das mãos do
“...a
Santo Padre, o Papa Bento XVI, na Basí-
diversidade dos ministérios ao redor do Bispo
róquias da Arquidiocese de Campinas
”
lica de São Pedro, no Vaticano, na Solenidade de São Pedro e São Paulo, 29 de junho de 2012. No dia 11 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI assinou a Carta Apostólica Porta Fidei - A Porta da Fé, que proclama-
va o Ano da Fé, a ser realizado de 11 de outubro
Como ensina a Constituição Sacrossanctum Conci-
de 2012, no 50º aniversário de abertura do Concílio
lium, sobre a Sagrada Liturgia, essa Missa, chamada
Vaticano II, até o dia 24 de novembro de 2013, So-
Estacional, é presidida pelo Bispo que, na qualidade
lenidade de Cristo Rei do Universo. Em Campinas,
de sumo sacerdote do seu rebanho, celebra a Euca-
Dom Airton abriu oficialmente o Ano da Fé no dia
ristia rodeado do seu presbitério e ministros, com a
12 de outubro de 2012, na Solenidade de Nossa Se-
plena e ativa participação de todo o povo santo de
nhora Aparecida, na Missa celebrada no Ginásio de
Deus. Ela manifesta não somente a unidade da Igre-
Esportes do Guarani FC. Como parte da programa-
ja Local, mas também a diversidade dos ministérios
ção do Ano da Fé, no dia 1º de setembro de 2013, a
ao redor do Bispo e da sagrada Eucaristia.
Arquidiocese de Campinas realizou uma Romaria ao
No dia 15 de maio de 2012, foi realizada no auditó-
Santuário Nacional de Aparecida, onde Dom Airton
rio Dom Gilberto, Campus I da PUC-Campinas, a ce-
presidiu a Santa Missa com a presença de mais de
02 - Edição Especial - Março/Abril 2018
17 mil romeiros. O Encerramento do Ano da Fé foi realizado na Praça Arautos da Paz, com enorme presença de fieis. Quando Dom Airton tomou posse da Arquidiocese de Campinas, estava em vigor o 7º Plano de Pastoral Orgânica, que foi assumido em sua plenitude por ele. Depois, em 2013, foi feita uma grande avaliação do 7º PPO e, com a publicação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB para o período 20152019, a Arquidiocese de Campinas se sentiu desafiada a reorganizar o Plano de Pastoral com o objetivo
Lema Episcopal “Ut faciam Deus, voluntatem tuam” (Hb 10,9) “Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”.
de ajudar a Igreja local a se manter ativa, inspirada e alinhada às urgências para a ação evangelizadora apresentadas pela Igreja do Brasil.
Foto: Arquivo
Com um trabalho de estudo e aprofundamento, nossa Igreja Particular se apropriou das inspirações do episcopado brasileiro para enriquecer e apresentar sob uma nova metodologia o seu Plano de Pastoral Orgânica. Assim, no final de 2015 foi publicado o Plano de Pastoral Orgânica (2015-2019) - Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Campinas. Também no ano de 2013, foi realizada no Rio de Janeiro a 28ª Jornada Mundial da Juventude, com a presença do Papa Francisco na primeira viagem internacional de seu pontificado. Nas várias Dioceses do Brasil, foi realizada a Semana Missionária, que antecedeu a Jornada Mundial da Juventude. Entre os dias 17 e 20 de julho, Paróquias da Arquidiocese de Campinas receberam grupos de peregrinos vindos de todas as partes do mundo. Várias atividades foram realizadas nesses dias inesquecíveis, culminando com a Missa de Encerramento da Semana Missionária e envio dos jovens para a Jor-
Na Diocese de Mogi das Cruzes quando da nomeação de Dom Airton para Campinas (SP) Edição Especial - Março/Abril 2018 - 03
nada Mundial da Juventude, que foi presidida por
gregar os profissionais da medicina que se afirmam
Dom Airton, no dia 20 de julho, no Recinto da Festa
católicos e desejam exercer a sua profissão à luz dos
do Figo, em Valinhos.
princípios evangélicos. Tem por finalidade a defini-
Na Jornada Mundial da Juventude, Dom Airton
ção e a difusão de princípios orientadores das ativi-
foi um dos 250 bispos de diferentes nacionalidades
dades ligadas a saúde à luz da fé cristã, partindo da
que participou das pregações que aprofundaram o
análise dos problemas e questões fundamentais do
lema da JMJ, nas três manhãs de catequese.
exercício contemporâneo da medicina nos domínios
No dia 03 de janeiro de 2014, Dom Airton assinou Decreto com a constituição de novas Foranias, em resposta aos apelos e frutos dos esforços na reflexão do 7º Plano de Pastoral Orgânica. Assim, a Arquidiocese passou a ter 13 Foranias. Em 08 de novembro de 2014, na
da ética e da moral, das ciências fundamen-
“Dom Airton
tais e das ciências aplicadas e da saúde. Dom Airton recebeu, no dia 04 de
criou a Associação de Médicos Católicos de Campinas
”
Igreja Nossa Senhora da Esperança,
no Campus II da PUC- Campinas, Dom
dezembro de 2014, no Plenário “José Maria Matosinho”, do Legislativo Municipal, o Título de Cidadão Campineiro, por proposição do Vereador Jorge Schneider, em Reunião Solene
da Câmara Municipal de Campinas.
