Arquidiocese em Notícias - 133º Edição - Novembro 2016

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Informativo da Arquidiocese de Manaus • Ano 15 • Nº 133 – Novembro 2016

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Os cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade

“Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14)

Remetente: Rua José Clemente, 500 – Centro – CEP: 69.010-070 – Manaus-AM

Monsenhor Edmilson Tadeu Canavarros é o novo Bispo Auxiliar de Manaus

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Missão

Uma professora missionária de Cristo

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E• X• P• E• D•I•E •N •T• E ARQUIDIOCESE EM NOTÍCIAS É O INFORMATIVO DA ARQUIDIOCESE DE MANAUS

CONSELHO EDITORIAL Dom Sérgio Castriani Dom José Albuquerque Pe. Geraldo Ferreira Bendaham Pe. Marcus Vinicius de Miranda Pe. Charles Cunha Adriana Ribeiro Ana Paula Lourenço Projeto Gráfico e Editorial Diagramação Revisão Capa Tiragem Periodicidade Impressão Abrangência

Arcebispo Metropolitano de Manaus Bispo Auxiliar Coordenador de Pastoral Fidei Donum – Diocese de Ribeirão Preto/SP Diretor Administrativo da Fundação Rio Mar Relações Públicas Jornalista – MTB 060 AM Wega Comunicação Epifânio Leão Ana Paula Lourenço e Ivaneide Lima Pauliana Caetano 6.000 exemplares Mensal Gráfica Amazonas Em toda a área de atuação da Arquidiocese de Manaus (Careiro, Careiro da Várzea, Iranduba, Manaus, Manaquiri, Novo Airão, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva), Dioceses do Amazonas (Alto Solimões, Borba, Coari, Itacoatiara, Parintins, São Gabriel da Cachoeira e Tefé) e Regionais da CNBB

Disponível na internet www.arquidiocesedemanaus.org.br www.rederiomar.com.br Fale conosco Fundação Rio Mar Rua José Clemente, 500 – Centro CEP: 69010-070 • Manaus-AM (92) 3198-0903 • 3198-0905 Anuncie conosco (92) 3198-0909 comercial@rederiomar.com.br ian@rederiomar.com.br

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2 • Novembro • Arquidiocese em Notícias

Graça e Paz para você e tua comunidade. Caro leitor do “Arquidiocese em Notícias”, a edição de novembro do nosso informativo arquidiocesano dedica-se, particularmente, ao reconhecimento do serviço pastoral dos leigos e leigas em nossas comunidades eclesiais. Aproveito este espaço para agradecer todo o empenho de amor a Cristo e Sua Igreja, manifesto pelo nosso laicato presente na Arquidiocese de Manaus. “O principal Os leigos e leigas de nossa dever dos Igreja Local, de fato, seja homens e das de um modo ou de outro, fazem do próprio agir, mulheres é dar uma ressonância prática testemunho do apelo do Concílio Vaticano II dirigido ao laicato: de Cristo pelo “O principal dever dos homens e das mulheres é exemplo e pela dar testemunho de Cristo palavra, na pelo exemplo e pela palavra, na família, no seu família, no seu ambiente social e no âm- ambiente social bito da profissão” (AG 21). Que o Documento 105 da e no âmbito da Conferência Nacional dos profissão” Bispos do Brasil (CNBB), “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo”, seja um texto inspirador aos leigos e leigas, para que continuem sendo sujeitos na ação eclesial e agentes de transformação da sociedade.

Pe. Charles Cunha Dir. Superint. da Fundação Rio Mar

Vale a pena conferir nesta edição do nosso “Arquidiocese em Notícias” o que foi notícia em nossa Arquidiocese de Manaus. Não deixe de acompanhar as atividades de nossa Igreja para este mês de novembro e muito mais nesta edição. Uma saudação muito especial da equipe do IAN ao nosso novo bispo auxiliar, Dom Edmilson Tadeu, nomeado pelo Papa Francisco em 12 de outubro último. Aos contribuintes da Fundação Rio Mar, quero comunicar uma grande novidade. Você já pode acessar o novo site na Arquidiocese de Manaus no endereço: www. arquidiocesedemanaus.org.br. É a tua contribuição mensal ajudando nossa Igreja a evangelizar pelos meios de comunicação. Com a tua fidelidade torna-se possível mais e mais investimentos para que nossa Igreja Local faça uso meios tecnológicos com mais excelência, visando aproximar-se mais e mais do Povo de Deus. Cada um é convidado a fazer valer o batismo recebido em prol da evangelização. Faça parte você também desta missão que é de todos nós. Um abraço fraterno e uma ótima leitura para você!


Caros leitores e leitoras, Novembro chegou e logo no segundo dia todos paramos para comemorar os fiéis defuntos num dia de muitas lembranças e saudades. Quanto mais vivemos, mais temos contato com a morte. Aos poucos vamos vendo partir amigos, parentes, conhecidos, gente famosa, personalidades históricas, gente comum. Alguns deixam este mundo depois de uma longa vida, outros têm existência breve, uns em um leito, outros de forma violenta. O certo é que a morte é certa e tão natural como o nascimento. É bom ter um dia onde coletivamente pensamos nela. Para nós católicos este é um dia de comunhão. Acompanhamos com a nossa oração o encontro com Deus por parte dos que faleceram e sobretudo o daqueles que necessitam de purificação. As marcas do pecado ultrapassam os limites do espaço e do tempo e, solidariamente, queremos ajudar os que morreram a curá-las e, assim, entrar no gozo eterno. É o amor e a amizade que se recusam a ficar encerrados nas fronteiras impostas pela morte. Mas o que nos anima neste dia é a certeza da ressurreição final. Tendo a ressurreição de Jesus como penhor nós renovamos a fé na ressurreição e proclamamos que a vida venceu a morte e já não tem domínio sobre ela. Ao celebrar a eucaristia neste dia nos cemitérios associamos a nossa vida ao Mistério Pascal e proclamando a sua morte e ressurreição ficamos aguardando a sua volta. Em novembro muitas comunidades, paróquias, áreas missionárias e setores fazem assembleias de avaliação das atividades pastorais, revendo também a administração dos bens e as finanças. Estas avaliações são de suma importância. Todos devem ter espaço para se expressar. Às vezes o ambiente fica tenso, mas é melhor que a fofoca. Avaliar para planejar melhor. A grande pergunta que devemos fazer é se estamos sendo fiéis a Jesus e ao seu Evangelho. Somos testemunhas verdadeiras da vida nova que ele nos trouxe. Somos sal da terra e luz do mundo? Como tem sido nossa ação

na sociedade e no mundo? Estamos fazendo história como verdadeiros cidadãos e cidadãs ou nos recusamos a assumir nosso protagonismo como sujeitos. Nosso batismo e nossa crisma nos enviam em missão. Todos somos enviados. Neste mês celebraremos em comunhão com o Papa Francisco o jubileu dos encarcerados. Será no dia 6. A Pastoral Carcerária está organizando celebrações e visitas nas unidades prisionais, procurando oferecer aos irmãos que perderam a liberdade de ir e vir a graça da reconciliação consigo mesmo, com Deus e com os irmãos. Procuraremos viver como Igreja a obra de misericórdia que é visitar os encarcerados. Nossas comunidades serão convidadas a participar do jubileu se unindo aos que vivem nas prisões pela oração, mas também colaborando para o sustento das atividades da Pastoral Carcerária. Os membros desta pastoral são voluntários e nada gastam com supérfluos. Mas as vezes não podem fazer a visita por falta de transporte até os presídios que ficam nas estradas. Qualquer ajuda será bem-vinda e fará uma grande diferença. Neste mês termina o ano litúrgico. O último domingo é a festa de Cristo Rei. Jesus é o Senhor, o princípio e o fim, Aquele que é, que era e que vem. Por ele foram criadas todas as coisas e tudo nele subsiste. Para nós a única realidade é Cristo e encontrá-lo é encontrar a verdade e a vida. Nós o encontramos pregado na Cruz oferecendo a sua vida ao Pai pela salvação do mundo, lavando os pés dos discípulos e amando-os até o fim. Nós o vemos no pão e no vinho consagrados e oferecidos em alimento. Escutamos o seu convite exigente para segui-lo assumindo a nossa cruz de cada dia. Reinar com Jesus é servir. A Igreja é fiel a Ele quando é servidora da humanidade, não vivendo para si, mas para as pessoas, em saída constante. É final de ano, é hora de avaliar e de planejar. Levemos em conta estes critérios. Em outubro ficamos felizes com a nomeação de mais um bispo auxiliar para a nossa Arquidiocese. Estamos muito agradecidos ao Santo Padre por tê-lo nomeado e a ele por ter aceito. Seja bem-vindo entre nós aquele que vem em nome do Senhor. Manaus daqui em diante é a sua casa. Que Deus abençoe a todos.

Dom Sérgio Eduardo Castriani Arcebispo de Manaus

Quanto mais vivemos, mais temos contato com a morte. Aos poucos vamos vendo partir amigos, parentes, conhecidos, gente famosa, personalidades históricas, gente comum.

Cúria Arquidiocesana

Quadro Informativo Mensal – Setembro/Outubro 2016 PROVISÃO DATA

NOME

MUNUS

PARÓQUIA

23/09/2016

Pe. Thiago José Barbosa de Oliveira Santos, Ribeirão Preto/SP

Pároco

Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos – Data da Posse: 13/11/2016, às 19h

23/09/2016

Pe. Thiago José Barbosa de Oliveira Santos, Ribeirão Preto/SP

Vigário Paroquial

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro / Careiro da Várzea

29/09/2016

Pe. Pothireddy Paul Prashanth Kumar, PIME

Uso de Ordem e Jurisdição

29/09/2016

Pe. Silvio Marques Sousa Santos, SJ

Uso de Ordem e Jurisdição

05/10/2016

Pe. Carlos Eduardo Castro dos Santos, Diocesano

Administrador Paroquial

Área Missionária São Francisco das Chagas

05/10/2016

Pe. Matheus Loppes Ferreira, Diocese de Lins/SP

Administrador Paroquial

Nossa Senhora Mãe dos Pobres – Puraquequara

DATA

NOME

PASTORAL

22/09/2016

Sra. Dulcineide Gurgel da Silva

DST/AIDS

NOMEAÇÃO

Arquidiocese em Notícias • Novembro 3


MONSENHOR EDMILSON TADEU CANAVARROS

PAPA FRANCISCO NOMEIA

O NOVO BISPO

AUXILIAR DE MANAUS Érico Pena / Ana Paula Lourenço O último dia 12 de outubro foi motivo de uma dupla comemoração. Não apenas por ser o dia que se comemora Nossa Senhora Aparecida, mas também por ser a data que ficamos sabendo da nomeação do novo bispo auxiliar de Manaus, realizada pela Vossa Santidade, o Papa Francisco, que escolheu o Monsenhor Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, para atuar ao lado de Dom Sérgio Castriani e Dom José Albuquerque na Arquidiocese de Manaus. Em entrevista, Monsenhor Edmilson Tadeu conta que a sua nomeação foi recebida com muita surpresa. “Esse é o tipo de notícia que a gente nunca espera acontecer, está no nosso imaginário é lógico, mas quando realmente acontece a gente toma um susto e eu pensei até que fosse ter um infarto”, brincou o Monsenhor que será ordenado no dia 12 de dezembro e che-

gará em Manaus no início de janeiro do próximo ano. Apesar da sua vasta experiência trabalhando em vários lugares do Brasil, o novo bispo auxiliar confessa que conhece pouco sobre o trabalho desenvolvido pela Igreja em Manaus, mas que chegará para somar forças. “Não tenho conhecimento sobre o trabalho pastoral realizado em Manaus, e isso nos dar a possibilidade de começar tudo de novo e poder somar, ajudando no trabalho que já existe”. Dono de uma voz serena e de um jeito simples e calmo de falar, Monsenhor Edmilson Tadeu deixa como mensagem apenas um pedido: orem por mim e pela minha nova missão. “Acolho o chamado a esse novo ministério com muita alegria e que se faça a vontade de Deus em minha vida. Peço a cada um de vocês da região amazônica, sobretudo aí de Manaus, as orações por essa missão que assumo e que ela traduza exatamente a importância que é o reino de Deus”, finaliza.

