Portifólio gia atualizado

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O GIA (Grupo de Interferência Ambiental) é um grupo formado por artistas visuais, designers, arte-educadores e músicos que têm em comum, além da amizade, uma admiração pelas linguagens artísticas contemporâneas e sua pluralidade, mais especificamente àquelas relacionadas à arte e ao espaço público. Pode-se dizer que as práticas do GIA beberam na fonte da arte conceitual, em que o estatuto da obra de arte é negado, em favor do processo e, muitas vezes, da ação efêmera. Seus trabalhos gráficos dialogam com essa efemeridade, sendo a precariedade e a aleatoriedade, também, algumas de suas características.


O Flutuador é um espaço de convivência para mares, rios, lagos. Trata-se de uma plataforma flutuante, que fica à disposição do público, que termina por lhe atribuir diferentes usos.

Flutuador Cachoeira, BA, 2012


Flutuador Salvador, BA, 2008


A Capela do Museu de Arte Moderna da Bahia foi ocupada pelo GIA em 2008 por 10 dias. O grupo disponibilizou para o público visitante, em seu QG temporário, seus vídeos, registros e outras documentações de ações. Nesse espaço de “pensamento e ação”, também foram realizadas oficinas e bate-papos sobre Arte Contemporânea e temas afins.

QG do GIA no MAM-BA Salvador, BA, 2008


QG do GIA no MAM-BA Salvador, BA, 2008


Conhecido em muitas cidades brasileiras como “pelada”, o futebol de rua, em Salvador, BA, é chamado de “baba”. O jogo realizado em locais íngremes (ladeiras, topografia tão típica de Salvador) coloca um dos times em aparente vantagem, no topo,enquanto o outro de posiciona na parte baixa da ladeira. Montase um placar político (Israel x Palestina ; Gás lacrimogênio x Vândalos, etc.) que evidencia certas problemáticas sociais. Seguindo as regras clássicas do futebol mundial, ganha o Baba na Ladeira quem marcar mais gols.


Baba na Ladeira Salvador, BA, 2013



A ação “Tapete” é simples: Estenda um tapete em algum ponto da cidade onde esteja ocorrendo um fato que você deseje criticar; em seguida, varra o entorno e coloque a sujeira embaixo do tapete. Sente-se no tapete, e começa a conversar com seus amigos sobre as questões que motivaram a ação.

Tapete Salvador, BA 2013


Tapete Salvador, BA, 2013


Acreditando na potência das iniciativas independentes, o GIA criou sua própria cerveja. Produzida com ingredientes nobres, como a água da Cachoeira da Fumaça (localizada na Chapada Diamantina, BA), a Cerveja GIA também é a patrocinadora oficial do grupo. Cerveja GIA: Só entende quem consome.


Cerveja GIA 2013



Fazer letras de samba é, para o GIA, uma espécie de registro expandido, em que a música aparece como elemento aglutinador, para que as pessoas entrem em contato com o grupo e suas ações de uma maneira inusitada.

Samba GIA Cachoeira, BA, 2012


“As poderosas letras das músicas,

credibilizadas pela crença compartilhada, que em sua maioria retratam e registram ações de intervenção realizadas pelo GIA, mobilizam os ouvintes, se misturando a clássicos do samba brasileiro...” (Maycira Leão)


O projeto do Bingo do GIA iniciou-se em 2009 e passou a ser chamado de “Bingo do Moraes” em função do local que foi realizado, o Palácio da Aclamação, na cidade de Salvador, que como primeira função serviu à família dos Moraes, que nomeava o casarão. Desde então, o Bingo do GIA vem acontecendo em várias cidades do Brasil, propondo o questionamento das regras do jogo, assim como a atribuição de novos valores e sentidos às ditas “premiações”. Bingo do Moraes Rio de Janeiro, RJ, 2010


Os prêmios do Bingo do GIA, em geral, são os motivadores para as pessoas participarem, investir um mínimo de dinheiro para possível obtenção de algo mais valoroso. Na medida que o transformamos em uma ação artística, é justamente na premiação que se dá o ponto de questionamento com a realidade, no caso do Bingo, a realidade local


Bingo do Moraes Rio de Janeiro, RJ, 2010


Os Panfletos do GIA contém as instruções das suas intervenções, que convidam o público a praticar suas próprias proposições pela cidade. Após as instruções, lê-se: “Acredite nas suas ações”. O aforismo impresso nos panfletos é categórico: “Acredite nas suas ações”. E logo após, em letras menores, “Desenvolva e utilize, também, outras formas de se relacionar de forma positiva e criativa com a cidade”. Ora, incitar as pessoas a acreditar em suas ações é uma proposição extremamente simples, porém de uma potência extraordinária. Significa convidá-las a agir. E mais: a fazerem-se presentes em seus atos e a levarem a sério aquilo que fazem, confiantes no poder que seus gestos mais simples podem ter. Trata-se de estimular as pessoas a tornarem-se, de fato, sujeitos de suas histórias (Fernanda Albuquerque)

Panfletos 2006 - 2014


Panfleto N達o-Propaganda 2006 - 2014


A Caixa do GIA é uma espécie de acervo itinerante. Lá o grupo guarda toda sorte de documentos, registros e resquícios, e disponibiliza o material para consulta do público. Caixa do GIA 2005 - 2014


O GIA propõe o “perdão do Judas” para subverter a tradição popular da “Queima do Judas”.Questiona uma tradição de origem religiosa/católica, propondo o amor e o perdão numa sociedade já tão marcada pela violência.