Nesta ocasião, recebeu, também, a Meda-
Airton presidiu a Missa de Fundação da Associação
lha Arautos da Paz, por iniciativa do Vereador Luiz
dos Médicos Católicos de Campinas, que foi conce-
Henrique Cirillo, uma homenagem da Câmara Mu-
lebrada por Dom Giovanni D’Agnello, Núncio Apos-
nicipal às pessoas que tenham se destacado de forma
tólico no Brasil, e pelo Pe. Cláudio Wilson Müller,
exemplar no trabalho em defesa da vida e da paz.
responsável pela Associação. Dom Airton criou a Associação com o objetivo de con-
Na tarde do dia 10 de junho de 2015, durante a 78ª Assembleia dos Bispos do Estado de São Paulo, Dom Airton foi eleito como Presidente da CNBB Regional Sul 1. Dom Airton sempre se mostrou preo-
Dom Airton recebe a Pax do hoje Papa Emérito Bento XVI após a imposição do pálio. Arquivo. 04 - Edição Especial - Março/Abril 2018
cupado com a manutenção da história e das peças
Também neste dia, à tarde, na Basílica do Carmo,
de arte da Arquidiocese. Assim, depois de reformar,
Dom Airton presidiu a Celebração da Abertura da
preparar e adequar o Palácio Episcopal, na Rua José
Porta Santa. Na Solenidade de Nosso Senhor Jesus
Ferreira de Camargo, 844, Bairro Nova Campinas,
Cristo Rei do Universo, dia 20 de novembro 2016,
para lá transferiu e reinaugurou, no dia 08 de de-
Dom Airton presidiu a Missa de Encerramento do
zembro de 2015, o Museu Arquidiocesano de Arte
Ano Santo da Misericórdia, na Catedral Nossa Se-
Sacra de Campinas - MAAS, agora em espaço defi-
nhora da Conceição.
nitivo.
O Papa Francisco acolheu, no dia 16 de dezembro
Em 11 de abril de 2015, véspera do 2º Domingo da
de 2015, o pedido de renúncia apresentado por Dom
Páscoa, também chamado Domingo da Divina Mise-
Paulo Sérgio Machado, Bispo da Diocese de São Car-
ricórdia, a Igreja foi mais uma vez alegremente sur-
los. No mesmo ato, o Papa nomeou Dom Airton para
preendida pelo Papa Francisco que, através da bula
o cargo de Administrador Apostólico de São Carlos,
Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia),
com a função de conduzir a Diocese “vacante” até a
convocou a Igreja para um Ano Santo, chamado por
nomeação de um novo bispo. Dom Airton adminis-
ele “Ano Extraordinário da Misericórdia”. O Jubileu
trou a Diocese de São Carlos até o dia 06 de agos-
teve início no dia 08 de dezembro de 2015, na Solenidade da Imaculada Conceição, celebrando, também, os 50 anos de conclusão do Concílio Vaticano II. Na Arquidiocese de Campinas, foram definidas a Catedral Metropolitana e a Basílica Nossa Senhora do Carmo como referência para as peregrinações. No dia 13 de dezembro de 2015, saiu Procissão da Basílica Nossa Senhora do Carmo até a Catedral, onde Dom Airton presidiu a Celebração de Abertura da Porta Santa.
Fotos de celebraçõs ma Arquidiocese de Campinas/ Setor Imprensa Edição Especial - Março/Abril 2018 - 05
to de 2016, Festa da Transfiguração do Senhor, na
Foranias; motivar e preparar para a grande peregri-
Catedral São Carlos Borromeu, quando foi celebrada
nação da Arquidiocese para o Santuário Nacional de
a Missa com a Posse Canônica de Dom Paulo Cezar
Aparecida, realizada em maio de 2017.
Costa como 7º Bispo da Diocese.
A Jornada foi preparada para o período de 03 de
Inspirados pelo Ano Jubilar da Misericórdia, pelos
outubro a 08 de dezembro de 2016, com a realiza-
300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora
ção, também de uma Pré-Jornada de formação, de
Aparecida (Ano Jubilar para o Brasil), pelo Novo Pla-
julho a setembro.
no de Pastoral da Arquidiocese de Campinas e pelos
Na abertura da Jornada Missionária, dia 03 de
10 anos do Documento de Aparecida, a Arquidiocese
outubro de 2016, uma segunda-feira, mais de cinco
de Campinas decidiu pela realização do uma grande
mil peregrinos estiveram em Romaria no Santuário
Jornada Missionária no ano de 2016, que teve como
Nacional de Aparecida, onde Dom Airton presidiu a
tema “Igreja em Saída”.