Nascido no dia 3 de dezembro de 1967, o novo bispo auxiliar é natural de Corumbá, Mato Grosso do Sul. Estudou no Colégio Santa Teresa, onde, na convivência com os salesianos, foi despertada sua vocação. Entrou no pré-aspirantado no ano de 1982, em Araçatuba-São Paulo. Fez a primeira profissão religiosa no dia 31 de janeiro de 1988. Fez Filosofia na Obra Social Paulo VI, em Campo Grande (MS), de 1988 a 1990; e Teologia no Instituto Teológico Pio XI, em São Paulo, de 1993 a 1996, onde aprofundou sua vocação sacerdotal para o bem da juventude e a promoção humana dos mesmos, preparando-se para dedicar-se como sacerdote aos jovens através do anúncio do Reino de Deus. Em 7 de dezembro de 1996, em Campo Grande, foi ordenado padre, tendo sua primeira missão a formação no noviciado localizado em Indápolis (MS), de 1997 a 1998. Fez experiência de estudos em Roma, na Universidade Pontifícia Salesiana (UPS) na Itália, mas em seguida foi transferido para o aspirantado do Instituto São Vicente, em Campo Grande, assumindo a direção do mesmo de 1999 a 2002, nesse tempo também lecionou no Instituto de Teologia (ITEL), na Regional Oeste 2. Em julho de 2002 foi transferido para a Lins, em São Paulo, para assumir como diretor geral do colégio salesiano e faculdades salesianas, até abril de 2004. Em 2004 foi ao Instituto Teológico Pio XI para colaborar com a formação presbiteral dos salesianos, de 2005 a 2008 assumiu a direção deste instituto e no segundo semestre de 2008 foi nomeado pelo Reitor-Mor dos Salesianos como Vice-Provincial da Missão Salesiana de Mato Grosso. De 2010 a 2012, assumiu a direção do pós-noviciado, em 2013 tornou-se diretor do Instituto São Vicente e em 2014 assumiu a direção da Obra Salesiana de Corumbá. Em 2015 foi nomeado pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Campo Grande, e em 2016 ocupou a função de pároco e diretor da Obra Social Paulo VI.


OS MINISTÉRIOS LEIGOS NA LITURGIA O Cristão leigo é verdadeiro sujeito eclesial mediante sua dignidade de batizado, vivendo fielmente sua condição de filho de Deus na fé, aberto ao diálogo, à colaboração e à corresponsabilidade com os pastores. Ser sujeito eclesial significa ser maduro na fé, testemunhar amor a Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecer no seguimento de Jesus, na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo e ter coragem, criatividade e ousadia para dar testemunho de Cristo (doc. 105). O ministério de Cristo, exercido na sua caminhada entre nós, é ponto central da ministerialidade e culmina no mistério pascal: serve, dando a vida e entregando-nos o dom de seu Espírito que nos anima, liberta e santifica, fazendo-nos passar da morte para a vida (cf.1Cor 15,54-57). Esta ministerialidade de Cristo-Cabeça se estende a todo seu Corpo: na verdade a Igreja tem por objetivo intrínseco este serviço pascal, escatológico, em tensão entre o mundo em que está encarnada e o reino a que se destina. (Hb 13,10). É o que caracteriza também sua espiritualidade. A partir da Eucaristia, nasce a coragem profética: “Não podemos ficar inativos perante certos processos de globalização que fazem crescer distâncias entre os filhos e filhas de Deus...”(doc 105) O Papa Emérito Bento XVI ofereceu-nos luzes e encorajamento para o profetismo dos leigos. “O sacramento da Eucaristia tem um caráter social”. O Concílio Vaticano II enfatizou o sacerdócio dos batizados, recuperou a participação dos fiéis na missão da Igreja, consequentemente também na liturgia e nos ministérios litúrgicos. E fez isso por uma razão teológica: expressar a Igreja Povo de Deus, Corpo de Cristo, comunidade ministerial, onde cada pessoa tem uma função a serviço de todos. Assim a Sacrosanctum Concilium afirma que ninguém deve acumular função na liturgia (SC 28) e que “acólitos, leitores, comentadores e cantores exercem um verdadeiro ministério litúrgico”. E recomenda que “desempenhem as suas funções

Irmã Graça Rodrigues Discípula do Divino Mestre

com devoção e ordenadamente, como convém à dignidade do ministério e ao que o povo de Deus deles exige, com todo direito” (SC 29). Quanto mais viva e participativa for uma comunidade, mais ministérios surgem para acompanhar o crescimento da comunidade e a diversificação de suas celebrações. A assembleia litúrgica se constitui como um corpo e nela Cristo é a cabeça, na qual os ministros da Igreja, em virtude da sua ordena-

ção, são sinal e sacramento (LG 21.17.28); PO 2-3.5-6). “No entanto, não são apenas o bispo e os presbíteros que podem exercer esta função de representar a cabeça do corpo de Cristo. Fazem-no também os leigos, homens e mulheres, quando presidem uma assembleia litúrgica”. É Cristo quem preside a assembleia celebrante, no Espírito Santo. Quem preside torna-se sinal simbólico-sacramental dessa presença escondida, mas real (cf SC 7). As celebrações ganham em realismo, em dinamismo e em espiritualidade à medida que cada pessoa responsável por um ministério na comunidade, mas de modo particular quem preside, trouxer para a liturgia “o sacrifício de agradável odor” que brota de sua vida dedicada no serviço dos irmãos; por sua vez, a vida comunitária e toda sua missão no mundo receberão novo sentido e vigor da participação consciente, frutuosa e ativa na liturgia. (cf SC 11). “A liturgia é a celebração de um povo reunido em nome do Senhor, que fez de nós irmãos e irmãs, filhos e filhas do mesmo Pai, membros de um mesmo Corpo, ramos da mesma árvore... Não terá, pois , sentido celebrar a liturgia, se não houver um real esforço de transformar a assembleia em encontro de irmãos”. (Ione Buyst, Equipe de Liturgia 1, p. 27). Levar muito a sério a formação espiritual-litúrgica em todos os espaços eclesiais, mas de modo especial dos ministros e ministras, principalmente na preparação das equipes de liturgia, utilizando métodos já aprovados, como leitura orante da Bíblia e dos textos litúrgicos, meditação litúrgica com hinos, salmos e cânticos, “laboratório litúrgico”, vivências... PROGRAMA PREPARANDO O DIA DO SENHOR Dia: Sexta-feira, das 20h às 21h. Apresentação: Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre. Ouça pela Rádio Rio Mar AM – 1.290 Khz / Castanho FM 103,3 MHz / Site: www.rederiomar.com.br.

LEITURA LITÚRGICA DA PALAVRA – NOVEMBRO/2016 Domingo

Segunda

Terça Fl 2, 5-11 Sl 21(22), 26b-27. 28-30a. 31-32(R/. 26a) Lc 14, 15-24

Todos os Santos Ap 7, 2-4.9-149 Sl 23(24) , 1-4ab. 5-6 (R/. cf. 6) 1Jo 3, 1-13 / Mt 5, 1-12a 33° comum Ml 3, 19-20a Sl 97(98), 5-9 (R/. cf. 9) 2Ts 3, 7-12 / Lc 2, 1-5 Cristo, Rei do Universo 2Sm 5, 1-3 Sl 121(122), 1-2.4-5 (R/. cf. 1) Cl 1, 12-20 / Lc 23, 35-43 1° Advento – A Is 2, 1-5 Sl 121(122), 1-2.4-9 (R/. cf. 1) Rm 13, 11-14a / Mt 24, 37-44

6 13 20 27

7

Tt 1, 1-19 Sl 23(24), 1, 4ab.5-6 (R/.cf. 6) Lc 17, 1-6 Ap 1, 1-4: 2, 1-5 Sl 1, 1-4.6 (R/. Ap 2, 7b) Lc 18, 35-43 Ap 14, 1-3.4b-5 Sl 23(24), 1-4ab.5.6 (R/. cf. 6) Lc 21, 1-4

14 21 28

Is 4, 2-6 Sl 121(122), 1-2.3-4a.(4b-5.6-7.) 8-9 (R/. 1) Mt 8, 5-11

Quarta

1 8

Tt 2, 1-8. 11-14 Sl 36(37), 3-4. 18.23.27.29 (R/. 39a) Lc 17, 7-10 S. Alberto Magno Ap 3, 1-6. 12-22 Sl 14(15), 2-5 (R/. Ap 3, 2-1) / Lc 19, 1-10 S. Cecília Ap 14, 14-19 Sl 95(96), 10-13 (R/. 13b) Lc 21 , 5-11

15 22 29

Is 11, 1-10 Sl 71(72), 1-2.7-8.12-13.17 (R/. cf. 7) Lc 10, 21-24

Quinta

Fiéis Defuntos Dn 12, 1-3 Sl 129(130), 1-8 / (R/. cf. 1 ou 5) 2Tm 2, 8-13 / Jo 14,1-6O

2 9

Dedicação Basílica de Latrão Ez 47, 1-2.8-9.12 ou 1Cor 3, 9c11.16-17 / Sl 45(46), 2-.5-6.8-9 (R/. 5) Jo 2, 13-22

16

S. Margarida da Escócia, S. Gestrudes Ap 4, 1-11 Sl 150, 1-6 (R/. Ap 4, 8b) / Lc 19, 11-28 S. Clemente I e S. Columbano Ap 15, 1-4 Sl 97(98), 1-3ab.7-9 (R/. Ap 15, 3b) / Lc 21, 12-19 S. André Apóstolo Rm 10, 9-18 Sl 18A(19A), 2-5 (R/. 5a) Lc 4, 18-22

23

S. Martimho de Lima Fl 3, 3-8a Sl 104(105), 2-7 (R/3b) Lc 15, 1-10 S. Leão Magno Fm 7-20 Sl 145(146), 7-10 (R/. 5a) Lc 17, 20-25 S. Isabel da Hungria Ap 5, 1-10 Sl 149, 1-6a.9b (R/. Ap 5, 10) / Lc 19, 41-44 S. André Dung-Lac e comps Ap 18, 1-2.21-23; 19, 1-3.9a Sl 99(100), 2-5 (R/. Ap 19, 9a) Lc 21, 20-28

Sexta

3 10 17 24

Sábado

4

S. Carlos Borromeu Fl 3, 17-4, 1 Sl 121(122), 1-5 (R/. 1) Lc 16, 1-8

11

S. Martinho de Tours 2Jo 4-9 .Sl 118(119), 1.2.10.11.17.18 (R/. 1b) Lc 17, 26-37 Dedicação das Basilicas de S. Pedro e de S. Paulo Ap 10, 8-11 / Sl 118(119), 1424.72.103.111.131 (R/. 103a)

18 25

S. Catarina de Alexandria Ap 20, 1-4.11-21, 2 Sl 83(83), 3-6a.8a (R/. Ap 21, 3b) Lc 21, 29-33

S. Maria no Sábado Fl 4, 10-19 Sl 111(112), 1-2, 5-6.8a.9 (R/. 1a) Lc 16, 9-15 S. Josafá 3Jo 5-8 Sl 111(112), 1-6 (R/. 1) Lc 18, 1-8

5

12 19

Ss. Roque Gonzáles, Afomso Rofrguez e João del Castillo Ap 11, 4-12 / Sl 143(144), 1.2.9-10 (R/. 1a) / Lc 20, 27-40

26

S. Maria no Sábado Ap 22, 1-7 Sl 94(95), 1-7 / (R/. 1Cor 16, 22b; Ap 22, 20c)Lc 21, 34-36

30 Arquidiocese em Notícias • Novembro 5


Missão

Uma professora missionária de Cristo Texto e foto: Érico Pena

Durante a semana, ela se ocupa dos seus afazeres normais de professora de Língua Inglesa na Escola Municipal Raimunda da Costa Villar, mas aos fins de semana, Maria Rute Caldas, troca a sala de aula, pelo trabalho missionário junto às comunidades ribeirinhas pertencentes a Área Missionária São Paulo Apóstolo, localizada no Distrito do Araçá, pertencente ao município do Careiro Castanho, distante aproximadamente 100 quilômetros de Manaus. De acordo com a missionária, esse trabalho já vem sendo realizado há sete anos, sempre em parceria com mais duas pessoas e o padre Iginio Mazzuck, italiano da Congregação Oblatos de Maria Virgem, atualmente vigário da Área Missionária São Paulo Apóstolo. “Eu vim para o Castanho para ser professora e de repente me engajei na igreja onde fui eleita para representar a Área Missionária no setor Encontro das Águas (antigo setor 7), ficando coordenadora por quatro anos, logo em seguida fui escolhida pelo Pe. Iginio para fazer parte da equipe dele que trabalha com a missão pelos interiores todos os fins de semana”, relata. Segundo Rute, ao todo são mais de 20 comunidades espalhadas nos rios, na beira da estrada, e dentro dos ramais e

vicinais. Dependendo da situação, às vezes o trabalho começa na sexta e termina no domingo, às vezes começa no sábado e termina no sábado mesmo. “A missão é árdua, mas a gente fica tão feliz quando chega em uma comunidade onde as pessoas não sabem nem ler, mas só de ouvirem a gente falar de Deus e pregar a boa nova de Jesus, já é um alento para a nossa alma pois sabemos que muitas pessoas precisam de Deus na sua vida e por isso não medimos esforços e vencemos qualquer sacrifício, até mesmo as dificuldades do deslocamento para chegar em algumas comunidades, o que é feito a pé, de voadeira, de carro. Não importa como, o importante é chegar”, disse.