Judas Salvador, BA, 2014


Judas Salvador, BA, 2014


O Carrinho do GIA é um pequeno carro de madeira customizado, amarelo, que segue a estética dos carrinhos de café (e doces) muito populares em Salvador-BA e em outras cidades do nordeste brasileiro. Um meio midiático itinerante que proporciona autonomia às apresentações do grupo, e circula por diferentes contextos, sempre agregando à sua estrutura física novos elementos. Dessa maneira, a cada nova situação, surge um novo carrinho. Carrinho São Paulo, SP, 2012


Carrinho S達o Paulo, SP, 2012


Carrinho Salvador, BA, 2012


Rio de Janeiro: Cidade Maravilhosa. Capital do carnaval, das praias, do turismo e do lazer. Percebendo que nem tudo é tão maravilhoso assim, o GIA, passeando pela cidade, colou adesivos com a mensagem Do Not Take a Picture (Não fotografe), com intuito de chamar atenção para áreas degradadas da capital carioca. As mensagens sinalizam pontos de tensão, operam desvios dentro da concepção aparentemente unânime do “Rio de Janeiro – Cidade Espetáculo” Do Not Take a Picture Rio de Janeiro, RJ, 2013




“A desordem urbana é o grande catalisador da sensação de insegurança pública e a geradora das condições propiciadoras à prática de crimes, de forma geral”. Assim começa a descrição no site da Prefeitura do Rio de Janeiro para apresentar a brilhante, ou melhor, chocante campanha do Prefeito Eduardo Paes “Choque de Ordem”. Podemos destacar a violência que o termo carrega: “choque”. Triste analogia ao cumprimento da ordem via choque elétrico, cada qual que faça sua comparação. Fora do campo da linguagem, a violência continua sendo uma premissa, em vários aspectos, sobretudo contra a população de baixa renda, ou seja a maioria. Os interesses deste choque de ordem são bem explícitos. Diante desses elementos, o GIA criou o “Choque Dói”, adesivos que foram espalhados pela cidade do Rio de Janeiro em 2012, uma campanha que parece mais adequada diante da dor e sofrimento que um choque verdadeiro causaria nos citadinos.



Degrau Salvador, BA, 2009


Diante do consumo desenfreado que alimenta a sociedade contemporânea, propagado por um bombardeio de informações fragmentadas e apelos publicitários, que permeia o cotidiano de milhares de pessoas, o GIA criou a ação intitulada “Não-Propaganda”. Através dela, o grupo deseja questionar o aparato publicitário utilizando seus próprios veículos de funcionamento, tomando emprestada a legitimidade dos recursos da própria publicidade.

Não-Propaganda Salvador, BA, 2006


Não-Propaganda já foi realizada em diferentes cidades (como Salvador, Recife, São Paulo e Colônia, na Alemanha), sempre utilizando diversos suportes que seguem a estética da efemeridade e da precariedade: cartazes, panfletos, placas vestidas em “homens-sanduíches”, etc.

Não-Propaganda Salvador, BA, 2007


Em 2003, no mês de ataque dos EUA ao Iraque, vários balões vermelhos foram soltos do topo de um conhecido edifício na Graça (bairro de Salvador, BA). A intervenção nasce de uma referência lúdica: a imagem festiva de balões numa área residencial da cidade. Mas, à medida que as pessoas pegam os balões, lê-se em tiras de papel presas aos balões, questões tais como “ E se fosse arma química?”, “E se fosse uma bomba?” etc. Logo , a intervenção se transforma em protesto ante uma realidade aparentemente distante mas que todos conhecem. A associação imediata com o ato de terrorismo em Salvador evoca o sentimento de vulnerabilidade diante do inesperado, a imagem da tragédia e do sangue do vermelho dos balões traduzidos em glóbulos pelos ares.

Balões Vermelhos Salvador, 2003


Bal천es Vermelhos S찾o Paulo, 2006


O Caramujo é uma tenda feita com lona amarela, que pode adquirir diferentes usos a partir das vontades e desejos de seus participantes. Pode funcionar como uma área festiva, como sombra, como abrigo, dentre outras funções. Questiona a função primária do abrigo, a ocupação de um lugar, o processo de territorialização e expectativa de um espaço sem imagem ( a fachada representativa), sem forma e sem função ( a planta distributiva de usos e divisões do espaço) préestabelecidas. (Alejandra Muñoz)

Caramujo Salvador, BA 2002 - 2014


Caramujo Salvador, BA, 2012


Caramujo Salvador, BA, 2012


Caramujo Recife, PE 2005


Cama, Salvador, BA, 2006 A ação Cama ocorre, de preferência, no início do dia. Com a ajuda de alguns amigos, o GIA desmonta uma cama de solteiro e a monta em uma calçada escolhida previamente. Um integrante do grupo se deita e dorme o período que quiser.


Cama Salvador, BA, 2003


Gostaria de chamar atenção para algo fantástico que se tornou comum na sua cidade, de uma maneira poética? Reuna os amigos e pessoas próximas, que convivem no mesmo ambiente que você e faça uma Fila.

Fila Salvador, BA 2004


Em Pic-Nic, o GIA posiciona uma toalha de mesa quadriculada e uma cesta de pic-nic, com os produtos comestíveis deliciosos, nos centros das cidades. De longe, o grupo observa as reações.

Pic-Nic Salvador, BA, 2009


Pipoca é meio de comunicação alternativo. A ação consiste em elaborar um carimbo com uma ideia positiva, super criativa e carimbar sacos de pipoca. Os sacos são, então, oferecidos aos pipoqueiros da cidade. Eles adoram, e tornam-se, consequentemente, grandes disseminadores de ideias através de deliciosas pipocas.

Pipoca Recife,PE, 2005


Pipoca Recife,PE, 2005


Pipoca Recife,PE, 2005


Impressos diversos


Impressos diversos


Impressos diversos


Impressos diversos


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