SEM

PRESSBOOK

SEM RAÚL PERRONE

SO LE

Estético, para mí, es algo activo, no lo bonito reconocido o buscado, sino esa agudeza de la mirada que descubre belleza, que la ve donde a priori no está.

Aca b o d e v e r SEM , d o s v e c e s s e g u i d a s . M u y i m pres ionado. N o c apt é t odo lo que s e di c e en l a b a n d a de so n i d o , p e r o n o i m p o r ta : l o d e j o c om o los es pac i os de s om bra en l a im agen, de donde lo s pe rso n a j e s s u r g e n a p e n a s . H a y a l g o m u y f uert e en es e us o de las f uent es nat ural es de l uz , s in compe n saci ó n “ a c a d é m i c a ” . L e í q u e R e m b r a n dt em pez aba por pint ar t oda l a t ela de negro y s ól o d e spu é s p o n ía fo r m a s y c o l o r e s s o b r e e s e fo ndo os c uro, que de al gún m odo alim ent a, c om o t i erra fé rtil, hu mus , to d o e l c u a d r o . En SEM l a l u z a rranc a de la s om bra f orm as , ros t ros , f ragm ent os c uy a fu e rza es la d e h a b e r s i d o r e s c a ta d o s d e e s a os c uri dad. M e parec e un t ri unf o es t ét ic o. E s pero que la pa la b ra no te c h o q u e . Es té ti c o , p a r a m í, e s al go ac t iv o, no l o boni t o rec onoc ido o bus c ado, s ino e sa a g u d e za d e l a m i r a d a q u e d e s c u b r e b e l l e z a, que la v e donde a priori no es t á. E n la part e f i nal, cua n d o ap a r e c e l a m ú s i c a e n l a to m a d e u n a p u ert a abi ert a que dej a v er una palangana roj a, y s igue e n la toma la r g a d e l v i d r i o m a r te l é c o n d i s ti n to s m at i c es de v erde, es ev ident e que t u oj o s e f i ja en a lg o qu e lo a tr a e . Pe r o e s l a l a r g a to m a d e l a m ujer que habl a de s al ud, de es pal das a l a f uent e d e luz, la qu e m e p a r e c e m á s fu e r te . M e d a c i ert a env i dia que logres al m i s m o t iem po res pet ar l a d u ración y l a s u p e r fi c i e d e u n a r e a l i d a d h u m i l de y - s i n t rai c i onarl a - rev el ar s u es c ondida bellez a.

x ED GA R D O C O Z AR I NSK Y

Me produce un efecto muy particular que, aún cuando hablan entre sí, no los vemos hablar. “ M e gu sta n mu ch o la s im á g e ne s t ra s e l v i d r i o e s m e r i l a d o , a s í c o m o l a s fi g u r a s hablando e n e l cu a rt o q u e t ie ne sólo u n á n g u l o i l u m i n a d o p o r l a l u z e x t e r i o r .

Tuv e la se nsa ción d e e sta r a d e n t ro de u n a c a v e r n a . M e g u s t a v e r l o s fu m a r . Ha y u na distinción e n e l a ct o d e f u m a r, q ue i g u a l a c l a s e s s o c i a l e s , e d a d e s , s e x o s . Un a distancia d e l m u nd o, e s cie rto q u e má s b i e n d o l o r o s a . M e p r o d u c e u n e fe c t o m u y particu lar q u e , a ú n cu a n d o ha b la n e n t r e s í ( a u n q u e c r e o q u e m á s b i e n ‘p a r a s í ’ p o r más que ha ya a lg u ie n p a re cid o a u n i n t e r l o c u t o r ) , n o l o s v e a m o s h a b l a r . Q u i e r o decir qu e n o los ve mos move r los la b i o s . E x t r a ñ a p a r a b i e n , a b s t r a e . A s u v e z, todo es m u y concre to. Y e stá lig a d o a c o s a s q u e c o n o zc o . E s a m e s a d e l u z, e s a s paredes, e sos p ile tone s d e p lá st ico, e s a g a r r a fa . E l j u g o q u e l e s a c á s a l a p a l e t a de colores d e l m ob ilia rio o d e la rop a d e v e s t i r y d e c a m a e s e x q u i s i t o . C o n v e r s a n sin condic ion a mie ntos, y e n e sa s con v e r s a c i o n e s h a y fo r m a s d e c o m u n i c a c i ó n no afectad a s p or la p ose , a u nq u e tran s fi g u r a d a s e n o t r a c o s a p o r l a p u e s t a e n escena. Q u é incre íb le e s e l ju e g o e se a l q u e j u e g a n l o s p i b e s . E s u n a c l a v e d e la película, e n e sp e cia l cu a n d o la m á q u i n a p r e g u n t a p o r l a u b i c a c i ó n e x a c t a d e quien la usa .”

x M AR C O S GUST A VO VI E YT E S

E stoy viendo

SEM , este corto que me llega

de Raúl Perrone a través de youtube.

¿Existe para youtube? ¿Existe fuera de youtube? ¿Se trata de un trailer de una película por venir? ¿De los restos de un film inexistente?

