Semanário da Arquidiocese de Goiânia – XIV Edição – 23 de agosto de 2014
Vocação laical: “Ide vós também para a minha vinha” (Mt 20,1-2)
chamado para os ministérios e serviços na comunidade pág.
CANTO LITÚRGICO
CRÔNICA DE ROMA
PALAVRA DE DEUS
Duas novidades deram o tom da edição jubilar que celebrou os 25 anos dos Cursos de Canto Litúrgico da Arquidiocese de Goiânia.
O novo texto do padre Rafael Vieira aborda as viagens pontifícias, de modo especial as do papa Francisco: “cenas de teor histórico de grande peso...” pág.
Em sua nova proposta de leitura orante da Palavra, Dom Waldemar faz uma analogia entre saciar a sede e a oração quando buscamos a Deus. pág.
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Arquidiocese de Goiânia
PALAVRA DO ARCEBISPO
O Domingo: “Páscoa semanal”
DOM WASHINGTON CRUZ, CP Arcebispo Metropolitano de Goiânia
PALAVRA DO ARCEBISPO
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EDITORIAL
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ntre todos os nomes que se dão ao Domingo destaca “o dia da Eucaristia”. A Eucaristia está ligada ao domingo desde as origens. O Domingo e a Eucaristia são inseparáveis. É o dia reservado para a Eucaristia. A Igreja não pode viver sem a Eucaristia dominical. Essa afirmação a ratificaram com seu sangue no século IV os famosos mártires do Norte da África, em Abitínia. O imperador Diocleciano lhes proibiu reunir-se. Certo dia foram surpreendidos na reunião da Eucaristia dominical, quase cinquenta cristãos, entre os quais havia pessoas importantes da sociedade e também jovens e crianças. As atas do processo judicial, que foram conservadas, transcrevem minuciosamente o diálogo, a condenação e as torturas. Todos morreram, um após o outro, para amedrontar os seguintes, em meio a tormentos inenarráveis. Com coragem, esperança e paz foram dando testemunho de sua fé que ficou plasmado em uma frase lapidária:
“Sem a Eucaristia não podemos vi- Os discípulos de Emaús o recover”. O presbítero Saturnino disse: nheceram “ao partir o pão” já que “Celebramos tranquilamente o dia esse gesto lhes fez lembrar a Última do Senhor porque esta celebração Ceia, que foi a primeira Eucaristia. não pode ser omitida”. Até uma Da Eucaristia depende a vida da criança, chamada Hilariano, sem Igreja. Quando nos reunimos nos medo dos tormentos disse: “Eu sou reconhecemos, nos saudamos, nos cristão, e espontaneamente e por unimos, cantamos e rezamos junprópria vontade assisti à reunião, tos. Animamo-nos. Cresce a fé, a junto com meu pai e meus irmãos... esperança, a caridade, a fortaleza e (Atas dos Mártires, BAC 75, pp 975- a alegria de ser cristãos. Enchemo994). Ao comparar-nos com esses -nos de felicidade e paz. Saímos da heróis fervorosos sentimos certa Eucaristia para a vida, felizes, renovergonha e inveja por nossas atitu- vados, missionários para o mundo. des às vezes tíbias e incômodas. “A Igreja faz a Eucaristia e a Esta narração demonstra que Eucaristia faz a Igreja”. Os crisos primeiros cristãos entenderam tãos puderam caminhar, através bem a transcendência da celebra- da história, fortalecidos pelo mais ção da Eucaristia apreciado alimendominical. A ela nos Quando nos reunimos nos to espiritual que é remete o documento reconhecemos, nos sauda- o próprio Senhor. conciliar sobre a re- mos, nos unimos, cantamos A Eucaristia é o forma litúrgica. “Por e rezamos juntos. Animamo- dom por excelêntradição apostólica -nos. Cresce a fé, a esperança, cia porque o próque tem sua origem prio Senhor se dá a caridade, a fortaleza e a do dia mesmo da em alimento. A alegria de ser cristãos. Ressurreição de Crispresença salvadoto, a Igreja celebra cada oitavo dia ra de Jesus na Eucaristia é o que de o Mistério Pascal. Esse dia chama- mais precioso tem a Igreja em seu -se justamente dia do Senhor ou caminhar na história. A celebração domingo” (SC 106). Eucarística é o centro do processo O Senhor Ressuscitado se mani- de crescimento da Igreja. Há um festa especialmente na reunião dos influxo causal da Eucaristia nas crentes na Eucaristia do domingo. próprias origens da Igreja e em seu Recordamos que o Apóstolo Tomé desenvolvimento. Enquanto hounão esteve num domingo na reu- ver Eucaristia haverá Igreja. São nião dos discípulos e perdeu a ale- João Paulo II constatava com pena gria de ver o Senhor Ressuscitado, que, por abandonar a Eucaristia naquele dia... Quando, após oito do domingo, se havia esfriado a fé dias, acudiu à reunião, pôde vê-lo. em sociedades outrora claramente
cristãs e missionárias. E chamou esse dado de fato “perda da memória cristã” que acontece quando se segue uma antropologia sem Deus, mas ao mesmo tempo com sede da verdade. “Na consciência de muitos fiéis parece enfraquecer não só o sentido da centralidade da Eucaristia, mas até mesmo o sentido do dever de dar graças ao Senhor, rezando-lhe unido com os demais no seio da comunidade eclesial” (DD n. 6). A Eucaristia, diz o mesmo papa, é o antídoto para a indiferença, a secularização e o abandono da fé. O Ressuscitado se torna presente entre nós e nos acompanha. Enquanto se continuar celebrando a Eucaristia haverá comunidades cristãs fervorosas. Por isso, animou os católicos a recuperarem o domingo com a celebração reiterada da Eucaristia, que continuará atraindo os que não creem e ajudando a voltar os que abandonaram a prática religiosa. Para recuperar o sentido religioso da vida, diz São João Paulo II: “renovo, portanto, o convite a recuperar o sentido mais profundo do dia do Senhor, para que seja santificado com a participação na Eucaristia e com o descanso cheio de fraternidade e regozijo cristão. Que se celebre como centro de todo o culto, prenúncio incessante da vida sem fim, que reanima a esperança e alenta na caminhada” (EE 82). “Eis o dia que o Senhor fez para nós: exultemos e cantemos de alegria” (Sl 118).
