TFG Centro de tratamento oncológico infantil

Page 1

CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO INFANTIL LEONARDO HENRIQUE CARDOSO



UNIVERSIDADE ESTÁCIO RIBEIRÃO PRETO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CENTRO DE TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS INFANTIL PROPOSTA DE UM CENTRO DE TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS ESPECIALIZADO EM PEDIATRIA

LEONARDO HENRIQUE CARDOSO Trabalho final de graduação apresentado á universidade Estácio para a obtenção do título de arquiteto e urbanista. Sob orientação da professora ME Catherine D’Andrea

.

RIBEIRÃO PRETO 2020


Ficha Catalográfica Elaborada por Matheus Felippe Tunis. CRB 8/8766 C268c

Cardoso, Leonardo Henrique. Centro de tratamento oncológico infantil / Leonardo Henrique Cardoso. – Ribeirão Preto, 2020. 106 f. : il. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação do (a) Prof(a). Ma. Catherine D' Andrea. 1. Tratamentos oncológicos. 2. Câncer infantil. 3. Câncer no Brasil. 4. Tratamentos contra o câncer. 5. Humaniza SUS. 6. Humanização em ambientes hospitalares. I. Título. II. D' Andrea, Catherine. CDD 720


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO - RIBEIRÃO PRETO

CENTRO DE TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS INFANTIL PROPOSTA DE UM CENTRO DE TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS ESPECIALIZADO EM PEDIATRIA

Orientador: ____________________________________________________________ Professora Catherine D’Andrea

1. Examinador ____________________________________________________________ Nome

2. Examinador ____________________________________________________________ Nome



Agradecimentos Agradeço meus pais, Gislaine e Leandro, a minha irmã Rosa, pelo apoio e incentivo constante, as minhas avós, Cleide e Maria Abadia, que sempre estiveram comigo nessa jornada. Aos meus Familiares que de alguma maneira sempre estiveram dispostos a me ajudar. Aos meus amigos que sempre me encorajaram nos momentos difíceis. Em especial minha amiga Maysa e o João Freita. E também todas as crianças que ajudaram com um desenho ou mesmo um sorriso. Agradeço a minha orientadora e coordenadora Catherine, que sempre se mostrou presente desde o inicio da minha graduação.

‘‘Eu sei o preço do sucesso: dedicação, trabalho duro, e uma incessante devoção ás coisas que você quer que aconteça’’ (Frank Lloyd Wright)



Resumo O trabalho proposto tem como intuito desenvolver o projeto arquitetônico de um centro de tratamentos oncológicos infantil, visando um atendimento gratuito e especializado. Melhorando na qualidade de vida e recuperação rápida do paciente. Também visa um ambiente humanizado, tanto no atendimento quanto no espaço em si. Para atender as crianças de Ribeirão Preto e região.

Palavras chave: Humanização - Qualidade de vida - Câncer infantil - Tratamentos Pediátrico - Cura.



Sumário

1

1. INTRODUÇÃO..................................13 1.1 Justificativa .......................................14 1.2 Objetivos geral .................................14 1.3 Objetivos específicos ........................14 1.4 Metodologia .....................................14

2

2. Evolução do hospital ........................16 2.1 O SUS..............................................20 2.2 Humaniza SUS................................22

3

3. O que é o Câncer..............................24 3.1 Câncer no Brasil.............................26 3.2 Câncer Infantil ...............................28

4 5

4. Tratamentos Contra o Câncer .............32 4.1 Cirurgias ...........................................33 4.2 Radioterapia ......................................33 4.3 Quimioterapia ...................................36 4.4 Transplante de Medula Óssea ...........37

5. Ambientes Hospitalares...................................40 5.1 Humanização em ambientes Hospitalares.....42 5.2 Seis Fatores que Influenciam no Ambiente...43

6 7 8 9 10

6. Leituras Projetuais .............................................49 6.1 Hospital Albert Einstein Novo Pavilhão Vicky e Joseph Safra.........................................................................50 6.2 Hospital Infantil Nemours ................................55 6.3 Hospital Sírio Libanês ......................................59

7. O lugar ................................................................64 7.1 Localização........................................................65 7.2 Legislação..........................................................66 7.3 Levantamento morfológico................................67

8. O projeto .............................................................76 8.1 Conceito e Partido.............................................78 8.2 Evolução em croqui...........................................79 8.3 Memorial descritivo...........................................81 8.4 Sistema estrutural e materialidade.....................83 8.5 Fluxograma........................................................85 8.6 Programa de necessidades.................................87 9. Anteprojeto...........................................................89 9.1 Implantação.........................................................91 9.2 Planta térrea.........................................................92 9.3 Cobertura.............................................................93 9.4 Cortes...................................................................94 9.5 Elevações.............................................................95 9.6 Maquete eletrônica..............................................97

10. Referências Bibliográficos ...................................106

10



Introdução Capitulo 1

Fonte: Rafael - Hospital do Câncer de Barretos


1. Introdução A humanização em espaços hospitalares foi colocada em pauta nos ultimos anos, porem ainda é difícil encontrar edificações de saúde que se preocupam com a humanização. Podemos observar que a grande maioria das instituições hospitalares tem como partido a funcionalidade técnica, deixando de lado o a humanização e o conforto ambiental.

Analisando essa situação será desenvolvido um Centro de Tratamento Oncológico Pediátrico, em que as crianças e adolescentes diagnosticadas com câncer, possam realizar seus tratamentos em um local humanizado e que promova conforto. De forma que melhore a qualidade de vida e o processo de cura do paciente.

Atualmente a importância dos espaços humanizados vem ganhando atenção, e mostrando com pesquisas cientificas como o ambiente pode influenciar no comportamento e saúde do usuário. Aspectos como, iluminação, ventilação, cores, e comunicação pessoal, se mostram de uma grande importância a cada dia. Quando se fala em humanização em hospitais infantis, a importância cresce ainda mais, devido a imaturidade da criança em entender sua situação clinica, internação, e tratamento. Alem da sua mudança de rotina e seu afastamento do meio familiar e social. Aos olhos da criança, o hospital moderno trás aspectos e sentimentos negativos, oquê afeta tanto no seu desenvolvimento físico quanto no seu desenvolvimento psicológico. Com isso o hospital fica marcado na memoria da criança, como um local de dor e medo. A humanização em espaços pediátricos é o atendimento personalizado com cada criança e adolescente, de forma que o contato entre paciente, familiares e profissionais seja menos formal, e mais humanizada. Diminuindo a dor e influenciando no processo dos seus tratamentos, ou até mesmo a cura. ‘‘A humanização nas instituições de saúde aplicada com o Trabalho artístico dos Doutores da Alegria construiu, ao longo de anos, uma parceria bem sucedida entre artistas e profissionais de saúde, estimulando alterações importantes em relação às crianças hospitalizadas: mudança positiva no comportamento, maior colaboração com exames e tratamentos, melhora na comunicação, diminuição de ansiedade com a internação e eventuais intervenções cirúrgicas, foram alguns dos efeitos relatados pelas crianças, pais e profissionais de saúde.’’ ( Masetti 2003,p.15)

13

Fonte: Arena Business


1.1 Justificativa O câncer é responsável por 12% de todas as causas de óbito no mundo, mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da doença (UICC-International union against câncer). Anualmente esses números vem crescendo consideravelmente e a explicação para isso, seria a exposição dos indivíduos a fatores de riscos cancerígenos. De acordo com o ministério da saúde,(2020), no Brasil a cada 1.000 brasileiros, são descoberto 2 novos casos por ano. Na população infantil cerca de 12.000 crianças e adolescentes são diagnosticadas por ano. As crianças que frequentam ou estão internadas em hospitais por tempo indeterminado, necessitam de uma atenção especial dos profissionais. Estas crianças se afastam da sua rotina e se deparam com um local onde ela é direcionada frequentemente a procedimentos dolorosos, tal fator podem contribuir para futuros traumas. Estudos sobre a humanização em ambientes hospitalares começaram ser abordados nos anos 80, desde então os hospitais desenvolvem ações consideradas humanizadoras na intenção de desenvolver melhor conforto ao paciente , tanto na humanização do atendimento, quanto na humanização do espaço hospitalar.

um grupo de cidades que a tem como referencia, conta com um déficit de instituições voltadas ao combate e prevenção ao câncer. A instituição tratará especificamente a quimioterapia que é o tratamentos mais utilizado para tratar o câncer.

1.2 Objetivos Gerais Projetar um centro de tratamento oncológico infantil, especializado em combate e prevenção do câncer em crianças e adolecentes, visando proporcionar segurança, funcionalidade e bem estar.

1.3 Objetivo Especifico Provocar um aspecto lúdico fazendo o uso de desenhos coloridos nos pisos, e disponibilizando espaços para diversão e interação. Como por exemplo sala de jogos, brinquedoteca, playgrounds e cinema, fazendo uso de diferentes materiais e cores proporcionando um local com maior tranquilidade e conforto, e não o ambiente hospitalar que estamos enraizados.

1.4 Metodologia

O projeto é fundamentado por pesquisas bibliográficas. Fazendo a utilização de livros, artigos científicos, trabalhos de final de graduação disponíveis digitalmente. A região de Ribeirão Preto é formada por um conjunto de 34 cidades, e tem como Tais estudos demonstram a evolução do ambiente hospitalar, os tipos de doenças polo de tratamentos oncológicos infantil, o HC da criança do hospital das oncológicas e seus tratamentos, e como foco do projeto, a importância da clinicas da faculdade de medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP). Com isso as humaização em espaços hospitalares, fator que influencia na melhora física e crianças de toda região tendem a se deslocar da sua cidade até a cidade de piscicologicas do paciente, principalmente ambientes pediátricos. Atribuindo uma Ribeirão Preto, em busca de tratamentos, e muitas das crianças com a saúde melhora na qualidade de vida e na auto estima. debilitada. De acordo com o site saopaulo.sp.gov.br (Portal do governo) 2017, o HC da O projeto arquitetônico e a diagramação do caderno, será desenvolvido pelos criança conta com 233 leitos, 72 salas e consultórios, 3 salas cirúrgicas, e 15 softwares Corel Draw, AutoCad, e maquete eletrônica Sketchup junto ao V-ray. leitos de UTI, atendendo em média 300 pacientes por dia. Com a finalidade de desafogar o HC da criança, e de diminuir a distncia no deslocamento dos pacientes em busca de tratamentos, é proposto um centro de tratamentos oncológicos infantil na cidade de Sertãozinho, que além de englobar 14



Evolução Do Hospital Capitulo 2

Fonte: Caio Henrique, 8 Anos de idade.


2. Evolução do hospital Definição de hospital ‘’É a parte integrante de uma organização médica e social, cuja função básica consiste em proporcionar à população assistência médica integral, preventiva e curativa sob qualquer regime de atendimento, inclusive domiciliar, constituindo-se também como centro de educação, capacitação de recursos humanos e de pesquisas em saúde, bem como encaminhamento de pacientes, cabendolhe supervisionar e orientar os estabelecimentos de saúde a ele vinculados tecnicamente.’’ (Ministério da Saúde)

Originárias da época de (3.300 a 2.360 a.c), foram encontrados em luxor os chamados, papiros médicos ou papiros medicinais. São antigos textos egípcios escrito em papiros, os procedimentos e práticas medicas do antigo egito. Esses papiros relatam detalhes como, diagnósticos, doenças, remédios indicados, cirurgias ou encantos mágicos.

Hospital, do latim hospitalis, adjetivo derivado de hospes (hospede, estrangeiro, viajante). "O que da agasalho, que hospeda" Hospitium, lugar onde os hospedes eram recebidos, dai o nome de hospício para estabelecimentos que recebiam enfermos pobres e incuráveis, ou insanos.

(Escritos da época em papiros) Fonte: Wickipdia

(Cidade de Luxor) Fonte:Mirelle Tomé 2017

Os egípcios consideravam a respiração a função vital mais importante e o coração sendo o centro da circulação sanguínea. Na mitologia grega são encontrados muitas figuras simbólicas da medicina. As mais importantes são: Apolo, Quiron e Asclépio. Nessa época de (3.300 a 2.360 a.c), já eram reconhecidas varias doenças, cardíacas, abdominais, oftalmológica, distúrbios da bexiga, e edemas.

(Hospital Colônia de Barbacena (MG), nos anos 60. Aberto em 1903, comportava 200 pacientes, mas chegou a abrigar 5 mil internos.) Fonte: OUTRASPALAVRAS.

Em sua origem os hospitais eram locais onde as pessoas com doenças graves ou sem cura iam para morrer, não tendo o caracter de órgão curativo. Eram instituições beneficiente e agências de ajuda aos pobres.

17

A India é registrada como um grande construtor em 226 a.c, o rei Asota influenciado pelo budismo foi o grande compulsor. A partir do século ıv com crescimento do cristianismo, que os hospitais se expandiram. Comandado por sacerdotes e religiosos, os monastérios passaram a servir de refúgio para viajantes e doentes pobres, Esses lugares possuíam um infermitorium , onde os pacientes eram tratados, uma farmácia, e um jardim com plantas medicinais. Foram eles que se tornaram modelo para os hospitais modernos.


Marco da história, o hotel Dieu, em Lion construído nos tempos medíevais, servia originalmente como ponto de encontro pontificia e refugio para membros locais e itinerantes do clero. Quando o primeiro medico maltre martin conras foi contratado em 1454, o "hotel Dieu" se transformou em hospital totalmente funcional um dos mais importantes da França.