Sombra es p e sa SEM , u n cort o d e R a ú l Pe rrone p or yo u t u b e Hay historia s. H u b o h ist oria s, o h a b ría. Ha y . Hi s t o r i a s d e l a s q u e a p e n a s e m e r g e n filos de una oscu rid a d e sp e sa , me jor d i c h o s ó l i d a . L a o s c u r i d a d d e l y o u t u b e , a diferencia d e la d e l cine , e s sólid a , u n a o s c u r i d a d q u e n o p u e d e h e n d i r s e . E s t o y v iendo SE M, e ste cort o q u e me lle g a d e Ra ú l P e r r o n e a t r a v é s d e y o u t u b e . ¿ E x i s t e para y outu b e ? ¿ Exist e f u e ra d e you t u b e ? ¿ S e t r a t a d e u n t r a i l e r d e u n a p e l í c u l a por v enir? ¿ D e los re stos d e u n f ilm i n e x i s t e n t e ? E l e n t e m i s m o s e m e v u e l v e esquiv o, e sq u iz o, no sé cómo toma rlo . N o t e n g o m á s r e m e d i o q u e t o m a r l o a s í , como se m e d a .

Hay , mejo r d icho, u n e sp a cio ín t imo, t o m a d o d e r e fi l ó n . E s u n a i n t i m i d a d a s e d i a d a por sombra s. La viole ncia q u e a p a re ce e n e l j u e g o d e l i n t e r c o m u n i c a d o r p o l i c i a l de los chi cos, p e ro t a mb ié n viole n cia d e l a d o l e s c e n t e q u e r e c i b i ó u n a p a l i za q u e lo deja sord o, ta mb a le a n t e . En la con v e r s a c i ó n c o n l a m u j e r s e a l u d e a l e s c a b i o , a la joda, a la n e ce sid a d d e n o se g u i r h a c i e n d o l a m i s m a , d e p o n e r s e l a s p i l a s , trabajar. V id a jove n sord a y t a mb a le a n t e . Y t a m b i é n l a m u e r t e e n l a o t r a h i s t o r i a , la de la m u je r e n f e rma .

Y o es cuch o , p e r o me q u e do de es t e l a do.

Vida ased ia d a p or la somb ra .

La protag on ist a , si e s q u e ha y u na , s í , h a y . E s d e p o s i t a r i a d e l o s r e s t o s d e historias d e los otros, h ist oria s sie m p r e e n i n e s t a b i l i d a d , e n t r á n s i t o . L a m u j e r escu cha, p re g u n t a , a con se ja . D e sp u é s s e q u e d a s o l a , p e n s a n d o . ¿ E n a l g u n o d e esos hom b re s q u e a p a re ce n me ncion a d o s e n l a s c o n v e r s a c i o n e s ? ¿ E l p a d r e d e sus hijos? Los vín cu los no son p re cis o s . As í c o m o e s p o s i b l e q u e a l g u n o d e l o s chicos, o a m b os, se a n su s hijos, e s p o s i b l e q u e l a m u j e r q u e l l a m a d e s d e l a o t r a habitación , la q u e inte rru mp e la conv e r s a c i ó n c o n e l j o v e n , s e a s u m a d r e . P e r o solo me e s p e rmit id o a ce rca rm e h a st a c i e r t o p u n t o . E s t a m o s e s p i a n d o a l g o q u e no nos co ncie rn e d e l tod o y p ronto las b a r r e r a s d e l d i s p o s i t i v o n o s i n t e r c e p t a n : las sombr a s q u e a b sorb e n tod o re si d u o d e h i s t o r i a , e l v i d r i o e s m e r i l a d o , l a s palabras m u rmu ra d a s e n t ono in a u d ib l e . L a h e r m o s a m ú s i c a q u e i r r u m p e d e s d e afuera, ab solu ta me nte , como u n a ca ri c i a q u e l o s p e r s o n a j e s n e c e s i t a r a n , p e r o n o escu chan.

Yo escu cho, p e ro me q u e d o d e e st e lad o .

x O SC A R C UER VO

...Hay como una sensibilidad particular en esa mirada que me resultó, y no se bien como decirlo, pero creo que lo más acertado sería ‘conmovedora’...