De acordo com a professora, a área de atuação vai do Careiro Castanho até o quilometro 32 da estrada de Autazes e pelo rio eles chegam até a comunidade de São Sebastião do Juma, última comunidade descendo o rio Negro. “Sempre somos muito bem recebidos em todos os lugares que vamos e, além de fazer o trabalho missionário, ainda fazemos cursos e encontros, com a juventude e formações de agentes de pastoral para os adultos. Infelizmente, em virtude de cheia e da seca, as vezes conseguimos visitar cada comunidade só duas vezes por ano e até somos cobrados sobre quando será a próxima visita”, disse Rute. Tanto trabalho, feito de maneira voluntária, já rendeu alguns frutos, como por exemplo o engajamento de quatro meninas na Congregação das Irmãs Capuchinhas que estão fazendo uma formação com elas para serem vocacionadas. “Para nós missionários, essa experiência significa reencontrar o primeiro amor na pessoa de Jesus Cristo, a missão revigora a fé pois na medida em que se evangeliza o missionário é evangelizado. Meu objetivo é continuar minha missão, evangelizando, pois enquanto Deus me der vida eu quero continuar fazendo isso para Ele”, comenta. Hoje em dia, além do trabalho de missionária, ainda participa da equipe de liturgia e como ministra da Palavra.

“Para nós missionários, essa experiência significa reencontrar o primeiro amor na pessoa de Jesus Cristo, a missão revigora a fé pois na medida em que se evangeliza o missionário é evangelizado“.

6 • Novembro • Arquidiocese em Notícias


EXORTAÇÃO APOSTÓLICA

O AMOR E OS FILHOS NO MATRIMÔNIO Continuando nossa reflexão sobre a Exortação Apostólica do Papa Francisco “A Alegria do Amor na Família”, vamos hoje refletir sobre os capítulos 4 e 5. Vou lhes apresentar o que o Jesuíta Thomas Reese, que é jornalista nos fala desses dois capítulos. O capítulo 4 é uma obra-prima. Ele deveria ser lido por todos aqueles que planejam se casar e por todos aqueles que já estejam casados, independentemente de quanto tempo já passou. Tomara que alguma editora venha a publicar este capítulo em separado para as aulas preparatórias ao matrimônio e aconselhamento, bem como para cursos de ensino médio e superior. Ele diz ainda já ter participado de uma discussão sobre este capítulo com um velho jesuíta, muito sábio, que opinou: “O que sabe ele sobre a vida de casado?” Embora o meu companheiro jesuíta não tinha lido ainda o capítulo em questão, ele refletiu as inúmeras pessoas que já se cansaram de ouvir homens celibatários falarem sobre o assunto da vida de casado. Portanto, vocês casados, leiam o capítulo e nos digam o que acham dele. Enquanto isso, aqui eu descrevo o que está contido aí.

O capítulo intitula-se “O Amor no Matrimônio”. Começa com uma meditação maravilhosa sobre a passagem lírica de São Paulo sobre o amor: 1 Cor 13, 2-3. Ele cita Martin Luther King e refere o filme “A festa de Babette”. O texto toma o hino de Paulo como uma preparação para discutir o amor conjugal. “Depois do amor que nos une a Deus, o amor conjugal é a ‘amizade maior’”, diz ele, citando São Tomás de Aquino. O tom é pastoral e inspirador; não é irritante nem julgador. Pode-se somente concluir que, como sacerdote e bispo, ele passou inúmeras horas escutando e dialogando com os casais sobre a experiência de vida deles. O Capítulo 5 trata dos filhos na família. Para o Papa Francisco, esse capítulo e o capítulo anterior são os “os dois capítulos centrais, dedicados ao amor”. No amor dos pais pelos filhos, Francisco vê “o primado do amor de Deus que sempre toma a iniciativa”, isso porque os filhos “são amados antes de ter feito algo para o merecer”. Ele afirma que “as famílias numerosas são uma alegria para a Igreja”, mas concorda com João Paulo II em que a paternidade responsável não é “procriação ilimitada ou falta de consciência acerca daquilo que é necessário para o crescimento dos filhos, mas é, antes, a faculdade que os cônjuges têm de

Pe. Marcus Vinicius de Miranda Fidei Donum da Diocese de Ribeirão Preto/SP

usar a sua liberdade inviolável de modo sábio e responsável, tendo em consideração tanto as realidades sociais e demográficas, como a sua própria situação e os seus legítimos desejos”. No capítulo, ele fala da gravidez, e eu aqui deixo para as mães dizerem se ele acertou ou não, porém claro está que ele quer que a gravidez seja uma experiência alegre para elas. O papa afirma a necessidade e o direito de um filho a ter o amor de uma mãe e um pai. Não somente como indivíduo, mas “juntos que eles ensinam o valor da reciprocidade, do encontro entre seres diferentes, onde cada um contribui com a sua própria identidade e sabe também receber do outro”. Segundo ele, “se, por alguma razão inevitável, falta um dos dois, é importante procurar alguma maneira de o compensar, para favorecer o adequado amadurecimento do filho”. Aprofundemos essa reflexão nos debruçando sobre estes dois capítulos que tocam assuntos tão importantes da vida em família.


Santa Sé: atual modelo econômico impede desenvolvimento integral Fonte: Site da Rádio Vaticano

Voz que clama contra a corrupção

A transição do atual modelo que promove o crescimento econômico a qualquer custo para uma sociedade que busca o desenvolvimento sustentável requer uma ‘mudança de paradigma no pensar o próprio desenvolvimento”. Foi o que afirmou o Observador permanente da Santa Sé na ONU, Arcebispo Bernardito Auza, na terça-feira (11/10), durante uma sessão da Assembleia Geral sobre Desenvolvimento Sustentável. “O sucesso da Agenda 2030 requer ir além da linguagem da economia e estatística precisamente porque a ênfase real deve se dar à pessoa humana”, afirmou. Nova mentalidade A mudança de paradigma – prosseguiu –, “não é meramente uma modificação nas políticas e nas instituições, também requer uma mudança na relação entre os povos assim como entre os seres humanos e o meio ambiente: a nossa casa comum”, destacou. Ao afirmar que essa mudança deve começar pelo “entendimento da dignidade inerente a cada pessoa e a centralidade do bem comum para todos os esforços e metas sociais”, o arcebispo advertiu que “somente tais fundamentos poderão realmente levar ao “desenvolvimento de uma economia social e solidária”. Igualdade A partir deste princípio de dignidade igualitária – afirmou – “surge um novo paradigma de desenvolvimento centralizado na pessoa”. Por isso, “é preciso evitar a análise econômica, social e ambiental baseada não na pessoa mas, primariamente, na busca das maiores margens financeiras”, apontou. “Tal reducionismo econômico nunca levará ao desenvolvimento econômico integral, uma vez que subordina tudo às leis da competição e à economia Darwinista em que o mais forte sobrevive”, destacou. O representante do Papa na ONU concluiu afirmando que “o desenvolvimento sustentável será sempre uma parceria público-privada: requer governos e negócios honestos e líderes que possam inspirar diretamente estas instituições, seus sistemas e práticas”.

8 • Novembro • Arquidiocese em Notícias

Texto e foto: Ana Paula Lourenço A partir de uma formação intelectual fortemente influenciada pela literatura brasileira que apresentava, de forma crítica, a situação social do Brasil e pelo livro “A História Econômica do Brasil”, de Caio Prado, que encontrou no lixo quando criança, cujo conteúdo compreendeu décadas depois, Carlos Santiago passou a entender o Brasil a partir dos invisíveis e um pouco da política brasileira, além de inspirar-se em exemplos como o de Betinho e do padre Humberto Guidotti, que lutaram em favor da cidadania. Com isso, resolveu dedicar parte de sua vida à luta em favor de uma consciência mais crítica e cidadã, envolvendo-se sempre na questão social, de ser porta voz de movimentos invisíveis da sociedade. Criou um comitê chamado sociedade ativa, no início do ano 2000, que promoveu o movimento de cidadania pelo fim da compra do voto, chamado “O voto não tem preço, tem consequência” que mostrou a todos o custo do voto. Depois participou da criação do Fórum Estadual de Combate à Corrupção. Após a faculdade de direito foi convidado pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Amazonas (OAB-AM) para tocar o trabalho contra a corrupção e na mobilização social, ajudando a produzir leis e promover seminários de discussão junto à sociedade. A partir das parcerias com a Igreja Católica e demais religiões, as entidades sindicais, profissionais e associação de moradores, houve um empenho por lutar contra a corrupção, estimulando que a sociedade tenha uma visão mais crítica visando decisões que influenciem positivamente a vida de todos. “Resolvemos criar esse mutirão de cidadania, de consciência crítica, de pessoas que querem mudar o país, combater a corrupção. Essas pessoas que são tão poucas, mas são significativas e demonstram que temos resistência e tentamos fazer nosso trabalho. Ainda bem que a OAB nos dá um espaço para fazer isso. A corrupção começa a ser combatida a partir do cidadão, do eleitor, das pessoas. Não existe a ideia de que a sociedade é boa e os governos são corruptos, pois a corrupção já parte de algum segmento, da tolerância da sociedade com relação a isso. Os cidadãos não gostam da corrupção, mas no dia a dia acabam praticando atos corruptos, buscando benefícios em detrimento dos interesses coletivos. Em tese, todos defendem a ética e o bem comum, mas sua ação visa mais os interesses pessoais e individuais em detrimento do coleti-

vo. O primeiro passo é o eleitor se conscientizar para mudar isso, caso contrário, vamos continuar tendo políticos corruptos e piorando ainda mais os serviços públicos. A sociedade não entende que são os que mais vão sofrer com a violência, com o péssimo transporte coletivo, dentre outros. O pobre acaba sendo a grande vítima do seu próprio voto”, declarou Carlos Santiago, atual presidente da Comissão de Reforma e Ética Política da OAB e responsável de coordenar o Comitê de Combate ao “Caixa Dois”, junto à OAB, com os representantes das outras instituições envolvidas. Com o objetivo de melhorar a qualidade política do país, através da conscientização de que todos os cidadãos precisam combater a corrupção, votando consciente e fiscalizando, foi criado o Comitê de Combate ao “Caixa Dois”, composto pela OAB, pela Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), pelos sindicato dos Jornalistas Profissionais, dos Assistentes Sociais, dos Petroleiros, pelo Conselho Federal de Economia e Contabilidade, pela Central dos Trabalhadores Brasileiros (CTB) e por diversas personalidades. Das ações realizadas houve palestras em várias comunidades católicas, nas escolas, a realização do Seminário sobre a atuação do Cristão na Política e o debate com os candidatos, momento no qual diversos segmentos da sociedade puderam fazer perguntas. Foram feitas representações contra algumas atividades ilícitas no período eleitoral, origem dos recursos gastos nas campanhas e prestação de contas, dentre outros. No dia 2 de outubro foi feito um trabalho corpo a corpo de fiscalização e denúncia pelos locais de votação espalhados pela cidade que irá se repetir no segundo turno em Manaus. Essa comissão da OAB é uma continuação de um movimento que vem desde 1997, com a lei 9840, contra a compra de votos, sendo esta a primeira proposta de lei, de iniciativa popular, que uniu a OAB e a CNBB, e depois a Lei da Ficha Limpa e mobilização da Reforma Política. Carlos, ao citar Aristóteles que diz “O homem é um animal político”, explica que o homem é um ser social e precisa viver em sociedade e com isso participa das decisões dela, influenciando na vida e no destino da coletividade. “Se conseguirmos entender que as nossas ações e posições influenciam e muito no bem estar de todos, vamos de fato combater a corrupção que não faz bem ao coletivo, nem a relação das pessoas e destrói vidas. A corrupção é a raiz das mazelas sociais que a gente passa. O cidadão tem que entender que viver em sociedade é lutar pelo bem e pela ética, sem isso vivemos a barbárie, sem fraternidade e sem esperança”, concluiu.