· · ·

Os pavilhões dispostos em ordem paralela. As fachadas devem ser uma ao norte e outra ao sul Implantação de jardins (tratados) entre os pavilhões.

Até 1650 acreditava-se que as doenças eram derivadas da poluição, podridão, cheiro ruim, suor fétio, espíritos dos animais, e fermentação do sangue. Anos depois começaram a entender e comprovar a existência de bactérias em algumas doenças (fungos, germes, vermes, vírus, entre outros...). O Brasil logo após a descoberta deu início a assistência hospitalar. O sistema foi criado pela rainha Leonor de Lencastre (91458 – 1525). Fundou as Santas casas da misericórdia. Em 1543 foi fundado em Santos o primeiro hospital do Brasil, feito por Brás Cubas. Logo depois foi construído o primeiro hospital de Pernambuco, em Olinda. E em São Paulo foi criado a santa casa antes do final do século XVI.

(Hotel Dieu tranformado em hospital em 1454) Fonte: Vincent-Ramet.

Os concelhos da cartagena e o de aquisgrana orientou que os hospitais fossem edificados próximo de igrejas ou conventos, e determinou algumas regras para as construções. A planta física de cada sala deveria ter um altar, e a posição das camas deveriam permitir a observação de atos religiosos. A sobrevivência financeira do hospital medieval, era constituída por doações ligadas a oferendas, propriedades de terras.

No século XVIII surgiram os hospitais militares no pais. Somente quem era militar tinha assistência médica nesses hospitais.

Na renascença as congregações religiosas foram perdendo o controle dos hospitais e estes foram criando caráter municipal. O governo francês, após o incêndio do Hospital de Dieu, criou uma comissão formada por figuras importantes (Lavoisier, Laplace, Tennon,entre outros), onde criaram diretrizes de projeto para a reforma do hospital que foram adotadas por muitos hospitais do mundo. As diretrizes aconselhavam: · · · ·

Numero máximo de leitos inferior a 1.200 para reduzir a contaminação. Maior isolamento entre as enfermeiras. Circulação de ar com aberturas de todos os lados.

(Hospital militar e quartel da guarda fiscal) Fonte: Livro a historia da arquitetura hospitalar.

O problema principal relacionado a saúde na época, eram as pestes, principalmente variola e febre amarela. Com esses problemas o império percebeu a falta de leitos hospitalares para a quantidade de enfermos. Apenas em 1850 o império criou hospitais de isolamento destinado aos enfermos atingidos pelas epidemias de febre amarela e cólera. 18


A oferta de assistência médica pelo governo quase não existia até 1920. Em 1920 foi criado o Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), com isso a assistência hospitalar se relacionava cada vez mais com as politicas de previdência social.

·2003 – Criação da Política Nacional de Humanização (PNH) Criado o PNH a partir do Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) de 2000.

Após muitas mudanças e evoluções do hospital e do governo, é criado em 1988 o SUS – Sistema Único de Saúde. O sus visa atender toda a população sem preconceitos quanto a, raça, sexualidade, e classe social.

·2013 – Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) através da Portaria n. 529, de 1° de abril do Ministério da Saúde: estabelece o objetivo geral de “[...] contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional”.

Nesse novo cenário, o Ministério da Saúde, abordando os aspectos do projeto arquitetônico adequado às suas funções, criou um novo documento, a Portaria MS nº 1884/94, que estabelece as Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, que foi atualizada em 2002 pela RDC ANVISA n° 50/2002.

Enquanto que na antiguidade os hospitais eram templos, igrejas, monastérios e hotéis adaptados. A forma moderna de um hospital era feita por monoblocos, e separações onde dividiam os doentes por idade, categoria de doenças e por sexo. Assim surge o hospital pavilhonar, como solução arquitetônica ideal.

. Em: ·1988 – Promulgação da Constituição do Brasil: sétima Constituição do Brasil promulgada em 5 de outubro. ·1990 – Publicação da Lei Orgânica da Saúde: cria em 19 de setembro o sistema público de saúde brasileiro: Sistema Único de Saúde(SUS). ·1994– Publicação da Portaria n. 1.884/GM do Ministério da Saúde em 11 de novembro, que determina pela primeira vez a obrigatoriedade de exame e aprovação dos projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, em todo o território nacional, na área pública ou privada. ·1999– Criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Lei n.9.782, de 26 de janeiro, que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras providências. ·2002 – Publicação da Resolução RDC n.50, de 21 de fevereiro, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde.

19

(Desenho demonstrativo em planta de um hospital pavilhonar) Fonte: Corbella i Corbella, Escudé i Aixelà and Pujol i Ros, 2006, 21.

Com a revolução tecnológica da construção cívil e com a descoberta da estrutura metálica, surge uma nova tipologia, o monobloco vertical. Através dos séculos os hospitais deixam de ser o lugar onde se confinavam doentes e os preparavam para a morte e passa a ser uma instituição com especialidades médicas e alta tecnologia, com fins curativos e com objetivo da recuperação total do enfermo.


Atualmente o conceito da setorização moderna ainda é usada por diversos hospitais atuais, a separação de salas e alas da modernidade se estende até hoje, com algumas melhoras no âmbito construtivo devido as descobertas tecnológicas das ultimas décadas.

2.1 O SUS Antes da constituição de 1988 não havia um modelo de saúde no Brasil, eram apenas ações voltadas ao capital. Dando mais importância ao sistema financeiro, do que a saúde.

A 8° Conferencia Nacional da Saúde em 1986, propôs um novo conceito de saúde pública no Brasil, com mudanças baseadas no direito universal a saúde, com melhores condições de vida. Com a presença de organismos internacionais, fez com que a sociedade desse mais atenção aos valores de saneamento e na participação das decisões. O relatório de base que demonstravam os conceitos discutidos na 8° conferência nacional de saúde , foi usado para elaboração do capitulo de saúde da constituição de 1988 e para a criação do SUS - Sistema Único de Saúde.

A organização no que visa um ‘‘sistema’’ de saúde, era feita por boticários e curandeiros. Antes de 1800 haviam apenas 4 médicos no Brasil e os medicamentos tinham alto custo, por serem originários de portugal e do oriente. O perfil econômico do pais era de um país agrário exportador, com isso chegavam doenças de outros países, e também eram disseminadas doenças tropicais oriundas do Brasil. Com o grande número de pessoas vindas de outros países e com o saneamento precário e aglomerado as doenças se propagavam com mais facilidade.

Mesa de debate da 8° conferencia Nacional de Saúde. Fonte: Ministério da Saúde

A criação do SUS possibilitou o acesso universal a saúde sem nenhum tipo de discriminação. Dando atenção total e integral em doenças de alta complexidade, assim como em cuidados assistenciais.

Sistema Único De Saúde Cortiços Rio de Janeiro Fonte: http://arteculturaeliteratura.blogspot.com

Cortiços Rio de Janeiro Fonte: flickr

Fonte: Ministério da Saúde (Modificado pelo autor)

20


O Sistema Único de Saúde tem como base 3 objetivos doutrinários: Art. 196 da Constituição Federal. ‘‘A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.’’

Uma das leis regentes do Sistema Unico de Saúde é a (lei 8.080/1990). Dentro do Art. 5 desta lei, se encontra os objetivos do SUS, que seriam: Ÿ I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da

Universalidade - Busca atender a todos sem distinção ou restrição, oferecendo a todos a atenção necessária sem qualquer custo, independente da faixa etária, raça cor, ou classe social. Eqüidade - Visa disponibilizar os recursos e serviços com justiça, e de acordo com as necessidades de cada um, dando maior atenção aos que mais necessitam. Integralidade - Oferecer atenção necessária a saúde da população, promovendo ações continuas de prevenção e tratamento aos indivíduos da comunidade em quaisquer níveis de complexidade.

saúde; Ÿ II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos

econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei; Ÿ III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e

recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. Com estes objetivos, fica a cargo do SUS a criação de politicas e a execução de ações de: Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

Vigilância sanitária, Vigilância ambiental Vigilância epidemiológica Saúde do trabalhador Vigilância nutricional Saneamento As relativas politicas de sangue e hemoderivados

O SUS pode também expedir normas e condições de funcionamento para instituições de serviços médicos no país. Alem de realizar contratos de direito público quando sua disponibilidade for insuficiente, para garantir assistência médica.

21

Com base nos objetivos doutrinários, foram criados os objetivos organizativos, objetivos na qual visa uma organização que traga mas facilidade ao sistema de forma que promova melhor qualidade no atendimento. De acordo com o site oficial do Ministério da Saúde, os objetivos organizativos ou operacionais são: Regionalização e Hierarquização - os serviços devem ser organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição e conhecimento da população a ser atendida. A regionalização é um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando o comando unificado dos mesmos. Já a hierarquização deve proceder à divisão de níveis de atenção e garantir formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recursos disponíveis numa dada região. Descentralização - descentralizar é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até o município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade.


Participação Popular - a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.

Ÿ Valorização dos trabalhos de saúde. Ÿ Maior participação dos gestores nas atividades de contato direto .

2.2 Politica Nacional de Humanização

Tais mudanças construídas de forma coletiva e compartilhada, atingindo o usuário, trabalhadores, e gestores.

Em 2003 foi lançada a Politica Nacional de Humanização (PNH), com o intuito de Os princípios da Politica Nacional de Humanização são a tranversalidade, indissociabilidade entre atenção e gestão, e protagonismo corresponsabilidade e mudar os modos de gerir e cuidar dos pacientes em serviços de saúde. autonomia dos sujeitos e dos coletivos. Seus macro objetivos são: Transaversabilidade. Tem que se fazer presente em todas politicas do SUS, buscando transformar as Ÿ Ampliar as ofertas da Politica Nacional de Humanização aos gestores e aos relações de trabalho. Ampliando o grau de contato entre os trabalhadores, e da conselheiros de saúde, priorizando a atenção básica e hospitalar, com ênfase comunicação entre as pessoas de todos saberes e especialidades, para juntos nos hospitais de urgência e universitários. produzirem melhor qualidade na saúde. Ÿ Incentivar a inserção dos trabalhadores do SUS na agenda dos conselhos de saúde e das organizações da sociedade civil. Indissociabilidae entre atenção e gestão. Ÿ Exibir a politica de humanização e ampliar os processos de formação e Trabalhadores e usuarios, buscam entender o funcionamento da gestão e os produção de conhecimento em conjunto com movimentos sociais e serviços da rede de saúde, e participar das tomadas de decisões nas organizações institucionais de saúde. A PNH também conhecida com Humaniza SUS, tem como objetivos primários: Protagonismo corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos. Toda e qualquer mudança é mais concreta se construída com autonomia e vontade Ÿ Contagiar outras pessoas para exercer a humanização nos atendimentos de das pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades. Onde os usuários saúde, começando pela sensibilização dos gestores e trabalhadores para por não são só os pacientes, mas também trabalhadores e gestores. fim sensibilizar os pacientes. Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como legitima cidadã de direitos, e Ÿ Fortalecer iniciativas de humanização existentes. valoriza e incentiva sua atuação na produção de saúde. Ÿ Aprimora estrategias e métodos a fim de aprimorar e obter mudanças nos modelos de atenção e gestão. Ÿ Implantar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando ‘‘Acolher é reconhecer o que o outro traz como legítima e singular experiências geradas no SUS. De forma que obtenha os seguintes resultados: Ÿ Atendimento acolhedor e resolutivo. Ÿ Implantação de modelo de atenção com responsabilidade e vinculo com o

usuário.

necessidade de saúde. O acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e usuários/populações. Como valor das práticas de saúde, o acolhimento é construído de forma coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as Equipes/serviços, trabalhador/equipes e usuário Com sua rede socioafetiva.’’ - Biblioteca virtual do Ministério da Saúde

Ÿ Garantia dos direitos do usuário. 22



O câncer Capitulo 3

Fonte: Ana Clara, 10 Anos de idade.


As causas do câncer podem ser tanto por fatores genético como por fatores

3. O que é câncer? Câncer é um conjunto de doenças que tem como similaridade o crescimento descontrolado das células em diferentes partes do corpo, que invadem orgãos e tecidos. A enfermidade também é conhecida como neoplasia, e oncologia é a ciência que estuda essa doença, e os profissionais são nomeados de oncologistas. Trilhões de células vivas formam o corpo humano, também chamada de células normais, que se dividem e morrem de forma controlada e natural. O câncer tem início quando as células de algum órgão ou tecido começam a se multiplicar descontroladamente. O crescimento de células cancerígenas se diferencia pelo fato de romperem o que seria um ciclo natural, que seria se dividirem e realizarem a apoptose.

ambientais. Nas causas genéticas é pré-determinada a causa, devido a capacidade do organismo se defender de agressões externas, ou por herdar um DNA corrompido de algum familiar já diagnosticado com a doença. Nas causa ambientais e químicas, tem ligação com a alimentação, condições de trabalho, medicamentos, hormônios, radiação, vírus, hábitos sexuais, entre outros fatores. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o estilo de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer. Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas

As células cancerosas se multiplicam e o crescimento descontrolado invadem células saudáveis de outros órgãos e tecidos. Estas células se tornam cancerígenas pois há alteração em seu DNA, corrompendo o gene chamado oncogene, que realiza a divisão celular e a morte da célula no momento certo.

Tecido

Célula normal

Órgão (pulmão)

ambientais. Isso parece explicar porque algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno. ( Inca. 2018)

Tecido infectado

Agente canceroso

(Processo de desenvolvimento de um tumor) Fonte: INCA

25

pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos

Fonte: INCA; Modificado pelo autor.