Tiendo a d if e re ncia r e n e l cin e d e R a ú l P e r r o n e d o s m o v i m i e n t o s : u n o s e r í a é s t e d e l estilo del cort o S EM o d e “Los a ct os co t i d i a n o s ” m á s t e n d i e n t e a l r e g i s t r o d e e s a s sensacion e s, y ot ro má s d e l e stilo d e la t r i l o g í a “ L a b i o s d e c h u r r a s c o ” , “ G r a c i a d i ó ” y “ 5 pal p e so” q u e cu e nta n con ot ro ti p o d e fi c c i o n a l i za c i ó n y d e b ú s q u e d a d e l a historia y q u e in clu so me re su lt a d e m a y o r fr e s c u r a . E n l o p e r s o n a l , e s e t i p o d e películas m e m a rca ron y a d e m á s con si d e r o q u e e n s u m o m e n t o P e r r o n e e n c o n t r ó a los actore s p re cisos p a ra h a ce rla s . D e h e c h o , e l m e j o r h o m e n a j e q u e e s a s películas tie ne n p a ra re f re nd a r su f re s c u r a e s “ 8 a ñ o s d e s p u é s ” . Re s c a t o m u c h o a esas pelíc u la s, p e ro e st a s nu e va s p e lí c u l a s q u e P e r r o n e e s t á h a c i e n d o ( y c e l e b r o que sea u n ha ce d or inca nsa b le d e p e lí c u l a s y q u e s e m a n t e n g a fi e l a l o q u e s i e n t e y desea h a ce r e n ca d a m ome nto), a l m e n o s d e s d e l o q u e y o s i e n t o q u e m e p a s a con su cin e d e sd e “Los a ctos cotid ia n o s ” a e s t a p a r t e , c o m o s o s t e n g o , a l c a n za n u n registr o d e la s se n sa cion e s q u e e s a l g o q u e n o c u a l q u i e r p e l í c u l a p u e d e l o g r a r .

Desde esa cotid ia ne id a d , d e sd e e sos p l a n o s , d e s d e e s o s d i á l o g o s t a n s i n c e r o s y natu rales, la s p e lícu la s d e R a ú l e st á n h a b l a n d o c o n i m á g e n e s p e r o d e u n a m a n e r a tan concre t a q u e e st o p od ría y d e b e r í a c e r r a r l e l a b o c a a m u c h o c r í t i c o q u e l o ú nico que t ie ne p a ra d e cir e s “e st o e s c i n e . r e a l i s m o ” . E s t o e s c i n e , s e n t i r e l c i n e , afrontar y vivir la e xp e rie ncia d e l cine .

Como te h a b ía d ich o, h a y mu ch a s d e t u s p e l í c u l a s d e l o s ú l t i m o s a ñ o s q u e n o he v isto, a sí q u e me p e rd í b a sta nte y n o s a b í a b i e n e n q u e e s t a b a t u l a b u r o . “ SEM ” rea lme nte m e sorp re n d ió, n o s a b í a b i e n c o n q u e m e p o d í a e n c o n t r a r , y desde esas p rim e ra s imá g e ne s d e la c a s a m e a l u c i n ó . M e e n c a n t ó e s a e s p e c i e d e descripción d e l comie nz o y q u e d e sp ué s p u n t ú a l a s e s c e n a s d e l d o r m i t o r i o ; e s a mirada sob re los d e t a lle s, la lu z , los ro s t r o s , e l s o n i d o ( e s a c a n c i ó n o a l g o a s í q u e no logro e scu cha r mu y b ie n ). H a y com o u n a s e n s i b i l i d a d p a r t i c u l a r e n e s a m i r a d a qu e me re su lt ó, y n o se b ie n como d e c i r l o , p e r o c r e o q u e l o m á s a c e r t a d o s e r í a ‘conmov ed ora ’ (n o e s la p a la b ra ju sta , p e r o m e r e s u l t ó u n p o c o a s í …) .

Y claro, e sos d iá log os e n e l d ormit ori o ( l o d e l o s c h i c o s e s g e n i a l ) . . . ¿ S a b é s ? , e s secundari o, p e ro la s 2 situ a cion e s d e l a c h i c a m e r e m i t i e r o n a o t r a p e l í c u l a q u e me encanta , q u e e s “En e l cu a rt o d e Va n d a ” , d e P e d r o C o s t a . E s m u y a l u c i n a n t e como flu ye t od o, e sa s sit u a cion e s y lo s d e t a l l e s , c a s i c o m o s i e l t i e m p o e s t u v i e s e ‘su spendid o’ , p e ro q u e a la ve z cre ce c o n m u c h a fu e r za y m u c h a s u t i l e za , p o r acu mulación , e n la d e scrip ción d e e se e s p a c i o y d e l a s i t u a c i ó n . M e d a l a s e n s a c i ó n de que es to p od ría d u ra r h ora s y se m a n t e n d r í a l a m i s m a fa s c i n a c i ó n d e l a s primeras imá g e ne s. Me e nca nta e se m o d o e n q u e a l c a n zá s c o n m u c h a s i m p l e za una sensib ilid a d p oé t ica q u e a l m ismo n u n c a e s c a p a d e l a c r u d e za d e l a s i t u a c i ó n .

Esto me d e ja con mu ch a s g a n a s d e ve r t o d a s t u s ú l t i m a s p e l í c u l a s , e s p e r o p o d e r hacerlo. ¿Cortos como e ste te né s má s s u b i d o s ? S i h a y a l g o p o r a h í q u e s e p u e d a v er decim e q u e me e nca nta ría ve rlos

x GUST A VO GALUP P O

. . . S i em pr e d i j e r o n q u e ha cer a ct ua r a niños es a l go di f í c i l, ( hac e r ac t u ar a gra ndes l o es ). . .