Eucaristia e recebeu a Imagem Peregrina de Nossa
A JM teve como objetivos expressar o esforço da Ar-
Senhora Aparecida.
quidiocese para ser uma Igreja em saída, como discí-
De 03 a 11 de outubro, toda a Arquidiocese parti-
pulos e discípulas missionários; estruturar a anima-
cipou, nas Paróquias, da Novena de Nossa Senhora
ção missionária em todos os segmentos, a partir da
Aparecida. Na Solenidade da Padroeira do Brasil,
“Urgência da Igreja em estado permanente de mis-
Dom Airton presidiu, na Praça lotada da Catedral, a
são” do novo Plano de Pastoral Orgânica 2015-2019;
Missa do Jubileu dos Agentes de Pastoral e de Envio
fortalecer
dos agentes para a Missão.
ção das
pela missão a integraComunidades nas
No período de 12 de outubro a 08 de dezembro de
D
Arquivo Setor Imprensa
om Airton nasceu na cidade de Bom Repouso, no Sul de Minas Gerais, no dia 25 de junho de 1956, primeiro dos sete filhos
do casal José Julião dos Santos e Benedita Vieira da Fonseca. Iniciou o seu ministério sacerdotal em março de 1986, como Vigário Paroquial da Paróquia Imaculada Conceição, em Diadema (SP). No dia 19 de dezembro de 2001, foi nomeado pelo Papa João Paulo II como Bispo Titular de “Felbes” e Auxiliar para a Diocese de Santo André (SP). Recebeu a Ordenação Episcopal no dia 02 de março de 2002, em São Bernardo do Campo (SP). No dia 04 de agosto de 2004, o Papa João Paulo II o nomeou Bispo da Diocese de Mogi das Cruzes (SP), onde tomou posse canônica no dia 26 de setembro de 2004.
06 - Edição Especial - Março/Abril 2018
2016, houve um grande mutirão missionário, com
Desde sua posse, Dom Airton mostrou-se preocu-
visitas dos agentes às residências e a realidades da
pado e comprometido com as vocações sacerdotais.
Arquidiocese. Depois, de 08 de dezembro de 2016
Ao longo desses anos, a Pastoral Vocacional desen-
a maio de 2017, as Paróquias receberam a visita da
volveu um trabalho eficaz de formação, informação
Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida.
e atendimento aos jovens, tendo como fruto, nesse
No encerramento da Jornada Missionária, foi rea-
ano de 2018, o número expressivo de 58 seminaris-
lizada, no dia 27 de maio de 2017, uma Grande Pere-
tas, nas três etapas de formação, propedêutico, fi-
grinação da Arquidiocese de Campinas ao Santuário
losofia e teologia, e 3 que se encontram no ano de
Nacional de Aparecida, com a participação de mais
discernimento.
de 15 mil fieis, para marcar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora no Rio Paraíba
Na manhã do dia 25 de abril de 2018, o Santo Padre, o Papa Francisco, aceitando a renúncia de Dom
No dia 09 de julho de 2016, Dom Airton recebeu
Geraldo Lyrio Rocha, nomeou Dom Airton José dos
a Medalha Samuel Lisman de Artes, comenda con-
Santos como novo Arcebispo de Mariana, MG, trans-
ferida pela Academia Campineira de Letras e Artes
ferindo-o da Arquidiocese de Campinas.
- ACLA. Essa homenagem é conferida anualmente a
Dom Airton, na Arquidiocese de Campinas, orde-
personalidades de Campinas que tiveram relevante
nou 16 Padres Diocesanos, 5 Diáconos Permanentes
importância na vida cultural da cidade. Dom Airton
e 2 Diáconos que aguardam a Ordenação Presbite-
a recebeu pela continuidade e novo incentivo que
ral. Criou, nesse período, 15 Paróquias, sendo 6 em
deu ao trabalho desenvolvido pelo Curso de Exten-
Campinas, 2 em Hortolândia, 2 em Indaiatuba, 1 em
são de Música Litúrgica - CEMULC, pelo Coro da Ar-
Monte Mor, 1 em Paulínia, 1 em Sumaré, 1 em Vali-
quidiocese de Campinas e pelo restauro do Palácio
nhos e 1 em Vinhedo.
Episcopal, que foi destinado a ser espaço definitivo do Museu Arquidiocesano de Arte Sacra de Campi-
Mais na próxima edição...
nas. No final da Missa da Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, celebrada no dia 08 de dezembro de 2017, Dom Airton assinou, juntamente com autoridades do Tribunal do Trabalho, a Carta de Campinas pela erradicação ao trabalho infantil, com o objetivo de esclarecer a sociedade dos reais danos que o trabalho infantil acarreta às crianças e aos adolescentes e para que elas tenham respeitados os seus direitos de uma adequada formação humana e profissional, sem a responsabilidade de serem os mantenedores da sobrevivência familiar.