PALESTRA

Aprendendo a ser

A felicidade nos relacionamentos com

MASTER COACH

Pe. Charles Cunha

10 de dezembro, das 9h às 12h Valor: 25,00 (vagas limitadas) Local: Auditório Fametro – Av. Djalma Batista. Informações 92

3198-0900 / 3234-7821 3198-0903

Inscrições

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Páróquia Nossa Senhora das Graças Fundada no dia 27 de novembro de 1955, a Paróquia de Nossa Senhora das Graças teve início com evangelização dos padres missionários do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME) de Milão que se estabeleceram na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré. Os padres do PIME e o casal João e Maria Fogueteiro, assim chamados por sua profissão, compraram a primeira área destinada a construção da Igreja, à margem da via principal do bairro Nossa Senhora das Graças, a Rua Libertador. Mais tarde compraram a propriedade do casal Valdemar e Dona Amazonas, com três casas de madeira, onde funcionavam as duas primeiras escolas da nossa Comunidade, antigo Mobral e a terceira passou a ser a de residência dos padres, a partir do ano de 1969. Inicialmente a Igreja era de madeira e o projeto inicial para torná-la de alvenaria foi realizada pelos

Pe. Mono GiiJici e Pe. Francisco Lupinno, ambos do PIME e padres da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré. A construção durou aproximadamente dois anos e contou, com a participação efetiva dos moradores da comunidade. A missa de Inauguração foi celebrada por D. Arcângelo Cerqua, no dia da padroeira quando foi realizada também a Primeira Eucaristia de muitas crianças da comunidade. Foi o dia que receberam a primeira imagem de Nossa Senhora das Graças, doada pelo jornalista Caio Góes, do então Jornal do Commércio, cuja a filha estava entre as crianças que receberam a Eucaristia. Estiveram à frente muitos padres, entre eles o inesquecível Padre César Floria de La Rocca, que foi o primeiro a receber a incumbência de realizar o trabalho de evangelização na comunidade e de residir na comunidade, foi também o responsável pela construção da única quadra de esportes do bairro. Além dos padres Humberto Guidotti e Lourenço Benesperi, ambos também conhecido pela postura e o trabalho de orientação social, em razão dos menos favorecidos. O padre Pedro Gabriel de Oliveira Neto foi o fruto resultante deste trabalho de evangelização; de leigo da Comunidade de Nazaré, foi ordenado padre e passou a ser o primeiro padre da comunidade, e mais tarde ficou à frente da Paróquia como pároco onde realizou um ótimo trabalho social ao longo dos anos, dando continuidade ao trabalho iniciado por César La Rocca, de desenvolvimento social e acolhida aos meninos em situação de vulnerabilidade social. A Paróquia Nossa Senhora das Graças, em suas pastorais e movimentos, desenvolve uma série de atendimento à comunidade, desde o batismo que tem como missão orientar o início da vida cristã dos paroquianos até a catequese, que recebe em média 300 catequizados, entre crianças, jovens e adultos. Há também as Pastorais da Criança, Litúrgica, Dízimo, Acólitos, Animadores e Ministros da Eucarística, bem como movimentos como a Legião de Maria e o Terço dos Homens. Hoje está a frente de nossa Paróquia o Padre Mauro Cleto que deu à Paróquia uma injeção de ânimo e inovação aos agentes, oportunizando novos desafios, com a devida orientação para uma vivência em comunhão com o próximo.

SOBRE O PÁROCO Sua vocação sacerdotal nasceu de uma experiência de vida familiar. É o mais novo nascido em 4 maio de 1963, em Limoeiro do Norte, no Ceará. Desde cedo repetia em sua casa partes de uma missa e na adolescência já participava das atividade na comunidade católica de onde residia. Veio para Manaus aos 15 anos e residiu no bairro Morro da Liberdade. Foi para o grupo vocacional aos 18 anos e após 6 meses foi para o Seminário São José. Fez experiências pastorais no Coroado, acompanhou atividades de evangelização em escolas e na universidade. Foi ordenado padre em 8 de dezembro de 1989, por Dom Clóvis Frainer. Fez curso para formadores pela CNBB e ficou responsável pelo seminário de filosofia, localizado no bairro São Lázaro e também

10 • Novembro • Arquidiocese em Notícias

SERVIÇO Missa: sábado, às 18h; e domingo, 7h30 e às 19h Missa de Cura: terça-feira, às 19h Reunião do Terço dos Homens: quartas-feira, às 19h Terço em família: quintas-feira, às 19h

FESTEJOS Abertura dos festejos: 17/11, às 19h Novenário: de 18 a 26/11, às 19h Procissão e Missa: 27/11, às 17h30 (início)

EXPEDIENTE De segunda a sexta-feira, das 14h às 19h Fone (92) 3633-8020

foi pároco da Paróquia São Lázaro, por quatro anos. Depois foi para o bairro Alvorada 3, onde ficou 6 anos e meio, atuando em sete comunidades, com mais de 600 jovens; depois, em 2001, ficou um ano nas paróquias Sagrado Coração de Jesus e Santa Luzia. Também foi pároco na Área Missionária Sagrada Família, no Japiim, onde ficou mais de 6 anos. Também foi Chanceler da Cúria Metropolitana por 15 anos, foi responsável pela reunião do clero e pelo sitio dos padres. E há 8 anos assumiu a Paróquia Nossa Senhora das Graças. Padre Mauro sabe que não possui nada, é um servo de Deus a disposição da missão, desprendido como devem ser todos os sacerdotes, pois a vocação é um dom e deve-se viver um dia de cada vez, conforme Deus providencia e permite viver. Outro ponto marcante do pároco é o grande amor que tem por Nossa Senhora, uma devoção intensa à Maria.


Texto e foto: Érico Pena

Aproximadamente 3 mil pessoas, entre leigos, religiosos e devotos de São Francisco de Assis, participaram da procissão em homenagem ao santo, que aconteceu na tarde do dia 4 de outubro, nas ruas próximas à paróquia do padroeiro, localizada na praça Coari S/N, bairro São Francisco. Após a procissão, os fiéis participaram ainda da missa campal, realizada na área do estacionamento da igreja, presidida pelo arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Castriani e

concelebrada pelo pároco, Pe. Sabino Andrade e outros padres convidados. Ao fim da celebração, muitos permaneceram no local para prestigiar o arraial, finalizando assim os festejos do padroeiro e o jubileu de 60 anos da Paróquia de São Francisco Assis. Não há dúvidas que São Francisco de Assis é um dos santos mais populares e queridos, e isso pode-se constatar no período em que acontece seus festejos espalhados nas comunidades e paróquias que levam seu nome, onde todos participam e ajudam da maneira que podem. Outro bom exemplo dessa imensa devoção coletiva dos fiéis, é claramente demonstrada na tradicional procissão em homenagem ao santo, que todos os anos é realizada atraindo cada vez mais, um número maior de pessoas que fazem uma caminhada por várias ruas do bairro, orando e louvando, com seu terço ou a imagem do santo na mão e muitas é claro, pagando rigorosamente suas promessas.

Projeto O Pequeno Nazareno apresenta o trabalho de acolhida de meninos de rua Texto e foto: Ana Paula Lourenço

Foto: Comise

Paróquia festeja padroeiro e comemora 60 anos de existência

Seminaristas realizam missão no Careiro da Várzea e no bairro Manôa Ana Paula Lourenço

Sob o tema “Cuidar da nossa casa comum é nossa missão” e o lema “E Deus viu que tudo era muito bom”, os seminaristas da Teologia estiveram de 10 a 16 de outubro em missão no Careiro da Várzea, nas áreas do Miriti e Cumã, região que pertence à Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Já os que estão cursando Filosofia, devido a dinâmica dos estudos, fizeram missão na Área Missionária Santa Mônica, no bairro Manôa, nos dias 14 e 16, trabalhando o anúncio da vocação, um foco demando pelo pároco Pe. Cláudio que viu a necessidade de estimular as vocações na área. Nesta quarta edição da semana missionária, participaram seminaristas, leigos, diáconos permanentes, religiosas e membros da Sociedade das Missões Estrangeiras (SME). Segundo Paulo Araújo, coordenador do Conselho Missionário de Seminaristas (Comise), o objetivo central é fazer com que todos os participantes assumam a dinâmica missionária e compreendam que a igreja é por natureza missionária, logo somos todos discípulos missionários de Jesus Cristo, movidos pelo Espírito Santo.“O que a gente espera é que cresça em nós o ardor missionário para que possamos no serviço ao povo de Deus agir com caridade pastoral, olhando a realidade do nosso povo e ao conviver com ele, possamos nós crescer no amor à missão e abraçar essa proposta que é de Jesus”, afirmou.

Na manhã do dia 14 de outubro o arcebispo visitou a casa do Projeto Pequeno Nazareno, fundado em Manaus no dia 13 de dezembro de 2013, com a finalidade de trabalhar no acolhimento de meninos em situação de rua que hoje abriga 17 adolescentes e duas crianças. Na ocasião foi apresentado o projeto e os progressos obtidos ao longo dos quase 3 anos de existência. Dom Sérgio reafirmou o apoio dado a este projeto desde a fundação, tendo em vista a importância desse trabalho acolhedor e transformador. Mostrou-se muito contente em ver jovens que antes viviam pelas ruas sendo encaminhados para um futuro melhor, estudando, qualificando-se e rumando para uma vida digna.

Arthur Amorim

A quarta edição do Mochilaço Jovem foi realizada pela Casa Magis Manaus, nos dias 24 e 25 de setembro, com o tema “Mochileiros(as) no Serviço e Cuidado com a casa comum”e o lema “Para que venha o vosso reino de justiça, paz, amor e beleza”, trecho da oração da Carta Encíclica Laudato Sí, do Papa Francisco.

Com uma programação diferenciada, a peregrinação teve como ponto de partida a comunidade Santa Margarida de Cortona, localizada no bairro Alfredo Nascimento, do setor pastoral Dom Luiz da Arquidiocese e seguiu em direção à comunidade São João Batista no km 6 da BR 174, totalizando assim, 23 km de caminhada, com início às 8h da manhã de Sábado (24). Durante a peregrinação foi dado o enfoque aos cinco sentidos relacionando com a discussão socioambiental. Desta maneira, destaca-se a Visão parada para contemplar o projeto social de economia solidária, Oca da Juventude, na comunidade Santa Joana Darc, no bairro Aliança com Deus, que desenvolve trabalhos de reciclagem transformando garrafas pets em vassouras.

Foto: Casa Magis Manaus

Peregrinação, missão e celebração fizeram parte do Mochilaço Jovem

Arquidiocese em Notícias • Novembro 11


Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade

Por Josué Pessôa / Área Missionária Divina Misericórdia

“Sal da terra e luz do mundo”

FOTO: WIKIMEDIA/José Luiz

(Mt 5,13-14) Este é o tema do documento nº 105 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, fruto da assembleia geral da Conferência realizada em Aparecida, em abril de 2016, que atualiza a reflexão teológica e pastoral sobre a vida e a missão dos cristãos leigos na Igreja e no mundo, tendo em vista os novos apelos que chegam da realidade eclesial e social, bem como as mais recentes diretrizes do Magistério Eclesial, sobretudo do Papa Francisco.