Viernes, nos va m os con cu rch i (A S I LE D I G O A C URC I ) a l a c a s a d e G a l v á n ( s i e m p r e v a a ser la casa d e G a lvá n ) a f ilma r, q u e r í a h a c e r u n o s p l a n o s y e s c e n a s c o n n i c o , qu e de pelícu la e n p e lícu la va cre cie ndo e n a ñ o s y e n e s p e r i e n c i a , e l y a s a b e y siempre esta a te nto a lo q u e le d ig o, m e e s c u c h a , q u i e r e a c t u a r y l o h a c e c o n naturalidad o NA TU R A LMENTE, ¿?

Siempre dije ron q u e ha ce r a ctu a r a n iños e s a l g o d i fí c i l , ( h a c e r a c t u a r a g r a n d e s lo es) en esta foto se refleja algo de mi laburo con ellos, los niños y los grandes , s i e m p r e les hablo , le s p re g u n t o q u ie ro q u e m e c u e n t e n c o s a s q u e y a m e c o n t a r o n , p e r o qu e recuerd o d e otra m a ne ra , le s d oy m i v e r s i o n s e e s t a b l e c e u n a m a n e r a d e hacer las co sa s , h a st a q u e e ntie nd e n qu e e s l o q u e q u i e r o , y a h í s e p r o d u c e l o marav illoso y e xtra ñ o, la m a g ia , son ta n a u t é n t i c o s q u e n o d e j o d e a s o m b r a r m e día a día.

E MA

. . . Cua n do s o l e y e ma hab l a n, no ha cen que ha bl a n, s o l o l o h ac e n. C u and o f u m a n, ha cen eso, f um a r.

Cuando están en silencio y piensan , eso es lo que hacen Es o es l o q u e t r at o d e t r ans m it ir, m e gus t a ría m ucho que cua nd o mir e n e s t a pel ícul a se den cuent a de es o , y pi e ns e n q u e e l l o s no ha cen que a ct ua n, lo h a cen . .

M A ITA

Detrás de un vidrio verde

Una mú sic a . U n mu rm u llo ca ntu rre a d o , l l e v a a l a e s c u c h a a t e n t a d e s i t u a c i o n e s mínimas. La s g rie t a s, e l lu g a r d ond e l a r e a l i d a d a p a r e c e m e t i d a d e n t r o d e u n enchu fe. G ot e a sob re u na p a la ng a n a , l a d e s o l a c i ó n y l a i n m e n s i d a d d e c a l l e s q u e aú n no tie ne n nom b re , p orq u e p e rte n e c e n a t o d o s y a n a d i e . S o n e s o s d i m i n u t o s senderos p or d ond e se d e sliz a Pe rron e c o n s u c á m a r a , c a p t a n d o l a i n s o p o r t a b l e lev edad d e l se r. Má s q u e u n Be rg ma n , m u c h o m á s , d e s d e u n I t u za i n g ó s o l e a d o y silencios o, u n a mu je r se n t a d a sola e n u n a s i l l a m i r a e s a q u i e t a e x i s t e n c i a q u e , con palab ra s ca si b isb ise a d a s a p rie t a u n c l i m a d e e x p e c t a t i v a fe r o z.

Soledad Aguilera, Emanuel Sosa y María Galván, sueñan sueños aparentemente grises, que, en ese cotidiano simple dicen con el cuerpo lo que se omite, lo que no se dice, lo que calla para aparecer en la grieta, la gota, el enchufe.

Imágenes d e la p a re d . Esa e st é t ica d e l o i m p o s i b l e n o s c u e n t a l a v o z d e u n n i ñ o , el protagon ismo d e u n ce lu la r q u e h a b l a d e s d e e l c u a d r a d o c o n t e c l i t a s s i e m p r e a punto, la sole d a d d e u na m u je r q u e t i e n e m i e d o a m o r i r s o l a , u n s u b u r b a n o del que no se h a b la . D e l q u e n o se mi r a . D e q u i e n s e e s c a p a d í a a d í a c o m o u n a postmode rnid a d u ltra ja d a a p e d a z os. O a b a l a zo s . L a p u n t e r í a q u e t i e n e Ra ú l Perrone p a ra ha ce r ce ntro a h í, a l lu g a r e x a c t o d e u n e x i s t e n c i a l d e s n u d o c o n u n a cámara cu b ie rta d e a mor p or su s p e rso n a j e s , p o r s u s c a s a s , p o r s u s c a l l e c i t a s , q u e siempre pod rá n se r la s m isma s, p e ro e n c a d a m i n u t o d e c á m a r a v a n a s e r d i fe r e n t e s hablando p or si m isma s, e se le n g u a je i m p o s i b l e q u e l o a c e r c a p e l i g r o s a m e n t e a ser genial .

x ALI C I A D I GO N

Sentir (el cine de Perrone desde un cortometraje de sensaciones)

Cuando vi e l cortome t ra je S EM d e R a ú l P e r r o n e n o s ó l o p u d e s e n t i r y p e n s a r que me hab ía g u st a d o m u ch o, f u e ta m b i é n u n a s e n s a c i ó n d e c o n v e n c i m i e n t o d e que Perron e (o e l Pe rro como a é l le a g r a d a q u e l o l l a m e n ) c o m p r e n d e a l c i n e o, con pre cisión , a l h a ce r p e lícu la s co m o u n a s e n s i b i l i d a d . N o s e a t a a t é c n i c a s , métodos, d ise ños, e st a nd a riz a cione s, c o n c r e t a m e n t e , e l P e r r o e n t i e n d e q u e e n la cámara d e b e n sit u a rse los se ntimie n t o s d e l o q u e e s t á o c u r r i e n d o . Ve r S E M e s eso: aprecia r se ntimie ntos, con f ig u ra r e s p a c i o s , d e s a r m a r t o d o l o q u e e l c i n e s e arroga y tra n sf orma r tod o e n otra cos a .