3.1 Câncer no Brasil

- Em mulheres, Brasil, 2020

Assim como no mundo, o número de casos de câncer no Brasil cresce em conjunto com as transformações globais dos últimos anos, que muda a situação de saúde pela urbanização acelerada. Uma pesquisa feita pelo ministério da saúde em 2014, apontou cerca de 427 mil casos no Brasil em 2006 – ou 355 mil se excluído os casos de tumores de pele não melanoma. Esse número corresponde a 2 novos casos por ano, a cada 1.000 brasileiros. No Brasil, o número de pacientes que recorrem ao SUS (Sistema Único de Saúde) Fonte INCA. passou de 292 mil em 2010 para 393 mil no ano de 2015. Atualmente, o SUS atende Para ter acesso ao diagnóstico e tratamento pelo SUS é preciso um 474 mil pacientes. encaminhamento para um ambulatório de especialidades para realizar outros Os tipos de câncer mais incidentes no país são: exames mais aprofundados. Feito isso, é confirmado ou não o diagnóstico e então - Em homens, Brasil, 2020

o SUS têm 60 dias para dar início ao tratamento em centros de tratamento especializados. “São hospitais de referência, muitos deles com equipes de pesquisa. Com o diagnóstico, normalmente o tratamento começa bem antes dos 60 dias” (diz Francies, gerente administrativo do instituto de responsabilidade social do hospital Sírio-Libanês.

Fonte INCA.

Embora o tratamento seja considerado rápido, o SUS conta com outros problemas como a demora na obtenção de novas tecnologias e remédios para o câncer na rede pública. 26


Merulla Steagall, presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, lembrou que muitos medicamentos novos para o tratamento de câncer são incorporados antes na rede privada do que na rede pública. Diz também que medicamentos aprovados a 10 anos pela Anvisa para os tratamentos ainda não se encontram disponíveis para os usuários do SUS.

Após a consulta o médico precisa pedir autorização ao convênio para realizar exames, a empresa tem até 5 dias para autorizar ou até 10 dias se solicitar mais informações do caso do paciente. Depois do exame o convênio precisara aprovar o tratamento indicado para o paciente. A espera pelo tratamento varia de caso para caso.

Na rede pública existem 317 unidades e centros de assistência habilitados no tratamento do câncer, porém só 73 especializados na doença (Fonte: Jornal da Record 07/2017). Todos os estados tem pelo menos 1 hospital habilitado em oncologia. Os estados com mais instituições que tratam o câncer em conjunto ao SUS são:

Atualmente no Brasil existem 410 instituições privadas voltadas ao câncer. Os estados com a maior concentração de hospitais privados que oferecem tratamento oncológicos são: Ÿ

São Paulo com 149 hospitais

Ÿ São Paulo com 80 hospitais

Ÿ

Minas Gerais com 51 hospitais

Ÿ Minas Gerais com 37 hospitais

Ÿ

Rio Grande do Sul com 43 hospitais

Ÿ Rio de Janeiro com 30 hospitais

No sistema privado os desafios são diferentes, muitas vezes o paciente se depara com a demora em consultas com determinados especialistas, além de ter que esperar durante muito tempo a liberação do convênio para determinados exames ou para o próprio tratamento. Em alguns casos o plano não arca com alguns quimioterápicos indicados pelo médico. O acesso ao tratamento conta com algumas diferenças quando comparado com a rede pública. Em primeiro lugar o paciente vai até um consultório que seja convêniado, ou medico convêniado. Feito isso o plano de saúde tem até um mês para conseguir a consulta para seu convêniado.

27

No Brasil, a mortalidade por neoplasia aumentou consideravelmente nas últimas décadas. Em 2004 a mortalidade por câncer representou 13,7% de todos os óbitos registrados no país, ficando atrás apenas das doenças do aparelho circulatório. 30,8

27,9

30,0 20,0

13,7

12,4

10,0

10,0

5,2

0,0

io

.

Ap

ci

s

rna

ias

tór

la rcu

N

eo

s pla

Ca

u

sa

rio

ató

te se

ir sp

. re

Ap

E

s

na

cri

ó nd

s

tra

Ou

Fonte: MS/SVS/DASIS/CGIAE/ Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM. MS/INCA/ Conprev/Divisão de informação; modificado pelo autor


De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

3.2 Câncer Infantil No câncer infantil as causas são pouco conhecidas, acredita-se que alguns tipos específicos já sejam determinados geneticamente. De acordo com a medicina especializada em oncologia, o tumor infantil possui menor tempo de evolução, em geral crescem rapidamente e são mais agressivos. Porém, apresenta respostas positivas aos tratamentos. A partir dos dados obtidos do RCBP, no Brasil o câncer pediátrico varia 1% (Palmas, 2.000 – 2.001) a 4,6% (Campo Grande, 2.000) de todos os tipos e que os mais freqüentes na população infantil são a leucemia, linfoma e os tumores no sistema nervoso central.

(INCA), cerca de 12 mil crianças e adolescentes são diagnosticados com câncer anualmente no Brasil, o que seria equivalente a 32 casos por dia, e é considerada a primeira causa de morte por doença na população infanto-juvenil. Hoje, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos por câncer podem ser curados se forem diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. “Temos visto que a detecção precoce do câncer, feitos nos serviços de saúde, têm sido cruciais para a queda na mortalidade. Isso é imprescindível, pois para a obtenção de melhores resultados, é preciso ter diagnóstico precoce e o ágil encaminhamento para início de tratamento”

Marinho, diretora de departamento de doenças e agravos não-

A leucemia é o câncer infantil com maior ocorrência no Brasil e no mundo, as crianças com idade inferior a 5 anos são as mais acometidas por este tipo de neoplasia. 10%

Leucemia

1%

Linfomas e Neoplasias Reticulo - endoteliais

18%

5%

SNC e Miscelânia de Neoplasias Intracranianas e Intraespinhais Tumores no Sistema Nervoso

8%

Retinoblastoma Retinoblastoma

8%

16%

– (Fátima

transmissíveis e promoção de saúde, do Ministério da Saúde, 2018).

Enquanto o câncer em adultos tem ligação com, sol, tabagismo, álcool entre outras exposições, o câncer infantil não tem ligações com fatores químicos e ambientais. Os sintomas do câncer infantil são semelhantes com as de doenças comuns entre as crianças, por isso é fundamental realizar consultas freqüentes ao pediatra, profissionais que poderão identificar os primeiros sinais de um possível câncer.

Tumores Renais Tumores Hepáticos

1%

Tumores Ósseos malignos

7% 4% 4%

18%

(Gráfico dos tipos de tumores mais freqüentes em crianças) Fonte: INCA; modificado pelo autor

Alguns sinais de alerta:

Sarcomas de Partes Moles Neoplasia de Célula Germinativas transflobásticas, e outras Gonadais

Ÿ Palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea.

Carcinomas e Outras Neoplasias Malignas Epiteliais

Ÿ Caroços ou inchaços, especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais

de infecção 28


Ÿ Perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de Ÿ Ÿ Ÿ

Ÿ Ÿ Ÿ

ar, sudorese noturna. Alterações oculares, pupila branca, estrabismo de inicio recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos. Inchaço abdominal. Dores de cabeça, especialmente se incomum, persistente ou grave, vômito ( em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias). Dor em membro ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção. Fadiga, letargia ou mudanças no comportamento, como isolamento social. Tonturas, perda de equilíbrio ou coordenação.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). É estimado que no Brasil ocorra 2704 mortes anualmente pelo câncer infantil, e 215.000 casos diagnosticados em crianças menores de 15 anos, e cerca de 85.000 em adolescentes de 15 a 19 anos.

Dos 73 hospitais especializados em câncer no Brasil, poucos têm pediatria e os que possuem ficam sobrecarregados, além de se localizarem apenas em grandes cidades. O hospital Araújo Jorge, em Goiânia, por exemplo, atendeu em 2017, 5.426 crianças e 3.277 destas eram de outras cidades do interior e de outros estados, isso mostra como o país ainda precisa de hospitais do câncer voltados a pediatria (reportagem do Jornal da Record, 2017). O dia nacional de combate ao câncer infantojuvenil é lembrado oficialmente no dia 23 de novembro, a data é uma forma atrair atenção para um grupo de doenças oncológicas raras, mas que representam a primeira causa de óbitos entre as crianças e adolescentes. Visa também estimular ações educativas associadas a doença, realizar debates e outros eventos sobre as politicas publicas de atenção integral as crianças e adolescente com câncer, alem de divulgar os avanços técnicos da área. O laço dourado da campanha simboliza a cor da fita destacando a conciência do câncer infantojuvenil e o padrão ‘‘ ouro’’ necessário no cuidado e tratamento desses pacientes.

Para ajudar a combater e entender o câncer infantil a IARC junto com a Organização Mundial da Saúde, busca diminuir a desigualdade no acesso aos diagnósticos e na qualidade do tratamento, para que possa melhorar os resultados do tratamento para todas as crianças, em especial aqueles que vivem em países com recursos limitados. A iniciativa global tem o intuito de alcançar a taxa de sobrevivência para pelo menos em 60% para as crianças com câncer pelo mundo até o ano de 2030. Essa meta representa aproximadamente o dobro da taxa de sobrevivência atual. Fonte: Centro Universitário São Camilo

29


Estimativas para o ano de 2020 do número de casos novos de câncer por estado (Brasil)

Número de hospitais especializados em oncologia, por estado (Brasi). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva.

RR 1

AP 1

AM 3

PA 4

CE 10

MA 5

RN 7 PB 5

PI 3 AC 1

PE 12 AL 5

TO 3

RO 4

SE 3

BA 19

MT 5 DF 9 GO 5

Fonte: INCA

Um estudo feito em 2018 pelo Observatório de Oncologia do movimento todos juntos contra o câncer (TJCC), junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo o estudo as regiões com o maior IDH (Indice de desenvolvimento humano) mais altos, são onde o câncer é a principal causa de morte. Entre as 516 cidades brasileiras onde os tumores são a primeira causa de morte, 80% se localizam na região sul. Ÿ Região sul (275 cidades), sudeste (140 cidades) = 80% Ÿ Região nordeste (48 cidades) = 9% Ÿ Região centro-oste (34 cidades) = 7% Ÿ Região norte (19 cidades) = 4%

MG 37 ES 8

MS 7

SP 80 PR 28

RJ 30

SC 20 RS 30

(Mapa com o numero de hospitais púbicos especializados em oncologia no Brasil) Fonte: Acervo pessoal; dados retirados do site INCA

30



Tratamentos Capitulo 4

Fonte: MaĂ­ra Fernanda, 15 Anos de idade.


4. Tratamentos contra o Cãncer Após o paciente ser diagnosticado o médico discutirá as opções de tratamento que dependerão do estágio que se encontra o tumor, localização e saúde geral do paciente. Os principais tipos de tratamentos são:

Cirurgia Paliativa Esse tipo de cirurgia é usado quando a doença já está mais avançada utilizado para aliviar dores e desconfortos que a doença causa. Esse método serve para dar melhor qualidade de vida para a pessoa mas não para cura-la do câncer.

Cirurgia Profilática A cirurgia profilática ou preventiva é feita para remover o tecido que 4.1 Cirurgia provavelmente se tornara câncer mesmo que não exista sinais de câncer. Mas isso A cirurgia é o tratamento contra o câncer mais antigo considerado o principal não impede que a doença se manifeste, a cirurgia é indicada para pessoas com tratamento e pode ser curativo quando a doença se encontra em estágio inicial. A cirurgia também é utilizada com outros fins, como uma biópsia cirúrgica, alivio de histórico familiar de câncer. dores, ou diminuição de um tumor para combina-lo com outro tratamento. Entre os tipos de cirurgia há, a cirurgia curativa, que é feita quando o tumor está localizado em apenas uma área do corpo e provavelmente toda doença possa ser retirada. Pode ser usada isoladamente ou em conjunto com radioterapia, quimioterapia e outros tratamentos. Cirurgia para remover parte do tumor Esse procedimento é usado para remover apenas uma parte do tumor, mas não toda doença. Necessário quando a retirada total do tumor causaria muito dano aos órgãos ou tecidos próximos, nesse caso é retirado o máximo possível e o restante é tratado com quimioterapia ou radioterapia. Cirurgia de suporte A cirurgia de suporte é realizada para pacientes terem outras opções terapêuticas como a inserção de cateter para a administração da quimioterapia.

33

Os efeitos colaterais que podem ocorrer durante e após a cirurgia são eles, hemorragias, danos ao tecido ou órgãos próximos, dor, infecções e recuperação lenta das funções do corpo.

4.2 Radioterapia A radioterapia é um tratamento indolor onde se utiliza radiação ionizantes, um tipo de energia que pode destruir ou impedir que as células do tumor aumente. A maioria dos pacientes diagnosticados com câncer é tratatado por radiações, e o resultado pode ser bastante positivo. O tumor pode ser controlado ou até mesmo curado. Quando não é possível a cura a radioterapia pode servir para a diminuição do tamanhos do tumor de forma que contribua para a qualidade de vida, aliviando a pressão, dores, hemorragias entre outros sintomas. O numero de sessões de radioterapia pode variar de acordo com a localização do tumor, e podem ser das seguintes formas.