Portanto, nos cinco dias coreanos, começou a realizar-se um sonho, anunciando uma missão sem confins. E antes de tudo, Francisco dirigiu-se a todos os habitantes de um país vivaz, onde os católicos são uma minoria importante em rápido crescimento e onde o papa, com a beatificação de 124 mártires, celebrou as origens heroicas de uma Igreja jovem, nascida de leigos entre o fim do século XVIII e o início do século XIX. Depois, começou um diálogo duplo: com os jovens da Ásia, que aqui realizaram o seu sexto encontro, e com um grupo de bispos do continente. (...) Por conseguinte, ressoou de forma muito clara a palavra do papa dirigida a toda a península coreana e a todo o continente asiático, onde vive a maioria da humanida-
mártires, em grande parte leiga e na maioria anônimos, e muito tempo antes, quando o caminho de Cristo foi testemunhado em algumas regiões do continente asiático. Foi fundamental, sobretudo, o discurso aos bispos da Ásia, sobre o diálogo que é constitutivo da identidade cristã e, portanto, está na base da missão da Igreja: meio século depois, nos conteúdos e nos acontecimentos, um forte relançamento da Ecclesiam suam, a encíclica programática de Paulo VI. A Igreja cresce não por proselitismo, mas por atração, voltou a recordar o papa, citando as palavras de Bento XVI. Atração que deriva do abrir-se ao outro para caminhar juntos, na presença de Deus.
EDITORIAL
Caro leitor
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alando aos bispos asiáticos, Francisco apresentou-se como o “irmão Papa” e essa definição, tanto eficaz quanto expressiva de uma evidência geralmente sentida, ajuda a compreender os consensos que suscitou a sua visita à Coreia, e certamente não só entre os católicos. Terceira viagem internacional do pontificado e, depois das de João Paulo II em 1984 e em 1989, terceira de um Pontífice ao “país da calma manhã” em apenas trinta anos, foi também a primeira ao Extremo Oriente de Bergoglio, que ainda jovem jesuíta desejava ser missionário nessas terras.
Publicação semanal da Arquidiocese de Goiânia cujo objetivo é informar e formar sobre as atividades e ações da Igreja no Brasil e no mundo. Sugira, dê suas opiniões ou sugestões de pauta pelo e-mail jornal@arquidiocesedegoiania.org.br
de, apresentando-se precisamente como a de um irmão que soube tornar-se próximo para abrir os seus braços a todos, sem distinções. E a exortação que Francisco deixou nesta viagem asiática foi o próprio coração do Evangelho de Cristo: adorar a Deus e fazer o bem, disse o Pontífice aos milhares de jovens que vieram à Coreia do continente inteiro e que, com esta mensagem, agora voltam para os seus países. Francisco deixa transparecer o Evangelho com os seus gestos e com as suas palavras: por este motivo a essência do anúncio cristão vivido tão radicalmente pelo papa foi sentida na sua autenticidade pelos crentes, mas também por quantos não se reconhecem em religião alguma. Assim aconteceu nas origens da Igreja na Coreia, na vida dos
Responsável: Dom Waldemar Passini, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia e vigário episcopal para a Comunicação Coordenador do Vicom: Pe. Warlen Maxwell Silva Reis Coordenador do jornal: Pe. Elenivaldo Manoel Santos Jornalista Responsável: Fúlvio Costa (MTB 8.674/DF) Redação: Fúlvio Costa Revisão: Jane Greco e Thais de Oliveira
(Editorial do Diretor do jornal L’Osservatore Romano - 18/8/2014)
Diagramação e planejamento gráfico: Ana Paula Mota Tiragem: 50 mil exemplares Impressão: Gráfica Scala Publicidade: Edmário da Silva Contatos: jornal@arquidiocesedegoiania.org.br / encontrosemanal@gmail.com Fone: (62) 3229-2683/2673
Arquidiocese de Goiânia
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ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO
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45ª edição dos Cursos de Canto Litúrgico da Arquidiocese de Goiânia, que este ano celebrou jubileu de prata, contou com a participação de 700 pessoas de diversas paróquias. Durante o evento, que aconteceu no dia 16 de agosto, foram recordadas todas as pessoas que contribuíram para que os cursos acontecessem de forma ininterrupta desde 1989. O arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, que participou durante todo o curso, presidiu a
celebração eucarística no encerramento e pediu o anúncio de duas novidades à Pastoral da Música Litúrgica: a constituição de um coral arquidiocesano para a solenidade de Corpus Christi do próximo ano e a fundação da Academia Santa Cecília de Música Sacra da Arquidiocese de Goiânia, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Padre Antônio Donizeth do Nascimento coordenou o curso com o auxílio de Leonice Ângela e José Reinaldo, além dos demais membros da equipe.