En fin, me sig u e f a scina n d o d e l cine d e P e r r o n e e l t r a b a j o c o n l a s s e n s a c i o n e s , con lo qu e se sie nte d e los p e rson a j e s , c o n l o q u e e s o s p e r s o n a j e s s i e n t e n y v iv en. E n u n p a ís como A rg e n t ina , d e s d e l a c r í t i c a , s e h a h a b l a d o t a n t o d e realismo, q u e a ve ce s h a b ría q u e p re g u n t a r c u a n d o d i c e n “ r e a l i s m o ” q u é e s t á n diciendo, p orq u e n os m u e st ra n com o r e a l i s t a s p e l í c u l a s e n d o n d e l o s p e r s o n a j e s parecerían n o se ntir, e n ca mb io la s p e l í c u l a s d e P e r r o n e m u e s t r a n l a e x p r e s i ó n de la cotid ia n e id a d d e e sos p e rsona je s d e g r a n m a n e r a ; y e n S E M e l l o s e s i e n t e , se percibe . Cre o q u e p od ría d e f inir a l c o r t o m e t r a j e S E M c o m o c o n j u n t o o a r m a d o de sensacion e s, p e ro d e se n sa cion e s v i v i d a s , e x p e r i m e n t a d a s , d e s e n s a c i o n e s q u e están/est a b a n a h í y e n con t ra ron u n a c á m a r a e n fr e n t e . C l a r a m e n t e , m e r e c o r d ó a “ Los actos cotid ia nos”, p e lícu la q u e p u d e v e r h a c e u n t i e m p o e n u n B AF I C I y m e gustó mu ch ísimo t a mb ié n.

Esto es cine, sentir el cine, afrontar y vivir la experiencia del cine.

Tiendo a d if e re ncia r e n e l cin e d e R a ú l P e r r o n e d o s m o v i m i e n t o s : u n o s e r í a é s t e d e l estilo del cort o S EM o d e “Los a ct os co t i d i a n o s ” m á s t e n d i e n t e a l r e g i s t r o d e e s a s sensacion e s, y ot ro má s d e l e stilo d e la t r i l o g í a “ L a b i o s d e c h u r r a s c o ” , “ G r a c i a d i ó ” y “ 5 pal p e so” q u e cu e nta n con ot ro ti p o d e fi c c i o n a l i za c i ó n y d e b ú s q u e d a d e l a historia y q u e in clu so me re su lt a d e m a y o r fr e s c u r a . E n l o p e r s o n a l , e s e t i p o d e películas m e m a rca ron y a d e m á s con si d e r o q u e e n s u m o m e n t o P e r r o n e e n c o n t r ó a los actore s p re cisos p a ra h a ce rla s . D e h e c h o , e l m e j o r h o m e n a j e q u e e s a s películas tie ne n p a ra re f re nd a r su f re s c u r a e s “ 8 a ñ o s d e s p u é s ” . Re s c a t o m u c h o a esas pelíc u la s, p e ro e st a s nu e va s p e lí c u l a s q u e P e r r o n e e s t á h a c i e n d o ( y c e l e b r o que sea u n ha ce d or inca nsa b le d e p e lí c u l a s y q u e s e m a n t e n g a fi e l a l o q u e s i e n t e y desea h a ce r e n ca d a m ome nto), a l m e n o s d e s d e l o q u e y o s i e n t o q u e m e p a s a con su cin e d e sd e “Los a ctos cotid ia n o s ” a e s t a p a r t e , c o m o s o s t e n g o , a l c a n za n u n registr o d e la s se n sa cion e s q u e e s a l g o q u e n o c u a l q u i e r p e l í c u l a p u e d e l o g r a r .

Desde esa cotid ia ne id a d , d e sd e e sos p l a n o s , d e s d e e s o s d i á l o g o s t a n s i n c e r o s y natu rales, la s p e lícu la s d e R a ú l e st á n h a b l a n d o c o n i m á g e n e s p e r o d e u n a m a n e r a tan concre t a q u e e st o p od ría y d e b e r í a c e r r a r l e l a b o c a a m u c h o c r í t i c o q u e l o ú nico que t ie ne p a ra d e cir e s “e st o e s c i n e . r e a l i s m o ” . E s t o e s c i n e , s e n t i r e l c i n e , afrontar y vivir la e xp e rie ncia d e l cine .

x EST E B A N D I P AO LA

SEM. De riesgos y recompensas.

Todo crea d or re con ocid o p or su ob ra y t r a y e c t o r i a , c o r r e s i e m p r e u n r i e s g o .