O procedimento acontece com o paciente sozinho na sala enquanto o técnico do Braquiterapia aparelho fica supervisionando da sala de controle. São colocados aplicadores pelo médico, no local que se encontra o tumor a ser tratado, após a aplicação o aparelho transmite radiação até os aplicadores colocados no corpo do paciente. Procedimento feito em ambulatório, podendo ser necessário anestesia. As sessões variam de paciente para paciente, na radioterapia externa. Radioterapia externa ( ou tradicional) Na radioterapia externa o paciente fica deitado no aparelho, que estará direcionado para a área a ser tratada, sendo em áreas no rosto ou cabeça, é necessário o paciente usar uma mascara que o ajude a manter a posição durante o tratamento.

(Marcação para delimitar o local a ser tratado com a radioterapia externa) Fonte: INCA

(Sala de controle do tratamento de radioterapia) Foto: Unimed Sorocaba

(Paciente fazendo uso da mascara para ajudar a manter a posição durante o tratamento ) Fonte: INCA

Caso a área de tratamento seja no corpo é utilizado um aparelho chamado tomógrafo, que ajuda o médico a marcar a área a ser tratada, desenhando sobre a pele com uma caneta de tinta vermelha. Essas marcas permanecem até o término do tratamento.

Já na Braquiterpia podem ser utilizados diversos dispositivos como cateter e aplicadores, isso depende do estado fisico e do tumor do paciente. Alguns pacientes precisam de sedação para evitar desconforto na aplicações dos aplicadores. Na Braquiterapia ou radioterapia interna é colocado uma fonte de radiação, dentro ou junto a área que precisa de tratamento. Através dos aplicadores é passado a radiação, com intuito de desacelerar ou eliminar as células cancerígenas. 34


O locais do corpo onde o tratamento é mais utilizado são: Cérebro, olho, lábio, boca, nasofaringe, orofaringe Traqueia, brônquios, pulmão

Mama

Esófago, vesícula, vias bilares, ânus Próstata, pênis

Útero, colo do útero, vagina, vulva

Bexiga, uretra

Pele

HOMEM

Atualmente o sistema público tem um déficit em equipamentos de radioterapia. Hoje paciente de câncer tratados pelos SUS (sistema único de saúde) enfrentam longas filas de espera, e muitos precisam ir para outra cidade para receber tratamento, pois não existem salas de radioterapia suficiente para suprir a demanda dos diagnosticados. O SBRT (Sociedade Brasileira de Radioterapia) estima que 5.000 pessoas morrem todo ano em decorrência do déficit nessa área, considerando apenas os cinco tipos de câncer com maior incidência no Brasil. Esse déficit ocorre pelo alto custo e complexidade de uma sala de radioterapia, a construção de uma sala de radioterapia ou ‘‘Bunker’’ como é chamado. È necessário materiais especiais e paredes de concreto de alta densidade e no mínimo 2 metros de espessura.

MULHER

Fonte: A.C.Camargo câncer center; modificado pelo autor

Os efeitos colaterais da radioterapia se diferenciam de região para região. Região, cabeça e pescoço Alterações no paladar, dor ao engolir. Reações na pele (pele ressecada, escurecida ou avermelhada ou com feridas) que podem causar dor e dificuldade para se alimentar. E boca seca ou saliva grossa.

Essa construção pode passar de 9 milhões, além do equipamento radiográfico na qual o investimento é no mínimo de 7 milhões. Para esse tipo de obra é necessário profissionais especializados. ‘‘A complexidade de uma contrução dessas é muito grande’’ afirma o presidente da SBRT, Arthur Accioly Rosa (2019).

Região torácica Cansaço, reações na pele (pele ressecada, escurecida ou avermelhada), perda de pelos no local do tratamento, coceira na área tratada, perda de apetite e náuseas. Região pélvica Cansaço, alteração do ritmo intestinal (diarréia ou prisão de ventre), reações da pele (perda de pelos no local de tratamento, coceira na área e ardência ao urinar. Fonte: INCA; modificado pelo autor)

35

(Sala de radioterapia) Fonte: Acervo galeria hospital Drauzio.


4.3 Quimioterapia O termo quimioterapia, refere-se ao tratamento de doenças com a utilização de substancia químicas. A quimioterapia é o tratamento mais conhecido, quando o assunto é o tratamento oncológico, esse tipo de tratamento utiliza medicamentos para combater o câncer. O tratamento não causa dor, apenas a picada da agulha, na hora de posiciona-la na veia para receber os remédios quimioterápicos.

Intratecal (na espinha dorsal) É pouco comum, sendo aplicada no liquor (liquido da espinha), administrada pelo médico, em uma sala própria ou no centro cirúrgico. Tópica (sobre a pele) Medicamento que pode ser liquido ou pomada, aplicado na pele (Metedos de aplicação dos medicamentos quimioterápicos) Fonte: INCA; modificado pelo autor

A escolha do medicamento vai de acordo com cada paciente e suas individualidades. Existem mais de 110 quimioterápicos para o tratamento do câncer, que podem ser usados individualmente ou em conjunto.

Após o paciente ser diagnosticado o médico discutira as opções de tratamento que dependerão do estágio que se encontra o tumor, localização e saúde geral do paciente. O uso da quimioterapia assim como da radioterapia é usado para vários fins e diferentes tipos de tratamentos, os mais comuns são: Os principais tipos de tratamento são: Via oral (pela boca) São remédios em forma de comprimidos, cápsulas e líquidos, que você pode tomar em casa. Intravenosa (pela veia) A medicação é aplicada na veia ou por meio de cateter (Que é um tubo frio colocado na veia), na forma de injeções ou dentro do soro. Intramuscular (pelo músculo) A medicação é aplicada por meio de injeções no músculo. Subcutâneo (abaixo da pele) A medicação é aplicada por meio de injeção no tecido gorduroso acima no músculo .

Poliquimioterapia. Tratamento onde é usado varias drogas para tratar uma doença, mais utilizado em tratamentos de leucemia e linfomas. Quimioterapia Adjuvante. Esse tipo de quimioterapia é administrada após um tratamento principal, como cirurgia, para que bloqueie e dificulte a volta do câncer, ou para disseminação total do tumor. Quimioterapia Neoadjuvante ou de Indução. Tratamento aplicado antes de qualquer tratamento cirúrgico ou de radioterapia, para avaliar a efetividade do tratamento. A quimioterapia adjuvante diminui o tumor, podendo melhorar os resultados em outros tratamentos. 36


Ÿ O alto custo de tratamentos, principalmente na área oncológicas

Os efeitos colaterais da quimioterapia são os que mais assustam entre todos os tratamentos de câncer. Ao contrario da radioterapia a quimioterapia age em todo corpo. No intuito de atingir as células cancerígenas, a quimioterapia também atinge as células saudáveis que estão crescendo rapidamente. Entre as células estão as responsávei pelo trato digestivo e as células que fazem o cabelo crescer, quando atingidas pelo tratamento causam diarréia e quedas de cabelo, além desses efeitos colaterais a quimioterapia tem também como efeito colateral, anemia, constipação, dor, infertilidade, náuseas e vômito, Mudanças sexuais, Fadiga, Mudança de apetite, entre outros sintomas. (Sala de quimioterapia) Fonte: Galeria Hospital Oncologia Niterói

De acordo com o Observatório da Oncologia, ‘‘Em 2010, o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma análise das APAC (Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade) processadas no mesmo ano e revelou que 60,5% dos pacientes foram diagnosticados em estadiamento avançado, níveis 3,4 e 5'’. Sendo o ‘‘estadiamento’’ a extensão do câncer no corpo de uma pessoa. O custo médio de uma sessão de quimioterapia é de 1.783,35 reais (100%), sendo 1.671,66 reais (93,75%), gatos com farmáco. Segundo o Conselho Nacional de Secretarios da Saúde (CONAAS), o Sistema Único de Saúde em 2010 passou por uma crise de desabastecimento, deixando cerca de 2 milhões de pacientes sem tratamentos no sistema público de saúde. Acredita-se que os fatores que contribuem para o desabastecimento são: Ÿ As excessiva burocracias que envolvem o processo de compra. Ÿ O fato de remédios deixarem de ser fabricados no Brasil de forma que exija

todo um processo de importação de alto custo e complexidade

37

4.4 Transplante de Medula Óssea O transplante de medula óssea é proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfomas. É na medula óssea que se localizam as células-tronco hematopoéticas, responsáveis pela geração de todo o sangue (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). Essas são as células substituídas no transplante de medula. O transplante pode ser ideogênico (do próprio paciente), ou halogênico (de um doador), além das células precursoras vindas do sangue circulante de um doador ou do sangue de um cordão umbilical. O processo para o transplante tem inicio no teste de compatibilidade entre o doador e o receptor, após comprovar que ambos são compatíveis, o paciente ou responsável legal assina um termo de consentimento, com isso é feito o agendamento do transplante.


O doador passa por um procedimento cirúrgico sob anestesia, são realizadas punções com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e aspirada a medula. Esse procedimento não danifica a saúde do doador, e em poucas semanas a medula óssea esta recuperada. No pré-transplante o receptor do transplante prepara seu corpo para receber as células sadias da medula. Essa preparação é realizada com altas doses de quimioterapia e em alguns casos radioterapia, o procedimento ataca as células doentes e destrói a própria medula, de forma que na hora do transplante não haja nenhuma célula imune. Após esse processo ele recebe uma medula saudável como se fosse uma transfusão de sangue. E com o transplante finalizado as células da nova medula circulam e vão se alojar na medula óssea, onde vão se desenvolver.

Após o transplante a quimioterapia feita no pré-transplante, provoca queda na produção de todas as células do sangue, tanto doentes quanto sadias. O baixo numero de leucócitos (célula de defesa do organismo), deixa sujeito a infecções bacterianas, virais, entre outras infecções. Com isso o paciente ficará incapaz de se defender das infecções, com isso fazendo uso de antibióticos como solução. Nesse período em que as células transplantadas ainda não produzem células sanguíneas suficiente, o paciente é tratado com transfusões de hemácias e plaquetas, além de receber medicamentos para influenciar a produção de leucócitos, importante célula de defesa do organismo. Com a recuperação da medula as células crescem com uma nova memória, e como são células de defesa, podem reconhecer alguns órgãos como estranho, essa doença é chamada de enxerto popularmente conhecida como ‘‘rejeição’’, é comum e pode ser controlada com medicamentos. No transplante de medula a rejeição é rara mas pode acontecer, por esse motivo o processo de seleção de dados compatível é de extrema importância. Para evitar uma forte ocorrência de rejeição, são prescritos imunossupressores, que diminui a ação das células transplantadas contra o organismo do paciente. A rejeição é importante para a preservação de recaídas da doença. Os linfócitos agridem as células doentes, lavando a menor chance de recaída.

(Imagem ilustrativa de um transplante de medula óssea) Fonte: Jornal O Paraná

38



Ambientes Hospitalares Capitulo 5

Fonte: Caio, 8 Anos de idade.


5. Ambientes hospitalares A Humanização dos espaços hospitalares vem se mostrando muito eficaz nos últimos anos. A ideia tem como propósito proporcionar um ambiente mais acolhedor, onde o paciente se sinta bem. O resultado deste trabalho é a melhor aceitação dos tratamentos e a diminuição no tempo de recuperação. O maior exemplo de humanização no setor oncológico infantil são os palhaços, ou como são chamados ''Doutores do riso'', os palhaços ou mímicos se apresentam para as crianças e fazem brincadeiras de adivinha.

Quando se está hospitalizado, ocorre uma interrupção na rotina, tanto da criança como da família, e ela se depara com um lugar pouco acolhedor e com procedimentos assustadores para crianças como (injeções, punções, quimioterapia, radioterapia, entre outros...). Assim que a criança é hospitalizada ela tem sua vida transformada. Moradores de UTI pediátrica e paciente com necessidades educacionais especiais, necessitam de uma atenção diferenciada e um ambiente hospitalar agradável e freqüentado por profissionais especializados. Para os pacientes internados na UTI pediátrica tem a classe hospitalar, um trabalho conjunto de ação pedagógica, entre a secretaria da educação, secretaria da saúde e também dos gestores. A professora da classe acompanha crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos internadas na UTI pediátrica e enfermaria de pediatria. São feitas atividades em grupos e individuais, a maior parte das atividades são atividades lúdicas e criativas. Em alguns casos o trabalho pode ser realizado em conjunto com a escola que a criança frequenta, através do acompanhamento das tarefas pela professora da classe hospitalar.

(“Doutor do riso” alegrando o dia das crianças que se encontram internadas) Fonte: Nós podemos Paraná.

“Somos clowns especializados no estudo do riso. E com esse poder combatemos alguns males, invisíveis para a medicina, que se encontram no interior das pessoas. A nossa principal batalha é contra a tristeza que existe na saúde, no social, no educacional e também no cultural” (Alan Cesar Soares. 01/2014) (Crianças fazendo o uso da classe de aula hospitalar) Fonte: Cinthya Leite

41


Além da humanização escolar, um bom setor pediátrico conta com desenhos

um todo, desde um porteiro ou faxineiro, até um médico ou chefe administrativo.

tanto na parede como no teto e no piso. Alem de espaços externos e brinquedotecas para que elas continuem vivendo sua infância da melhor forma possível. O ambiente é todo pensado para aliviar o estresse, os medos, as aflições das crianças e de seus pais, com playgrounds, voluntários, contadores de histórias, músicos, artistas entre outras atividades

Tal processo que não se caracteriza por processos técnicos e tecnológicos e sim de um processo de sensibilidade. Planeteree uma organização, que tem como intuito incentivar a humanizarção em espaços hospitalares tem como conceito dez componentes centrais.