“Eu sou uma missão na terra, e para isso estou neste mundo. Sonho com uma opção missionária capaz de transforma tudo. Um coração que nunca se fecha, que não opta pela rigidez, nem fica na defensiva“ (EG, n° 273; 27)

O

subtítulo do texto – “sal da terra e luz do mundo”, tomado do Evangelho de São Mateus (cf. Mt 5, 13-14) – aponta para a dimensão missionária da vocação laical, que se realiza na missão interna da Igreja, mas de modo especial no

mundo secular. A abordagem do tema situa-se no contexto da comemoração dos 50 anos do Concílio Vaticano II (1962-1965), que consolidou uma nova compreensão da Igreja como “Mistério divino-humano”, através do qual Deus realiza a obra da salvação do mundo, e como “povo de Deus”, integrado por todos os batizados, chamados à mesma graça e à missão comum de testemunhar o Evangelho. O Concílio trouxe um grande avanço na compreensão do laicato: não são membros secundários, nem apenas os beneficiários da ação da Igreja; são seus membros e participantes da mesma dignidade de filhos e filhas de Deus; e participantes da mesma missão da Igreja. Logo após o Concílio, houve grandes iniciativas voltadas à formação dos leigos e ao incentivo para a sua colaboração na missão da Igreja. Durante os 50 anos posteriores ao Concílio, quase não há documento do Magistério da Igreja, que não dê uma atenção especial aos leigos. Sem eles, a evangelização não vai para frente. Nesses tempos mais recentes de “uma mudança de época”, a ação evangelizadora dos cristãos leigos e leigas tem se fortalecido e aumentado. Nota-se o crescimento, cada vez maior, da sua participação na edificação da comunidade eclesial e da sociedade, vivendo fielmente a condição de filhos e filhas de Deus, no seguimento de Jesus, na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo, no testemunho de amor à Igreja; como “sujeito eclesial”, maduro na fé e no serviço aos irmãos e irmãs, sempre interpelados a viverem a sua vocação de serem “sal da terra e luz do mundo”, assim como Jesus definiu seus seguidores e a missão a eles confiada (Cf. Mt 5,13-14 - CNBB, Doc. 105, nº 24-37.119 – DAp, nº 99c). Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14), com coragem, criatividade e ousadia, em comunhão com seus pastores, querem ser para os dias de hoje, o olhar atualizado do Bom Pastor, o qual, ao “percorrer as cidades e aldeias” e encontrar as “multidões

cansadas e abatidas”, “move-se de compaixão” (Mt 9,35-38); dar-se a si mesmo; coloca-se à disposição; dispõe o próprio tempo a serviço de quem necessita. É o mesmo sentimento que transparece no episódio do Bom Samaritano, do Pai Misericordioso, no Juízo Final. Enfim, é o próprio coração da mensagem evangélica, seu núcleo mais genuíno e original. Hoje como nunca, as multidões continuam mordendo o pó da estrada em busca de sobrevivência, atraídas e rechaçadas pelo modelo econômico. Numa multidão anônima, cresce o número incalculável dos “sem”: terra, trabalho, teto, saúde, escola etc. Pessoas aos milhares e milhões que, para voltar aos adjetivos do Evangelho, seguem “cansadas” de tantas promessas falsas e “abatidas” pelo peso da fome e da miséria, do abandono e da violência e de tantos outros males. Os Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14), hoje tentam reproduzir, também, o olhar de pastor daquele Deus que repete e insiste: “eu vi a miséria, eu ouvi o clamor, eu conheço o sofrimento e eu desci para libertar o povo escravo, e conduzi-lo a uma terra onde “corre leite e mel” (Cf. Ex 3,7-10; Dt 26,5-10); buscam a descoberta e o encontro com um Deus profundamente sensível e solidário à situação social concreta das pessoas. Um Deus atento e vigilante, que garante o sustento e a proteção “do órfão, da viúva e do estrangeiro”.

A ASSEMBLEIA GERAL

O tom profético da assembleia geral da Conferência Nacional dos Bispos, realizada em Aparecida e dirigida aos cristãos leigos e leigas, do Papa Francisco, através de suas Encíclicas e outros pronunciamentos, insistem que não devemos nos acomodar na nostalgia de uma Igreja triunfal, ou pior ainda, na tentativa de restauração da velha cristandade. Não basta a “paz do medo”, assentada sobre o equilíbrio das armas, nem a “paz da morte”, cuja lembrança permanece viva no sangue dos mártires. O que buscamos é a “paz fundamentada na justiça e no direito” (cf. GS, nº 80-83). Não podemos permanecer debruçados sobre os problemas domésticos da doutrina, do ritualismo, acompanhado de um espiritualismo, muitas vezes desvinculados das questões políticas e sociais; resistindo e silenciando a respeito da opção pelos pobres, tema que o Papa Francisco retomou desde o início de seu pontificado (cf. Doc. 105, nº 41-50).

A Igreja vive dentro do mundo, interpelada a um permanente discernimento. O desafio dos cristãos leigos e leigas, será sempre viver no mundo sem ser do mundo, examinar tudo e ficar com o que é bom (Jo 17,15-16; 1Ts 5,21), o que exige não só mudança de mentalidade, mas também mudança de estruturas. A Igreja, direcionada e pautada pelos valores do Reino de Deus, caminha para frente, dentro da história, com lucidez e esperança, com paciência e misericórdia, com coragem e humildade; escuta, dialoga, ensina e aprende, diz sim e diz não, mas sobretudo, serve (Doc. 105, nº 90). “A Igreja não deve ficar à margem da luta pela justiça. Os leigos e leigas cristãos são chamados a assumirem diretamente a sua responsabilidade política e social” (SCa, n° 89).

JESUS NOS ENSINA a ser sujeito de nossa vida, por palavras e ações. Suas atitudes nos convidam a uma nova maneira de ser. Suas decisões manifestaram os caminhos concretos do amor “até o fim” (Jo 13,1). No seguimento de Jesus, como seus discípulos, somos sujeitos de nossa vida e de nossa missão, conscientes de nossa dignidade, livres de qualquer escravidão e capazes de doar-nos ao serviço do Reino de Deus, da comunhão eclesial e do amor ao próximo. Apesar do crescimento da consciência, da identidade e da missão dos cristãos leigos e leigas na Igreja e no mundo, ainda há um longo caminho a percorrer. O documento de Santo Domingo afirma: “A maior parte dos batizados ainda não tomou consciência de sua pertença à Igreja” (DSD, n° 96). O Papa Francisco quer uma Igreja de portas abertas, uma Igreja “em saída”, que entra na noite do povo, é capaz de fazer-se próxima e companheira, mãe de coração aberto, para curar as feridas e aquecer o coração, de maneira que cada cristão possa dizer: “Eu sou uma missão na terra, e para isso estou neste mundo. Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo. Um coração que nunca se fecha, que não opta pela rigidez, nem fica na defensiva “(EG, n° 273; 27). Pedimos a Maria, mãe da Igreja, cheia de fé e de graça, totalmente consagrada ao Senhor, que acompanhe todos os leigos e leigas, seus filhos e filhas, em cada dia da vida. E que sob sua maternal proteção ecoem em nossos corações as suas palavras: “Fazei tudo o que ele vos disser!” (Jo 2,5). Arquidiocese em Notícias • Novembro 13


Dom Sérgio dá posse ao novo bispo de Roraima, Dom Mário Antonio Texto e foto: Ana Paula Lourenço

A solenidade de posse do novo bispo de Roraima aconteceu na tarde do dia 18 de setembro, em uma missa campal em frente à Catedral Cristo Redentor, na Praça do Centro Cívico, no Centro de Boa Vista. Foi presidida inicialmente pelo arcebispo metropolitano, Dom Sérgio Castriani. Concelebraram vários bispos e padres da Arquidiocese de Manaus e das dioceses e prelazias do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Dom Mário foi nomeado pelo Papa Francisco em 22 de junho de 2016, para suceder Dom Roque Paloschi, que em dezembro de 2015 foi transferido para a Diocese de Rondônia. Ele chegou a Boa Vista na tarde de 17 de setembro, e ainda no aeroporto foi recepcionado pela comunidade católica local. Também foram carinhosamente recepcionados Dom Sérgio Castriani e o antigo bispo de Roraima e atual arcebispo de Rondônia, Dom Roque Paloschi.

Dom Sérgio inaugura filial da Associação Sagrada Família – ASFA em Manaus Texto e foto: Érico Pena

Na noite do dia 16 de setembro, o arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani, participou da inauguração da Associação Sagrada Família (ASFA II), situada na rua Duque de Caxias, 1823, Praça 14 de Janeiro, onde juntamente com o Padre Delair Sebastião Cuerva, presidente e fundador da ASFA, vindo diretamente da sede, em Botucatu (SP), inauguraram oficialmente a segunda filial (a primeira é em São Paulo) no Brasil. Será um local que tem como missão ajudar aqueles que mais necessitam, sobretudo os idosos, pessoas com câncer e portadoras da AIDS.

14 • Novembro • Arquidiocese em Notícias

Segundo Tânia Alcântara, o sonho de criar uma filial da ASFA em Manaus foi uma ideia que partiu da sua mãe, Dona Tirza, que infelizmente faleceu cinco dias antes da inauguração. De acordo com a Tânia, a “ASFA II: Dona Tirza”, como passou a ser conhecida, funcionará como uma espécie de creche para idosos. “Aqui teremos um lugar para ajudar às pessoas que necessitem de algum auxílio, mas o nosso público será os idosos, que virão para cá para passar o dia, lanchar, almoçar e realizar algumas atividades para se distrair e se sentir vivo, melhor do que ficar em casa sem fazer nada. Para isso vamos iniciar com alguns voluntários que irão colaborar com palestras, aulas de artesanato e outras coisas que ainda estamos organizando”. Disse.

Rede promove encontro formativo sobre tráfico de pessoas na Região Amazônica Texto e foto: Érico Pena

A Rede Um Grito Pela Vida, realizou na noite do dia 21 de setembro, o encontro de formação que tratou da temática “Exploração Sexual e Tráfico de Mulheres e Crianças”. O evento aconteceu no Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus (CEFAM), contando com a presença de aproximadamente 50 pessoas que debateram a temática “Tráfico de pessoas e suas principais causas”, sobretudo na Região Amazônica, uma das principais rotas que favorecem esse crime. Em Manaus a Rede atua desde 2010, praticando ações de sensibilização, prevenção e informações sobre o Tráfico de Pessoas; acolhida e encaminhamento dos casos; capacitação, formação de lideranças e de grupos; mobilização social e incidência política; articulação de parceiras; entre outros, conforme explicou a Irmã Valmi Bohn, coordenadora do Núcleo Manaus, que faz parte da congregação das Irmãs da Divina Providência.


Repam realiza curso Comunicação para a transformação social em Manaus Texto e foto: Ana Paula Lourenço

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-BRASIL) e a Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o apoio da Catholic Relief Services (Entidade Católica dos Estados Unidos que presta ajuda humanitária) promoveram de 21 a 25 de setembro, no Centro de Treinamento Maromba, em Manaus (AM), o curso Comunicação para a transformação social, do qual participaram cerca de 40 comunicadores da Amazônia Legal, vindos dos estados

do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Também estiveram presentes representantes dos estados Rio Grande do Sul: Rede Marista; São Paulo: Irmãs Paulinas; Brasília: Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Pontifícias Obras Missionárias (POM), Cáritas Arquiodicesana de Manaus e do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). As atividades foram conduzidas pelo assessor Pedro Sánchez, de Quito-Equador, que é o responsável pela comunicação da REPAM. Este foi o primeiro de dois módulos deste curso que busca encontrar respostas aos desafios da comunicação e como atuar no cuidado e defesa da Casa Comum, nosso planeta. Representaram a Arquidiocese, dois profissionais de Comunicação da Rádio Rio Mar e um da Assessoria de Comunicação.

ANIVERSARIANTES DO MÊS NATALÍCIO DIÁCONO AFONSO BRITO

04

PE. RENEU STEFANELLO

04

DIÁCONO JOSÉ MARQUES

05

PE. JOÃO POLI

13

PE. NELSON PEREIRA

14

DIÁCONO NELSON NOGUEIRA

22

PE. WOLNEY AUGUSTO

24

FR. JOSÉ DURVAN

27

ORDENAÇÃO PE. CELESTINO CERETTA

05

PE. EULÁLIO PIÑON

07

PE. JOSIMAR MARINHO

25

DIÁCONO FRANCISCO ALVES

27

DIÁCONO FRANCISCO CARLOS

27

DIÁCONO FRANCISCO GILSON

27

DIÁCONO JOÃO BOSCO

27

DIÁCONO IRINEU DOS SANTOS

27

DIÁCONO RONALDO SOUZA

27

DIÁCONO SEBASTIÃO MONTEIRO

27

PE. JOSÉ NOGUEIRA

28

FR. JOSÉ DURVAN

28

DIÁCONO ATANÁZIO DOS SANTOS

28

Pastoral da Juventude realiza o 8º Encontrão de Pjoteiros e Pjoteiras Texto e foto: Érico Pena

Com o intuito de preparar os jovens para o Dia Nacional da Juventude (DNJ), que acontecerá em outubro com o tema “Juventude e casa comum”, a coordenação arquidiocesana da Pastoral da Juventude (PJ), organizou a oitava edição do Encontrão de Pjoteiros e Pjoteiras da Arquidiocese de Manaus, que aconteceu na tarde do dia 25 de setembro, iniciando com a concentração dos jovens na Praça Heliodoro Balbi (Praça da Polícia), e às 16h, saíram em romaria até o Santuário São José Operário, onde assistiram a celebração presidida pelo padre João Benedito e depois

participaram das várias oficinas oferecidas nas diversas tendas. A “largada” para a caminhada da juventude aconteceu após a bênção do arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani, que salientou a importância dos jovens e classificou a caminhada como uma luta pela vida. Depois de abençoados, cerca de 600 jovens da PJ de todos os 12 setores de Manaus, seguiram em romaria atrás do carro de som, cantando, dançando, rezando, agitando suas faixas, cartazes e bandeiras de forma pacífica até chegar ao destino final, porém, antes disso, foram realizadas três “paradas estratégicas” chamadas de martírio.