Notas Encontro de Espiritualidade e Formação da Pastoral Carcerária No dia 13 de setembro, das 8h30 às 13h, acontece, no Centro Loyola de Fé e Cultura, o Encontro de Espiritualidade e Formação da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Goiânia. Todos os agentes estão convidados a participar. É solicitado que os participantes levem Bíblia e caderno de anotações, além de lanche para partilha. A taxa de inscrição custa R$ 15,00, com almoço incluso. Os interessados devem confirmar presença enviando a ficha de inscrição pelo e-mail ramoncurado@gmail.com ou mcpetra@gmail.com ou ainda entregar na Cúria Metropolitana, no centro da capital.
Paróquia celebra Nossa Senhora da Assunção
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Cursos profissionalizantes A Paróquia São Francisco de Assis, do Setor Leste Universitário, em Goiânia, em parceria com o Projeto Social Paz e Bem, oferece cursos profissionalizantes gratuitos nas áreas de montagem e manutenção de microcomputadores, informática e programação básica. Os interessados podem procurar a secretaria do projeto na Rua 41, esquina com a Rua 2, Qd. A 19, Bairro Jardim Goiás, em frente ao auditório da CELG. São também oferecidos outros cursos, como inglês, dança, esporte e estudo dirigido. Mais informações: Tel.: 3218-1459/3956-3999. E-mail: contato@paroquiasfrancisco.org.br
A Festa em louvor à padroeira da Paróquia Nossa Senhora da Assunção foi celebrada nos dias 8 a 17 de agosto e reuniu cerca de 40 mil pessoas. Durante toda a semana houve missas diárias às 19h30, seguidas de quermesses e shows. Padres de outras comunidades e o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, também presidiram missas.
33º Encontro Regional de Presbíteros do Regional Centro-Oeste
IGREJA DE GOIÂNIA
Edição jubilar dos cursos de canto litúrgico apresenta novidades para a Arquidiocese
Este ano estiveram presentes a cantora Fafá de Belém, Adriana Arydes, Maria Eugênia, além da Banda Dominus. A comunidade também participou do bingo de um carro zero km e do sorteio de vários brindes. No encerramento, o pároco, padre Marcos Rogério, celebrou a missa que teve logo depois a coroação da imagem de Nossa Senhora. Padre Marcos também fez uma de homenagem a todas as equipes de trabalho, em agradecimento ao sim de cada servo, patrocinadores e apoiadores que acreditaram no valor dessa novena que é tradição na cidade. Informações de Alessa Campos
De 25 a 28 de agosto, acontece o 33º Encontro Regional de Presbíteros do Regional Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal) da Conferência Nacional dos Bispos do Bra-
sil (CNBB). O tema do evento é “O presbítero e a Doutrina Social da Igreja” e o lema, “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância (Jo 10,10)”. O encontro
tem ainda assessoria do padre Luiz Henrique Brandão de Figueiredo, da Arquidiocese de Goiânia, e deve reunir padres diocesanos e religiosos presentes no Regional.