U n peligro q u e mu ch a s ve ce s su s se g u i d o r e s , v e n g a n d e l a c r í t i c a , e l p ú b l i c o e n general o cu a lq u ie r otro á m b it o, se e n c a r g a n d e d i s fr a za r y m i n i m i za r .

No todos los se g u id ore s lo p u e d e n ve r .

No todos los cre a d ore s a ce p t a n su p e r a r e s e r i e s g o Raú l Perron e lle va ya u nos cu a n t os a ñ o s d e p e r s i s t e n c i a y c o h e r e n c i a e n s u fo r m a de hacer cine. Con una continuidad que ningún otro realizador de cine argentino t i e n e .

En él hay u na ne ce sid a d sa ng u ín e a , v i t a l d e fi l m a r . P a r e c e m u c h a s v e c e s q u e s u mayor org u llo e s d e cir “n o p a ro d e f il m a r ” . Y e s c i e r t o . L o h a h e c h o s a l t a n t o l a s v allas y pi sa nd o los p re ju icios y cá non e s .

El tema, m á s a llá d e la s mod a s, e s cóm o é l h a b u s c a d o s i e m p r e r e t r a t a r s u m u n d o .

De manera m orosa y re ite ra d a m u ch a s v e c e s . C o n g e n t e h a b l a n d o e n l a c a m a de u na pie z a su b u rb a na . Con p e rson a j e s e n fo c a d o s d e s d e e l i n t e r i o r h a c i a l a puerta de ca lle y a sí. Ese e s e l cine d e P e r r o n e q u e a s i m p l e v i s t a m u e s t r a e l dev enir ab u rrid o d e la vid a y e s ce le b r a d o p o r c a d a v e z m á s s e g u i d o r e s y p u e d e ser gu stad o o n o p or q u ie n se sie nte a v e r u n a p e l í c u l a d e s u a u t o r í a .

Pero de p ron t o, e n e sa ob ra coh e re n t e a l p u n t o t a l q u e u n d í a p o d r á p r o y e c t a r s e toda junt a sin n ing u n a f isu ra (a lg u n a v e z s e g u r a m e n t e o c u r r a ) , e n e s a o b r a inteligent e y ca lcu la d a d e m od o ta l q u e n a d i e s e d a c u e n t a , v e m o s q u e e l a r t i s t a s e arriesga c on u n a a u d a cia e m ot iva q u e a p e l a a l a s e n s i b i l i d a d , d e n u e v o s a n g u í n e a , siempre vita l e in cla u d ica b le .

Porqu e no s mu e st ra u n e nchu f e . U na g r i e t a e n l a p a r e d . P o r q u e a b r e v a e n l o s maestros d e l cla roscu ro no ya cin e ma t o g r á fi c o , s i n o c o n C a r a v a g g i o , Re m b r a n d t y la escu e la hola nd e sa d e l sig lo XV I I y q u e l o c o n e c t a n c o n e l p l á s t i c o q u e fu e y es, que se e xp re sa a hora con u na cá m a r a m a g i s t r a l m e n t e c o n l a l ú z.

En ese de sp e rta r d e la se g u nd a mit a d d e s u fi l m o g r a fí a , d i g a m o s , e s c u a n d o descubre la p osib ilid a d (f a cilid a d ) té c n i c a a c t u a l d e s e r s u p r o p i o d i r e c t o r d e fotografía . O me jor, ilu m ina d or, com o s e s o l í a d e c i r . S o l o q u e a q u í , e s a l u z e s prov ista p or u na la mp a rita d e 7 0 w at t s , u n a v e n t a n a e n t r e a v i e r t a , u n a p u e r t a que nos p e rmit e ve r la ca lle d e u na m a n e r a d i fe r e n t e , s e n s i b l e , s i n m a q u i l l a j e y esencialm e nte , con u na b e lle z a cotid ia n a . S e h a d i c h o : S E M fu e h e c h a c o n t o m a s aisladas, e d ita d a s. La re sp u e st a d e q u i e n e s v i e r o n e s e p r i m e r a r m a d o p a r e c i ó sorprende r y e mocion a r a l d ire ct or, q u e t a l v e z, p o r l a i n s e g u r i d a d d e l a r t i s t a , por esa ne ce sid a d d e l re con ocim ie nt o a l e s fu e r zo y g r a n r i e s g o q u e s i g n i fi c a hacer algo nu e vo y q u e m u y p ocos a s u m e n , s e v i o m o v i l i za d o a s e g u i r a d e l a n t e ampliando e sa ob ra . Es b u e n o re a cci o n a r a s í , m á s a l l á d e l a i m a g e n c o n s t r u í d a por u no o p or otros. A lg o q u e a l d ire c t o r y s u l i b e r t a d , p a r e c e i m p o r t a r l e p o c o .

Pero que como cre a d or re a l y ma yú sc u l o q u e e s , l e i m p o r t a m u c h o . P o r s u e r t e .