Dom Airton em coletiva de imprensa sobre sua nomeação para Mariana (MG). Arquivo.
Edição Especial - Março/Abril 2018 - 07
Missa do Crisma e Renovação das Promessas Sacerdotais POR BÁRBARA BERAQUET
N
a Quinta-feira Santa, 29 de março último, realizaram-se duas Celebrações Solenes na cidade de Campinas. A parte da manhã reuniu todo o clero da Arquidiocese para a Missa do Crisma, que aconteceu na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, presidida por Dom Airton José dos Santos, então Arcebispo Metropolitano. Concelebrada por todos os padres da Arquidiocese, em sinal de unidade do presbitério com o Bispo, sucessor dos Apóstolos, a Missa é marcada pela Bênção dos óleos do Batismo e para a Unção dos Enfermos e pela Consagração do óleo do Crisma; óleos que serão usados durante todo o ano na administração dos sacramentos. Nesta mesma celebração, comemorase a Instituição do Sacerdócio, com a renovação das promessas sacerdotais. “A cada ano, renovamos essa promessa e nos comprometemos a dar sequência aquilo que é a proposta de viver como padres numa sociedade como a que temos hoje - complexa, que nem sempre compreende o que significam dedicação, doação, valores permanentes”, disse o arcebispo pouco antes da celebração, sobre os compromissos fundamentais assumidos pelos sacerdotes. “Deles, não devemos tanto falar, mas fazer; vivenciá-los, experimentá-los, dar testemunho. É isso que nós, padres, tentamos fazer”, completou.
08 - Edição Especial - Março/Abril 2018
À noite, houve Missa da Ceia do Senhor e do Lavapés, também na Catedral Nossa Senhora da Conceiçã, relembrando a última ceia que Jesus tomou com seus Apóstolos, em preparação à Páscoa. Na Quinta-feira Santa, após o meio-dia, tem início o Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor. “Começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição. É o ápice do ano litúrgico porque celebra a Morte e a Ressurreição do Senhor, ‘quando Cristo realizou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus pelo seu mistério pascal, quando morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando renovou a vida’” (Diretório Litúrgico da CNBB). Fotos: Jefferson Silva
56ª Assembleia Geral dos Bispos POR BÁRBARA BERAQUET “Diretrizes para a Formação de Presbíteros” foi o bíteros aprovadas pelo episcopado, que agora serão encaminhada para o reconhecimento da Santa tema central refletido pelos bispos católicos do BraSé, o cardeal mencionou a revisão do Essil na 56ª Assembleia Geral (AG), que acontatuto Canônico da CNBB, finalizado teceu no Santuário de Aparecida, interior nesta Assembleia, e a eleição dos de São Paulo, de 11 a 20 de abril. ...convivência delegados da Conferência para o Dom Airton José dos Santos, Arcepróximo Sínodo dos Bispos sobre bispo Metropolitano à época, membro fraterna e juventude, fé e discernimento vodo Conselho Nacional Pró-Santuário e colegialidade cacional, em outubro, no Vaticano. presidente do Regional Sul 1 da CNBB Também foi divulgada uma men(Conferência Nacional dos Bispos do episcopal sagem ao povo brasileiro sobre as Brasil), participou dos trabalhos da Aseleições de 2018, um dos documentos sembleia. Em entrevista durante o enconmais esperados da 56ª Assembleia Geral da tro, foi lembrado o aniversário de seis anos desde a posse canônica de Dom Airton como Arcebispo CNBB. Nela, os bispos enfatizaram que “ao abdicaMetropolitano de Campinas, em 15 de abril de 2012, rem da ética e da busca do bem comum, muitos agenna na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora. Dom Airton tes públicos e privados tornaram-se protagonistas de agradeceu a todos que por seu ministério tem rezado. um cenário desolador“. “O ministério fecundo não depende apenas do bispo, depende também deste relacionamento e desta confiança na ação do espírito Santo na Igreja”, observou. O evento encerrou-se com missa na manhã do dia 20, em que o Cardeal Sergio da Rocha agradeceu, em sua homilia, entre inúmeras novidades, a aprovação do documento sobre a formação dos presbíteros da Igreja no Brasil. O presidente da CNBB finalizou a homilia pedindo a bênção de Nossa Senhora Aparecida. Após o encerramento, Dom Sergio fez um balanço da Assembleia, espaço que considerou privilegiado para a convivência fraterna e colegialidade episcopal. Além das novas diretrizes para a formação de presFotos: João Costa
“
”
Edição Especial - Março/Abril 2018 - 09
Os 110 anos
da Diocese de Campinas POR BÁRBARA BERAQUET
A
missão evangelizadora da Igreja Particular
de Goiases”, a trilha aberta entre 1721 e 1730 ganha-
de Campinas começa em 1908, com Papa
ria ainda vários nomes e, mais tarde, em 1842, nossa
São Pio X. Em 1958, Pio XII criaria a Ar-
cidade das andorinhas receberia