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PARÓQUIA: COMUNIDADE DE COMUNIDADES
A união constrói a Paróquia Nossa Senhora da Penha
ARQUIDIOCESE DE GOIÂNIA
Acervo / Paróquia
É preciso formar o Corpo Místico de Cristo, no qual todos se integram como membros que vivem na unidade (CNBB/Doc. 100)
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esmo sendo jovem, a Paróquia Nossa Senhora da Penha do Setor Buriti Sereno I, em Aparecida de Goiânia, tem história para contar, graças à união das comunidades, ao amor pelo ideal missionário e ao projeto de Jesus Cristo, e à força de vontade dos fiéis de verem as comunidades crescerem. A história da paróquia começou em meados da década de 1980, com um pequeno grupo de casais que se reunia para oração nas casas. Com o aumento do número de participantes, o grupo sentiu a necessidade do acompanhamento de um sacerdote e logo tomou providências: foi até o centro da cidade em busca de um padre, mas a empreitada não teve êxito. Na Paróquia Santa Luzia, no Setor Novo Horizonte, conseguiram a valiosa informação com o padre Joseph Yves Marie Bernard, de que havia outro grupo se reunindo na Paróquia São João Batista, mais próxima do Setor Buriti Sereno. “Depois disso, padre Yves se reuniu
com os fiéis no dia 9 de setembro de 1981 e, na ocasião, foi formado o primeiro Conselho Administrativo e escolhida a padroeira da comunidade nascente, Nossa Senhora da Penha, com base na devoção de João Spíndola de Ataídes, um dos principais membros e fundadores da comunidade na época”, conta o administrador paroquial, padre Aurélio Vinhadele de Siqueira. Oficialmente criada, a comunidade passou a pertencer à Paróquia São João Batista, situada no bairro Garavelo B, na capital. A primeira missa na nova comunidade foi presidida pelo padre Yves em companhia do padre colaborador Alaor Rodrigues Aguiar e do então seminarista Iracy Camilo, embaixo de uma árvore, em uma área cedida pelo município, na Rua Lopes Quintas, onde anos depois seria o local da hoje igreja matriz. Em 28 de janeiro de 1984, a Paróquia de São João Batista foi confiada aos Padres Missionários Oblatos de Maria Imaculada que desenvolveram suas atividades até a data de criação da Paróquia
Nossa Senhora da Penha, no dia 8 de janeiro de 2012, conforme ata de ereção assinada pelo atual arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz. Padre Aurélio, ordenado presbítero em 2011, foi nomeado o primeiro administrador paroquial. Quase todos os pioneiros da Comunidade Nossa Senhora da Penha já faleceram, mas Ronilda Spíndola, filha de um dos casais fundadores, continua a participar da Paróquia que faz parte da sua história de vida. “Vejo o crescimento da paróquia em todas as dimensões nesses últimos anos: decisões importantes, partilhas que amadurecem, diálogos, formações, celebrações, visitas às famílias com o terço nas casas, novas pessoas assumindo a fé e o compromisso com Jesus Cristo”, comenta. Embora a paróquia tenha caminhada e futuro promissor, o padre
Aurélio relata que as dificuldades estão sempre presentes. “O tráfico e o uso de drogas ilícitas estão nas ruas, precisamos ampliar o templo da igreja matriz e é urgente o atendimento de qualidade nas quatro comunidades que compõem a paróquia”. Além desse trabalho, padre Aurélio responde também pela Paróquia Cristo Rei, em Aparecida de Goiânia, com outras seis comunidades. São fatores positivos, no entanto, segundo o sacerdote, a colaboração do Encontro de Casais na região e do diácono permanente Fernando Valadão, além da união dos paroquianos. “A festa da padroeira, celebrada neste mês de agosto, tem grandes proporções e os paroquianos têm muita disposição em trabalhar”. Padre Aurélio ainda destaca as celebrações, que primam pelo decoro litúrgico, a colaboração dos ministros e dos acólitos e coroinhas. Mas é a vida comunitária o ponto mais positivo da paróquia, segundo o padre. “Nas celebrações dos padroeiros das comunidades, todos se entreajudam, participando, colaborando, fato que gera uma unidade muito bonita entre as comunidades”.
Expediente da Secretaria: 3ª-feira a sábado, a partir das 14h Missas: 6ª-feira, às 19h30 e domingo, às 8h
Diácono permanente: Fernando Valadão
Administrador Paroquial: Pe. Aurélio Vinhadele de Siqueira
E-mail: paroquia_nspenha@hotmail.com Tel.: (62) 3983-4981
NESTA SEMANA CELEBRAM-SE Dia 27 - Santa Mônica Nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício. Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”. Como mãe fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor. Durante 33 anos suplicou pela conversão de Agostinho e, antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única
coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”. Dia 28 - Santo Agostinho Nasceu em Tagaste, no ano de 354. Africano da Tunísia, era filho de pai pagão e de mãe cristã (Santa Mônica). Espírito irrequieto e sedento de verdade, enveredou por várias correntes filosóficas e seitas, até chegar ao cristianismo. Incursionou também pelos meandros da vida amorosa, e por muito tempo viveu em companhia de uma mulher e ambos tiveram um filho. Agostinho converteu-se por volta do ano 387 e recebeu o batismo em Milão. Quem o batizou foi o célebre bispo Santo Ambrósio que, juntamente com Santa Mônica, trabalhou pela sua conversão. Retornando à sua terra, levou vida ascética. Eleito bispo de Hipona, por trinta e quatro anos esteve à frente de seu povo, ensinando-o e combatendo as heresias. Além de “Confissões”, escreveu muitas outras obras. Constitui-se, assim, num dos mais profundos pensadores do
mundo antigo. É por muitos considerado o pai do existencialismo cristão. Morreu em Hippo Regius, no dia 28 de agosto de 430. Dia 29 – Martírio de São João Batista A festa do martírio de São João Batista está ligada à dedicação da igreja construída em Sebaste, na Samaria, no suposto túmulo do Precursor de Jesus. O próprio Jesus apresenta-nos João Batista: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João Batista...” (Mt 11,11). Por denunciar o adultério de Herodes Antipas, que vivia uma união escandalosa com Herodíades, sua cunhada, acabou sendo preso em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto. Aconteceu que a filha de Herodíades, Salomé, encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista” (Mc 6,25).