Missionários de Lins são acolhidos pela Arquidiocese de Manaus Texto e foto: Érico Pena

Na tarde do dia 27 de setembro chegaram a Manaus o padre Matheus Ferreira e o diácono Luiz de Lavor, missionários vindos da Diocese de Lins (SP) que foram recepcionados pelo arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani, e pelo Pe. Geraldo Bendaham, coordenador de pastoral da Arquidiocese. A missa de envio dos dois religiosos aconteceu no último dia 22, na Catedral Diocesana de Santo Antônio, em Lins, sendo presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, Dom José Albuquerque de

Araújo e concelebrada por Dom Francisco Carlos, Bispo de Lins. Os missionários unem-se à equipe do Projeto Missionário entre os Regionais Norte 1 (Amazonas e Roraima) e o Sul 1 (São Paulo) e, em Manaus, vão desempenhar seus trabalhos pelos próximos três anos na Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Pobres, no bairro do Puraquequara (setor São José), onde na manhã do dia 9 de outubro, em uma celebração presidida por Dom Sérgio, tomaram oficialmente posse como pároco e diácono de apoio, sendo responsáveis pelas atividades na paróquia e em mais 19 comunidades ribeirinhas, com um povo muito fervoroso e sedento de Deus.

Arquidiocese em Notícias • Novembro 15


Pascom realiza 2º Encontro de Formação com agentes de Pastoral Texto e foto: Érico Pena

Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe celebra a posse de seu novo pároco Texto e foto: Érico Pena

Com a responsabilidade de anunciar a palavra de Deus; de santificar os fiéis pelos sacramentos, sobretudo a Eucaristia; de governar a comunidade em espírito de serviço, e exercer com alegria, disponibilidade e doação a missão de ser pastor de um novo rebanho, o Padre Antônio Carlos Fernandes tomou posse como o mais novo pároco da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe. A cerimônia aconteceu no dia 22 de setembro, sendo presidida pelo

arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani, e contou com o presença de outros presbíteros e diáconos, além da presença de fieis das 11 comunidades que compõem a paróquia que se fizeram presente lotando a igreja. No decorrer da celebração, pode-se perceber que tudo foi preparado com muito carinho pelas comunidades para acolher o novo pároco. Desde a entrada da palavra, passando pelos cantos cuidadosamente escolhidos e bem cantados, até o momento do rito de entrega dos símbolos sacerdo-

tais, a comunidade se fez presente para deixar tudo mais bonito e inesquecível, mostrando a verdadeira força que tem uma paróquia, fato salientado por Dom Sérgio em sua homilia. Sobre a posse do novo padre o arcebispo ainda comentou. “A missão do pároco é manter acesa a chama da palavra, fazendo da Eucaristia o centro da vida. É aconselhar aos que mais precisam, é tratar todos de maneira igual, é cuidar com zelo da paróquia que é responsável e cremos que assim fará o padre Antônio que hoje toma posse perante vocês”.

Na tarde do sábado (1/10), a Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Manaus, promoveu o 2º Encontro de Formação com todos os agentes da Pascom das Paróquias e Áreas Missionárias, com o tema: Aprofundando a Relação Entre Pastoral e Comunicação. O encontro foi realizado no Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus (CEFAM), tendo entre seus palestrantes o arcebispo de Manaus, Dom Sérgio Castriani, o coordenador arquidiocesano de pastoral, Pe. Geraldo Bendaham e o Coordenador da PasCom Catedral Metropolitana de Manaus, Ivanildo Gama Bastos. O encontro se dividiu em dinâmica inicial, palestras, trabalho em grupo e avisos finais. Segundo a Irmã Carmelita, da organização do encontro, um dos objetivos da formação é de integrar as pascoms paroquiais entre si e com a Pascom central. Dom Sérgio, em uma das palestras, falou sobre a importância da vivência do comunicador na comunidade de base, para viver melhor sua espiritualidade. Por fim, pe. Geraldo palestrou sobre o organograma da arquidiocese e sobre a organização eclesial. Para o secretário da Repam, Nilo Praxedes, “somos todos interligados e temos o propósito de divulgar a missão de Jesus, que foi um grande comunicador”.

Milhares de fiéis participam do círio de Nossa Senhora de Nazaré realizado em Manaus Texto e foto: Ana Paula Lourenço

Uma multidão de fiéis participou do Círio de Nazaré realizado na manhã do último domingo, 9 de outubro, com início às 7h da manhã, do Santuário Nossa Senhora de Fátima. Por volta das 9h50 os devotos chegaram à Igreja de Nossa Senhora de Nazaré – Setor Parque 10 de Novembro, e a imagem foi conduzida até o altar pelo pároco Pe. Mário Missiato e recebida sob chuva de pétalas de rosas. A celebração eucarística que ocorreu em seguida, foi presidida pelo bispo

16 • Novembro • Arquidiocese em Notícias

auxiliar, Dom José Albuquerque, que ao saudar Nossa Senhora afirmou que a não se trata de idolatria, mas de recordar a mãe de Jesus que também é a mãe da humanidade, mãe de todos até dos que não a reconhecem. Também explicou sobre a oração do rosário e a importância de rezá-lo pois nele contemplamos os mistérios que recordam a vida de Jesus, também como ele aprendemos a rezar com Maria reza, pois foi ela mesma que nós ensinou e nos pediu que rezássemos todos os dias.


Devotos de N. Sra. Aparecida participam de festa em Presidente Figueiredo vestidas de anjinhos. Os fiéis caminharam rezando o terço, cantando hinos marianos e refletindo a misericórdia de Deus para com a humanidade. Na homilia, Dom Sérgio afirmou que Maria é um exemplo de mulher que não se esquece de nós e está com seu povo, que está constantemente conosco e é um presente para a humanidade. Também afirmou que neste dia se inicia o Ano Jubilar Mariano no Brasil, por ocasião dos 300 anos em que Nossa Senhora apareceu aos pescadores, e com isso espera-se que haja intensa evangelização com Maria e, a exemplo dela, ir ao encontro dos irmãos para compartilhar a alegria do Evangelho de Jesus Cristo.

TTexto e foto: Ana Paula Lourenço

No dia 12 de outubro centenas de fiéis devotos de Nossa Senhora Aparecida participaram da procissão e missa solene promovida pela paróquia Nossa Senhora Aparecida, do município de Presidente Figueiredo, cujo pároco é o padre Ronaldo Araújo. A procissão, uma bonita manifestação de fé que reuniu moradores da localidade que fica a 125 quilômetros de Manaus, partiu da praça da Bíblia e chegou ao centro pastoral, ao lado da Igreja, para a missa campal presidida pelo Arcebispo de Manaus. Durante a procissão, os devotos seguiram a imagem de Aparecida que, além das belas flores, estava ornada de crianças

Procissão, missa e ação social finalizam os festejos de São Vicente de Paulo Texto e foto: Érico Pena

A Paróquia São Vicente de Paulo, localizada na Rua Santa Rita, 833 – Compensa III, finalizou na noite do dia 27 de setembro, os festejos do seu padroeiro, que contou com a participação expressiva de todas as sete comunidades que compõem a paróquia e que se uniram para caminhar juntas tanto na procissão, quanto na organização da celebração, presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, Dom José Albuquerque e concelebrada pelo pároco Marco Antônio da Silva (Pe. Marquinho) e padre Cândido Cocaveli.

Antes da celebração, a comunidade saiu em procissão pelas ruas próximas a paróquia, e, dessa vez, além de cantar e rezar, alguns comunitários também realizaram um gesto simbólico de coleta seletiva de lixo, recolhendo em sacos plásticos alguns lixos que iam encontrando na rua, o primeiro a dar exemplo foi o próprio Pe. Marquinhos, sempre à frente do seu povo, conduzindo-os de maneira alegre e sorridente. Durante o trajeto também houve três paradas reflexivas, abordando os seguintes temas de maneira pacífica: Política e Politicagem; Cuidado com o meio ambiente, reforçando ainda mais o gesto da coleta dos detritos; e O papel da igreja na vida do povo.

Arcebispo realiza consagração do altar da igreja Santo Expedito Texto e foto: Érico Pena

O arcebispo metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani, presidiu na noite do dia 11 de outubro, uma celebração toda especial na Área Missionária Menino Jesus, onde realizou a consagração do altar da igreja da Comunidade Santo Expedito, localizada na rua Vinca, 37, bairro do Crespo. Concelebraram pároco Alexsandro Vieira e o padre Fernando Sabino, da Capela Militar Nossa Senhora do Loreto, que juntamente com a comunidade, participaram desse momento único da igreja, que a partir de agora passou a ter seu altar fixo.

O altar novo demorou cerca de dois meses para ficar pronto e é todo feito de granito carrara branco, com a imagem de um cordeiro no centro. No rito de consagração do altar ocorreram a aspersão da água benta no povo e no altar; as preces deram lugar ‘a ladainha de todos os santos e, logo após a homilia, o arcebispo ungiu o altar com o óleo do Crisma. Na sequência aconteceu o rito da iluminação, acendendo as velas do altar. Padre Alexsandro não escondia a alegria de participar pela primeira vez da consagração de um altar, onde é feito todo o sacrifício para a nossa salvação, por isso sua consagração é tão solene.

Arquidiocese em Notícias • Novembro 17


CNBB

Mensagem à Igreja Católica no Brasil

Economia de Comunhão A cultura da partilha no meio empresarial Ana Paula Lourenço

Na imagem de Nossa Senhora Aparecida “há algo de perene para se aprender”. “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe” (Papa Francisco)

Foto: Arquivo Loppiano

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, instituiu o Ano Nacional Mariano, a iniciar-se aos 12 de outubro de 2016, concluindo-se aos 11 de outubro de 2017, para celebrar, fazer memória e agradecer. Como no episódio da pesca milagrosa narrada pelos Evangelhos, também os nossos pescadores passaram pela experiência do insucesso. Mas, também eles, perseverando em seu trabalho, receberam um dom muito maior do que poderiam esperar: “Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe”. Tendo acolhido o sinal que Deus lhes tinha dado, os pescadores tornam-se missionários, partilhando com os vizinhos a graça recebida. Trata-se de uma lição sobre a missão da Igreja no mundo: “O resultado do trabalho pastoral não se assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor” (Papa Francisco). A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças. Todas as dioceses do Brasil, desde 2014, se preparam, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que percorre cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus. O Ano Mariano vai, certamente, fazer crescer ainda mais o fervor desta devoção e da alegria em fazer tudo o que Ele disser (cf. Jo 2,5). Todas as famílias e comunidades são convidadas a participar intensamente desse Ano Mariano. A companhia e a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida nos ajude a progredir como discípulas e discípulos, missionárias e missionários de Cristo!