quidiocese de Campinas. Mas, antes disso, muitos passos seriam dados na história de Fé de nosso povo. Campinas nasceu da necessidade de abrirem-se caminhos para o Sertão de Goiás e Mato Grosso. Primeiramente chamada de “Caminho
“Em 1944, a
Diocese de Campinas foi dividida pela primeira vez
”
seu atual nome. Fundada
oficialmente
em 14 de julho de 1774, o nascimento de Campinas se funde à devoção e fé da gente de então, já que a data é marcada pela primeira missa na Capela Provisória, presidida pelo Frei
Antônio de Pádua, primeiro Vigário da nova Paróquia, na “Freguesia Nossa Senhora da Conceição das Campinas de Mato Grosso”. A capela havia sido erigida por iniciativa de Frei Dom Manuel Ressurreição, terceiro Bispo de São Paulo. Ela se situava onde hoje está a Praça Bento Quirino, no Centro da cidade. Em 1807, começava a construção da Matriz Nova de Nossa Senhora da Conceição, hoje Catedral Metropolitana, que passa por restauro atualmente. Seu término, no entanto, por questões de recursos, só se daria 76 anos depois, em 08 de dezembro de 1883. Nesta época, as cidades do Estado e, portanto, de nossa região, faziam parte da Diocese de São Paulo, até a assinatura de Papa Pio X à Bula “Dioecesium
Imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição Catedral Metropolitana de Campinas. Arquivo.
10 - Edição Especial - Março/Abril 2018
nimian amplitudinem”, criando a Província Eclesiástica de São Paulo e cinco Sedes Episcopais: Campi-
“À frente da
Diocese, um monumento vivo, Dom João Batista Correa Nery
”
nas, São Carlos do Pinhal, Taubaté, Botucatu e Ribeirão Preto.
“Capela Provisória”da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso (1774), segundo visão de José de Castro Mendes. Óleo de 1963. Acervo: MLPM
Assim, criada em 07 de junho de 1908, a Diocese possuía uma imensa área territorial. A proclamação e execução da Bula - e consequente inauguração da Diocese de Campinas - , por ordem do Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, foi feita no dia 18 de outubro de 1908, na nova Catedral, então Matriz de Nossa Senhora da Conceição, por Monsenhor Francisco de Campos Barre-
Primeira página da Bula de criação da Diocese de Campinas. Arquivo.
to. A proclamação e execução da Bula e consequente inauguração da Diocese de Campinas, por ordem do Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, foi feita no dia 18 de outubro de 1908, na nova Catedral, então Matriz de Nossa Senhora da Conceição, por Monsenhor Francisco de Campos Barreto. À frente da Diocese, um monumento vivo, Dom João Batista Correa Nery, primeiro bispo, que chegou à cidade em 30 de outubro daquele ano, recebido com grande festa pela população. Dom Nery, campineiro que havia sido pároco da Matriz Velha, então Paróquia Santa Cruz e anteriormente o primeiro bispo das dioceses do Espírito Santo e Pouso Alegre, tomava posse canônica em 1 de novembro.
Cartão postal colorizado do início do século XX do Largo da Matriz velha, atualmente conhecido como Largo do Carmo. Internet.
Edição Especial - Março/Abril 2018 - 11
Reunião da Comissão encarregada da fundação do Bispado de Campinas, realizada em um jantar na residência do Sr. Antonio do Amaral Lapa, em 14 de maio de 1907. Da esquerda para a direita, ao alto: D. João Batista Correa Nery, Padre Péricles Barbosa, D. Duarte Leopoldo, Cônego Octávio Chagas de Miranda, Cônego Esequias Galvão Fontoura. De pé, embaixo: Henrique de Barcelos, Vicente Fragoso Ferrão, Sabino de Barros, Vitor Brenneisen, Antonio Benedito de Castro Mendes, Dr. João Assis Lopes Martins, Dr. Heitor Penteado, Cel. Antonio Alvaro de Sousa Camargo, Dr. Paulo Lobo, Cel. José Teixeira Nogueira de Camargo, Julio Frank de Arruda, Benedicto Octávio, Dr. Antonio Rodrigues de Mello, Leopoldo do Amaral. Sentados: Antonio Carlos do Amaral Lapa, Cônego Manoel Ribas de Ávilla, Cônego Pedro dos Santos, Cônego Francisco de Campos Barreto, ao alto, na escada, Antonio Lapa Filho. Acervo: MAAS-Campinas. Abaixo, folha de abertura da Carta Pastoral de Dom João Baptista Corrêa Nery, primeiro bispo de Campinas. Em 1944, a Diocese de Campinas foi dividida pela primeira vez. Por Decreto, Papa Pio XII criava a Diocese de Piracicaba, e, em 1976, no Pontificado de Paulo VI, surgia a segunda diocese desmembrada de Campinas, a Diocese de Limeira. Atendendo ao pedido de desmembramento, em 1997 o Papa São João Paulo II criou a Diocese de Amparo e, neste momento, a Diocese de Campinas passa a exibir sua configuração como é hoje, composta pelos municípios de Campinas, Elias Fausto, Hortolândia, Indaiatuba, Monte Mor, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Dez anos atrás, de junho de 2007 a dezembro de 2008, foi celebrado o Ano Jubilar em comemoração ao centenário da Diocese de Campinas e cinquentenário da elevação à Arquidiocese.