DATAS COMEMORATIVAS – Dia 24: Dia das Vocações para os Ministérios e Serviços na Comunidade – Dia 25: Dia do Feirante e Dia do Soldado – Dia 28: Dia do Bancário – Dia 29: Dia Nacional de Combate ao Fumo
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CAPA
A Vocação dos leigos requer a responsabilidade de ser sal da terra e luz do mundo Hão de ser parte ativa e criativa na elaboração e execução de projetos pastorais a favor da comunidade. Isso exige, da parte dos pastores, maior abertura de mentalidade para que entendam e acolham o ‘ser’ e o ‘fazer’ do leigo na Igreja (Documento de Aparecida, nº 112)
Ronilda com Papa João Paulo II
Ana Amélia de Oliveira - Coord. da Pastoral da Criança
Leigos De grego laikós e do latim laicus. Na Idade Média era empregada a palavra laos que significa “multidão”. A partir do Concílio Vaticano II, a Igreja pretendeu superar essa compreensão e a distância entre o povo e o clero, mencionando, na Constituição Dogmática Lumen Gentium, que leigos são o povo de Deus, todos os cristãos, exceto os membros de Ordem sacra e do estado religioso (cf. LG, n. 31).
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da Igreja, protagonista na missão de servir”, afirmou. A Igreja no Brasil tem aprofundado a sua visão sobre o papel do leigo. No fim de junho foi publicado o Texto de Estudos nº 107 da CNBB, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade”, tema prioritário da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil que aconteceu em maio deste ano. O texto traz uma visão crítica das escrituras sagradas e estudos teológicos sobre a Igreja. Traz, também, indicações de ações concretas a ser desenvolvidas pelo leigo, como agente de transformação e animação nas pastorais, nos serviços e na sociedade. O material tem contribuições das bases da Igreja, inclusive dos leigos. Arquidiocese de Goiânia O trabalho desenvolvimento pelos leigos estão nas mais diversas frentes, sejam em pastorais e movimentos, ou associações, comunidades e obras sociais. Francisco Plácido Borges Júnior, 50 anos, é advogado e membro do Movimento Político pela Unidade, dos Focolares, cujo objetivo é suscitar uma corrente de prática política pela construção do bem comum. “O movimento tem dado uma inestimável contribuição para o amadurecimento da vida política; levamos a mensagem de que a luta não é pela conquista do poder a fim de servir-se dele, mas um serviço à população”, explicou. Na capital, o grupo se reúne com políticos na Assembleia Legislativa e em outros quatro locais. A aliança fé e vida move a leiga Ana Amélia de Oliveira, 70 anos, membro da Pastoral da Criança. Ela declara seu amor incondicional ao trabalho que desempenha porque acredita nos benefícios que a pastoral desenvolve nas comuni-
dades e no seio familiar, de modo especial junto aos mais carentes. “Nós estamos presentes nas comunidades e acompanhamos
gestantes e crianças de 0 a 6 anos de idade; formamos voluntários e realizamos ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania”. Encontros mensais, chamados de Celebrações da Vida, são realizados pela Pastoral da Criança nas comunidades onde acontecem recreações, pesagem de crianças, rodas de conversas, momentos de espiritualidade. Aproximadamente 1.160 a 1.420 crianças são acompanhadas e pesadas por 183 voluntários em 30 paróquias na Arquidiocese, mensalmente. Catequista há três anos e há dois coordenadora na Paróquia Nossa Senhora da Assunção do bairro Itatiaia
Luciana G. de S. Damázio com catequizandos
I, em Goiânia, Luciana Gonçalves de Souza Damázio, 39 anos, comenta a importância da missão que recebeu das mãos de Deus. “Ser catequista é ser leigo e a catequese é uma prioridade para a Igreja porque forma os futuros cristãos e membros da sociedade, por isso somos responsáveis por levar as crianças, jovens e adultos a trilharem os caminhos do bem”.
