Projeto de Requalificação Urbana do Bairro Forte São João - Vitória - ES

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REQUALIFICAÇÃO DO BAIRRO Matheus Vieira – Nathália Sodré


Este trabalho aborda as possibilidades de implantação de um jardim de infância com função complementar à demanda da comunidade do Forte São João, articulado à praça comunitária, com diversas formas de usos.


ENTORNO O terreno se localiza no alto do Forte São João, com rica participação das pessoas no precário espaço urbano disponível, com vista privilegiada da Baía de Vitória.

ACESSOS Os acessos, resumidamente composto por becos, vielas, escadarias e rampas irregulares, recebe tratamento e regularização de seus níveis, de acordo com a curva de nível na qual se insere, respeitando, sobretudo os acessos das residências ao redor.


A ideia nasce a partir do sentido amplo de comunidade, de equipamento urbano a partir da existência de pluralidade de necessidades. Dessa maneira, uma praça com múltiplos usos deveria atender aos diversos usuários, de idades diferentes e interesses afins.

AMENDOEIRA EXISTENTE


Para utilizar as características da topografia local, dois níveis de praça foram propostos, de maneira que são complementares, com desenho geométrico, movimento e lúdico, com caminhos, espaços de permanência, diversão e jogos.



Foi agregado ainda, a presença de paisagismo de pequeno, médio e grande porte. A amendoeira pré-existente, que sombreia todo o terreno, recebe balanços para que as crianças possam aproveitar sua sombra e interagir sob ela.


No trecho mais elevado, um pomar é proposto para enriquecer a vivência infantil com a natureza. Sobre o volume da creche, pequenas vegetações humanizam o espaço público e delimitam os usos.


Na praรงa abaixo da creche, um campo de tamanho reduzido atende seus respectivos jogos, ao passo que articula outros espaรงos ao seu redor, como parquinho e solarium.


Maria Tecla Artemisia Montessori (31 de agosto de 1870 — 6 de maio de 1952) foi uma educadora, médica e pedagoga. Conhecida pelo método educativo que desenvolveu e que ainda é usado hoje em dia em escolas públicas e privadas mundo afora. Destacou a importância da liberdade, da atividade e do estímulo para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Para ela, liberdade e disciplina se equilibrariam, não sendo possível conquistar uma sem a outra. Adoptou o princípio da auto educação, que consiste na interferência mínima dos professores, pois a aprendizagem teria como base o espaço escolar e o material didático.


JARDIM DE INFÂNCIA Da mesma maneira, o jardim de infância deveria receber crianças de 6 meses a 3 anos, para suprir a necessidade da creche já instalada na comunidade. Por isso, duas salas foram priorizadas no programa: uma para crianças de 6 a 18 meses e outra para 18 meses a 3 anos. Os espaços buscam atender a demanda administrativa para funcionamento da creche, com dependências para suprir o uso exclusivo de funcionários e acesso para carga e descarga. Houve uma busca para enriquecimento da proposta na pedagogia Waldorf, que defende a educação de crianças como um processo natural, participativo, amplo e fora do padrão de creches didático-normativas.



JARDIM DE INFÂNCIA

Por isso, a proximidade com a praça foi fator agregador na proposta, visto que a vivência de crianças no espaço urbano é um passo para a compreensão de si mesmo e da leitura da realidade a sua volta, bem como a sua participação e opinião dos espaços construídos nos quais se insere.


JARDIM DE INFÂNCIA

Assim, a pequena escala e o lúdico contribuem para aflorar e estimular suas mentes nesse período ricamente criativo e de alta absorção de informações.


JARDIM DE INFÂNCIA - PRAÇA


Lançar novos olhares sobre realidades diferentes ampliam as possibilidades de atuação do arquiteto e da própria comunidade envolvida. Sobretudo, quando se trata de um equipamento educacional, é desafiadora a perspectiva de apresentar um programa que refletirá no desenvolvimento e formação de crianças. Longe do ensino padrão consolidado, mas com foco na possibilidade de gerar novos cidadãos, com visão coletiva e percepção do espaço urbano como meio de transformação social local.



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