Apresentar uma porção de humanidade criando postos de trabalho a fim de incluir os excluídos do sistema econômico e social, difundindo uma cultura da partilha e da comunhão, suscitando iniciativas educativas e culturais, e intervindo em situações de emergência, com ajudas concretas, aplicando e desenvolvendo a divisão dos lucros. Este é o objetivo da Economia de Comunhão (EdC) que teve início em maio de 1991, em Mariápolis Araceli (atual Mariápolis Ginetta), situada a 47 km de São Paulo, por Chiara Lubich, após uma visita ao Brasil, como uma resposta concreta ao problema social e ao desequilíbrio econômico, colocando ao cristão o dever de contribuir para uma mudança social. Nasceu dentro do Movimento dos Folcolares, mas é uma proposta independente, algo novo a ser compreendido e testado como todas as demais teorias. Ao longo de 25 anos, esta tem sido a linha econômica de empresas espalhadas pelos cinco continentes. Em Manaus, oficialmente três seguem esse modelo: Loppiano Pizza, Mr. Pizzo e Clínica Médica Salus. Rogério Cunha, proprietário da Loppiano Pizza, foi apresentado aos Folcolares e ao projeto de Economia de Comunhão pela sua esposa e desde o início da pizzaria, em 1994, os princípios da EdC são aplicados, construindo uma atmosfera de princípios cristãos junto aos funcionários e clientes. Desde então, a empresa tem acumulado não apenas bens materiais, mas também espirituais e relacionais (com o próximo e com o ambiente). Rogério vivenciou a fundação, sendo parte da primeira geração que adotou esta economia e criou a Associação Nacional por uma Economia de Comunhão (Anpecom), entidade civil criada para dar mais visibilidade a esse novo agir econômico e desassociá-lo do Movimento dos Folcolares, pois não é restrito a ele. A Economia de Comunhão propõe formas de partilha de bens, sendo elas espirituais, relacionais, de conhecimentos e de lucros. Na Loppiano começou em pequenas experiências, nas reuniões mensais quando é feita a leitura de um trecho do Evangelho, chamada Palavra de Vida, e ao final são feitas partilhas de bens espirituais. A cultura da partilha do conhecimento acontece quando um colaborador sai para um treinamento, e ao retornar compartilha o conteúdo assimilado com os demais colegas e isso ajuda no crescimento intelectual de todos, proporcionando que haja capacitação para crescer dentro da empresa. Todos também se tornam solidários aos problemas do outro e se ajudam. O segredo para contagiar tanta gente tem sido a vivência, colocar em prática essa proposta, pois só assim as pessoas podem sentir e incorporar essa partilha no dia a dia.

Um dos pilares dessa economia são os bens relacionais. “Como colocamos o colaborador no centro das nossas decisões, a gente cria um ambiente propício para relacionamentos saudáveis, ao ponto do gerente querer tão bem aos subordinados que entende cada situação, por exemplo no caso do casal que trabalha na empresa tirar férias ou folgas no mesmo período para que possam ficar juntos e poder tirar férias em família. Assim, tornando o homem o centro das atenções da empresa, promove-se relacionamentos saudáveis e duradouros que é transmitido também para os nossos clientes. São patrimônios que marcam a vida de todos os envolvidos”, destacou Rogério. São mais de 800 empresas no mundo que aplicam a EdC e cada uma coloca em comum uma parte dos lucros que é recolhido e colocado em um fundo por país, que divide os recursos por regional, e Manaus integra o grupo formado por Rondônia, Acre e alguns municípios do Amazonas. Não há uma porcentagem fixa, a empresa dá o que estiver de acordo com suas possibilidades. O recurso tem várias destinações, uma delas é a ajuda a pessoas ou família que necessitam de algum auxílio para sair da situação de extrema pobreza; outra seria financiar um curso profissionalizante, ou uma ajuda mensal por um período para auxiliar nas necessidades básicas. Também é usado para fortalecer estruturas, colocando homens novos, com a cultura do bem e da partilha, na política, no meio empresarial, criando centros que ajudem o crescimento de uma comunidade e descoberta de talentos para o mercado de trabalho. Também se trabalha para ajudar projetos de evangelização e transformação social. No caso da Loppiano, tem sido realizadas feijoadas beneficentes também para outros movimentos com finalidade de arrecadar recursos para algum fim caritativo e solidário, renda esta incrementada com as feirinhas de roupa usada. Há o desejo de que pessoas, além do Movimento dos Folcolares, adotem as práticas propostas e que a EdC seja uma terceira via de desenvolvimento econômico. Há um grande trabalho para envolver também o público jovem, principalmente os que buscam ser empreendedores, visando sempre formar homens novos para o mundo. Para disseminar esse novo conceito no meio empresarial foi criado em junho uma noitada informal chamada “Bate Papo EdC” para o qual são convidados empresários para participar do evento e conhecer a Economia de Comunhão. A próxima edição deve acontecer junto aos empresários de Manacapuru que têm manifestado o desejo de conhecer esta nova proposta de economia. “A maior alegria de todo o percurso feito com a EdC é ver a cultura da partilha disseminada. É muito legal, pois vivemos um clima diferente dentro da empresa, com respeito, solidariedade e amor ao próximo”, afirmou Rogério

18 • Novembro • Arquidiocese em Notícias


Animação

TODAS AS IGREJAS PARA O MUNDO TODO Pe. Jaime Carlos Patias, IMC, secretário nacional da Pontifícia União Missionária A Pontifícia União Missionária completa, este ano, um século a serviço da missão. A obra foi fundada pelo padre italiano, o bem-aventurado Paolo Manna do PIME (Pontifício Instituto das Missões ao Exterior), coadjuvado pelo bispo dom Guido Maria Conforti, fundador dos Missionários Xaveriános, em 31 de outubro de 1916. A partir de então, sua atuação espalhou-se pelo mundo. Sua finalidade é educar para a sensibilização missionária os presbíteros e seminaristas, membros dos institutos de Vida Consagrada e Vida Apostólica, bem como dos leigos comprometidos com a missão universal. Com o objetivo de celebrar essa história e projetar seu futuro, foi realizado nos dias 8 a 11 de agosto, no México, o 1º Encontro dos secretários e responsáveis da União Missionária no continente Americano. O evento reuniu 22 representantes de 13 países, com a presença do novo secretário geral da Obra, padre Fabrizio Meroni, PIME. Segundo o novo secretário geral da Obra, “o testemunho do fundador, o padre Manna, logo no início do século XX, é verdadeiramente profético. Porém, a atual realidade eclesial e cultural mudou. Percebe-se um declínio no interesse pela missão ad gentes, juntamente com uma crise na pastoral ordinária”. Além do mais, continuou o secretário, “temos uma exagerada clericalização da ação pastoral sem muita participação dos leigos. A missão aparece separada da pastoral e concentrada em alguns organismos, congregações, movimentos e padres fidei donum, sem impacto na vida da Igreja local de origem”. Para superar essa visão, é preciso recuperar o primado de Deus na vida da Igreja.

deveria ser na formação missionária permanente, com uso de recursos humanos e materiais da América e Europa e com o apoio do Secretariado Geral. Como critério, devem ser visitadas as igrejas, que já têm um nível de reflexão teológica sobre seu próprio trabalho de evangelização, no primeiro anúncio, pastoral, catequese, a formação de comunidades e que já têm universidades católicas. Ao terem formado pessoas que ensinam, refletem e escrevem como protagonistas da formação permanente, essas Igrejas podem colaborar com outros países. É o caso das Igrejas na Costa do Marfim, República Democrática do Congo e Camarões, de língua francesa. Quênia, Nigéria e África do Sul, de língua inglesa. Durante o encontro no México, o secretário geral da União Missionária fez uma avaliação positiva.“Em primeiro lugar porque me possibilitou escutar. Reunimos pessoas vindas das igrejas do norte, centro e sul da América. Foi uma experiência de partilha, de interação sobre questões que também me preocupam. Confirmou-se a diversidade existente nos diferentes países. Isso fortalece a convicção de que o serviço central de uma instituição internacional que está dentro do Vaticano, servindo o papa, deve respeitar as particularidades das Igrejas locais e ser flexível entendendo que, por suas histórias, idiomas e experiências pastorais, desafios socioculturais, são Igrejas que têm conteúdos e modalidades diferentes de atuação”. Características do Fundador Ainda sobre o padre Paolo Manna, o secretário geral destacou algumas características que servem de parâmetro atual

para a animação e a cooperação missionárias. “A busca incansável da santidade dentro de um chamado vocacional específico ao sacerdócio ministerial para a missão ad gentes; uma paixão ardorosa para que Cristo seja conhecido, anunciado e para que todo o mundo seja salvo; uma clara convicção eclesiológica que, apesar de viver num contexto do início do Século XX, onde a Igreja era reduzida à hierarquia, padre Manna já tinha claro que, pelo serviço hierárquico do papa, toda a Igreja deveria se colocar a serviço do anúncio do Evangelho. Há uma perspectiva de que todas as Igrejas, dentro da única Igreja, devem trabalhar para a missão no mundo inteiro”. No Brasil, a Pontifícia União Missionária está empenhada na formação missionária dos presbíteros e seminaristas por meio de diversas iniciativas: cursos, encontros, congressos, simpósios e experiências de missão. Nos seminários, a animação desse trabalho é feita pelos Conselhos Missionários de Seminaristas (Comises) que contam com articulação regional e nacional. O Secretariado Nacional da Obra, em Brasília (DF), assessora e acompanha as atividades. VOCÊ SABIA? A União Missionária publica a Revista Omnis Terra, tem uma Agência de Noticias missionárias Fides e o Centro Internacional de Animação Missionária – CIAM Acessa: www.fides.org e www.ppoomm.va Colaboração: Pe. Pedro Facci

Propostas de trabalho Fabrizio Meroni é padre há 28 anos, mestre e doutor em teologia, com estudos realizados nos Estados Unidos. Já trabalhou no Brasil e no Camboja, fator que em muito contribui para a sua ampla visão da Igreja no mundo. Em sua opinião, a Pontifícia União Missionária poderia trabalhar, na América e Europa, tendo a mídia como instrumento de evangelização, além de criar uma Faculdade de Missiologia bilíngue (espanhol e inglês) como espaço de reflexão missionária no contexto cultural dos continentes. Na África, Ásia e Oceania, o investimento

Arquidiocese em Notícias • Novembro 19


Maria Ivanilda de Castro Gomes

Uma leiga consagrada a serviço de Deus Se alguém quiser saber alguma informação sobre algum fato que aconteceu nesses últimos 22 anos na Arquidiocese de Manaus, não há dúvidas a quem recorrer e todos são unânimes em indicar a mesma pessoa: a leiga consagrada Maria Ivanilda de Castro Gomes, ou simplesmente Dona Ivanilda.

Texto e foto: Érico Pena

Conhecida carinhosamente também como “Bispa”, justamente pela sua caminhada religiosa de mais de 20 anos consecutivos e estar sempre atuando em alguma atividade da igreja, seja coordenando, cantando ou simplesmente participando de algum grupo, pastoral ou movimento cristão, dentro e fora da paróquia Nossa Senhora de Fátima, onde frequenta há mais de 40 anos. Dotada de um bom humor sem igual, viúva e mãe de quatro filhos (três mulheres e um homem) e de um quinto filho que faleceu com 10 meses de vida), dona Ivanilda nasceu na Terra dos Bumbás em 7 de julho de 1937, mais especificamente no lugarejo chamado Boca do Jacaré, batizou-se aos seis anos na igreja Sagrado Coração de Jesus, localizada no município deParintins, e, em 1946, mudou-se para Manaus junto com a tia, indo morar no bairro da Cachoeirinha, lugar onde fez sua primeira Eucaristia na igreja de Santo Antônio, hoje uma das comunidades da Paróquia Santa Rita de Cássia. Alguns anos depois foi crismada na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (igreja da Matriz). Estudou nos colégios Santa Doroteia, Santa Teresinha e Nossa Senhora Auxiliadora e, em todos, fez parte do coral. Em 1962 tornou-se presidente da congregação Pia União das Filhas de Maria Imaculada, em pleno período de ditadura, 5 de junho de 1964, casou-se. Dona Ivanilda conta que desde criança sentiu o chamado para trabalhar na obra do Senhor, mas só depois do falecimento do marido, em 26 de agosto ode 1992, que realmente assumiu a missão e, de lá para cá não parou mais, atuando diretamente na igreja, sendo coordenadora da equipe de música, coordenadora da liturgia, ministra da Palavra, da Eucaristia e da Esperança, integrante da Pastoral da Saúde e dos Enfermos, entre outros, até finalmente tornar-se uma Leiga Consagrada em 2002. “Eu sempre tive vontade de trabalhar para Deus, e quando eu ainda estava no interior, eu encontrei um santinho de Margarida Maria Alacoque, uma freira que se tornou santa e cuja a história me chamou muita atenção e me motivou ainda mais. Porém, só depois de muitos anos e já viúva, que eu resolvi assumi o chamado de verdade, atendendo um pedido do padre Gentil para fazer um serviço na