VOCAÇÃO
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vocação dos leigos é certamente uma das mais belas e desafiadoras. É também aquela que a Igreja precisa para levar adiante a missão salvífica de Jesus Cristo. Em Exortação Apostólica pós-sinodal aos “Fiéis Leigos”, o então papa João Paulo II apontou as direções sobre a vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo. O texto destaca a participação ativa dos leigos “na liturgia, no anúncio da Palavra de Deus e na catequese”. O documento aponta que as tarefas confiadas aos leigos são múltiplas de modo que, quando assumem a sua missão, há o florescimento de grupos, associações e movimentos de espiritualidade e de empenhos laicais; a participação cada vez maior e significativa das mulheres na vida da Igreja e o progresso da sociedade. Durante a visita à Coreia do Sul, que se deu de 15 a 18 de agosto, o papa Francisco se encontrou com líderes do apostolado laical e reiterou a importância dos leigos colocarem os seus dons à disposição da missão da Igreja. “Em virtude do Batismo recebido, os fiéis leigos são protagonistas na obra de evangelização e promoção humana”. No Regional Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o bispo referencial para os leigos é Dom Carmelo Scampa, da Diocese de São Luís de Montes Belos (GO). Entrevistado pelo Encontro Semanal, ele explicou que as pessoas fazem interpretação errada do termo leigo. “O leigo não é aquele que não entende de nada, que está ‘por fora’ como costumam associar; a Igreja interpreta leigos, desde o Concílio Vaticano II, como Povo de Deus, no sentido de pertença; dessa forma, o leigo é membro do corpo
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CRÔNICA DE ROMA
PE. RAFAEL VIEIRA, CSsR
Santo Padre no continente da esperança
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viagem apostólica do a péssima política de convivência mês de agosto tirou o dos israelenses com os palestinos. Santo Padre aqui de O gesto do papa tornou-se uma Roma e o levou para silenciosa denúncia internacional. a Ásia. Diferentemente do papa Na Coreia do Sul, ele não encontra João Paulo II, o santo que andou ícones desse tipo, mas continua no pelo mundo todo com extraordi- meio de um ambiente onde dois nária resistência física, Bento XVI povos convivem com a divisão surpreendeu com um ritmo razo- simbolizada pela vizinhança com ável mesmo tendo idade avança- os irmãos da Coreia do Norte, que da. E, se comparado com os ante- é fechada e misteriosa. riores, o papa Francisco tem viajaA primeira e mais importante do pouco. Depois da inesquecível mensagem dessa viagem é a alegre passagem pelo Rio de Janeiro, em constatação de que a Igreja cresce julho do ano passado, quando na Ásia. Um estudo realizado pela encontrou milhões de pessoas na Agência Fides apresentando dados Jornada Mundial da Juventude, a extraídos do “Anuário Estatístiúnica viagem de maior expressão co da Igreja”, atualizado em 31 de foi a visita feita à Terra Santa há dezembro de 2010, mostrava que a dois meses. O diferencial é que as Ásia é o continente onde se verifica saídas do papa têm sido de for- o maior aumento do número de catíssimo significado. Tanto no Rio, tólicos em todo o mundo. As estaem Jerusalém, e agora em Seul, tísticas registram ainda que a Igreja na Coreia do Sul, Francisco prota- também cresce na África, nas Amégoniza cenas de teor histórico de ricas e até mesmo na Europa. Além grande peso. desse, outro fato mostra a espeOs jovens no Rio ficaram abso- rança que o continente representa lutamente encantados com a pre- porque o papa vai, mais uma vez, sença dele que nem se tocaram participar de um grande encontro que a chamada Cidade jovens e ...as saídas do papa têm sido de Maravilhosa, famovai beatificar de fortíssimo significado. Paul Yun Jisa por ser quente, estava irreconhecível por Tanto no Rio, em Jerusalém e -chung e os causa da chuva e da agora em Seul, na Coreia do seus 123 combaixa temperatura. Em Sul, Francisco protagoniza p a n h e i r o s . Jerusalém, seus gestos cenas de teor histórico de A juventude surpreendentes ficae o martírio, grande peso... ram definitivamente portanto, forgravados na história dos papas. necem um conteúdo especial para Ninguém vai se esquecer daquele essa viagem. momento em que o pontífice des***** ceu do carro e foi encostar a cabeça O papa Francisco vem sempre num muro que não é o das Lamen- aqui bem perto do lugar onde tações, que serve de símbolo para moro, a Casa Geral dos Missionáo judaísmo, mas é o muro que sim- rios Redentoristas, em Roma. Desboliza a vergonha representando de o início do pontificado, ele sem-
pre acha um jeito de fazer visitas rápidas à Basílica de Santa Maria Maior. Ele vem aqui para rezar e faz isso especialmente quando vai realizar uma viagem internacional. Na quarta-feira, 13 de agosto, ele veio à Basílica onde depositou flores no altar diante do ícone de Maria Salus Popoli Romani. O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o jesuíta padre Federico Lombardi, informou que o papa veio “para rezar de forma estritamente privada, sozinho e em silêncio, por cerca de 20 minutos”. ***** A situação da perseguição aos cristãos no Iraque levou o Vaticano a escrever para o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban ki-moon. O papa com “o coração angustiado”, escreveu para pedir que a comunidade internacional “por meio de regras e mecanismos de direito internacional”, aprofunde o empenho e o compromisso para que algo seja feito
de modo a “parar e evitar mais violência sistemática contra as minorias religiosas e étnicas”. ***** A Redação do programa brasileiro da Rádio Vaticano divulgou nota sobre um detalhe curioso do voo que conduziu o papa Francisco a Seul: pela primeira vez na história, um avião levando um papa “pode sobrevoar o espaço aéreo da República Popular da China, graças à autorização de Pequim. O papa Francisco enviou um telegrama ao Presidente Xi Jinping: ‘Entrando no espaço aéreo chinês, expresso os meus melhores votos à sua excelência e a todos os seus cidadãos e invoco a bênção divina de paz e bem-estar sobre a nação’. O Pontífice também enviou telegramas de saudação aos presidentes dos outros países sobrevoados na viagem à Coreia: Itália, Croácia, Eslovênia, Áustria, Eslováquia, Polônia, Belarus, Rússia e Mongólia”.
