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Bênção das mochilas Bênção do arcebispo Dom Whashington Cruz aos estudantes Catedral N. Sra. Auxiliadora,16 de fevereiro

É uma grande bênção, estarmos todos, hoje, aqui, reunidos, em nome do Senhor! Vocês vieram das Escolas católicas e de escolas públicas: municipais, estaduais ou federais! Vieram representantes da nossa PUC, da UFG, da UEG, das Faculdades Alfa, e de outros centros de Ensino Superior. Todos convocados pela Palavra que nos chama, nos atrai e nos conduz à Vida! Esta Palavra é Jesus Cristo! Hoje queremos confiar ao Senhor o ano escolar 2014, há poucas semanas iniciado. Vocês querem aprender não apenas as ciências humanas. O papa Francisco, em meados do ano passado, recebeu 9 mil alunos das escolas dos jesuítas e aproveitou para dizer-lhes que a escola não amplia somente a dimensão intelectual das pessoas, mas, também, os aspectos concernentes à condição humana. A liturgia deste domingo nos ensina a manter nossos ouvidos atentos à Palavra de Deus, que é sempre atual. Os caminhos da nossa vida são constantemente orientados por sinais: são os sinais de trânsito que nos advertem das dificuldades da estrada, os sinais perto de crateras que podem se desmoronar, os sinais em caminhos que não oferecem saída... Quando desobedecemos a esses sinais, corremos o risco de não termos saída, ou de pagarmos com a vida a nossa imprudência. Se todo mundo atendesse a esses sinais, todos estaríamos muito mais protegidos. Existe também muita semelhança entre estes sinais e os sinais de Deus como indicação segura para a nossa vida. Deus nos criou para que fôssemos livres e responsáveis pelos nossos próprios atos, a fim de que livremente construíssemos a nossa felicidade. Fomos colocados perante o fogo e a água, segundo o primeiro texto de hoje (Eclo 15), tendo-nos sido concedida a independência de escolher o caminho que desejamos. “A vida e a morte estão diante de todos, o bem e o mal, e cada um receberá aquilo que preferir”. O caminho da vida é sinalizado pelos mandamentos, o caminho da morte está marcado pelos vícios, paixões, desrespeito aos sinais do Pai, enfim, pela nossa própria inconsciência em corresponder à sabedoria do amor divino.


Ao falar da Lei, Jesus o faz com a autoridade divina que Lhe é própria: “vós ouvistes o que foi dito aos antigos…”, “Eu, porém, vos digo”. Abre, assim, novos caminhos de perfeição e exigência espiritual. Jesus apresenta alguns exemplos concretos da importância da Lei de Deus na nossa vida. “Não matarás!” Mas explica que este mandamento não se reduz apenas ao tirar a vida física das pessoas, mas implica outras situações, quando matamos os outros dentro do nosso próprio coração: aqueles a quem não dirigimos a palavra, os que difamamos, caluniamos ou tiramos o bom nome e reputação, quando proferimos palavras ofensivas, nos irritamos ou deixamos dominar pelo ódio… “Não cometrás adultério”. Jesus insiste na fidelidade matrimonial, apelando ao amor verdadeiro e leal. As pessoas que se deixam levar pelos instintos podem provocar graves problemas a si próprias, às suas famílias e aos outros, pelo que é preciso ter coragem para saber cortar pela raiz determinadas situações que possam vir a causar posteriores contratempos. Jesus nos diz ainda o que se deve entender quanto ao juramento e à verdade. Deus Pai deseja que as pessoas sejam verdadeiras e responsáveis. “Seja o vosso ‘sim’: ‘Sim’, e o vosso ‘não’: “Não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”. Queridos pais, professores, funcionários de nossas escolas aqui presentes: sua acolhida a este evento da bênção das mochilas, sua presença amiga, aqui hoje, ao redor do altar do Senhor, é uma grande alegria para todos nós. Cada qual a partir de sua missão é cocriador. Estas crianças, adolescentes e jovens estão sendo criados por vocês. Grande, nobre e indispensável missão. Parabéns e que Deus os abençoe!


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