(Hospital Infantil Nemour com desenho nas paredes e teto) Fonte: Liliana martinez

Interação humana

Suporte a familia

Educação e informação

Ambiente de cura através da arquitetura

Artes e diversão

Alimentação e nutrição

(Brinquedoteca, espaço para lazer das crianças/pacientes) Fonte:Acervo Hospital Albertin Einsten

5.1 Humanização em ambientes Hospitalares O significado de saúde, vai além de um bem estar físico e livre de doenças, sendo também uma qualidade de vida, tanto na saúde, quanto na saúde psicológica, educação, trabalho, lazer e cultura. Toque humano

Terapias complementares

Comunidades saldáveis

Apesar de ter sido criado em 2003 pelo Ministério da Saúde, alguma definições e politicas sobre o que seria a humanização, até a atualidade não a uma concordância cem por cento definida. O processo de humanização é um processo amplo que envolve o hospital como

Espiritualidade

42


Mesmo com a organização sendo fundada em 1978, existem apenas 23 hospitais no mundo que atendem as especifidades do modelo Planetree. ''Pesquisas no campo da psicologia ambiental sugerem que a sensação de bem-estar humana é geralmente causada quando o ambiente físico oferece um grau moderado de estimulação positiva, ou seja, níveis de estimulação que não são nem tão altos nem tão baixos''. (Wohlwill; Berlyne apud ULRICH, 1990).

Ÿ Ÿ Ÿ Ÿ

Janelas baixas permitem ao paciente a visão exterior a partir do seu leito; Iluminação e uso de cores adequadas; Integração com a natureza; Regulagem dos aparelhos hospitalares.

Outros autores enfatizam a importância com a temperatura, de forma que haja pesquisas sobre os materiais a serem usados para que possa se ter condições térmicas e acústicas favoráveis.

Se o nível de estimulação é muito alto, devido ao som ou iluminação intensa entre outros elementos do ambiente, vão causar estresse. Porém se o nível de 5.2 Seis fatores que influenciam no ambiente. estimulação for muito baixo o paciente estará mais propício a depressão ou “O bem estar físico e emocional do homem é sentimentos ruins. influenciado por seis fatores: luz, cor, som, aroma, Pesquisas mostram que a pluralidade de distrações, fazem com que o paciente textura e forma. Estes elementos do ambiente têm impacto tão grande no psicológico e no físico dos pense em algo mais, além de sua doença. De forma que isso leve a redução do indivíduos que uma instalação médica bem projetada, aplicando adequadamente estes fatores, pode ser estresse. ‘‘Por isso que a inclusão de quedas d'água, visuais para jardins, trabalhos de arte interativos e aquários, é cada vez mais, parte integrante dos projetos para ambientes de saúde. Estes elementos não são apenas suavizações estéticas, são partes do ambiente que promove a cura” - Malkin (1991).

As estimulações vão de pessoas entrando e saindo, mobiliários diferentes, cores intensas ou fracas, ou até mesmo o som dos aparelhos hospitalares que são a causa da insônia de muitos pacientes. Algumas das estimulações positivas no ambiente hospitalar são Ÿ Ÿ 43

Presença de átrios, jardins internos ou espaços abertos ao exterior; Uso de elementos como água e fogo, incluindo fontes, lareiras e aquário;

considerada parte importante do tratamento.” (GAPPELL, 1995

Luz A iluminação de um ambiente hospitalar não visa apenas o visual estético como vários fatores biológicos e de bem-estar. A iluminação tanto natural quanto artificial são importantes para qualificação dos espaços hospitalares, especialmente quando o local é um lugar de alta permanência. [...] A despeito disso, no país, a iluminação de hospitais frequentemente se limita à satisfação das iluminâncias mínimas estabelecidas pelas normas. A influência positiva na iluminação, como a melhoria do estado psicológico e fisiológico dos indivíduos, é geralmente ignorada. (CAVALCANTI; MASCARÓ, J.; MASCARÓ, L., 2002).


A luz do sol é importante para obstenção do cálcio e do fósforo, para o crescimento e fortalecimento dos ossos, para o controle de profilaxia visão e de infecções e para melhora da capacidade física.

As cores tem grande influência física e psicológica por exemplo uma cor quente como vermelho estimula seu sistema nervoso simpático, aumentando a atividade cerebral, enviando mais sangue para os músculos e aumentando os batimentos cardíacos e a pressão arterial. Já a cor azul estimula o sistema nervoso parassimpático, causando um efeito tranqüilizantes. As cores também afetam as percepções de espaço. Enquanto que as cores quentes parecem avançar, as cores frias parecem se distanciar.

(Luz artificial Hospital Infantil EKH) Fonte:Ketsiree Wongwan

(Luz natural Hospital Infantil EKH) Fonte:Ketsiree Wongwan.

Cor A escolha das cores no meio hospitalar precisão ser bem cuidadoras e baseada em estudos científicos que indicam os efeitos psicológicos que elas causam. As cores podem ser categorizadas como quentes e frias. As cores quentes são os tons mais próximos do vermelho e laranja, e as cores frias são os tons mais próximos do azul e verde. CORES QUENTES

CORES FRIAS

( A ilustração mostra como as cores podem mudar a percepção do espaço) Fonte: Lider interiores

“A percepção da cor é alterada pela idade. Crianças respondem melhor aos contrastes, preto e branco, cores primárias e secundárias, diferentes saturações e sombras. Os idosos, devido ao amarelamento das lentes dos olhos, têm a percepção das cores alterada, não podendo mais distinguir tão bem os tons de azul e verde.” (MODESTO, 1986).

A escolha da cor depende de vários fatores como a incidência solar, cultura regional, tamanho do espaço e idade do usuário.

44


Som

Aroma “Um trauma auditivo, além de causar estresse, produz mudanças fisiológicas na estrutura capilar Impedindo a circulação do sangue e obstruindo o canal vascular, e tem como resultado pressão alta, doenças do coração e úlceras”. (GAPPEL, 1991).

Sabemos que a maioria dos hospitais costumam ter vários sons ao mesmo tempo, como de aparelhos médicos, cadeiras, vozes, passos, portas entre muitos outros. O barulho estressante causa irritações e frustração, agrava o mau humor, reduz a limiar da dor, afeta a percepção visual e diminui a capacidade de aprendizado. Esse tipo de estímulo não atinge somente o paciente como também a equipe de trabalho, de forma que passem a diminuir a produtividade. É necessário usar materiais acústicos quando necessário, para que não seja refletido ou amplificado as ondas sonoras. Carpetes, tecidos, madeira, e painéis acústicos proporcionam ambientes quietos e tranqüilos. Sons naturais, principalmente causados pela água também causam um efeito relaxante. Por isso o número de projetos com hospitais com jardim interno também aumentado consideravelmente.

O aroma, tanto quanto o som, pode ser positivo ou negativo. É, na verdade, uma persuasão silenciosa que influencia a mente, o corpo e a saúde. O cheiro é o mais evocativo dos sentidos, tem uma relação muito íntima com o lado emocional, e faz o caminho mais rápido de ligação com o cérebro estimulandoo a resgatar memórias. (GAPPEL, 1991).

O aroma como o som pode causar efeitos desagradáveis e agradáveis. Os aromas desagradáveis aceleram a respiração e os batimentos cardíacos, já os agradáveis diminuem o estresse e causam tranqüilidade. Nos hospitais os aromas desagradáveis mais incidentes são os vindos do remédios e do álcool. A solução mais freqüente para sanar os problemas de aroma, são arranjos florais e da possível vegetação interna.

(Árvore na recepção) Fonte: Hospital de urgências de goiania

Além das plantas exalarem aromas agradáveis, elas purificam o ar intenso absorvendo as toxinas. (Jardim interno, causam efeito acústico) Fonte: Fonte Herzog & De Meuron

45


um quarto residencial ou de hotel, do que um hospitalar, encorajam a recuperação mais rápida

Textura Dentro dos ambientes o conforto do corpo humano é assegurado pela escolha adequada dos móveis, forma, material, textura, etc. A qualidade do espaço pode ser enriquecida pelo uso de tratamentos diferenciados para as superfícies, como a variedade de tecidos e acabamentos assim como a versatilidade dos móveis, proporcionando conforto. Outra opção é promover o contato do paciente com o ambiente exterior ou com plantas situadas dentro do espaço hospitalar.

(Quarto de internação que passa a impressão de ser um quarto de hotel) Fonte: Holiste psiquiatria

(Espaço de interação entre o interior e exterior) Fonte: casa cor 2019, planeta terra

Quando se trata de espaço infantil o uso correto da forma é de extrema importância. As formas variadas e de diferentes cores despertam a atenção e causam experiências lúdicas, que ajudam na formação dá percepção geométrica e da percepção espacial.

Forma A forma do espaço físico interfere no processo de tratamento dos pacientes. Por exemplo, o desenho arquitetônico em que a planta tem como características os quartos perto da enfermagem, causa tranquilidade no paciente porque a proximidade com os enfermeiros causam sensação de segurança e bem-estar. (Espaço de recreação infantil) Fonte - Desconhecida

(Sala de espera com banco em forma de tetrixl) Fonte - Desconhecida

Locais de tratamentos intensivos tem uma decoração de interiores que pareça mais 46



Leituras Projetuais Capitulo 6

Fonte: Gabriela GalvĂŁo, 10 Anos de idade.


Novo pavilhĂŁo Vicky e Joseph Safra do Hospital Albert Einstein.

Fonte: Clinica due vita


6.1 Projeto: Novo pavilhão Vicky e Joseph Safra do Hospital Albert Einstein. Endereço: Rua Ruggero Fasano, Morumbi, São Paulo - SP Início das obras: 2005 Conclusão das obras: 2009 Área construída: 70.109 m² Arquitetos: Kahn Brasil

“Nossa preocupação com a sociedade é colocada em prática com iniciativas sustentáveis como esta, sejam na área da saúde, da responsabilidade social ou do meio ambiente” (Claudio Luiz Lottenberg, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.)

Concluído em 2009 o Pavilhão Vicky e Joseph Safra, implementação do Hospital Israelita Albert Einstein recebeu certificação LEED GOLD, criada pelo U.S. Green Building Council e verificada pelo Green Building Certification Institute (GBCI). O LEED é o um certificado prestigiado no mundo todo, para edifícios sustentáveis de alto desempenho. Pontos que fizeram o edifício alcançar a sustentabilidade. Ÿ Jardins nas áreas de cobertura: Criam áreas de lazer e reduzem a entrada de

calor. Ÿ Coleta e aproveitamento de águas pluviais: A água é direcionada para um

sistema de tratamento no subsolo e depois é utilizado para o sistema de irrigação. Ÿ Dispositivos de baixo consumo Ÿ Sistema de ar condicionado eficiente e com controle individualizado. Ÿ Iluminação de baixo consumo. Ÿ Uso de materiais locais.

Situação 1. Pavilhão Vick e Joseph Safra (Kahan do Brasil) 2. Bloco A (Jarbas Karman, Domingos Floretini e Jorge Willhelm 3. Bloco B/C (Jorge Wllhelm) / 4. Bloco D (Rino Levi) 5. Bloco 3 - em construção (Kahn do Brasil) Implantação geral do Hospital israelita Albert Eistein – Fonte: Escritório Kahn Brasil (2009)

O principal destaque do projeto é a volumetria, que insere o entorno urbano, trazendo o espaço público para dentro do edifício através do paisagismo assim compondo composição de volumes interligados por meio de reentrâncias. 50


“O edifício apresenta como solução para reduzir os gastos com energia, a própria implantação do prédio. A edificação se encontra em orientação leste-oeste com inclinações nas fachadas, para diminuir o recebimento de luz solar direta. De forma que diminua a temperatura no interior do hospital, assim reduzindo gastos com climatizadores. As fachadas dos prédios são constituídas por cerâmicas ventiladas, que evitam que o calor seja transmitido para o interior do edifício, e boa parte das esquadrias que absorvem a iluminação natural é formada por vidros duplos de alto desempenho. (Fachada demonstrando a área verde na cobertura ) Fonte: Sanar Med

Cerâmica ventilada

Vidro duplo

O novo prédio possui 70.000m² distribuídos em 10 andares no qual seis andares são de estacionamentos, o edifício conta com mais de 200 consultórios médicos, centro de diagnósticos por imagem, centro cirúrgico, serviços de endoscopia e oftalmologia.