INTENÇÕES DO PAPA Serviço e pessoas com deficiência nas intenções do papa para o mês de setembro Universal Pessoas com problemas mentais Para que as pessoas com deficiência mental recebam o amor e a ajuda de que necessitam para levar uma vida digna. Pela Evangelização Serviço aos pobres Para que os cristãos, inspirados pela Palavra de Deus, se comprometam com o serviço aos pobres e aos que sofrem.(Carta Encíclica “Que todos sejam um”, n.º 1. Papa João Paulo II. 1995)
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IGREJA
“Cenário político do país fica mais pobre” No dia 12 de junho, quando era pré-candidato à presidência, Eduardo Campos visitou a sede da CNBB, em Brasília, e recebeu da presidência o subsídio “Pensando o Brasil – desafios diante das eleições 2014”. Na ocasião, Campos considerou os assuntos apresentados pelo episcopado “importantes”. “Com certeza vão contribuir para a reflexão que nós estamos fazendo e para o nosso programa de governo”, sinalizou.
(Instituto Coração de Jesus) * 1 / 12 / 1927
+ 18 / 8 / 2014
Alemã de origem, a religiosa de 86 anos de idade estava hospitalizada em fase terminal da doença de Alzheimer. Apresentava processo contínuo de infecções que causaram uma parada cardíaca. No Brasil desde 1959, Irmã Elisabeth foi dirigente regional do ICJ de 1985 a 1990; também trabalhou em várias comunidades e municípios da Diocese de São Luís de Montes Belos (GO) e, por último, em Goianira, na Arquidiocese de Goiânia. O corpo foi velado na Casa Regional das Irmãs, Setor Aeroporto. Na tarde do mesmo dia do falecimento, houve missa de corpo presente e o sepultamento foi no cemitério Jardim das Palmeiras, na capital.
Ir. Sônia Maria A. Fajardo (Irmãs de Sta. Doroteia Frassinetti) * 29 / 9/ 1939
+ 13 / 8 / 2014
A religiosa dedicou os 50 anos de sua vida consagrada à pastoral e às causas sociais. Servia na Arquidiocese de Goiânia desde 1992 e por aqui deixou os frutos do seu trabalho. Atuava na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Comunidade de São Pedro e São Paulo do Parque Alvorada, de Senador Canedo (GO). Morreu em um acidente em Itumbiara. Também morreu Jeová Alves Costa, da mesma comunidade, que dirigia o veículo. Na autobiografia que escreveu por ocasião do Jubileu de Ouro de vida consagrada, ela destacou que acreditava“na transformação da sociedade através de uma fé entrelaçada com a vida, nos movimentos populares, nas pequenas comunidades, numa Igreja peregrina que tenha opção evangélica pelos pobres”.
Monge beneditino é eleito administrador diocesano de Jataí O Colégio de Consultores da Diocese de Jataí (GO) elegeu o monge beneditino, Dom Joaquim Carlos Carvalho, como novo administrador diocesano. A Diocese de Jataí está vacante desde a nomeação de Dom José Luiz Majella Delgado como ArPublicidade
cebispo da Arquidiocese de Pouso Alegre (MG), em 28 de maio. Natural de Mineiros (GO), Dom Joaquim Carlos tem 60 anos e pertence à Ordem dos Monges do Priorado de São José. Cursou Teologia em Itesp (SP) e possui graduação em Psicolo-
gia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás. Foi presidente da diretoria da Unifimes (Centro Universitário de Mineiros), prior do Priorado São José, pároco da paróquia Divino Espírito Santo. A eleição aconteceu no dia 4 de agosto.
BRASIL
Ir. Pia Elisabeth Rustmeir
Assessoria de Imprensa CNBB
F
oi o que disse o presidente da CNBB, cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, através de uma nota de condolências por ocasião do falecimento do candidato à presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Henrique Accioly Campos, e dos demais tripulantes da aeronave que caiu em Santos (SP), no dia 13. Para o cardeal, “esse acontecimento trágico torna mais pobre o cenário político do país”.
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agosto de 2014
DOM WALDEMAR PASSINI DALBELLO
Bispo Auxiliar de Goiânia
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eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual (Rm 12,1). A sabedoria leva a escolhas divinas, que por sua vez são construtivas, responsáveis, exigentes, e podem suscitar também incompreensão e oposição. É a comunhão com Deus que mantém o coração dos discípulos de Jesus no “louvor” da fidelidade, assumindo as consequências do amor. Jesus convida cada discípulo(a) a assumir sua cruz e segui-lo. No dia reservado para a leitura orante do texto do evangelho do domingo, prepare seu ambiente com algum sinal externo que ajude a perceber a presença de Deus-Amor. Seria muito bom ter o Crucifixo diante dos olhos por alguns segundos. Depois, abra sua Bíblia no texto indicado a seguir e peça a luz do Divino Espírito Santo para que ilumine seu momento de oração.