12 - Edição Especial - Março/Abril 2018
Exposição no MAAS
pelos 110 anos da Diocese
P
ara celebrar os 110 anos da Diocese de Campinas, criada em 07 de junho de 1908, o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra da
Arquidiocese de Campinas promove, no período de 11 de maio a 09 de julho, a exposição “No Cálice, A Comunhão: 110 Anos da Diocese de Campinas”. Cálices dos bispos e das paróquias da Arquidiocese podem ser apreciados em seu valor histórico e religioso, além de outras peças que contam a jornada de 110 anos da Diocese. O MAAS-Campinas está situado no Palácio Episcopal, no Bairro Nova Campinas. Mais informações po-
Divulgação
Cálice de Dom Bruno Gamberini. Cálice de celebração do Papa Pio XII - Castel Gandolfo, de Monsenhor Euclides Senna. Ao fundo, cálice de Dom João Nery. Acervo: MAAS-Campinas. Fotos de João Costa
dem ser obtidas pelo telefone (19) 3790.3950.
Edição Especial - Março/Abril 2018 - 13
UBUNTU “Eu sou porque nós somos” Por Padre Antonio Rodrigues Alves No continente africano, grupo de dez missionários brasileiros conhece a realidade de crianças, jovens, adultos e idosos de Moçambique e volta com a sensação de “quero mais”. Por meio do relato do diretor espiritual do grupo, padre Antonio Rodrigues Alves, conheça um pouco da experiência vivida por eles com o povo bom e feliz daquele país
A
mélia é uma dona de casa como milhões
ta luta, muitas conquistas, mas também muito
de outras espalhadas por Moçambique. É
sofrimento. Pareceu-nos difícil pensar
evangélica, mas seus filhos são católicos.
que um povo tão sofrido, tão carente,
Uma família cristã, portanto, como a maioria dos 24
possa viver uma filosofia tão bonita
milhões de habitantes do país.
como a que dá nome à nossa Mis-
A dona de casa acolheu o nosso grupo de brasileiros com alegria, uma característica marcante e arre-
são: UBUNTU – “Eu sou porque nós somos”.
batadora do povo moçambicano, no país localizado
Conhecer Moçambique foi uma
no sudeste do continente africano, e que sofre com o
experiência única, marcante e ne-
descaso do poder público em relação a questões tão
cessária. Obrigou-nos a repensar a
essenciais quanto saúde e educação.
forma como encaramos a vida. Espera-
Recebido por essa tradicional família de Moçambique, o grupo de brasileiros experimenta a “xima”, comida típica do país. Por lá, prevalece ainda a agricultura de subsistência. Na maior parte dos locais vi-
mos que essas histórias inspirem os leitores como inspiraram a cada um de nós que lá esteve.
A missão vivida em dez dias
sitados por nós, em especial os centros de acolhimento, planta-se o que será consumido. A base alimentar
Essa experiência missionária nasceu a partir do
da população é de muito carboidrato, coco e amen-
desejo de um grupo de brasileiros em conhecer a
doim. Os legumes são grandes e viçosos, graças ao
realidade do continente africano. Moçambique foi
clima e à terra favoráveis à agricultura e às sementes
escolhido por conta de a língua oficial do país ser o
vindas da Europa.
Português.
Durante a missão, experimentamos, ouvimos e
Os primeiros contatos foram feitos com os missio-
vimos muitas histórias de vida inspiradoras, mui-
nários da Consolata, por meio do padre Ramón Ca-
14 - Edição Especial - Março/Abril 2018
zallas Serrano que nos aproximou do padre Álvaro,
precisam de orientação e apoio psicológico, jurídico,
responsável pelo Centro de Espiritualidade Missio-
espiritual e clínico. São atendidas cerca de 200 famí-
nária em Maputo, capital de Moçambique.
lias.
Formado por dez pessoas - Alice e Osvaldo Santos,
Outras experiências foram na Casa das Irmãs Hos-
Ana Argolo, Andrea Pontes, Eneida e Lúcio, Daniel-
pitaleiras, que cuidam de doentes mentais, e na Casa
le Lourenço, Talita Pavan, Tânia Alves e eu, padre
da Alegria, lugar de acolhimento de crianças e adul-
Antonio Rodrigues Alves, diretor espiritual do gru-
tos com o vírus HIV. Ali, as irmãs missionárias da ca-
po –, realizamos reuniões e encontros no Brasil para
ridade cuidam de todos com muito carinho e amor,
nos prepararmos melhor para os dez dias de missão,
seguindo o carisma da sua fundadora, Santa Madre
contando com a colaboração sempre pronta do padre
Teresa de Calcutá.