(Fachada do hospital Sírio Libanês) Fonte: Site Exame

Os 4.000m² de jardim na cobertura do edifício, é um fator importante na diminuição da temperatura dos ambientes internos, e na administração da água. ‘‘ Os jardins captam as águas da chuva e encaminham para reservatórios subterrâneos específicos. Após passar por processos de filtragem a água é usada em irrigação por gotejamento’’ Explica Carolina Botelho, arquiteta do setor de desenvolvimento de projetos da Kahn. As chuvas que caem nas áreas que não são cobertas por jardim, passam pelo mesmo tratamento, reutilizando a água para limpeza de piso, reservatório de combate ao incêndio, entre outros. 51

Implantação - Pavilhão Vick e Joseph e Joseph Safra 1. Desembarque de publico / 2. Devolução de veiculos / 3. Acesso de serviços / 4. Acessos de serviços / 5. Praça do térreo / 6. Praça do 7° pavimneto / 7. Cobertura jardim / 8. Praça do diagnostico / 9. Praça do Bairro Fonte: Kahan do Brasil


A

A

Térreo 1. Elevadores sociais / 2. Elevadores serviços / 3. Desembarque / 4. Recepção / 5. Café / 6. Lojas, agencias bancaria e serviços de conveniências / 7. Praça externas Fonte: Kahan do Brasil

1° Subsolo 1. Elevadores / 2. Elevadores de serviço / 3. Acesso de serviços / 4. Estação micro-ônibus / 5. Bicicletario / 6. Processamento de recicláveis / 7. Vestiários de funcionários. Fonte: Kahan do Brasil

Intermediário 1 ( diagnósticos) 1. Elevadores sociais / 2. Elevadores serviços / 3. Estar/conveniência / 4. Registro / 5. Vestiários / 6. Imagens / 7. Cardiologia / 8. Coleta laboratorial / 9. Café / 10. Apoio administrativo / 11. Devolução de veículos Fonte: Kahan do Brasil

Intermediário 2 ( centro cirúrgico) 1. Elevadores sociais / 2. Elevadores de serviço / 3. Endoscopia / 4. Oftamologia / 5. Vestiario/barreira / 6. Prepare/recuperação / 7. Setor de salas de cirurgia / Apoio logistico Fonte: Kahan do Brasil

52


Em estrutura metálica aparente foi construído duas passarelas em um vão de 45 metros, que interligam os edifícios e permitem o trajeto de funcionários e visitantes aos centros de atendimento ambulatóriais recém projetados.

1° Pavimento (clínica - dia) 1. Elevadores sociais/ 2. Elevadores de serviço / 3. Estar/conveniência / 4. Posto de enfermagem / 5. Acesso ao hospital Fonte: Kahan do Brasil

Área interna da passarela, circulação horizontal- Fonte: Nupeha

Considerações de interesse pessoal: Percebe-se a importância com o conforto e eficiência térmica. Como por exemplo, os jardins na cobertura para captação de águas pluviais e a cerâmica ventilada, com intuito de diminuir o calor do ambiente interno. O projeto conta também com soluções estruturais sustentáveis que visam a economia. Além da setorização bem distribuída, e separação dos ambiente de acordo com a sua respectiva área.

Corte AA 1. Desembarque / 2. Recepção/átrio / 3. Clinica-dia / 4. Consultórios / 5. Jardim externo / 6. Cobertura jardim / 7. Diagnósticos / 8. Piso técnico / 9. Centro cirúrgico / 10. Estacionamentos / 11. Vestiário de funcionários / 12. Elevadores sociais / 13. Elevadores de serviço Fonte: Kahan do Brasil

53

Outros pontos positivos são: Ÿ Reduções no consumo de água e energia Ÿ Cuidados na utilização de materiais, em função do seu conteúdo e características de emissão de poluentes Ÿ Diminuição da carga sobre as redes de drenagem de águas pluviais da cidade Ÿ Alta qualidade e controle do ar interno, devido as soluções arquitetônica Ÿ Redução do efeito de ilha de calor na região Tais fatores foram referenciais para o projeto.


Hospital Infantil Nemours Children's

Fonte: Archdaily


6.2 Projeto: Hospital Infantil Nemours Children's

Antes da construção do hospital foi feito um debate com o tema “ O que é melhor

Endereço: 6535 Nemours Pkwy, Orlando, FL , Estados Unidos Início das obras: 2005 Conclusão das obras: 2012 Área construída: 192.000 m² Arquitetos: Stanley Beaman & Sears

para a criança “. Após o debate foi feito a distribuição do hospital de acordo com suas prioridades. Foram projetados quartos com dormitórios para dois pais, lavanderias em cada pavimento, e grandes salas de estar e recreação. Também foram feitos acessos para área externas de descanso e lazer, incluindo terraços ajardinados na cobertura, e instalações aquática na cobertura.

O hospital infantil Nemours Children's destinado a tranquilizar e inspirar, tem uma preocupação com as crianças com doenças crórnicas, bem como com crianças que recebem um diagnóstico grave ou fatal. O hospital é destinado a trazer tranqüilidade e bem estar de forma que encoraje as crianças nos seus tratamentos e ao mesmo tempo as divirta. A implantação no terreno de 60 hectares, teve como prioridade o paisagismo e os espaços verdes. Foi plantada vegetação no inicio da obra, para que uma paisagem mais madura esteja criada na inauguração, além do lago e das fontes dagua.

(Área externa de lazer do hospital Nemours.) Fonte: Jonathan Hiilyer

Sala de estar do hospital Nemours Fonte: Jonathan Hiilyer

A arquitetura interior tem como fundamento, os resultados dos estudos da área médica que evidenciam o impacto do ambiente para a saúde. Uma das primeiras pesquisas foram feitas nos EUA na universidade de Delaware. Os cientistas acompanharam o pós operatório de alguns pacientes, e aqueles que eram colocados próximos a janelas ou quadros de paisagem, receberam alta um dia antes dos demais.

(Planta de situação.) Fonte: Archdaily

55

Os móveis e revestimentos trouxeram características lúdicas para trazer vida e alegria aos usuários do ambiente


(Mobiliario e painel lúdico.) Fonte: Jonathan Hiilyer

(Mobiliarios diferenciados e coloridos.) Fonte: Jonathan Hiilyer

O projeto conta com uma quadra de entrada ajardinada, 95 leitos e 76 salas de exame, emergência, uma central de energia e um prédio de estacionamento. É possível acomodar ainda 32 leitos e 24 salas de exame, todos esses espaços subdivididos em blocos verticais. O plano diretor antecipa uma expansão de espaço hospitalar.

2° Pavimento Fonte: Jaine Hammarstrom

1° Pavimento 3° Pavimento Fonte: Jaine Hammarstrom

Fonte: Jaine Hammarstrom

56


A cor da iluminação na fachada de cada quarto pode ser escolhida pela criança, de forma que crie dinâmica na fachada de todo o edifício, principalmente ao escurecer.

(Paineis de vidro) Fonte: Jonathan Hiilyer

(Fachada externa) Fonte: Jonathan Hiilyer

(Fachada com luzes de cores diferentes escolhidas pelos pacientes) Fonte: Site Nemours

A fachada do edifício é feita em sua maioria por elementos sustentáveis como: Ÿ Terracota (principal), produto encontrado na natureza e 100% reciclável. O

sistema ventilado reduz o uso do ar condicionado até 30%. ( Brises e terracota) Fonte: Jonathan Hiilyer

Ÿ Painéis de metais customizados, reduzindo o desperdício, sujeira e

interferência de ordem civil. É possível passar instalações entre os painéis, além de uma sofisticada arquitetura com diversas cores e formatos. Ÿ Estrutura pré moldada, devido sua montagem rápida, prática, e sem

desperdícios ou impactos ambientais vindos do canteiro de obras. Ÿ Grandes aberturas em vidros, de forma que o interior interaja com o exterior. Ÿ Brises para melhor controle da iluminação natural 57

(Concreto e vidro) Fonte: Jonathan Hiilyer

Considerações de interesse pessoal: A preocupação com o bem estar do paciente se torna o ponto de partida vital do projeto. Para esse fim é feita a utilização de mobiliário móveis e fixos coloridos, telas de interação, áreas externas para lazer, e desenhos nas paredes teto e piso. O edifício conta com uma setorização bastante funcional, essa distribuição não dificulta ou interfere no quesito humanização. De forma que a setorização bem composta e o ambiente humanizado seja um conjunto ideal e curativo. A fachada do hospital faz utilização de materiais sustentáveis que ajudam na temperatura térmica do interior do edifício. Tais fatores foram referenciais para o projeto.


Centro de Oncologia Infantil Princess Mรกxima

Fonte: Ronald Tilleman


6.3 Projeto: Centro de Oncologia Infantil Princess Máxima Endereço: Heidelberglaan 25, 3584 EA Utrecht, Holanda Início das obras: 2014 Conclusão das obras: 2018 Área construída: 44.833 m² Arquitetos: LIAG architects

O desenvolvimento de uma criança não para mesmo quando diagnosticada , o contato com os familiares é extremamente importante nesse desenvolvimento. Com esse fator determinante, o dormitório da criança é conectado ao dormitório dos pais, mantendo o contato familiar, além da área aberta que possui em todos quartos. Com o intuito de reforçar ainda mais esse elo, é disponibilizado espaços para a família cozinhar, se alimentar e brincar juntos, se assemelhando ao ambiente domestico.

O Centro Oncológico Princess Máima, projetado pelo grupo de arquitetos, LIAG architects, é considerado o maior centro oncológico infantil da europa. O edifício conta com 44.833m², e além de oferecer tratamento adequado e de boa qualidade se preocupa em manter uma conexão entre os pacientes e familiares com os médicos e o mundo da pesquisa. Para cumprir essa com este conceito de integração entre pacientes e médicos, a circulação principal do edifício foi projetada de maneira que proporcione encontros, criando uma circulação ‘‘praça’’.

Fonte: Ronald Tilleman

As cortinas de vidro distribuídas por todo edifício, possibilitando que todos os usuários, consigam sentir aspectos naturais, como clima, odores das plantas entre outros.

Fonte: Glocal design magazine

Fonte: Ronald Tilleman

59

Fonte: B2FAB

Fonte: Ronald Tilleman


Junto ao projeto foi implantada uma ponte com diversas cores, que influenciam no No centro do prédio e nas suas extremidades laterais, se localizam áreas externas ambiente. Essa ponte se conecta ao hospital de criança Wilhermina que fica ao que possibilitam encontros entre pacientes e atividades em família. Além de lado, para que possam otimizar o uso das instalações um do outro. proporcionar uma interação entre interior e exterior.

Fonte: Ronald Tilleman

Fonte: Ronald Auee

Fonte: Ronald Tilleman

Fonte: Ronald Tilleman

60


Planta baixa do pavimento térreo

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/912899/centro-de-oncologia-infantil-princessmaxima-liag-architects?ad_medium=gallery

Planta baixa 1° pavimento

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/912899/centro-de-oncologia-infantil-princess-maxima-liag-architects ?Ad_medium=gallery

61

Planta baixa 2° pavimento

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/912899/centro-de-oncologia-infantil-princess-maxima-liagarchitects?ad_medium=gallery

Planta baixa 3° pavimento

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/912899/centro-de-oncologia-infantilprincess-maxima-liag-architects?ad_medium=gallery


Planta baixa 4° pavimento

(Corte) Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/912899/centro-de-oncologia-infantil-princess-maxima-liagarchitects?ad_medium=gallery

(Elevação) Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/912899/centro-de-oncologia-infantil-princess-maximaliag-architects?ad_medium=gallery Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/912899/centro-de-oncologia-infantilprincess-maxima-liag-architects?ad_medium=gallery

Planta baixa 5° pavimento

Considerações de interesse pessoal: O centro Oncológico infantil Princess Máxima, tem como componente mais importante a sua preocupação com o bem estar da criança. Ela utiliza de cores e estratégias que fazem do centro um espaço mais humanizado. Painéis e fachadas coloridas estão distribuídas em todo centro de tratamento, junto a espaços interação e de atividades lúdicas. Tais fatores foram referenciais para o projeto.

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/912899/centro-de-oncologia-infantilprincess-maxima-liag-architects?ad_medium=gallery

62



O lugar Capitulo 7

Fonte: JoĂŁo Gulherme, 13 Anos de idade.


7. Localização

(Mapa do estado de São Paulo) Fonte: Site Prefeitura de Sertãozinho; Modificado pelo autor. (Imagem por satélite de Sertãozinho) Fonte: Google earth

Com uma população de aproximadamente 110.000 habitantes, Sertãozinho está localizada a nordeste do Estado de São Paulo, na região de Ribeirão Preto. Distante 325 quilômetros da Capital do Estado é uma das cidades mais importantes da região. Embora conte com um significativo parque industrial é principalmente conhecida em todo o Brasil por ser grande produtora de açúcar e álcool merecendo, por isso, grande projeção.

(Mapa do Brasil) Fonte: Site InfoEscola; Modificado pelo autor.

65

Sertãozinho limita-se ao Norte, com Jardinópolis e Pontal; a Oeste, com Jaboticabal e Pitangueiras; ao Sul, com Barrinha e Dumont; e, a Leste, com Ribeirão Preto, dela distando apenas 21 quilômetros. Possui uma Estação Rodoviária com movimento diário de aproximadamente 180 ônibus. Além das estradas municipais e vicinais, Sertãozinho é servida por importantes rodovias estaduais: a SP-330 (Rodovia Atilio Balbo, que liga Sertãozinho a Ribeirão Preto); a SP-322 (Rodovia Armando de Sales Oliveira, apelidada Rodovia da Laranja, que vai de Sertãozinho a Bebedouro); a SP-312 (Rodovia Carlos Tonani, que se estende de Sertãozinho até Borborema); todas proporcionam interligação com as principais rodovias do Estado: a Via Anhanguera e a Via Washington Luiz e com o Estado de Minas Gerais.