igreja e foi quando eu comecei a cantar junto com o grupo de jovens da equipe de música e depois continuei atuando em diversas atividades, até receber o convite para me consagrar, mas na época eu não aceitei, até que no ano 2000, durante a visita do arcebispo Dom Luiz à paróquia, eu conversei com ele sobre a consagração e fiquei dois anos em formação e estudos e, em 16/07/2002, no dia de Nossa Senhora do Carmo, eu fui finalmente consagrada, por coincidência na mesma data que fui batizada”, comentou. Vale ressaltar que entre 2001 a 2013, foi coordenadora do Movimento Eclesiástico e Comunidade de Vida, atuando na arquidiocese junto com Dom Mario Pasqualotto. Também trabalhou nas peregrinações junto com Dom Sebastião Bandeira (bispo auxiliar na época), chegando a coordenar a caravana que participou do Congresso Eucarístico no Paraná e a participar da caravana da vinda do Papa em 2007. “Foram mais de 300 pessoas que foram nessa caravana para ver o Papa Bento XVI e nessa viagem eu tive uma benção que nem Dom Luiz teve, que foi de beijar e pegar na mão de Vossa Santidade e ser abençoada por ele, que colocou as duas mãos sobre minha cabeça”, disse toda sorridente. Nesse mesmo ano viajou à Terra Santa junto com a caravana do Monsenhor Jonas Abib, padre da Canção Nova que conheceu no período que atuou como coordenadora da secretaria Gabriel, que era responsável pela parte de comunicação da Renovação Carismática Católica (RCC), por meio do qual chegou a conhecer muitos padres, pregadores e formadores famosos que se tornaram tão amigos a ponto de visitar a sua casa durante as visitas à Manaus, entre eles o Pe. Antonello e Pe. Antônio Maria. Com relação ao apelido de “bispa” ela explica que partiu de um dos seus ilustres visitantes. “Dom Mario Pasqualotto me chamava de Madre Geral, Dom Sebastião, de Madre Superiora e, quando o missionário e pregador Ironi Spuldaro veio uma vez a Manaus, ficou hospedado aqui em casa e vendo minha movimentação ao falar no telefone e atender as pessoas, chegou na sua pregação e disse que aqui em Manaus o povo de Deus tinha uma bispa, porque quando os bispos não resolviam eu dava conta”, falou sorrindo. Hoje em dia ela faz parte do grupo Leigas Consagradas a Deus a serviço da Arquidiocese de Manaus, que atualmente possui 13 consagradas e quatro em experiência, que se reúnem com o arcebispo de metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani, uma vez a cada dois meses no Santuário de Nossa Senhora de Fátima. “A nossa experiência que tivemos como Leigas Consagradas a Deus tem sido, desde os primeiros momentos (ainda com Dom Luiz) o melhor tesouro que Deus nos deu e juntas vivemos nossa experiência com Deus atentas ao ensinamento do Evangelho agora sob a orientação de Dom Sérgio, que desde a sua posse, em 2013, abraçou a ideia”, explicou.

“Eu sempre tive vontade de trabalhar para Deus”.


Nossa Senhora Aparecida Celebração acolhe imagem peregrina de N. Sra. Aparecida e comemora 300 anos do seu aparecimento

Érico Pena

Centenas de fiéis participaram na tarde deste do dia 15 de outubro, da missa jubilar dos 300 anos do aparecimento de Nossa Senhora Aparecida, que foi presidida pelo arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Sérgio Castriani e contou com a presença do padre Eduardo Ribeiro, do santuário Nacional de Aparecida (SP), que veio para o encerramento da visita da imagem peregrina de Nossa Senhora. Desde de setembro de 2015, a imagem viajou o Amazonas e antes de vir para Manaus passou por Manacapuru, a 68 km da capital do Estado, onde esteve desde o dia 7 de outubro. E foi assim, com o santuário lotado, que os devotos assistiram o tão aguardado momento: a entrada da imagem de Nossa Senhora Aparecida, dentro de uma pequena canoa carregada por pescadores do município de Manacapuru, entregue ao pároco Inácio Raposo, que a colocou em um minialtar com o desenho do mapa do Brasil ao redor e enfeitado com muitas flores. Depois da procissão de entrada, a celebração ocorreu normalmente e, durante a missa, alguns itens regionais como a água dos rios Negro e Solimões, cocares dos bois Garantido e Caprichoso e frutas da região como banana pacova, cubiu, tucumã foram colocados aos pés da santa. A bandeira do Brasil e a do Amazonas também foram trazidas diante do altar, para serem consagradas pela mãe Maria de Nosso Senhor Jesus Cristo, representando que juntos somos mais fortes, que somos um só povo e uma só nação. Outro item muito importante que também foi colocado diante da imagem da Mãe de Jesus, foi uma porção de terra coletada de algumas partes do Amazonas, vindos da Prelazia de Itacoatiara, da Diocese de Coari e da Arquidiocese de Manaus, que foram depositadas junto à Maria, representando a nossa história e nossa cultura. “Por onde a imagem de Nossa Senhora passa em peregrinação, é levada uma porção de terra, simbolizando o chão daquela região que será levada para o santuário nacional e desta terra coletada, uma pequenina porção será retirada para confeccionar uma coroa jubilar para a imagem de Nossa Senhora Aparecida”, expli-

cou o padre Eduardo Ribeiro que veio diretamente do Santuário Nacional de Aparecida participar da solenidade de encerramento da visita da imagem de Nossa Senhora à Região Amazônica. “Aqui é uma região linda, rica em águas, natureza, flora e fauna. A gente agradece essa bonita acolhida e que Nossa Senhora continue protegendo a todos e Deus possa sempre nos abençoar”, disse. Ao fim da santa missa, artistas da Escola de Samba Mocidade Independente de Aparecida, encenaram o aparecimento da santa aos pescadores, próximo do Porto de Itaguaçu, na Vila de Guaratinguetá (SP). “Em torno de 50 a 60 pessoas participaram desta encenação, que foi a mesma que fizemos no dia do lançamento do nosso samba enredo lá na quadra da escola. O padre Inácio estava presente, se encantou com o que viu e nos convidou para repetir aqui”, disse Saulo Borges, presidente da escola de samba.

Visita emociona a todos Sem dúvida foi uma das celebrações mais emocionantes já vistas pelos devotos de Nossa Senhora Aparecida, que puderam ver de perto a imagem peregrina da mãe de Jesus. Uma celebração que emocionou até mesmo quem estava à frente presidindo. “Hoje estamos muito felizes com a visita da imagem de Nossa Senhora para celebrar o jubileu de 300 anos, daquela que esteve intercedendo por nós desde o primeiro milagre de Jesus. Ela que esteve no início da igreja, que é missionária. Ela que junto com a sua prima Isabel, entendeu a verdadeira missão e a importância de ser a mãe do filho de Deus”, disse Dom Sérgio em sua homilia. Também estava muito feliz e emocionado o padre Inácio, que ao final da celebração fez um discurso de agradecimento, relembrando toda a trajetória dos festejos até o momento da celebração. “Ela andou por muitos lugares, às vezes com uma multidão, às vezes apenas com uma família, e sempre encontrou as portas todas abertas até dos condomínios. Só temos que agradecer a todos, inclusive ao conselho do santuário por todo apoio dado”, comentou o pároco.

História do aparecimento da imagem A imagem foi encontrada em outubro 1717 pelos pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves nas águas do rio Paraíba, próximo do Porto de Itaguaçu, na Vila de Guaratinguetá, em São Paulo. Os três estavam há dias sem pescar e com a missão de levar peixe para a festa de recepção do famoso Conde de Assumar, Dom Pedro de Almeida, governante da capitania da cidade de São Paulo e de Minas de Ouro, na época, que estava de passagem pela cidade.

Esperançosos, eles fizeram uma oração pedindo a ajuda da Mãe de Deus para que voltassem fartos de peixes para a festança. Quando estavam quase desistindo da pescaria, João Alves arremessou a rede novamente e fisgou uma parte do corpo da imagem escura de Nossa Senhora Aparecida. Emocionado, lançou a rede pela segunda vez e encontrou a cabeça da imagem. Em seguida veio o milagre. As redes enchiam-se de peixes o que os deixou preocupados com o perigo do barco virar e perder todos os peixes apanhados.


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22 • Novembro • Arquidiocese em Notícias

3198 0900 Rua Joaquim Sarmento, 190 – Centro Contato: 3232-5453


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Fax: 92 3656.5100 facebook/LaSalleManaus

Arquidiocese em Notícias • Novembro 23


NOVEMBRO 2016 DATA

ATIVIDADE

HORÁRIO

LOCAL

INFORMAÇÕES

2

Dia de Finados Cemitérios de Manaus

De acordo com programação dos cemitérios

Cemitérios de Manaus

Assessoria de Comunicação da Arquidiocese (92) 3198-0919

2

Dia de Finados Missa Solene

18h

Cemitério São João Batista Rua Maceió, s/n – Nossa Senhora das Gracas

Assessoria de Comunicação da Arquidiocese (92) 3198-0919

3e4

6a Semana da Solidariedade

9h às 21h

Rua Padre Estélio Dalison – Centro (Entre o Colégio Dom Bosco e Militar)

Cáritas Arquidiocesana (92) 3212-9030 / 3212-9031

4e5

Palestra “Coroinha e a liturgia eucarística – Teoria e Prática”

Sexta – 14h às 17h Sáb – 9h às 12h

Auditório Paulinas Livraria Av. Sete de Setembro, 665 – Centro

Paulinas Livraria (92) 3633-4251

5

Assembleia do Serviço de Animação Litúrgica (SAL)

8h às 17h

Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus – Cefam Av. Joaquim Nabuco, 1023 – Centro

Tatiana (92) 99176-8385

5

Assembleia de Avaliação e Planejamento da Pastoral da Pessoa Idosa

8h

Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus – Cefam Av. Joaquim Nabuco, 1023 – Centro

Iara Lanza (92) 99378-6710 / 3086-8287

11 a 19

Festa de Cristo Rei Novenário

18h20

Paróquia Cristo Rei Rua Edmundo Soares – São José II Próximo à Casa Mamãe Margarida

Secretaria da Paróquia Cristo Rei (92) 3231-1732

12 e 13

Assembleia formativa, avaliativa e eletiva das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs

8h

Área Missionária Santíssimo Redentor Comunidade São Francisco AM-010 – Km 25

Patrícia Cabral (92) 99424-2089

15

Encontro das Famílias “Traz vinho novo, Senhor!”

14h às 21h

Centro de Convivência da Família Rua Gandú, 119 – Cidade Nova

17 18 à 26

Abertura dos Festejos Novenário de Nossa Senhora das Graças

19h

Igreja Nossa Senhora das Graças Rua Libertador, Nossa Senhora das Graças

19 à 25

Novenário festejo Paróquia N. Sra. da Graças – Aleixo “Maria, Mãe das Graças e da Misericórdia”

19h

20

Abertura do Ano do Laicato – Missa

10h

20

Festa de Cristo Rei Novenário

18h20

25

Encontro Terço dos Homens

19h

26 e 27

PHN Manaus – 15 anos

8h às 17h

27

Festa de Nossa Senhora das Graças

Procissão 17h30 Celebração 18h30

Igreja Nossa Senhora das Graças – Rua Libertador – Nossa Senhora das Graças

27

Festa de Nossa Senhora das Graças Procissão e Missa

8h

Igreja Nossa Senhora das Graças Trav. Getúlio Vargas, nº 50 – Colônia Antônio Aleixo

29

Início do novenário Imaculada Conceição Padroeira do Amazonas

18h

Catedral Metropolitana de Manaus Praça Osvaldo Cruz, s/n – Centro

Nas casas dos paroquianos Encerramento dia 25, na Igreja Nossa Senhora das Graças Trav. Getúlio Vargas, nº 50 – Colônia Antônio Aleixo Catedral Metropolitana de Manaus Praça Osvaldo Cruz, s/n – Centro Paróquia Cristo Rei Rua Edmundo Soares – São José II Próximo à Casa Mamãe Margarida Santuário São José Avenida Visconde de Porto Alegre, 806 – Centro Parque Municipal do Idoso – Rua Rio Mar, 1324, Nossa Senhora das Graças

Comunidade Católica Filho Amado (92) 99483-3515 / 3681-7885 Secretaria da Paróquia Nossa Senhora das Graças (92) 3633-8020 Secretaria da Paróquia Nossa Senhora das Graças – Aleixo (92) 99105-9981 Conselho de Leigos e Leigas (92) 99424-2089 (Patrícia Cabral) Secretaria da Paróquia Cristo Rei (92) 3231-1732 Coordenação do Movimento Terço dos Homens (92) 99982-8049 (Manoel) Comunidade Católica Hallel (92) 3631-1247 Secretaria da Paróquia Nossa Senhora das Graças (92) 3633-8020 Secretaria da Paróquia Nossa Senhora das Graças – Aleixo (92) 99105-9981 Secretaria da Catedral Metropolitana de Manaus (92) 3234-7821


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