Paulo Mzé. O roteiro foi organizado pelo Padre Álvaro e pela Irmã Hélia Sange, Apóstola do Sagra-
Duas escolas e um menino fotógrafo
do Coração de Jesus, de forma que pudéssemos conhecer vários projetos e as realidades de Maputo.
A fim de conhecer projetos voltados à educação, o grupo visitou as escolas Força do Povo e Imaculada.
Um desse projetos foi o Centro
Na primeira visita, fomos acolhidos calorosamente
Hakumana que significa “Cuida
por alguns alunos. A escola Força do Povo é compos-
bem dele”. Apesar de enfrentarem
ta por cerca de 3.600 jovens, que nos brindaram com
dificuldades estruturais e financeiras,
uma apresentação artística de danças tradicionais da
realizam um trabalho fenomenal aco-
cultura africana.
lhendo as pessoas que sofreram abusos
Ficamos chocados ao descobrir que a escola contava
e mulheres que contraíram o vírus do HIV e
com apenas dois computadores para atender a esses
Na primeira imagem, Centro de Espiritualidade Consolata, ao lado, missionários do Brasil. Fotos: Padre Antonio Alves Edição Especial - Março/Abril 2018 - 15
milhares de jovens. Graças à colaboração de pessoas
mesmas, que se emocionaram e nos comoveram ao
do Brasil, que não participaram da missão, mas qui-
relatar suas vidas. Encerramos a visita com atividades recreativas e presenteamos a escola
seram estar presentes de algum modo, foi possível a doação de mais um computador para essa escola. Já a escola Imaculada atende cerca de 1.400 crianças, de 1ª à 7ª classe. Conhecemos a realidade e a rotina dessas
“...histórias de
vida inspiradoras, muita luta, muitas conquistas
crianças, contadas por elas
”
com um kit fantoche confeccionado pelo Grupo Primavera, que fez questão de doar dez kits. Tivemos ainda a grata surpresa de ver esses momentos registrados em muitas e belas fotos tiradas pelo Carlos, aluno da escola e amante de fotografia. Foi surpreendente perceber que,
mesmo com o descaso do poder público, há escolas no país que são modelos graças à presença da Igreja Católica e ao trabalho realizado pelas religiosas e religiosos que administram tais instituições. Também vistamos a Casa dos Gaiatos, que acolhe crianças e jovens abandonados que viviam nas ruas. Nesse local, o mais velho é responsável pelo mais novo e todos realizam as tarefas com muita propriedade e zelo. Esses meninos nos ensinaram: “Somos
16 - Edição Especial - Março/Abril 2018
uma família e temos uma mama, a leiga brasileira,
e finais de semana participamos da vida das comuni-
Quitéria”. Mama Quitéria vive há 14 anos em Maputo
dades eclesiais.
cuidando desta obra.
Os dez dias de missão na capital Maputo, em Mo-
Por fim, visitamos a instituição Dom Orione, que
çambique, deixaram um gostinho de “quero mais”.
cuida de 40 crianças com necessidades especiais.
Foi nítido este sentimento em todos os dez missioná-
Partimos do Brasil no dia 11 de agosto de 2017 e re-
rios de nosso grupo. Que a Mãe da África, a mesma
gressamos no dia 27, pois aproveitamos a oportuni-
Mãe de Deus e Nossa, a Senhora Aparecida cubra o
dade para conhecer melhor o continente africano,
povo moçambicano com o seu manto de ternura e
visitando também outros países.
amor.
Gostinho de “quero mais”
Que o bom Deus abençoe e guarde a todos os missionários e missionárias que vivem junto daquele povo bom e feliz!
Nosso local de referência foi o Centro de Espiritualidade Missionária da Consolata. De lá, partíamos diariamente para as visitas programadas e nas noites
Casa das Irmãs Hospitaleiras, casa da dona de casa Amélia, Kit fantoche confeccionado pelo Grupo Primavera, Casa da Alegria e, ao lado, Lar dos Idosos. Fotos de Padre Antonio Alves.
Edição Especial - Março/Abril 2018 - 17
Maio, mês de Maria POR BÁRBARA BERAQUET
M
aio é o mês dedicado a Nossa Senhora, pela piedade cristã, um período em que nos inspiramos a dirigir nossas orações à Mãe querida, pedindo por sua intercessão junto ao Pai. Viemos de um ano especial, o Ano Mariano.