Macrozoneamento urbano

Restrições legais Zoneamento ZM2 Coeficientes

Recuos mínimos em metros Gabarito máximo

Ocupação maxima = 80%

Frente (até 2 pav) de 0 a 2,00m

8

Aproveitamento máximo 1,50 Frente (2 a 4 pav) 4,00m

---

Permeabilidade Mínima 5%

Fundo (até 2 pav) 0,00m

---

---

Fundo (2 a 4 pav) 2,00m

---

---

Lateral (2 a 4 pav) 2,00m

---

---

Lateral (acima de 4 pav) 2,50m

---

(Tabela restrições legais) Fonte: Acervo pessoal: dados retirados do site da prefeitura de Sertãozinho

Para a escolha do terreno foram analisados alguns fatores de grande influência. O fator principal, é a facilidade de acesso tanto dos moradores da cidade, quanto dos moradores de cidades vizinhas. Na área se encontra a avenida Egisto Sicchieri, considerada uma das principais avenidas da cidade, com fluxo constante de veículos e pedestres. E a Avenida Affonso trigo, que da acesso a Rodovia Armando Sales, principal trajeto para as cidades vizinhas, como Pontal, Dumont, Barrinha, e Pitangueiras. (Mapa de macrozoneamento de Sertãozinho) Fonte: Site da prefeitura de Sertãozinho

O terreno se encontra em uma área classificada como zona mista, contendo predominantemente lotes residenciais. Enquanto que nas avenidas se localiza a maior parte dos lotes comerciais. Av E

gis

to S

hie

ri

Ru

aJ

os

eT rem

es

ch

in

icc

Av A

ffo

ns

oT rig

o

ZM2

Ru

aJ

oM

uc

ci

66


3 6 5 3 4 3 3

3 Fonte: Acervo pessoal

2 1

4 Fonte: Acervo pessoal

5 Fonte: Acervo pessoal

1 Fonte: Acervo pessoal

67

2 Fonte: Acervo pessoal

6 Fonte: Acervo pessoal


Rua Jose Tremeschin C D

i Sicchier

Rua João Mucci

A

to Av Egis

B

7.563,82m² E H

F

G

Av Affonso Trigo

B

A Fonte: Acervo pessoal

F Fonte: Acervo pessoal

D Fonte: Acervo pessoal

Fonte: Acervo pessoal

Fonte: Acervo pessoal

E Fonte: Acervo pessoal

C

H

G Fonte: Acervo pessoal

Fonte: Acervo pessoal

68


Mapa Figura Fundo Através do mapa figura fundo é possível observar, os cheios e vazios do entorno da área de intervenção localizada no bairro Cajubá. O local conta com um numero considerável de lotes vazios, por ser uma área nova na cidade de Sertãozinho.

Área construida Área vazia Área de intervenção

Mapa Figura Fundo com edificações. Acervo pessoal

69


Mapa Uso do Solo Através do mapa de uso do solo, é possível observar a predominância da área, e demonstrar como cada lote esta sendo utilizado. É possível identificar que no entorno é uma área mista, com predominância em lotes residenciais. Enquanto que as avenidas Egisto Sicchieri e Affonso Trigo, se aglomeram os lotes comerciais e de prestação de serviços.

Área verde Desativados Residêncial Comércio Prestação de serviço Educacional Lotes vazios Área de intervenção

Mapa de Uso do Solo. Acervo pessoal

70


Mapa de Gabarito È possível analisar através do mapa de gabarito, o numero de pavimentos em cada lote. Com isso é possível analisar que no entorno da área de intervenção, é predominantemente baixo, o que colabora para a entrada de iluminação natural e ventilação natural.

Térreos 2 Pavimentos 3 ou mais pavimentos Área de intervenção

Mapa de Gabarito. Acervo pessoal

71


Mapa Hierarquia Viária Através do mapa de hierarquia viária é possível analisar que o terreno escolhido se encontra entre duas avenidas movimentadas, tanto por automóveis com por pedestres. Essas avenidas distribuem o transito para as vias coletoras, menos movimentadas

Av. Egisto Sicchieri

Vias principais Vias coletoras Área de intervenção Av. Affonso Trigo

Mapa de Hierarquia Viária. Acervo pessoal

72


Mapa de Vegetação Através do mapa é possível ver a disposição das massas arbóreas, a área escolhida esta entre duas grandes avenidas onde se encontra o maior massa arbórea do entorno e também academias ao ar livre e espaços para realizar atividades físicas.

Árvores Área de intervenção Área de intervenção

Mapa de Vegetação. Acervo pessoal

73


Mapa Aspectos Naturais È possível através deste mapa ver a orientação solar e a direção dos ventos predominantes, com isso auxiliando em fatores importantes do projeto.

Mapa de Aspectos Naturais. Acervo pessoal

74



O Projeto Capitulo 8

Fonte: Luiz Otรกvio, 2 Anos de idade.



Conceito O conceito se baseia na humanização. Conjunto de valores, técnicas, comportamentos, ações que aumenta a qualidade das relações entre médicos e pacientes. A humanização dos espaços ocorre desde o início do projeto, pois para ser realizado com êxito deve-se pensar no público alvo desde o início.

Partido O partido se dá através da análise do entorno imediato, onde as edificações tem no máximo 2 pavimentos ou tem o pé direito alto e são distribuídos horizontalmente. Seguindo esses fatores o projeto será térreo, e distribuído horizontalmente e terá sua área de convivência com o pé direito mais alto em relação ao restante do projeto. Na fachada o objetivo foi trazer destaque, mas que também influencie na parte interna, com isso a fachada foi composta em sua maior parte por vidros, com brises coloridos para utilizar quando necessário. A parte externa foi pensada num paisagismo simples, mas também chamativo aos olhos das crianças. Disposta por ipês nas cores, rosa e amarela, um playground e um espelho d’agua. O interior se conecta diretamente com o exterior por vários acessos e circulações.

78


8.2 Evolução em croqui

Fonte: Acervo pessoal

A principio foi pensado em um monobloco como edifico central, com o estacionamento com entrada e saída para avenida Egisto Sichieri.

79

Fonte: Acervo pessoal

Em uma segunda tentativa foi colocado outro bloco, com o intuito de um bloco atuar os tratamentos de quimioterapia e em outro bloco salas de suporte como, terapia ocupacional, consultório oncológico entre outros.


Fonte: Acervo pessoal

A terceira proposta separou o cto infantil em 6 áreas e incluiu uma pequena rotatória que da acesso as avenidas e a área de estacionamento.

Fonte: Acervo pessoal

No croqui final foi mantido a setorização das 6 áreas diferentes sendo elas a administração, atendimento, recepção, área de convivência, suporte e quimioterapia. Alem disso foi colocado uma rua para possibilitar a entrada da ambulância até a entrada, e como solução para o sol direto o projeto contara com brises.

80


8.3 Memorial descritivo O projeto elaborado se localiza na cidade de Sertãozinho-SP, no bairro Jardim Cajubá. O bairro classificado como Zona de uso misto (ZM2), é uma área predominantemente residencial, porem conta com um numero significativo de comércios e serviços. O bairro conta uma gama de lotes não utilizados e muita arborização. O lote escolhido para o projeto se encontra entre duas importantes avenidas da cidade de Sertãozinho, são elas a avenida Affonso Trigo e Egisto Sichieri, as duas com fluxo intenso que da acesso a diversos bairros. O lote possui 7.563,82m², com calçadas padronizadas de 2,50m de largura e com apenas uma curva de nível, que acaba sendo imperceptível. Analisando o contexto do entorno foi possível projetar uma implantação de facil acesso e bem adequada ao bairro. O edifício possui apenas o pavimento térreo, com a intenção de se conectar com a cidade e seguir seu entorno. O projeto tem como objetivo ser uma edificação lúdica e convidativa, transmitindo a ideia de um ambiente agradável e divertido, e essa diversão começa na fachada com os brises coloridos, que além de ser uma solução para a insolação direta, trás movimento e alegria logo no primeiro contato. Os acessos foram organizados de acordo com o fluxo das vias envoltória, a avenida Affonso Trigo da acesso ao estacionamento de carros que conta com 31 vagas, também sendo o acesso principal do edifício, e o acesso de ambulância e urgência, o mesmo possibilitado devido a rua implantada no terreno. Nas ruas João Mucci e José Tremeschin se da o acesso de funcionários e de serviços, também se localiza a saída de resíduos e recebimento de produtos Na avenida Egisto Sichieri se da o acesso ao estacionamento voltado não só para carros mas também para os ônibus que costumam fazer o transporte dos pacientes de cidades vizinha Maquete eletrônica. Fonte: Acervo pessoal

81


O edifício foi setorizado em seis áreas diferentes, levando em conta vias de acessos, curvas de nível, poluição sonora, insolação e ventos predominantes. A fachada do edifício em sua maioria é consolidada por vedação de vidro , o único setor que não tem essa características é so setor de serviços. Os brises com a ajuda de cortinas internas ajuda na privacidade em áreas necessárias ou atendimentos necessários Os 6 setores foram organizados da seguinte forma: - Setor 1. Administrativo, onde se encontra a coordenação, sala de reuniões, chefia, entre outros serviços. Responsável pela gestão, planejamento estratégico, e logística, e humanização do local - Setor 2. Medicina complementar, que traz serviços como, nutricionista, terapia ocupacional, fonoaudiologia, entre outros. Nesse setor é propostos salas/consultórios de outras especifidades que dão apoio ao paciente e seus familiares, também trazendo atividades lúdicas e de integração social. - Setor 3, área de convivência. Onde se encontra a brinquedoteca, cantina, espaço de estar e atividades lúdicas e de raciocínio. Nesse espaço a ideia foi criar um ambiente divertido, colorido e de socialização entre os pacientes. Esse setor se conecta com a área externa tanto visualmente através das vedações de vidro, quanto fisicamente através de acessos diretos. - Setor 4. Serviços e apoio. Responsável pelo descarte de resíduos, limpeza, administração de quimioterápicos, entre outras funções. - Setor 5, Aplicação de quimioterápicos. Um grande salão com 12 baias de 7,02m² cada, destinado cada uma ao seu paciente e o acompanhante - Setor 6. Recepção, setor que tem o primeiro contato com o paciente, responsável pelo atendimento, agendamento, e acolhimento dos usuarios.

82


8.4 Sistema estrutural e materialidade O sistema estrutural foi desenvolvido de forma que possibilite grandes vãos. Com isso o sistema estrutural é feito por vigas e pilares metálicos (Aço), e laje feita de EPS, para uma melhor sensação térmica na edificação. É colocado entre a parede e a laje uma massa expansiva , que expande e por consequência disso comprime e reforça. Laje

Pilar de aço

Det. viga metálica. Fonte: Acervo pessoal.

Viga metálica (aço)

Rosca e amuela

Placa de base

Mísula Det mísula. Fonte: Scielo

Chumbador

Det. pilar metálico. . Fonte: Acervo pessoal.

83

No sistema estrutural metálico, as partes mais solicitadas ao momento fletor é a região pilar e viga, que se conectam. Com isso o restante da peça fica sujeito a momentos menores, ou seja parte dessa peça necessita de um reforço. Como a mísula aumenta o momento de inércia em parte da seção, ela auxilia na redução das forças atuantes e trás mais resistência ao sistema estrutural.


Para aproveitar os espaços de uma forma melhor e mais agradavel, foi usado brises coloridos, com isso o usuario pode escolher a posição do brise que mais o conforte. Alé disso os brises trazem mais beleza a fachada, auxilia na diminuição da temperatura em lugares quentes e diminui a necessidade da utilização de climatizadores.

Os panos de vidro foram usados em quase toda a fachada, o intuito da utilização foi manter uma integração com o exterior e receber a luz natural direta no ambiente.

Det panos de vidro. Fonte: Scielo

Jardim de infância Ljubljana Fonte: Dezeen

Em ambientes que necessitam ser fechados sem muito contato direto com externo como, banheiro, resíduos, entre outros. foi usado a alvenaria de embasamento. A alvenaria de embasamento é a vedação amarradas no alicerce ou viga baldrame até a laje. Sem danificar a fundação e a contenção lateral.

Foi colocado coberturas de vidro na área de convivência externa, onde se encontram mobiliário voltados ao atendimento da cantina, para que haja uma proteção contra inteperes mas que não bloqueia a entrada de luz no ambiente.

Det alvenaria. Fonte: Scielo Cobertura de vidro. Fonte: Galeria da arquitetura

84


8.5 Fluxograma

Baias de aplicação

Salão quimioterápico

Recepção

Banheiro Oncologista Assistência social Nutricionista Posto de enfermagem Enfermaria Fonoaudiologia Farmácia Terapia ocupacional Consultório Laudos

85

Atendimentos


Administração

Área de convivência

Espaço para atividades lúdicas Brinquedoteca Cantina

Serviços/Suporte

Banheiros Chefia Almoxerifado Sala de Reuniões Direção Utilidades Coordenação Copa funcionários Sala de descanço funcionário

Banheiros Resíduos comum Resíduos infectantes Resíduos reciclados Resíduos químicos Recebimento, inspeção e distribuição DML Sala de descanso funcionários Copa funcionários Roupa suja Roupa limpa Vestiário Utilidades Fracionamento de quimioterapicos

Paciente Funcionários 86


8.6 Programa de Necessidades

A principal norma que orienta sobre os ambientes hospitalares é a resolução RDC nº50, que tem como objetivo servir de ‘‘ Instrumento norteador das novas construções, reformas e ampliações, instalações e funcionamento de estabelecimentos assistenciais de saúde que atenda os princípios de regionalização, hierarquização, acessibilidade e qualidade da assistências prestada a população (Ministério da Saúde, 2002, p01)

Setor 1

O programa de necessidades de um estabelecimento de saúde leva em conta vários fatores importantes. Existem algumas normas da anvisa a serem seguidas para que não haja uma possível contaminação, que possa agravar a saúde dos pacientes ali internados.

Com base para a setorização e o dimensionamento deste trabalho , foi utilizado as normas da RDC nº50 e o livro ‘‘Manual pratico da arquitetura hospitalar’’ Ronald Góes, no livro o autor demonstra a setorização e o programa de necessidade, que seguem as normas e facilita o entendimento do fluxo e distribuição dos estabelecimentos voltados a área de saúde.