Coordinad or C ine Centro Cu ltu ra l R oja s F estiv al d e Cine H e ch o con C á ma ra d e F o t o s / S C D F

x R AÚL M ANR UP E

Fragmentos de un film encontrado SEM , el m á s re cie nte t ra b a jo d e R a ú l P e r r o n e , e s u n c o r t o m e t r a j e q u e a n u n c i a s e conv ertirá e n la rg ome t ra je e n b re ve . E s e t r a s p a s o d e e x t e n s i ó n p a r e c e u n g e s t o natu ral, lóg ico y h a st a ne ce sa rio, p orq u e S E M s e i n t u y e c o m o u n a o b r a d e l a s q u e descubren e in d a g a n e n u n mu nd o, e l c u a l m u t a , c r e c e y s e r a m i fi c a . D e s p u é s d e todo, entre los cin e a st a s d e inte ré s p o d e m o s r e c o n o c e r d o s t i p o s p o s i b l e s : l o s que const ru ye n e l m u nd o a su p a re c e r ( W e l l e s , Vo n S t r o h e i m , S p i e l b e r g ) y l o s que decid e n ca p t u ra rlo, con la m á xi m a u r g e n c i a p o s i b l e ( Ro s s e l l i n i , E u s t a c h e , Dardenne ). C la ra me nte R a ú l Pe rrone p e r t e n e c e a l a s e g u n d a c a t e g o r í a , p u e s e n cada plan o p a re ce e ncontra r u na u rg e n c i a , u n a n e c e s i d a d d e c a p t u r a r e l m u n d o sin alterar lo, sin f a lsif ica rlo.

SEM es u na su m a d e insta nte s, d e se n s a c i o n e s , d e r e t r a t o s d o n d e c a d a e s p a c i o y gesto es p e rson a l e ín t imo: u n n iño ju g a n d o c o n u n h a n d y e n s u h a b i t a c i ó n , u n a charla ínt ima e n t re d os m u je re s (con r e s o n a n c i a s d e l a fu n d a m e n t a l “ E n e l c u a r t o de Vanda”, d e Pe d ro Cost a ), u n a n iña p r e p a r a n d o u n t é e n l a c o c i n a . E n e s p a c i o s marcados p or la oscu rid a d , Pe rron e d e j a e n t r a r l a l u z, c o m o u n r a y o i n t e n s o q u e los ilu min a . El p re m io p a re ce se r in va l u a b l e : l a s p e r s o n a s e n S E M n o h a b l a n c o m o en el cine (m u ch os m e nos com o e n la T V c o m e r c i a l ) s i n o c o m o e n l a v i d a . S u s sonidos, s u mú sica , su s su su rra re s y la m e n t o s s o n l o s d e e l l o s .

A sí, Raú l Pe rron e e ncu e ntra u n f ilm e n S E M , p o r q u e e n s u i n d a g a c i ó n í n t i m a d e la v ida de l conu rb a no d e ja e n e vid e n c i a q u e l a m i s i ó n u n i v e r s a l d e l c i n e s i g u e siendo, aún hoy, la d e ca p t u ra r e l m u n d o a p a r t i r d e s u p r o p i a p o e s í a .

x SEB AST I A N SANT I LLA N

Fragmentos sobre el rodaje de “SEM”.

P ro lo go I “ M e gu sta re cord a r la s cosa s a mi ma n e r a . C ó m o l a s r e c u e r d o , n o n e c e s a r i a m e n t e de la forma e n q u e p a sa ron.” F re d Ma d i s o n

P ro lo go I I Hace unos m e se s, e n e l me d io d e u n d e b a t e , u n a l u m n o l e p r e g u n t o a P e r r o n e q u e era “ la rea lid a d e n e l cin e ”. R a u l se lo q u e d o m i r a n d o fi j o , c o m o s i e n e s a r e s p u e s t a se escond ie ra t od a la m a g ia d e su ci n e , l a p o é t i c a d e l o r e a l , e s a r e a l i d a d q u e duele al m ira rla , q u e tra n sp ira , q u e e s o r g á n i c a , q u e p a r e c e r e g i s t r a d a s o l o c o n la mirada. No le con t e st o.

S EM Suena el t e lé f ono y e s R a u l, me t ie nt a c o n i r a fi l m a r , p e r o l a i d e a m e a t e r r a y finalmente p a sa m os a ot ro t e ma . Ma s t a r d e e s e d í a , m i e n t r a s r e c o r r í a l a s c a l l e s de Haedo con e l cá ma ra d e l Pe rro, M a r i a n o , l e c o m e n t o q u e P e r r o n e m e h a b í a llamado, q u e q u e ría f ilm a r. Ma ria no, q u e n o p o d í a p o r q u e v i a j a b a e s e m i s m o d í a , me dijo “ C u a n d o a l Pe rro se le ocu rre u n a i d e a h a y q u e d a r l e b o l a ” . Al o t r o d í a y a había arre g la d o p a ra ir a f ilma r a la C a s a d e G a l v a n .

Viajamos e n a u to h a st a a h í, e n e l ca mi n o e m p e c é a t r a n s p i r a r , u n a s c u a d r a s a n t e s nos cru za mos con Ema , u n o d e los p r o t a g o n i s t a s , t i r a d o t o m a n d o u n a c e r v e za .