Fotos: Arquivo 18 - Edição Especial - Março/Abril 2018
Completaram-se 300 anos desde o encontro da Imagem bendita de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, resgatada pelas redes de três pescadores nas águas do Rio Paraíba do Sul (SP), em 1717. Assim, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu o Ano Nacional Mariano, tempo propício para contemplar a Rainha e Padroeira do Brasil, modelo de fé e seguimento do Cristo. O ano teve início em 12 de outubro de 2016, Solenidade da Padroeira do Brasil, concluindo-se no dia 11 de outubro de 2017. Na Arquidiocese de Campinas, além de momentos de oração e fé envolvendo toda a diocese, Foranias, Paróquias e Comunidades organizaram diversas atividades para viver o ano jubilar, celebrar, comemorar e reaprender com Nossa Senhora Aparecida. Por onde passou sua milagrosa imagem, além de homenagens, o povo pediu graças e sua generosa intercessão junto ao Pai. Duas grandes peregrinações ao Santuário de Aparecida (SP) fizeram parte da programação na Arquidiocese. Ainda, no ano passado, completaram-se cem anos da aparição de Fátima, em 13 de maio, uma devoção também muito presente entre o povo brasileiro.
Exortação apostólica “Gaudete et Exsultate” POR BÁRBARA BERAQUET “Alegrai-vos e exultai”: assim se repetem as pa-
oferece a todos, ninguém se exclui. Por isso, consti-
lavras que Jesus dirige “aos que são perseguidos
tui o caráter definitivo de cada cristão. Para ser san-
ou humilhados por causa d’Ele”. Este é o assunto
to, não precisa ser bispo, padre ou religioso, todos
da nova Exortação Apostólica do Papa Francisco,
somos chamados a ser santo”, afirma o Papa.
“Gaudete et Exsultate”, sobre o chamado à santidade no mundo contemporâneo, apresentada na manhã do dia 09 de abril, na Sala de Imprensa da Santa Sé. “O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não
É neste sentimento, que o Sumo Pontífice deseja apresentar a sua nova exortação apostóli-
“...mantém o
ca sobre a santidade no mundo contemporâneo. Em seu texto, ele
convite que o Papa Francisco tem feito continuamente
nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa. Com efeito, a chamada
”
pede que não se espere dessa exortação um tratado sobre a santidade com muitas definições e distinções que poderiam ser fei-
tas sobre os meios de santificação, mas sim, carrega o objetivo humilde, como o
à santidade está patente, de várias maneiras, desde
Santo Padre coloca, de “fazer ressoar mais uma vez
as primeiras páginas da Bíblia; a Abraão, o Senhor
a chamada à santidade, procurando encarná-la no
propô-la nestes termos: «anda na minha presença e
contexto atual, com os seus riscos, desafios e opor-
sê perfeito» (Gn 17, 1).”
tunidades, porque o Senhor escolheu cada um de
O trecho, que dá início ao texto, mantém o convite que o Papa Francisco tem feito continuamente des-
nós «para ser santo e irrepreensível na sua presença, no amor»” (cf. Ef 1, 4).
de o início de seu papado. Em suas homilias, mensa-
Nos cinco capítulos e 44 páginas do documento, o
gens e documentos, o Santo Padre sempre reforça o
Papa segue a linha de seu magistério mais profun-
chamado a todos os cristãos de buscar uma vida de
do, a Igreja próxima à “carne de Cristo sofredor”.
santidade: “Todos os cristãos, enquanto batizados,
Com 177 parágrafos, a Exortação Apostólica “Gau-
têm igual dignidade diante do Senhor e são unidos
dete et Exsultate” pode ser acessada em seu link ori-
na mesma vocação que é a santidade. É um dom que
ginal, pelo site da Santa Sé: w2.vatican.va.
Edição Especial - Março/Abril 2018 - 19
Atos do Governo Arquidiocesano Decretos, atos, provisões ou nomeações assinados por Dom Airton José dos Santos, Administrador Diocesano
Chancelaria do Arcebispado Comunicamos que os documentos expedidos pela chancelaria do Arcebispado estão disponíveis para consulta no portal da Arquidiocese de Campinas pelos links “Atos de Governo”, “Chancelaria”, ou, ainda http://arquidiocesecampinas.com/chancelaria_/ (Fechamento desta edição em 02 de maio de 2018)
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EXPEDIENTE Boletim A Tribuna - Edição Especial 110 anos da Diocese de Campinas Publicação do Setor Imprensa da Arquidiocese de Campinas – SP Administrador Diocesano: Dom Airton José dos Santos Direção: Padre Antonio Alves (Assessor de Comunicação) Editora-chefe: Bárbara Beraquet (MTb 37.454)Jornalista: Wilson Antonio Cassanti (MTb 32.422)
Apoio: Padre Rafael Capelato João do Carmo Costa
Composição própria Distribuição gratuita Impressão: RIP Editores Gráficos Tiragem: 10 mil exemplares
Estagiária da PUC-Campinas: Giovanna Bartocci Arte e Diagramação: Bárbara Beraquet
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