87

Setor 2

Na resolução RDC nº50, é possível encontrar uma diversidade de regras, informações, e instrumentos que ajudam na concepção do projeto arquitetônico, que precisará passar por uma avaliação, e aprovação caso siga as normas vigentes. Nela pode ser encontrado o capitulo que prevê os espaços mínimos, para cada ambiente, por setor de saúde específico.

Setor administrativo Quantidade Ambiente Chefia 1 1 Banheiro feminino funcionários 1 Banheiro masculino funcionários Hall banheiro/ bebedouro 1 1 Almoxarifado 1 Direção 1 Sala de Reuniões 1 Utilidades Coordenação 1 1 Copa/ sala de descanso funcionários 1 Circulação

Área m² 9,44 m² 14,06 m² 15,00 m² 15,90 m² 20,29 m² 17,70 m² 23,80 m² 13,92 m² 20,52 m² 29,79 m² 30,91m² Área total: 211,33m²

Setor de medicina complementar Quantidade Ambiente Área m² Oncologista 1 13,77 m² 1 Banheiro feminino 10,10 m² 1 Banheiro masculino 10,10 m² Assistência social 1 15,58 m² 1 Nutricionista 13,49 m² 1 Posto de enfermagem/ enfermaria 19,00 m² 1 Fonoaudiologia 23,37 m² 1 Emergência 13,92 m² Consultórios 1 17,10 m² Terapia ocupacional 1 26,03 m² Circulação 1 85,28 m² Área total: 247,74m²


Serviços Quantidade Ambiente Resíduos comum 1 1 Resíduos químicos Resíduos infectantes 1 Resíduos reciclados 1 Recebimento/inspeção/distribuição 1 1 DML Roupa limpa 1 Roupa suja 1 Sala de descanso funcionários 1 1 Copa funcionários 1 Material funcionários Banheiro masculino funcionários 1 1 Banheiro feminino funcionários 1 Laudos Vestiário masculino 1 1 Vestiário feminino 1 Utilidades 1 Adm/fracionamento quimioterapico 1 Circulação

Área m² 16,00 m² 4,40 m² 13,56 m² 13,60 m² 11,52 m² 2,89 m² 10,08 m² 10,80 m² 24,04 m² 13,36 m² 3,25 m² 19,40 m² 23,60 m² 12,00 m² 16,50 m² 16,50 m² 12,50 m² 44,46 m² 79,70 m² Área total: 348,16m²

Setor 5

Área m² 73,19 m² 19,61 m² 15,00 m² 114,88 m² Área total: 222,68m²

Aplicação de quimioterapicos Quantidade Ambiente Área m² Banheiro PNE 1 4,55 m² 1 Banheiro feminino 5,22 m² 1 Banheiro masculino 5,22 m² Baia de aplicação 11 7,02 m² 1 Circulação 101,44 m² Área total: 123,45m²

Recepção

Setor 6

Setor 3 Setor 4

Área de convivência Quantidade Ambiente Brinquedoteca 1 1 Cantina 1 Área de convivência Circulação 1

Quantidade Ambiente Área m² Recepção 1 13,16 m² 1 Espera 70,04 m² 1 Banheiro masculino 26,20 m² 1 Banheiro feminino 24,56 m² 1 Hall banheiro 18,27 m² Área pavimento térreoÁrea 1.649,06 total:m²156,23m²

Área primeiro pavimento 270,961.309,59 m² Área total do edificio: m²

88



Anteprojeto Capitulo 9

Fonte: Gustavo Muniz, 6 Anos de idade.


Rua José Tremechin

I=15%

i r e i h c i s o t s i g Av E

I=15%

I=15%

I=15%

Platibanda

I=15%

I=15%

I=15%

I=15%

Platibanda

I=15%

I=15%

I=15%

Rua João Mucci

I=15%

I=15%

IDOSO

Platibanda

Platibanda

IDOSO

I=15%

Platibanda

I=15%

I=15%

Ambulância

Platibanda

Platibanda

Ambulância

Ambulância

Av Affonso Trigo 1.98

Escala: 1/200

91

N

9.1 Implantação


C 4

3

Resíduos químicos 4,40m² 0,00

Resíduos infectantes 13,56m²

Resíduos comum 16,00m²

Sala de descanço funcionários 24,04m²

0,00

Ref

0,00 0,00

Copa funcionários 13,36m²

-0,03

Área de convivência externa 164.61m²

0,00

-0,03

Banheiro feminino funcionários 14,06m²

Banheiro masculino funcionários 15,00m² Coordenação 20,52m² Sala de reuniões 23,80m²

Circulação funcionários 11,88m²

Prateleira

0,00

Prateleira

Resíduos reciclados 13,60m² 0,00

0,00

Hall banheiro

Prateleira

Recebimentos inspeção e distribuição 11,52m²

Material funcionários 3,25m²

0,00

Copa/sala de descanso funcionários 29,79m²

0,00

0,00

0,00

Banheiro funcionários masculino 19,40m²

Prateleira

DML 2,89m²

-0,03

Circulação funcionarios Ref

Circulação funcionários

Circulação funcionários

Circulação funcionários

0,00

Chefia 9,44m²

Almoxarifado 20,29m²

Direção 17,70m²

Banheiro feminino 10,10m²

0,00

Ref.

1

0,00

Roupa limpa 10,08m² Ref.

Roupa suja 10,80m²

Banheiro funcionários feminino 23,60m²

0,00

Utilidades 13,92m²

Cantina 19,61m² Área de convivência/café 159,34m²

-0,03

0,00

1

-0,03

0,00

0,00

0,00

0,00

Banheiro masculino 10,10m² -0,03

Bancada

Bancada

administração dos medicamentos quimioterapicos 44,46m²

Vestiário masculino 16,50m² Laudos 12,00m²

-0,03

0,00

Brinquedoteca integrada a área de convivência 73,19m²

0,00

Circulação

Assistência social 15,58m²

B

D

0,00

Oncologista 13,77m²

Vestiário feminino 16,50m²

0,00 -0,03

Utilidades 12,50m² 0,00

Banheiro masculino 5,22m²

Banheiro feminino 5,22m²

Banheiro PNE 4,55m²

-0,03

Circulação

Circulação

Circulação

Circulação Nutricionista 13,49m² 0,00

-0,03

Baia de aplicação 7,02m²

-0,03

Recepção 13,16m²

Banheiro feminino 24,56m² -0,03

Baia de aplicação 7,02m²

Circulação

Fonoaudiologia 23,37m²

Espera 70,04m²

Baia de aplicação 7,02m²

0,00

Bancada

Salão de aplicação de químioterapicos 160,80m²

Posto de enfermagem/ Enfermaria 19,00m²

0,00

Hall banheiro

0,00

0,00

0,00

Circulação pacientes Baia de aplicação 7,02m²

Baia de aplicação 7,02m²

Banheiro masculino 26,20m²

Emergência 12,54m²

-0,03

Baia de aplicação 7,02m²

Baia de aplicação 7,02m²

2

Bancada

2

0,00

Terapia ocupacional 26,03m²

Circulação pacientes

0,00

Baia de aplicação 7,02m²

Baia de aplicação 7,02m²

Baia de aplicação 7,02m²

Baia de aplicação 7,02m²

Consultório 17,10m² 0,00

A

4

3

9.2 Pavimento térreo Escala: 1/100

92


I=15%

I=15%

I=15%

I=15% I=15%

I=15%

I=15%

I=15%

I=15%

I=15%

I=15%

I=15%

I=15%

I=15%

I=15%

Escala: 1/100

93

I=15%

9.3 Planta de cobertura


BANHEIRO FUNCIONÁRIOS FEMININO

CIRCULAÇÃO FUNCIONÁRIOS A=43,69 m²

ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS QUIMIOTERAPICOS

ROUPA SUJA

A=44,46 m²

A=10,80 m²

0,00

0,00

CIRCULAÇÃO PACIENTES

ROUPA LIMPA

ÁREA DE CONVIVÊNCIA/ CAFÉ

CANTINA

A=10,80 m²

A=336,51 m²

A=19,63 m²

0,00

BANHEIRO FEMININO A=10,09 m²

A=90,58 m²

A=23,62 m²

CHEFIA A=9,45 m²

ALMOXARIFADO

DIREÇÃO

UTILIDADES

A=20,31 m²

A=17,71 m²

A=13,94 m²

0,00

-0,03

0,00

-0,03

Corte A

5,00

3,00

BANHEIRO MASCULINO A=26,20 m²

SALÃO DE APLICAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS

BAIA DE APLICAÇÃO

HALL BANHEIRO

FARMÁCIA

A=119,33 m²

A=6,90 m²

A=18,04 m²

A=13,37 m²

0,00

CIRCULAÇÃO PACIENTES A=90,58 m²

0,00

-0,03

TERAPIA OCUPACIONAL A=28,69 m²

0,00

Corte B

VESTIÁRIO FEMININO

VESTIÁRIO MASCULINO

A=16,38 m²

A=16,38 m²

ROUPA LIMPA

RESÍDUOS INFECTANTES

RECEBIMENTOS INSPEÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

CIRCULAÇÃO FUNCIONÁRIOS

A=13,57 m²

A=11,54 m²

A=43,69 m²

0,00

A=17,01 m²

-0,03

-0,03

CIRCULAÇÃO

SALÃO DE APLICAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS

A=60,90 m²

A=119,33 m²

0,00

Corte C

COORDENAÇÃO

CIRCULAÇÃO FUNCIONÁRIOS

A=21,39 m²

A=32,96 m²

CIRCULAÇÃO PACIENTES A=90,58 m²

Corte D

9.4 Cortes Escala: 1/100

94


Elevação A

Elevação B

Elevação C

Elevação D

9.5 Elevações Escala: 1/100 95


9.6

Maquete EletrĂ´nica

96


Áreas externas

Fachada principal do edifício. Fonte: Acervo pessoal.

Playground e área de estar. Fonte: Acervo pessoal.

97

Parte traseira do edifício com acesso a área interna. Fonte: Acervo pessoal.


Estacionamento acesso av Affonso Trigo. Fonte: Acervo pessoal.

área de estar sobre cobertura de vidro. Fonte: Acervo pessoal.

Entrada recepção. Fonte: Acervo pessoal.

98


Recepção

Recepção. Fonte: Acervo pessoal.

Espera da recepção com vista externa. Fonte: Acervo pessoal.

99

Recepção.. Fonte: Acervo pessoal.


Brinquedoteca. Fonte: Acervo pessoal.

Brinquedoteca

100


Área de convivência

Área de convivência e interação. Fonte: Acervo pessoal.

Área de convivência e interação. Fonte: Acervo pessoal.

101

Área de lanche e cantina. Fonte: Acervo pessoal.


Administração de quimioterápicos. Fonte: Acervo pessoal.

Fracionamento e administração de medicamentos quimioterápicos 102


Baias de aplicação de quimioterápicos

Baias de aplicação. Fonte: Acervo pessoal.

Baia de aplicação. Fonte: Acervo pessoal.

Baias de aplicação. Fonte: Acervo pessoal.

103


Sala e copa dos funcionários. Fonte: Acervo pessoal.

Circulação corredor. Fonte: Acervo pessoal.

Circulação. Fonte: Acervo pessoal. Sala e copa dos funcionários. Fonte: Acervo pessoal.

Sala de descanso e copa de funcionários e circulações 104


Terapia Ocupacional. Fonte: Acervo pessoal.

Consultório Oncológico. Fonte: Acervo pessoal.

Terapia Ocupacional. Fonte: Acervo pessoal.

Sala de reuniôes. Fonte: Acervo pessoal.

105

Atendimento medicina auxiliar


Referências bibliográficas Ÿ ALBERT EINSTEIN. Escritório planetree Brasil. Disponível em: https://www.einstein.br/estrutura/escritório-planetree. Acesso em 04 jun 2018 Ÿ ALMEIDA, Frederico Borges de. Acelerador Linear: Brasil escola. Disponível em: https://brasilesco-la.uol.com,br/fisica/acelerador-linear.htm. Acesso em 07 maio 2020. Ÿ ANVISA. Manual de arquitetura e engenharia hospitalar. Ÿ Associação Brasileira de Normas Técnicas. (ABNT).NBR15220. Desempenho térmico de edicações. Rio de Janeiro. ABNT. 2005. Ÿ BRASIL. Ministéro da Saúde. Programação Arquitetônica de Unidades Funcionais de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Ÿ BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Brasília: Ministério da Saúde. 2001.

Ÿ BRASIL. Ministério da Saúde. RDC nº50. de: 21 fev 2002. dispões sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. República federativa do Brasil. Basília. 20 de mar. de 2002. Ÿ BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS): estrutura, princípios e como funciona. Disponível em: http://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude. Acesso em: 09 abri 2020. Ÿ BRASIL. Ministério da Saúde. Humanização nos Espaços Hospitalares Pediátricos. Disponivel em:: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizacao_espaco.pdf. Ÿ GOÉS. Ronald de. Manual Pratico de Arquitetura Hospitalar. 2 ed. São Paulo. Blucher. 2004 286p Ÿ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva- INCA https://www.2inca.gov.br/wps/w-cmiconnect/inca/porta/home/acesso em: 16 mai 2020. Ÿ Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva-INCA. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf Ÿ Instituto Oncoguia, 24 abri 2014. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/braquiterapia/4654/711/.

Acesso: 17 mai 2020

106


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.