El Perro d e sd e la ve nta na , sa ca n d o ca s i l a m i t a d d e l c u e r p o , l e d i c e q u e v e n g a , que v amo s a f ilm a r u na s e sce n a s: P e r r o n e s e t r a n s fo r m a m i e n t r a s h a b l a c o n sus actore s, e sos tip os d e la vid a re al , s e p o n e d e i g u a l a i g u a l . “ E n c a n t a d o r d e Serpiente s” d ice u n a m ig o.

Llegamos, R a u l n o p ie rd e e l tie mp o y e m p e za m o s a t r a b a j a r . P i e n s a e n l a L a g u n a de Cascalla re s y mira a l t e ch o, m u e ve l a s m a n o s . M a s t a r d e l e p i d e a E m a q u e l e proponga a S ole ir a hí. U na s se ma na s d e s p u é s e s t a m o s e n C a s c a l l a r e s fi l m a n d o .

El clima e ra d e nso, ocu rrió a lg o y yo e s t a b a p a r a l i za d o y E l P e r r o s e g u í a . C u a n d o fu imos a e d it a r m e d ijo “H oy no f u ncio n a s t e ” .

Volv emos a la ca sa . F ilm a mos e n la h a b i t a c i ó n , e n l o s p a s i l l o s , a t r a v é s d e l o s v idrios, en la cocin a , se t oma otro va so d e a g u a y n o s v a m o s . E n e l v i a j e m e m i r a y sonríe. Vo lvimos a e sa ca sa 3 o 4 ve ce s m a s , s i e m p r e c o n i d e a s , s i e m p r e c o n u n a mirada feb ril, sie m p re cla ro.

La casa e sta a g rie t a d a y ha ce ca lo r . L a p e l í c u l a v a t o m a n d o c a d a v e z m a s fu erza, tie n e u na u rg e ncia y u n a vita l i d a d t r e m e n d a . Ad e m á s , fu n c i o n a c o m o u n docu mento socia l.

U n día pie n sa e n a g u a e in ve n t a u n ca r n a v a l .

Otro día lle g a m os a la ca sa , y Ema n o e s t a b a . P e r r o n e s e e n o j a . Ha y q u e s a b e r marcar di st a ncia cu a nd o e st a a sí. H ac e m o s a l g u n a s e s c e n a s , c o n s o l e y m a r i a pero no pa re ce e st a r d e l t od o con f orm e . P i d e u n r e m i s , c u a n d o y a e s t a m o s l i s t o s para irnos a p a re ce Ema ca m ina n d o p o r l a c a l l e , Ra u l l o m e t e a d e n t r o y e n 1 0 minutos h icim os t od o lo q u e se h a b ía i m a g i n a d o , j u s t o e n e l m o m e n t o e n e l q u e dijo corte lle g o e l re m is. D e vu e lt a son r i ó y m e d i j o : “ ¿Viste lo q u e e s e l d e se o? ”.

x AD R I A NO C UR C I P ED O NE

SEM

ITUZAINGO / BS. AS. / ARGENTINA 2011/12

SEM RAÚL PERRONE

Ficha Técnica

gu ión y d ire cción RA U L PER R O NE fotogr a f ía / cá ma ra / son id o RA U L PER R O NE / A D R I A NO C U R C I P E D O N E / M A RIA NO PA TTI NI Post e sonid o M A TIA S PA R I S I edicio n RA U L PER R O NE / A D R I A NO C U R C I P E D O N E / M A RIA NO PA TTI NI M u sic a FLORE NCI A R U I Z produccion LES ENV I ES QU E JE TE D ES Í R E / P RO YE C T O PELÍC U LA S D E A U TO R / Fi c h a Ar tís ti c a

S O LE S O LED A D AG UI L E RA EMA EMA NU EL S O S A MA I TA MA R I A G A L VAN NI CO NI CO LA S O J E D A 6 4 m i n . / c o l o r / HD

Sobre mis ultimas pelĂ­culas Me preguntaron de que trataban mis ultimas pliculas, cada vez me interesa menos explicar, me gusta hacer peliculas y punto, con gente, contemplativas, de miradas , de sonidos, de murmullos, de pocos dialogos, de gente que habla y de gente que se escucha, de cielos, de puertas, de gente q trabaja, de gente que esta sola, de cuerpos que se rozan, de chicos q lloran, de chicos que juegan ,de ladridos de perros, de peleas, de hombres que lloran, de mujeres q lloran, de amigos que aguantan a los amigos, de gente q no la pasa bien, pero que a su manera es feliz, de paredes decascaradas por el paso del tiempo, por la belleza de esas rajaduras que parecen arrugas , gente que se abraza, que se besa, que se acaricia, me gustaria que cuando la gente las mire, PIENSE.

Oscar Cuervo Gustavo Galuppo Esteban Dipaola Edgardo Cozarinsky Gustavo Marcos Vieytes Alicia Digon Raúl Manrupe Adriano Curci Pedone Sebastian Santillán Pela Soma Mariano Pattini

A G R ADEC IMIENTO S

Diseño Martín Benavidez/ Raúl Perrone

LES ENVIES QUE

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PROYECTO PELICULAS

D E A U TO R

ArteZeta

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