Siga os passos para a leitura orante: Texto para a oração: Mt 16,21-27 (página 1222 – Bíblia das Edições CNBB). Passos para a leitura orante: 1.
Ao ler o texto pela primeira vez, fixe sua atenção no anúncio de Jesus aos discípulos sobre sua paixão, morte e ressurreição. Em silêncio, se aproprie da serenidade de Jesus ao falar de seu próprio futuro;
2.
Na segunda leitura do texto reconheça o medo de Pedro e dos outros discípulos – daqueles primeiros e também dos atuais. Jesus é firme em sua proposta! Memorize o versículo 24;
3.
Recolha numa nova leitura a sabedoria do exemplo de Jesus e de sua proposta (vv. 25-26). Recorde-se de pessoas que escolheram o amor e viveram o “louvor” da fidelidade. Converse com Jesus, apresente a ele seus medos ou dificuldades diante da vocação ao amor-que-se-doa.
Conclua com um beijo no Crucifixo, acolhendo a promessa de Jesus: o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, ...retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta (v. 27). (Ano A, 22º Domingo do Tempo Comum. Liturgia da Palavra: Jr 20,7-9; Sl 62(63); Rm 12,1-2; Mt 16,21-27)
Universidade canadense discute parceria com a PUC PUC Goiás
PALAVRA DE DEUS
Q
ue delícia um copo d’água fresca quando a sede é grande! Experiência semelhante é a oração quando o coração procura Deus. O encontro orante com Jesus Mestre, permanecendo sob seu olhar, ouvindo sua voz, restaura o vigor e a vitalidade. O salmista ora com decisão, procura em Deus a água da vida: Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minh’alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja, como terra sedenta e sem água! (Sl 62,2). O encontro com Deus e sua Palavra traz luz e consolação, dia após dia edifica nos discípulos um coração sábio. A sabedoria conduz o jovem, o homem e a mulher adultos, à vida segundo a vontade de Deus. Diz São Paulo aos cristãos de Roma:
Arquidiocese de Goiânia
Professora Colleen Kawalilak ( a segunda da esqueda) foi acolhida pela reitoria da instituição
PUC GO
A
diretora do Escritório Internacional da Universidade de Calgary, no Canadá, profa. Dra. Colleen Kawalilak, visitou o reitor Wolmir Amado no último dia 14, no gabinete da Reitoria, para propor uma parceria de intercâmbio com a PUC Goiás. A docente, que está no Brasil pela primeira vez, socializou as experiências vivenciadas pelos acadêmicos da uni-
versidade canadense por meio do projeto Teaching across borders (Ensino além das fronteiras), que incentiva a mobilidade internacional dos estudantes da área da Educação, de forma que esses discentes possam realizar estágio (voluntário) nos programas de extensão e atividades afins nas universidades estrangeiras parceiras. A parceria foi bem acolhida pela reitoria da instituição: “estamos muito empenhados na assinatura deste acordo. Vamos
planejar uma programação especial em 2015 para que esses estudantes possam ter uma estadia proveitosa no Brasil”, ressaltou o professor Wolmir Amado. O projeto canadense já foi realizado em diversos países, tais como Vietnã, Japão, Espanha, China e México. “Queremos que nossos professores saibam atuar em um contexto de diversidade e a melhor maneira é estar de fato no país, conhecendo essa cultura”, pontuou a docente estrangeira. A meta anual da instituição canadense é que 50% dos acadêmicos da área de Educação (em torno de 200) possam participar de um intercâmbio. Colleen, que veio para Goiânia no dia 11 de agosto, já conheceu os projetos desenvolvidos pela PUC Goiás no âmbito da juventude e educação, conversou com os docentes da Escola de Formação de Professores e Humanidades, e ainda fez uma visita técnica ao Memorial do Cerrado, no Campus II. Por meio da parceria proposta,
a previsão é que em setembro de 2015 seis acadêmicos dos cursos de licenciatura da Universidade de Calgary realizem intercâmbio na PUC Goiás. A logística e os detalhes serão acertados mediante a oficialização do acordo, todavia algumas premissas já foram discutidas pelos gestores: a instituição canadense e/ou o próprio estudante subsidiará os custos de hospedagem, alimentação e transporte aéreo e, em contrapartida, a PUC oferecerá um curso básico de língua portuguesa e o campo de estágio (programas de extensão, PUC Idiomas ou o Programa de Iniciação à Docência) para que os estudantes possam acompanhar os professores e inserir-se na realidade local. O trabalho voluntário na universidade terá carga horária de 12 horas semanais, conforme proposta de Colleen. A parceria também prevê que os estudantes da PUC Goiás, futuramente, possam realizar experiência semelhante no Canadá.